Escravidão no Brasil:
da Colônia ao Império
O Tráfico Atlântico.
 O Olhar dos Viajantes.
 Escravos de Aluguel e ao Ganho.
 Abolicionismo e Leis Abolicionistas.
 Revolta dos Malês.
 Alguns Exemplos de Exercícios.
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Escravidão: Linhas do
Tráfico Atlântico.
Escravidão: Tráfico
Atlântico
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Já no século XV, traficantes lusos
promoveram intenso comércio de
escravos tanto nas ilhas portuguesas
no Atlântico quanto no próprio reino.
Depois o tráfico foi deslocado para a
América.
Escravidão: Tráfico
Atlântico
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Para fazer escravos, os traficantes
europeus muitas vezes organizavam
expedições militares que atacavam
comunidades africanas em busca de
prisioneiros.
Fatores determinantes foram os acordos
políticos, militares e comerciais com as
autoridades africanas.
Escravidão: do Tráfico
Atlântico
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Pelos tratados comerciais se trocavam
produtos como o aguardente e o
tabaco por escravos. Por meio desses
acordos, os chefes africanos obtinham
recursos para ampliar seu poder e
conquistar mais territórios e
prisioneiros.
Escravidão: Tráfico
Atlântico
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Portanto, os
africanos foram
responsáveis pela
manutenção do
sistema escravista.
Seria lógico que os
brasileiros pedissem
desculpas a alguém
pela escravidão?
Além do mais, 47,6%
da população
brasileira tem origem
africana. (Dados 2002
Escravidão: Tráfico
Atlântico
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A América Portuguesa foi um enorme
mercado importador de escravos
africanos. Calcula-se que o tráfico
trouxe para suas terras, do séc. XVI
ao XIX, de 3,6 a 5,5 milhões de
escravos num total de 10 milhões de
cativos embarcados para o continente
americano.
Escravidão-Tráfico
Atlântico
Escravidão: “Época de
Ouro” e a Bill Aberdeen
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A década de 1840 no Brasil foi denominada
“época de ouro” da escravidão brasileira .
Devido à iminência da abolição do tráfico, o
comércio “legal”e “ilegal “ intensificou-se.
A lei Bill Aberden de 1845 determinou que
a Marinha Inglesa teria o direito de
apreender navios que se dirigissem ao
Brasil. Entre 1849 e 1851, foram abordadas
e destruídas pela marinha inglesa cerca de
90 embarcações suspeitas de tráfico para o
Brasil.
Escravidão: A “terra brasilis”
a partir do olhar de J.B
Debret.
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Jean Baptiste Debret
autor de “Viagem
Pitoresca e Histórica” (
3 tomos-1816-1831)
A serviço do governo
francês e depois da
corte portuguesa
procura retratar a
Identidade do Brasil.
Escravidão: A “terra
brasilis” a partir do olhar
de J.B Debret..
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Buscando a verdadeira
identidade nacional
resgatou monumentos
, paisagens e tipos
humanos.
Buscou retratar
aspectos que dessem
testemunho da cultura,
religião e costumes de
povos distantes
geograficamente da
Europa.
Escravidão: A ‘terra Brasilis”
a partir do olhar de J.B
Debret
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Debret não trata o
Brasil como uma
nação selvagem e
exótica.
Na litogravura ao lado
busca descrever os
“ricos hábitos
alimentares brasileiros”
e a presença dos
negros dentro da casa
de forma mais ou
menos harmônica.
Escravidão: A “terra brasilis”
a partir do olhar de J.B.
Debret
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O mercado do Valongo
era o mais famoso
mercado de escravos
do Rio de Janeiro
entre 1820-1850 . Os
escravos distribuídos
para as fazendas
cafeeiras e açucareiras
do Nordeste e Sudeste
chegavam ao Brasil e
sua primeira porta era
o Rio de Janeiro.
Escravidão Urbana: A “terra
brasilis” a partir do olhar de
J.B Debret
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O pintor também
retrata a escravidão
urbana. Devido ao
grande número de
negros no RJ muitos
permanecem na
cidade trabalhando
para pequenos
comerciantes como
esse sapateiro.
A “terra brasilis”a partir do
olhar de J.B. Debret
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Os barbeiros
ambulantes ao lado
realizam o trabalho de
ganho. Isto quer dizer
que durante algumas
horas da semana,
seus proprietários
permitiam o trabalho
autônomo com esse
dinheiro comprariam a
futura carta de alforria.
A “terra brasilis” a partir do
olhar de J. B. Debret
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Os vendedores de café
torrado ao lado
provavelmente
constituíram escravos
de aluguel – isto é
seus proprietários
alugavam-nos a
terceiros quando deles
não precisavam, desse
modo rendiam
economicamente.
Abolicionismo e Leis
Abolicionistas
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1850-Proibição do Tráfico: decorrente
principalmente de pressão política inglesa.
1871-Lei do Ventre Livre. Circunstâncias:
Imagem do Brasil meio internacional;
resistência escrava, africanos
condecorados na Guerra do Paraguai.
1885-Lei dos Sexagenários. 11% dos
escravos chegavam aos 60 anos.
Escravo ao Ganho
A “terra brasilis” a partir do
olhar de J.B. Debret
A “terra brasilis” a partir do
olhar de J.B. Debret.
Revolta dos Malês -1835
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Malê – denominação de uma etnia africana.
No Brasil colonial era utilizado para
denominar o escravo de qualquer etnia que
seguisse a religião muçulmana e soubesse
ler e escrever em árabe.
Também serviu para nomear a mais ampla
e bem estruturada rebelião urbana de
escravos na história brasileira, a única com
lideranças exclusivamente negras: A
Revolta das Malês.
Revolta dos Malês -1835
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Antecedente: Conjuração dos Alfaiates
1798.
Em 1835 metade dos habitantes da capital
baiana eram negros, na sua grande maioria
escravos. Entre eles predominavam os
escravos de ganho.
** escravos de ganho- trabalhavam para
outras pessoas como prestadores de
serviços urbanos e entregavam aos seus
donos a maior parte dos recursos
recebidos.
Revolta dos Malês -1835
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Mobilizaram-se 1500 negros reunidos nas
irmandades secretas. Nas irmandades
arrecadavam soldo para ajudar libertos e
escravos malês, viviam tradições africanas.
Objetivo da Revolta: exterminar brancos e
mulatos e instaurar uma república negra
onde não houvesse escravidão.
Peculiaridade: única Revolta tipicamente
negra, que não contava com a a
participação os elementos brancos.
Revolta dos Malês 1835
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O levante estava previsto para 25 de
janeiro. Mas, uma escrava liberta preveniu
às autoridades.
Malês enfrentaram as autoridades e civis.
Acabaram fugindo para os canaviais do
Recôncavo Baiano e foram derrotados.
Foram punidos com torturas açoites e
deportações. Os castigos físicos mais
violentos caíram sobre os libertos.
Revolta dos Malês 1835
Escravidão: Questões
Vestibulares
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QUESTÃO 04- UERJ 2006
Na ilustração acima, o imperador Pedro II está recebendo
buquês de camélias. Segundo Eduardo Silva, essa flor
é vista como um emblema do movimento abolicionista radical,
que reivindicava o fim da escravidão de forma
imediata e incondicional.
A) Aponte duas medidas legais do governo imperial,
anteriores à “Lei Áurea”, que tenham contribuído para
a emancipação dos escravos no Brasil.
B) Apesar da abolição da escravidão em 1888, o escritor Lima
Barreto comentava, em 1919: “ninguém quer
ser negro no Brasil”.
Indique dois motivos que confirmem o comentário do autor.
Escravidão: Questões
Vestibulares
(A) a importação de mão-de-obra escrava diminuiu em decorrência da crise da economia
cafeeira;
(B) o surto industrial da época de Mauá trouxe como conseqüência a queda da importação
de mão-de-obra escrava;
(C)a expansão da economia açucareira desencadeou o aumento de mão-de-obra livre em
substituição aos escravos;
(D)a proibição do tráfico negreiro provocou alteração no abastecimento de mão-de-obra
para o setor cafeeiro;
(E) o reconhecimento da independência do Brasil pela Inglaterra causou a imediata
diminuição da importação de escravos.
Escravidão: Questões
Vestibulares
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Nos últimos anos, estudos acerca da escravidão têm revelado uma sociedade na qual os
negros, mesmo submetidos a condições subumanas, foram sujeitos de sua própria
história. Sobre a atitude rebelde dos cativos, assegura-se que:
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(A) tarefas malfeitas e incompletas atestavam a veracidade dos argumentos sobre a
ignorância dos escravos, o que impossibilitava a organização de movimentos rebeldes;
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(B) a vigilância e fiscalização do feitor impediam a rebeldia, restringindo as alternativas
de contestação à fuga e ao suicídio;
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(C) as revoltas raramente ocorriam, pois, considerados mercadorias, os escravos se
reconheciam como coisas e não como humanos;
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(D) a rebeldia negra apoiou-se, sobretudo, na manutenção, por parte dos cativos, de
seus valores culturais;
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(E) o levante dos malês, em 1835, tinha forte conteúdo étnico, o que explica a
excepcionalidade desse motim ocorrido na Bahia
.
Escravidão: Questões Vestibulares
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Quando se afirma que, na estrutura econômica da formação
social brasileira, as relações de produção eram escravistas, isto
significa que:
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(A) as relações de produção escravistas eram as únicas que
mereciam a proteção do Estado;
(B) as relações de produção escravistas eram as únicas existentes
na formação social brasileira;
(C)tratava-se de uma estrutura econômica pouco produtiva do ponto
de vista técnico, exigindo por isso grande número de trabalhadores;
(D) as relações de produção escravistas subordinavam outros tipos
de relação de produção e que a acumulação de capital se realizava
fundamentalmente pela exploração do trabalho escravo;
(E) os produtos que resultavam da atividade do trabalhador escravo
eram os únicos a serem exportados para os outros setores de
consumo externo, especialmente na Europa e África.
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A colônia a partir do Olhar de J.B Debret.