DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
CURSO DE SAÚDE DO IDOSO
GERIATRIA e GERONTOLOGIA
Tiago Christovam
DOENÇA PULMONAR
OBSTRUTIVA
CRÔNICA
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
ANATOMIA
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
DEFINIÇÃO
A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
(DPOC) é uma doença caracterizada por
limitação do fluxo aéreo que não é
totalmente reversível
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
DEFINIÇÃO
A limitação do fluxo aéreo é
geralmente progressiva e associada
a uma resposta inflamatória anormal
do pulmão a partículas ou gases
nocivos
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
DEFINIÇÃO
•Origem: Combinação de bronquite
crônica + enfisema pulmonar
•Predominância de um ou de outro é
extremamente variável
•Difícil quantificar in vivo
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
Bronquite Crônica
• Presença constante ou por aumentos
recorrentes das secreções brônquicas,
suficientes para causar expectoração
• Expectoração – 3 meses por ano, em dois
anos sucessivos, afastadas outras causas
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
Bronquite Crônica
• Hipersecreção crônica – alterações crônicas
nas vias aéreas centrais – ocorre antes de
haver alteração no fluxo da via aérea
• Limitação ocorre por espessamento da
parede brônquica, aumento na quantidade
de muco intraluminal, e alterações nas
pequenas vias aéreas
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
Enfisema
• Alargamento anormal , permanente dos espaços
aéreos distais ao bronquíolo terminal,
acompanhado de destruição das suas paredes,
sem fibrose óbvia
• Limitação ocorre por perda da retração elástica
pulmonar, associada a perda dos pontos de
fixação das vias aéreas terminais aos alvéolos,
com colapso expiratório dos mesmos
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
Diagnóstico
• Espirometria
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
Espirometria
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
Diagnóstico Diferencial
• Asma – doença inflamatória
• Alguns pacientes de asma desenvolvem
obstrução irreversível, tornando-a
indistinguível da DPOC
• Pacientes de DPOC podem apresentar
hiper-responsividade das vias aéreas
semelhante a observada em asmáticos, mas
incompleto
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
Diagnóstico Diferencial
• Bronquite crônica e enfisema sem a
presença de obstrução do fluxo aéreo, não
são considerados DPOC
• Outras doenças como bronquiectasia,
fibrose cística e bronquiolite obliterante
podem determinar obstrução não reversível
do fluxo aéreo e não serem consideradas
como DPOC
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
Epidemiologia
• A DPOC é a 4a causa de morte nos EUA (atrás das
doenças cardíacas, do câncer e da doença
cerebrovascular).
• Em 2000, a OMS estimou em 2,74 milhões as
mortes por DPOC em todo o mundo.
• Em 1990, a DPOC estava classificada como a 12a
doença em termos de impacto global; estima-se
que em 2020 ela venha ocupar a 5a posição.
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
Causas de mortalidade nos
EUA em 1998
Causas de Morte
1. Doença cardíaca
2. Câncer
3. Doença cerebrovascular
4. Doenças respiratórias (DPOC)
5. Acidentes
6. Pneumonia e influenza
7. Diabetes
8. Suicídio
9. Nefrite
10. Doença hepática crônica
11. Outras causas
Número
724.269
538.947
158.060
114.381
94.828
93.207
64.574
29.264
26.295
24.936
469.314
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
Variação percentual da taxa de mortalidade
ajustada para a idade nos EUA
entre 1965 e 1998
Proporção da taxa de
3,0
3,0
1965
Doença
2,5
2,5 coronariana
AVC
Outras
doenças
cardiovasculare
s
–64%
–35%
2,0
2,0
DPOC
Outras
causas
1,5
1,5
1,0
1,0
0,5
0,5
0,00
–59%
+163%
–7%
1965 - 1998 1965 - 1998 1965 - 1998 1965 - 1998 1965 - 1998
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
Taxa de mortalidade ajustada para a
idade nos EUA entre 1960 e1995
Mortes por 100.000
60
60
Homens Brancos
50
50
40
40
Homens Negros
30
30
Mulheres Brancas
20
20
Mulheres Negras
10
10
00
1960
1960
1965
1965
1970
1970
1975
1975
1980
1980
1985
1985
1990
1990
1995
1995
2000
2000
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
Epidemiologoa

Entre 1985 e 1995, o número de
consultas por DPOC nos EUA
aumentou de 9,3 milhões para 16
milhões.

Em 1995, ocorreram 500.000
hospitalizações por DPOC. As
despesas médicas foram
estimadas em 14,7 bilhões de
dólares.
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
Prevalência da DPOC - 1990









Masculino/10 Feminino/10
00
00
Países desenvolvidos
6,98
3,79
Economias anteriormente socialistas 7,35
3,45
Índia
4,38
3,44
China
26,20
23,70
Outros da Ásia e Ilhas
2,89
1,79
África sub-saariana
4,41
2,49
América Latina e Caribe
3,36
2,72
Países em desenvolvimento do norte
da África e do Oriente Médio
2,69
2,83
Mundial
9,34
7,33
* Murray & Lopez, 1996
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
Visitas médicas por bronquite
crônica e inespecífica nos EUA
Número (Milhões)
1515
1010
55
00
1980
1980
1985
1985
Fonte: National Ambulatory Medical Care Survey,
NCHS
1990
1990
Ano
Year
1995
1995
1998
1998
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
DPOC no Brasil
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
Epidemiologia
• O tabagismo é a principal causa de DPOC
• Nos EUA, há 47,2 milhões de fumantes (28%
•
dos homens e 23% das mulheres)
A OMS estima em 1,1 bilhão o número de
tabagistas em todo o mundo
• aumento para 1,6 bilhão em 2025
• países onde a renda é baixa e média:
crescimento dessas taxas é alarmante
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
Epidemiologia
•
•
Na Índia, estima-se que 400-550 mil mortes
prematuras anuais sejam causadas por exposição
a biomassa (como combustível), tornando a
poluição intradomiciliar um grande fator de risco
para a DPOC neste país
Na Argélia, a prevalência de tuberculose e
infecções respiratórias agudas vem diminuindo
desde 1965; um aumento na incidência de DPOC e
asma vem ocorrendo na última década
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
Impacto da DPOC
• O impacto global da DPOC irá
aumentar enormemente no futuro
próximo, na medida em que o número
de vítimas nos países em
desenvolvimento se tornar aparente
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
Impacto da DPOC
• Os custos econômicos da DPOC são altos
– continuarão a aumentar em relação direta
com a crescente idade média da
população
– com a intensificação da prevalência da
doença
– com os custos das intervenções médicas
e de saúde pública, existentes e novas
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
Impacto da DPOC
• O impacto da DPOC é subestimado - não ser
habitualmente reconhecida e diagnosticada
até seja clinicamente evidente e esteja
moderadamente avançada
• grande variação - prevalência, a morbidade
e a mortalidade
• significativo problema de saúde pública,
tanto em homens quanto em mulheres
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
Custos diretos e indiretos da
DPOC, 1993
(em bilhões de dólares)
• Custo Médico Direto:
$14,7
• Custo Indireto Total:
$ 9,2
• relacionado à mortalidade
• relacionado à morbidade
• Custo total
4,5
4,7
$23,9
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
HISTÓRIA NATURAL
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
HISTÓRIA NATURAL
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
DPOC
http://www.goldcopd.com
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
GOLD - Objetivos
• Aumentar o conhecimento da DPOC
entre os profissionais de saúde, as
autoridades de saúde pública e o
público em geral
• Melhorar o diagnóstico, o tratamento e
a prevenção da DPOC
• Estimular a pesquisa sobre a DPOC
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
GOLD
Níveis de Evidência
Categoria
da evidência
A
B
C
D
Fontes da evidência
Ensaios clínicos aleatorizados
Grande número de dados
Ensaios clínicos aleatorizados
Dados em número limitado
Ensaios clínicos não
aleatorizados
Estudos observacionais
Consenso entre participantes
do painel
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
Fatores de Risco para a
DPOC
Pessoal
Genético (deficiência de alfa1antitripsina)
Hiperresponsividade
Crescimento pulmonar
Ambiental
Tabagismo
Poeiras e produtos químicos
ocupacionais
Infecções
Condição sócio-econômica
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
Patogênese da DPOC
AGENTE NOCIVO
fumaça de cigarro, poluentes, agentes
ocupacionais
Fatores genéticos
Infecções
respiratórias
Outros
DPOC
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
Fisiopatologia da DPOC
Partículas e gases
nocivos
Fatores individuais
Inflamação
Anti-oxidantes
Stress oxidativo
Anti-proteinases
Proteinases
Mecanismos de reparo
Patologia da DPOC
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
Fisiopatologia da DPOC
INFLAMAÇÃO
Doença das pequenas
vias aéreas
Destruição do parênquima
Inflamação das vias aéreas
Remodelamento das vias
aéreas
Ruptura das ligações alveolares
Redução do recolhimento elástico
LIMITAÇÃO AO FLUXO AÉREO
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
ASMA x DPOC
ASMA
DPOC
Agente sensibilizante
Agente nocivo
inflamação asmática das vias aéreas
Linfócitos-T CD4+
Eosinófilos
Completamente
reversível
Inflamação das vias aéreas da DPOC
Linfócitos-T CD8+
Macrófagos
Neutrófilos
Limitação
ao fluxo aéreo
Completamente
irreversível
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
Causas de Limitação do
Fluxo Aéreo
Limitação irreversível
• Fibrose e estreitamento das vias aéreas
• Perda do recolhimento elástico devido à
destruição dos alvéolos
• Destruição do suporte alveolar que
mantém as vias aéreas desobstruídas
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
Causas de Limitação do
Fluxo Aéreo
Limitação reversível
• Acúmulo de células inflamatórias, muco e
exsudado plasmático nos brônquios
• Contração da musculatura lisa das vias aéreas
centrais e periféricas
• Hiperinsuflação dinâmica durante exercícios
físicos
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
Quatro componentes da conduta
na DPOC
1.
Avaliação e monitorização da doença
2.
Redução dos fatores de risco
3.
Conduta na DPOC estável
4.

Educação

Farmacológica

Não- farmacológica
Conduta nas exacerbações
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
Objetivos da conduta na
DPOC
•
•
•
•
•
•
•
•
Prevenir a progressão da doença
Aliviar os sintomas
Melhorar a tolerância a atividades físicas
Melhorar o estado da saúde
Prevenir e tratar exacerbações
Prevenir e tratar complicações
Reduzir a mortalidade
Minimizar os efeitos colaterais do tratamento
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
Avaliação e Monitorização
• O diagnóstico da DPOC é baseado em
uma história de exposição a fatores de
risco e na presença de limitação do fluxo
aéreo que não é totalmente reversível, na
presença ou não de sintomas
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
Avaliação e Monitorização
• Pacientes que apresentam tosse crônica e
produção de expectoração e que tenham
história de exposição a fatores de risco
deverão ser submetidos a uma espirometria,
mesmo na ausência de dispnéia
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
Avaliação e Monitorização
• A espirometria é o padrão-ouro para o
diagnóstico e a avaliação da DPOC
• Os profissionais de saúde envolvidos
no diagnóstico e na conduta da DPOC
devem ter acesso à espirometria
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
Avaliação e Monitorização
• A realização da gasometria arterial
deve ser levada em consideração
para todos os pacientes
– com VEF1 < 40% do previsto
– ou com sinais clínicos sugestivos
de insuficiência respiratória
– ou insuficiência cardíaca direita
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
Diagnóstico da DPOC
EXPOSIÇÃO A FATORES
DE RISCO
SINTOMAS
Tosse
Tabagismo
Ocupação
Poluição extra e
intradomiciliar
Expectoração
Dispnéia

ESPIROMETRIA
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
Espirometria: Normal e DPOC
0
VEF 1
Normal
DPOC
1
Litros
2
CVF
VEF1/ CVF
4.150
5.200
95 %
2.350
3.900
60 %
VEF1
3
DPOC
4
CVF
VEF1
Normal
5
1
2
3
CVF
4
5
6 Segundos
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
Classificação por Gravidade
Estádio
Características
0: Em risco
Espirometria normal
Sintomas crônicos ( tosse, expectoração)
I: Leve
VEF1/CVF < 70%; VEF1  80% do previsto
Com ou sem sintomas (tosse, expectoração)
II: Moderada
III: Grave
VEF1/CVF < 70%; 30% VEF1 < 80% do previsto
IIA: 50%  VEF1 < 80%do previsto
IIB: 30%  VEF1 < 50% do previsto
Com ou sem sintomas crônicos ( tosse, expectoração,
dispnéia)
VEF1/CVF < 70%; VEF1 < 30% do previsto ou VEF1 < 50%
do previsto com falência respiratória ou sinais clínicos de
falência ventricular direita
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
Classificação por gravidade
Exemplos de evolução de pacientes
idade
20
70
Risco
A
Leve
70
C
Estádio 20
II
idade
I
20
0
Moderado
III
Grave
B
III
Leve
70
II
Grave
Risco
idade
I
Moderado
Estádio
Estádio 20
0
Estádio
Idade
70
D
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
Redução dos Fatores de
Risco
• A redução da exposição à fumaça do tabaco, a
poeiras e produtos químicos ocupacionais e à
poluição extra e intradomiciliar são metas
importantes para a prevenção do surgimento e da
progressão da DPOC
• A cessação do tabagismo é a medida mais efetiva
e com melhor custo-efetividade na redução do
risco de desenvolvimento de DPOC e na
interrupção de sua progressão (Evidência A)
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
Redução dos Fatores de
Risco
 A abordagem baseada na intervenção breve na
dependência do tabagismo é efetiva (Evidência A)
e deveria ser oferecida a todos os tabagistas em
cada visita a profissionais de saúde
 Três tipos de aconselhamento são efetivos:
aconselhamento prático, o apoio social ao
paciente como parte do tratamento e o apoio
social estabelecido fora do tratamento (Evidência
A)
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
Redução dos Fatores de
Risco
 Existem várias terapias farmacológicas
efetivas para a dependência do tabaco
(Evidência A) e pelo menos uma
dessas deveria ser adotada junto com
o aconselhamento, caso necessário,
desde que não haja contra-indicações
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
Redução dos Fatores de
Risco
• A progressão de muitas doenças
respiratórias ocupacionais pode ser
reduzida ou controlada por meio da
utilização de várias estratégias que
tenham por objetivo a redução do
impacto da exposição a partículas e
gases nocivos (Evidência B)
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
Estratégias breves para ajuda a
pacientes que queiram parar de fumar
• ARGÜA
 Identifique sistematicamente todos
os fumantes a cada visita
• ACONSELHE
 Aconselhe firmemente todos os
fumantes a abandonarem o vício
• AVALIE
• AUXILIE
• ACOMPANHE
 Avalie a disposição para se fazer
uma tentativa de abandonar o vício
 Ajude o paciente a parar de fumar
 Esquematize o acompanhamento
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
Conduta na DPOC Estável
• A abordagem global da conduta na DPOC estável deve
ser caracterizada por um avanço gradual do
tratamento, dependendo da gravidade da doença
• Educar os pacientes sobre a DPOC pode ser uma
medida importante no sentido de melhorar não só
habilidades específicas, mas também a condição de
se lidar com a doença e a qualidade de vida. A
educação é eficaz para se alcançar certos objetivos,
incluindo a cessação do tabagismo (Evidência A)
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
Conduta na DPOC Estável
• Nenhuma das medicações existentes para o
tratamento da DPOC se mostrou capaz de modificar
o declínio da função pulmonar a longo prazo, que é a
característica fundamental da doença (Evidência A)
– No entanto, o tratamento farmacológico da DPOC é
utilizado para reduzir os sintomas e/ou as
complicações
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
Conduta na DPOC Estável
• Os broncodilatores são fundamentais para o
tratamento sintomático da DPOC. Eles podem
ser prescritos com base na necessidade ou de
forma regular, a fim de prevenirem ou
reduzirem os sintomas (Evidência A )
• Os principais tratamentos broncodilatadores
são os beta2 agonistas, os anticolinérgicos e a
teofilina, isolados ou em combinação
(Evidência A )
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
Tratamento da DPOC
estável
• As medicações broncodilatadoras são
fundamentais para o tratamento dos sintomas
da DPOC
• A via inalatória deve ser a preferida
• A escolha entre beta2 agonistas,
anticolinérgicos, teofilina ou terapia combinada
depende da disponibilidade das drogas e da
resposta do paciente em termos do alívio dos
sintomas e efeitos colaterais
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
Broncodilatores em DPOC
estável
• Os broncodilatores são prescritos com base nas
necessidades, ou de forma regular, a fim de
prevenirem ou reduzirem os sintomas
• Os broncodilatadores de ação prolongada são
mais convenientes
• Em comparação com o aumento da dosagem de
um único broncodilatador, a combinação de
broncodilatores pode melhorar a eficácia e reduzir
o risco de efeitos colaterais
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
Tratamento da DPOC
estável
• O uso regular de corticóides inalatórios deve
ser prescrito apenas para pacientes com
resposta espirométrica documentada ao uso
de corticóide, ou em pacientes com um VEF1
< 50% do previsto e com exacerbações
repetidas, que necessitem de tratamento com
antibióticos e/ou corticóides sistêmicos
(Evidência B)
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
Tratamento da DPOC
estável
• O tratamento crônico com corticóides sistêmicos deve
ser evitado devido a uma relação risco-efetividade
desfavorável (Evidência A )

Todos os pacientes com DPOC se beneficiam de
programas de treinamento físico, melhorando a
tolerância ao exercício, os sintomas de fadiga e
dispnéia (Evidência A )
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
Tratamento da DPOC
estável
• A administração de oxigênio a longo
prazo (> 15 horas por dia) aos
pacientes com insuficiência
respiratória crônica tem se mostrado
eficaz no aumento da sobrevida dos
mesmos (Evidência A)
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
Conduta na DPOC de
acordo com a gravidade
Estádio 0: Em risco
Estádio 1: DPOC leve
Estádio 2: DPOC moderada
Estádio 3: DPOC grave
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
Conduta na DPOC:
todos os estádios
• Evitar os agentes nocivos
- cessar tabagismo
- reduzir a poluição intradomiciliar
- reduzir a exposição ocupacional
• Vacinação contra gripe
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
Conduta na DPOC
Estádio 0: Em risco
Características
recomendado
•Sintomas crônicos
- tosse
- expectoração
•Espirometria
normal
Tratamento
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
Conduta na DPOC
Estádio I: Leve
Características
• VEF1/CVF < 70 %
• VEF1 > 80 % do
previsto
• Com ou sem
sintomas
Tratamento recomendado
• Broncodilatador
de curta duração,
quando necessário
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
Conduta na DPOC
Estádio II a: Moderada
Características
recomendado
• VEF1/CVF < 70%
• 50% < VEF1< 80% do
previsto
• Com ou sem sintomas
Tratamento
•Tratamento regular
com um ou mais
broncodilatores
•Reabilitação
•Corticóide inalado
se ocorrer resposta
significativa da
função pulmonar
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
Conduta na DPOC
Estádio II b: Moderada
Características
recomendado
•VEF1/CVF < 70%
•30% < VEF1< 50% do
previsto
•Com ou sem sintomas
Tratamento
•Tratamento regular com
um ou mais
broncodilatores
•Reabilitação
•Corticóide inalado se
ocorrer resposta
significativa da função
pulmonar ou em caso de
exacerbações repetidas
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
Conduta na DPOC
Estádio III: Grave
Características
recomendado
•VEF1/CVF < 70%
•VEF1 < 30% do
previsto ou presença
de insuficiência
respiratória ou falência
cardíaca direita
Tratamento
•Tratamento regular com um ou
mais broncodilatores
•Corticóide inalado se ocorrer
resposta significativa da função
pulmonar ou em caso de
exacerbações repetidas
•Tratamento das complicações
•Reabilitação
•Oxigenoterapia domiciliar em caso
de insuficiência respiratória
•Considerar tratamento cirúrgico
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
Conduta nas Exacerbações
• As exacerbações de sintomas respiratórios
que requerem intervenção médica são
eventos clínicos importantes na DPOC
• As causas mais comuns de uma
exacerbação são a infecção das vias aéreas
e a poluição do ar; no entanto, a causa de
um terço dos casos das exacerbações
graves não pode ser identificada (Evidência
B)
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
Conduta nas Exacerbações
• Os broncodilatadores inalatórios (beta2
agonistas e/ou anticolinérgicos), a
teofilina e os corticóides sistêmicos, de
preferência por via oral, são efetivos no
tratamento da exacerbação da DPOC
(Evidência A)
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
Conduta nas Exacerbações
• Pacientes que apresentam
exacerbação da DPOC, com sinais
clínicos de infecção das vias
aéreas (aumento do volume e
mudança da cor da expectoração
e/ou febre) podem se beneficiar do
tratamento antibiótico (Evidência
B)
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
Conduta nas Exacerbações
• A ventilação não-invasiva por pressão
positiva intermitente (VNPPI) nas
exacerbações agudas melhora os gases
arteriais e o pH, reduz a mortalidade
hospitalar, diminui a necessidade de
intubação e ventilação mecânica invasiva
e reduz a permanência hospitalar
(Evidência A)
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
Conduta na DPOC
• Na seleção do plano de
tratamento, devem ser levados
em consideração os benefícios e
riscos para o paciente, como
também os custos direto e
indireto para o mesmo, para a
sua família e para a comunidade.
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
OBRIGADO
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doença pulmonar obstrutiva crônica