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Capítulo 0 – A Paróquia
Tema 1: O Domingo
Para os cristãos de todo o mundo, o domingo é o dia mais importante da
semana. É chamado Dia do Senhor, porque foi no domingo, o primeiro dia da
semana, em que Jesus ressuscitou.
Para que se reúnem os cristãos todos os domingos na igreja da sua
paróquia? A primeira festa dos cristãos foi o domingo. No início os cristãos
reuniam-se ao domingo para rezar e fazer a “fracção do pão”, pois era o dia
em que festejavam a alegria da ressurreição de Jesus. Desde então todos
os domingos os cristãos de todas as paróquias do mundo reúnem-se para
tomarem parte da missa. Há um mandamento da Igreja que diz assim: «No
domingo e nos outros dias festivos de preceito, os fiéis devem participar na
missa.»
Quem preside quase sempre à missa em cada domingo é o pároco. Há
sempre uma hora marcada para a missa. A missa tem vários nomes:
eucaristia, ceia do Senhor e fracção do pão.
E o que acontece durante a missa? Ouve-se a palavra de Deus, canta-se,
dizem-se orações, leva-se o pão e o vinho ao altar, faz-se o Jesus fez na
Última Ceia, dá-se a comungar o pão consagrado que é o Corpo de Cristo. Por
fim, as pessoas regressam às suas casas e procuram viver cada vez mais de
acordo com o que Deus lhes disse na sua Palavra e o Espírito Santo lhes
segredou no coração.
Tema 2: A assembleia
Os cristãos reunidos na igreja no domingo formam uma assembleia.
Jesus fez esta promessa aos seus discípulos: «Quando dois ou três
estiverem reunidos em Meu nome, Eu estarei no meio deles» (Mt 18,20).
Esta presença de Jesus faz com que a reunião dos cristãos e a sua
assembleia sejam muito diferentes de outras reuniões e de outras
assembleias. Esta reunião faz-se para celebrar a Liturgia, ou seja para
escutar Deus que fala, para lhe dirigir cânticos e orações, e para comungar
o Corpo de Jesus.
Donde vêm as pessoas que se reúnem? Vêm de suas casas.
E quem é que vem? Vêm homens e mulheres, rapazes raparigas e crianças.
E porque vêm as pessoas àquela reunião? Porque não podem passar sem
celebrar todos os domingos a Ceia do Senhor. Domingo em que não se
reúnem é como se fosse um dia sem sol.
-2Quem as mandou celebrar essa Ceia? Foi Jesus, quando disse aos seus
apóstolos: «Fazei isto em memória de Mim». Nós chamamos missa ou
eucaristia a essa Ceia que celebramos quando nos reunimos, todos os
domingos.
Tema 3: Os ministros
Para que uma assembleia litúrgica possa celebrar a missa, precisa de
ministros. A palavra ministro significa: o que serve, o servidor.
Quem são eles? São os encarregados de fazer algum serviço na
assembleia. Na assembleia litúrgica cristã, os que fazem as leituras, os que
recolhem as ofertas, os que servem ao altar, todos são ministros litúrgicos.
Os diversos ministros litúrgicos servem ao mesmo tempo a Deus e às
pessoas reunidas. Para que a celebração da missa decorra bem, são precisos
pelo menos quatro ministros. Quais são eles? São o presidente, o leitor, o
cantor e o acólito. O presidente só pode ser um bispo ou um presbítero
(=padre), porque só eles podem fazer o que Jesus mandou aos seus
Apóstolos, ou seja, mudar o pão e o vinho no Corpo e Sangue de Cristo. O
leitor é preciso para fazer as leituras. O cantor é preciso para cantar o
salmo responsorial e para dirigir o canto da assembleia.
E o acólito, para que é ele preciso? O acólito é preciso para muitas coisas.
Mas antes de dizermos quais são essas coisas, temos de ver quem é o acólito
e quem pode ser acólito. Isto será tratado mais tarde.
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Capitulo 1 – A igreja e o seu interior
Tema 1: A palavra «igreja»
Entre os edifícios das aldeias, vilas e cidades de qualquer país há alguns
que se distinguem de todos os outros principalmente pela sua forma e
dimensões. São as igrejas. Vamos falar delas neste segundo encontro.
A palavra «igreja» quer dizer três coisas:
1. O grupo de cristãos de uma terra, de uma região ou do mundo
inteiro;
2. O grupo de uma terra reunidos em assembleia;
3. Os edifícios onde esses grupos de cristãos se reúnem.
Quando escrevemos comum I grande (Igreja) referimo-nos, sobretudo,
ao conjunto dos cristãos duma região ou de um país (Igreja ou Diocese de…)
ou de todo o mundo (Igreja Católica).
Pelo contrário, quando a escrevemos com um i pequeno (igreja), então é
para falar dos edifícios onde os cristãos se reúnem, como por exemplo a
igreja de Santo António de …, a igreja da Nossa Senhora de …, e assim por
diante.
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Tema 2: A Porta principal e o Átrio
Uma igreja tem uma porta principal e pode ter portas laterais. Muitas
igrejas, logo a seguir à porta da entrada, têm um pequeno átrio, isto é, um
espaço vazio. Isso quer dizer que quem vem de fora não entra logo na igreja.
Nele as pessoas podem abrigar-se do sol e da chuva e conversar antes e
depois de saírem da igreja.
Tema 3: A Nave
O lugar onde estão os fiéis chama-se nave, porque, pelo seu feitio e
altura parece um grande navio. Existe um local reservado para o coro, outro
para se fazerem as admonições. Existe também uma mesa na parte de trás
onde se coloca as oferendas. Deve-se evitar formar grupos entre os fiéis,
salvo aqueles que realizam algum serviço na assembleia.
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Tema 4: O presbitério
A palavra presbitério vem de presbítero, que é outro nome que se dá aos
padres. Assim, tal como, a nave é um lugar para os fiéis, assim o presbitério
é o lugar dos presbíteros e de todos os ministros litúrgicos.
É de se reparar que da nave para chegar ao presbitério subimos sempre
alguns degraus ou seja que ele está num plano acima da nave. Isto para se
ver bem o que aí se faz, isto porque é aí que é o centro comum e onde
decorrem os ritos principais.
É no presbitério que se encontram o altar, a cadeira presidencial, o
ambão, por vezes o sacrário, bancos para os outros ministros e uma mesa
chamada credência, onde se colocam as coisas necessárias para a celebração
da missa.
Falar-se-á disso mais à frente.
Tema 5: A Pia Baptismal
Todas as igrejas têm um lugar próprio para fazer os baptismos. Chama-se
a esse lugar capela baptismal ou baptistério. É aí dentro que se encontra a
pia baptismal que podem ser de muitos feitios. No princípio não havia pias
-6baptismais, mas verdadeiras piscinas, onde toda a gente era baptizada
mergulhando na água. Daí vem a palavra baptismo que significa mergulho em
grego.
É uma das partes mais importantes da igreja, pois lá renascem os cristãos
pela água e pelo Espírito Santo.
Também há nas igrejas pequenas pias com água benta junto às entradas
da igreja para que ao entrarem os fiéis possam benzer-se com água benta e
lembrarem-se do seu próprio baptismo.
Tema 6: O Sacrário
Nos primeiros tempos da Igreja o pão consagrado para as pessoas, muitos
doentes poderem comungar antes de morrer, guardava-se numa caixa
fechada, na Sacristia. Depois veio outro tempo em que, em cada igreja havia
sempre uma capela do Santíssimo Sacramento. Era aí que, depois da missa,
se guardava o pão consagrado num cofre, que se chama sacrário ou
tabernáculo, para os doentes, mas também para a adoração ao Santíssimo
Sacramento.
Mais tarde o sacrário começou a pôr-se no presbítero. É assim que
continua a fazer-se em muitas igrejas. Mas está mandado que, nas igrejas
novas, haja uma capela do Santíssimo, que também serve para aí se rezar em
silêncio, quando se entra na igreja ou noutros momentos.
Diante do sacrário está continuamente acesa uma lâmpada (lamparina,
vela ou eléctrica) especial que indica e honra a presença de Cristo.
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Tema 7: A Sacristia e a sala de paramentar
Na Sacristia guardam-se as vestes litúrgicas e outras coisas necessárias
às celebrações. Deve existir uma cruz onde se conclui a missa com uma
palavras proferidas pelo presidente à qual os ministros que os acompanham
devem responder. É onde o presidente e outros ministros se paramentam e
desparamentam. Os acólitos devem ter uma sala à parte onde se
paramentam e onde estão as suas alvas e cíngulos; se tal não for possível
será na própria sacristia.
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Capítulo 2 – O Acolitado
Tema 1: Introdução Histórica
O ministério de acólito remonta aos primórdios da Igreja. Uma carta do
Papa S. Cornélio a Fábio de Antioquia, escrita no ano 251, testemunha que,
em Roma, nessa altura, o Papa tinha reunido à sua volta 46 presbíteros, 7
diáconos, 7 subdiáconos, 42 acólitos e 52 exorcistas, leitores e porteiros.
Uma outra carta, do final do século IV, do Papa S. Siríaco a Himero de
Tarragona, dá-nos conta do acolitado como um serviço generalizado nas
comunidades cristãs.
Ao longo dos séculos, nas catedrais, à volta do bispo, ou nas comunidades
que iam surgindo, jamais se extingui este ministério exercido por gerações e
gerações de rapazes.
Tema 2: O Acólito
A palavra acólito vem do verbo acolitar, que significa acompanhar no
caminho. Dado que se pode acompanhar alguém indo à frente, ao lado ou
atrás de outras pessoas, acólito é aquele ou aquela que, na celebração da
liturgia, precede, vai ao lado, ou segue outras pessoas, para as servir e
ajudar.
Quem é que o acólito acompanha e serve? Em primeiro lugar acompanha e
serve o presidente da celebração da missa, que tanto pode ser o bispo como
o presbítero; em segundo lugar acompanha e serve o diácono, o ministro
extraordinário da comunhão, ou outras pessoas que precisam de ser
ajudadas durante a celebração.
Tema 3: Quem pode ser acólito?
É preciso dizer que existem dois tipos de acólitos. Há os chamados
acólitos instituídos e os acólitos não instituídos.
• Acólitos instituídos
Chamam-se assim porque o bispo duma diocese chamou-os e os fez
acólitos. Esse chamamento e essa instituição feita pelo bispo significam que
esse acólito é convidado a participar muito empenhadamente na celebração
da eucaristia.
-9Quais podem ser instituídos acólitos? No nosso país só os rapazes ou
homens que se preparam para ser diáconos ou padres. Este é o caso dos
seminaristas.
• Acólitos não instituídos
Existem em maior número que os primeiros. São os que estão aos
domingos a acolitar nas nossas paróquias. Podem ser rapazes ou raparigas.
São chamados pelo pároco de cada paróquia.
Tema 4: Aparência e comportamentos
Todos os domingos, muito antes de começar a missa, o acólito vai para a
igreja, sempre bem vestido e limpo; cabelo e barba, mãos e unhas, roupa e
sapatos.
O acólito deve estar preparado espiritualmente para receber a sagrada
comunhão. É importante que todos os acólitos comunguem pois estes servem
de exemplo para o resto das pessoas na missa.
Ao chegar à porta da igreja, o acólito deve saudar os companheiros e as
outras pessoas que ali estiverem. Pode também esperar pelos outros
acólitos que ainda não tiverem vindo.
Ao entrar na igreja o acólito deve observar os expositores buscando
alguma novidade.
O acólito caso não vá acolitar deverá dirigir-se para os bancos da frente.
Pode ser preciso chama-lo para algum serviço durante a celebração.
Tema 5: A Alva e o Cíngulo
Todos os que servem no altar usam uma veste branca de nome alva.
Todos, desde o padre até ao acólito. O sentido de usarmos esta veste é para
mostrarmos a pureza e a santidade recebida no nosso baptismo também
feita com um veste branca.
As alvas devem estar sempre muito limpas e passadas a ferro.
O cíngulo é um cordão que serve para apertar a alva à cintura, através de
um nó que o acólito deverá aprender a dar. Depois o acólito deve arranjar a
alva de modo a que esta não fique amarrotada, ou pedir a alguém que o
ajude.
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Capítulo 3 – Gestos e atitudes na Liturgia
Na Liturgia, o acólito faz gestos e toma atitudes corporais. Vamos ver
quais são os gestos e atitudes mais importantes.
Tema 1: Sinal da Cruz
Quando os nossos pais nos levam para sermos baptizados, o sacerdote, os
nossos pais e os nossos padrinhos fizeram-nos o sinal da cruz na testa.
Ao fazermos o sinal da cruz, por um lado, relembramos que Jesus Cristo
morreu por nós para nos salvar dos nossos pecados; e por outro lado, ao
mesmo tempo que nos benzemos (fazemos o sinal da cruz em nós mesmos),
dizemos as palavras “Em nome do Pai, do Filho, e do Espírito Santo” ao
mesmo tempo que abrimos um espaço onde fazemos algo em nome d’Ele,
assim como professamos que acreditamos na Santíssima Trindade.
Também nos persignamos, isto é, fazemos o sinal da cruz na testa, na
boca e no peito. Isto acontece na missa na altura do Evangelho. Para que
exista alguma uniformidade nos nossos gestos não façamos isso quando
algum de nós não pode (por ser ceroferário ou turiferário).
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Tema 2: Estar de pé
Na missa estamos de pé nos momentos mais importantes. É a posição do
cristão pois ele é a presença constante de Cristo.
Estamos de pé:
• Desde o início do cântico de entrada até à oração colecta,
inclusive;
• Durante o Aleluia, ou outro cântico que preceda o Evangelho, e
durante a proclamação do Evangelho;
• Durante a profissão de fé e a oração dos fiéis;
• Desde a oração sobre as oblatas até ao fim da missa, excepto nos
momentos abaixo mencionados.
Nota: durante o evangelho todos estão de pé a olhar para quem lê;
Durante a oração eucarística todos de pé a olhar para o altar.
Tema 3: Caminhar
Na missa, para se fazer quase tudo, caminha-se (NÃO SE CORRE!). Assim
acontece na procissão de entrada, quando o leitor vai ler ao ambão, durante
a preparação do altar, durante a comunhão dos fiéis, e ainda noutros.
O acólito deve ser ensinado a caminhar na igreja na presença de Deus.
- 12 É IMPORTANTE que em todas as deslocações de um acólito, ele seja o
mais discreto possível. Só deve mesmo andar quando de facto, for
preciso.
Tema 4: Estar sentado
Quando está sentado o acólito deve manter-se de forma digna e bem
sentado, com as costas direitas e os pés direitos no chão. Nunca com as
pernas cruzadas ou esticadas, pois não estamos em nenhuma esplanada;
estamos na igreja, na missa. As mãos não devem estar a passear: devem
estar em cima dos joelhos (como na imagem).
Muito importante: não falar com os outros acólitos pois estamos a
distrairmo-nos e a distrair os outros.
Estamos sentados:
• Durante as leituras que precedem os o Evangelho e o salmo
responsorial;
• Durante a homilia;
• Durante a preparação dos dons até «orai irmãos…»;
• Durante o silêncio (ou acção de graças) após a comunhão, se o
padre se sentar.
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Tema 5: de Joelhos
O estar de joelhos é uma atitude humildade e de adoração perante o que
contemplamos. Estar de joelhos não é estar sentados nos calcanhares; é
estar direito e com o corpo elevado.
Estamos de joelhos:
• Desde a epiclese até terminar a elevação do cálice;
• Na exposição solene do Santíssimo Sacramento, enquanto o
sacerdote ou diácono leva e expõe o Santíssimo, e sempre que
quem preside está ajoelhado;
• No início da celebração da Paixão do Senhor, na Sexta-Feira
Santa, quando os sacerdotes se prostram de rosto por terra, e
quando, na Oração Universal, o diácono ou outro ministro dá essa
indicação.
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Tema 6: Genuflexão
A genuflexão consiste em dobrar um joelho até ao solo, por respeito, e a
voltar a erguer-se de seguida. O corpo deve manter-se direito. O acólito
deve genuflectir sempre que passa diante do Santíssimo Sacramento, a não
ser que vá em procissão ou leve alguma coisa nas mãos.
Fora da eucaristia, genuflecte-se sempre que se passa em frente ao
sacrário ou em frente à custodia quanto está o Santíssimo exposto.
Genuflecte-se também à cruz desde a celebração da Paixão na Sexta-Feira
Santa até à Vigília Pascal.
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Tema 7: Inclinação
A inclinação é um sinal de reverência e de honra que se presta às próprias
pessoas ou às suas imagens. Há duas espécies de inclinação: de cabeça
(pequena inclinação) e do corpo (inclinação profunda).
Inclinação profunda:
• Quando o sacrário com o Santíssimo Sacramento não está no
presbitério, antes e depois da missa e sempre que se tiver de
passar diante do altar;
• Quando na profissão de fé dizemos «e encarnou»;
• Quando, antes de comungar, o sacerdote genuflecte;
• Quando o sacerdote diz «Eis o Cordeiro de Deus…»;
• Sempre seja necessário passar diante do bispo;
• O que incensa, ao Santíssimo Sacramento e às pessoas que vai
incensar, antes e depois da incensação.
Pequena inclinação
• Quando na celebração se pronuncia o nome de Jesus, da Virgem
Santa Maria ou do Santo cuja memórias se celebra a missa;
• Durante a incensação da Cruz;
• Quando na «confissão», se diz «por minha culpa, minha tão grande
culpa»;
• Sempre que seja necessário passar diante do presbítero;
• Sempre que se entrega algum objecto nas mãos do sacerdote;
• Ao leitor (ara acólito acolhedor);
- 16 •
•
•
•
Quando o sacerdote abre ou fecha a porta do sacrário (se este
estiver no presbitério);
No momento da comunhão em que dizemos «ámen»;
Para saudar aquele de quem se receba a paz;
À cruz da sacristia, antes e depois da missa.
Tema 8: Outros gestos
•
Bate-se no peito:
o É sinal de oração de coração humilde e consciente como “o
publicano que ficou à distância e nem sequer se atrevia a
erguer os olhos ao Céu, mas dizia «Meus Deus, tende
compaixão de mim que sou pecador»” e “desceu justificado
para sua casa…” (Lc 18, 13-14).
o Na «confissão», ao dizer «minha culpa, minha…» bate-se
duas vezes no peito com a mão direita estendida.
•
A Paz
Quando o sacerdote ou o diácono diz «saudai-vos na Paz de Cristo», o
acólito recebe primeiro a paz do sacerdote, diácono e ministro da comunhão
e depois aos outros acólitos.
- 17 Como se dá a paz
Aquele que vai dar a paz, volta-se, sem o saudar, para aquele que vai
receber. Coloca as palmas e os antebraços sobre os braços daquele que vai
receber a paz; inclina-se para a direita e aproxima a face esquerda da face
esquerda deste último, dizendo «a paz esteja contigo».
Como se recebe a paz
Aquele que vai receber, saúda com uma inclinação de cabeça aquele que
lhe leva a paz. Com as mãos abertas e voltadas para cima, e com os
antebraços fazendo um ângulo recto com os braços, toca, com as mãos, e os
cotovelos do que lhe dá a paz, inclinando-se também para a direita.
Responde: «e contigo também». Depois, ambos se endireitam e saúdam com
uma pequena inclinação.
•
Posição das mãos
o Durante a celebração, sempre que estão de pé ou de joelhos,
ou se deslocam sem objectos nas mãos, os acólitos põem as
mãos juntas, isto é, têm as mãos juntas diante do peito,
comas palmas das mãos, os dedos esticados e os polegares
cruzados
o Estando sentados, pousam as palmas das mãos sobre os
joelhos.
Observações:
• Quando o Santíssimo Sacramento está exposto, não se saúda
ninguém.
• Deve-se sempre evitar estar de costas, quer para o altar, quer
para as pessoas mais elevadas em dignidade.
• Para maior dignidade e beleza da missa, é preciso que as atitudes e
movimentos dos acólitos sejam executados simultaneamente.
Exemplo disso é: sentar e levantar ao mesmo tempo que o padre,
inclinações, genuflexões (usar a nossa visão periférica). Tudo isto
exige algum treino e prática.
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Capítulo 4 – Os acessórios de culto
Este capítulo tem pouco texto mas tem algumas fotografias com os
nomes dos diversos objectos que usamos durante a missa e não só. Junto
das fotografias há uma pequena explicação.
Tema 1: Os Vasos Sagrados
•
Cálice e Patena
Servem para oferecer, consagrar e comungar do Corpo e Sangue de Cristo
•
Píxide ou Cibório
Vaso com tampa, destinada a conservar as hóstias consagradas no sacrário.
• Caixa-Cibório
Espécie de caixa utilizada para levar o viático aos doentes.
- 19 •
Custódia
Destinada à exposição solene do Santíssimo Sacramento.
• Lúnula
Faz parte da Custódia. Trata-se de um pequeno semi-círculo, geralmente de
metal precioso, que serve para segurara a hóstia consagrada.
Tema 2: Outros Vasos
• Âmbulas
Vasos destinados a conterem os Santos Óleos (dos Catecúmenos, do Santo
Crisma, dos Doentes).
•
Galhetas
Para apresentar no altar o vinho e a água.
- 20 •
Turíbulo e Naveta
Para as incensações na celebrações Litúrgicas e para guardar o incenso.
(mais há frente explicar-se-á como se incensa)
•
Vasos de Abluções ou Lavandas
Para a purificação dos dedos do sacerdote.
- 21 •
Caldeira e Hissope
Para as aspersões com água benta.
• Purificador
Encontra-se, com água, junto do sacrário, para o sacerdote purificar os
dedos quando dá a Comunhão fora da missa.
Tema 3: Panos de altar
•
Toalhas de altar
• Crismal
Pano que, nos altares consagrados, em sinal de respeito pelas unções, se
coloca entre o altar e a toalha.
•
Corporal
Pano quadrado sobre o qual são colocados directamente a Patena e o Cálice,
e também a Custódia durante a exposição do Santíssimo Sacramento.
Quando não está a ser utilizado, pode guardar-se devidamente dobrado.
- 22 • Pala
Pequeno pano quadrado que pode colocar-se, facultativamente, sobre o
Cálice.
•
Sanguíneo
Pano destinado a enxugar o cálice depois das abluções, bem como a boca e
os dedos do sacerdote que o Sangue e o Corpo de Cristo tocaram.
•
Manustérgio
Toalha apresentada pelo acólito ao sacerdote no momento em que este lava
as mãos.
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Tema 4: Vestes sagradas
• Alva
Veste comum a todos os ministros
• Cíngulo
Cordão que ajusta a alva à cintura
• Amito
Espécie de lenço que é utilizado para envolver o pescoço, caso a alva esteja
decotada
• Casula
Veste utilizada pelo sacerdote para a celebração da missa. Os
concelebrantes podem não utilizá-la. Tem a cor consoante a cor litúrgica.
• Estola
Faixa que tem a cor consoante a cor litúrgica. Os padres e bispos põem-na
sobre o peito. Os diáconos põem-na a tiracolo.
• Dalmática
A veste própria dos diáconos.
• Véu de Ombros ou Umeral
Os sacerdotes e os diáconos utilizam-no na procissão do Santíssimo
Sacramento. Os presbíteros também usam para dar a bênção.
Tema 5: Insígnias Episcopais
O bispo, nas celebrações litúrgicas, utiliza as vestes sagradas próprias de
daquele de quem preside. Além das que são comuns aos presbíteros, usa, na
cabeça o solidéu (pequeno barrete, de cor violeta para os bispos, vermelho
para os cardeais e branca para o Papa).
- 24 As insígnias episcopais usadas pelo bispo são:
• Anel: símbolo da fidelidade à Igreja, sua esposa.
• Báculo: sinal do múnus pastoral
• Mitra e Cruz Peitoral
• Palio (usado pelos arcebispos, sobre a Casula, nas cerimónias
litúrgicas que se realizam no território sob sua jurisdição).
Tema 6: Outros objectos de culto
• Pálio
É um sobre-céu portátil, suspenso por meio de varas, que serve nas
procissões para cobrir o Santíssimo Sacramento ou o Santo Lenho.
• Umbela
Espécie de pequeno pálio redondo, utilizada para cobrir o Santíssimo
Sacramento quando transportado em procissão no interior da igreja.
Tema 7: Cores litúrgicas
Usa-se cor branca
• Tempo Pascal e Natal;
• Festas do Senhor (excepto o Domingo de Ramos, na Paixão do Senhor
e a Exaltação da Santa Cruz);
• Festas e Memórias da dedicação de uma Igreja;
• Festa e Memória de Nossa Senhora, dos Anjos e dos Santos (excepto
os Apóstolos e Evangelistas e os Martíres);
• Festa se Todos-os-Santos, nascimento de S. João Baptista, S. João
Evangelista, Cadeira de S. Pedro e Conversão de S. Paulo;
• Missas Rituais, Missas para Diversas Necessidades e Missas Votivas.
Usa-se cor verde
• Tempo Comum ou Per Annum.
Usa-se cor vermelha
• Domingo de Ramos e Sexta-Feira Santa;
• Domingo de Pentecostes;
• Exaltação da Santa Cruz;
• Festas de Apóstolos e Evangelistas;
• Festa e Memórias de Mártires;
- 25 Usa-se cor roxa
• Tempo do Advento e Quaresma;
• Missa de Defuntos (também se pode usar paramentos de cor preta).
Podem usar-se paramentos cor-de-rosa nos domingos «Gaudete» (III do
Advento) e «Laetare» (IV da Quaresma), e, por antigo privilégio, nalgumas
igrejas, paramentos azuis na solenidade da Imaculada Conceição.
- 26 -
Capítulo 5 – Os Momentos da Missa
A missa tem duas grandes partes: a liturgia da palavra e a liturgia
eucarística. No entanto, estas duas partes estão muito relacionadas, de tal
maneira que são uma só coisa: A Missa.
De facto, podemos dizer que a Missa é como um banquete com um só
alimento que é Jesus Cristo mas é servido em duas mesas: a mesa da palavra
(ambão) e a mesa da eucaristia (altar).
Tema 1: Ritos Iniciais (introdução)
O primeiro momento é quando a assembleia recebe o sacerdote que, em
nome de Jesus, vai presidir à celebração. Depois inicia-se a celebração com
o Sinal da Cruz e a Saudação inicial – O sacerdote saúda a assembleia
manifestando a presença de Deus no meio dela.
Segue-se o Acto Penitencial – Convite a reconhecermos os nossos
pecados, para recebermos o perdão e a misericórdia de Deus. Depois
cantamos o Glória – um cântico de louvor e de súplica a Deus, criando em nós
a atitude de dar graças a Deus, própria da missa.
Esta introdução termina com a Oração Colecta – Aqui há momento de
silêncio para que todos tomem consciência de que estão na presença de
Deus, e que se preparem para o que vai acontecer na Missa. Depois o
sacerdote diz a oração em nome de todos.
Tema 2: Liturgia da Palavra
Leitura I – Leitura do Antigo Testamento.
(Na Páscoa é dos Actos dos Apóstolos)
Salmo Responsorial – É a resposta da assembleia à primeira Leitura
Leitura II – Leitura dos Actos dos Apóstolos ou das Cartas
Evangelho – O Evangelho, porque é a narração da vida de Jesus Cristo, é o
ponto mais alto da liturgia da Palavra. É que toda a Bíblia fala de Jesus, e só
quem acredita em Jesus compreende totalmente a Bíblia. Por isso é
escutado de pé, aclamado com o Aleluia, e todos se persignam (sinal da cruz
na testa, na boca e no peito).
- 27 Homilia – Segue-se a homilia, em que o sacerdote explica algum aspecto
das leituras exortando a assembleia a imitar aquilo que foi proclamado.
Credo – O Credo é um resumo da Bíblia, isto é, de tudo o que foi revelado
por Deus e que nós acreditamos. Na Missa rezamos o Credo para exprimir a
nossa aceitação daquilo que foi escutado nas leituras, e recordamos o
essencial da fé católica.
Oração dos Fiéis – Nesta oração, a assembleia reza por toda a Igreja, por
todos os homens da Terra, pelos governantes, pelos que sofrem, etc. Somos
um Povo que reza a Deus pedindo a sua bênção para todos os Povos.
Tema 3: Liturgia Eucarística
Apresentação dos dons – Prepara-se o altar, com o pão e o vinho para a
eucaristia. Se houver outras ofertas como dinheiro também é entregue aqui.
Oração sobre as oblatas – Oração que se diz quando tudo está preparado
para a Eucaristia. Pede-se que estes dons terrenos (pão e vinho) se
transformem para nós em alimento de vida eterna.
ORAÇÃO EUCARISTICA – É a grande oração em que todos pela voz do
sacerdote, louvam a Deus e o bendizem.
Esta oração tem várias partes. Começa com o convite do sacerdote a que
todos dêem graças a Deus (“Demos graças ao Senhor Nosso Deus…”). Depois
proclamamos a glória de Deus três vezes Santo, que fez maravilhas por
amor a nós.
Seguidamente invocamos o Espírito Santo, para que transforme o pão e o
vinho, em Corpo e Sangue de Cristo. Então o sacerdote repete os gestos e
as palavras de Jesus na Última Ceia, consagrando o Pão e o Vinho.
Depois oramos a Deus pela unidade da igreja, pelo Papa e os bispos;
recordamos os que já partiram para junto do Pai; pedimos para também nós
participarmos um dia na assembleia do céu, com todos os Santos.
A oração termina quando o sacerdote eleva o Corpo e Sangue de Cristo,
em louvor ao Pai e toda a assembleia responde: Ámen (Assim seja!).
RITOS DA COMUNHÃO – Finalizada a oração eucarística está na altura
de recebermos o Corpo (e o Sangue de Cristo):
• Pai-Nosso – Os que comem do mesmo Pão, formam um só Corpo na
mesma Fé. Por isso rezamos, todos juntos, como Jesus, o Filho de
Deus nos ensinou, e assim chamamos a Deus «nosso Pai».
- 28 •
•
•
•
Saudação da Paz – Quem não está em paz com os irmãos, não está
preparado para receber o alimento da Unidade e da Paz. Por isso
realizamos este gesto de reconciliação e perdão. Não se trata de
um simples cumprimento: é o compromisso de todos os cristãos na
construção da Paz com todos os homens.
Partir do Pão – Normalmente o pão já vem partido em partículas
(por razões práticas). No entanto, o sacerdote parte uma hóstia e
mostra-a partida a toda a assembleia, para significar que é só um
pão que é partido e repartido por todos.
Comunhão – Todos os que estão de consciência limpa aproximam-se
para receber do Corpo de Cristo, numa atitude de amor e de
alegria. A comunhão leva-se também a casa dos doentes e dos que
não podem ir à missa.
Oração depois da comunhão – Oração que se diz no final da
comunhão, pedindo que o alimento que comungámos nos dê força
para vivermos santamente e podermos chegar ao Reino dos Céus.
Tema 4: Ritos de Conclusão
Bênção final e Despedida (Ide em Paz…) – A grande bênção é a Eucaristia
e a comunhão. No entanto, esta bênção final significa que, ao sairmos da
igreja, Deus nos acompanha e guia para praticarmos e anunciarmos o que
ouvimos e celebrámos na missa.
- 29 -
Capítulo 6 – Cerimonial do acólito para uma
missa celebrada no Domingo ou festa de
preceito (Forma Típica)
«Tenha-se em grande apreço a missa celebrada com uma comunidade,
sobretudo com a comunidade paroquial, já que esta representa a Igreja
universal, num lugar e tempo determinado, especialmente na celebração
comunitária Domingo» (IGMR, 75).
Convém que seja celebrada com canto e com número adequado de
ministros (cf. IGMR, 77).
«Todos, ministros ou simples fiéis, façam tudo e só o que lhes compete
(…)» (IGMR, 58).
Tema 1: Preparativos
a)
Cerimonário (C)
Além de coordenar o serviço de todos, prepara o seguinte:
Æ Leva o Evangeliário para a sacristia;
Æ Junto à do sacerdote, coloca o Missal;
Æ No ambão, o Leccionário e o texto da oração dos fiéis;
Æ No local donde partirá a procissão com as oferendas, coloca uma mesa
coberta com uma toalha branca;
Æ Verifica se os microfones estão colocados e se a aparelhagem sonora
está operacional.
Nota: Evangeliário é o livro, dignamente encadernado, que contém os Evangelhos
dos Domingos, das solenidades e das Festas. Não existindo, poder-se-á substituir
por um Leccionário igual ao que está no seu lugar próprio: o ambão. Um diácono, ou,
na sua falta, um acólito, poderá transportar o Evangeliário na procissão de entrada.
b)
Turiferário (T) e Naveteiro (N)
Æ Limpam o Turíbulo e acendem-no;
Æ Verificam se há incenso na Naveta e se a colher está limpa
c)
Cruciferário (†)
Æ Leva a cruz procissional para a sacristia e verifica se a base está no
lugar próprio, no presbitério.
- 30 d)
Os Acólitos (Acólito de Altar – Aa; Acólito ao Livro – Al)
Æ Verificam, no Directório Litúrgico, a cor dos paramentos do dia.
Æ Sobre o arcaz ou noutro local apropriado colocamos paramentos do
sacerdote (e do diácono, e dos concelebrantes, se for o caso), por
esta ordem:
o Casula
o Estola
o Cíngulo
o Alva
o Amito (se for necessário)
Nota: O diácono pode não levar Dalmática; e os concelebrantes podem não usar
Casula.
Æ Levam para a credência:
o Cálice
o Corporal
o Sanguíneo
o Patena com a hóstia
o Lavabo, jarro e Manustérgio
o Bandejas para a Comunhão dos fiéis.
Æ Levam para a mesa de onde parte a procissão das oferendas:
o Píxide ou Patena com partículas para a Comunhão dos fiéis
o Galhetas com vinho e a água
e)
Ceroferários (Cr)
Æ Preparam os ciriais: pelo menos dois ciriais, podendo ser quatro ou
seis, e até sete quando a missa for presidida pelo bispo a diocese.
Æ Acendem, na igreja, as velas e as luzes necessárias, e renovam a
lamparina do sacrário.
Æ Verificam se há fósforos na sacristia e colocam o pavio na credência.
Tema 2 – Na Sacristia
(ou no local donde parte a procissão de entrada)
a) Os acólitos acolhem o sacerdote, (já com as suas tarefas
preparatórias cumpridas) já paramentados.
b) O Cerimonário ajuda o sacerdote a paramentar-se.
c) Os Ceroferários acendem os ciriais.
d) O turiferário e o Naveteiro aproximam-se para o sacerdote colocar
incenso no Turíbulo.
- 31 -
Tema 3 – A Celebração
1. Chegada a hora de começar a missa todos os acólitos saúdam a Cruz
que está na sacristia e forma-se a procissão da entrada deste modo:
a. Turiferário com o turíbulo fumegante;
b. Ligeiramente atrás, à esquerda do turiferário, vai o naveteiro;
c. Ceroferários e no meio o cruciferário com a Cruz Processional.
d. Ceroferários e no meio o diácono (ou um acólito) com o
Evangeliário.
e. Acolhedores
f. Outros acólitos
g. Acólito que leve o missal – se aplicável
h. À direita do sacerdote o cerimoniário ligeiramente à frente
i. Celebrante e Co-celebrantes.
Nota: se a missa for presidida por um bispo, atrás dele vão os acólitos
responsáveis pela mitra e pelo báculo.
2. Chegando à entrada do presbitério, os acólitos que não levam as mãos
ocupadas, fazem dois a dois, uma inclinação diante do altar. Se for
possível fazem inclinação, todos ao mesmo tempo com o presidente da
celebração.
3. O turiferário e o naveteiro aproximam-se do presidente. Após ser
imposto o incenso, o turiferário entrega o turíbulo ao sacerdote (ou
também ao cerimoniário ou ao diácono e estes ao sacerdote).
Durante a incensação da Cruz os acólitos fazem uma inclinação. O
cerimoniário (ou o diácono) acompanha o sacerdote durante a
incensação, segurando a ponta direita da casula. Terminada a
incensação o turiferário aproxima-se e recebe o turíbulo.
- 32 4. Quem transporta o Evangeliário põem-no no altar. Os ceroferário e o
cruciferário colocam o que transportam nos devidos locais. Preparamse todos para fazer a segunda inclinação ao altar (todos juntos), na
altura em que o sacerdote (s) beija (m) o altar.
5. O turíbulo vai para a sacristia (ou outro lugar destinado para tal) e a
naveta vais para a credência. O acólito ao livro apresenta o Missal ao
sacerdote para os ritos iniciais e para a oração colecta.
6. Finda a oração colecta todos os acólitos se sentam ao mesmo tempo
que o sacerdote. Excepto os acolhedores que vão receber os leitores
e os salmistas à entrada do presbitério. Durante as leituras e salmo
estão de cada lado do ambão. Após cada leitura acompanham o leitor
até à saída do presbitério. Os acolhedores, antes e depois de
executarem esta tarefa, fazem ao presbítero, uma pequena
inclinação.
7. Durante a segunda leitura, o turiferário vai buscar o turíbulo.
8. No início do Aleluia (ou outro cântico, conforme o tempo litúrgico),
todos se levantam excepto o padre que preside. O turiferário e o
naveteiro aproximam-se do sacerdote que impões e benze o incenso.
9. Quem vai ler o Evangelho faz a procissão com o Evangeliário ladeado
de dois ceroferários transportando os ciriais que acompanhavam o
Evangeliário na procissão de entrada.
- 33 10. Depois do Sacerdote (ou diácono) saudar o Povo e anunciar qual o
Evangelho (para uma melhor uniformidade não se persignem os
acólitos se só alguns o poderem), o turiferário apresenta o turíbulo.
Finda a incensação o turiferário retira-se junto do ambão mas do
presbitério.
11. Durante a proclamação do Evangelho, os ceroferários estão do mesmo
modo que os acolhedores voltados um para o outro.
12. Finda a proclamação do Evangelho, o Evangeliário permanece no
ambão e os ceroferários colocam os ciriais em torno do ambão ou do
altar se apenas existirem dois círios. Todos se sentam enquanto o que
celebrante ou mesmo um co-celebrante faz a homilia.
13. Finda a homilia o acólito do livro apresenta o Missal para a recitação
do «Credo». Às palavras «E encarnou pelo Espírito Santo… e Se fez
homem», todos fazem uma inclinação (genuflectem nas solenidades do
Natal e da Anunciação do Senhor).
14. Os acólitos acolhedores vão à entrada do presbitério receber o leitor
da oração dos fiéis. O acólito do livro apresenta ao sacerdote o livro
da oração dos fiéis. O leitor só deixa o ambão depois da oração
conclusiva, sendo depois acompanhado pelos acolhedores à saída do
presbitério.
15. Quando o presbítero se senta os acólitos não tenham funções a
cumprir se sentam também (ao mesmo tempo). Entretanto (dois ou
mais) acólitos levam para o altar o corporal, o cálice, a patena com a
hóstia e o sanguíneo. O cerimoniário prepara o altar.
16. O Cerimoniário organiza a procissão das oferendas: vem à frente
seguido do turiferário e os que trazem as galhetas da água e do vinho
e outras oferendas (como cestos com dinheiro). As restantes
oferendas não devem ficar em cima do altar.
Em algumas paróquias nas oferendas vêm já o cálice com o vinho e a
patena com a hóstia.
- 34 17. O padre e acólitos (os que forem necessários) – e o diácono –
levantam-se e vão para a frente do altar para receber as oferendas.
18. O sacerdote recebe a patena (e o cálice, se ocorrer que venha na
procissão das oferendas), e entrega ao diácono ou a um dos acólitos
que a leva para o altar. Recebe também as galhetas e entrega-as a
outro acólito. O Cerimoniário recebe outras ofertas que normalmente
incluem o dinheiro e leva para um lugar próprio que não deve ser em
cima do altar.
19. O Sacerdote regressa ao altar e o acólito que transporta o Missal
apresenta-o para serem lidas as fórmulas prescritas para a
apresentação dos dons.
20. O presbítero eleva a patena com a hóstia eleva a patena e quando a
poisa o acólito aproxima-se para lhe apresentar as galhetas do vinho e
da água.
21. O turiferário vai buscar o turíbulo e o naveteiro, a naveta; e
procedem como em 3. O cerimoniário incensa o celebrante, o
concelebrantes se os houver, os acólitos e o povo. O turiferário
retira-se depois de receber o turíbulo para o local já referido e a
naveta vai para a credência.
- 35 22. Um dos acólitos (dois ou três) apresenta o lavabo:
a. Um: lavabo na mão esquerda, jarro na mão direita, manustérgio
pendurado no braço direito.
b. Dois: igual quando só com um mas um acólito segura o
manustérgio com as duas mãos
c. Três: todos os acólitos seguram nas lavandas com as duas mãos.
No final os acólitos fazem uma inclinação ao sacerdote.
Nota: é possível que também seja utilizado sabonete e limão
especialmente quando há bênção com os santos óleos.
23. Quando o sacerdote regressa ao centro do altar, o acólito do livro
apresenta o livro para a oração das oblatas, o prefácio e a oração
eucarística determinada.
24. Cantando o «Sanctus», o turiferário impõe incenso no turíbulo e
desloca-se para a frente do altar de costas para a assembleia.
- 36 25. No início da Narração da última ceia todos se ajoelham, excepto o
acólito que continua a segurar o Missal.
Nota: «Um pouco antes da Consagração, se for oportuno, um dos
acólitos poderá chamar a atenção dos fiéis com toque de campainha.
Esta pode-se tocar também a cada elevação, segundo os costumes
locais» (IGMR, 109).
26. A cada elevação, o turiferário incensa.
27. Quando o celebrante diz «Mistério da Fé», todos se levantam.
28. O turíbulo é guardado para o local designado.
29. Finda a Oração Eucarística o acólito do livro abre o Missal nos Ritos
da Comunhão.
30. Quando o Sacerdote ou o Diácono disser: «Saudai-vos na paz de
Cristo», os acólitos saúdam o presidente o concelebrantes e por fim
os outros acólitos. Se existirem muitos acólitos, o que torna
demoroso o rito da paz, os acólitos dão a paz a alguns e o sacerdote
saúda na paz o cerimoniário e o acólito do livro.
31. O Sacerdote genuflecte depois da oração preparatória da Comunhão,
acólitos fazem uma inclinação profunda.
32. Quando o presbítero diz: «Eis o Cordeiro de Deus…» os acólitos
fazem uma inclinação profunda.
33. Os acólitos aguardam que o sacerdote lhes leve a comunhão que
poderá, ou não, ser das duas espécies.
- 37 34. Os acólitos acompanham então os ministros da comunhão com a
bandeja. O cerimoniário deve acompanhar o celebrante.
35. O acólito que está com o ministro da comunhão deve ter a bandeja
por baixo da patena ou píxide e acompanha o corpo no ar até à boca
de quem vem receber a comunhão. Se quem vier receber for para
comungar na mão a bandeja deve parar por baixo das mãos dessa
pessoa.
36. Terminada a Comunhão dos fiéis, um presbítero ou outro ministro da
comunhão faz a purificação, no altar ou na credência, que consiste em
limpar a patenas e as bandejas (e outros vasos sagrados), com o
sanguíneo. O acólito encarregado das galhetas entrega a galheta da
água ao ministro.
37. Se antes ou depois da Comunhão dos Fiéis existir necessidade de
abrir o sacrário, e localizando-se este no presbitério, os acólitos
voltam-se para este, inclinando-se na abertura e fecho deste.
Estando o sacrário localizado fora do presbitério dois ceroferários
(sem os ciriais) acompanham o ministro num pequeno cortejo.
38. Depois da Comunhão os acólitos sentam-se se o sacerdote se sentar
(ao mesmo tempo que este).
39. O acólito do livro apresenta o Missal ao celebrante para este fazer a
oração depois da comunhão.
40. Dito o «Ide em Paz…», o cortejo (se houver), para a sacristia como o
da entrada.
Tema 4 – Ao chegar à sacristia
1. Na sacristia todos fazem referência à Cruz e respondem à
jaculatória dita pelo sacerdote.
2. O cerimoniário ajuda o presbítero a desparamentar-se. Todos ainda
paramentados, arrumam aquilo que está encarregado cada um.
3. Os acólitos guardam os seus paramentos no local designado.
- 38 -
Observações
Se o presidente for um bispo ter em conta:
A) O bispo faz uso do báculo durante a procissão da entrada, enquanto
se escuta a proclamação do Evangelho e faz a Homília e na bênção
final;
B) Pode usar mitra: sempre que se senta (ao ministrar o sacramento da
Confirmação) e nas circunstâncias em que usa o báculo;
C) O acólito mitreiro entrega e recebe a mitra do diácono ou sacerdote
que assiste o bispo;
D) Durante a missa, o bispo só não usa o solidéu desde o início da oração
eucarística até terminar de distribuir a Comunhão. Nessa altura, o
Bispo senta-se e um acólito deverá levar-lhe o solidéu numa bandeja.
- 39 -
Capítulo 7 – Devocionário
Os acólitos Devem ser instruídos também na oração, por isso está aqui,
neste pequeno devocionário, além dos já (supostamente) conhecidos PaiNosso e Avé Maria, outras orações incluindo a nossa Oração.
Pai-Nosso
Pai-Nosso, que estais no Céu santificado seja o Vosso Nome. Venha a nós o
Vosso Reino, seja feita a Vossa Vontade assim na terra como no céu. O PãoNosso de cada dia nos dai hoje. Perdoai-nos as nossas ofensas assim como
nós perdoamos a quem nos tem ofendido. E não nos deixei cair em tentação
mas livrai-nos do mal. Ámen.
Avé Maria
Avé Maria cheia de graça o Senhor é convosco, bendita sois vós entre as
mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de
Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora da nossa morte. Ámen.
Oração do Acólito
Senhor Jesus Cristo, sempre vivo e presente connosco, tornai-me digno de
Vos servir no altar da Eucaristia, onde se renova o sacrifício da Cruz e Vos
oferecei por todos os homens. Vós que quereis ser para cada um o amigo e o
sustentáculo no caminho da vida, concedei-me uma fé humilde e forte,
alegre e generosa, pronta para vos testemunhar e servir. E porque me
chamaste ao vosso serviço, permiti que vos procure e vos encontre, e pelo
sacramento do Vosso Corpo e Sangue, permaneça unido a Vós para sempre.
Ámen.
Glória
Glória a Deus nas alturas e paz aos homens por Ele amados. Senhor Deus,
Rei dos céus, Deus Pai todo-poderoso: nós Vos louvamos, nós Vos
bendizemos, nós Vos adoramos, nós Vos glorificamos, nós Vos damos graças
por Vossa imensa glória. Senhor, Jesus Cristo, Filho Unigénito, Senhor
Deus, Cordeiro de Deus, Filho de Deus Pai: Vós que tirais o pecado do
mundo, tende piedade de nós; Vós que tirais o pecado do mundo, acolhei a
nossa súplica; Vós que estais à direita do Pai, tende piedade de nós. Só Vós
sois o Santo; só Vós sois o Senhor; só Vós, o Altíssimo Jesus Cristo; com o
Espírito Santo, na glória de Deus Pai. Ámen.
- 40 -
Credo
Creio em um só Deus, Pai todo-poderoso, Criador do céu e da terra, de
todas coisas visíveis e invisíveis.
Creio em um só Senhor, Jesus Cristo, Filho Unigénito de Deus, nascido do
Pai antes de todos os séculos: Deus de Deus, Luz da Luz, Deus verdadeiro
de Deus verdadeiro; gerado não criado, consubstancial ao Pai. Por Ele, todas
as coisas foram feitas. E, por nós homens, e para nossa salvação desceu dos
céus. (todos se inclinam às palavras: «E encarnou…e Se fez homem») E
encarnou pelo Espírito Santo, no seio da Virgem Maria, e se fez homem.
Também por nós foi crucificado sob Pôncio Pilatos; padeceu e foi sepultado.
Ressuscitou ao terceiro dia, conforme as Escrituras; e subiu aos Céus, onde
está sentado à direita do Pai. De novo há-de vir em sua glória, para julgar os
vivos e os mortos; e o seu Reino não terá fim.
Creio no Espírito Santo, Senhor que dá a vida, e procede do Pai e do Filho; e
com o Pai e o Filho é adorado e glorificado: Ele que falou pelos Profetas.
Creio na Igreja una, santa, católica e apostólica. Professo um só baptismo
para a remissão dos pecados. E espero a ressurreição dos mortos, e vida do
mundo que há-de vir. Ámen.
Salve Rainha
Salve Rainha, Mãe de misericórdia, vida, doçura e esperança nossa, salve. A
Vós bradamos os degredados filhos de Eva: A Vós suspiramos gemendo e
chorando neste vale de lágrimas. Eia, pois, advogada nossa, os vossos olhos
misericordiosos a nós volvei. E depois deste desterro mostrai-nos Jesus,
bendito fruto do Vosso ventre. Ó clemente, ó piedosa, ó doce Virgem Maria.
Rogai por nós, Santa Mãe de Deus. Para que sejamos dignos das promessas
de Cristo. Ámen.
- 41 -
Oração da manhã
Em nome (t) do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ámen.
Salmo 62, 2-9
Senhor, sois o meu Deus: desde a aurora Vos procuro.
A minha alma tem sede de Vós.
Por Vós suspiro
Como terra árida, sequiosa, sem água.
Quero contemplar-Vos na santuário,
Para ver o vosso poder e glória.
A Vossa graça vale mais que a vida:
Por isso, os meus lábios hão-de cantar-Vos louvores.
Assim Vos Bendirei toda a minha vida
E em Vosso Louvor levantarei as mãos
Serei saciado com saborosos manjares
E com vozes de júbilo Vos louvarei.
Quando no leito Vos recordo,
Passo a noite a pensar em Vós.
Porque Vos tornastes meu refúgio,
Exulto à sombra das Vossas asas.
Unido a Vós estou, Senhor.
A Vossa mão me serve de amparo.
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo,
Como era no princípio, agora e sempre. Ámen.
Oferecimento das obras do dia
Ofereço-Vos, ó meus Deus,
Em união com o Santíssimo Coração de Jesus
E por meu o do Imaculado Coração de Maria,
As orações, os trabalhos, as alegrias e os sofrimentos deste dia,
Em reparação de todas as ofensas
E por todas as intenções,
Pelas quais o mesmo divino Coração
Está continuamente intercedendo
E sacrificando-se nos nossos altares.
Eu Vo-la ofereço, de modo particular,
(conforme o mês, acrescentar as intenções do Santo Padre)
Tudo por Vós, Sagrado Coração de Jesus!
- 42 -
Consagração a Nossa Senhora
Ó Senhora minha, ó minha Mãe!
Eu me ofereço todo a Vós
E, em prova da minha devoção para convosco,
Vos consagro neste dia os meus olhos, os meus ouvidos,
A minha boca, o meu coração
E inteiramente o meu ser.
E porque assim sou vosso, ó incomparável Mãe,
Guardai-me e defendei-me
Como coisa e propriedade Vossa.
Lembrai-vos que Vos pertenço,
Terna Mãe, Senhora nossa!
Ah, guardai-me e defendei-me
Como coisa própria Vossa. Ámen.
Ao Anjo da Guarda
Santo Anjo do Senhor, meu zeloso Guardador:
Pois que a ti me confiou a piedade divina,
Hoje e sempre me governa,
Rege, guarda e ilumina. Ámen.
Pai-Nosso
Oração do meio-dia
Angelus
V/
O Anjo do Senhor anunciou a Maria.
R/
E Ela concebeu do Espírito Santo. Avé Maria.
V/
Eis a escrava do Senhor.
R/
Faça-se em Mim segundo a Vossa palavra. Avé Maria.
V/
E o Verbo Se fez homem.
R/
E habitou entre nós. Avé Maria.
V/
Rogai por nós, Santa Mãe de Deus.
R/
Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
- 43 -
Oremos:
Infundi, Senhor como Vos pedimos,
A Vossa graça em nossas almas, para que nós,
Que pela Vossa anunciação do Anjo viemos ao conhecimento
Da Encarnação de Jesus Cristo Vosso Filho,
Pela sua Paixão e Morte de Cruz
Sejamos reconduzidos à glória da Ressurreição.
Por Cristo Nosso Senhor. Ámen.
Ou
Regina Caeli (no tempo Pascal)
V/
Rainha do Céu, alegrai-Vos, Aleluia!
R/
Porque Aquele que mereceste trazer em Vosso ventre, Aleluia!
V/
Ressuscitou como disse, Aleluia!
R/
Rogai por nós a Deus, Aleluia!
V/
Alegrai-Vos e exultai, ó Virgem Maria, Aleluia!
R/
Porque o Senhor ressuscitou verdadeiramente, Aleluia!
Oremos:
Ó Deus, que Vos dignaste alegrar o mundo
Com a ressurreição de Vosso Filho,
Nosso Senhor Jesus Cristo,
Concedei-nos, Vos Suplicamos,
A graça de alcançarmos pela protecção da Virgem Maria, Sua Mãe,
A glória da vida eterna.
Por Cristo Nosso Senhor. Ámen.
Visita ao Santíssimo
Meus Deus, eu creio, adoro, espero e amo-Vos. Peço-Vos perdão para os que
crêem, não adoram, não esperam e não vos amam. (3x)
Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, adoro-Vos profundamente
e ofereço-Vos o preciosíssimo Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus
Cristo, presente em todos os sacrários da terra, em reparação dos ultrajes,
sacrilégios e indiferenças com que Ele mesmo é ofendido.
E, pelos méritos infinitos do Seu Santíssimo Coração e do Coração
Imaculado de Maria, peço-Vos a conversão dos pobres pecadores.
- 44 -
Salmo 22
O Senhor é meu pastor: nada me falta.
Leva-me a descansar em verdes prados,
Conduz-me às águas refrescantes
E reconforta a minha alma.
Ele me guia por sendas direitas
Por amor do seu nome.
Ainda que tenha de andar por vales tenebrosos,
Não temerei nenhum mal, porque Vós estais comigo:
O Vosso cajado e o Vosso báculo me enchem de confiança.
Para mim preparais a mesa
À vista dos meus adversários;
Com óleo me perfumais a cabeça
E o meu cálice transborda.
A bondade e a graça hão-de acompanhar-me
Todos os dia da minha vida,
E habitarei a casa do Senhor
Para todo o sempre.
Glória ao Pai, ao Filho
E ao Espírito Santo,
Como era no princípio
Agora e sempre. Ámen
Oração do Acólito
Pai-Nosso
Ficai connosco, Senhor!
- 45 -
Bênção da mesa
Antes das refeições
Oremos: Abençoai-nos, Senhor, e a estes alimentos que recebemos da
vossas mãos. Por Cristo Nosso Senhor. Ámen.
Depois das refeições
Damo-Vos graças, Deus omnipotente, por todos os vossos benefícios. Vós
que viveis e reinais pelos séculos dos séculos. Ámen.
V/
R/
Que o Senhor nos dê a sua Paz.
E a vida eterna.
Oração da noite
Em nome do Pai (†), do Filho e do Espírito Santo. Ámen.
Acção de Graças
Eu Vos adoro, meu Deus
E Vos amo de todo o meu coração.
Dou-Vos graças por me terdes criado,
Feito cristão e conservado neste dia.
Perdoai-me as faltas que hoje cometi
E se algum bem fiz, aceitai-o.
Guardai-me durante o repouso
E livrai-me dos perigos.
A Vossa graça esteja sempre comigo
E com todos os que me são queridos. Ámen.
Exame de Consciência
Meus Deus, dai-me luz para conhecer os pecados que hoje cometi, as causas
deles e os meios de os evitar.
Deveres para com Deus: lembrei-me de Deus durante o dia
oferecendo-Lhe o meu trabalho, dando-Lhe graças, recorrendo a Ele com
confiança de filho? Deixei de O testemunhar por vergonha ou respeito
humano? Rezei?
Deveres para com o próximo: Tive a preocupação de ajudar os que
me rodeiam? Esforcei-me para que houvesse alegria e paz na minha família,
no meu trabalho, na minha escola? Fiz algum apostolado? Caí na
murmuração? Soube perdoar? Rezei pelos que mais precisam?
- 46 Deveres para comigo: Procurei crescer na santidade? Deixei-me
levar pelos sentimentos de orgulho, vaidade, sensualidade? Combati o meu
defeito dominante? Pedia a Deus que aumentasse em mim as virtudes e,
especialmente, a fé, a esperança e a caridade?
•
•
•
Que bem fiz hoje?
Que mal fiz hoje?
Que coisas farei melhor amanhã?
Acto de Contrição
Meus Deus, porque sois infinitamente bom,
E Vos amo de todo o meu coração,
Pesa-me de Vos ter ofendido,
E, com o auxílio da Vossa divina graça,
Proponho firmemente emendar-me
E nunca mais Vos tornar a ofender.
Peço e espero o perdão das minhas culpas
Pela Vossa infinita misericórdia. Ámen.
Nunc Dimittis
Salvai-nos, Senhor, quando velamos e guardai-nos quando dormimos, para
estarmos vigilantes com Cristo e descansarmos em paz.
Agora, Senhor, segundo a Vossa palavra,
Deixareis ir em paz o Vosso servo,
Porque os meus olhos viram a salvação
Que oferecestes a todos os povos,
Luz para revelar às nações
E a glória de Israel, Vosso servo.
Salvai-nos, Senhor, quando velamos e guardai-nos quando dormimos, para
estarmos vigilantes com Cristo e descansarmos em paz.
Pela Vossa Imaculada Conceição, ó Maria,
Purificai o meu corpo, santificai a minha alma.
(3 Avé Marias)
Salve Rainha
O Senhor omnipotente nos dê uma noite tranquila e no fim da vida
santa morte. Ámen.
- 47 -
Confissão
Confesso a Deus todo-poderoso e a vós irmãos que eu pequei muitas vezes
por pensamentos, palavras, actos e omissões. Por minha culpa (batendo no
peito), minha tão grande culpa, e peço à Virgem Maria, aos Anjos e Santos e
a vós, irmãos que rogueis por mim a Deus, Nosso Senhor.
Resposta (mais frequentes) nas missas:
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Confessemos os nossos pecados.
o (reza-se a confissão)
Palavra do Senhor
o Graças a Deus
O Senhor esteja convosco
o Ele está no meio de nós
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, segundo S. N
o (Durante esta frase persignamo-nos.)
o Glória a Vós Senhor
Palavra da Salvação
o Glória a Vós Senhor
Bendito sejais, Senhor, Deus do universo, pelo Pão (Vinho) que
recebemos da vossa bondade, fruto da terra (videira) e do trabalho
do homem, que hoje Vos apresentamos e que para nós se vai tornar
Pão da Vida (Vinho da Salvação).
o Bendito seja Deus para sempre
Orai, irmãos, para que o meu e o vosso sacrifício seja aceite por Deus
Pai todo-poderoso
o Receba o Senhor por Tuas mãos este sacrifício, para glória do
Seu nome, para nosso bem e de toda a santa Igreja.
O Senhor esteja convosco
o Ele está no meio de nós
Corações ao alto
o O nosso coração está em Deus.
Demos graças ao Senhor nosso Deus
o É o nosso dever, é nossa salvação.
Mistério da Fé
o Anunciamos, Senhor, a vossa morte, proclamamos a vossa
ressurreição. Vinde Senhor Jesus.
…enquanto esperamos a vinda gloriosa de Jesus Cristo nosso Salvador
o Vosso é o reino e o poder e a glória para sempre
A paz do Senhor esteja convosco.
o O amor de Cristo nos uniu.
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Saudai-vos na paz de Cristo
o (todos se saúdam na paz)
Felizes os convidados para a ceia do Senhor. Eis o Cordeiro de Deus,
que tira o pecado do mundo.
o Senhor, eu não sou digno que entreis em minha morada, mas
dizei uma palavra e serei salvo.
O Senhor esteja convosco
o Ele está no meio de nós
Abençoe-vos Deus todo-poderoso, Pai, (t) Filho e espírito Santo.
o Ámen.
Ide em paz e o Senhor vos acompanhe
o Graças a Deus
Jaculatórias ditas pelo sacerdote.
V:
R:
Seja louvado Nosso Senhor Jesus Cristo.
Para sempre seja louvado, e sua Mãe Maria Santíssima.
V:
R:
Demos graças ao Senhor
Graça a Deus
(no tempo pascal)
V:
O Senhor Ressuscitou, Aleluia.
R:
Ressuscitou, verdadeiramente. Aleluia, Aleluia.
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Capítulo 8 – Vocabulário rápido dos acólitos
Acólito: é o ministro litúrgico que serve o presidente e o altar.
Altar: é o lugar do sacrifício de Cristo e a mesa onde se celebra a
Eucaristia.
Alva: é a veste branca que cobre todo o corpo e é comum a todos os
ministros da celebração litúrgica.
Ambão: é o lugar donde se proclama a Palavra de Deus, nas leituras e no
salmo responsorial.
Amito: é um rectângulo de pano branco que se pode colocar por debaixo
da alva em volta do pescoço, para cobrir perfeitamente a gola da camisa.
Assembleia: são as pessoas reunidas para a celebração.
Átrio: é o primeiro espaço à entrada das igrejas.
Bacia: é um dos três objectos das lavandas.
Báculo: é uma espécie de bastão que o bispo, quando caminha ou quando
fala, segura na mão.
Baptistério: é o lugar onde está a fonte baptismal para a celebração do
baptismo.
Basílica: é o nome dado às grandes igrejas cristãs.
Bispo: é o sucessor dos Apóstolos e o primeiro sacerdote numa diocese;
sempre que está presente, é ele que preside às acções litúrgicas.
Cadeira presidencial: é aquela donde o bispo e o presbítero presidem à
celebração, quando não estão no altar, e na qual se sentam.
Caldeirinha de água benta: é apresentada ao bispo ou ao presbítero por
um acólito.
Cálice: é a taça ou o copo onde se põe o vinho e um pouco de água, e se
faz a consagração.
Capa de asperges: é uma capa usada nalgumas celebrações.
Capela baptismal: é o mesmo que baptistério.
Casula: é a veste ampla, branca ou de outra cor, aberta dos lados e sem
mangas. É usada por quem preside à celebração.
Catedral: é a igreja principal duma diocese, a igreja do bispo.
Ceroferários: são os acólitos que levam as velas nas procissões.
Cíngulo: é o cordão branco com que se aperta a alva quando ela não se
ajusta completamente ao corpo.
Círio pascal: é o círio grande, que se acende na Vigília pascal, e que
simboliza a luz de Cristo ressuscitado.
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Colher para água: é uma colher pequenina com que tira uma gota de água
da galheta e se lança no cálice, onde se mistura com o vinho.
Colher para o incenso: é uma colher pequena para tirar o incenso da
naveta e o pôr no turíbulo. Vai dentro da naveta, juntamente com o incenso.
Confessionário: é o lugar onde se celebra o sacramento da penitência ou
da reconciliação.
Corporal: é o quadrado de linho que o acólito leva da credência para o
altar, e que o presidente estende sobre a toalha da mesa do Senhor.
Credência: é uma pequena mesa que se coloca num lugar discreto do
presbitério e sobre a qual, antes da missa, se põe tudo o que vai ser preciso
nalgum momento da celebração.
Custódia: é um objecto de metal, redondo, onde se coloca a hóstia grande
consagrada, para que os fiéis adorem o Corpo de Cristo. A custódia usa-se
na exposição solene do Santíssimo Sacramento e nas procissões
eucarísticas.
Dalmática: é uma veste solene, com meias mangas, que o diácono pode
usar.
Diácono: é um colaborador do bispo, e o primeiro de todos os que servem
na liturgia.
- 51 Estola: é uma peça comprida e estreita de pano, da cor litúrgica do dia,
que se põe sobre a alva. O bispo e o presbítero deixam-na cair sobre o
peito, ao passo que o diácono a usa em diagonal a tiracolo.
Galhetas: são os dois pequenos recipientes com o vinho e a água que os
acólitos levam ao altar no momento da preparação dos dons.
Hissope: é o objecto de metal com o qual se asperge a água benta sobre
as pessoas, os lugares e as coisas. Está habitualmente dentro da caldeirinha
de água benta.
Hóstia: é o nome do pão da Eucaristia antes de ser consagrado.
Hóstia grande: é aquela que o sacerdote segura nas mãos à consagração
e depois mostra aos fiéis.
Jarra com água: é um dos três objectos das lavandas.
Lavandas: são necessárias para que o sacerdote possa lavar as mãos
antes de dar início à Oração eucarística: a bacia, a jarra com água e
manustérgio. São-lhe apresentadas pelos acólitos.
Leccionário: é o livro que contém as leituras bíblicas que se lêem na missa
e nas outras celebrações. São oito volumes diferentes.
Missal Romano: é o livro grande que contém as orações próprias da missa
e que diz como se organiza e realiza a celebração. É o livro apresentado pelo
acólito durante a missa.
Mitra: é a insígnia com que os bispos cobrem a cabeça em certos
momentos das celebrações litúrgicas.
Naveta: é o recipiente onde vai o incenso.
Pala: é um pequeno rectângulo de pano de linho com que se pode cobrir o
cálice.
Partículas: são os pedaços que são apanhados nas bandejas durante a
comunhão. São limpas as bandejas durante a purificação.
Patena: é um recipiente em forma de prato pequeno, onde se põe o pão
que vai ser consagrado. Também é utilizado para dar a comunhão aos fiéis.
Píxide: é o recipiente em forma de copo com tampa onde é colocado o
Corpo de Cristo que sobrou da celebração da missa e depois é guardado no
sacrário.
Pluvial: é o mesmo que capa de asperges.
Presbitério: significa o conjunto dos presbíteros de uma diocese, e o
lugar da igreja onde estão o altar, o ambão e a cadeira presidencial.
Presbítero: é o colaborador mais directo do bispo, e aquele que mais
habitualmente preside às celebrações litúrgicas. Também se lhe chama
padre ou sacerdote.
Ramo de oliveira: é um pequeno ramo que se pode usar, em vez do
Hissope, para aspergir a água benta.
- 52 Rituais: são os livros que contêm as celebrações de alguns sacramentos
(baptismo, culto eucarístico fora da missa, penitência, unção dos doentes,
matrimónio), e dos sacramentais (bênçãos, exéquias, profissão religiosa,
etc.).
Sacrário ou tabernáculo: é o lugar onde se guarda o pão consagrado
depois da celebração da Eucaristia, e diante do qual os fiéis podem orar em
silêncio, quando entram na igreja ou antes de sair dela.
Sacristia: é a sala da igreja onde se guarda tudo o que é preciso para a
liturgia e onde os ministros tomam as vestes litúrgicas antes de começar a
celebração.
Sanguíneo: é um pequeno de pano branco que serve para limpar e enxugar
(purificar) o cálice e a patena depois da Comunhão.
Sinos: são os objectos metálicos que estão na torre da igreja e cujo som
convoca os fiéis para as celebrações; também servem para o relógio bater
as horas.
Toalha de altar: é aquela com que a mesa do altar está coberta.
Manustérgio: é um dos três objectos das lavandas.
Túnica: é a veste branca do acólito, mais ajustada ao corpo do que a alva.
Turíbulo: é o queimador do incenso.
Turiferário: é o acólito que leva o turíbulo e a naveta nas mãos durante
as procissões.
Vasos dos Santos Óleos: são os recipientes em que se guardam os
santos óleos do Crisma, dos catecúmenos e dos enfermos.
Velas ou Ciriais: acendem-se no altar para o iluminar e levam-se acesas
nas procissões.
Véu do Cálice: é um rectângulo de seda com que se deve cobrir o cálice
quando está na credência. Pode ser de várias cores. Mas pode usar-se
sempre a cor branca.
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Bibliografia
Sacrosanctum Concilium. Concilio Vaticano II,
Constituição sobre a Sagrada Liturgia.
Introdução Geral ao Missal Romano (IGMR)
Manual do Acólito
Padre Armando Duarte
Editora: Rei do Livros
4ª Edição
Curso para novos acólitos
Patriarcado de Lisboa
Departamento de Liturgia
Serviço Diocesano de Acólitos
http://www.sda-lisboa.lusodigital.com/
Missal Popular Dominical
Domingos, solenidades e festas do Senhor
7º Edição
Gráfica de Coimbra
Desdobráveis fornecidos pelo Departamento da Catequese do Patriarcado
de Lisboa
http://www.faz-teaolargo.com
“OS MOMENTOS DA MISSA”
“OS ELEMENTOS DA MISSA”
Secretariado Nacional de Liturgia
http://www.liturgia.pt/
Fotos
As fotos foram em parte tiradas na Paróquia da Nossa Senhora da
Conceição de Olivais Sul e em parte cedidas pela paróquia de Santo Eugénio.
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Índice
Capítulo 0: A paróquia
Capítulo 1: A igreja e o seu interior
Capítulo 2: O acolitado
Capítulo 3: Gestos e atitudes na liturgia
Capítulo 4: Os acessórios de culto
Capítulo 5: Os momentos da missa
Capítulo 6: Cerimonial para missa
Capítulo 7: Devocionário
Capítulo 8: Vocabulário rápido dos acólitos
Bibliografia e Fotos
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GAOS – Grupo de Acólitos
dos Olivais Sul
www.gaos.paginas.sapo.pt
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