Aluno(a): _________________________________________
Ano: ________ Turma: ________ Data: _____/_____/_____
Professor(a): ______________________________________
Ed. Infantil
Cruzeiro: 3213-3838
Ens. Fundamental
www.ciman.com.br
Ens. Médio
Octogonal: 3213-3737
CORREÇÃO DO ESTUDO DIRIGIDO DE HISTÓRIA
CPG
Questão 01 – A respeito dos processos que levaram à proclamação das independências na América
espanhola, relacione:
a)
- Fatores internos: disputas polítcas e econômicas envolvendo crillos e chapetones;
- Fatores externos: Independência dos Estados Unidos; influência iluminista; invasão e conquista
da Espanha pelas tropas napoleônicas; apoio e interesses comerciais ingleses.
b) EUA: criação e desenvolvimento da Doutrina Monroe que passava a incentivar a libertação das
antigas colônias espanholas na América com a finalidade de afastar o domínio e a interferência
europeia sobre a América Latina. Desta forma, baseado no ideal de “América para os americanos”,
os Estados Unidos passaram a incentivar direta e inderetamente os processos políticos e militares
que levaram a consolidação das independências nestas regiões.
INGLATERRA: interessados em ampliar seus mercados consumidores, a Inglaterra – grande
potência industrial do século XIX – passa a incentivar o rompimento dos antigos laços coloniais
estabelecidos pela Espanha, visando assim, estabelecer um domínio econômico sobre as nascentes
e fragilizadas repúblicas latino americanas.
c) As independências na América espanhola foram fortemente motivadas pela ampla atuação
política e militar de dois grandes líderes revolucionários: Simón Bolívar e San Martín. Membros de
uma elite criolla que, com o apoio de líderes locais, promoveram um amplo movimento de
contestação e confronto frente ao domínio espanhol na América.
Questão 02 – A respeito dos movimentos responsáveis pelo processo de emancipação política da
América espanhola, caracterize:
a) Os chamados “movimentos fracassados” eclodiram na América espanhola por volta da primeira
década do século XIX e podem ser considerados os primeiros movimentos verdadeiramente
organizados que, contestando o pacto colonial, lutaram de forma coordenada com o intuito de
promover a independência política destas regiões. Entretanto, sobretudo pela falta de apoio da
Inglaterra, até então diretamente envolvida nos conflitos armados frente às tropas francesas de
Napoleão, estes movimentos não obtiveram grande êxito.
b) A partir de 1817, com o amplo apoio apresentado por países como Inglaterra e Estados Unidos,
os movimentos armados que se opunham à dominação espanhola na América passaram por uma
importante sucessão de vitórias que, progressivamente, passaram a declarar a independência de
diferentes regiões. Desta forma, entre os anos de 1817 e 1826 observou-se a libertação quase que
total dos territórios anteriormente dominados pela coroa espanhola na América.
Questão 03 – Explique porque os projetos de integração política das ex-colônias espanholas na
América defendida por Simón Bolivar durante a Conferência do Panamá em 1826 não foram
concretizados.
Em 1826, a Conferência do Panamá marcaria o ponto máximo da tentativa de seus líderes de
integração das ex-colônias ibéricas na América. Entretanto, apesar de ser amplamente defendida
por Simón Bolívar, a integração dos países hispano-americanos fracassa pelo desinteresse de
muitos países como Argentina, Chile, Paraguai, Uruguai e Brasil e pela existência de intensos
sentimentos nacionalistas que passavam a diferenciar as culturas e povos latino-americanos.
CORREÇÃO ED 8° ANO
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Questão 04 – Tomando por base seus conhecimentos e os estudos realizados em sala de aula
acerca da economia e da sociedade mineradora desenvolvida no Brasil durante o século XVIII,
descreva:
a) Estrutura exploratória e impostos:
- Intendência das minas (órgão centralizador);
- Casas de fundição.
- Quinto (20% de todo o ouro explorado);
- Quinto anual (1500kg de ouro para cada região mineiradora);
- Derrama: atraso no pagamento dos impostos;
- Capitação: cobrado pela utilização per capta de escravos na mineração.
b) Formas de resistência escrava:
- Fugas;
- Comunidades quilombolas;
- Confrarias e irmandades religiosas;
- Contrabando.
c) Transformações econômicas:
- Diversificação econômica e comercial;
- Revolução agrícola;
- Desenvolvimento do mercado interno;
- Interiorização e urbanização;
- Deslocamento do eixo econômico e político do Nordeste para a região Sudeste (MG / RJ)
d) Transformações sociais:
- Aumento populacional;
- Vida urbana;
- Maiores possibilidades de mobilidade social;
- Desenvolvimento de uma classe média urbana formada por comerciantes, médicos, etc.
- Amplo desenvolvimento cultural.
e) Relação entre as transformações e as revoltas separatistas:
Apesar de relativamente breve, a economia mineradora possibilitou um extenso e intenso processo
de transformações políticas, econômicas, sociais e culturais que deram dinamismo à vida na colônia.
Questão 05 – Relativamente às revoltas coloniais, caracterize:
a) Revoltas nativistas:
 Revoltas motivadas por descontentamentos e interesses locais;
 Por seu caráter regionalista, estas revoltas não pretendiam lutar pela independência política
da colônia.
- Revolta de Beckman (MA - 1684);
- Guerra dos Emboabas (SP - 1707);
- Guerra dos Mascates (PE - 1710);
- Revolta de Vila Rica (MG - 1720).
b) Revoltas separatistas:
 Revoltas de caráter separatistas que apresentavam um claro projeto político voltado para a
construção de uma nação livre das interferências metropolitanas sobre a América;
 Questionavam a legalidade do pacto colonial e combatiam as principais estruturas políticas e
econômicas adotadas por Portugal desde o início da colonização brasileira.
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- Inconfidência Mineira (1789);
- Conjuração Baiana (1798);
- Insurreição Pernambucana (1817).
Questão 06 – Dentre os movimentos político-sociais que eclodiram no Brasil a partir de finais do
século XVIII, a Inconfidência Mineira (1789) e a Conjuração Baiana (1798) destacam-se pela
importância histórica de suas críticas e ações contra a dominação colonial portuguesa sobre o Brasil.
Sabendo disto, elabore um quadro comparativo entre estes dois movimentos apresentando:
Inconfidência Mineira (1789)
- Conspiração de uma elite econômica e intelectualizada;
- Luta contra a alta cobrança de impostos;
- Influência iluminista;
- Início do sentimento republicano no Brasil;
- Não houve mobilização popular;
- Defendiam a libertação dos escravos;
- Não possuía um caráter “nacional”;
- Repressão: prisão dos inconfidentes, sendo que alguns foram degradados (expulsos) e
execução de Tiradentes, o grande mártir da Inconfidência Mineira que serviu como símbolo da
repressão portuguesa aos movimentos que contestavam sua autoridade na colônia.
Conjuração Baiana (1798)
- Inicialmente pensada por uma elite intelectual: Cipriano Barata entre outros líderes;
- Grande mobilização social, sobretudo das camadas baixas da sociedade baiana;
- Luta contra a miséria e pela igualdade social e racial;
- Defendiam o fim da escravidão e a redistribuição das terras;
- Violenta repressão armada ao movimento, sendo que muitos de seus líderes foram brutalmente
executados.
Questão 07 – A respeito da transferência da família real portuguesa para o Brasil em 1808,
descreva:
a) D. João adotou várias medidas econômicas que favoreceram o desenvolvimento brasileiro. Entre
as principais, podemos citar:
- Abertura dos portos às nações amigas (1808);
- Criação da Biblioteca Nacional;
- Criação do Banco do Brasil;
- Fundação da faculdade de Belas Artes;
- Alvará de industrialização (1809);
b) Uma das principais medidas tomadas por D. João foi abrir o comércio brasileiro aos países
amigos de Portugal. A principal beneficiada com a medida foi à Inglaterra, que passou a ter
vantagens comerciais e dominar o comércio com o Brasil. Os produtos ingleses chegavam ao Brasil
com impostos de 15%, enquanto de outros países deveriam pagar 24%. Este privilégio fez com que
nosso país fosse inundado por produtos ingleses. Esta medida acabou prejudicando o
desenvolvimento da indústria brasileira. Em termos históricos, estas medidas marcar o rompimento
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definitivo do exclusivo metropolitano que, desde princípios do século XVI, restringia o comércio e a
produção manufatureira aos interesses portugueses.
c) Grande parceiro político e comercial de Portugal, os ingleses possuíam um amplo e declarado
interesse nas potencialidades econômicas da colônia portuguesa na América. Desta forma,
incentivando o rompimento do pacto colonial a Inglaterra – grande potência industrial do século XIX visava a ampliação de seus mercados consumidores no continente americano que há mais de
trezentos anos esteve exclusivamente restrito aos interesses comerciais portugueses (exclusivo
metropolitano).
Questão 08 – Semelhanças e diferenças observadas entre os processos de independência da
América espanhola e portuguesa:
Semelhanças:
Como semelhanças, podemos destacar fundamentalmente a forte influência externa exercida por
países como Inglaterra e Estados Unidos nos processos políticos, diplomáticos e militares que
levariam às independências das colônias ibéricas na América. Desta forma, por interesses políticos e
econômicos, estes países passavam a incentivar os amplos movimentos de contestação colonial que
eclodiram nestas regiões a partir de finais do século XVIII.
Diferenças:
Amércia Espanhola
 Presença de dois importantes líderes
revolucionários – Simón Bolivar e San
Martín – que garantiram o apoio político,
ideológico e militar aos movimentos
armados que passavam a contestar a
dominação espanhola sobre estas regiões;
 Processo liderado por elites intelectualizadas e diretamente vinculadas a seus
locais de origem (criollos);
 Formação de diversas repúblicas independentes que remarcavam a existência de
intensos
particularismos
regionais
e
culturais;
 Em resumo, os processos que levaram às
independências das ex-colônias espanholas
na América podem ser caracterízados pela
existência de um forte sentimento de
pertencimento local, isto é, nacionalista.
Estes nacionalismos garantiram a formação
e a consolidação cultural das nascentes
repúblicas antes mesmo da construção dos
pilares
fundamentais
dos
Estados
independentes.
Amércia Portuguesa
 Presença, desde 1808, e forte atuação da
corte portuguesa na própria colônia
(elemento único na história do colonialismo
na América!)
 Processo pouco revolucionário, liderado por
membros da elite portuguesa (D. Pedro);
 Afasta a influência e a atuação popular nos
processos que efetivamente levaram à
independência do Brasil;
 Formação de uma monarquia de caráter
extremamente centralizador e autoritário
que garantiria a unidade territorial e
nacional do país;
 Neste sentido, diferentemente do observado
na
América
espanhola,
evidencia-se
inicialmente o surgimento de um Estado
forte que, anos mais tarde, passaria a
construir as bases culturais da nascente
nação brasileira.
“Independência ou morte...
...e o Brasil seguiu pelo caminho do meio!”
Michele Bertoletti
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LÍNGUA PORTUGUESA