‫בית ספר שולם עליכם‬
‫ תשע''א‬- ‫ תש''ע‬- 2010
Instituição Educativa:
Scholem Aleijem
Buenos Aires. Argentina
Diretoras da área Judaica:
Liora Cohen
Ruti Jarmatz
:‫קבוצה‬
______________
Movila:
Marcela Levy
:‫שמות המשתתפים‬
______________
______________
______________
______________
______________
Equipe de trabalho:
Karina Grinberg
Natalí Krolovetzky
Tutora metodológica:
Julie Kershenovich
Tutor de Conteúdo:
Muki Jankelowicz
Diretora dos projetos "Shituf" e "Reshet.il"
Gaby Kleiman
Com o apoio de:
"Keren Pincus" para a Educação Judaica na Diáspora, Israel
e o "Projeto Jail"
1
Yad LaShalom - ‫ יד לשלום‬- Árabes e judeus em Israel
Aula 1
"A convivência e a coexistência entre os povos"
A- Observem o seguinte vídeo dos
Simpsons e realizem as seguintes
tarefas em grupos de 5 integrantes:
1- Identifiquem os conflitos que surgem neste capítulo
2- Como vocês acham que esta história continua?
2
B- Quando terminem de ver o vídeo, realizem as seguintes tarefas:
Enumerem os conflitos
que surgem do vídeo.
Descrevam os motivos que
levam os 2 bairros de
Springfield e
Shelbyville a se
enfrentarem.
Proponham possíveis
soluções para o conflito.
C- Compartilhem as soluções oferecidas com o resto da turma. No espaço a
seguir, acrescentem alguma que ainda não tenha sido proposta e que vocês
considerem interessante.
3
D- Matt Groening (o criador dos Simpsons), tem dúvidas sobre o final deste
capítulo. Vocês são os seus roteiristas preferidos, portanto, ele pediu a vocês que
sugiram um final alternativo. Escrevam-no.
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4
Aula 2
“Retrospectiva do conflito árabe-israelense
A- Observem com atenção o seguinte Power Point:
B- Escrevam os dados que vocês consideram mais
relevantes/importantes:
5
C- Formem equipes
1. Escolham alguns dos seguintes papéis
2. Realizem a tarefa escolhida que apresentarão para o resto do grupo.
1- Vocês são especialistas em Oriente Médio e devem
fazer uma introdução para estudantes universitários
sobre o conflito, que não dure mais do que dois minutos
e que inclua, pelo menos, 5 informações que o mundo
inteiro deveria conhecer.
2- Vocês são repórteres de um programa de TV para
adolescentes que está tratanto o assunto “Povos em
conflito”. Escrevam um roteiro para um bloco de 15
minutos com os temas mais relevantes
Vocês podem utilizar este espaço para fazerem anotações:
6
Aulas 3 e 4
‫ נווה שלום‬Oasis de Paz
‫واحة السالم‬
Neve Shalom
A- Assistiremos a um vídeo sobre uma
aldeia israelense que se chama Neve
Shalom, em hebraico, e Wahat Al Salam em
árabe (Oásis de Paz), mas antes de assistir,
respondam as seguintes perguntas:
1- Por que vocês acham que esta aldeia tem esse nome?
2- Como vocês se imaginam esta aldeia?
7
B- Agora veremos o seguinte DVD.
C- Com a sua equipe:
1. Escolham uma das seguintes atividades
2. Realizem a tarefa e apresentem-na para o resto da turma.
1- Vocês são agentes imobiliários. A sua tarefa é desenhar um
cartaz comercial para vender uma casa dentro da aldeia a
potenciais compradores. Para elaborar este cartaz levem em
conta as questões levantadas pelos habitantes de Neve Shalom
no vídeo. (Levem em conta todas as vantagens que os
habitantes atuais de Neve Shalom mencionam sobre todas as
atividades que podem ser realizadas na aldeia.)
2- Promocionem a sua escola para outros estudantes, a
partir das posibilidades que a escola de Neve Shalom
oferece. Façam uma lista de aspectos
que vocês gostariam de incluir em
um folheto que represente as
Características principais da escola.
8
D- Pensem que vocês fazem parte de um fórum de discussão internacional
em que diversos líderes políticos estão exprimindo as suas opiniões sobre o
projeto de Neve Shalom. Todos eles já visitaram a aldeia. Leiam as opiniões
destes líderes e comentem-nas com os seus colegas.
Shimon Peres, Ex-Primeiro-Ministro (durante uma visita à vila):
"Neve Shalom/Wahat al Salam-um lugar especial em Israel; una
ilha de paz que criará um continente de paz".
Faisal al-Husseini, líder palestino: "Eu gostaria de ver o
momento em que uma coisa assim existir, não só entre
palestinos e israelenses, mas entre todas as pessoas do
Oriente Médio".
Hillary Rodham Clinton (durante a sua visita à comunidade):
"Obrigada por compartilhar o seu compromisso de paz com
nós e que Deus abençoe o seu trabalho".
Farid-Wajbi Tabari, Membro do Supremo Tribunal de Justiça
Muçulmano: "Sinto-me espiritualmente elevado quando vejo
tudo quanto foi feito por Neve Shalom/Wahat al Salam para
promover uma verdadeira coexistência entre as diversas
comunidades do nosso amado país".
9
E- Agora, acrescentem o seu comentário como líderes políticos.
F- Mesmo sendo este um modelo de coexistência, em que todos tentam
conviver em paz e harmonia, a realidade nem sempre se adapta aos ideais.
1.
Leiam o seguinte artigo que apareceu no jornal Maariv. Ele foi
publicado depois do conflito da flotilha, em junho de 2010.
2.
Comentem as suas impressões com o grupo.
10
Ventos de guerra em Neve Shalom, por causa da “Flotilha da Paz”
A abordagem à “Flotilha da Paz” deteriorou a relação entre os residentes de
Neve Shalom, a aldeia que fora criada como símbolo de convívio entre cidadãos
árabes e judeus em Israel.
A abordagem à “Flotilha da Paz” provocou uma fenda profunda, não só entre
Israel, a Turquia e os países árabes, mas também entre os residentes da
localidade de Neve Shalom, a aldeia que foi estabelecida como um símbolo de
convivência entre residentes árabes e judeus em Israel.
A causa desta quebra entre ambas as partes foi um cartaz que a Comissão da
aldeia, de maioria árabe, pendurou na entrada da aldeia, embora fosse
constrangedor para os residentes judeus.
O cartaz, redigido em hebraico, inglês e árabe, dizia: “Os residentes de Wahat
al-Salam/Neve Shalom protestamos contra o assassinato de ativistas da “Flotilha
da Paz” e fazemos um chamado para pedir o fim do cerco à Faixa de Gaza”.
Quando os residentes judeus viram o cartaz, imediatamente se comunicaram com
o Presidente da Comissão Shvita, para pedir-lhe que tirasse o cartaz ou, pelo
menos, que mudasse o seu conteúdo. Shvita não aceitou tirá-lo, mas mudou
algumas palavras da mensagem.
No dia seguinte, em lugar da palavra “assassinato” apareceu “morte”.
“Falamos para ele que aquilo não nos representava” contou Eli Shajar. “Já
protestamos oralmente e continuaremos queixando-nos de todas as formas
possíveis diante deste tipo de declarações. Não queremos, de jeito nenhum, que
os soldados do Tzahal sejam chamados de ´assassinos´.”
Entre ambas as partes houve um intenso debate quando a Comissão resolveu
colocar novamente o cartaz original, com a palavra “assassinato”.
Como resposta, os residentes judeus resolveram pendurar o seu próprio cartaz,
que dizia: “Nós, os residentes de Neve Shalom, protestamos contra quem pendura
cartazes que manifestam uma posição única. Protestamos contra os danos
provocados aos extremistas da “Flotilha da Paz” e aos soldados do Tzahal e
fazemos um chamado para a liberação imediata de Guilad Shalit”. A resposta da
Comissão não demorou a chegar e o cartaz dos residentes judeus foi tirado.
“Fomos ameaçados com sermos mandados embora da Aldeia por este assunto”,
acrescentou Shajar.
Iosi Eli - Jornal Maariv, 11/6/2010
11
G- Vocês já conhecem a história do estabelecimento de Neve Shalom, como a
aldeia é composta, a opinião de alguns líderes políticos sobre ela e um
incidente que conta possíveis reações de alguns povoadores diante de um
conflito internacional entre árabes e judeus.
Agora escrevam uma mensagem, identificando aspectos
que mereçam ser reconhecidos, a fim de encorajar os
destinatários a continuarem com o seu projeto.
12
"Deve haver outro jeito" (There must be another way)
Uma tentativa de integração e coexistência através da música
A- Observem as duas fotografías a seguir e respondam:
Qual destas mulheres vocês acham que é judia e qual árabe? Justifiquem a sua
resposta.
B- A seguir, leiam um breve relato sobre elas:
Estas duas mulheres são cantoras famosas: Mira Awad e Noa.
Mira é cantora, atriz e cantautora árabe israelense.
Noa, cujo verdadeiro nome é Ajinoam Nini, conhecida na Europa pelo seu
nome artístico Noa, é uma cantora judia israelense.
Ambas as artistas cantaram, no famoso festival do Eurovision 2009, uma
canção em dupla.
13
C- Escutemos a música
D- Respondam as seguintes perguntas:
1.
O que vocês acharam da música?
2. Alguma coisa chamou a sua atenção?
3. Quantos idiomas vocês escutaram na música? Quais eram eles?
4. Vocês podem reconhecer qual é a mensagem preponderante na
música? Nesse caso, escrevam qual é essa mensagem.
5. Vocês acham que cantar nas duas línguas –árabe e hebraico–
ajuda a transmitir a mensagem?
14
‫‪Escutem a canção novamente, lendo a letra‬‬
‫‪THERE MUST BE ANOTHER WAY‬‬
‫אחינועם ניני ומירה עווד‬
‫)‪There must be another way (2‬‬
‫עינייך אחות‬
‫כל מה שליבי מבקש אומרות‬
‫עברנו עד כה‬
‫דרך ארוכה‬
‫דרך כה קשה‬
‫יד ביד‬
‫והדמעות זולגות זורמות לשוא‬
‫כאב ללא שם‬
‫אנחנו מחכות‬
‫רק ליום שיבוא אחרי‬
‫)‪There must be another way (2‬‬
‫عينيك بتقول ‪/ Aynaki bit’ul‬‬
‫راح ييجي يوم وكل الخوف يزول ‪/ Rakh yiji yom wu’kul ilkhof yizul‬‬
‫بعينيك إصرار ‪/ B’aynaki israr‬‬
‫أنه عنا خيار ‪/ Inhu ana khayar‬‬
‫نكمل هالمسار ‪/ N’kamel halmasar‬‬
‫مهما طال ‪/ Mahma tal‬‬
‫النه ما في عنوان وحيد لألحزان ‪/ Li’anhu ma fi anwan wakhid l’alakhzan‬‬
‫بنادي للمدى ‪/ B’nadi lalmada‬‬
‫للسما العنيدة ‪/ l’sama al’anida‬‬
‫(עינייך אומרות)‬
‫(יבוא יום וכל הפחד ייעלם)‬
‫(בעינייך נחישות)‬
‫(שיש אפשרות)‬
‫(להמשיך את הדרך)‬
‫(כמה שתיארך)‬
‫(כי אין כתובת אחת לצער)‬
‫(אני קוראת למרחבים‪ ,‬לשמיים העיקשים)‬
‫)‪There must be another way (2‬‬
‫דרך ארוכה נעבור‪,‬‬
‫דרך כה קשה‪,‬‬
‫יחד אל האור‪,‬‬
‫(כל הפחד ייעלם) ‪And when I cry I cry for both of us‬‬
‫‪My pain has no name‬‬
‫‪And when I cry I cry to the merciless sky and say‬‬
‫‪There must be another way‬‬
‫והדמעות זולגות זורמות לשווא‬
‫כאב ללא שם‬
‫אנחנו מחכות‬
‫רק ליום שיבוא אחרי‬
‫‪15‬‬
E- Vocês podem identificar algumas palavras que ajudem a transmitir a
mensagem da música?
F- Debate grupal.
A seguir, faremos um debate grupal sobre este encontro artístico.
1.
O que vocês acham deste encontro?
2.
Vocês acham que com a composição e a apresentação desta canção
para o público, Mira e Noa estão dando um exemplo de coexistência?
G- Em pequenos grupos:
1.
Leiam os seguintes trechos.
2.
Analisem que tipo de crítica as cantoras receberam e os argumentos das
pessoas que as escreveram.
3.
Depois, contem para o resto da turma qual é a sua opinião.
‫ההחלטה לשלוח את הזמרות אחינועם ניני ומירה עוואד לייצג את ישראל באירוויזיון מחברת‬
‫ אמנים חתמו על עצומה שמאשימה את עוואד בשיתוף פעולה עם‬,‫ מצד אחד‬.‫ימין ושמאל‬
.‫ ניני לא מייצגת אותנו‬:‫ בימין מתעקשים‬,‫מכונת ההרג" ומהצד השני‬
A decisão de enviar as cantoras Ajinoam Nini e Mira Awad para
representar Israel no canal Eurovision provocou opiniões opostas.
Por um lado, diversos artistas acusam Awad de colaborar com as mortes
e, por outro lado, algumas pessoas dizem: "Nini não nos representa".
16
.‫מתנגדי המלחמה בעזה קוראים לזמרת לא לשתף פעולה עם פשעי הכיבוש‬
‫ שותקות בינתיים‬,‫ שתשיר איתה בתחרות‬,‫עוואד ואחינועם ניני‬
Aqueles que são contra a guerra em Gaza pedem para a cantora (Noa) que
não colabore com os Crimes da conquista.
Por enquanto, Awad e Ajinoam Nini ficam caladas.
‫ מסר כי "אחינועם‬,‫ עופר פסנזון‬,‫ מנהלן‬.‫ממירה עוואד ואחינועם ניני לא ניתן היה לקבל תגובה‬
‫ומירה משתפות פעולה כבר כחמש שנים וגישתן תמיד הייתה בעד דיאלוג עצוב מאוד‬
."‫שקיצונים יהודים וערבים בארצנו מונעים על ידי שנאה וכעס‬
Não se espera uma reação de Mira Awad e Ajinoam Nini.
Seu diretor, Ofer Fasenzon, transmitiu que "Ajinoam e Mira colaboram há 5
anos com este mesmo enfoque. Elas sempre estiveram a favor do diálogo. É
muito triste que haja no nosso país extremistas árabes e judeus que se
manifestem por meio do ódio e da ira"/
‫ כאשר השחקן הערבי ג'וליאנו מר החתים אמנים ואנשי‬,‫אתמול הפכה התנגדות זו רשמית‬
‫ "אנו פונים אליך כדי לבקש שתחזרי בך מהסכמתך לייצג את‬:‫רוח על עצומה נגד המהלך‬
.‫ נכתב במכתב שהועבר אל עווד‬,"‫מדינת ישראל באירוויזיון יחד עם אחינועם ניני‬
Ontem, a oposição tornou-se oficial, quando o ator árabe Guliano Mar
declarou, diante de artistas e guias espirituais, o seu desacordo com este
acontecimento.
“Nós pedimos a você que desista da sua ideia de representar o Estado de
Israel em Eurovision junto com Ajinoam Nini”
Escrito em uma carta destinada a Awad.
17
H- Vocês são designers gráficos contratados pela
discográfica Grammy para desenhar a capa do CD
que traz a música “There must be another way”. A
capa deve transmitir a mensagem que as cantoras
tentaram exprimir.
Características da capa:
Medidas: um quadrado de 13 cm de largura por 13 cm de comprimento.
18
Se vocês estão interessados em conhecer um pouco mais sobre a vida desta
cantora, deixamos-lhes uma notícia atual sobre a sua recente visita a Buenos Aires:
Noa, uma voz para várias línguas
A internacionalmente reconhecida cantora israelense se apresentará,
amanhã, no teatro La Trastienda de Buenos Aires
Aos 41 anos, Ajinoam Nini, mais conhecida como Noa, é a cantora israelense
mais reconhecida fora do seu país. Ela é famosa na Espanha e nos Estados
Unidos, bem como em vários países da Europa. Agora chega até aqui. Depois de
amanhã, ela dará o seu último concerto no teatro La Trastienda e, com isso,
finalizará a sua turnê pela América Latina, depois de visitar o Uruguai, o Brasil
e o Chile. Desta vez, Noa se apresentará junto com Mira Awad, uma conhecida
cantora árabe e cidadã israelense, oferecendo não só uma proposta musical,
mas também uma mensagem política sobre a possibilidade de cooperação e
entendimento. Noa gravou a versão espanhola da trilha sonora do filme A vida
é bela e atuou e gravou junto com cantores como Sting, Joan Manoel Serrat,
Miguel Bosé e vários outros, de diversas origens e em diferentes línguas. Em
1994, Noa cantou a sua versão da “Ave Maria” no ato final do Ano da Família no
Vaticano, diante do atento olhar do Papa João Paulo II. Quando João Paulo II
faleceu, a cantora foi convidada para cantar no programa de homenagem à sua
memória realizado pela televisão italiana.
-A tua trajetória é bem conhecida na Europa e nos Estados Unidos, mas
nem tanto na América do Sul. Como você gostaria de se apresentar aqui?
-Acho interessante contar sobre o trabalho que fiz junto com Joan Manoel
Serrat. Nós somos amigos e estamos pensando em gravar um CD inteiro os
dois juntos. Espero que esse projeto se concretize. Serrat é um grande
artista e uma excelente pessoa. Traduzimos várias das minhas letras, portanto
canto em espanhol: “Otra vez", "Uno queriéndose a dos" e "Caprichoso el azar".
Também "La vida es bella", o tema do filme com esse nome, que cantei junto
com Miguel Bosé.
-O que é que você trouxe de si mesma para a América do Sul?
-Sinto que estou trazendo um elemento cultural interessante, porque na minha
música, na minha identidade, eu combino três culturas: a origem iemenita da
minha família, o idioma hebraico e o inglês. Eu cresci respirando as raízes
iemenitas da minha família. Eu nasci em Israel e, quando era criança, a minha
família se mudou para os Estados Unidos. Voltei com 17 anos e, desde então,
moro em Israel. Falo e canto em hebraico.
19
-Mas a combinação vai além da questão do idioma.
-Na verdade, eu acho que consigo combinar os três idiomas e as três culturas
através da música. E também acho que, além do lado artístico, ela possui um
grande simbolismo, porque um dos grandes desafios de hoje é encontrar a forma
de estender pontes entre as diversas culturas, de possibilitar a harmonia e o
amor entre os seres humanos. E acredito que, com a música, conseguimos fazê-lo
melhor que sem ela.
-Você adapta os seus shows a cada país
-Nós apresentamos o nosso show. É claro que na Argentina incluiremos mais
músicas em espanhol, por exemplo. Mas também canto em hebraico, em iemenita,
em inglês.
-Você vai trazer uma combinação cultural entre os diferentes elementos que
estão na sua vida e na sua criação. Mas você poderia dizer que a sua
identidade é somente israelense?
-Sim, eu sou israelense. Não sou nem americana nem iemenita. Sou israelense,
com raízes iemenitas e com um pano de fundo dos Estados Unidos, por causa dos
anos em que morei lá.
-Você já fez muitas manifestações sobre o tema da paz entre Israel e os
seus vizinhos. Que mensagem você pensa dar sobre esse assunto na sua
turnê?
-A minha posição sempre foi –e continua sendo– que a única forma de solucionar a
nossa situação é conseguir a paz sem extremismos, pois eu não vejo alternativa.
Uma solução militar, pela força, seria uma catástrofe para a humanidade, em
qualquer lugar que seja. Devemos aspirar a chegar a um acordo que permita a
normalização das relações com os palestinos e a fórmula de dois Estados para
dois povos. E a partir dessa alternativa começaremos a criar o nosso futuro.
-Você acha que a paz depende das duas partes?
-Claro que sim. Mas também depende dos outros. Sempre falo a mesma coisa e é
por isso que tenho sido criticada. Dentro de Israel há pessoas que me criticam
porque dizem que eu sou “de esquerda”, fora do país há outras pessoas que me
criticam porque gostariam que eu aceitasse todas as posturas palestinas e
atacasse o meu país. Há coisas que eu critico do meu governo, mas quando eu vejo
as grandes injustiças cometidas contra Israel, através de propagandas indevidas,
também as denuncio. Não ajo nem falo nada por indicação de ninguém, não
trabalho para nenhum partido político. Tudo que eu faço é o que eu acho certo. Se
vejo alguma coisa que considero injusta, a denuncio. Se considero que quero que
os palestinos recebam o que é justo e que a vida deles seja igual à nossa, eu falo
isso. E quando percebo que o mundo critica Israel sem fundamentos, também o
denuncio.
20
Aulas 6 e 7
A coexistência árabe / judaica em Israel manifestada
através do esporte
A- Vejam, a seguir, o rol de jogadores de um time de futebol israelense.
1.
Respondam as perguntas baseando-se nas informações apresentadas.
2.
Compartilhem as suas respostas com os seus colegas.
Nil Abarbanel
Goleiro
Douglas Da Silva
Defesa
Vincent Enyeama
Goleiro
Yehuda Huta
Defesa
David Ben Dayan
Defesa
Dani Bondarv
Defesa
Omri Kende
Defesa
Gal Shaish
Defesa
CAPITÃO
Shay Abutbul
Meio-campista
Walid Badir
Meio-campista
Daniel de Ridder
Meio-campista
Roy Gordana
Meio-campista
21
Zurab
Menteshashvili
Meio-campista
Gil Vermouth
Meio-campista
Avihai Yadin
Meio-campista
Maaran Al Lala
Atacante
Victor Maree
Atacante
Etey Shechter
Atacante
Bojan Vrucina
Atacante
Nemanja Vucicevic
Atacante
1- Vocês acham que todos os jogadores isreaelenses desta equipe são judeus?
22
2- Identifiquem aqueles que vocês acham que são judeus e aqueles que vocês
pensam que são de origem árabe ou de uma outra origem:
Jogadores israelenses de origem árabe:
Jogadores estrangeiros:
Jogadores israelesnses de origem judaica:
Quem é o capitão do time?
Que bandeira o identifica? De que origem ele é?
23
Walid Badir
(hebraico):
Nasceu a 12
de março de
1974 em
Kfar Kasim,
Israel
concreta
mente
para o
Maccabi
Haifa
O melhor que
ele fez lá foi
marcar um
gol contra o
Manchester
United em
Old Trafford.
Badir começou a
brilhar no Hapoel
Petah Tikva e,
graças a isso,
conseguiu ser
transferido para o
Wimbledon F.C.
na temporada
1999-2000
É um jogador
de futebol
árabeisraelense
que,
atualmente,
joga no Hapoel
Tel Aviv
Porém, o Wimbledon,
como o seu clube
anterior, começou a ter
problemas econômicos.
Foi por isso que Badir
não conseguiu se
destacar lá e voltou para
Israel
Chegou a ser um herói
nacional por causa do
golaço que fez jogando
contra a França na
fase classificatória
para a Copa do Mundo
de 2006
Durante essa
etapa viveu o
momento
mais doce da
sua carreira
Com a sua
chegada
começaria a era
de Avraham
Grant, onde
coincidiu com
Yossi Benayoun
No clube de
Haifa passou 5
anos e ganhou
4 temporadas,
antes de jogar
para o Hapoel
Tel Aviv
o qual ainda é
lembrado como
um dos
melhores times
na história do
futebol
israelense.
B- Vejam os vídeos, leiam as histórias e as reportagens a seguir e preparem
uma matéria sobre algum dos jogadores de futebol que apresentamos.
24
Reportagem a duas estrelas do futebol israelense
(site camera.org. 6 de Setembro)
Esta entrevista foi realizada no dia 29 de agosto de 2005, depois que a seleção
israelense jogasse na Suíça, onde os jogadores Walid Badir e Abbas Suan
tiveram uma atuação de destaque.
Por outro lado, em Israel tinha havido episódios de violência e conflito entre
palestinos e israelenses.
O repórter comenta, antes de sua entrevista:
O que você faria no lugar de Walid Badir? Você usaria a sua condição de herói
nacional para opinar e defender os palestinos, contar as histórias trágicas da
sua família no início do Estado de Israel ou calaria para que as suas palavras não
prejudicassem os judeus?
Dois jogadores, dois símbolos do sucesso. Por que um deles é mais querido pelos
árabes israelenses?
Depois de três semanas, durante as quais Walid Badir se recusou a ser
entrevistado pelo jornalista, ele finalmente aceitou, com a condição de não
responder a perguntas relacionadas com política.
JORNALISTA: Você tem algum motivo pelo qual não quer falar sobre o que
significa ser um árabe-israelense nem sobre a sua família?
BADIR: Não quero responder sobre esse assunto, eu sou um jogador de futebol
e é só isso. Nunca respondo a perguntas de política. Eu sou assim e continuarei
sendo sempre.
25
En ese mismo momento se encontraba la otra estrella del fútbol Abbas Suan.
Nesse mesmo momento estava presente a outra estrela de futebol, Abbas
Suan.
Ele nunca falava muito mas, desta vez, foi um pouco mais arriscado e disse:
Eu represento a maioria dos problemas em Israel, problemas de “
discriminação e de território. Eu gostaria de falar para todos os israelenses
que realmente considero que podemos viver juntos, mas a maioria deles não
escutam os nossos problemas”.
JORNALISTA: Por que quando você joga para a seleção israelense, você
respeita mas não canta o hino nacional, que fala do espírito judaico e da terra
de Sion?
SUAN (RI): Você ouviu o que acabou de falar?
JORNALISTA: Por que você responde sobre estes temas e Walid não?
SUAN: Eu pertenço a um clube árabe, Bnei Shekanim, e represento esse setor
muito mais do que Walid, que sempre jogou para times judeus. Talvez ele não
queira aparecer.
Comentários de Rifaat Tourk
Ele foi o primeiro árabe-israelense a jogar para a
seleção nacional de Israel e o fez de 1976 a 1986.
Atualmente, ele é diretor de uma escola de futebol
amador que conta com 200 crianças em risco, na sua
cidade de nascimento, Haifa, onde também trabalha
para a Prefeitura.
“Na verdade, eu ficou super feliz quando Israel faz
bem as coisas, mas mentiria se não falasse que o
fato de que os dois jogadores que fizeram os gols
mais importantes sejam árabes me faz muito mais
feliz. Eles nos representam e, com certeza, o seu
sucesso nos fortalece e melhora as relações entre
árabes e judeus.”
26
Muçulmanos, judeus e um sonho
SAL EMERGUI de Abu Gosh | Mevasseret Tzion
26 de junho de 2008.- Madjed Abdelrajman, Mohamed Ali e Or Hayet
jogam bola no humilde campo de futebol de Mevasseret Tsion, a poucos
quilômetros de Jerusalém.
Os três jovens (dois muçulmanos e um judeu) fazem parte do Hapoel
Abu Gosh-Mevasseret que, como o seu presidente e ex-diplomático
Alon Liel explica, “é o único time do qual participam, de maneira
igualitária, judeus e muçulmanos”.
Um time que surgiu com o objetivo de fazer gols e promover a
convivência. “Antes não tinha amigos judeus. Agora, os meus colegas de
time são meus melhores amigos. Estamos juntos nos treinos, mas
também saímos e nos divertimos juntos, tanto no meu povoado quanto
no deles”, conta Mohamed Ali, de 17 anos, goleiro titular que sonha com
ser como o seu ídolo, Iker Casillas. “Ele é o melhor goleiro do mundo e o
demonstrou nesta Eurocopa. Além disso, como eu torço pelo Real Madri,
gosto dele ainda mais”.
O seu colega Madjed, que também é muçulmano e torce pelo Barça, não
concorda muito com a última informação, mas sim com o assunto da
convivência. “Para mim, a nacionalidade ou a religião dos meus colegas
dá na mesma. Judeus ou muçulmanos, árabes ou israelenses, eles são
meus amigos e colegas de time. O importante é jogar bola e fazer gols”.
27
Or, de tão só 15 anos, sonha com ser jogador profissional, mas por
enquanto ele desfruta e explica, com incrível naturalidade, a sua
filosofia de vida:
"Mohamed e Madjed são bons amigos meus. Tomara que a vida fosse
assim, como o futebol, simples e bonita. Se ainda há ódio entre os dois
povos é por causa da falta de conversa e de conhecimento da outra
parte”.
Madjed Abdelrajman, Or Hayet y Mohamed Ali.
(Foto: Sal Emergui)
Os inícios deste time não foram fáceis. "Nos primeiros treinos, os
judeus estavam de um lado com uma bola e os árabes ficavam no outro.
Mas, aos poucos, fomos nos aproximando e agora somos inseparáveis”,
comenta Or de Mevasseret (30.000 judeus), que fica do lado de Abu
Gosh (7.000 árabes).
FONTE: SITE OFICIAL DO TIME ABU GOSHEN MEBASERET
TZION
28
C- Vocês já estão prontos para começar a escrever a matéria que
será publicada na seção esportiva do jornal do dia domingo.
Para realizar esta tarefa:
1. Escolham algum dos esportistas.
2. Façam uma entrevista imaginária, utilizando as informações obtidas dos vídeos e
das reportagens acima.
29
D- Para rever as histórias destes esportistas, vocês podem fazer a seguinte
brincadeira:
Coloquem cartão vermelho para a frase falsa, amarelo para a incompleta (e
completem-na) e marquem um gol para frase verdadeira:
Walid Badir é um jogador israelense.
Segundo os documentos acima, ele já foi considerado herói do esporte nacional.
Atualmente, ele joga em …………………………………..
Ele nasceu em Jerusalém.
Os torcedores gritam o nome dele no campo.
Ele já foi capitão da seleção israelense.
Ele nasceu em um povoado que se chama…………………………………..
Abbas Suan não canta a Hatikva quando joga para a seleção israelense.
Abbas Suan sempre jogou para times israelenses judeus.
Rifaat Tourk foi o primeiro árabe-israelense a jogar na seleção nacional.
Segundo Tourk, os jogadores israelenses muçulmanos nos representam e, com
certeza, o seu sucesso nos fortalece e melhora …………………………………….
Rifaat Tourk trabalha para a Prefeitura de Tel Aviv.
Hapoel Abu Gosh é um time que surgiu com o objetivo de fazer gols e promover a
convivência.
Os inícios deste time (Hapoel Abu Gosh) foram fáceis.
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Aula 8
A arte e a coexistência
A- Observem as diferentes imagens dos posters que estão no salão e
escolham uma delas:
B- Escrevam 5 linhas, explicando a sua escolha em um texto que depois
deverão compartilhar com o resto da turma:
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C- Façam grupos de 4 ou 5 pessoas e conversem entre vocês
sobre a sua escolha. Escrevam, entre todos, uma frase que
sintetize as ideias do grupo e depois copiem-na em uma
cartolina.
D- Leiam as frases. Selecionem uma ou duas frases escritas e,
individualmente, vinculem-na com os modelos de coexistência
estudados na unidade.
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Avaliação geral do projeto:
1. Vocês acharam o projeto:
interessante
Mais ou menos
interessante
Nada interessante
2. Vocês recomendariam este projeto para outros grupos de alunos:
sim
não
Justifique a sua resposta:………………………………………………….......……………
3. Você aprendeu alguma coisa que antes não sabia?
sim
não
Justifique a sua resposta:……………………………………………………………………
4. O seu ponto de vista sobre este tema mudou?
sim
não
Justifique a sua resposta:……………………………………………………………………
5. 5- Como você aplicaria no seu meio aquilo que aprendeu neste projeto?
………………………………………………………………….............................………
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שקופית 1 - The Jewish Agency