FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO 2013/1º
PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA E
LITERATURA BRASILEIRA - DIREITO
Instrução: Leia, com atenção, o texto a seguir, pois as questões
de 1 a 14 referem-se a ele.
A primeira morte
Eliane Brum
A notícia veio em um exame de rotina, aberto na página do
laboratório na internet enquanto tomava um chocolate quente. Na
verdade, leite com um chocolate em pó cheio de porcarias que ele
toma desde a infância e, por isso, aos 43 anos, é uma fonte de
alegria permanente na prateleira da cozinha. Quando bateu na
minha porta, os olhos escancarados, avisando que tinha uma má
notícia, eu pensei logo em câncer. No nosso tempo, é o que a
gente sempre pensa, mesmo que não diga. “Meu colesterol está
alto”, ele disse. “Muito acima do péssimo.” Amoleci inteira e até
esbocei um sorriso. “Ah, mas isso não é tão grave.” Mas era. Eu
não fui capaz de perceber logo, mas era a primeira morte de meu
melhor amigo.
Não era uma doença incurável, não era um drama humanitário,
não era nada que alterasse a ordem do mundo. Era só a pequena
tragédia dele. Comezinha e cotidiana. A tragédia de um homem
comum, com uma vida comum, que sentia a primeira fisgada do
fim.
No percurso de uma vida, quando temos a sorte de ter uma
existência longa, passamos por várias pequenas mortes e
renascimentos. É importante que partes de nós morram para que
outras possam nascer – ou apenas para que esses pedaços
mofados de nossas crenças sobre nós ou da crença de outros sobre
nós saiam do caminho. É triste quando alguém é uma coisa só a
vida toda – perdendo a chance de acolher todos os outros de si.
Quando alguém anda pela vida apertado em uma roupa que nunca
lhe serviu direito, mas que foi vestida nele ou nela por seus pais
ainda na infância, como se fosse o único modelo que lhe coubesse.
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É importante que, em algum momento, de preferência mais cedo
do que tarde, a gente descubra que essa roupa não serve – ou que
apenas algumas partes servem e outras precisam ser jogadas fora,
para que novas possam ser inventadas. É essencial que nos
libertemos dos dogmas impingidos sobre nós para podermos criar
uma vida que faça mais sentido – e para nos sentirmos livres para
recriá-la o tempo todo. O olhar do outro sobre nós, a começar pelo
dos nossos pais, às vezes é redenção, em outras é prisão, em geral
é ambos.
Por isso me parece que uma vida é mais rica quando morremos e
renascemos muitas vezes. Mas esta é a existência psíquica, é o que
se passa em nossas porções invisíveis, naquela parte da nossa
geografia que não se pode tocar com as mãos. Poucas coisas ou
nenhuma são mais assustadoras do que ousar se libertar de um
jeito de ser cujo funcionamento conhecemos. Porque ainda que
esse jeito nos sequestre o desejo, nos parece mais seguro do que
enfrentar o vazio de descobrir formas de viver mais próximas de
nossos anseios. Mas, se tivermos essa coragem que anda de mãos
agarradas com o medo, nós nos responsabilizamos pelas nossas
escolhas, seguimos e criamos e morremos e renascemos. Muitas
vezes.
Em algum momento, porém, o corpo anuncia uma morte da qual
não é possível renascer. A rigor, começamos a morrer desde o
nascimento. De fato, nosso declínio físico começa aos 20 e poucos
anos, mas esses sinais podem ser ignorados. E são. Por volta dos
40 – um pouco depois, para quem tem mais sorte, um pouco
antes, para quem tem mais azar –, recebemos a notícia da
primeira morte que não podemos ignorar. A primeira morte do
corpo.
Foi o que aconteceu com meu melhor amigo. Para não morrer nos
próximos anos de enfarte ou AVC por causa das artérias entupidas
de gordura, ele matou com um só golpe um mundo inteiro dentro
de si. Não é uma mera mudança de hábitos, como médicos e
nutricionistas tentam nos convencer em consultas, reportagens e
sites da internet. É um mundo inteiro que se extingue como se o
Sol explodisse de repente, muito antes dos bilhões de anos
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calculados pelos astrônomos. Para quem vive nesse planeta, é uma
hecatombe. Para a imensidão do universo, é um nada, estrelas
morrem o tempo todo sem que a ordem da vida dos outros se
altere.
Para o planeta humano que é meu melhor amigo, foi uma
hecatombe. Acabaram-se as feijoadas, o churrasco, a pizza, o
hambúrguer, a batata frita, os pastéis, os bolos, os bolinhos, as
tortas, os chocolates. Mas não só. Encerrou-se a possibilidade de
renovar a qualquer momento a memória de uma vida de afetos: a
receita de bacalhau da mãe que morreu, a torta de morangos que
só a sogra sabe fazer, o feijão gordo que a mulher prepara toda
quinta-feira e havia se tornado um acontecimento, a noite com o
amigo de infância recheada de cumplicidade, chope e frituras.
Acabou-se a possibilidade de degustar territórios ainda não
desbravados. As experiências gastronômicas com um amigo chefe
de cozinha. O acesso às dores de alma e as alegrias de outros
povos e terras através da comida, dos ingredientes e dos
temperos, que o instigavam a jamais perder nenhuma chance de
viajar. Suas próprias invenções com as panelas que reuniam os
mais próximos em alegres descobertas na mesa da cozinha. Agora,
ele terá de recusar pratos em almoços e jantares – e será um
problema na cozinha alheia.
Um mundo dentro do mundo morreu em um segundo. E a notícia
dessa morte o lembra o tempo todo de que é só a primeira das
muitas que virão. “Tenho medo de morrer de repente”, ele diz.
Porque sente que uma parte dele teve morte súbita tendo ele
mesmo por testemunha. “Eu não fumo, não uso drogas, só bebo
em ocasiões especiais”, ele diz, traído. Eu quase digo: “A vida não
dá garantias”, mas me contenho a tempo.
Sei que dentro dele toca o réquiem de Verdi, dramático e
grandiloquente, mas só ele escuta. Porque sua tragédia é prosaica,
acontece com muitos, não é notícia nem na família. Ele é só mais
um homem diante do parapeito da ponte – sem vontade de atirarse dali, mas apavorado porque um dia vai estar lá embaixo.
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Pesquisamos juntos na internet, tentamos inventar receitas,
descobrir novos ingredientes, criar um mundo novo dentro do
universo restrito ao qual ele foi confinado. Cheiramos desconfiados
uma linguiça de soja, passamos retos pela manteiga, enchemos o
carrinho de coisas verdes. Depois vamos ao cinema para esquecer
seu pequeno drama diante da grandeza do drama maior de um
outro, mas, quando estaqueamos diante da pipoca, o luto desce
sobre ele, inexorável. Sabemos que é preciso aceitar essa morte,
assim como todas que virão, com o excesso de perdas que ela
contém. Em geral não se morre de uma vez só, mas aos poucos. E
é o corpo que nos ensina a brutalidade dessa verdade.
O colesterol não encolheu apenas a largura das artérias de meu
melhor amigo, mas também a largura da sua vida. Ele sabe que
não pode escapar dos limites impostos pelo corpo. Pode, como
todos nós, no máximo adiá-los. No exame do laboratório o tal do
LDL avisa que a juventude, aquele tempo no qual era possível
fingir que não havia limites, acabou. Mas a gordura que entulha as
artérias de meu melhor amigo não lhe obstrui o espírito. Porque
morreu e nasceu muitas vezes ao longo de seus 43 anos, há nele
uma vida dentro da vida que se amplia também nesse choque com
os limites. Enquanto o corpo falha, sua mente recolhe suas
lágrimas, sua surpresa e sua dor e os transforma em uma
experiência a mais.
Sempre foi assim, afinal. É no confronto com a miséria da condição
humana que produzimos o melhor do humano. Condenados
eternamente ao fracasso de nosso embate com a morte,
inventamos essa vida dentro da vida. Que, se tivermos a ousadia
de morrer e nascer várias vezes no espaço de uma existência, será
uma vida maior que a vida.
Não tenho dúvidas de que meu melhor amigo seguirá suspirando
de saudades de uma picanha gorda ou de um feijão com costelinha
de porco. Mas, nesse último final de semana, ele já havia colado
um cartaz patético na cozinha, com imagens suas de a.C. e d.C. –
“C” não de Cristo, mas de colesterol. Estava entrouxado de roupas
porque acreditava que os 100 gramas que tinha perdido desde que
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abriu o exame tornaram-no “mais friorento”. E tentava inventar
uma maionese caseira sem ovos nem óleo.
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3) FMC – 2013/1°
Acerca da “pequena tragédia” do amigo, a autora se mostra
Soube então que estava salvo. Não do colesterol, mas de algo
muito pior: uma vida pequena.
(Fonte: revistaepoca.globo.com)
a) perplexa.
b) intolerante.
1) FMC – 2013/1°
c) compassiva.
Ao tecer suas considerações sobre a condição de saúde do amigo, a
autora
d) aturdida.
a) evidencia que as pequenas mortes ao longo da vida favorecem o
enfrentamento com o desconhecido.
4) FMC – 2013/1°
b) descarta a possibilidade de que o amigo possa modificar velhos
padrões.
c) enfatiza um panorama de condições propícias ao resgate da
juventude.
d) reconhece sua dificuldade em aceitar as doenças como algo
inerente a todo ser humano.
Todas as passagens a seguir expressam um posicionamento da
autora do texto frente à quebra de padrões estabelecidos, EXCETO
a)
Enquanto o corpo falha, sua mente recolhe suas lágrimas, sua
surpresa e sua dor e os transforma em uma experiência a
mais.
b)
É essencial que nos libertemos dos dogmas impingidos sobre
nós para podermos criar uma vida que faça mais sentido – e
para nos sentirmos livres para recriá-la o tempo todo.
c)
Poucas coisas ou nenhuma são mais assustadoras do que
ousar se libertar de um jeito de ser cujo funcionamento
conhecemos.
d)
É importante que partes de nós morram para que outras
possam nascer – ou apenas para que esses pedaços mofados
de nossas crenças sobre nós ou da crença de outros sobre nós
saiam do caminho.
2) FMC – 2013/1°
Sobre o desenvolvimento do texto, só se pode afirmar:
a) Diante da doença do amigo, a autora manifesta um sentimento
de inconformismo e revolta.
b) O perfil do protagonista tem como eixo principal a falta de
aceitação diante do desafio imposto pela doença.
c) As experiências gastronômicas do amigo são descritas pela
autora com o objetivo de tripudiar sobre suas preferências.
d) Utilizando-se da história do amigo como elemento estruturador
do texto, a autora discorre sobre a existência humana.
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5) FMC – 2013/1°
7) FMC – 2013/1°
Leia o fragmento.
Em todos os trechos a seguir, a autora se utilizou de palavras e/ou
expressões que possuem um efeito de sentido figurado, EXCETO
em
Sei que dentro dele toca o réquiem de Verdi, dramático e
grandiloquente...
Assinale a opção que melhor expressa o
protagonista se encontra na passagem acima:
estado
em
que
o
a) surpreso.
b) eufórico.
c) inconformado.
d) abalado.
a) Mas, se tivermos essa coragem que anda de mãos agarradas
com o medo, nós nos responsabilizamos pelas nossas escolhas,
seguimos e criamos e morremos e renascemos.
b) A tragédia de um homem comum, com uma vida comum, que
sentia a primeira fisgada do fim.
c) De fato, nosso declínio físico começa aos 20 e poucos anos,
mas esses sinais podem ser ignorados.
d) Condenados eternamente ao fracasso de nosso embate com a
morte, inventamos essa vida dentro da vida.
6) FMC – 2013/1°
8) FMC – 2013/1°
A última frase do texto – de caráter reflexivo – acena,
metaforicamente, para a possibilidade de uma compreensão mais
ampla da existência.
Considere os fragmentos abaixo e assinale aquele em que a autora
tenha feito uso de construção característica da linguagem
coloquial:
A afirmação acima
a) Não é uma mera mudança de hábitos,
nutricionistas tentam nos convencer...
como
médicos
e
a) extrapola as ideias do texto.
b) corrobora as ideias do texto.
c) restringe as ideias do texto.
d) nega as ideias do texto
b) Eu não fui capaz de perceber logo, mas era a primeira morte de
meu melhor amigo.
c) No percurso de uma vida, quando temos a sorte de ter uma
existência longa, passamos por várias pequenas mortes e
renascimentos.
d) No nosso tempo, é o que a gente sempre pensa, mesmo que
não diga.
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9) FMC – 2013/1°
11) FMC – 2013/1°
Leia o fragmento a seguir.
Observe o fragmento.
Depois vamos ao cinema para esquecer seu pequeno drama diante
da grandeza do drama maior de um outro, mas, quando
estaqueamos diante da pipoca, o luto desce sobre ele, inexorável.
Para a imensidão do universo, é um nada, estrelas morrem o
tempo todo sem que a ordem da vida dos outros se altere.
Mantendo-se o sentido original do texto, o termo destacado pode
ser substituído por
Tendo em vista o uso da modalidade escrita da língua, assinale a
opção em que a frase acima foi reescrita preservando-se o sentido
original do texto:
a) memorável.
b) relutante.
a)
Para a imensidão do universo, é um nada, posto que estrelas
morram o tempo todo sem que a ordem da vida dos outros se
altere.
b)
Para a imensidão do universo, é um nada, no entanto estrelas
morrem o tempo todo sem que a ordem da vida dos outros se
altere.
c)
Para a imensidão do universo, é um nada, uma vez que
estrelas morrem o tempo todo sem que a ordem da vida dos
outros se altere.
d)
Para a imensidão do universo, é um nada, conquanto estrelas
morram o tempo todo sem que a ordem da vida dos outros se
altere.
c) moroso.
d) implacável.
10) FMC – 2013/1°
Leia, com atenção, o seguinte trecho.
...ainda que esse jeito nos sequestre o desejo, nos parece
mais seguro do que enfrentar o vazio de descobrir formas de
viver mais próximas de nossos anseios.
Entre as orações que compõem o trecho acima, estabeleceram-se
relações de
a) concessão e comparação.
b) condição e consequência.
c) concessão e condição.
d) consequência e comparação.
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12) FMC – 2013/1°
13) FMC – 2013/1°
Assinale a opção em que o fragmento reescrito entre parênteses foi
pontuado em consonância com os padrões da língua escrita
padrão:
Em todas as opções, o vocábulo destacado remete a outro termo
anteriormente citado no fragmento, EXCETO em
a) No exame do laboratório o tal do LDL avisa que a juventude,
aquele tempo no qual era possível fingir que não havia limites,
acabou.
(No exame do laboratório, o tal do LDL avisa que a juventude,
aquele tempo no qual era possível fingir que não havia limites,
acabou.)
a) ...naquela parte da nossa geografia que não se pode tocar com
as mãos.
b) No nosso tempo, é o que a gente sempre pensa...
c) ...com um chocolate em pó cheio de porcarias que ele toma
desde a infância...
b) Para não morrer nos próximos anos de enfarte ou AVC por causa
das artérias entupidas de gordura, ele matou com um só golpe
um mundo inteiro dentro de si.
(Para não morrer, nos próximos anos de enfarte ou AVC por
causa das artérias entupidas de gordura, ele matou com um só
golpe, um mundo inteiro dentro de si.)
d) E a notícia dessa morte o lembra o tempo todo de que é só a
primeira das muitas que virão.
c) Estava entrouxado de roupas porque acreditava que os 100
gramas que tinha perdido desde que abriu o exame tornaram-no
“mais friorento”.
(Estava entrouxado de roupas, porque acreditava que os 100
gramas que tinha perdido, desde que abriu o exame tornaramno “mais friorento”.)
Em todas as alternativas, foram destacados termos que funcionam
como núcleo do predicado, EXCETO em
d) Poucas coisas ou nenhuma são mais assustadoras do que ousar
se libertar de um jeito de ser cujo funcionamento conhecemos.
(Poucas coisas ou nenhuma, são mais assustadoras do que
ousar se libertar de um jeito de ser, cujo funcionamento
conhecemos.)
c) “É importante que partes de nós morram...”
14) FMC – 2013/1°
a) “Eu não fui capaz de perceber logo...”
b) “Soube então que estava salvo.”
d) “Um mundo dentro do mundo morreu em um segundo.”
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Instrução: As questões de 15 a 20 têm por base a leitura das
obras literárias indicadas para este concurso: Recordações do
escrivão Isaías Caminha, de Lima Barreto, e Eu e outras poesias,
de Augusto dos Anjos.
15) FMC – 2013/1º
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16) FMC – 2013/1º
Referindo-se a Recordações do escrivão Isaías Caminha, o crítico
Alfredo Bosi afirma que “é admirável como teia de imagens a
simbolização desse instante de perplexidade, em que a esperança e
a desesperança não só alternam como parecem engendrar-se uma
da outra”.
(BOSI, A. Literatura e resistência. São Paulo: Companhia das Letras, 2002. p.190)
Leia a seguir trecho extraído do romance de Lima Barreto.
Um escaler aproximou-se da barca, bem perto; a tripulação
rubicunda entoava uma canção, um hino. O escaler afastou-se
logo, desdenhoso e superior.
(BARRETO, L. Recordações do escrivão Isaías Caminha. São Paulo: Ática, 1984.
p.27)
Depreende-se do texto que o narrador
a)
aborda, de forma panfletária, os problemas de uma sociedade
assinalada por injustiças.
b)
estabelece analogia entre coisas e pessoas, no intento de
abordar criticamente a sociedade.
c)
critica
ostensivamente
o
comportamento
arrivistas, que não têm compaixão pelos
sociedade.
d)
das
pessoas
desvalidos da
retoma a técnica descritiva dos autores naturalistas e propõe
uma visão zoomórfica da humanidade.
Assinale a passagem do romance de Lima Barreto que melhor
comprove a opinião do ensaísta:
a) Hoje, agora, depois não sei de quantos
outros mais brutais, sou outro, insensível
talvez; aos meus olhos, porém, muito
próprio, do meu primitivo ideal, caído dos
imperfeito, deformado, mutilado e lodoso.
pontapés destes e
e cínico, mais forte
diminuído de mim
meus sonhos, sujo,
b) Quando acabei o curso do Liceu, tinha uma boa reputação de
estudante, quatro aprovações plenas, uma distinção e muitas
sabatinas ótimas. Demorei-me na minha cidade natal ainda dois
anos, dois anos que passei fora de mim, excitado pelas notas
ótimas e pelos prognósticos da minha professora, a quem
sempre visitava e ouvia. Todas as manhãs, ao acordar, ainda
com o espírito acariciado pelos nevoentos sonhos de bom
agouro, a sibila me dizia ao ouvido: vai, Isaías! vai!... Isto aqui
não te basta. Vai para o Rio.
c) Que faria lá, só, a contar com as minhas forças? Nada... Havia
de ser como uma palha no rodamoinho da vida – levado d’aqui,
tocado para ali, animal engolido no sorvedouro... ladrão...
bêbedo... tísico e quem sabe mais?
d) Pardas nuvens cinzentas galopavam, e, ao longe, uma pequena
mancha mais escura parecia correr engastada nelas. A mancha
aproximava-se
e,
pouco
a
pouco,
via-a
subdividir-se,
multiplicar-se; por fim, um bando de patos negros passou por
sobre a minha cabeça, bifurcado em dois ramos, divergentes de
um pato que voara na frente, a formar um V. Era a inicial de
"Vai". Tomei isso como sinal animador, como bom augúrio do
meu propósito audacioso.
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17) FMC – 2013/1º
Nos diálogos presentes em Recordações do escrivão
Caminha, transparecem críticas à sociedade brasileira.
18) FMC – 2013/1º
Isaías
Isso NÃO se verifica em:
a)
– Ah, bom! Diga isso! Pela polícia, não; ela vive com os
bicheiros... Não serve pra nada, fique certo.
b)
– Você tem direito, seu Valentim... É... Você trabalhou pelo
Castro... Aqui para nós: se ele está eleito, deve-o a mim e aos
defuntos, e você que desenterrou alguns.
c)
– Nada há tão parecido como o pirata antigo e o jornalista
moderno: a mesma fraqueza de meios, servida por uma
coragem de salteador.
d)
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– Sou muito moço, tenho vinte e dois anos, faço versos desde
os dezoito; agora, fiz uma escolha e publiquei este volume...
Leia abaixo trecho do romance de Lima Barreto em que se focaliza
o jornalista Floc em sua angústia para escrever.
Voltou a ler o que tinha escrito... Leu duas vezes, não gostou,
rasgou... Recomeçou... A sua fisionomia estava transtornada. Não
tinha mais a impressão de satisfação, de deslumbramento interior.
A testa contraíra-se, enrugando-se; os olhos estavam fixos e a
boca, cerrada nervosamente, custava a abrir-se para aspirar
rapidamente o cigarro. Toda a sua fisionomia revelava uma
contensão extraordinária, fora mesmo do poder habitual da sua
vontade.
(BARRETO, L. Recordações do escrivão Isaías Caminha. S.P.: Ática, 1984, p.131)
O poeta Augusto dos Anjos, em seu livro Eu e outras poesias,
também aborda esse tema da angustiante luta pela expressão
escrita, como se verifica em:
a)
Tarda-lhe a Ideia! A inspiração lhe tarda!
E ei-lo a tremer, rasga o papel, violento,
Como o soldado que rasgou a farda
No desespero do último momento!
b)
Súbito, arrebentando a horrenda calma,
Grito, e se grito é para que meu grito
Seja a revelação deste Infinito
Que eu trago encarcerado em minh’alma!
c)
Ao terminar este sentido poema
Onde vazei a minha dor suprema
Tenho os olhos em lágrimas imersos...
Rola-me na cabeça o cérebro oco.
Por ventura, meu Deus, estarei louco?!
Daqui por diante não farei mais versos.
d)
Mas de tal arte e
Ambiciono, que o
Possam todas as
Possam todos os
espécie tal fazê-lo
idioma em que te eu falo
línguas decliná-lo
homens compreendê-lo!
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19) FMC – 2013/1º
Para Ferreira Gullar, “um dos fatores que constituem a marca e o
fascínio do mundo verbal de Augusto dos Anjos é essa mescla de
palavras
eruditas
com
palavras
vulgares,
de
construções
pernósticas com composições coloquiais”.
(GULLAR, F. Toda a poesia de Augusto dos Anjos. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1976.
p.55)
Assinale a opção em que melhor se exemplifica o tom coloquial na
poesia de Augusto dos Anjos:
a) Tentava compreender com as conceptivas
Funções do encéfalo as substâncias vivas
Que nem Spencer, nem Haeckel compreenderam...
b) E no estrume fresquíssimo da gleba
Formigavam, com a símplice sarcode,
O vibrião, o ancilóstomo, o colpode
E outros irmãos legítimos da ameba!
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20) FMC – 2013/1º
Leia o soneto seguinte, de Augusto dos Anjos.
A ideia
De onde ela vem?! De que matéria bruta
Vem essa luz que sobre as nebulosas
Cai de incógnitas criptas misteriosas
Como as estalactites duma gruta?!
Vem da psicogenética e alta luta
Do feixe de moléculas nervosas,
Que, em desintegrações maravilhosas,
Delibera, e depois, quer e executa!
Vem do encéfalo absconso que a constringe,
Chega em seguida às cordas do laringe,
Tísica, tênue, mínima, raquítica...
Quebra a força centrípeta que a amarra,
Mas, de repente, e quase morta, esbarra
No mulambo da língua paralítica!
c) Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.
d) Os defuntos então me ofereciam
Com as articulações das mãos inermes,
Num prato de hospital, cheio de vermes,
Todos os animais que apodreciam!
(ANJOS, A. Eu e outras poesias. São Paulo: Martins
Fontes, 1994. p.13)
Com base nesse soneto,
Augusto dos Anjos:
pode-se afirmar
sobre
a poesia de
a) Utilizando recursos precários de expressão, valoriza o poder da
linguagem.
b) Fazendo uso da alegoria, aborda a decadência da sociedade
escravocrata.
c) Por meio
homem.
da
força verbal,
expressa
aspectos agônicos
do
d) De posse de um léxico trivial, recupera as fontes clássicas do
lirismo.
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PROVA DE ESTUDOS SOCIAIS
21) FMC – 2013/1º
Leia o texto abaixo, que retrata o tráfico de escravos.
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22) FMC – 2013/1º
A atividade industrial está desigualmente distribuída pelas regiões
do país. Construídas predominantemente no século XX, as
indústrias são componentes da modernização urbana, que
reinventa nossa sociedade e dinâmica espacial.
Sobre a industrialização brasileira, é CORRETO afirmar:
"O espaço fechado e o calor do clima, a juntar ao número de
pessoas que iam no barco, tão cheio que cada um de nós mal tinha
espaço para se virar, quase nos sufocavam. Essa situação fazia-nos
transpirar muito, e pouco depois o ar ficava impróprio para
respirar, com uma série de cheiros repugnantes, e atingia os
escravos como uma doença, da qual muitos morriam."
(Relato do escravo Olaudah Equiano. Apud ILIFFE, J. Os africanos. História dum
continente. Lisboa: Terramar, 1999. p.179.)
Pode-se afirmar que,
escravos
durante a Idade Moderna, o tráfico de
a) foi praticado apenas pelos países ibéricos, que, após a obtenção
do direito de asiento, passaram a fornecer mão de obra às
plantações tropicais e às minas das Américas espanhola e
anglo-saxã.
b) se tornou uma atividade extraordinariamente lucrativa, o que
possibilitou o processo de acumulação primitiva de capitais em
países europeus.
c) ficou enfraquecido pela ação dos holandeses à época de sua
instalação em Pernambuco, o que provocou a revolta da
população luso-brasileira, em meados do século XVII.
d) se tornou alvo de disputas entre as várias congregações
religiosas, que ora aceitavam o tráfico, ora proibiam a
escravidão de africanos na América.
a)
A concentração industrial cada vez mais alta no Sul e no
Sudeste reduz os níveis de integração econômica do território
brasileiro, que vai se tornando, paulatinamente, mais desigual,
com uma nítida desvalorização dos produtos advindos do Norte
e Nordeste.
b) O processo de industrialização teve início, no Brasil, a partir de
1930, ocasionando grandes transformações na organização do
território nacional, uma vez que constituiu uma economia cujo
crescimento depende, principalmente, do dinamismo do
mercado interno.
c) A industrialização tem suas raízes fincadas na economia da
cana-de-açúcar, do ouro e do café, atividades produtivas que
possibilitaram a acumulação do capital necessário para a
diversificação em investimentos no setor industrial.
d) No período inicial do desenvolvimento da industrialização no
Brasil, a produção industrial concentrou-se na cidade do Rio de
Janeiro, que era Distrito Federal do Brasil, posteriormente se
espalhando pela região de São Paulo, em direção a Campinas,
Sorocaba e São José dos Campos.
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23) FMC – 2013/1º
24) FMC – 2013/1º
Observe, atentamente, a gravura.
Leia o texto.
De acordo com um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada (IPEA), nos últimos 15 anos aumentou o transporte
individual motorizado no Brasil, enquanto houve uma redução no
uso do transporte coletivo, o que, do ponto de vista da eficiência
energética e ambiental, é uma tendência bastante preocupante.
(Disponível em:
<http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/comunicado/110922_comunic
adoipea113.pdf>. Acesso em: 13 set. 2012. Adaptado.)
Pode-se citar como impactos provocados pelo
transporte individual motorizado no Brasil, EXCETO
(Fonte: Nilse W. Ostermann e Iole C. Kunze. Às armas cidadãos! A França
revolucionária (1789-1799). São Paulo: Atual, 1995. p. 68.)
A imagem reproduzida acima circulou na França, durante a fase de
maior radicalidade revolucionária (1792-1794), acompanhada pela
seguinte legenda: "Matéria de reflexão para os charlatães
coroados: que um sangue impuro regue os nossos campos".
aumento
do
a)
a priorização de políticas governamentais voltadas à circulação
por meio do transporte motorizado particular em detrimento de
incentivos ao transporte coletivo.
b)
a poluição do ar, que, juntamente com a poluição sonora,
causa irritabilidade aos indivíduos que precisam trafegar pelos
centros urbanos.
c)
a impermeabilização do solo e a alteração do perfil geológico
para a construção de vias de rolamento, provocando enchentes
na época das chuvas.
d)
o aumento da mobilidade urbana entre as pessoas dos grandes
centros, que passaram a chegar mais rapidamente ao seu
destino.
Os valores e ideias expressos nesse cartaz podem ser associados
a) à defesa do princípio da soberania popular.
b) ao reconhecimento do princípio da igualdade entre os cidadãos.
c) à negação da sociedade estamental.
d) à perseguição empreendida aos contrarrevolucionários.
FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO 2013/1º
FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO 2013/1º
25) FMC – 2013/1º
26) FMC – 2013/1º
Leia o trecho a seguir, que trata da administração da região das
Minas Gerais, durante o século XVIII.
Existe no Brasil, próximo ao Trópico de Capricórnio, uma espécie
de “trópico da exclusão social”, a partir do qual se podem distinguir
claramente as regiões que concentram e abrigam os municípios
com maior problema de exclusão social, ou seja, onde a “selva” da
exclusão se mostra intensa e generalizada.
“... ponderando-se o acharem-se hoje as Vilas dessa Capitania tão
numerosas como se acham, e que sendo uma grande parte das
famílias dos seus moradores de limpo nascimento, era justo que
somente as pessoas que tiverem esta qualidade andassem na
governança delas, porque se a falta de pessoas capazes fez a
princípio necessária a tolerância de admitir os mulatos aos
exercícios daqueles ofícios, hoje, que tem cessado esta razão, se
faz indecoroso que eles sejam ocupados por pessoas em que haja
semelhante defeito...”.
(Carta de D. João - Lisboa, 27 de janeiro de 1726.)
No trecho dessa carta, o rei de Portugal refere-se à impropriedade
de mestiços continuarem a participar da administração
a) municipal, nos cargos de vereadores.
b) das sesmarias, como proprietários de terras.
c) das lavras e datas, exclusivamente doadas a portugueses.
d) provincial, como burocratas.
Atualmente, existem 2.290 municípios com Índice de Exclusão
Social na faixa de 0,0 a 0,4, portanto, em situação de maior
exclusão.
Veja abaixo mapa que ilustra essa situação.
FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO 2013/1º
A partir dos dados do texto e do mapa e com base em seus
conhecimentos sobre o tema, analise as afirmativas a seguir:
I-
Apesar de ter avançado muito nos campos econômico,
financeiro e social, o Brasil é um país capitalista incompleto,
suscetível principalmente a problemas de ordem social, com
demandas reprimidas em áreas como saúde e educação.
II- Entre as regiões brasileiras, identifica-se uma grande
desigualdade: o Norte e o Nordeste caracterizam-se como
“selva de exclusão“, enquanto o Centro-Sul abriga os
“acampamentos de inclusão“ e “novas formas de exclusão
social“.
III- É possível verificar que o Norte tem vivido, ao contrário do
restante do país, um período de crescimento econômico como
consequência do aumento de investimentos no setor industrial
com base na moderna tecnologia de ecossegurança.
IV- A região Sudeste apresenta elevada renda per capita graças à
diversidade de suas atividades econômicas e elevada produção
industrial. Todavia, microrregiões de pobreza são evidentes,
como, por exemplo, o Vale do Ribeira, no Estado de São Paulo,
e o Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais.
V-
Embora a renda per capita do Distrito Federal seja elevada,
devido às atividades industriais ali concentradas, as
cidadessatélites abrigam população extremamente carente de renda.
Estão CORRETAS as proposições
a)
II, III e IV.
b) II, III e V.
c) I, III e V.
d) I, II e IV.
FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO 2013/1º
27) FMC – 2013/1º
Ao se fazer uma comparação entre os processos de formação dos
Estados Nacionais no Brasil e na América hispânica, no século XIX,
identifica-se que
a) a unidade brasileira se relacionou aos interesses de uma elite
eurocêntrica proveniente da Casa de Bragança, enquanto, na
América hispânica, não surgiu nenhuma liderança nobiliárquica
capaz de aglutinar os diversos interesses em disputa.
b) as
diferenças
regionais
no
Brasil
permitiram
a
obra
centralizadora em torno da Coroa, ao passo que, na América
hispânica, as diferenças econômicas regionais contribuíram para
a sua fragmentação.
c) não existiu, na América hispânica, uma facção oligárquica
hegemônica, que conseguisse levar adiante a obra da unidade,
enquanto no Brasil os interesses escravistas aglutinaram as
elites em torno de um projeto centralista.
d) os interesses ingleses, mais presentes na América hispânica,
foram determinantes para a sua fragmentação, ao passo que no
Brasil tais interesses se voltavam para a continuidade de uma
monarquia europeia confiável, que mantivesse a unidade
territorial.
FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO 2013/1º
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28) FMC – 2013/1º
29) FMC – 2013/1º
O
Brasil
possui
atualmente
três
Regiões
Integradas
de
Desenvolvimento (RIDEs), um tipo especial de região metropolitana
que só pode ser instituída por legislação federal.
Leia o texto a seguir, sobre o liberalismo.
Nos termos do artigo 25, §3º, da Constituição Federal: “Os Estados
poderão,
mediante
lei
complementar,
instituir
regiões
metropolitanas,
aglomerações
urbanas
e
microrregiões,
constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para
integrar a organização, o planejamento e a execução de funções
públicas de interesse comum”.
"[O indivíduo], orientando sua atividade de tal maneira que sua
produção possa ser de maior valor, visa apenas ao seu próprio
ganho e, neste, como em muitos outros casos, é levado como que
por uma mão invisível a promover um objetivo que não fazia parte
de suas intenções. (...) Ao perseguir seus próprios interesses, o
indivíduo muitas vezes promove o interesse da sociedade muito
mais eficazmente do que quando tenciona realmente promovê-lo."
(SMITH, Adam. A riqueza das nações. São Paulo: Abril Cultural, 1983. p.379-80.)
Sobre essas Regiões Integradas de Desenvolvimento, é CORRETO
afirmar:
Considere as seguintes afirmações:
a) A primeira RIDE estabelecida no Brasil foi a Região Integrada
de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (RIDE-DF),
criada pela Lei Complementar nº 94, de 19 de fevereiro de
1998.
I-
b) No ano de 2002, foram instituídas no país duas novas RIDEs: a
Região Administrativa Integrada de Desenvolvimento da Grande
São Paulo e a Mesorregião Metropolitana do Rio de Janeiro.
II- A sistematização realizada por Adam Smith no livro História da
riqueza das nações contribuiu para a definição da economia
como ciência.
c) Mesmo fazendo parte da RIDE-DF, Brasília, que só tem PIB
menor que as cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro, se
mantém totalmente independente dos demais municípios,
possuindo, por isso, pouca expressão política nas decisões da
RIDE.
III- Em seus escritos, Adam Smith defende o sistema capitalista
como realizador das intenções igualitárias de Rousseau.
d) O modelo de regiões integradas reintroduz a coordenação das
ações de desenvolvimento local/regional pelo governo federal, o
que, paradoxalmente, parece significar o enfraquecimento do
federalismo, na medida em que se retiram do Estado-Membro
as competências no âmbito da ordem jurídica.
São VERDADEIRAS as opções
O liberalismo, cujos princípios, como o livre comércio, a
propriedade privada e a lei de mercado, favoreceram o
desenvolvimento do capitalismo, teve em Adam Smith um de
seus principais teóricos.
IV- A "mão invisível" citada por Adam Smith é uma metáfora para
sua crença de que o capitalismo se desenvolve naturalmente,
sem necessidade da atuação humana.
a) III e IV.
b) I e III.
c) II e IV.
d) I e II.
FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO 2013/1º
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30) FMC – 2013/1º
31) FMC – 2013/1º
O Censo de 2010 revelou aspectos importantes da moradia da
população de baixa renda no Brasil. Segundo o Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE), aglomerados subnormais são
aqueles conhecidos popularmente como “favelas, invasões, grotas,
baixadas, comunidades, vilas, ressacas, mocambos, palafitas, entre
outros”.
Observe a charge abaixo.
Com base nessas informações e em seus conhecimentos sobre a
segregação espacial, assinale a alternativa CORRETA:
a) A maioria dos aglomerados subnormais não possui rede elétrica
e de água.
b) Na região Sudeste, podem ser encontrados muitos aglomerados
subnormais.
c) As favelas que se formam nas grandes cidades demonstram um
crescimento ordenado.
d) Nos últimos tempos, as favelas têm recebido, por parte do
poder público, o investimento necessário para o melhoramento
de sua infraestrutura de transporte e saneamento.
NOVAES, Carlos Eduardo & LOBO, César. História do Brasil para principiantes. São
Paulo: Ática, 2003.
A charge apresenta a visão histórica tradicional para a queda do
sistema monárquico, na qual os atritos do imperador Pedro II com
setores escravistas, com o clero e com militares levaram à sua
ruína. No entanto, versões mais atuais apresentam uma nova
interpretação, que – acrescida ao problema das “questões” –
enfatiza
a) os grandes gastos com a Guerra do Paraguai, que exauriram o
Tesouro Nacional e, ao mesmo tempo, não permitiram ao Brasil
ampliar sua influência sobre a região do Prata.
b) a crescente pressão externa sobre os rumos da monarquia
brasileira, que se tornava mais protecionista a partir da edição
das Tarifas Alves Branco.
c) o longo processo de degenerescência do sistema imperial
criticado pela “burguesia cafeeira”, pelos abolicionistas e por um
setor médio urbano sedento pela modernidade.
d) o surgimento de movimentos populares contra a inflação e
contra os métodos modernizantes do imperador, como foi o
caso da Revolta dos Quebra-Quilos, em Fortaleza.
FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO 2013/1º
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32) FMC – 2013/1º
33) FMC – 2013/1º
Com o desenvolvimento econômico e social, aumentaram as
demandas por energia, mas os seus processos de obtenção e
transporte tornaram-se complexos e dispendiosos.
Um dos períodos mais controversos de nossa história é a Era
Vargas (1930-1945). Sobre ela, historiadores, memorialistas e
repórteres deram as mais diversas versões.
Uma alternativa viável para o transporte de combustíveis
estratégicos são as dutovias, que, na realidade, constituem uma
adaptação dos milenares aquedutos.
Ainda assim, pode-se
como
Entre os produtos que podem ser transportados nesse sistema,
encontram-se
a) o carvão e o petróleo.
b) o petróleo e o gás natural.
c) o urânio e o níquel.
d) o níquel e o minério de ferro.
caracterizá-la, em seus aspectos gerais,
a) uma resposta ao anseios dos setores industriais em ascensão e
das classes trabalhadoras, que tiveram em Vargas a
ressonância de suas reivindicações.
b) uma fase de desenvolvimento de um projeto estatizante que,
seguindo a tendência internacional do Entreguerras, quebrou
com a tendência liberal dos períodos anteriores.
c) a introdução da modernidade capitalista no Brasil, com o
surgimento de novos setores sociais, como a burguesia
industrial e o operariado, impulsionados pela industrialização.
d) um período de arrancada em termos de projetos educacionais,
o que favoreceu o surgimento de grande número de escolas
públicas orientadas por projetos pedagogicamente modernos.
FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO 2013/1º
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34) FMC – 2013/1º
35) FMC – 2013/1º
Observe o gráfico.
Sobre o movimento migratório brasileiro nos últimos 100 anos,
pode-se afirmar:
a) Entre as novas rotas de fluxo populacional no Brasil, inclui-se o
processo de migração de retorno dos centros urbanos e volta ao
campo feito por milhares de pessoas nos últimos anos.
b) O fluxo de sulistas em direção à região Norte, em consonância
com o avanço da fronteira agrícola, contribuiu para o
crescimento da população no campo e, ao mesmo tempo,
retardou o processo de urbanização da região.
c) A partir de 1930, a ocupação das fronteiras agrícolas (na
Amazônia, no Centro-Oeste e no Paraná) foi um fator gerador
de deslocamentos de população no Brasil.
d) Até 1970, a região metropolitana de São Paulo foi a
“Pasárgada“ brasileira, uma vez que ali se instalaram as
principais indústrias, com os melhores empregos.
1946
1951
1956
1961
1966
1971
1976
Aponte a melhor interpretação
contidas nele contidas:
1981
1986
histórica
1991
para
as
1996
2001
2006
informações
a) A difusão do regime democrático como alternativa mais aceita
pelas elites políticas nacionais fez com que o uso da violência
como meio de fazer política diminuísse.
b) As
intervenções
americanas
em
países
considerados
autoritários conseguiram construir regimes mais abertos às
ideias ocidentais, mais democráticas.
c) As rupturas democráticas tiveram seu apogeu durante a Guerra
Fria e decresceram com a queda da URSS, a maior potência
interventora a assegurar os golpes de Estado.
d) O processo conhecido como globalização incentivou a queda de
regimes autoritários a partir da influência das redes sociais e do
vigor dos movimentos juvenis.
FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO 2013/1º
FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO 2013/1º
36) FMC – 2013/1º
37) FMC – 2013/1º
Atualmente, um novo ciclo de expansão econômica avizinha-se da
região Norte do Brasil. É esperada a intensificação dos impactos
ambientais e sociais negativos nessa região, que tem sido alvo de
profundas interferências em seus ecossistemas.
Leia a seguir denúncia da urbanista Raquel Rolnik sobre a violenta
desocupação na Vila Pinheirinho (SP), ocorrida em janeiro de 2012.
Em relação à região Norte do Brasil, pode-se afirmar:
a) A
industrialização
foi
um
processo
que
possibilitou
transformações estruturais na Amazônia. A região, onde
predominavam as atividades extrativistas, passou a ocupar um
lugar de destaque no país, no que concerne à produção mineral
e à produção de bens de consumo duráveis.
b) Os solos da Amazônia, que atraem fortemente o agronegócio,
são muito ricos em nutrientes, pois inexistem, em grande parte
da região, processos de lixiviação, que empobrecem os
horizontes do solo.
c) Dada a grande distância entre a região Norte e os principais
portos exportadores, os custos de transporte são elevados e,
consequentemente, torna-se inviável, nessa região, a atividade
agrícola voltada para o mercado externo.
d) Com a criação da Zona Franca de Manaus e a instalação de
grandes projetos de extração mineral por parte do governo
federal, o extrativismo vegetal do açaí, da madeira e do látex
deixou de ser importante na economia dessa região.
“Milhares de homens, mulheres, crianças e idosos moradores da
ocupação Pinheirinho são surpreendidos por um cerco formado por
helicópteros, carros blindados e mais de 1.800 homens armados da
Polícia Militar. Além de terem sido interditadas as saídas da
ocupação, foram cortados água, luz e telefone, e a ordem era que
famílias se recolhessem para dar início ao processo de retirada.
Determinados a resistir – já que a reintegração de posse havia sido
suspensa na sexta-feira –, os moradores não aceitaram o comando,
dando início a uma situação dramaticamente violenta que se
prolongou durante todo o dia e que teve como resultado famílias
desabrigadas, pessoas feridas, detenções e rumores, inclusive,
sobre a existência de mortos.”
(Disponível em http://pt.globalvoicesonline.org/2012/01/24/brasil-pinheirinhomassacre/ Acesso em 18/09/2012)
A partir das informações acima e da ressonância do problema na
grande mídia, marque a opção CORRETA:
a) A violência das forças policiais utilizada na desocupação
demonstra a fragilidade das áreas periféricas quanto ao
problema da criminalidade.
b) A valorização de terrenos periféricos nos grandes centros atraiu
especuladores, que, utilizando-se da “grilagem”, expulsam
moradores de baixa renda.
c) A arrancada desenvolvimentista da última década acarretou o
maior êxodo rural da nossa história, inflando a população dos
bairros periféricos e gerando violentos contrastes, que, muitas
vezes, desembocam em conflitos.
d) A questão fundiária brasileira e a violência decorrente das
políticas de tratamento dos conflitos transferiram-se, nas
últimas décadas, para as áreas urbanas e continuam
desconhecidas do grande público.
FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO 2013/1º
FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO 2013/1º
38) FMC – 2013/1º
39) FMC – 2013/1º
Entre as consequências resultantes do processo de urbanização
verificado nos últimos tempos, nas grandes cidades brasileiras,
encontra-se
Observe a charge e a citação a seguir.
a) a integração urbana, caracterizada pela ligação entre todas as
zonas, bairros e demais áreas das cidades, independentemente
do padrão de renda do conjunto de sua população,
potencializando, assim, uma paisagem socialmente harmônica e
dinâmica.
“Viemos, vimos
e ele morreu”
b) a ocupação de áreas de risco suscetíveis a enchentes ou
desmoronamentos com consequentes perdas materiais e
humanas.
c) a ocupação de morros e regiões periféricas pelo tráfico, que
impõe sua maneira de ocupação do território e de locomoção
dentro dele, mas garante a todos os moradores o mínimo para
a sobrevivência no local.
d) a implantação de equipamentos urbanos de atividades físicas
em quantidade suficiente para todas as pessoas, bem como a
adoção de um projeto verde de arborização da paisagem
urbana.
(Declaração da secretária
de Estado dos EUA, Hillary
Clinton, na Líbia, logo
após a morte de Gadhafi.)
(Disponível em
http://redecastorphoto.blogspot.com.br/
acesso em 14/09/2012.)
Escolha, entre as opções oferecidas, a melhor interpretação para as
mensagens:
a)
Tanto a charge quanto a declaração de Hillary Clinton
infantilizam as áreas citadas para legitimar a violência
utilizada.
b)
O contraste entre a ironia da charge e a arrogância da frase
denuncia as contradições da política externa americana.
c)
Ambas as mensagens demonstram a violência da política
externa americana em relação às regiões sob seu interesse.
d)
Ao citar uma clássica frase imperialista que remete ao antigo
Império Romano, Hillary Clinton justifica o armamento cedido a
rebeldes apoiados pelos EUA nas nações citadas.
FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO 2013/1º
40) FMC – 2013/1º
Importantes transformações produtivas e na forma de organização
do trabalho têm ocorrido nas últimas décadas, em todo o mundo e
também no Brasil.
Assinale a alternativa INCORRETA sobre esse tema:
a)
O desemprego gerado pela globalização, pela mecanização e
pelo uso da tecnologia rebaixa os salários dos empregados,
piorando também as condições de trabalho.
b)
Não são raras as denúncias de casos de uso de trabalho
semiescravo e escravo no Brasil, inclusive nos grandes centros.
c)
O Brasil segue a tendência mundial de terceirização,
principalmente no setor terciário, enquanto o setor primário e o
secundário são marcados pela mecanização e pelo uso de
tecnologia.
d)
Uma característica marcante das relações de trabalho na etapa
atual do modo de produção é a maior organização sindical dos
trabalhadores verificada em todo o mundo.
FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO 2013/1º
PROVA DE LÍNGUA ESPANHOLA
Instrucciones: Lea atentamente el texto siguiente y después
conteste a las preguntas.
Venezuela: Chávez y Capriles siguen en dimes y diretes por
el uso de una gorra
El presidente candidato llama “malcriado” a su contendor por
negarse a dejar de usar la gorra con los colores de la bandera
venezolana
Caracas (dpa). El presidente de Venezuela, Hugo Chávez, llamó
hoy “malcriado” al candidato opositor Henrique Capriles Radonski
por desconocer los llamados de advertencia del Consejo Nacional
Electoral (CNE) por el uso de una gorra de béisbol con los colores
de la bandera venezolana.
“La burguesía es la burguesía, ellos nunca respetaron las leyes, no
respetaron nada. Esa actitud malcriada del candidato opositor lo
que hace es retar a las leyes, al país. Desnuda el perfil peligroso,
no de candidato, sino de los que están detrás de él, de la
burguesía, del imperio (estadounidense)”, señaló.
Antes de iniciar un recorrido en caravana por el estado central de
Carabobo, Chávez se refirió nuevamente a las advertencias que le
hizo el CNE a Capriles para que deje de usar la gorra, alertando
que viola las normas electorales por el uso de los símbolos
nacionales.
EL OBJETO DE LA DISCORDIA
Capriles ha estado usando en sus mítines políticos la gorra con los
tres colores de la bandera nacional, dentro de su campaña para las
elecciones del 7 de octubre, lo que provocó los llamados de
atención y una advertencia de sanción.
FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO 2013/1º
FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO 2013/1º
El CNE alega que la gorra viola las normas electorales, pero
Capriles sostiene que no está irrespetando las reglas para las
elecciones de octubre, en las que Chávez buscará una segunda
reelección.
41) FMC – 2013/1º
“Hay que respetar al árbitro, yo estoy extrañando a los anteriores
candidatos, este candidato no da pie con bola, mientras nosotros
estamos creciendo en las calles, en la organización popular y este
mes vamos a trabajar duro, pero hay que respetar al CNE”, dijo
Chávez a los periodistas.
a) la falta de consideración de las normas electorales.
El mandatario aseguró que si el CNE le dijera que no puede usar
una chaqueta azul porque el azul es un color de la bandera, él
dejaría de usarla por su respeto a las normas.
d) las gorras de Capriles no muy aprobadas por Chávez.
“Yo pudiera protestar, pero me quito la chaqueta. Es el árbitro el
que habla. Yo me echo para atrás si quiero seguir jugando, pero la
burguesía no respeta nada”, señaló.
42) FMC – 2013/1º
CHÁVEZ ESTÁ CONFIADO
Chávez reiteró que ganará las elecciones de forma contundente y
que su gobierno es garantía de paz para los venezolanos.
“Pido salud para el 7 de octubre sellar la paz y el desarrollo de
Venezuela”, aseveró.
Según el texto, los dimes y diretes de Chávez y Capriles estarían
relacionados a
b) las ideas políticas distintas entre ambos candidatos.
c) la prenda peculiar utilizada por uno de los candidatos.
Hay que respetar al árbitro, yo estoy extrañando a los anteriores
candidatos... (párrafo 6)
¿De las siguientes alternativas, cuál expresa el sinónimo de la
palabra subrayada?
a) Añorando.
La gorra de Capriles ha provocado una polémica en el segundo mes
de campaña proselitista, luego de que el CNE lo exhortara dos
veces a dejar de usarla, por supuestamente violar las normas
electorales.
Capriles respondió que continuará usando la gorra en los mítines
políticos con los que está recorriendo el país.
El candidato dijo que ahora “todos los días el gobierno habla de la
gorra, ahora su única preocupación es la gorra”.
(Periódico el comercio.pe - 06/08/2012)
b) Exhortando.
c) Exigiendo.
d) Sintiendo.
FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO 2013/1º
43) FMC – 2013/1º
FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO 2013/1º
45) FMC – 2013/1º
Marca la alternativa que expresa la idea central del texto:
...este candidato no da pie con bola... (párrafo 6)
a) Los enfrentamientos de ideologías políticas.
La expresión subrayada significa según el texto que el candidato no
b) La prenda usada en la campaña.
c) Los dimes y diretes del CNE.
a) echa con el árbitro.
d) Las peleas entre los dos proselitistas.
b) juega con la bola.
c) tiene mala suerte.
46) FMC – 2013/1º
d) respeta las normas.
Se le advierte al candidato Capriles para no usar la gorra porque
a) pinta los símbolos nacionales.
44) FMC – 2013/1º
b) posee los símbolos nacionales.
“Yo pudiera protestar, pero me quito la chaqueta. Es el árbitro el
que habla. Yo me echo para atrás si quiero seguir jugando, pero la
burguesía no respeta nada”, señaló. (párrafo 8)
c) difama los símbolos nacionales.
Los verbos subrayados podrían ser sustituidos sin
sentido de la frase respectivamente por
47) FMC – 2013/1º
a) me limpio y me dirijo.
b) me pongo y me voy.
c) me saco y me inclino.
d) me pinto y me quedo.
cambiar el
d) daña los símbolos nacionales.
El candidato dijo que ahora “todos los días el gobierno habla de la
gorra, ahora su única preocupación es la gorra”. (último párrafo)
De acuerdo con el contexto, el tono de ese fragmento es de
a) reproche.
b) enojo.
c) ironía.
d) compasión.
FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO 2013/1º
48) FMC – 2013/1º
Desnuda el perfil peligroso, no de candidato, sino de los que están
detrás de él... (párrafo 2)
La palabra subrayada puede ser sustituida sin cambiar el sentido
de la frase por
a) más.
b) aunque.
c) también.
d) pero.
49) FMC – 2013/1º
Sobre el texto NO se puede afirmar:
a) Chávez esté sorprendiendo a los candidatos anteriores.
b) Capriles rechaza el pedido hecho por el CNE.
c) Chávez hizo una marcha en multitud por Calabobo.
d) Capriles y la gorra suya hayan hecho mítines.
50) FMC – 2013/1º
Seleccione
la
alternativa
que
contiene
la
correspondencia
CORRECTA entre la palabra a la izquierda y el significado a la
derecha:
a) señaló (párrafo 2) = dijo.
b) retar (párrafo 2) = desechar.
c) calles (párrafo 6) = campañas.
d) supuestamente (párrafo 11) = ciertamente
FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO 2013/1º
PROVA DE LÍNGUA INGLESA
Guideline: Read the
alternative about it.
following
text.
Next
check
the
correct
Non-governmental organizations
Non-governmental organizations (NGOs) have become increasingly
influential in world affairs. They often impact the social economic
and political activities of communities and the country as a whole.
Around 25,000 organizations now qualify as NGOs and some of
them impact a small region of the world, while others have spread
across multiple continents. Scholars now speak of NGOs as “non
state actors” (a category that can also include transnational
corporations).
This
term
suggests
NGOs’
emerging
accomplishments in the international policy arena where previously
only states played a significant role. Though they still have few
powers over international decision-making, they have many funds
to their credit: they have successfully promoted environmental
agreements, strengthened women’s rights, won important arms
control and disarmament measures, improved the rights and wellbeing of children, the disabled, the poor and indigenous people.
They also fight to improve the conditions of animals used for
testing. They need healthy relationships with the public to meet
their goals as they use sophisticated campaigns to raise influence
and employ standard lobbying techniques with governments. Major
sources of NGO funding include membership dues, sale of goods
and services, grants from international institutions or national
governments and private donations. Even if the term “nongovernmental
organization’’
implies
independence
from
governments, some NGOs depend on governments for funding.
Monitoring of their expenses is done as funders require reporting
and assesment. There are also associations and organizations that
research and publish details on their actions.
(From Business Express 2, Richmond Publishing)
FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO 2013/1º
FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO 2013/1º
41) FMC – 2013/1º
44) FMC – 2013/1º
People who work for NGOs don’t mean to make a(n)
Where previously only states used to play a significant role,
nowadays NGOs ____________ play theirs.
a) scene.
b) fortune.
a) also
c) mistake.
b) both
d) impression.
c) either
d) as well
42) FMC – 2013/1º
45) FMC – 2013/1º
NGOs haven’t ___________ across the world.
a) grown
b) risen
Even if the term “non-governmental organizations” implies
independence
from
governments,
some
NGOs
depend
on
governments for funding.
c) increased
d) diminished
In the first sentence one can identify an idea of
a) addition.
43) FMC – 2013/1º
Some NGOs impact their own countries. Others have extended
their policies _____________.
a) inside
b) around
c) abroad
d) not far away
b) time.
c) conclusion.
d) concession.
FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO 2013/1º
46) FMC – 2013/1º
There are also associations and organizations that research and
publish details on THEIR actions.
FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO 2013/1º
48) FMC – 2013/1º
If there weren’t any NGOs, there would be ________________
across the world.
a) more state organizations
The word in capital letters refers back to
a) funds.
b) NGOs.
b) no private solutions
c) no trouble
d) more social problems
c) details.
49) FMC – 2013/1º
d) governments.
One can state that NGOs are all of these, EXCEPT
a) useless.
47) FMC – 2013/1º
The conditions of animals used for testing is also ___________
by NGOs.
b) helpful.
c) comprehensive.
d) unselfish.
a) disregarded
b) taken into account
50) FMC – 2013/1º
c) vaguely considered
One of the sayings below can suit NGOs. Check it.
d) not taken seriously
a) A sparrow in hand is better than two flying.
b) One who wants all loses all.
c) Where there is a will there is a way.
d) Confusing is the beginning of wisdom.
FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO 2013/1º
REDAÇÃO
Analise, atentamente, a seguinte afirmação da autora.
É no confronto com a miséria da condição humana que
produzimos o melhor do humano.
Em seguida, elabore um texto em que você defenda a ideia
apresentada nessa frase.
Na elaboração de seu texto, apresente argumentos consistentes e
bem fundamentados, capazes de dar sustentação ao seu ponto de
vista.
Observações:
•
•
•
Produza um texto de, no mínimo, 15 linhas.
Dê um título a ele.
Faça a redação a tinta.
FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO 2013/1º
RASCUNHO
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FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO 2013/1º
PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA E
LITERATURA BRASILEIRA – ADMINISTRAÇÃO E CONTÁBEIS
Instrução: Leia, com atenção, o texto a seguir, pois as questões
de 1 a 14 referem-se a ele.
A primeira morte
Eliane Brum
A notícia veio em um exame de rotina, aberto na página do
laboratório na internet enquanto tomava um chocolate quente. Na
verdade, leite com um chocolate em pó cheio de porcarias que ele
toma desde a infância e, por isso, aos 43 anos, é uma fonte de
alegria permanente na prateleira da cozinha. Quando bateu na
minha porta, os olhos escancarados, avisando que tinha uma má
notícia, eu pensei logo em câncer. No nosso tempo, é o que a
gente sempre pensa, mesmo que não diga. “Meu colesterol está
alto”, ele disse. “Muito acima do péssimo.” Amoleci inteira e até
esbocei um sorriso. “Ah, mas isso não é tão grave.” Mas era. Eu
não fui capaz de perceber logo, mas era a primeira morte de meu
melhor amigo.
Não era uma doença incurável, não era um drama humanitário,
não era nada que alterasse a ordem do mundo. Era só a pequena
tragédia dele. Comezinha e cotidiana. A tragédia de um homem
comum, com uma vida comum, que sentia a primeira fisgada do
fim.
No percurso de uma vida, quando temos a sorte de ter uma
existência longa, passamos por várias pequenas mortes e
renascimentos. É importante que partes de nós morram para que
outras possam nascer – ou apenas para que esses pedaços
mofados de nossas crenças sobre nós ou da crença de outros sobre
nós saiam do caminho. É triste quando alguém é uma coisa só a
vida toda – perdendo a chance de acolher todos os outros de si.
Quando alguém anda pela vida apertado em uma roupa que nunca
lhe serviu direito, mas que foi vestida nele ou nela por seus pais
ainda na infância, como se fosse o único modelo que lhe coubesse.
FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO 2013/1º
É importante que, em algum momento, de preferência mais cedo
do que tarde, a gente descubra que essa roupa não serve – ou que
apenas algumas partes servem e outras precisam ser jogadas fora,
para que novas possam ser inventadas. É essencial que nos
libertemos dos dogmas impingidos sobre nós para podermos criar
uma vida que faça mais sentido – e para nos sentirmos livres para
recriá-la o tempo todo. O olhar do outro sobre nós, a começar pelo
dos nossos pais, às vezes é redenção, em outras é prisão, em geral
é ambos.
Por isso me parece que uma vida é mais rica quando morremos e
renascemos muitas vezes. Mas esta é a existência psíquica, é o que
se passa em nossas porções invisíveis, naquela parte da nossa
geografia que não se pode tocar com as mãos. Poucas coisas ou
nenhuma são mais assustadoras do que ousar se libertar de um
jeito de ser cujo funcionamento conhecemos. Porque ainda que
esse jeito nos sequestre o desejo, nos parece mais seguro do que
enfrentar o vazio de descobrir formas de viver mais próximas de
nossos anseios. Mas, se tivermos essa coragem que anda de mãos
agarradas com o medo, nós nos responsabilizamos pelas nossas
escolhas, seguimos e criamos e morremos e renascemos. Muitas
vezes.
Em algum momento, porém, o corpo anuncia uma morte da qual
não é possível renascer. A rigor, começamos a morrer desde o
nascimento. De fato, nosso declínio físico começa aos 20 e poucos
anos, mas esses sinais podem ser ignorados. E são. Por volta dos
40 – um pouco depois, para quem tem mais sorte, um pouco
antes, para quem tem mais azar –, recebemos a notícia da
primeira morte que não podemos ignorar. A primeira morte do
corpo.
Foi o que aconteceu com meu melhor amigo. Para não morrer nos
próximos anos de enfarte ou AVC por causa das artérias entupidas
de gordura, ele matou com um só golpe um mundo inteiro dentro
de si. Não é uma mera mudança de hábitos, como médicos e
nutricionistas tentam nos convencer em consultas, reportagens e
sites da internet. É um mundo inteiro que se extingue como se o
Sol explodisse de repente, muito antes dos bilhões de anos
FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO 2013/1º
calculados pelos astrônomos. Para quem vive nesse planeta, é uma
hecatombe. Para a imensidão do universo, é um nada, estrelas
morrem o tempo todo sem que a ordem da vida dos outros se
altere.
Para o planeta humano que é meu melhor amigo, foi uma
hecatombe. Acabaram-se as feijoadas, o churrasco, a pizza, o
hambúrguer, a batata frita, os pastéis, os bolos, os bolinhos, as
tortas, os chocolates. Mas não só. Encerrou-se a possibilidade de
renovar a qualquer momento a memória de uma vida de afetos: a
receita de bacalhau da mãe que morreu, a torta de morangos que
só a sogra sabe fazer, o feijão gordo que a mulher prepara toda
quinta-feira e havia se tornado um acontecimento, a noite com o
amigo de infância recheada de cumplicidade, chope e frituras.
Acabou-se a possibilidade de degustar territórios ainda não
desbravados. As experiências gastronômicas com um amigo chefe
de cozinha. O acesso às dores de alma e as alegrias de outros
povos e terras através da comida, dos ingredientes e dos
temperos, que o instigavam a jamais perder nenhuma chance de
viajar. Suas próprias invenções com as panelas que reuniam os
mais próximos em alegres descobertas na mesa da cozinha. Agora,
ele terá de recusar pratos em almoços e jantares – e será um
problema na cozinha alheia.
Um mundo dentro do mundo morreu em um segundo. E a notícia
dessa morte o lembra o tempo todo de que é só a primeira das
muitas que virão. “Tenho medo de morrer de repente”, ele diz.
Porque sente que uma parte dele teve morte súbita tendo ele
mesmo por testemunha. “Eu não fumo, não uso drogas, só bebo
em ocasiões especiais”, ele diz, traído. Eu quase digo: “A vida não
dá garantias”, mas me contenho a tempo.
Sei que dentro dele toca o réquiem de Verdi, dramático e
grandiloquente, mas só ele escuta. Porque sua tragédia é prosaica,
acontece com muitos, não é notícia nem na família. Ele é só mais
um homem diante do parapeito da ponte – sem vontade de atirarse dali, mas apavorado porque um dia vai estar lá embaixo.
FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO 2013/1º
Pesquisamos juntos na internet, tentamos inventar receitas,
descobrir novos ingredientes, criar um mundo novo dentro do
universo restrito ao qual ele foi confinado. Cheiramos desconfiados
uma linguiça de soja, passamos retos pela manteiga, enchemos o
carrinho de coisas verdes. Depois vamos ao cinema para esquecer
seu pequeno drama diante da grandeza do drama maior de um
outro, mas, quando estaqueamos diante da pipoca, o luto desce
sobre ele, inexorável. Sabemos que é preciso aceitar essa morte,
assim como todas que virão, com o excesso de perdas que ela
contém. Em geral não se morre de uma vez só, mas aos poucos. E
é o corpo que nos ensina a brutalidade dessa verdade.
O colesterol não encolheu apenas a largura das artérias de meu
melhor amigo, mas também a largura da sua vida. Ele sabe que
não pode escapar dos limites impostos pelo corpo. Pode, como
todos nós, no máximo adiá-los. No exame do laboratório o tal do
LDL avisa que a juventude, aquele tempo no qual era possível
fingir que não havia limites, acabou. Mas a gordura que entulha as
artérias de meu melhor amigo não lhe obstrui o espírito. Porque
morreu e nasceu muitas vezes ao longo de seus 43 anos, há nele
uma vida dentro da vida que se amplia também nesse choque com
os limites. Enquanto o corpo falha, sua mente recolhe suas
lágrimas, sua surpresa e sua dor e os transforma em uma
experiência a mais.
Sempre foi assim, afinal. É no confronto com a miséria da condição
humana que produzimos o melhor do humano. Condenados
eternamente ao fracasso de nosso embate com a morte,
inventamos essa vida dentro da vida. Que, se tivermos a ousadia
de morrer e nascer várias vezes no espaço de uma existência, será
uma vida maior que a vida.
Não tenho dúvidas de que meu melhor amigo seguirá suspirando
de saudades de uma picanha gorda ou de um feijão com costelinha
de porco. Mas, nesse último final de semana, ele já havia colado
um cartaz patético na cozinha, com imagens suas de a.C. e d.C. –
“C” não de Cristo, mas de colesterol. Estava entrouxado de roupas
porque acreditava que os 100 gramas que tinha perdido desde que
FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO 2013/1º
abriu o exame tornaram-no “mais friorento”. E tentava inventar
uma maionese caseira sem ovos nem óleo.
FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO 2013/1º
3) FMC – 2013/1°
Acerca da “pequena tragédia” do amigo, a autora se mostra
Soube então que estava salvo. Não do colesterol, mas de algo
muito pior: uma vida pequena.
(Fonte: revistaepoca.globo.com)
a) perplexa.
b) intolerante.
1) FMC – 2013/1°
c) compassiva.
Ao tecer suas considerações sobre a condição de saúde do amigo, a
autora
d) aturdida.
a) evidencia que as pequenas mortes ao longo da vida favorecem o
enfrentamento com o desconhecido.
4) FMC – 2013/1°
b) descarta a possibilidade de que o amigo possa modificar velhos
padrões.
c) enfatiza um panorama de condições propícias ao resgate da
juventude.
d) reconhece sua dificuldade em aceitar as doenças como algo
inerente a todo ser humano.
Todas as passagens a seguir expressam um posicionamento da
autora do texto frente à quebra de padrões estabelecidos, EXCETO
a)
Enquanto o corpo falha, sua mente recolhe suas lágrimas, sua
surpresa e sua dor e os transforma em uma experiência a
mais.
b)
É essencial que nos libertemos dos dogmas impingidos sobre
nós para podermos criar uma vida que faça mais sentido – e
para nos sentirmos livres para recriá-la o tempo todo.
c)
Poucas coisas ou nenhuma são mais assustadoras do que
ousar se libertar de um jeito de ser cujo funcionamento
conhecemos.
d)
É importante que partes de nós morram para que outras
possam nascer – ou apenas para que esses pedaços mofados
de nossas crenças sobre nós ou da crença de outros sobre nós
saiam do caminho.
2) FMC – 2013/1°
Sobre o desenvolvimento do texto, só se pode afirmar:
a) Diante da doença do amigo, a autora manifesta um sentimento
de inconformismo e revolta.
b) O perfil do protagonista tem como eixo principal a falta de
aceitação diante do desafio imposto pela doença.
c) As experiências gastronômicas do amigo são descritas pela
autora com o objetivo de tripudiar sobre suas preferências.
d) Utilizando-se da história do amigo como elemento estruturador
do texto, a autora discorre sobre a existência humana.
FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO 2013/1º
FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO 2013/1º
5) FMC – 2013/1°
7) FMC – 2013/1°
Leia o fragmento.
Em todos os trechos a seguir, a autora se utilizou de palavras e/ou
expressões que possuem um efeito de sentido figurado, EXCETO
em
Sei que dentro dele toca o réquiem de Verdi, dramático e
grandiloquente...
Assinale a opção que melhor expressa o
protagonista se encontra na passagem acima:
estado
em
que
o
a) surpreso.
b) eufórico.
c) inconformado.
d) abalado.
a) Mas, se tivermos essa coragem que anda de mãos agarradas
com o medo, nós nos responsabilizamos pelas nossas escolhas,
seguimos e criamos e morremos e renascemos.
b) A tragédia de um homem comum, com uma vida comum, que
sentia a primeira fisgada do fim.
c) De fato, nosso declínio físico começa aos 20 e poucos anos,
mas esses sinais podem ser ignorados.
d) Condenados eternamente ao fracasso de nosso embate com a
morte, inventamos essa vida dentro da vida.
6) FMC – 2013/1°
8) FMC – 2013/1°
A última frase do texto – de caráter reflexivo – acena,
metaforicamente, para a possibilidade de uma compreensão mais
ampla da existência.
Considere os fragmentos abaixo e assinale aquele em que a autora
tenha feito uso de construção característica da linguagem
coloquial:
A afirmação acima
a) Não é uma mera mudança de hábitos,
nutricionistas tentam nos convencer...
como
médicos
e
a) extrapola as ideias do texto.
b) corrobora as ideias do texto.
c) restringe as ideias do texto.
d) nega as ideias do texto
b) Eu não fui capaz de perceber logo, mas era a primeira morte de
meu melhor amigo.
c) No percurso de uma vida, quando temos a sorte de ter uma
existência longa, passamos por várias pequenas mortes e
renascimentos.
d) No nosso tempo, é o que a gente sempre pensa, mesmo que
não diga.
FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO 2013/1º
FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO 2013/1º
9) FMC – 2013/1°
11) FMC – 2013/1°
Leia o fragmento a seguir.
Observe o fragmento.
Depois vamos ao cinema para esquecer seu pequeno drama diante
da grandeza do drama maior de um outro, mas, quando
estaqueamos diante da pipoca, o luto desce sobre ele, inexorável.
Para a imensidão do universo, é um nada, estrelas morrem o
tempo todo sem que a ordem da vida dos outros se altere.
Mantendo-se o sentido original do texto, o termo destacado pode
ser substituído por
Tendo em vista o uso da modalidade escrita da língua, assinale a
opção em que a frase acima foi reescrita preservando-se o sentido
original do texto:
a) memorável.
b) relutante.
a)
Para a imensidão do universo, é um nada, posto que estrelas
morram o tempo todo sem que a ordem da vida dos outros se
altere.
b)
Para a imensidão do universo, é um nada, no entanto estrelas
morrem o tempo todo sem que a ordem da vida dos outros se
altere.
c)
Para a imensidão do universo, é um nada, uma vez que
estrelas morrem o tempo todo sem que a ordem da vida dos
outros se altere.
d)
Para a imensidão do universo, é um nada, conquanto estrelas
morram o tempo todo sem que a ordem da vida dos outros se
altere.
c) moroso.
d) implacável.
10) FMC – 2013/1°
Leia, com atenção, o seguinte trecho.
...ainda que esse jeito nos sequestre o desejo, nos parece
mais seguro do que enfrentar o vazio de descobrir formas de
viver mais próximas de nossos anseios.
Entre as orações que compõem o trecho acima, estabeleceram-se
relações de
a) concessão e comparação.
b) condição e consequência.
c) concessão e condição.
d) consequência e comparação.
FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO 2013/1º
FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO 2013/1º
12) FMC – 2013/1°
13) FMC – 2013/1°
Assinale a opção em que o fragmento reescrito entre parênteses foi
pontuado em consonância com os padrões da língua escrita
padrão:
Em todas as opções, o vocábulo destacado remete a outro termo
anteriormente citado no fragmento, EXCETO em
a) No exame do laboratório o tal do LDL avisa que a juventude,
aquele tempo no qual era possível fingir que não havia limites,
acabou.
(No exame do laboratório, o tal do LDL avisa que a juventude,
aquele tempo no qual era possível fingir que não havia limites,
acabou.)
a) ...naquela parte da nossa geografia que não se pode tocar com
as mãos.
b) No nosso tempo, é o que a gente sempre pensa...
c) ...com um chocolate em pó cheio de porcarias que ele toma
desde a infância...
b) Para não morrer nos próximos anos de enfarte ou AVC por causa
das artérias entupidas de gordura, ele matou com um só golpe
um mundo inteiro dentro de si.
(Para não morrer, nos próximos anos de enfarte ou AVC por
causa das artérias entupidas de gordura, ele matou com um só
golpe, um mundo inteiro dentro de si.)
d) E a notícia dessa morte o lembra o tempo todo de que é só a
primeira das muitas que virão.
c) Estava entrouxado de roupas porque acreditava que os 100
gramas que tinha perdido desde que abriu o exame tornaram-no
“mais friorento”.
(Estava entrouxado de roupas, porque acreditava que os 100
gramas que tinha perdido, desde que abriu o exame tornaramno “mais friorento”.)
Em todas as alternativas, foram destacados termos que funcionam
como núcleo do predicado, EXCETO em
d) Poucas coisas ou nenhuma são mais assustadoras do que ousar
se libertar de um jeito de ser cujo funcionamento conhecemos.
(Poucas coisas ou nenhuma, são mais assustadoras do que
ousar se libertar de um jeito de ser, cujo funcionamento
conhecemos.)
c) “É importante que partes de nós morram...”
14) FMC – 2013/1°
a) “Eu não fui capaz de perceber logo...”
b) “Soube então que estava salvo.”
d) “Um mundo dentro do mundo morreu em um segundo.”
FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO 2013/1º
Instrução: As questões de 15 a 20 têm por base a leitura das
obras literárias indicadas para este concurso: Recordações do
escrivão Isaías Caminha, de Lima Barreto, e Eu e outras poesias,
de Augusto dos Anjos.
15) FMC – 2013/1º
FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO 2013/1º
16) FMC – 2013/1º
Referindo-se a Recordações do escrivão Isaías Caminha, o crítico
Alfredo Bosi afirma que “é admirável como teia de imagens a
simbolização desse instante de perplexidade, em que a esperança e
a desesperança não só alternam como parecem engendrar-se uma
da outra”.
(BOSI, A. Literatura e resistência. São Paulo: Companhia das Letras, 2002. p.190)
Leia a seguir trecho extraído do romance de Lima Barreto.
Um escaler aproximou-se da barca, bem perto; a tripulação
rubicunda entoava uma canção, um hino. O escaler afastou-se
logo, desdenhoso e superior.
(BARRETO, L. Recordações do escrivão Isaías Caminha. São Paulo: Ática, 1984.
p.27)
Depreende-se do texto que o narrador
a)
aborda, de forma panfletária, os problemas de uma sociedade
assinalada por injustiças.
b)
estabelece analogia entre coisas e pessoas, no intento de
abordar criticamente a sociedade.
c)
critica
ostensivamente
o
comportamento
arrivistas, que não têm compaixão pelos
sociedade.
d)
das
pessoas
desvalidos da
retoma a técnica descritiva dos autores naturalistas e propõe
uma visão zoomórfica da humanidade.
Assinale a passagem do romance de Lima Barreto que melhor
comprove a opinião do ensaísta:
a) Hoje, agora, depois não sei de quantos
outros mais brutais, sou outro, insensível
talvez; aos meus olhos, porém, muito
próprio, do meu primitivo ideal, caído dos
imperfeito, deformado, mutilado e lodoso.
pontapés destes e
e cínico, mais forte
diminuído de mim
meus sonhos, sujo,
b) Quando acabei o curso do Liceu, tinha uma boa reputação de
estudante, quatro aprovações plenas, uma distinção e muitas
sabatinas ótimas. Demorei-me na minha cidade natal ainda dois
anos, dois anos que passei fora de mim, excitado pelas notas
ótimas e pelos prognósticos da minha professora, a quem
sempre visitava e ouvia. Todas as manhãs, ao acordar, ainda
com o espírito acariciado pelos nevoentos sonhos de bom
agouro, a sibila me dizia ao ouvido: vai, Isaías! vai!... Isto aqui
não te basta. Vai para o Rio.
c) Que faria lá, só, a contar com as minhas forças? Nada... Havia
de ser como uma palha no rodamoinho da vida – levado d’aqui,
tocado para ali, animal engolido no sorvedouro... ladrão...
bêbedo... tísico e quem sabe mais?
d) Pardas nuvens cinzentas galopavam, e, ao longe, uma pequena
mancha mais escura parecia correr engastada nelas. A mancha
aproximava-se
e,
pouco
a
pouco,
via-a
subdividir-se,
multiplicar-se; por fim, um bando de patos negros passou por
sobre a minha cabeça, bifurcado em dois ramos, divergentes de
um pato que voara na frente, a formar um V. Era a inicial de
"Vai". Tomei isso como sinal animador, como bom augúrio do
meu propósito audacioso.
FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO 2013/1º
17) FMC – 2013/1º
Nos diálogos presentes em Recordações do escrivão
Caminha, transparecem críticas à sociedade brasileira.
18) FMC – 2013/1º
Isaías
Isso NÃO se verifica em:
a)
– Ah, bom! Diga isso! Pela polícia, não; ela vive com os
bicheiros... Não serve pra nada, fique certo.
b)
– Você tem direito, seu Valentim... É... Você trabalhou pelo
Castro... Aqui para nós: se ele está eleito, deve-o a mim e aos
defuntos, e você que desenterrou alguns.
c)
– Nada há tão parecido como o pirata antigo e o jornalista
moderno: a mesma fraqueza de meios, servida por uma
coragem de salteador.
d)
FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO 2013/1º
– Sou muito moço, tenho vinte e dois anos, faço versos desde
os dezoito; agora, fiz uma escolha e publiquei este volume...
Leia abaixo trecho do romance de Lima Barreto em que se focaliza
o jornalista Floc em sua angústia para escrever.
Voltou a ler o que tinha escrito... Leu duas vezes, não gostou,
rasgou... Recomeçou... A sua fisionomia estava transtornada. Não
tinha mais a impressão de satisfação, de deslumbramento interior.
A testa contraíra-se, enrugando-se; os olhos estavam fixos e a
boca, cerrada nervosamente, custava a abrir-se para aspirar
rapidamente o cigarro. Toda a sua fisionomia revelava uma
contensão extraordinária, fora mesmo do poder habitual da sua
vontade.
(BARRETO, L. Recordações do escrivão Isaías Caminha. S.P.: Ática, 1984, p.131)
O poeta Augusto dos Anjos, em seu livro Eu e outras poesias,
também aborda esse tema da angustiante luta pela expressão
escrita, como se verifica em:
a)
Tarda-lhe a Ideia! A inspiração lhe tarda!
E ei-lo a tremer, rasga o papel, violento,
Como o soldado que rasgou a farda
No desespero do último momento!
b)
Súbito, arrebentando a horrenda calma,
Grito, e se grito é para que meu grito
Seja a revelação deste Infinito
Que eu trago encarcerado em minh’alma!
c)
Ao terminar este sentido poema
Onde vazei a minha dor suprema
Tenho os olhos em lágrimas imersos...
Rola-me na cabeça o cérebro oco.
Por ventura, meu Deus, estarei louco?!
Daqui por diante não farei mais versos.
d)
Mas de tal arte e
Ambiciono, que o
Possam todas as
Possam todos os
espécie tal fazê-lo
idioma em que te eu falo
línguas decliná-lo
homens compreendê-lo!
FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO 2013/1º
19) FMC – 2013/1º
Para Ferreira Gullar, “um dos fatores que constituem a marca e o
fascínio do mundo verbal de Augusto dos Anjos é essa mescla de
palavras
eruditas
com
palavras
vulgares,
de
construções
pernósticas com composições coloquiais”.
(GULLAR, F. Toda a poesia de Augusto dos Anjos. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1976.
p.55)
Assinale a opção em que melhor se exemplifica o tom coloquial na
poesia de Augusto dos Anjos:
a) Tentava compreender com as conceptivas
Funções do encéfalo as substâncias vivas
Que nem Spencer, nem Haeckel compreenderam...
b) E no estrume fresquíssimo da gleba
Formigavam, com a símplice sarcode,
O vibrião, o ancilóstomo, o colpode
E outros irmãos legítimos da ameba!
FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO 2013/1º
20) FMC – 2013/1º
Leia o soneto seguinte, de Augusto dos Anjos.
A ideia
De onde ela vem?! De que matéria bruta
Vem essa luz que sobre as nebulosas
Cai de incógnitas criptas misteriosas
Como as estalactites duma gruta?!
Vem da psicogenética e alta luta
Do feixe de moléculas nervosas,
Que, em desintegrações maravilhosas,
Delibera, e depois, quer e executa!
Vem do encéfalo absconso que a constringe,
Chega em seguida às cordas do laringe,
Tísica, tênue, mínima, raquítica...
Quebra a força centrípeta que a amarra,
Mas, de repente, e quase morta, esbarra
No mulambo da língua paralítica!
c) Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.
d) Os defuntos então me ofereciam
Com as articulações das mãos inermes,
Num prato de hospital, cheio de vermes,
Todos os animais que apodreciam!
(ANJOS, A. Eu e outras poesias. São Paulo: Martins
Fontes, 1994. p.13)
Com base nesse soneto,
Augusto dos Anjos:
pode-se afirmar
sobre
a poesia de
a) Utilizando recursos precários de expressão, valoriza o poder da
linguagem.
b) Fazendo uso da alegoria, aborda a decadência da sociedade
escravocrata.
c) Por meio
homem.
da
força verbal,
expressa
aspectos agônicos
do
d) De posse de um léxico trivial, recupera as fontes clássicas do
lirismo.
FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO 2013/1º
FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO 2013/1º
RASCUNHO
REDAÇÃO
Analise, atentamente, a seguinte afirmação da autora.
É no confronto com a miséria da condição humana que
produzimos o melhor do humano.
Em seguida, elabore um texto em que você defenda a ideia
apresentada nessa frase.
Na elaboração de seu texto, apresente argumentos consistentes e
bem fundamentados, capazes de dar sustentação ao seu ponto de
vista.
Observações:
•
•
•
Produza um texto de, no mínimo, 15 linhas.
Dê um título a ele.
Faça a redação a tinta.
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