Discussão de uma alternativa metodológica para a multiplicação e o
acompanhamento em Programas de Educação Ambiental
Avelar Luiz B. Mutim, Maria Alice M. de Ulhôa Cintra, Maria Theresa S. Stradmann
GAMBÁ - Grupo Ambientalista da Bahia
email: [email protected]
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Resumo – Este texto apresenta os resultados do Programa de Educação Ambiental para a Região de
Influência da Linha de Transmissão - LT de 500 Kv Xingó/Jardim/Camaçari, que foi desenvolvido pelo
GAMBÁ – Grupo Ambientalista da Bahia, de agosto/2000 a abril/2001, no nordeste da Bahia e parte
do estado de Sergipe. O principal objetivo foi sensibilizar a comunidade para a preservação ambiental e
para os cuidados na convivência com a linha de transmissão. Foram realizados: cursos e oficinas de
educação ambiental, resgate de lendas regionais e divulgação da campanha “Mata Atlântica – Terceiro
Milênio: Desmatamento Zero”. O Programa foi executado em duas etapas, a primeira voltada para o
trecho Jardim/Camaçari e a segunda para o trecho Xingó/Jardim. Além da fase preparatória, cada etapa
teve mais quatro fases de trabalho: caracterização da área, planejamento de atividades, execução das
atividades e avaliação. Participaram dos cursos e oficinas 251 pessoas com potencial para multiplicação
de conhecimentos, atitudes e valores enfocados no processo educativo que foi realizado. Um total de
10.000 pessoas foi o número estimado de participantes envolvidos indiretamente no Programa.
Palavras-chaves: Educação Ambiental, preservação ambiental, lendas.
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1. INTRODUÇÃO
O GAMBÁ foi contratado pela CHESF – Companhia Hidro Elétrica do São Francisco, para
desenvolver programas ambientais de reflorestamento, enriquecimento florestal, monitoramento da
fauna e educação ambiental, para atender às medidas compensatórias exigidas por lei para a
implantação da linha de transmissão - LT de 500 kv Xingó/Jardim/Camaçari. Esse e outros programas
fazem parte do Plano de Desenvolvimento Ambiental do Departamento de Meio Ambiente - DMA da
Chesf.
No Programa de Educação Ambiental para a Região de Influência da LT de 500 kv
Xingó/Jardim/Camaçari os objetivos foram sensibilizar as comunidades da área de influência do
empreendimento, de Sergipe e do nordeste da Bahia e conscientizar as pessoas envolvidas para
valorizar e conservar a flora e a fauna nativas, e para manter os cuidados necessários na
convivência com a linha de transmissão, no sentido de favorecer o trabalho da manutenção e da
segurança da LT.
Para alcançar esses objetivos foi proposto um programa de educação ambiental com diversas
atividades práticas, a serem executadas em dois anos. Em virtude da redução do período de execução,
de dois anos para nove meses, foi necessário fazer algumas modificações na proposta original e as
atividades ficaram assim definidas: cursos e oficinas de Educação Ambiental, coletânea de lendas
regionais e campanha com temas trabalhados.
2. METODOLOGIA
Os cursos/oficinas foram planejados em dois módulos e entre um módulo e outro solicitamos
aos participantes que executassem algumas atividades, tais como: repasse das informações debatidas e
das dinâmicas vivenciadas, observação da realidade ambiental e resgate de lendas da região. Quando as
condições não permitiam as oficinas foram realizadas em um único módulo e os participantes recebiam
um reforço de orientação para a execução do repasse de informações. Em alguns casos fizemos também
o acompanhamento desse repasse, comparecendo às atividades e fornecendo material.
Os temas discutidos estavam relacionados às abordagens gerais previstas nos objetivos, ou
seja, a preservação ambiental e os cuidados na convivência com a LT. São eles:
•
O Gambá e o movimento ambientalista;
•
Programas em desenvolvimento pela parceria Gambá-Chesf: recomposição florestal;
enriquecimento florestal, monitoramento da fauna e educação ambiental;
•
Política nacional de meio ambiente – Legislação ambiental;
•
História, princípios e objetivos da educação ambiental;
•
Convivência e segurança com a linha de transmissão da Chesf;
•
Preservação ambiental: reflorestamento, biodiversidade, agropecuária, agrofloresta;
•
Saúde, cultura e meio ambiente;
•
Água e meio ambiente – saúde, economia e energia;
•
Prática da educação ambiental;
•
Compromisso com a multiplicação dos conhecimentos;
•
Observação do meio ambiente.
Realizamos os cursos/oficinas, para nove grupos, de categorias profissionais diferentes: três de
professores, três de trabalhadores da LT, um de agricultores e dois de agentes comunitários de saúde.
Num total de 60 professores, tivemos 70% da Bahia e 30% de Sergipe, com profissionais de
diferentes municípios, voltados basicamente para escolas públicas e 75% deles vinculados ao 1º grau,
especialmente da 1ª a 4ª série. Cerca de 80% era do sexo feminino e a faixa etária de quase a metade foi
entre 30 e 40 anos. Manifestaram grande interesse pelas dinâmicas, pelo material oferecido, pelas
sugestões pedagógicas e pelas informações sobre a LT. O trabalho com os grupos foi realizado nos
seguintes locais: Secretaria de Educação de Catu (BA), para professores das localidades de Sítio Novo
e Pau Lavrado (BA), EAF-Escola Agrotécnica Federal de Catu (BA) para professores de diferentes
municípios da Bahia e EAF-Escola Agrotécnica Federal de São Cristóvão (SE) para profissionais de
municípios de Sergipe.
Dos 75 trabalhadores da LT, 71 eram do sexo masculino e faziam parte da manutenção da LT
de três subestações: Camaçari (BA), Jardim (SE) e Paulo Afonso (BA), onde realizamos o trabalho. Em
geral foram receptivos, embora alguns demonstravam uma certa desconfiança com o trabalho,
chegando a insinuar que as discussões propostas poderiam ser subsídios para futuras demissões, mas na
medida que os nossos objetivos foram ficando mais claros, os grupos descontraíram e chegaram a ver a
importância de estender o trabalho aos outros setores da empresa.
O grupo dos agricultores, essencialmente masculino e com uma faixa etária acima de 30 anos, foi
formado com 24 representantes de vários grupos e localidades da Bahia, organizados através da Cealnor
– Central de Associações de Agricultores do Litoral Norte da Bahia. Foram bastante participativos,
associando, com facilidade, as informações recebidas com seus problemas concretos e mostraram
capacidade de se articular com as lideranças locais para realizar um plantio, preparado pela equipe do
Gambá, numa área de reserva. O trabalho foi desenvolvido em Rio Real (BA).
Foram dois grupos de agentes comunitários de saúde, um em Tomar de Geru (SE) e outro em
Nossa Senhora da Glória (SE). Dos 92 participantes, 70% eram mulheres e a faixa etária predominante
foi entre 20 e 30 anos. Esses profissionais mostraram sensibilidade para identificar os problemas locais,
que são muitos, mas precisam de mais apoio para orientar as famílias. A relação entre a saúde e os
temas ambientais foi mais explorada e eles demonstraram grande interesse por todo o material
distribuído. (Dados quantitativos – Tabela 01 ítem ‘5.2 Multiplicação’).
Nossa proposta metodológica teve como referência os princípios do Tratado de Educação
Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global (Fórum Global – ECO 92) e a
perspectiva da participação de todos no processo educativo de construção do conhecimento a partir
da vivência pessoal e profissional de cada um dos envolvidos.
É fundamental compreender a educação ambiental como processo de formação e informação
de caráter permanente, voltado para a resolução de problemas ambientais concretos. Isso implica em
assegurar uma relativa permanência do processo educativo, após a etapa de capacitação, criando
condições de continuidade das ações de multiplicação de conhecimentos, atitudes e valores necessários
para o manejo racional e a gestão sustentável do patrimônio socioambiental da região.
Foi preciso associar às ações de capacitação o reconhecimento da área e da comunidade
envolvida, avaliação do processo educativo e acompanhamento para reforçar o trabalho realizado.
Também buscamos utilizar procedimentos que pudessem facilitar uma participação mais ativa
e democrática das pessoas envolvidas e tornar a atividade mais agradável. Desenvolvemos, portanto,
algumas dinâmicas de grupo para a construção de conceitos básicos, a observação da realidade de
trabalho e o estabelecimento de compromissos dos participantes com o repasse das informações, ou
seja, com a multiplicação.
Segue o quadro com uma síntese das dinâmicas usadas durante o Programa, ressaltando que
não foram usadas todas em todos os grupos, mas elas eram escolhidas conforme as características e
condições de cada grupo.
Quadro 01: Relação das dinâmicas utilizadas
DINÂMICA
Árvores de
apresentação coladas
no mapa de localização
dos municípios
cortados pela LT
Elementos da
natureza
Teia / Rede
Um novo olhar para
a realidade
Plantio de árvore.
Rega de muda
“Floresta
Futuro”
para
o
OBJETIVO
Facilitar a apresentação dos participantes envolvidos;
Identificar a área envolvida pelo empreendimento da Chesf;
Simbolizar o ato de reflorestar.
Criar um movimento de ida e volta de cada participante para colar sua árvore,
simbolizando a inclusão de todos.
Caracterizar o perfil de projeções subjetivas de identidade dos participantes com
os elementos da natureza
Promover discussão sobre o enfoque sistêmico ou holístico da realidade;
Destacar importância de cada elemento da natureza como parte do todo;
Mostrar que nem sempre as coisas acontecem como esperamos;
Plantio de uma árvore nativa de Mata Atlântica como um ato simbólico para se
compreender a importância de fazer o reflorestamento;
Conhecer espécies de Mata Atlântica;
Reforçar a necessidade de cuidar e manter as mudas plantadas.
Conceituar agrofloresta, floresta nativa e sistemas agropecuários, identificando
os principais elementos de ecossistemas nativos e modificados pela ação dos homens;
Gincana dos
números
Demonstração
erosão de solos
de
Jogo “Andando na
linha” da Chesf
Exercício
de
percepção: realidade
- sonho - caminhos
Músicas
Incentivar a recuperação de áreas degradadas e a implantação de sistemas
produtivos sustentáveis.
Criar um ambiente de movimentação e descontração entre os participantes ;
Incentivar que haja integração entre os membros de cada grupo para vencer os
desafios;
Identificar os elementos principais do processo de erosão e degradação do solo;
Apresentar os conceitos de cobertura vegetal e matas ciliares;
Levar os participantes a descobrir a importância da cobertura vegetal, do
reflorestamento e recuperação de áreas degradadas.
Identificar os principais cuidados na convivência com a LT
Mostrar a mudança de visão e atitude da Chesf em relação ao manejo de árvores
e preservação ambiental na LT.
Vivenciar formas de percepção da realidade
Criar sonhos
Identificar possíveis caminhos que nos levem a recriar a realidade de acordo
com os sonhos criados e com os limites dos caminhos descobertos.
Reforçar conceitos ambientais de forma mais lúdica.
Para finalizar o módulo I, programamos um momento de avaliação e levantamento de
sugestões para o módulo seguinte. Cada grupo recebeu ainda orientação para desempenhar suas tarefas
de repasse de informações, uso do material recebido e de levantamento das lendas regionais, mesmo os
que fizeram um único módulo.
No módulo II, além do trabalho com os temas definidos, foi programado um tempo para a
sistematização da multiplicação, quando foram apresentadas as tarefas de repasse de informações
desenvolvidas pelos participantes, bem como para recolher e comentar as lendas registradas.
No fechamento das atividades de todos os grupos, depois de uma avaliação geral, era feita a
entrega de um certificado para cada participante, comprovando a carga horária efetivamente realizada
de acordo com a lista de freqüência.
O Programa de Educação Ambiental foi executado durante nove meses, tendo sido necessário
um período extra para sistematização dos dados e elaboração de relatório.
Fizemos também algumas palestras e visitas ao campo para conhecer o viveiro com mudas
nativas de Mata Atlântica, uma área de LT reflorestada, ou para atividade de plantio.
Trabalhamos na organização da coletânea de lendas regionais, apresentadas pelos
participantes, durante os cursos e oficinas, agrupando-as e acrescentando comentários relacionados aos
temas trabalhados, sempre com a perspectiva de devolver aos participantes um produto didático, com
pontos tirados das nossas próprias discussões nos grupos.
Decidimos divulgar a campanha “Mata Atlântica - Terceiro Milênio: Desmatamento Zero”, já
desencadeada pela Rede de Ongs da Mata Atlântica, reforçando o trabalho nacional que estava sendo
feito nesse sentido, ao invés de criar uma nova temática.
Utilizamos ainda explanações orais, transparências, vídeos, cartazes, fotos, além de entregarmos,
a cada participante, um pacote de material educativo para subsidiar o período da multiplicação. É
importante ressaltar que, para a entrega desse material, reservamos um tempo específico dentro da
programação da atividade, a fim de que pudéssemos apresentar cada peça do pacote, mostrando seu
conteúdo, sua utilidade e relembrando as formas de utilizá-la para repasse de informações. Visamos
com isso, garantir que esse material distribuído fosse efetivamente utilizado.
3. MATERIAL
Um ponto positivo do nosso trabalho foi poder contar com um conjunto significativo de
material didático, tanto da Chesf como do Gambá, para ser trabalhado e entregue a cada um dos
participantes dos cursos e oficinas. Foram disponibilizados pela Chesf dezesseis instrumentos entre
cartilhas, folhetos, cartazes e jogos. O Gambá contribuiu com sete instrumentos, entre os quais: painel
sobre agrofloresta, boletins informativos e adesivos, entregues a cada um dos participantes. O Gambá
cedeu também um conjunto de documentos sobre Agenda 21, legislação ambiental e o Tratado de
Educação Ambiental, para as instituições/órgãos parceiros no desenvolvimento do trabalho.
Definidos os conteúdos para cada grupo, foram escolhidos textos sintéticos (uma a duas folhas)
para apoiar as discussões. Esses textos eram organizados de tal forma que encadernados constituíam
uma apostila, à qual agregamos uma capa com a programação da atividade, uma bibliografia auxiliar
e, conforme cada grupo, incluíamos também uma lista de contatos de todos os participantes daquele
grupo, a contribuição dos membros do grupo, ou as sínteses de discussões.
No módulo I, montamos as apostilas junto com o grupo, apresentando essa técnica de
organização de material, já no módulo II entregamos as apostilas montadas.
Para encadernar as apostilas, alguns textos básicos foram para todos os grupos e outros foram
incorporados conforme o interesse e o tipo de trabalho de cada grupo. Foram utilizados 37 textos
diferentes sobre os temas abordados, além dos instrumentos complementares (fichas de inscrição,
fichas de observação do meio ambiente, registro de lendas, registro da multiplicação, fichas de
avaliação, etiquetas de atualização de textos para o material da Chesf e recibo de entrega de textos e
material de divulgação).
Além desses utilizamos um conjunto de materiais visuais como transparências, mapa ampliado
de localização dos municípios da região envolvida no trabalho, cortados pela LT 500 Kv
Xingó/Jardim/Camaçari, e murais temáticos e fotográficos.
Para cada grupo passamos dois ou três vídeos, conforme o desenrolar das discussões e de
acordo com os temas discutidos. Assim os grupos assistiram fitas de vídeo diferentes, todos do acervo
do Gambá, com exceção do “Bonecos” que foi fornecido pela Chesf. O quadro 02 apresenta os vídeos
utilizados.
Quadro 02: Relação dos vídeos utilizados
VÍDEO
Título / Produção
Mata Atlântica: O Renascer das Florestas /
APREMAVI (SC)
Recursos Florestais da Mata Atlântica /
Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da
Mata Atlântica
Gente do Paraíso: Preservando a SócioBiodiversidade/ ESCOM
Campanha de Combate ao Tráfico de Animais
Silvestres / RENCTAS – Rede de Combate ao
Tráfico
Povoado de Moinhos (Kurosawa)
Juntos
Bonecos / Chesf
Educação Ambiental / Teleconferência - MEC
TEMAS CENTRAIS
Manejo, reflorestamento e agrofloresta.
Importância da Mata Atlântica, levantando recursos nativos naturais
de relevância econômica.
Iniciativas de conservação da natureza, respeitando as populações
tradicionais.
Histórico do tráfico no Brasil, como acontece, quais os danos que
causam aos animais e como ajudar no combate.
História de uma vila onde seus moradores dão exemplo de como
viver usando os recursos naturais de forma racional.
Aborda a questão da união como estratégia para resoluções de
problemas
Esclarecimentos sobre as linhas de alta tensão da Chesf, normas de
segurança e como a população pode conviver com ela.
Apresenta os conceitos básicos de Educação Ambiental e as
experiências desenvolvidas no Brasil.
4. AVALIAÇÃO
Papeletas e fichas de avaliação, além de depoimentos, foram técnicas utilizadas para avaliar o
desempenho da equipe e o desenrolar das aulas, durante as atividades e ao final do processo.
Papeletas foram distribuídas aos participantes com a solicitação para que respondessem duas
perguntas, sem se identificar: “O que ele estava gostando” do curso/oficina e “o que deveria ser
melhorado”. Essas papeletas com suas opiniões eram colocadas num quadro-mural, em qualquer
momento no decorrer da aula.
As papeletas serviam de termômetro para a equipe que, no intervalo da aula, valia-se dessas
opiniões para alterar ou não algum aspecto do plano de aula.
No final do dia, a equipe reservou um momento no qual todas as papeletas eram lidas e
comentadas abertamente no grupo todo. Nesse momento ouvia-se também comentários gerais e
sugestões para o módulo II, como forma de garantir espaço para aqueles que não usaram as papeletas.
Nas reuniões da equipe, os dados levantados nessas avaliações eram analisados, para que
pudessem subsidiar a programação dos módulos subseqüentes dos diversos grupos.
Na segunda forma de avaliação o participante preenchia uma ficha específica para esse fim, sem
identificação, atribuindo notas (escala de 4 a 10) ou conceitos (“péssimo”, “regular”, “bom” e “excelente”)
aos seguintes aspectos: desempenho da equipe de docentes e auxiliares do Gambá (domínio do assunto
abordado), conteúdo (qualidade e utilidade das informações) e material (qualidade do material empregado e
distribuído) e a metodologia adotada (abordagens e dinâmicas de grupo).
Nas fichas também havia três perguntas abertas para quem quisesse expressar sua opinião de
forma mais descritiva:
- “Qual a contribuição do curso para sua vida e seu trabalho?”
- “Se houver possibilidade de participar de outros cursos de Educação Ambiental, que
informações adicionais gostaria de receber?”
- “Que outros comentários e sugestões você faria?”
Quase todos os grupos preencheram a ficha no final dos cursos e oficinas. No entanto, como
houve uma diversidade de grupos, com diferentes características, mesmo quando eram da mesma
categoria, usamos as formas de avaliação e fichas específicas (com nota ou conceito), de acordo com as
condições de cada grupo.
De um modo geral, os participantes avaliaram de forma positiva as atividades especialmente no
que diz respeito à utilidade das informações e do material utilizado. Eles foram unânimes em colocar a
importância de um trabalho contínuo de Educação Ambiental.
Vários comentários dos grupos de professores deixaram evidente que, além de dinâmicas de
grupo e material didático adequado, a metodologia deve sempre estar estruturada numa seqüência de
visitas de acompanhamento aos participantes, o que reforça a necessidade de um trabalho permanente e
sistemático.
Nos grupos de trabalhadores da LT as colocações deixaram transparecer que a mudança de
comportamento não dependia apenas de uma nova consciência ambiental, mas dependeria também das
normas de trabalho. Foram freqüentes os comentários sugerindo a realização de cursos para os outros
setores da Chesf e a revisão das instruções normativas da empresa, no sentido de adequá-las às novas
posturas de preservação ambiental.
A preservação ambiental foi um assunto atraente para todos os grupos, mas isso já era esperado,
o que surpreendeu foi o interesse despertado pelas informações relacionadas com a LT.
Encaramos a multiplicação (repasse de informações) como uma forma de avaliar o
aproveitamento dos grupos, embora ela fosse parte das atividades propostas. O simples fato de os
participantes realizarem as atividades de repasse de informações já foi, em si, um fator a ser
considerado na avaliação. Além disso a estimativa do seu alcance pode dar-nos um indicador dos
resultados alcançados pelo Programa e nesse sentido ela só será descrita, com maiores detalhes, no ítem
‘5.2 Multiplicação’, mais adiante.
Planejamos também avaliar o Programa através de um encontro entre os grupos para troca das
experiências de multiplicação e para formular propostas para a continuidade do trabalho de
conscientização, mas não foi possível realizá-lo. Tivemos pouco tempo para fazer contatos e
negociações com parceiros e com a comunidade para articular com segurança a realização do evento.
Quando se trabalha com a comunidade, tentando conquistar confiança e credibilidade, não é prudente
levantar expectativas que não temos a certeza de poder corresponder.
5. RESULTADOS
5.1 Cursos e oficinas
Neste Programa a equipe do Gambá trabalhou diretamente, com 251 participantes, nos cursos e
oficinas de Educação Ambiental, que por sua vez, repassaram as informações recebidas para um total
estimado de 10.000 pessoas envolvidas indiretamento no Programa de Educação Ambiental.
Dos 251 participantes diretos, 171 fazem parte das comunidades localizadas na área de
influência do trecho Jardim/Camaçari e 80 das comunidades localizadas na área de influência do trecho
Xingó/Jardim. Mas se considerarmos a divisão por estado, que caracteriza melhor cada região
trabalhada, dos 251 participantes diretos 125 são da Bahia e 126 de Sergipe.
Foram 09 grupos de trabalho: 03 de professores, 03 de trabalhadores da LT, 02 de agentes
comunitários de saúde e 01 de agricultores. Desses 09 grupos, 07 são do trecho Jardim/Camaçari e 02
do trecho Xingó/Jardim, mas são 05 da Bahia e 04 de Sergipe (Tabela 01 - ítem ‘5.2 Multiplicação’).
Tivemos um total de 20 municípios com pelo menos um participante, dos 33 da linha de
transmissão 500 Kv Xingó/Jardim/Camaçari. Desses 20 municípios, 13 são do trecho Jardim/Camaçari e 07
do trecho Xingó/Jardim. Porém 07 desses municípios são da Bahia e 13 são de Sergipe.
5.2 Multiplicação
Participantes indiretos são aqueles que receberam as informações sobre o conteúdo discutido
nos cursos e oficinas de Educação Ambiental através dos participantes diretos, ou seja, daqueles que
consideramos nossos multiplicadores.
Cabe ressaltar aqui, que essa apresentação indireta dos conteúdos tende a não ser feita com o
mesmo grau de aprofundamento conseguido nos cursos e oficinas, mas tem o seu valor de
sensibilização.
Consideramos repasse de informações as atividades formais, programadas para esse fim (as
quais foram relatadas pelos participantes diretos) e as informais, nas quais o material recebido por eles
tenha sido comentado e analisado. A sensibilização sobre os temas pode estar presente em qualquer
tipo de repasse, em maior ou menor grau.
Partimos do princípio que um multiplicador sensibilizado por uma causa tem mais interesse em
repassar as informações recebidas no intuito de sensibilizar outras pessoas.
Assim optamos por estimar o alcance da multiplicação para obter também um total aproximado
de pessoas sensibilizadas.
A estimativa sobre o repasse de informações foi feita com base nos depoimentos dos
participantes, durante o módulo II, levando em conta também os dados das fichas de inscrição
preenchidas por eles, no início de cada curso ou oficina, além dos registros efetuados pela equipe
(Tabela 01).
Tabela 01: Participantes diretos e indiretos
Categoria
GRUPÃO 1
PARTICIPANTES DIRETOS (multiplicadores)
Por estado (SE ou BA)
Por trecho
da LT
03 grupos de
Profess
SE
BA
ores
03 grupos de
Trabal
EAF – S. Cristóvão
Jardim/Camaçari
EAF – Catu
S.Novo, P. Lavrado – Catu Jardim/Camaçari
SUB-TOTAL
SE
BA
hadore
Subestação – Jardim
Subestação – Camaçari
SMLT – Paulo Afonso
Jardim/Camaçari
Jardim/Camaçari
Xingó/Jardim
SUB-TOTAL
s LT
02 grupos de Agentes SE
comuni
Tomar de Geru
N. S. da Glória
Jardim/Camaçari
Xingó/Jardim
SUB-TOTAL
tários
Nº. de
participa
17
22
21
60
17
29
29
75
GRUPÃO 2
PARTICIPANTES INDIRETOS (multiplicação)
Professores
Alunos
Trab. LT Outras pessoas
Total
Grupão 2
Grupão 2 Grupão 2 da comunidade
Grupão 2
105
1.342
30
1.477
39
3.162
26
3.227
42
525
21
588
186
5.029
77
5.292
17
17
29
29
15
29
44
15
75
90
41
51
92
08
80
88
350
350
-
1.707
2.440
4.147
2.065
2.520
4.585
24
24
08
08
153
153
-
24
24
185
185
4.323
10.152
de
saúde
01 grupo de
BA
Rio Real
Jardim/Camaçari
SUB-TOTAL
Agricu
ltores
TOTAL
OBS.: Quantidade de grupos:
Por estado:
BA – 05 grupos
SE – 04 grupos
251
282
5.532
15
Por trecho: Jardim/Camaçari – 07 grupos
Xingó/Jardim – 02 grupos
Para estimar o número total dos envolvidos indiretamente (Grupão 2) por intermédio dos
multiplicadores (Grupão 1) construímos uma base de cálculo e consideramos os seguintes fatores:
Grupão 2 – Professores
•
Professor do Grupão 1: cada um teria repassado o conteúdo para, pelo menos, mais um
professor em cada escola que trabalha, além dos mini-cursos e palestras que foram
relatados.
•
Agente Comunitário de Saúde e Agricultor do Grupão 1: relataram o repasse com alguns
professores.
•
Trabalhadores da LT Grupão 1: não relataram oficialmente, embora alguns tenham
informado que deram o material para os filhos levarem para a escola.
Grupão 2 – Alunos
• Professores do Grupão 1: considerou-se 50% de cada turma de alunos, sabendo que
os professores informaram o número de turmas com as quais trabalham, numa média de
30 alunos por turma.
• Agente Comunitário de Saúde e Agricultor do Grupão 1: foram dados relatados
pelos participantes em atividades extras, de palestras em salas de aula.
•
Trabalhadores da LT: formalmente não fizeram nenhuma referência.
Grupão 2 – Trabalhadores da LT
• Professores, Agentes Comunitários de Saúde e Agricultores do Grupão 1 – não fizeram
repasse com essa categoria.
• Trabalhadores da LT do Grupão 1: só consideramos repasse o compromisso assumido
pelo grupo de Paulo Afonso que planejou a atividade para outros trabalhadores da LT,
solicitando inclusive material para isso.
Grupão 2 – Outras pessoas da comunidade
• Professores, Trabalhadores da LT e Agricultores do Grupão 1: consideramos o
repasse a pelo menos uma pessoa da família além de um ou outro caso citado.
• Agente Comunitário de Saúde do Grupão 1: consideramos 50% das famílias
atendidas (número obtido na ficha de inscrição) e, pelo menos, uma pessoa por família.
Consideramos que os professores e os agentes comunitários de saúde fizeram a multiplicação
dos conhecimentos adquiridos durante os cursos e oficinas para um número mais expressivo de pessoas
dado à especificidade do trabalho desses profissionais.
Pudemos levantar aproximadamente 100 povoados e cerca de 40 escolas com, pelo menos, um
participante direto e/ou indireto.
5.3 Coletânea de lendas
Ao solicitar o resgate de lendas pelos participantes, ousamos estimular a memória cultural das
pessoas a partir dos temas que discutimos e estabelecer relações entre essas lendas e os cuidados que
devemos ter para garantir a preservação da natureza. Organizamos o material em blocos de assuntos e
acrescentamos alguns comentários que ensaiam uma aproximação da sabedoria contida nas lendas com
o conhecimento racional sobre preservação e gestão ambiental. Dessa forma os participantes recebem
um produto do trabalho de Educação Ambiental com a sistematização de parte das nossas discussões.
Acreditamos que tocando no mundo imaginário, é possível desencadear o aparecimento de
“novas/velhas” idéias para “viver/pensar/fazer” de um modo diferente.
Reunimos as lendas apresentadas numa coletânea chamada “Educação Ambiental: a
sabedoria da preservação nas lendas” no sentido de valorizar a cultura popular, difundir princípios
de Educação Ambiental e contribuir para a reflexão sobre a importância do resgate de algumas leis e
regras de convívio com a natureza, além de servir é claro, para o lazer e o deleite dos leitores
interessados nesse tema.
5.4 Campanha
Iniciamos um trabalho para lançar uma campanha educativa utilizando as rádios locais sobre a
necessidade da preservação ambiental e os cuidados na convivência com a LT, mas não foi possível
concretizá-la como havíamos planejado. Decidimos, portanto divulgar a campanha “Mata Atlântica –
Terceiro Milênio: Desmatamento Zero”.
5.5 Encontro
Não foi possível realizar o encontro final previsto para reunir representantes do poder público
dos municípios envolvidos e os participantes do Programa para apresentação dos resultados e a
discussão das possibilidades de continuidade dos trabalhos de conscientização do público em geral.
Seria necessário mais tempo para articulação e consolidação de parcerias locais.
6. DISCUSSÃO
Alguns fatores podem ser levantados como responsáveis pelos resultados alcançados no
Programa. Trabalhar em módulos, com tarefas de repasse de informação, orientadas para serem
executadas entre um módulo e outro, é uma prática que possibilita a fixação do conteúdo e cria
oportunidades de multiplicação a partir do desenvolvimento de dinâmicas e do uso do material
fornecido. Permite que a equipe faça um acompanhamento do grupo, no trabalho de repasse dos
conhecimentos adquiridos, o que estimula a criação de um laço de confiança entre os participantes e
equipe. Havia material disponível e, com a utilização dessa prática de trabalho, foi possível otimizar o
seu aproveitamento.
Adotamos abordagens metodológicas participativas que ficaram evidentes em determinados
momentos como na contratação dos auxiliares de Educação Ambiental, na definição dos locais de
trabalho, e na opção do trabalho em dois módulos.

Para realizar as ações de Educação Ambiental não podemos perder de vista os seus princípios
básicos: educação permanente, sistemática, aberta e democrática para todos.
O sentido de um trabalho de Educação Ambiental está em atender todas as pessoas e não apenas
parte delas, num processo constante, como constante deve ser o atendimento aos direitos básicos de
vida dos cidadãos como: alimentação, saúde, trabalho, lazer, dentre outros.
Sabíamos, desde o início, que nove meses seria um período muito curto para desenvolver esse
trabalho de conscientização da população, garantindo o enraizamento dos princípios. Ainda mais
quando dependemos da contrapartida dos poderes públicos municipais que, infelizmente, ainda
apresentam uma intrincada burocracia governamental.
Nesse
sentido,
partindo
das
condições
que
tivemos,
e
considerando
a
LT
Xingó/Jardim/Camaçari dividida em dois trechos e dois estados, optamos por centralizar o trabalho em
alguns grupos, ao invés de pulverizar as atividades numa abrangência maior e menos consistente.
Planejamos as atividades em dois módulos, para garantir pelo menos dois contatos com os grupos e
fizemos um acompanhamento maior em casos especiais.
Ao escolher os locais de trabalho consideramos aqueles que poderiam vir a ser pólos de EA na
região, caso as condições para isso fossem implementadas. Daí escolher Catu-Ba (Escola Agrotécnica
Federal e Secretaria de Educação), São Cristóvão-SE (Escola Agrotécnica Federal), a região de
fronteira da Bahia e Sergipe (Tomar do Geru-SE e Rio Real-BA) e o município de Nossa Senhora da
Glória-SE que é a sede do Consórcio Intermunicipal de Saúde e centro geopolítico na região.
Seria interessante que a Chesf criasse e mantivesse pólos permanentes de EA, com equipes de
EA em municípios estratégicos. Nesses pólos poderiam ser instaladas estruturas metálicas, com os
principais elementos utilizados na transmissão de energia para servir de visitação e local de
disseminação de informações sobre os cuidados com a LT. Material didático e de divulgação de
informações importantes, sobre vários temas de educação ambiental, além de maquetes, equipamentos
de TV e vídeo e outros instrumentos poderiam compor esses pólos.

Dentro das condições que se apresentaram para o desenvolvimento do Programa, a equipe do
Gambá pode trabalhar com bastante autonomia para o desenvolvimento das ações. As definições de
conteúdos específicos, formação de grupos e locais de trabalho, elaboração de cronogramas e marcação
de datas para a realização dos cursos e oficinas não sofreram nenhuma interferência por parte da Chesf.
Esse fato representou muitos ganhos em termos das possibilidades no estabelecimento dos acordos com
as instituições parceiras envolvidas.
Tivemos também a colaboração dos representantes dos departamentos e subestações da Chesf
com quem estabelecemos contato, no sentido de facilitar nosso trabalho, atender nossas solicitações de
material e compreensão no momento de superar dificuldades inerentes aos trabalhos desse tipo.

Outro aspecto que merece considerações diz respeito ao caráter sistêmico das questões
ambientais. Desse modo, nas discussões sobre observação das condições ambientais da LT realizada no
grupo dos trabalhadores da LT, surgiram aspectos como lixo, retirada de areia, caça, tráfico de animais
silvestres, desmatamentos, queimadas, dentre outros, que são questões ambientais graves e sérias. Esses
casos exigem um enfrentamento mais coletivo e firme, que pode ser conseguido com essa articulação já
iniciada o que, além de tudo, serviria para respaldar melhor o trabalho e a segurança pessoal dos
funcionários.
Das discussões com os trabalhadores da LT emergiu a sugestão de que seja implementada uma
política interna da própria Chesf para estabelecer uma articulação maior com as entidades e os setores
governamentais locais (Ibama, Prefeituras, Secretarias Estaduais e Municipais, Conselho e/ou Comitês
de Meio Ambiente municipais e estaduais, empresas públicas ou privadas de assistência técnica para o
meio rural, de controle ambiental, escolas e outros), no sentido de estimular uma política pública
ambiental local, em relação a cada um dos problemas enfrentados. Alguns trabalhadores da LT
relataram situações reais em que, às vezes, um único contato com as lideranças locais foi suficiente
para sanar os problemas, como por exemplo a deposição inadequada de lixo próximo às torres. Mas é
preciso que alguém, em nome da empresa, faça esse contato.

Para os trabalhadores da LT, a equipe do Gambá desempenhou o papel de sinalizar que uma
nova mudança em relação às tarefas de manutenção da LT e poda da vegetação nas faixas de servidão
estava em curso. Eles constataram um confronto entre a mensagem de preservação ambiental que
levamos com as normas de trabalho que estavam em vigor.
Torna-se necessário que normas e procedimentos de trabalho internos da empresa sejam
efetivamente modificados, refletindo os novos paradigmas com relação à preservação ambiental e
otimizando os esforços do trabalho de EA com os trabalhadores da LT.

É interessante que a Educação Ambiental entre como uma medida compensatória para os
empreendimentos geradores de grande impacto ambiental, porque colabora para minimizar os
problemas causados. Mas, com isso, não podemos esquecer, que essa atividade é direito e
responsabilidade de todos, muito antes de lhe ser atribuído o caráter de compensação. Ao tornar a
Educação Ambiental uma medida compensatória corremos o risco de limitá-la a um certo público por
um certo período, quando a legislação já garante que ela deve ser desenvolvida nas mais variadas
situações, como forma de prevenir impactos ambientais.
Para garantir que as atividades de Educação Ambiental cumpram seus passos até a mudança de
comportamento de uma comunidade, no sentido de solucionar problemas individuais e coletivos, é
preciso que se faça um acompanhamento. Quanto mais consistente for esse acompanhamento melhor
serão os resultados alcançados pela ação realizada.
Acreditamos que nesses nove meses de trabalho plantamos algumas sementes que podem
germinar, mas sabemos que é apenas o primeiro passo para poder desencadear um processo permanente
e sistemático que possa representar a emancipação das organizações populares e a melhoria da
qualidade de vida.
-o-o-o-o-oEquipe técnica do Gambá – Programa de Educação Ambiental
Maria Alice Martins de Ulhôa Cintra (Lilite)– coordenação geral
Psicóloga. Educadora ambiental com experiência em facilitação e coordenação de programas de Educação Ambiental.
Sócia-fundadora do Gambá e membro da coordenação executiva da entidade.
Avelar Luiz Bastos Mutim – coordenação de campo e técnico de Educação Ambiental.
Doutor e mestre em educação. Licenciado em Ciências Agrárias com experiência em planejamento, execução, acompanhamento e
avaliação de programas de capacitação em educação e gestão ambiental. Membro do conselho consultivo do Gambá.
Coordenador técnico do Programa de Educação Ambiental e Comunicação Social – PEACS da Bacia Hidrográfica do Rio
Itapicuru - consultor da DCN-Damicos Consultoria e Negócios Ltda.
Maria Theresa Sopena Stradmann – técnica de Educação Ambiental.
Mestre em botânica pela Universidade Federal da Bahia. Bióloga com experiência em facilitação e coordenação de programas de
Educação Ambiental. Coordena o projeto Chapada Diamantina (Ba): Plano de Desenvolvimento Participativo e Sustentável para
o entorno do Parque Nacional .
Lilian das Neves Santana – auxiliar de Educação Ambiental – técnica agrícola.
Perla de Jesus – auxiliar de Educação Ambiental – técnica agrícola.
Andréa Menezes Nunes – auxiliar de Educação Ambiental – técnica agrícola.
Emerson Santos Silva – auxiliar de Educação Ambiental – técnico agrícola.
Guiomar Miriam Borges de Souza – assessora administrativa e financeira.
Ednoyd de Jesus Araújo – motorista.
-o-o-o-o-oSalvador, 2003
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Discussão de uma alternativa metodológica para a