ANEXO II À RESOLUÇÃO Nº XX/2015, DE XX DE XXXX DE 2015.
MANUAL DE REDAÇÃO & ESTILO
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E
TECNOLOGIA DO MARANHÃO
DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO E EVENTOS
MANUAL DE REDAÇAO & ESTILO
Elaborado por:
Maycon Rangel
Romulo Gomes
Augusto do Nascimento
São Luís, Abril de 2015
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MANUAL DE REDAÇÃO & ESTILO
APRESENTAÇÃO
Este Manual de Redação & Estilo se destina a orientar a produção jornalística do
Departamento de Comunicação e Eventos, do Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia do Maranhão (IFMA).
Pela Portaria nº 4.672, de 22 de dezembro de 2014, foi constituído o Grupo de Trabalho
(GT) formado pelos jornalistas José Augusto do Nascimento Filho, Maycon Rangel Abreu
Ferreira e Romulo Fernando Lemos Gomes, com o fim específico de elaboração de um manual
contendo diretrizes para melhor seleção de pautas, de acordo com os princípios da comunicação
pública, e normas de padronização da redação e estilo de textos.
Para a concepção do conteúdo deste manual, consideraram-se tanto os fundamentos legais
pertinentes ao tema, quanto as reflexões de pesquisadores da área de comunicação acerca do
fluxo de informações nos órgãos da administração pública, sua interação com os cidadãos e o
processo de produção de notícias que se baseia no direito à informação. Definiram-se, ainda,
regras práticas relativas a inúmeros tópicos com que se defrontam os profissionais de
comunicação do IFMA em sua rotina de trabalho, em diferentes suportes comunicacionais.
Manuais de redação adotados por outras instituições públicas e privadas, com reconhecida
credibilidade, serviram de referência para nortear este trabalho. Este manual objetiva:
-
Adotar regras de conduta claras, precisas e transparentes para que o resultado do
trabalho de apuração, edição e divulgação das informações seja realmente o que a
sociedade espera e necessita (Empresa Brasil de Comunicação – EBC);
-
Expor, de modo ordenado e sistemático, as normas editoriais e de estilo adotadas,
definindo princípios que tornem uniforme a edição dos textos, mas sem tolher a
criatividade ou impor camisas-de-força aos profissionais (O Estado de São Paulo);
-
Contribuir para a padronização (necessária para consolidar uma imagem do IF nas
diversas regiões em que atua, facilitando o diálogo com o público-alvo) e adequação das
informações disseminadas nos veículos de comunicação oficiais da instituição, sendo,
portanto, destinado aos comunicadores do Instituto (IF Baiano).
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MANUAL DE REDAÇÃO & ESTILO
Com o mesmo propósito de ordenar e padronizar a redação de informações, ora surge o
Manual de Redação & Estilo do IFMA. O volume é parte integrante de um planejamento mais
amplo, compreendendo ações estratégicas desenvolvidas no âmbito do Departamento de
Comunicação e Eventos.
No Capítulo 1, o manual aborda o escopo de atuação mais abrangente da administração
pública na esfera federal, do qual destaca as ações de comunicação do IFMA, seus princípios e
objetivos. A natureza da notícia e os critérios de noticiabilidade são temas levantados no
Capítulo 2. Em seguida, definem-se aspectos relativos à estrutura da notícia (Capítulo 3), ao
uso de fotografia (Capítulo 4) e são apresentadas algumas orientações para seleção de
conteúdos (Capítulo 5). Por fim, o Capítulo 6elenca regras práticas a serem adotadas na
redação de textos.
Uma vez que o foco do trabalho recai sobre o texto noticioso, é possível que o manual
desperte maior interesse dos servidores com habilitação em Jornalismo, cujas atividades diárias
compreendem a apuração de pautas e elaboração de notícias e outros materiais informativos
que tenham como tema as atividades do Instituto. As diretrizes também servem para orientar a
colaboração dos diversos agentes do IFMA (gestores, professores, técnico-administrativos e
estudantes) na sugestão de pautas. Ressalte-se, ainda, que a maioria das normas contidas nos
capítulos a seguir poderão igualmente ser aplicadas em outros gêneros textuais elaborados no
IFMA, como boletins administrativos, relatórios, projetos e planos de trabalho.
Naturalmente, esta publicação não se pretende definitiva, e reconhece que inúmeras
contribuições posteriormente agregarão valor ao seu conteúdo.
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MANUAL DE REDAÇÃO & ESTILO
SUMÁRIO
1. COMUNICAÇÃO PÚBLICA ....................................................................................................... 7
1.1 Objetivos da Comunicação na Administração Pública Federal ............................................ 7
1.2 Princípios da Comunicação no IFMA ................................................................................... 8
1.2.1 Impessoalidade ............................................................................................................. 9
1.2.2 Transparência ............................................................................................................. 10
1.2.3 Objetividade ................................................................................................................ 10
1.2.4 Credibilidade ............................................................................................................... 11
1.2.5 Respeito às diferenças e pluralidades sociais e culturais ........................................... 11
1.2.6 Democratização do conhecimento .............................................................................. 12
2. NOTÍCIA / NOTICIABILIDADE................................................................................................. 13
2.1 Noticiabilidade.................................................................................................................... 14
2.2 Critérios de noticiabilidade ................................................................................................. 15
2.2.1 Atualidade ................................................................................................................... 16
2.2.2 Novidade ..................................................................................................................... 16
2.3.3 Abrangência ................................................................................................................ 17
2.3.4 Interesse Público ........................................................................................................ 17
2.3.5 Visibilidade .................................................................................................................. 18
3. REDAÇÃO E ESTILO DAS NOTÍCIAS .................................................................................... 19
3.1 Estrutura da notícia ............................................................................................................ 19
3.1.1 Títulos ......................................................................................................................... 19
3.1.2 Subtítulos .................................................................................................................... 20
3.1.3 Lide ............................................................................................................................. 20
3.1.4 Intertítulos ................................................................................................................... 23
3.2 Diretrizes para a construção do texto ................................................................................ 24
3.2.1 Contextualização e didatismo ..................................................................................... 24
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MANUAL DE REDAÇÃO & ESTILO
3.2.2 Clareza........................................................................................................................ 25
3.2.3 Concisão textual ......................................................................................................... 27
3.2.4 Conteúdo humanizado ................................................................................................ 27
4. FOTOGRAFIA.......................................................................................................................... 29
5. QUESTÕES DE CONTEÚDO.................................................................................................. 31
5.1 Da página principal do site ................................................................................................. 31
5.1.1 Público de interesse .................................................................................................... 31
5.1.2 Sugestões de conteúdo para a página principal ......................................................... 31
5.2 Da página dos campi ......................................................................................................... 33
5.2.1 Público de interesse .................................................................................................... 33
5.2.2 Sugestões de conteúdo .............................................................................................. 33
6. REGRAS PARA A PADRONIZAÇÃO DO TEXTO JORNALÍSTICO ........................................ 34
REFERÊNCIAS ........................................................................................................................... 43
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MANUAL DE REDAÇÃO & ESTILO
1. COMUNICAÇÃO PÚBLICA
A Constituição Federal de 1988, ao tratar da administração pública direta e indireta,
preceitua a publicidade como um dos princípios1 a serem obedecidos pelos entes administrativos
de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
No entanto, mais do que a simples divulgação de informações referentes ao poder estatal, a
comunicação pública vem assumindo cada vez mais uma perspectiva cidadã, ao envolver um
conjunto mais amplo de temas de interesse público. A esse respeito, Duarte (2007) situa a
questão no espaço formado por fluxos de informação e de interação em temas de interesse
coletivo, entre agentes públicos e atores sociais (governo, Estado, sociedade civil, partidos,
empresas, terceiro setor, cidadãos individuais).
A comunicação pública ocupa-se da viabilização do direito social coletivo e individual ao
diálogo, à informação e expressão, quando trata de compartilhamento, negociações, conflitos e
acordos na busca do atendimento de interesses referentes a temas de relevância coletiva.
Novelli(2006) caracteriza três níveis de relacionamento entre governo (por extensão, o
conjunto dos órgãos da administração pública, como os Institutos Federais) e o cidadão, de
acordo com o fluxo de comunicação estabelecido entre si. No nível da informação, o poder
público age ativamente na divulgação de informações aos cidadãos, vistos apenas como
receptores nesse processo. Chega-se ao nível de consulta quando os cidadãos oferecem
resposta a temas definidos previamente, sobre os quais o governo solicitou a opinião da
sociedade. Finalmente, no nível de participação ativa ocorre uma parceria entre cidadãos e
poder estatal, ao se engajarem diretamente na formulação de políticas públicas, tendo a
iniciativa individual ou em grupos seu papel reconhecido na proposição de opções.
1.1 Objetivos da Comunicação na Administração Pública Federal
Conforme definição da Lei n° 11.892 (29/12/2008), que institui a Rede Federal de Educação
Profissional, Científica e Tecnológica e cria os Institutos Federais em todas as unidades
federativas, a natureza jurídica dessas instituições é de autarquia vinculada ao Ministério da
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Os demais princípios estabelecidos no artigo 37 são: legalidade, impessoalidade, moralidade e
eficiência (BRASIL, 1988).
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MANUAL DE REDAÇÃO & ESTILO
Educação (MEC). Como os demais institutos federais, o IFMA se situa, portanto, no âmbito do
Poder Executivo Federal.
Sobre as ações de comunicação dos órgãos e entidades que integram especificamente
esse Poder da República, seus objetivos principais são estabelecidos logo no primeiro artigo do
Decreto n° 6.555 (8/9/2008), como relacionado abaixo:
I - dar amplo conhecimento à sociedade das políticas e programas do Poder Executivo
Federal;
II - divulgar os direitos do cidadão e serviços colocados à sua disposição;
III - estimular a participação da sociedade no debate e na formulação de políticas públicas;
IV - disseminar as informações sobre os assuntos de interesse público dos diferentes
segmentos sociais; e
V - promover o Brasil no exterior.
Observa-se que tais objetivos envolvem os distintos níveis de interação entre poder público
e cidadãos, como proposto por Novelli (2006), favorecendo a governança do Estado. Além disso,
o texto legal explicita (item III) o propósito das instituições da administração pública da esfera
federal de promover a participação ativa dos diversos segmentos sociais no tratamento de
questões de interesse público.
1.2 Princípios da Comunicação no IFMA
Em sua atuação específica, o IFMA orienta-se pelo que estabelece o Plano de
Desenvolvimento Institucional (PDI), aprovado pelo Conselho Superior em outubro de 2014, cujo
mapa estratégico envolve diretrizes a serem executadas no quadriênio que se estende até o ano
de 2018. As ações de comunicação fazem parte dos processos voltados ao relacionamento com
a sociedade, buscando “dotar o IFMA de comunicação institucional estratégica e integrada”.
Nesse sentido, este Manual de Redação constitui ação componente de um plano de
comunicação mais abrangente criado no âmbito do Departamento de Comunicação e Eventos da
instituição, plano esse que busca integrar continuamente os distintos recursos de que dispõe o
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MANUAL DE REDAÇÃO & ESTILO
Instituto para planejar e executar suas ações comunicacionais de forma efetivamente
estratégica.
Essa noção integradora permeia a concepção e escopo do PDI, ganhando ênfase na
própria missão institucional do IFMA, que o documento define como “promover educação
profissional, científica e tecnológica, por meio da integração do ensino, pesquisa e extensão com
foco na formação do cidadão e no desenvolvimento socioeconômico sustentável.”
Tendo como referência o cumprimento dessa missão, as ações de comunicação do IFMA
(das quais este Manual de Redação faz parte) representam peça fundamental para que a
instituição realize a visão de alcançar o reconhecimento de sua excelência e garantir a formação
de cidadãos críticos promotores da transformação social.
Para exercer essa tarefa com a ética e responsabilidade que se requerem, faz-se mister a
observância dos princípios enumerados adiante.
1.2.1 Impessoalidade
A impessoalidade é um dos princípios dispostos no texto constitucional, segundo o qual a
publicidade de atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter
caráter educativo, informativo ou de orientação social, vedando-se nomes, símbolos ou imagens
que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.
Aplicado à produção de matérias de caráter jornalístico no IFMA, o princípio da
impessoalidade orienta o redator a enfatizar a relação entre a instituição e o teor das
informações contidas no texto, evitando-se a valorização tendenciosa de pessoas ou setores
envolvidos no fato.
Tome-se como exemplo a realização de um evento ou a prestação de serviço bem
sucedido, tanto por favorecer a consolidação de imagem positivada instituição quanto por atingir
com sucesso os resultados a que se propunha. O texto informativo para a divulgação desse
conteúdo deve abordar esses aspectos positivos, mas sem personalizar a informação, sem focala mais no “criador” do que na própria “criatura”, nem atribuindo exageradamente o mérito do
trabalho a quem o promoveu. A responsabilidade do realizador, naturalmente, precisa ser
reconhecida e estimulada, mas esse propósito pode ser igualmente atingido por um estilo de
texto mais ponderado no que diz respeito às referências pessoais.
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MANUAL DE REDAÇÃO & ESTILO
Assim como nas informações de teor positivo, a impessoalidade deve também prevalecer
na postura do jornalista, sem que o profissional evite cobrir um fato simplesmente por envolver
fonte com a qual mantenha alguma indisposição pessoal ou profissional.
1.2.2 Transparência
Os servidores públicos, sobretudo os profissionais envolvidos nas ações de comunicação,
não podem falsear ou omitir a verdade, ainda que visem à defesa dos interesses de pessoas
(inclusive de si mesmos), da instituição a que estejam vinculados, ou da própria administração
pública. Nesse sentido, o princípio da transparência é concebido como um compromisso ético e
social da comunicação do IFMA com os cidadãos, com as demais instituições e com o próprio
Instituto e seus públicos de interesse.
Certamente, a observância a esse princípio, divulgando-se a verdade dos fatos tal como
ocorreram, já se mostra capaz de atenuar sobremaneira o impacto dos efeitos adversos que uma
situação de crise institucional possa provocar na imagem ou no funcionamento das atividades de
instituições públicas e privadas.
1.2.3 Objetividade
Um dos pilares conceituais do jornalismo, a objetividade pressupõe o distanciamento do
profissional de comunicação em relação a fontes e fatos com os quais esteja lidando. Mesmo
que diretamente envolvido com pessoas ou com o conteúdo a ser divulgado, e por isso mais
propenso a expor pontos de vista subjetivos, o autor de um texto noticioso deve evitar delongarse sem real justificativa na descrição ou explicação de informações de interesse público.
Em termos de estilo do texto, o princípio da objetividade contrapõe-se ao uso desnecessário
e abusivo de adjetivos, períodos muito extensos, ordens inversas e intercalações excessivas
que, dentre outros fatores, dificultam a leitura e compreensão do texto, além de tomar o tempo
do leitor. Com isso, gera-se desinteresse pelo conteúdo e a consequente falha no objetivo
primordial de informar e promover a interação do ente público com os cidadãos.
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MANUAL DE REDAÇÃO & ESTILO
1.2.4 Credibilidade
Apurar previamente – e exaustivamente! – um dado ou fato antes de torná-lo público
constitui um dos meios mais eficientes de o jornalista referendar-se quanto à veracidade e
confiabilidade da informação que divulga. O princípio da credibilidade é violado quando o
profissional de comunicação produz textos contendo informações imprecisas, avaliações
precipitadas, falta de fundamento respaldado pela necessária consulta a fontes confiáveis,
proselitismo, para mencionar apenas alguns fatores.
Tomando o exemplo de um processo seletivo de estudantes ou professores, situação
concreta relacionada às atividades do IFMA, não é difícil imaginar o resultado nocivo que se
estamparia à imagem da instituição junto à sociedade caso se divulguem informações
erroneamente, por falta de checagem, envolvendo o preenchimento de vagas ou o cronograma
da seleção.
Assim como seus pares atuantes em outros setores de atividade, o jornalista a serviço da
administração pública deve ter claro que, mais do que uma mácula na credibilidade e imagem
institucional, aspecto em si mesmo grave, situações desse gênero chegam a ocasionar
dissabores maiores, com desdobramentos negativos na relação com outras instituições, no
ajuizamento de ações nas esferas judiciais e prejuízos aos cidadãos.
1.2.5 Respeito às diferenças e pluralidades sociais e culturais
A época atual, sem dúvida, vem sendo marcada pela crescente conquista de direitos e
espaços pelas chamadas minorias da sociedade. Em ritmo acelerado, as instituições públicas e
privadas vêm promovendo tanto a discussão quanto iniciativas concretas em torno de questões
ligadas à diversidade de gênero, etnia, origens sociais e culturais, orientação religiosa, política e
sexual, dentre outras.
Presente em distintas regiões do Maranhão e oferecendo uma miríade de cursos em
diferentes níveis e modalidades de ensino, o IFMA abrange públicos de interesse que
representam um microcosmo da diversidade existente não apenas na realidade maranhense,
mas de todo o país.
Portanto, as ações de comunicação do Instituto, como o texto jornalístico produzido pelos
profissionais do Departamento de Comunicação e Eventos, buscam atender às necessidades e
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MANUAL DE REDAÇÃO & ESTILO
ao direito dos cidadãos de se informar e participar ativamente do fluxo de informação em que se
encontram. Para tanto, deve ser premente o princípio de respeitar as diferenças e pluralidades
sociais e culturais presentes na instituição e na sociedade em geral.
1.2.6 Democratização do conhecimento
O IFMA reúne um amplo cabedal de conhecimentos e saberes gerados pelos variados
projetos de pesquisas, ensino e extensão, desenvolvidos no âmbito da instituição. No entanto, o
elevado nível de complexidade desses conteúdos pode resultar na dificuldade de compreensão
de temas e termos especializados por parte dos cidadãos comuns. Cumpre às ações de
comunicação do Instituto contribuir para que esse tipo de informação chegue ao público de forma
clara, mas sem comprometer sua precisão e abrangência.
O princípio da democratização do conhecimento está associado às distinções conceituais
que Bueno (2010) estabelece entre divulgação científica e comunicação científica. Na
comunicação científica, especialistas familiarizados com temas, métodos, processos e conceitos
ligados à ciência e tecnologia intercambiam informações entre si, sem necessidade de
decodificação da linguagem técnica e do discurso adotado no texto, em vista de o público-alvo
dominar previamente o conhecimento especializado que os permitirá acessar novos conteúdos e
abordagens.
Já no processo de divulgação científica, seu objetivo é alcançar o público não
especializado, passível de cultivar uma compreensão distorcida da produção da ciência e
tecnologia, em razão da forma mistificadora e sensacionalista como as informações envolvendo
o conhecimento e as inovações científicas e tecnológicas são apresentadas, em geral, pelos
próprios veículos midiáticos. Nessa construção de equívocos, os cientistas muitas vezes são
alçados à condição de gênios, capazes de “milagres” que independem das condições estruturais,
burocráticas e financeiras para realizar seu trabalho.
Para minimizar esse distanciamento entre as atividades da comunidade acadêmica e a
sociedade, o texto jornalístico busca esclarecer conceitos e processos técnicos, com linguagem
acessível e emprego de recursos (infográficos, tabelas, ilustrações, dentre outros) que
contribuam para a elucidação das informações e consequentemente para a democratização do
conhecimento produzido no IFMA.
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MANUAL DE REDAÇÃO & ESTILO
2. NOTÍCIA / NOTICIABILIDADE
Como fenômeno social baseado no uso da linguagem (verbal ou não), a notícia
transformou-se em objeto de inúmeras investigações na área da Comunicação e da Teoria do
Jornalismo.
Para Sousa (2005), notícia é um “artefato linguístico” representativo de aspectos da
realidade, e é construída pela interação de diferentes fatores (de natureza pessoal, social,
ideológica e histórica) com os meios físicos e tecnológicos que lhe servem de suporte, em
determinado meio sociocultural. O autor classifica ainda duas dimensões da notícia: tática, que
se esgota na distinção com outros gêneros jornalísticos, como a entrevista e a reportagem; e
estratégica, que encara a notícia como todo enunciado jornalístico.
Situando a notícia em longa cadeia produtiva, Silva (2005) considera que esse processo
sempre ocorre na interação entre repórter, diretor, editor, constrangimentos da organização da
sala de redação, necessidade de manter os laços com as fontes, os desejos da audiência, as
poderosas convenções culturais e literárias dentro das quais os jornalistas frequentemente
operam.
No âmbito da comunicação pública, Duarte (2007) define didaticamente as categorias de
informações relacionadas a seguir. Com o fim de identificar essa categorização no contexto de
atuação do IFMA, apresentam-se em cada caso situações ilustrativas ligadas às atividades e
serviços da instituição, que movimentam o fluxo de informação das atividades do Instituto em
diferentes níveis, desde dados reservados de natureza individual e privada, até eventos que
precisam de divulgação e justificam a elaboração de pautas para os veículos de comunicação
social.
a) Institucionais: referem-se ao papel, responsabilidades e funcionamento das organizações
ou um de seus setores (Exemplo: Conteúdos informativos, como folders para apresentação do
IFMA, contendo seu histórico, setores, cursos oferecidos e meios de acesso);
b) De gestão: relativos ao processo decisório e de ação dos agentes públicos (Assinatura
de ordem de serviço para a construção de novas unidades de ensino ou administrativas, bem
como a entrega das instalações após conclusão da obra);
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MANUAL DE REDAÇÃO & ESTILO
c) De utilidade pública: temas relacionados ao dia-a-dia das pessoas, geralmente serviços e
orientações (Edital de abertura de processo seletivo para a matrícula de alunos ou de concurso
público para a contratação de professores e servidores técnico-administrativos);
d) De prestação de contas: explicação e esclarecimento sobre decisões políticas e uso de
recursos públicos (Relatórios de gestão ou outros tipos de registro relativos à utilização de
recursos públicos, obedecendo-se a critérios legais e técnicos associados ao princípio da
transparência);
e) De interesse privado: dizem respeito exclusivamente ao cidadão, empresa ou instituição
(Tramitação de processos administrativos ou acadêmicos, bem como situação financeira ou
estudantil dos públicos de interesse);
f) Mercadológicas: referem-se a produtos e serviços que participam de concorrência no
mercado (Abertura de processo de licitação para a realização de serviços contratados pela
instituição);
g) Dados públicos: informações de controle do Estado, dizem respeito ao conjunto da
sociedade (Estatísticas de quantitativo de inscrições e concorrência por vaga em concursos e
seletivos; atos administrativos para a preservação ou mudanças de normas envolvendo as
atividades da instituição; decisões judiciais em ações que tenham o IFMA como parte).
Essa classificação não esgota a dinâmica de conteúdos gerados em uma instituição que
tem em sua essência a educação, ciência e tecnologia, mas nos ajuda a visualizar melhor a
ampla variedade de informações que requerem um tratamento jornalístico.
2.1 Noticiabilidade
De acordo com Silva (2005), a noção de noticiabilidade envolve todo e qualquer fator
potencialmente capaz de agir no processo de produção da notícia. Determinantes das mais
variadas naturezas interferem na cadeia de decisões que levam um acontecimento a tornar-se
ou não notícia, como os exemplos relacionados a seguir.
• Características do fato (seu potencial de causar impacto ou ganhar repercussão na
sociedade);
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MANUAL DE REDAÇÃO & ESTILO
• Cultura profissional da categoria (como os jornalistas de determinado contexto social
percebem o valor de um fato para transformá-lo em notícia);
• Fatores éticos (baseados nos códigos de conduta da categoria, dos servidores públicos e
outros congêneres);
• Condições favorecedoras ou limitantes da organização (linha editorial, recursos materiais,
humanos e tecnológicos);
• Qualidade do material (imagem e texto);
• Relação com as fontes e com o público;
• Circunstâncias históricas, políticas, econômicas e sociais.
Cada um desses determinantes tem maior ou menor influência de acordo com a realidade
singular da organização. De todo modo, observam-se tanto fatores que contemplam
características e condições individuais do profissional de comunicação responsável pela
apuração da pauta e redação da matéria, quanto elementos circunstanciais ligados à prática das
atividades jornalísticas, condicionada pela estrutura material e ideológica do ambiente de
trabalho e pelas relações interpessoais dos envolvidos. Há ainda fatores conjunturais, que
oscilam com o quadro político, econômico e social de distinto alcance (das questões locais ao
panorama internacional).
2.2 Critérios de noticiabilidade
Diante de um acontecimento relacionado às atividades e ao papel institucional do IFMA, o
profissional de comunicação avalia se há algum atributo (o chamado valor-notícia) que justifique
o tratamento jornalístico para a sua publicação, transformando-o no “produto” notícia. No
entanto, Padilha (2012) esclarece que grande parte das notícias possuem mais de um elemento
dos valores-notícia.
Para orientar o trabalho dos comunicadores do IFMA na produção diária de notícias, devem
ser considerados os critérios de noticiabilidade enumerados adiante.
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MANUAL DE REDAÇÃO & ESTILO
2.2.1 Atualidade
Historicamente, este tem sido um dos atributos essenciais considerados razão de ser da
atividade jornalística. O esforço de trazer a público os fatos mais recentes e seus
desdobramentos, preservando sua atualidade, está intimamente relacionado à dimensão
temporal e periódica do processo de produção de notícias, cada vez mais condicionado pela
instantaneidade dos recursos tecnológicos.
No caso do IFMA, atender a esse critério supõe a integração com outros elementos das
ações de comunicação (como as mídias digitais e os mecanismos de comunicação interna), a
fim de agilizar o conhecimento de decisões administrativas, eventos acadêmicos e institucionais,
agendas de gestores, dentro do universo de fatos que poderão alcançar o status de notícia. Além
disso, a abordagem dos temas mais atuais ligados ao Instituto requer uma estreita colaboração
do setor de comunicação com as demais áreas, na qual o fluxo de informações seja o mais
eficiente.
2.2.2 Novidade
Embora possa ser confundido com o critério de atualidade, a novidade se distingue por uma
característica de certa forma atemporal. Iniciativas inovadoras nas atividades de ensino,
pesquisa e extensão do IFMA, por exemplo, podem firmar-se como objeto de pauta jornalística e
produção de notícias mesmo depois de algum tempo que começaram a ser realizadas (nessa
linha de argumentação, a notícia teria de ser veiculada logo na concepção do projeto ou no início
da execução de tal iniciativa, para satisfazer à exigência de atualidade).
De fato, algumas experiências demonstram que acontecimentos “novos” consolidam-se
como relevantes e de interesse público (portanto, noticiáveis) apenas depois de demonstrarem
resultados satisfatórios, o que pode levar períodos mais ou menos elásticos. Em outras
circunstâncias, a novidade se caracteriza justamente quando o fato ainda não recebeu
tratamento jornalístico e não chegou a ser noticiado em outros veículos, como pesquisas
científicas que se mantiveram encerradas em laboratórios, apesar de sua originalidade e
inovação.
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MANUAL DE REDAÇÃO & ESTILO
2.3.3 Abrangência
Quanto maior o público e os setores atingidos por determinado acontecimento, certamente
maior será seu grau de hierarquia no conjunto de fatos candidatos a tornar-se notícia. Na
produção de notícias, um evento que envolva todos os campi do IFMA se sobrepõe a um evento
isolado de um campus, o que justifica sua veiculação em meios de comunicação externos (Portal
do IFMA, rádio, TV, jornais impressos etc.).
Cabe ressaltar que certos acontecimentos são de alcance restrito a determinada unidade do
Instituto (aniversariantes do mês, passeios, confraternizações etc.), podendo sua divulgação
interessar apenas em meios de comunicação internos (Murais, boletim interno, intranet etc.).
2.3.4 Interesse Público
O IFMA é uma instituição educacional mantida com recursos públicos, e oferece atividades
e serviços com potencial para interessar aos mais diversos segmentos sociais. Os
acontecimentos no âmbito de ação do Instituto atingem expectativas e despertam a atenção dos
seus públicos interno e externo, e conseguem mobilizar um contingente numeroso quando se
transformam em notícia. Tal ocorre, por exemplo, nos processos seletivos periódicos e
concursos públicos, que a cada edição chegam a movimentar milhares de interessados em
realizar inscrições e acompanhar o cronograma das etapas do certame.
Morgado (2010) entende a ideia de cidadania como o direito de indivíduos, na qualidade de
cidadãos, de participarem da vida política do Estado de que são membros. No entanto, observase um “déficit cívico”, na medida em que nem sempre essa participação (nas instituições
políticas, jurídicas, econômicas, sociais e culturais) se dá plenamente ou envolve apenas uma
pequena parcela da população.
Nas sociedades democráticas contemporâneas, o exercício efetivo do direito de cidadania
tem como condições o conhecimento tanto do conjunto de direitos civis, políticos, sociais e
econômicos, mas também dos deveres decorrentes, a exemplo da observância às leis, o
pagamento de tributos e a prestação do serviço militar. Nesse sentido, é indiscutível o papel das
ações de comunicação.
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MANUAL DE REDAÇÃO & ESTILO
2.3.5 Visibilidade
Com uma história que supera os cem anos de fundação2, o IFMA conquistou um indiscutível
reconhecimento no cenário da educação profissional e tecnológica, por diversos motivos: amplo
número de matrículas e servidores, cursos oferecidos, pesquisas desenvolvidas e premiadas,
presença abrangente no estado, participação em eventos e discussões ligados à sua área de
ação, dentre outros.
As ações de comunicação social do Instituto devem fortalecer essa imagem institucional,
dando visibilidade às suas atividades, assim como a seu quadro de profissionais e corpo
discente. Contudo, ao noticiar fatos relacionados ao IFMA, os comunicadores devem evitar a
promoção pessoal, assegurando que o critério de visibilidade não atente contra o princípio da
impessoalidade, tratado anteriormente.
2
A assertiva faz referência à criação das Escolas de Aprendizes Artífices nas capitais dos
estados, incluindo São Luís, por meio do Decreto n.º 7.566, de 23 de setembro de 1909,
assinado pelo então presidente Nilo Peçanha. Fundada com o objetivo de proporcionar educação
voltada para o trabalho às classes sociais mais baixas, a Escola foi instalada na capital
maranhense em 16 de janeiro de 1910, tendo outras designações ao longo de sua história.
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MANUAL DE REDAÇÃO & ESTILO
3. REDAÇÃO E ESTILO DAS NOTÍCIAS
3.1 Estrutura da notícia
3.1.1 Títulos
Recomenda-se que os títulos das notícias sejam escritos com cerca de 72 caracteres,
incluindo espaço, ou seja, não mais do que uma linha. Usa-se a ordem direta: sujeito + verbo no
presente ou no futuro + complementos e/ou adjuntos.
Ex.: IFMA promove seminário sobre violência doméstica
O emprego de verbos no presente ou no futuro atribui atualidade às notícias. É
recomendável também que os títulos de textos postados na web contemplem palavras-chaves,
pois, além de contribuírem para a objetividade da informação, facilitam o acesso por sistemas de
busca que usam as tags. No exemplo acima, a palavra-chave é “violência doméstica”.
Títulos não devem ser escritos em caixa alta, ou seja, maiúsculas. Por uma questão visual,
o texto em caixa alta dificulta a leitura ou sugere uma entonação agressiva. Caso seja
necessário maior destaque, aumente o corpo da fonte ou use negrito.
Normas práticas:
- Num mesmo título não se deve repetir palavras;
- Num título não se usa ponto final;
- Não se deve utilizar palavras ambíguas;
- As siglas facilitam a redação de um título, mas dificultam a sua compreensão (só devem ser
utilizadas se forem muito conhecidas);
- Deve-se evitar interrogações.
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MANUAL DE REDAÇÃO & ESTILO
3.1.2 Subtítulos
São conhecidos no meio jornalístico como “linhas de apoio”. Os subtítulos devem
proporcionar informações complementares ao título. Por isso, evita-se a repetição de palavras.
Ex.: Título
IFMA promove seminário sobre violência doméstica
Subtítulo
No período de 2 a3 de março, haverá palestras e debates no Cine Teatro Viriato Correia,
Campus São Luís – Monte Castelo.
3.1.3 Lide
O lide (lead) deve ser redigido em linguagem direta (sujeito + verbo + complemento), clara
(priorizar palavras de uso corrente) e concisa (síntese das informações, de modo a transmitir ao
leitor a ideia essencial da matéria). Recomenda-se que tenha duas ou três frases e, no máximo,
seis linhas. Deve ser o mais informativo possível, dispensando detalhes.
O estilo de cada jornalista deve ser preservado, o que lhe garante a possiblidade de utilizar
diferentes matrizes de gênero textual para iniciar uma matéria. Mas ressalta-se a necessidade de
as informações do lide aparecerem já no primeiro parágrafo.
O objetivo do lide é introduzir o leitor na reportagem e despertar seu interesse pelo texto já
nas linhas iniciais. Em regra, deve responder às seguintes perguntas (3Q + OCP):
1. O quê? (a resposta relata o que aconteceu, está acontecendo ou acontecerá);
2. Quem? (a resposta indica os agentes da ação);
3. Quando? (a resposta se refere ao momento do acontecimento);
4. Onde? (a resposta aponta o local do acontecimento);
5. Como? (a resposta menciona as circunstâncias do acontecimento);
6. Por quê? (a resposta revela as razões do acontecimento).
20
MANUAL DE REDAÇÃO & ESTILO
Não há necessidade de essas perguntas aparecerem nessa ordem no texto. Há casos em
que, para melhor entendimento do assunto, um desses aspectos mereça mais realce.
Quadro 1 – Classificação do lide quanto à pergunta-guia (3Q + OCP)
Tipo de lide
Lide “Quem”
Exemplo
Explicação
Maria Coveira, Maria Cigana, Maria
Quem faz tantos trabalhos?
Pedreira, Maria 24 horas ou
Maria do Cemitério. Esse tipo
simplesmente Maria do Cemitério. A
de lide serve para dar realce a
Maria de tantos apelidos é Maria
pessoas com alguma
Aparecida dos Santos, 57, mãe de 16
notoriedade ou a quem se
filhos, que optou por um trabalho muito
deseja destacar. Nesse
especial: ela faz todos os serviços do
exemplo, a série de apelidos
cemitério de Machado, cidade a 80 km
esdrúxulos justifica a posição
de Belo Horizonte. E agora vai ser
na abertura da matéria.
vereadora.
Lide “O que”
O que para muitos é motivo de orgulho,
Um lide O que não é muito
para o Banco Central é sinônimo de
usual. Este é um bom exemplo.
problema. Dono de uma coleção com
O redator descobriu,
cerca de 4.500 trabalhos, o banco não
acertadamente, que o objeto da
tem como cuidar da conservação e
ação – no caso, os quadros –
preservação desse acervo, formado a
era um problema para uma
partir dos anos 1980, quando a
instituição que não foi feita para
instituição passou a permitir que
guardar obras de arte, mas
empresas liquidadas fizessem o
dinheiro.
pagamento de suas dívidas federais com
obras de arte.
A afirmativa entre aspas ratifica
as informações do primeiro
“A absorção dos trabalhos se deu de
parágrafo. A matéria deve
forma tão rápida que hoje o acervo –
esclarecer quais são as
administrado pela Divisão de Patrimônio
principais obras recolhidas.
e Comunicação Educativa – é motivo de
dor de cabeça”, informa a assessoria de
21
MANUAL DE REDAÇÃO & ESTILO
imprensa do BC. A intenção é leiloar a
maior parte do acervo, mas nenhuma
data foi fixada para isso ainda.
Lide “Como”
Revoltados. Foi como os servidores
Como os servidores
federais começaram a cumprir ontem o
começaram o dia? Revoltados.
decreto que obriga todos a trabalhar oito
A maneira como os
horas diárias, batendo ponto na entrada
personagens da notícia se
e na saída. O Sindicato Nacional dos
sentiram foi o que o repórter
Servidores Públicos Federais (Sindsep)
achou importante ressaltar no
prometeu entrar com ação na Justiça do
texto. Essa informação seria
Trabalho, mas os novos cartões
aprofundada ou teria
individuais – que devem ser passados
seguimento mais adiante,
nas máquinas para registrar a presença
detalhando o porquê da revolta.
– já começaram a ser distribuídos em
todos os ministérios, fundações e
autarquias.
Lide “Onde”
De seu apartamento no Hotel Maksoud
O redator considerou relevante
Plaza, para onde se transferiu na
destacar o lugar onde o
segunda-feira, após receber alta do
senador estava, pois ele havia
Hospital Israelita Albert Einstein, em São
acabado de passar por uma
Paulo, o presidente do Congresso
série de exames e seu estado
Nacional, Antônio Carlos Magalhães,
de saúde era preocupante. O
afirmou ontem à tarde que seu coração
Maksoud Plaza é um hotel
está “maravilhoso”.
cinco estrelas e denota o status
– e ao mesmo tempo a
ostentação – do parlamentar,
acostumado ao brilho e à
pompa.
Lide “Quando”
Às 8 horas da manhã da última quarta-
Para o redator, foi importante
feira, a nutricionista aposentada Eugênia
ressaltar o momento, pois a
Gomes de Oliveira estava ansiosa para
história se desenvolveria mais
22
MANUAL DE REDAÇÃO & ESTILO
mudar de vida. Aos 68 anos, iniciava
tarde, com novos dados:
uma cirurgia de transplante de córnea no Eugênia voltaria a enxergar.
Hospital Naval Marcílio Dias, na Zona
Norte do Rio de Janeiro.
Fonte: Adaptado de Jorge (2008).
Dicas para lides fortes

Use verbos de ação.

Evite a voz passiva.

Fuja dos verbos ser e estar.

Apure bem (dois terços mais do que a pauta).

Utilize expressões fortes e precisas.

Não confunda o leitor: traduza as informações em linguagem
clara.

Forneça dados gerais para detalhá-los depois no corpo da matéria.
Fonte: Jorge (2008, p. 163)
3.1.4 Intertítulos
O texto em estilo “blocão” acaba desestimulando o leitor, principalmente quando se trata de
notícias online, por aparentar ser maçante e de leitura tediosa. Esse tipo de estrutura deve ser
evitado, lançando mão dos intertítulos, frases colocadas ao longo da matéria, que constituem
diferentes blocos de texto e desdobram o conteúdo da matéria.
Os intertítulos representam uma importante ferramenta também no Webjornalismo, pois
tornam o texto mais organizado visualmente e facilitam a leitura. Servem para introduzir e
diferenciar os assuntos de diferentes seções do texto, facilitando a tarefa para quem busca uma
informação isolada. Assim, a leitura fica mais fluida e direcionada.
O uso do intertítulo é recomendado quando se tem quatro ou mais parágrafos ou mais de
30 linhas, ou quando há mudança radical do assunto. Ele deve ser grafado em negrito.
23
MANUAL DE REDAÇÃO & ESTILO
3.2 Diretrizes para a construção do texto
3.2.1 Contextualização e didatismo
O jornalismo é uma forma de conhecimento que busca interpretar a realidade social. Nesse
sentido, as notícias devem contribuir para o entendimento do mundo e das diversas perspectivas
que envolvem um acontecimento – a realidade é multifacetada e sua análise não é uma tarefa
simples, cabendo aos diversos campos de conhecimento encontrar e sistematizar as respostas
que explicam (ou tentam explicar) o mundo. Ao informar, a atividade jornalística opera de forma
didática, estabelecendo uma mediação entre os diversos campos de conhecimento e o público.
O enquadramento das notícias organiza a realidade cotidiana, possibilitando atribuir
significados aos acontecimentos sociais e, inclusive, repensar os processos sociais e as
instituições. A função didática do jornalismo está relacionada com a necessidade de saber do
público e com o direito à informação, que é uma garantia constitucional e uma das diretrizes do
Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros.
O jornalismo pode contribuir com os processos educacionais e de formação do cidadão,
agendando temas relevantes na esfera pública e munindo a sociedade civil com informações que
auxiliem na construção do conhecimento e na interpretação da realidade. A notícia bem escrita
deve ser contextualizada, apontando causas e consequências do fato, relação com outros
assuntos, levantamento de informações anteriores sobre o tema, dentre outros mecanismos.
[...] quanto mais trabalho tiver o jornalista para elaborar as
reportagens, menos trabalho terá o leitor para entender o que o
jornalista pretende comunicar. O jornal deve relatar todas as hipóteses
[...] Deve explicar cada aspecto da notícia, em vez de julgar que o
leitor já esteja familiarizado com eles. Deve organizar os temas de
modo que o leitor não tenha dificuldade de encontrá-los ou lê-los.
(FOLHA, 2006, p. 5)
Assim, a comunicação do IFMA deve se pautar na busca pela contextualização dos fatos e
escrita didática, possibilitando ao leitor observar como o conhecimento científico, cultural e
tecnológico está presente no seu dia a dia. Não se trata de “simplificar” a informação, mas
buscar formas de aproximar a sociedade civil da produção científica, cultural e tecnológica do
Instituto.
24
MANUAL DE REDAÇÃO & ESTILO
3.2.2 Clareza
“Uma frase jornalística tem de estar construída de tal forma que não só se entenda bem, mas
que não se possa entender de outra forma” (Inigo Dominguez).
A clareza, segundo Amaro (2001), consiste na expressão da ideia de forma que possa ser
rapidamente compreendida pelo leitor.
Aproxime termos e orações que se relacionem pelo sentido. A
liberdade de colocação de termos na frase e período encontra limites
nas exigências da clareza e da coerência. A boa norma manda
“amarrar” cada termo determinante ao respectivo termo determinado.
Haverá um seminário internacional sobre Aids na Câmara dos
Deputados.
O seminário se realizará na Câmara, mas a colocação do adjunto
adverbial “na Câmara dos Deputados” junto do termo “Aids” leva a
outra leitura: o seminário tratará da ocorrência de Aids na Câmara dos
Deputados. Evita-se a ambiguidade aproximando o adjunto adverbial
do termo a que se refere:
Na Câmara dos Deputados, haverá um seminário internacional sobre
Aids.
Haverá, na Câmara dos Deputados, um seminário internacional sobre
Aids. (SQUARISI; SALVADOR, 2009, p. 48)
Além de evitar a construção de frases ambíguas, há outros cuidados que devem ser
tomados para tornar o texto claro, tais como:
2. Construções sintáticas complexas, dando-se preferência à estrutura
de frases coordenadas, ou seja, construída com orações
25
MANUAL DE REDAÇÃO & ESTILO
independentes. Veja um exemplo: Você pode dizer “dois amigos se
encontram na rua e um, muito feliz, diz ao outro que voltou a estudar”.
Para melhorar essa frase pode-se acrescentar um ponto final,
utilizando-se de duas “orações independentes”, coordenadas. Assim
ficaria a frase: “Dois amigos se encontram na rua. Um, muito feliz, diz
ao outro que voltou a estudar.
3. Também deve ser evitado o emprego de palavras desconhecidas e
muito grandes. Uma dica importante é atentar para a escolha das
palavras, procurando empregar apenas as necessárias, precisas,
simples e, se possível, curtas. O mesmo vale para a construção das
frases. Assim, o texto se torna claro e objetivo. (BRASIL, 2008, p. 17)
Verbos declarativos ou dicendi
Os verbos declarativos ou dicendi são aqueles que empregamos para introduzir a fala de
pessoas ou personagens. Eles são muito importantes para contextualizar a mensagem e, às
vezes, carregam um juízo de valor para a declaração, como no exemplo abaixo:
“O Plano Real está incompleto”, alfinetou o ministro.
Squarisi e Salvador (2009) afirmam que a língua oferece pelo menos nove áreas
semânticas de verbos que se prestam a mostrar quem disse o quê. São elas:
 De dizer: afirmar, declarar;
 De perguntar: indagar, interrogar;
 De responder: retrucar, replicar;
 De contestar: negar, objetar;
 De concordar: assentir, anuir;
26
MANUAL DE REDAÇÃO & ESTILO
 De exclamar: gritar, bradar;
 De pedir: solicitar, rogar;
 De exortar: animar, aconselhar;
 De ordenar: mandar, determinar.
3.2.3 Concisão textual
Concisão significa conseguir transmitir o máximo de informações com o mínimo de palavras
- ir “direto ao ponto”. A capacidade de síntese pode tornar mais fácil a compreensão do texto,
possibilitando ao leitor entender a mensagem contida na produção textual.
Um texto conciso é aquele no qual o autor observa o meio termo e
busca o equilíbrio: não deve ser prolixo (muito extenso), nem tão
resumido, de forma a prejudicar sua compreensão.
Para se alcançar esse objetivo, é necessário que se determine as
informações relevantes e se avalie, com precisão, o significado das
palavras e expressões utilizadas (BRASIL, 2008, p. 24).
É importante observar que concisão não significa omitir dados, informações e quaisquer
esclarecimentos.
3.2.4 Conteúdo humanizado
Ao escrever um texto jornalístico, deve-se ter em mente a importância de humanizar o
conteúdo, retratando a realidade por meio de personagens reais, envolvidas com o fato
noticiável.
De certa forma, a ação coletiva da grande reportagem ganha sedução
quando quem a protagoniza são pessoas comuns que vivem a luta do
cotidiano. Descobrir essa trama dos que não têm voz, reconstruir o
diário de bordo da viagem da esperança, recriar os falares, a oratura
dos que passam ao largo dos holofotes da mídia convencional [...]
Contar uma boa história humana, afinal, é o segredo da reportagem
(MEDINA, 1999, p. 28).
27
MANUAL DE REDAÇÃO & ESTILO
A importância de humanizar o conteúdo dos textos jornalísticos está relacionada a uma das
principais características do Jornalismo, que é a construção de narrativas. O paradigma científico
e a recomendação pela objetividade no fazer jornalístico acabam, muitas vezes, tolhendo a
criatividade e impondo a técnica no momento da escrita. É necessário perceber, entretanto, que
essas diretrizes não se excluem: é possível ser objetivo e, ao mesmo tempo, priorizar as
questões humanas que estão envolvidas no processo noticioso.
Para alcançar um conteúdo jornalístico humanizado, o jornalista deve observar/perceber
cuidadosamente os fenômenos sociais, inferir informações, contextualizar os fatos etc. “[...] O
‘contar uma história’, ou narrar, não é restrito ao escrever, ou a como utilizar as construções
textuais corretas, mas sim em como utilizar a linguagem na busca da compreensão do mundo,
tarefa essa inerente ao jornalista [...]” (MAZINI, 2008, p. 5).
As matérias devem focar o modo como as ações e políticas do IFMA se refletem na vida
dos estudantes, dos seus servidores e da sociedade civil, mostrando opiniões, conhecimentos e
aprendizados, a partir das atividades realizadas. Não se deve restringir as entrevistas e contatos
às fontes oficiais. Dependendo da temática abordada, é importante expor a fala dos funcionários,
alunos, pais de alunos, a comunidade local, considerando a pluralidade de falas, o caráter social
e o interesse público que norteiam as ações de comunicação do Instituto.
28
MANUAL DE REDAÇÃO & ESTILO
4. FOTOGRAFIA
A fotografia não serve apenas para complementar a informação textual. Não deve ser usada
somente para ocupar vazios de conteúdo textual ou para “arejar a página”. Ao contrário, deve ter
um propósito informativo, relacionado à pauta jornalística3.
As fotografias jornalísticas devem permitir ao leitor compreender o acontecimento que está
sendo noticiado. Se a notícia é sobre uma palestra, o ideal é fotografar o palestrante falando
para o público, por exemplo. Não peça que ele se posicione ao lado do diretor, pró-reitor ou
reitor, pois esse tipo de foto não se relaciona com o conteúdo da notícia.
Busque fazer fotos que se relacionem e explorem a notícia. Evite
fotos posadas ou de ambientes vazios. São interessantes, por
exemplo, as que mostrem: movimento; a personagem desenvolvendo
o tema da notícia; conversando, gesticulando (se estiver sozinho, peça
para alguém conversar com a personagem enquanto tira a foto); em
ambiente citado na matéria. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE
FORA, 2011, p. 22)
As fotografias podem ser manipuladas em programas de edição, com a autorização do
autor e desde que o objetivo seja melhorar a qualidade da imagem, adequando-a ao veículo. De
acordo com o artigo 79, § 2º, da Lei de Direitos Autorais, “é vedada a reprodução de obra
fotográfica que não esteja em absoluta consonância com o original, salvo prévia autorização do
autor” (BRASIL, 1998). A recomendação está pautada na transparência e credibilidade,
princípios que norteiam a Comunicação no IFMA.
Peça autorização para tirar foto de qualquer pessoa e informe-a que será publicada no
portal do IFMA, em outros veículos da instituição e poderá ser encaminhada à imprensa. Evitar o
uso do zoom, pois há perda de resolução na imagem. É mais recomendável aproximar-se da
pessoa ou do objeto a ser fotografado.
3
A pauta é um documento que traz as orientações para o jornalista sobre quais aspectos devem ser
priorizados durante a apuração dos fatos. Elementos como a contextualização do fato, o enfoque que deve
ser dado ao texto jornalístico, sugestões de fontes e das perguntas que devem ser feitas compõem a pauta
e auxiliam o repórter em seu ofício.
29
MANUAL DE REDAÇÃO & ESTILO
As fotos devem estar acompanhadas dos créditos e, quando forem retiradas da internet,
devem indicar a fonte. Neste caso, deve-se extrair fotos apenas de sites que permitem a
reprodução.
Evite:

tirar fotos de celular – por maior que seja a resolução, as lentes de celular não
favorecem a qualidade da imagem;

não envie imagens em documento Word. As fotos devem ser salvas em JPG ou JPEG;

não tire fotos posadas. As fotografias devem contemplar o acontecimento em curso.
Fonte: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano (2011, p. 13).
30
MANUAL DE REDAÇÃO & ESTILO
5. CONTEÚDO
5.1 Da página principal do site
5.1.1 Público de interesse
Público externo: alunos, pais de alunos, comunidade acadêmica, imprensa, concurseiros,
sociedade em geral.
5.1.2 Sugestões de conteúdo para a página principal
Serão publicadas na página principal do site do IFMA notícias produzidas pelo
Departamento de Comunicação e Eventos do Instituto com foco no público externo. Devem
ocupar esse espaço notícias que abordem:
- Inovações tecnológicas;
- Pesquisas científicas;
- Práticas pedagógicas inovadoras;
- Projetos de extensão;
- Ações de impacto social;
- Serviços: concursos públicos e seletivos abertos aos alunos do IFMA e ao público em
geral;
- Eventos científicos do IFMA, que envolvam a comunidade externa ou vários campi;
- Eventos culturais e esportivos que envolvam dois ou mais campi da instituição e/ou que
tenham envolvimento da comunidade externa;
- Formaturas / Colações de grau;
31
MANUAL DE REDAÇÃO & ESTILO
- Eventos do calendário acadêmico como: semanas pedagógicas, do meio ambiente, da
consciência negra etc.;
- Nota de pesar acerca de falecimento de servidores do IFMA;
- Informações produzidas pelo Ministério da Educação – MEC, Ministério da Ciência e
Tecnologia – MCT (e suas agências de fomento: Coordenação de Aperfeiçoamento de
Pessoal de Nível Superior – Capes e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico – CNPq), Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação
Profissional, Científica e Tecnológica – Conif e Associação Nacional dos Dirigentes das
Instituições Federais de Ensino Superior – Andifes, quando relacionadas a temas que
envolvam a Rede Federal ou que tenham impacto em alguma política ou programa do
IFMA.
- Sobre eventos do calendário acadêmico:
Será produzida uma única matéria, que fará um balanço dos eventos realizados em vários
campi. As informações detalhadas sobre esses eventos poderão ser divulgadas no site de cada
campus e os links dessas matérias poderão ser inseridos na matéria da página principal.
- Sobre a nota de pesar:
Será publicada na página principal do site quando se tratar de morte de servidor. O texto
deverá ser feito em nome da comunidade do IFMA, lamentando e manifestando solidariedade à
família do servidor. A nota deverá dar informações como: nome completo, cargo que exercia e
tempo de trabalho na instituição, além das datas, locais e horários do velório e enterro.
Informações sobre missa de sétimo dia, mês ou ano poderão ser divulgadas a critério do
gabinete da direção do campus ao qual o servidor era vinculado. A divulgação deverá ser feita
por e-mail pelo gabinete do campus e encaminhada aos servidores a ele vinculados. A
divulgação poderá ser feita, também, nos murais do campus, se a direção geral julgar
conveniente.
O falecimento de prestadores de serviços, alunos e parentes de servidores deverá ser
comunicado a critério do gabinete da direção do campus ao qual eles estão vinculados. A
divulgação deverá ser feita por e-mail pelo gabinete do campus e encaminhada aos servidores
32
MANUAL DE REDAÇÃO & ESTILO
daquele campus. O mesmo procedimento deve ser adotado para divulgar missas de 7º dia, mês
ou ano.
5.2 Da página dos campi
5.2.1 Público de interesse
Público externo: alunos, pais de alunos, comunidade acadêmica, imprensa e sociedade em
geral. Neste caso, o que difere é a abrangência. Nas páginas dos campi, serão postadas notícias
que tenham interesse mais restrito à área de atuação daquela unidade.
5.2.2 Sugestões de conteúdo
Serão publicadas notícias que tratem de assuntos de interesse dos servidores, alunos, pais
de alunos e da comunidade próxima ao campus, como:
- Seletivo para bolsas da política estudantil;
- Certificações de programas como Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e
Emprego – Pronatec e Mulheres Mil;
- Visitas técnicas;
- Eventos do calendário acadêmico: semanas pedagógica, do meio ambiente, da
consciência negra etc.;
- Atividades culturais e esportivas.
33
MANUAL DE REDAÇÃO & ESTILO
6. REGRAS PARA A PADRONIZAÇÃO DO TEXTO
JORNALÍSTICO
Chegou o momento de apresentarmos algumas recomendações a serem observadas na
hora de redigir um texto jornalístico na Coordenação de Comunicação e Eventos do IFMA. O
propósito é estabelecer um padrão que seja adotado por todos os profissionais, a fim de manter
a identidade institucional. Estilo e criatividade na produção intelectual de cada jornalista são
incentivados, mas faz-se necessária a padronização de aspectos que usualmente destoam.
Abreviatura – deve ser evitada nos textos, mas quando usar atente para a forma recomendada
pela norma culta.
Abreviaturas e símbolos
al.
alameda
m²
metro quadrado
av.
Avenida
km²
quilômetro quadrado
pça.
praça
jan.
janeiro
r.
rua
fev.
fevereiro
tel.
telefone
mar.
março
ap.
apartamento
abr.
abril
a.C.
antes de Cristo
mai.
maio
d.C
depois de Cristo
jun.
junho
etc.
et Cetera
jul.
julho
Mi
Milhão
ago.
agosto
Bi
Bilhão
set.
setembro
Tri
Trilhão
out.
outubro
G
Grama
nov.
novembro
34
MANUAL DE REDAÇÃO & ESTILO
Kg
Quilo
dez.
dezembro
kHz
Quilohertz
Cia.
Companhia
Hz
Hertz
Ltda.
Limitada
W
Watt
S.A.
Sociedade Anônima
MHz
Mega
S.C.
Sociedade Comercial
kWh
Quilowatt-hora
Kbyte
Quilobyte
H
Hora
Mbyte
Megabyte
Min
Minuto
Gbyte
Gigabyte
S
Segundo
Mpixels
Megapixels
M
Metro
Km
Quilômetro
Fonte: Manual da Redação/Folha de S.Paulo
Obs.: no caso de medidas, use a abreviatura quando for antecedida de algarismo (3 cm; 25 km;
10 kg).
Adjetivo – o uso excessivo de adjetivos empobrece o texto jornalístico e, muitas vezes,
compromete a credibilidade do que é noticiado, por implicar juízo de valor. O ideal é utilizar
palavras que tornem a informação mais precisa.
Advérbio – devem ser evitados no início dos períodos, em especial, aqueles terminados com o
sufixo mente (certamente, curiosamente, evidentemente, definitivamente etc.). Porém, advérbios
que ajudem a precisar o lugar (acima, abaixo, além) ou o tempo (agora, ainda, amanhã) são
bem-vindos.
Algarismos romanos – recomenda-se o uso de algarismo romano somente quando o evento ou
pessoa já for reconhecido dessa forma. Por exemplo: IV Semana de Ciência e Tecnologia; Papa
João Paulo II. Em geral, opte pelos ordinais até 10º e cardinais daí em diante.
Ambiente/meio ambiente – prefira ambiente ao pleonasmo meio ambiente. Não use ecologia
como sinônimo de ambiente, pois a ecologia é uma disciplina, ramo da biologia (FOLHA, 2013).
Ano – deve ser escrito sem o ponto de milhar, assim: 2015, e não 2.015.
35
MANUAL DE REDAÇÃO & ESTILO
Antigo – quando se referir a pessoas ou coisas que já não são o que foram, prefira ex: exEscola Agrotécnica de São Luiz; Ex-Cefet, ex-reitor, em vez de antiga Escola Agrotécnica de
São Luiz; antigo Cefet; antigo reitor.
Apelido – evite. Quando o personagem for mais conhecido pelo apelido do que pelo nome, use,
mas sem emprego das expressões vulgo ou aliás. Prefira conhecido como.
Aspas – quando as frases forem transcrições do que falou a fonte, deve ser utilizado o sinal
gráfico (“ ”). As aspas não devem ser utilizadas em palavras para imprimir tom de ironia ou
provocar outro sentido. Use para destacar título de livros, de pesquisas científicas, obras
artísticas, jornais etc.
Pode-se utilizar aspas simples (‘ ’), quando a palavra ou frase destacada fizer parte de
outro período já destacado. Mas evite-as seguidas de aspas normais.
Evite usar aspas separadas de outras aspas apenas por ponto.
Bibliografias – quando for necessário citar bibliografias, deve-se observar os seguintes
aspectos:
a) título grafado com a inicial em maiúscula e entre aspas;
b) subtítulo deve ser separado por um travessão (—). Não confunda travessão com hífen ();
c) nome do autor seguido de “de”;
d) nome de tradutor, seguido de Tradução de;
e) cidade em que o livro foi editado;
f) nome da editora;
g) ano de publicação;
h) número de páginas (use a abreviatura p.);
i) preço.
Exemplo: “Outubro de 71 — memórias fantásticas da Guerra dos Mundos em São Luís”,
de Francisco Gonçalves. São Luís, Edufma, 2011. 220 p. R$ 25,00.
36
MANUAL DE REDAÇÃO & ESTILO
Cacoetes de linguagem - palavras e expressões de baixo valor informativo, que vulgarizam o
texto jornalístico, devem ser evitadas (abrir com chave de ouro; aparar as arestas; atuação
impecável; com direito a).
Campus/campi – mantém-se o uso de campus, em Latim, e seu plural campi, sem necessidade
de grifar em itálico.
Cargos – devem ser escritos com minúscula (reitor; pró-reitor; diretor-geral; chefe da Divisão de
Comunicação; coordenador de Pesquisa).
Citações – evite iniciar matérias com citações, com exceção de declarações de forte impacto ou
interesse público. No corpo do texto, devem estar entre aspas e com verbos dicendi ao final da
declaração.
Colchetes – recurso gráfico ([
]) que permite introduzir breves comentários no texto,
principalmente dentro de citações ou transcrição da fala da fonte);
Créditos – as matérias devem ser sempre assinadas, com exceção das notas referentes a
avisos, editais etc., que devem ser assinadas pela Assessoria de Comunicação. No caso de
textos recebidos dos campi, sem cobertura de jornalista da Ascom e sem alterações, deve ser
usado o crédito “com informações do Campus Buriticupu”. O mesmo se aplica a textos
replicados de outros veículos de comunicação. Em se tratando de textos extraídos de sites
oficiais do governo federal, reproduzidos literalmente, deve constar no crédito a palavra “fonte”,
seguida do órgão estatal, como nos exemplos: “Fonte: CNPq”; “Fonte: MEC”.
Cursos/ciências/disciplinas – escreva a palavra “curso” com inicial minúscula e o nome do
curso com inicial maiúscula (curso de Biologia; Química; Engenharia Elétrica; professor de
Português).
Data – as datas devem ser escritas com algarismo arábico para o dia, letras minúsculas para o
mês e algarismos arábicos para o ano (4 de março de 2015). Admite-se usar barras (4/3/2015).
Não há necessidade de usar o zero à esquerda.
Deficiência4 – use expressões que combatam estereótipos e discriminação. Opte por:
Pessoa com deficiência. Termo presente na Convenção sobre os Direitos das Pessoas com
Deficiência, da Organização das Nações Unidas (ONU), que o Brasil ratificou com valor de emenda
4
Terminologia sugerida em
<http://www.pessoacomdeficiencia.curitiba.pr.gov.br/conteudo/terminologia/116>
37
MANUAL DE REDAÇÃO & ESTILO
constitucional em 2008. Não diga pessoa portadora de deficiência ou portador de deficiência.
A pessoa não porta, não carrega sua deficiência, ela tem deficiência e, antes de ter a deficiência,
ela é uma pessoa como qualquer outra.
Pessoa com deficiência física. Substitui os termos deficiente físico, o deficiente, a deficiente.
O termo deficiência física se refere à categoria dentro da qual existem muitos tipos
(amputações, paralisias, paresias, baixa estatura, amputações, malformações congênitas etc.).
Pessoa com deficiência visual. O termo deficiência visual se refere à categoria dentro da
qual existem os tipos cegueira e baixa visão (em variados graus).
Pessoa cega. Muitas pessoas cegas aceitam ser chamadas cegas. Evite dizer pessoa cega
total ou pessoa com cegueira total ou cego total, pois são termos redundantes.
Pessoa com baixa visão. Substitui o termo pessoa com visão subnormal.
Pessoa com deficiência auditiva. O termo deficiência auditiva se refere à categoria dentro da
qual existem os tipos surdez e baixa audição (em variados graus).
Pessoa surda. Muitas pessoas surdas aceitam ser chamadas surdas. Evite dizer pessoa
surda total ou pessoa com surdez total ou surdo total.
Pessoa com baixa audição. Substitui os termos pessoa com surdez parcial, surdo parcial,
que são redundantes. Algumas pessoas com baixa audição preferem ser chamadas pessoas
com deficiência auditiva ou deficientes auditivos em vez de pessoas com surdez parcial,
pois elas não se consideram surdas.
Pessoa com tetraplegia. Substitui os termos tetraplégico, tetra, quadriplégico.
Pessoa com deficiência intelectual ou pessoa com déficit cognitivo. Substitui os termos
deficiente mental, excepcional, retardado mental. O termo deficiência intelectual se refere à
categoria dentro da qual existem muitos tipos, dependendo dos apoios, habilidades adaptativas e
outros fatores.
Pessoa com transtorno mental. Substitui o termo doente mental.
Pessoa com deficiência múltipla. É a pessoa que tem duas ou mais deficiências ao mesmo
tempo. Evite dizer pessoa com deficiências múltiplas.
Pessoa com mobilidade reduzida. É a pessoa que, não se enquadrando no conceito de pessoa
com deficiência, tem, por qualquer motivo, dificuldade permanente ou temporária de movimentar38
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se, gerando redução efetiva da mobilidade, flexibilidade, coordenação motora e percepção: pessoa
com idade igual ou superior a 60 anos, com criança de colo, gestante, lactante. (Decreto n. 5.296,
02/12/2004, art. 5°, § 1°, II, e §2°)
Dias da semana – devem ser grafadas com minúscula. No corpo do texto, escreva a palavra
com o feira, quando for o caso (segunda-feira; terça-feira; sexta-feira). No título, por economia de
espaço e para ser mais objetivo, pode ser utilizada a forma reduzida (segunda; terça; sexta).
Dias do mês – sempre com numeral cardinal, com exceção do dia 1º, com ordinal.
Discente/docente – evite essas palavras, por não serem de uso corrente. Dê preferência por
aluno/estudante e professor.
Dona/Seu – evite formas de tratamento. Prefira usar a profissão (dona de casa; agricultor;
aposentado).
Doutor – títulos não devem ser utilizados para tratamento da fonte ou personagem da notícia.
Prefira o substantivo que se refira à profissão: o médico Fulano de Tal. Como fazemos parte de
uma instituição de ciência, tecnologia e inovação, em matérias de jornalismo científico ou quando
for necessário citar a formação da fonte, opte por mencionar a titulação depois do nome: “a
professora de Tecnologia em Alimentos, Fulana de Tal, que é doutora em Saúde Animal, pelo
IFMA”.
Endereço – as matérias do IFMA devem fornecer os endereços que possam ser úteis à
população, observando o seguinte padrão:
a) rua, avenida e similares são escritas em minúscula;
b) nomes das vias em maiúscula (avenida dos Curiós);
c) números são precedidos de vírgula e da abreviatura (avenida Getúlio Vargas, nº 234);
d) complementos devem ser precedidos de vírgula e o bairro com um hífen (avenida
Getúlio Vargas, nº 234, sala 10 – Monte Castelo);
e) o código de endereçamento postal deve vir antes da cidade e a sigla do estado separado
por uma barra, sem espaço (avenida Getúlio Vargas, nº 234, sala 10 – Monte Castelo,
CEP: 65000-000, São Luís/MA);
f) endereço eletrônico deve ser escrito em minúscula e seguido da palavra e-mail.
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MANUAL DE REDAÇÃO & ESTILO
Estado/estado – com maiúscula quando designar conceito político ou unidade da Federação:
golpe de Estado; o Estado da Paraíba. Quando for sinônimo de situação, disposição, empregue
minúscula: estado de espírito (FOLHA, 2013).
Estrangeirismos – no caso de palavras estrangeiras que possuírem tradução, opte pela escrita
em português ou similar (estresse, em vez de stress; estande, em vez de stand). Palavras de
difícil tradução e pouco usuais devem ser acompanhadas de explicação Exemplo: spread, taxa
de risco nos empréstimos internacionais.
Etnias – evite a palavra raça quando se referir à espécie humana. Para designar aspectos
físicos de grupos étnicos, use o termo que os qualifica: O apartheid segrega os negros, em vez
de a raça negra. Jamais use referências preconceituosas ou discriminatórias (crioulo, preto, japa,
denegrir etc.).
Expressões científicas – explique a ciência de maneira simples, sem palavras complicadas.
Quando for necessário usar palavras técnico-científicas, explique seu significado em seguida.
Gentílico – devem ser escritos em minúscula (maranhense; ludovicense; pinheirense; brasileiro).
Gíria – evite. Quando aparecer em declarações, deve ser mantida.
Governo – escreva sempre em minúscula (governo federal; governo estadual). Quando se tratar
de um governo específico, deve ser grafada em maiúscula: Governo Getúlio Vargas; Governo
Lula.
Horário – use a forma com número cardinal seguido da abreviatura h. Não há necessidade da
abreviatura de minutos: 10h; 15h30.
Hoje – evite ao escrever notícias para o Portal do IFMA. Como a notícia pode permanecer na
primeira página no dia seguinte, pode confundir o leitor. Opte pelo dia da semana em que
ocorreu o acontecimento noticiado. Exemplo: Nesta quarta-feira (5). Quando se referir ao
passado, prefira utilizar “na última”; no futuro, escreva “na próxima”. Exemplo: Na última sextafeira (3); as inscrições encerram na próxima segunda-feira (10).
Identificação da fonte – as fontes devem ser identificadas por profissão, cargo, função ou
condição, que devem anteceder o nome. Exemplo: a pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação,
Natilene Brito; a assistente social do Campus Maracanã, Diana Jardim; o professor de Português
do Campus Alcântara, Augusto Nascimento. Evite identificar o personagem por cor, etnia,
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religião, partido político, preferência ideológica (socialista, comunista etc.) ou orientação sexual,
exceto quando for importante no contexto (FOLHA, 2013).
Itálico/negrito – escreva em itálico palavras estrangeiras, nomes científicos. Negrito deve ser
usado apenas nos links de matérias postadas no Portal do IFMA.
Links – ao escrever para o Portal do IFMA, procure sempre estabelecer links com outras
informações. Esse recurso é fundamental para a contextualização e maior aprofundamento do
leitor no jornalismo online. Em matérias de jornalismo científico, recomenda-se linkar o nome do
pesquisador ao currículo na plataforma Lattes do CNPq.
Maiúscula - use maiúsculas nos seguintes casos:
a) nome dos órgãos, campi e setores do IFMA. Exemplos: Reitoria; Pró-reitoria de
Administração e Planejamento; Diretoria Geral do Campus São Raimundo das
Mangabeiras; Coordenação de Ensino; Laboratório de Desenho;
b) conceitos políticos. Exemplos: Constituição; Estado; Federação; União; República; Poder
Executivo; Legislativo; Judiciário;
c) nome de cursos/ciência/disciplina: Física; Psicologia; curso técnico em Vendas; curso
superior em Licenciatura em Ciências Agrárias;
d) nome científico, mas o nome da espécie deve estar em minúscula: Homo sapiens;
Cyperaceaejuss;
e) regiões geográficas: Baixada Maranhense; Litoral Oriental Maranhense; Região dos
Cocais; Nordeste; Centro-Oeste;
f) República quando se referir a instituição política: presidente da República.
Nomes próprios – a fonte deve ser identificada por nome e sobrenome mais usual. A partir da
segunda menção, pode-se fazer menção ao cargo/profissão; repetir o nome e sobrenome; ou
usar a designação pela qual a pessoa é mais conhecida, como nos exemplos: Fernando
Henrique Cardoso, Lula, Xuxa.
Nosso – evite no corpo do texto, exceto em citações, principalmente quando se referir ao IFMA.
Numerais – escreva os numerais até dez por extenso, além de cem e mil. Nos outros casos, use
números cardinais ou ordinais. Em números acima de mil, use a palavra que designa a ordem de
grandeza. Exemplo: 2 mil; 150 mil; 5,6 milhões; 30 bilhões etc. Idade deve ser mencionada entre
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vírgulas e seguida da palavra anos (a estudante Maria da Silva, 18 anos, foi aprovada). Evite
algarismos no início das frases e títulos. Quando for necessário, grafe por extenso. No meio dos
títulos, pode ser usado o algarismo.
Parênteses – evite em texto corrido para introdução de explicações longas. Não use parêntese
dentro de parêntese. Use nos seguintes casos:
a) para siglas, que devem ser antecedidas pelo nome por extenso: Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IFMA); Pró-reitoria de Gestão de
Pessoas (PROGEPE);
b) data de nascimento/morte: Charles Dickens (1812-1870);
c) registrar região de cidades: Pinheiro (Baixada Maranhense);
d) partido político: o governador Flávio Dino (PC do B).
Ponto de exclamação – evite, para que não se assemelhe ao uso abusivo nas redes sociais.
Utilize apenas em declarações enfáticas.
Relação dos campi do IFMA – quando for preciso citar vários campi, deve-se observar a ordem
alfabética. Exemplo: Participaram da reunião representantes dos campi Centro Histórico,
Maracanã e Monte Castelo.
Siglas – o significado deve ser escrito antes da sigla, que ficará entre parêntese. Use apenas
letras maiúsculas para siglas de até três letras (ONU, CIA, CLA); Use maiúscula na primeira letra
em siglas que possam ser lidas em dificuldades (Unesco, Univima, Fapema). Use letras
maiúsculas para siglas que precisam ser lidas letra por letra (FGTS, SBPC). Em caso de plural,
use o s minúsculo (TVs, CDs). No caso da sigla do IFMA, deve ser sempre grafada toda em
maiúscula.
Título – evite a reprodução literal do título no lead das matérias jornalísticas. O verbo deve estar
na voz ativa, de preferência, e no tempo presente, exceto quando o texto se referir a fatos
distantes no futuro ou no passado.
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MANUAL DE REDAÇÃO & ESTILO
REFERÊNCIAS
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