SEGURANÇA AGROPECUÄRIA
CAPÍTULO I: Considerações Gerais
A finalidade de tratar de riscos profissionais: identificá-los e promover
meios para diminuir tais riscos.
O conceito de Segurança e Saúde Ocupacional no meio Rural é
relativamente novo. Importância maior era dada à Medicina Industrial.
Sabe-se que esta exploração situa-se juntamente com a construção
civil e petrolífera, entre as mais perigosas.
As medidas de prevenção para o trabalho rural: princípios
fundamentais de Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho.
A supervisão do trabalho agrícola é muito difícil. Daí a importância da
educação e do treinamento prevencionista no trabalho agrícola.
1. Aspectos Sócio-econômicos do Trabalhador Rural
O trabalho Agrícola engloba a produção de gêneros alimentícios até
a produção de matérias primas industriais.
Características particulares determinarão as condições de
Segurança e Higiene:
Caráter sazonal e cíclico;
Longas jornadas de trabalho e com grande esforço físico;
Trabalho realizado ao ar livre;
Variabilidade do tipo de trabalho executado por uma pessoa;
Contato com meio contaminante;
Longas distâncias percorridas pelo trabalhador para alcançar seu
local de trabalho;
Mão de obra temporária e não qualificada;
Condição precária de vida.
1. Aspectos Sócio-econômicos do Trabalhador Rural
Atividades da Exploração Agrícola
Do preparo do solo à colheita, transporte e armazenamento;
Simultaneamente, tratamentos de sementes e partes vegetativas,
canais de irrigação e drenagem, estradas, cercas, controle de
doenças, aplicação de corretivos, etc.
Ferramentas utilizadas
Manuais, máquinas, implementos, veículos, produtos químicos e
inflamáveis.
1.1. População e Faixa Etária
Grupos de
Idade
População
% Sobre o Total
Rural
0 – 14
15 – 39
40 – 59
60 – 69
70 em diante
Ignorada
18.982.02
3
14.889.46
3
5.285.720
1.168.225
654.683
73.939
46,23
36,30
12,86
2,84
1,59
0,18
Total
41.054.05
3
100,00
1.2. Educação
Fatos:
Ensino elementar do país é ineficiente;
Deficiência no transporte escolar;
Carência nutricional; e
Habitação precária.
Conclusão:
Alta evasão escolar; e
Alto índice de abandono escolar.
O nível educacional no meio rural é muito baixo.
2. Acidentes do Trabalho Rural
Definições
Conceito Prevencionista: “Qualquer ocorrência não desejada que
modifica ou põe fim à um trabalho ocasionando perda de tempo,
danos materiais, danos físicos ou morte, ou ainda as três coisas
juntas.”
Conceito Legal: está no decreto nº 76.022 de 24 de Julho de 1975
(art. 2º), que aprova o Regulamento do Seguro de Acidentes do
Trabalho Rural, instituído pela Lei nº 6.195 de 19 de Dezembro de
1.974 e que diz:
“O acidente do Trabalho Rural é aquele que ocorre pelo exercício do
trabalho rural, a serviço de empregador, provocando lesão corporal,
perturbação funcional ou doença, que cause morte ou a perda ou a
redução permanente ou temporária de capacidade para o trabalho
e que embora não tenha sido causa única, contribua diretamente
para a morte ou perda ou redução da capacidade para o trabalho,
equiparando-se ao acidente à doença profissional inerente à
atividade rural e definida em portaria ministerial”.
3. Causas de Acidentes do Trabalho
Em 98% dos casos, as causas dos acidentes podem ser previstas e
eliminadas.
Tipos de Causas
Condições inseguras;
Ato inseguro; e
Fator pessoal inseguro.
CAPÍTULO II: Riscos do Trabalho Rural
Meio nocivo;
Necessidade de transporte;
Presença de animais;
Produtos químicos e inflamáveis;
Ferramentas e máquinas de alto risco;
1. Tratores Agrícolas
Dados estatísticos:
Acidentes fatais ocorridos com tratoristas: 80% devido à falhas
humanas.
40% incapacidade ou ignorância do perigo;
22% velocidade excessiva;
21% falta de atenção do tratorista;
13% inexperiência ou falta de treinamento do tratorista; e
4% outras causas.
Acidentes mais comuns:
70% queda lateral do trator;
15% queda para trás;
5,5% queda do tratorista;
3% choque com outro veículo; e
6,5% outros fatores.
1. Tratores Agrícolas
Causas de acidentes
Condições inseguras:
Referentes à constituição física dos tratores agrícolas e
seus
dispositivos de segurança
Atos inseguros:
Excesso de velocidade;
Uso incorreto das marchas;
Manejo incorreto dos implementos;
Atolamento;
Tracionamento de carretas;
Obstáculos ocultos;
Riscos em manobras;
Trabalhos inadequados;
Trânsito em estradas;
Brincadeiras;
Estacionamento incorreto no final do trabalho.
1. Tratores Agrícolas
Medidas de segurança
Local de armazenamento do trator deve permitir boa ventilação;
O operador deve subir no trator pelo lado esquerdo;
Não ultrapassar o limite máximo de velocidade;
Utilização correta das marchas como freio motor;
Em caso de atolamento, procurar outro ângulo para tracionar o
implemento;
Abastecer o veículo longe de depósitos combustíveis, utilizando um
funil;
Verificar a solução da bateria com o veículo desligado;
Abrir lentamente a tampa do radiador com o motor aquecido;
Respeitar o peso máximo das cargas transportadas;
Calçar os implementos antes de seu desacoplamento;
Redobrar a atenção quando rebocar veículos e máquinas em terrenos
acidentados;
1. Tratores Agrícolas
Medidas de Segurança (continuação):
Alargar as rodas em terrenos acidentados;
A marcha utilizada em declives deve ser a mesma utilizadas em
aclives;
Em risco de empinamento, utilizar contrapesos na parte dianteira do
trator;
Evitar o transporte de pessoas sobre o trator;
No tracionamento de qualquer elemento, verificar a fixação dos
cambões;
Utilização de roupas adequadas, sem pontas soltas;
Antes de descer do trator, desligar o trator e freiá-lo;
O operador do trator deve ser habilitado e treinado;
Trafegando em auto estradas, unir os pedais de freios;
Manter a higiene na plataforma, estribo e pedais do trator;
Não retirar os dispositivos de segurança do trator;
No final do trabalho, desengatar o implemento;
1. Tratores Agrícolas
Medidas de Segurança (continuação):
Utilizar a embreagem de forma suave e gradual;
Acoplar equipamentos no ponto mais baixo possível e com barras;
Dirigir sentado, não transportar pessoas no para-lama, barra de
tração, etc;
Em caso de acidente, desligar imediatamente o motor;
Ao acoplar o implemento não ficar entre este e o trator;
Antes de iniciar o trabalho, demarcar a área a ser trabalhada;
Para desatolar o trator, não utilizar madeira, toras ou outro objeto;
Calçar e frear o trator quando parado ou em declive;
Manter a conservação do trator para que este apresente bom
funcionamento;
RISCO NO USO DO TRATOR
AGRÍCOLA
O trator presta serviços inestimáveis ao homem do campo mas
também é fonte de muitos acidentes, alguns dos quais conduzem a
morte do operador e de terceiros.
O uso indevido do trator agrícola pode ocasionar riscos de acidentes
de três naturezas:
•relacionados ao terreno onde opera (AMBIENTE);
•provocados pelo trator em si (AGENTE); e/ou
•pela imperícia ou desconhecimento do operador (HOMEM)
FATORES HUMANOS NOS ACIDENTES
Na maioria das ocorrências o acidente é a evidência do erro humano.
Quase sempre o erro humano resulta em custosos danos ao
equipamento e na perda de tempo para os reparos. Uma máquina
pode ser reparada ou substituída; o que nem sempre é possível
quando o erro causa um dano ao corpo humano. Os principais fatores
que causam esses erros são:
•fadiga
•preocupação
•falta de atenção
•falta de treinamento
•incompatibilidade homem-máquina
•outros
As limitações humanas que influem nos acidentes podem ser classificadas
em:
•Físicas
•Fisiológicas e
•Psicológicas.
Fatores Físicos:
As características físicas ou as limitações de uma pessoa, podem ser
comparadas às especificações de projeto de uma máquina --- seu
tamanho, peso, potência, voltagem, etc. --- coisas que não são
mudadas facilmente. Se você reconhece as suas limitações físicas e
trabalha dentro delas, você terá menos acidentes do que alguém que
tenta trabalhar além dos seus limites. Assim você terá melhor controle
do ambiente e da máquina que você opera. Você será capaz de evitar
acidentes mais facilmente.
Força
Algumas pessoas são mais fortes do que outras. Um homem pode ser
capaz de mover uma escada pesada com segurança, mas isso pode ser
perigoso para alguém mais baixo ou mais fraco, com o risco de atingir
uma segunda pessoa. Conheça os seus limites de força e peça ajuda se
precisar !
Os músculos representam cerca de 45% do peso do corpo. Quando em
trabalho, eles convertem a energia química dos alimentos em energia
mecânica. A quantidade de energia utilizada, depende do tamanho e
estado atual dos músculos, do suprimento de sangue, temperatura,
respiração e do tipo de trabalho executado.
Uma estimativa prática da habilidade humana de trabalhar
continuamente é de cerca de 1/10 a 1/5 HP (cavalos de força = Horse
Power, em Inglês). Precisa-se de 1/10 HP para acender uma lâmpada
incandescente de 75 watt.
Para trabalhar com segurança, evite a fadiga muscular:
1 - Trabalhe em posição confortável. Quando o assento está alto, a
pressão nos músculos da coxa podem provocar câimbras.
2 - Opere dentro das suas limitações. Não exija demais dos seus
músculos. As máquinas simples, como as alavancas e chaves de
boca, foram criadas justamente para multiplicar a força do homem:
use-as sempre que precisar.
3 - Mantenha-se em movimento constante. O movimento do corpo no
trabalho dinâmico ajuda a circulação sanguínea, exercita uma grande
variedade de músculos e é mais indicado do que o trabalho parado ou
com menos movimento.
4 - Faça pausas freqüentes e curtas. Elas são mais eficazes na
recuperação das energias, do que as longas e raras.
Tempo de reação
O tempo de reação ou reflexo do indivíduo tem início com uma
mensagem enviada ao cérebro e termina quando o corpo executa uma
resposta ou reação física. Por exemplo, quando o tratorista avista um
obstáculo (a mensagem), isso é registrado no cérebro e resulta numa
reação ao perigo: numa freada, desvio do obstáculo ou outra manobra
apropriada. Para que o cérebro receba a mensagem e diga ao corpo
para executar uma ação leva tempo --- o tempo de reação. O melhor
tempo de reação do homem é lento, quando comparado com a alta
velocidade da máquina. O tempo de reação humana é de cerca de 1/3
de segundo, sob condições ideais. Vide a figura abaixo:
Da ilustração acima concluímos que:
a) a reação do tratorista sóbrio dará tempo para evitar o perigo,
parando à tempo;
b)no caso do tratorista cansado, o longo tempo de reação, fará com
que pare o trator quase em cima do obstáculo; e
c)o tratorista doente, embriagado ou intoxicado, não evitará um
acidente (às vezes) grave.
Pense em como você reagiria às várias situações de emergência, antes
que seja submetido a elas. Isso pode ajudá-lo a reagir mais rápido
nessa emergência. Sabendo que o cansaço e o álcool, por exemplo,
diminuem o seu tempo de reação, evite-os quando for dirigir o trator.
Peso e tamanho
A estatura de uma pessoa geralmente determina os tipos de trabalho
que ela pode realizar com segurança. Considere as diferenças em
tamanho do corpo de um jóquei e de um jogador de basquete. Embora
esses sejam os casos extremos, ninguém se ajusta exatamente às
dimensões médias.
É por isso que os assentos de muitas máquinas são ajustáveis. Esteja
certo de manter o seu ajustado --- para você. Assim você ficará mais
confortável, eficiente e alerta.
O painel de controle e a localização dos comandos têm um efeito
significativo no seu desempenho e segurança na condução da máquina.
Idade
As habilidades físicas variam com a idade, atingindo geralmente o ideal
entre 25 e 30 anos e, a partir daí, diminuindo progressivamente. Assim,
a visão, a audição e a força física diminuem com a idade.
Em estudo realizado nos Estados Unidos, ficou provado estatisticamente
que, entre os jovens menores de 16 anos e os idosos maiores de 65
anos de idade, ocorrem a maioria dos acidentes com equipamento
agrícola.
Visão
Mais de 90% do nosso trabalho é controlado pelos olhos. Contudo ela
tem as suas limitações e necessita de proteção e de cuidados. A boa
visão depende:
•da intensidade de luz adequada ao tipo de trabalho
•do tamanho visível do objeto focalizado
•da cor e contraste do objeto e o fundo
•da estabilidade do objeto focalizado e
•da claridade e nitidez do objeto.
Fatores Fisiológicos:
Nosso corpo tem certas características e limitações de ordem
fisiológica. Algumas delas são: tono muscular e força; eficiência
metabólica (quanto de alimento é usado para fazê-lo funcionar); sua
resistência a certas doenças; e as horas de sono e de descanso que
são exigidos pelo seu corpo.
Limitações fisiológicas como essas são comparáveis ao desempenho
de uma máquina: quanto de combustível ela consome; a temperatura
de operação; as ligações do sistema elétrico; etc. Estas limitações
variam muito entre as diferentes pessoas e podem variar, na mesma
pessoa, de dia para dia.
Os limites fisiológicos são afetados por:
•fadiga
•drogas, álcool e fumo
•produtos químicos (agrotóxicos)
•doenças e
•condições ambientais: temperatura, umidade, vibração, ruído,
poeira, etc.
Fatores Psicológicos:
A segurança e o desempenho pessoal dependem grandemente dos
fatores psicológicos. Neste aspecto, as pessoas são muito diferentes
das máquinas. O homem tem emoções e sentimentos --- as máquinas
não.
Os problemas psicológicos resultam de uma série de situações:
•conflitos pessoais --- confusão e incerteza na mente do indivíduo
•tragédia pessoal --- a perda de um amigo ou parente
•problemas interpessoais --- problemas em casa, atrito entre
pessoas
•problemas profissionais --- dificuldades no serviço
•dificuldades financeiras
•a insegurança (ou introversão) --- impede o indivíduo de solicitar
informações que seriam úteis à prevenção de acidentes.
Os resultados dos problemas emocionais --- que causam reações de
cólera, retaliação, desatenção a detalhes, como não observar avisos
importantes (as placas de sinalização, por exemplo) --- criam situações
de acidentes.
2. Máquinas e Implementos Agrícolas
Descrição das máquinas e implementos
Arados: Promove a inversão da leiva de terra e cobre parte da
vegetação e restos de cultura.
Arado de disco: de arrasto;
de levante hidráulico;
arados gradeadores.
Arado de aiveca: de arrasto;
de levante hidráulico.
2. Máquinas e Implementos Agrícolas
Grades: Desagregar os torrões, nivelar a superfície do solo para
facilitar a semeadura, e adensar o solo.
Grade de disco;
Grade de dentes;
Grade de molas;
Semeadoras e plantadoras: São máquinas projetadas para realizar o
plantio de sementes e de vegetativos, além da adubação.
de levante hidráulico;
de arrasto;
Cultivadores: São utilizados para uma movimentação superficial do
solo, escarificando os restos de culturas e misturando fertilizantes e
defensivos.
de levante hidráulico;
de arrasto;
2. Máquinas e Implementos Agrícolas
Aplicadores de defensivos: São aparelhos utilizados na aplicação de
produtos químicos para combater as pragas, doenças e ervas
indesejáveis. Podem ser apresentados em pó, líquido ou granulado.
Polvilhadeiras;
Granuladeiras;
Pulverizadores;
Nebulizadores.
Outros implementos utilizados na Agricultura:
Roçadeira: Utilizada para eliminar o mato de pastos e destruir o
resto de culturas. Podem ser de levante hidráulico ou de arrasto.
Enxadas rotativas: Utilizada para destruir o resto de culturas.
2. Máquinas e Implementos Agrícolas
Tipos de Riscos
Lesões traumáticas;
Lesões aos órgãos dos sentidos;
Outros danos à saúde.
Medidas Gerais de Segurança
Condições seguras;
Medidas de segurança aos implementos em geral.
RISCOS NO USO DA
PICADEIRA E
DESINTEGRADORA
As máquinas agrícolas providas de engrenagens e rolos
cortantes, como a despolpadora de sisal (usada no
interior da Bahia, principalmente), as moendas de cana,
as picadeiras de forragem e muitas outras, quando não
têm dispositivos de segurança, são causa de acidentes
mutilantes, como pode ser visto na foto abaixo:
Quando são usadas máquinas que possam, por seus
elementos girantes (como as roçadeiras), lançar pedras à
distância e outros objetos com suas pás, convém manter
distância das mesmas.
3. Ferramentas Manuais
Tipos: facas, facões, enxadas, enxadões, foices, machados e
martelos.
Riscos
Bordas cortantes: cortes, contusões e dilacerações;
Instrumentos não ergonômicos e pesados: efeitos acumulativos
danosos à saúde do trabalhador.
Medidas de Segurança
Ferramenta adequada ao uso que se destina;
Não utilizar ferramentas com defeitos;
Devem ser utilizadas as bainhas para guardar e transportar as
ferramentas;
Manter as ferramentas de corte afiadas;
Utilização de EPI quando a tarefa necessitar;
3. Ferramentas Manuais
Medidas de Segurança (continuação)
Não atirar cigarros “acesos” ao chão;
Os trabalhadores devem manter uma distância segura um do outro;
Verificar o corte das ferramentas antes de utilizá-las;
As ferramentas que não estiverem sendo utilizadas devem ser
guardadas;
Não atirar as ferramentas de um trabalhador a outro, estas devem
ser entregues;
Cuidado especial ao se transportar em um veículo trabalhadores
com suas ferramentas;
Após a utilização, as ferramentas deverão ser guardadas em local
apropriado;
Este local deve oferecer segurança e ser de fácil acesso;
RISCOS NA OPERAÇÃO
DE MOTOSSERRAS
A motosserra, ao lado da desfribadora de sisal e do
trator agrícola, é uma das máquinas utilizadas na zona
rural e uma das mais perigosas.
Entretanto, são inegáveis os benefícios que ela
representa devido ao seu alto rendimento
operacional. Isso ficou demonstrado na construção
da rodovia e colonização da Transamazônica, ou
quando uma Concessionária de Energia tem de
correr contra o tempo para desmatar a área a ser
tomada pelo reservatório de uma hidrelétrica.
Os riscos na operação de uma motosserra estão
associados, principalmente a:
ferimentos com a lâmina
ruídos e vibrações
corte e queda da árvore
a) freio manual de corrente
b) pino pega corrente
c) protetor de mão direita
d) protetor de mão esquerda e
e) trava de segurança do acelerador
Derrubada de Árvores com Motosserras
A motosserra é uma máquina muito perigosa e só
deve ser operada por pessoas treinadas no seu uso.
Cerca de 85% dos acidentes com motosserra são
provocados pela corrente (elemento cortante) em
movimento. Os casos fatais, por outro lado, em sua
maioria, devem-se à queda de árvores, derrubadas
sem a devida técnica.
3.1 - Aprenda a avaliar a árvore que vai ser abatida:
observe o seu tamanho, diâmetro, estado, posição em
relação às vizinhas, etc. Assim, por exemplo, se o seu
diâmetro for cerca de duas vezes maior do que o
tamanho da lâmina da motosserra, isto irá requerer uma
técnica especial de corte.
3.2 - Antes do corte, há 12 itens a considerar:
inclinação do tronco
distribuição da copa
limpeza em redor da árvore (área de trabalho)
escolha da direção de tombamento
escola da rota para uma possível fuga
localização do companheiro de trabalho
posição do veículo ou de benfeitorias
presença de linhas de energia próximas
uso da técnica de corte apropriada
a presença de áreas podres ou ocas no tronco
velocidade e direção do vento, e
observar quaisquer objetos (frutos, galhos, etc.) que
possam vir de cima.
3.3 - Observe a posição correta da mão esquerda durante
o corte, tanto para fixar bem a motosserra, como para
acionar com o dedo indicador, quando preciso, o
mecanismo de segurança.
3.4 - O equilíbrio do operador é muito importante, para
controlar a máquina e mantê-la segura com firmeza. Há o
perigo de ricolchete e mesmo de tombamento do
homem, devido ao peso da motosserra. Evite cortes
acima do ombro.
3.5 - Deve-se sempre acelerar a máquina antes do corte.
3.6 - Se o operador é iniciante e não tem experiência,
deve inicialmente treinar a derrubada de árvores
pequenas, para aprender e praticar, antes de se aventurar
a cortar as árvores de maior porte.
4 - Remoção do Tronco e Pilhas
Os riscos de acidente no uso da motosserra não param
depois que a árvore é tombada e já se encontra no chão.
Uma vez no chão, o tronco deve ser removido, ocasião
em que a árvore será desgalhada. O tronco é, em geral,
dividido em toras, que serão devidamente empilhadas ou
transportadas.
A foto acima mostra a técnica correta para fracionar o
tronco caído. Observa-se que o tronco está apoiado
sobre roletes formados com galhos de diâmetro pequeno
e, assim, a extremidade do tronco está em balanço e,
portanto, sob tensão, não havendo (no caso), perigo de
quebra da lâmina da motosserra.
RISCOS NO USO DE FERRAMENTAS
MANUAIS
No Brasil existem cerca de 35 milhões de trabalhadores
no setor agrícola. Segundo a Fundacentro, cerca de 64%
das operações de risco na agricultura, estão ligadas às
atividades de colheita e tratos culturais, onde se
registram 56% dos acidentes.
Entre os principais fatores causadores de acidentes, estão
os equipamentos manuais.
Somente o uso do facão é
responsável por 65% das
ocorrências
Na zona rural, os equipamentos
manuais são usados:
•Na residência (chave de fenda, alicate, martelo, etc)
•Na oficina (serrote, furadeira, serra circular, etc.)
•No plantio (enxada, trado, motosserra, etc.)
•Na colheita (foice, facão, alicate, etc.) e
•Em outros serviços (construÇÕes rurais, tratos culturais, etc.)
No corte manual da cana-de-açúcar,
o trabalhador rural esta sujeito a:
cortes nas mãos, pernas e pés,
provenientes da utilização do facão,
foice ou podão. Além de lombalgias,
dores musculares, lesões oculares,
irritação da pele, quedas e
ferimentos.
Principais Causas dos Acidentes
•Ato inseguro (falha humana)
•Ferramentas defeituosas
•Ferramenta mal utilizada
•Uso incorreto da ferramenta
•Má conservação da ferramenta e
•Guarda em local inseguro.
Como ATO INSEGURO, podem ser listados:
1. equipamento de maneira imprópria ou Utilizar Operar
sem autorização;
2. operar em velocidades inseguras;
3. Usar equipamento inseguro (com conhecimento);
4. Lubrificar, limpar, regular ou consertar máquinas em
movimento, energizadas ou sob pressão;
5. Misturar indevidamente;
6. Utilizar ferramenta imprópria ou deixar de utilizar a
ferramenta própria;
7. Tornar inoperantes ou inseguros os dispositivos de
segurança ;
8. Usar mãos e outras partes do corpo impropriamente
9. Assumir posição ou postura insegura ;
10. Fazer brincadeiras de mau gosto;
11. Não usar o Equipamento de Proteção Individual (E.P.I.)
disponível .
MEDIDAS PREVENCIONISTAS
A lei diz que as ferramentas
manuais devem ser apropriadas
ao uso a que se destinam e devem
ser mantidas em perfeito estado
de conservação, sendo proibida a
utilização das que não atendam a
essas exigências.
Seguem-se algumas medidas necessárias à prevenção de acidentes:
1. Arrumar cuidadosamente as
ferramentas em painéis
apropriados: sente-se a falta
da ferramenta; não há acúmulo
sobre a bancada; e não ficam
abandonadas no chão. Ou
guarda-las no estojo próprio.
2. Vistoriar regularmente as ferramentas, antes do início do
trabalho; escolher e usar as adequadas e encaminha-las para
manutenção, sempre que necessário
3. Ao transportar um conjunto de ferramentas, utilizar uma caixa de
ferramentas com alça, uma sacola resistente ou um cinturão-portaferramentas; nunca conduza ferramentas afiadas ou pontegudas no
bolso
Proteja-se de: lascas (com óculos de
segurança ou máscaras), incêndios
(não use roupas muito folgadas e de
tecido inflamável, como os
sintéticos), escalpo (principalmente
se usar ferramentas girantes e
cabelo comprido), marteladas (olhe e
cuide do seu dedo), amputações (não
use anéis, pulseiras, cordões, etc.
quando estiver trabalhando),
choques elétricos (não use uma
chave de fenda para ver se um
circuito elétrico está em carga)
4.Concentre-se no seu trabalho: evite
brincadeiras, conversas, a pressa e o
mau humor
5. As ferramentas deverão ter cabos
corretos, com encaixes justos, de
tamanho apropriado e 6. Manter as
ferramentas de corte constantemente
afiadas, pois quando as
lâminas
estão gastas (rombudas), requerem
pressão excessiva e "marteladas"
para funcionarem; movimente a
lâmina, sempre, em direção oposta ao
corpo humano
7. Os lados de um rebolo de esmeril poderão quebrar-se,
caso utilizemos sua superfície lateral para afiar
ferramentas; apenas no rebolo tipo copo, é que podemos
utilizar a sua superfície lateral para isso
8. A chave de fenda é, das ferramentas manuais caseiras
ou de oficina, a que mais se apresenta como causas de
acidentes, devido à sua manutenção inadequada; na sua
afiação, por exemplo, deve-se usar uma lima, ao invés do
rebolo de esmeril
9. Uma ferramenta para cortar madeira, possui canto de
corte fino e deve ser utilizado para afiá-la, uma pedra de
amolar, com um pouco de água
USO DE FERRAMENTAS ELÉTRICAS
1 - Devem ter proteção contra choques ou
eletrocussão: isolante duplo, tomada de três pinos e
interruptores.
2 - Evite operar em áreas alagadas ou úmidas: use
luvas e botas apropriadas.
3 - Nunca carregue ferramentas pelo fio; nunca as
desconecte com um puxão.
4 - Sempre desligue as ferramentas quando não em
uso, assim como antes de operá-lá e ao trocar
acessório.
5 - Ferramenta danificada deve ser removida do
serviço e deve ser afixado o aviso: "NÃO USE".
USO DE FERRAMENTA A GASOLINA
1 - Exigem o uso de E.P.I., guarda
segura, bom estado de conservação e
uso correto.
2 - O reabastecimento merece cuidado
especial:
a) esteja certo de que a máquina
esfriou, antes de reabastecer;
b) reabasteça em áreas ventiladas;
c) recoloque a tampa do tanque e
enxugue os respingos; e
d) não fume em serviço.
3 - Leia e siga o Manual de Operação,
bem como as advertências escritas no
equipamento.
4 - Use todos os dispositivos de
proteção.
4. Eletricidade
Fatores causadores de acidentes elétricos
Intensidade da corrente elétrica;
O tempo de exposição à tensão;
O percurso da corrente pelo corpo;
As condições de isolação à terra do corpo humano; e
A capacidade de reação do organismo.
Tensão perigosa ao organismo humano
Uma tensão de 110V pode ser fatal dependendo das condições:
roupas úmidas, sem EPI, piso molhado, etc.
4. Eletricidade
Tensão de segurança
Tensão de segurança:
0 a 25V;
Baixa tensão:
25 a 600V;
Alta tensão:
600V em diante.
Causa dos acidentes
Ato inseguro;
Condição insegura; e
Fator pessoal inseguro.
RISCOS DOS CHOQUES
ELÉTRICOS
As fontes de eletricidade, na zona rural, se manifestam através
dos seguintes equipamentos ou fenômenos:

raios

peixe-elétrico (o Poraquê)

atrito (eletricidade estática)

baterias (alimentadas por cataventos)

painéis fotovoltáicos (energia solar)

turbinas (energia hidráulica)

motores estacionários (geradores) e

motores elétricos
Os efeitos estimados da corrente elétrica contínua de 60
Hertz, no organismo humano, podem ser resumidos na
tabela que se segue:
Outras recomendações:
3.1 - Plugue e use os dispositivos elétricos de segurança
disponíveis como, por exemplo, a tomada de 3 pinos.
3.4 - Certifique-se de que a corrente está desligada,
antes de operar uma ferramenta elétrica.
3.5 - Se um circúito elétrico em carga tiver de ser
reparado, chame um eletricista qualificado para fazê-lo.
3.6 - Use ferramentas "isoladas", que fornecem uma
barreira adicional entre você e a corrente elétrica.
3.7 - Use os fios recomendados para o tipo de serviço
elétrico a que ele vai servir.
3.8 - Não sobrecarregue uma única tomada com vários
aparelhos elétricos, usando, por exemplo, o "benjamin".
3.9 - Cuidado ao substituir a resistência queimada do seu
chuveiro, pois o ambiente molhado aumenta o choque.
4. Eletricidade
Ato inseguro:
Efetuar manutenção em equipamentos elétricos energizados;
Verificar a existência de corrente elétrica com as mãos;
Realizar as operações com pressa, sem medidas de segurança;
Deixar de colocar avisos nos equipamentos em manutenção; e
Não utilizar o EPI apropriado à manutenção elétrica.
Condição insegura:
Instalações em mau estado de conservação e/ou instalação;
Fios espalhados;
Instalações improvisadas;
emendas mal feitas;
Falta de aterramento nos circuitos dos equipamentos em
manutenção; e
Condutores de alimentação mal embutidos ou mal isolados.
4. Eletricidade
Fator pessoal inseguro:
Pessoas executando trabalhos, pensando em problemas
pessoais;
Trabalhadores executando tarefas embriagados; e
Trabalhadores com algum tipo de deficiência física que o torne
incapacitado de realizar tal função.
Choque elétrico
“Uma perturbação de natureza e efeitos diversos que se manifestam
no organismo humano, quando este é percorrido pela corrente
elétrica, em determinadas condições”.
Tipos de vítimas:
Pessoas que perdem os sentidos; e
Vítimas que se encontram em estado de morte aparente.
4. Eletricidade
Procedimento na reanimação de uma vítima de choque elétrico
Tempo decorrido após o
choque para iniciar a
reanimação ( em
minutos)
1
2
3
4 5 6
Possibilidade de
95 7
reanimação da vítima (em
5
%)
5
0
1 1 0
0
Não tocar no corpo da vítima antes de verificar se ela já está livre da
corrente elétrica;
4. Eletricidade
Procedimento para desprender uma pessoa de um contato elétrico:
Desligar imediatamente a fonte alimentadora do circuito onde se
encontra a vítima;
Jamais tocar no acidentado, até que o condutor seja removido ou o
fio desligado;
Não havendo possibilidade de desligamento da corrente, jamais
tocar na vítima com as mãos desprotegidas;
Cobrir as mãos com luvas e afastar o acidentado do contato elétrico,
empregando vara de madeira seca, pano ou material isolante para
retirá-la dos fios;
Remover a vítima, somente o necessário a sua segurança;
4. Eletricidade
Procedimento a serem usados na reanimação de um acidentado:
Abrir e retirar da boca do acidentado os objetos estranhos (palitos,
alimentos, dentaduras, etc.), recolocando sua língua em posição
normal;
Desapertar e/ou desabotoar os punho, colarinhos ou quaisquer peças
de roupa que impeçam a livre circulação de sangue;
Jamais interromper a reanimação. Mesmo no caso de a vítima ser
transportada, a reanimação deve continuar; e
O tempo de aplicação é indeterminado podendo atingir mais do que
três horas, pois enquanto houver calor no corpo do acidentado, há
possibilidade dele ser salvo.
4. Eletricidade
Riscos Específicos
Contatos defeituosos;
Curto–circuito;
Contatos acidentais com a terra;
Aterramentos mal executados;
Partes de instalações elétricas que estão normalmente sob tensão;
O solo úmido, perto de instalações e/ou de derivações;
Os componentes metálicos que estão colocados perto ou no trajeto
das correntes; e
Sobrecargas, causadas por mal dimensionamento dos condutores.
4. Eletricidade
Medidas preventivas para o campo
Construção de cercas de divisas;
Rompimento de condutores de energia elétrica;
Faixa de Servidão; e
Equipamentos Elétricos em Geral.
Normas de Segurança em Cercas Elétricas
As cercas elétricas, e seus circuitos de alimentação não devem ser
fixados nos postes de condução de linhas elétricas e/ou de
telecomunicação;
Devem ser providas de sistemas de proteção contra raios (páraraios);
Deverão ser colocado cartazes indicadores de advertência em
intervalos adequados e bem visíveis.
4. Eletricidade
Normas de Segurança em Cercas Elétricas (continuação):
Os reguladores de alimentação das cercas devem ser localizados em
lugares cobertos e seguros;
Deve-se manter afastado das cercas, todo material combustível,
como: feno, palha, madeira, etc; e
Devem ficar distantes de outras peças metálicas que possam ter
contato com elas. Devem também ser instaladas, longe das linhas
elétricas aéreas.
5. Defensivos Agrícolas
São todas as substâncias químicas destinadas a destruir os insetos,
doenças e ervas daninhas que prejudicam a exploração
agropecuária.
Classificação:
 Inseticidas;
 Fungicidas;
 Formicidas;
 Herbicidas;
 Acaricidas;
 Nematicidas;
 Raticidas; e
 Rodenticidas.
5. Defensivos Agrícolas
Vias de Penetração do Defensivo no Organismo
Via oral;
Via dermal; e
Via respiratória.
Sintomas Básicos
Indisposição
Tonturas
Dificuldades
respiratórias
Dores de cabeça
Malestar
Diarréia
Perturbação da visão Náuseas
Suor
5. Defensivos Agrícolas
Medidas de Segurança
Seleção e armazenagem dos defensivos;
Mistura de defensivos;
Aplicação do defensivo; e
Outras medidas.
6. Incêndios Florestais
Causas responsáveis por 75% dos incêndios:
Fumantes negligentes, pontas de cigarros e fósforos acesos
jogados a esmo;
Equipamentos elétricos defeituosos ou manutenção inadequada,
instalações elétricas deficientes, bem como o improvisamento de
fusíveis;
Crianças de um modo geral, utilizando-se de fósforos e outras
fontes.
Composição do Fogo
Oxigênio;
Combustível; e
Comburente.
6. Incêndios
Propagação do Calor
Condução;
Radiação; e
Convecção.
Classificação dos Incêndios
Classe A;
Classe B; e
Classe C.
6. Incêndios
Fatores que Influenciam os Incêndios Florestais
O vento;
A velocidade do Vento;
A umidade do ar;
A temperatura ambiente; e
A topografia.
Fatores Causadores dos Incêndios Florestais
roça ilegal ou descuidada, executada por colonos e agricultores, na
preparação de novas áreas para plantio;
queima de restos de culturas para posterior aração e gradagem;
queima de pastos velhos para futura rebrota;
queima de palha de cana de açúcar para corte posterior;
queima de limpeza, de refugo de exploração madeireira;
6. Incêndios
fogueiras abandonadas por pescadores, caçadores, e/ou
trabalhadores rurais;
faíscas de carvão desprendidos por locomotivas;
faíscas de outros incêndios transportadas pelo vento;
eliminação descontrolada, pelo fogo, de mato e ervas de
acostamentos de rodovias;
cigarros e fósforos;
intencional, com prática criminosa.
Tipos Básicos de Incêndios Florestais
incêndio superficial;
Incêndios de copa; e
Incêndios subterrâneos ou de piso.
6. Incêndios
Métodos de Combates a Incêndios Florestais
Ataque direto;
Ataque paralelo; e
Ataque indireto.
Medidas de Prevenção a Incêndios Florestais
A região a ser queimada, deve ser isolada e dividida em pequenas
áreas.
O isolamento da região a ser queimada, se faz retirando-se de suas
divisas, os materiais combustíveis.
Deve-se escolher o horário adequado para efetuar a operação, ou
seja, período que não faça muito calor.
Deve-se evitar queimadas em dias de sol quente, ou de ventania.
O fogo deve ser iniciado de maneira que os ventos locais estejam
impossibilitados de transportar chispas às regiões não programadas.
Havendo vestígios de fogo, uma pessoa deverá permanecer no local.
RISCOS DE INCÊNDIOS
Conhecimento do Problema
Conceitua-se
incêndio
como a presença de fogo
em local não desejado e
capaz de provocar, além de
prejuízos
materiais,
quedas, queimaduras e
intoxicações por fumaça.
Eliminando-se um desses 3 elementos, terminará a
combustão e, consequentemente, o foco de incêndio. Podese afastar ou eliminar a substância que está sendo
queimada, embora isto nem sempre seja possível. Pode-se
eliminar ou afastar o comburente (oxigênio), por
abafamento ou pela sua substituição por outro gás não
comburente. Ou pode-se eliminar o calor, provocando o
resfriamento, no ponto em que ocorre a queima ou
combustão.
Os materiais naturais mais combustíveis são aqueles ricos
em matéria orgânica, quase sempre presentes, em grande
quantidade, na zona rural. A velocidade de queima é menor
,.
nos combustíveis líquidos e gasosos, do que nos sólidos. Os
plásticos com celulose, nem precisam de oxigênio para
Os riscos de incêndio, na zona rural, são agravados pelo
hábito do agricultor de fazer queimadas, com a finalidade
de limpar o terreno para o plantio; essa prática
condenável é responsável por muitos incêndios, quando
o fogo, saltando os aceiros mal feitos, foge ao controle
do homem e alastra-se pelo terreno.
Na colheita da cana-de-açúcar pelo método tradicional,
também, há o hábito de queimar-se antes a palhada, o
que provoca grandes incêndios nos canaviais.
Ainda, na renovação das pastagens e na eliminação de certas
doenças, recomenda-se erradicar toda a planta e queimá-la, ali
mesmo, no local de plantio, resultando grandes fogueiras.
A baixa umidade relativa do ar durante o inverno e o lançamento ao
solo de pontas de cigarros acesos, também é a causa frequente de
grandes incêndios, em algumas regiões do Brasil, como a região
Central no entorno de Brasília-DF.
Outros objetos e locais passíveis de risco de incêndio são:
VEÍCULOS
Em geral pelo envelhecimento da
mangueira de borracha que leva o
combustível para o motor e este,
aquecido, provoca o incêndio.
Portanto, deve-se ter o cuidado de
manter sempre dentro do prazo de
validade o extintor de incêndio que,
pelo Código Nacional de Trânsito, é
obrigatório em cada veículo
automotivo.
SILOS e ARMAZÉNS
A poeira (liberada pelos grãos ou pela
terra) apresenta um grande risco de
explosão, pois tem uma grande
superfície aparente de contato,
acelerando a velocidade de reação.
Os armazéns, dependendo do produto
que se encontra nas prateleiras e nos
depósitos, podem representar um
grande risco de incêndios e explosões.
RESIDÊNCIAS
Nas residências rurais, os riscos de
incêndio ficam por conta: do uso de
velas próximo a cortinas; das faíscas
saídas do fogão à lenha em direção à
cobertura da casa feita com folhas de
palmeiras; do uso indevido dos bujões à
gás; da sobrecarga na fiação elétrica
pelo uso de vários aparelhos numa
mesma tomada; fios desencapados; etc.
FLORESTAS
Nas florestas, os riscos de
incêndio e da perda de controle da
situação são ainda piores, pois as
altas chamas, o terreno
normalmente inclinado, os
obstáculos representados pelos
troncos e o perigo da queda de
árvores impor obstáculos à fuga,
são muito grandes
As técnicas de combate ao
fogo são especiais:
abafadores, aviões dotados de
tanques com água ou produto
químico extintor, helicópteros
com bolsas d'água, etc. ,
2. CLASSIFICAÇÃO DOS INCENDIOS:
Os incêndios, de acordo com a sua localização, são
classificados em 5 grupos:
1.Em veículos- sejam automóveis, caminhões, ônibus,
como em tratores e outras máquinas agrícolas;
2.Residenciais - domicílio, agrovila, zona comercial;
3.Industriais - silos, armazéns, abatedouros e indústrias
rurais;
4.Agrícolas - pastos (renovação), canavial (colheita),
preparo do terreno; e
5.Florestais- nas florestas nativas e cultivadas.
De acordo com o material consumido, os incêndios
podem pertencer a 4 classes:
Classe A - Fogo em materiais sólidos de fácil
combustão, com a propriedade de queimarem tanto na
superfície como em profundidade, deixando resíduos:
madeira, papel, fibras, tecidos, etc.
Classe B - Fogo em materiais líquidos inflamáveis, que
queimam somente em sua superfície e não deixam
resíduos: óleos, graxas, vernizes, tintas, gasolina,
álcool, etc.
Classe C - Fogo em equipamentos elétricos
energizados: motores, transformadores, quadro de
distribuição de força, fios elétricos, etc.
Classe D - Fogo em elementos químicos pirofólicos:
magnésio, zircônio, titânio, etc.
Os incêndios, em seu início, são
muito fáceis de controlar e de
extinguir. Quanto mais rápido o
ataque às chamas, maiores serão as
possibilidades de reduzi-las e
eliminá-las.
A principal preocupação no
ataque, consiste em desfazer
ou romper o triângulo do
fogo. Mas, que tipo de
ataque se faz ao fogo em seu
início? Qual a solução que
deve ser tentada? Como os
incêndios são de diferentes
tipos, as soluções também
serão diferentes.
3 - PROCESSOS DE EXTINÇÃO DE INCÊNDIOS
É preciso conhecer, identificar bem o incêndio que se
vai combater, antes de escolher o agente extintor ou
equipamento de combate ao fogo. Um erro na escolha
de um extintor pode tornar inútil o esforço de combater
as chamas; ou pode piorar a situação, aumentando
ainda mais as chamas, espalhando-as, ou criando novas
causas de fogo (curtos-circuitos).
Tendo em mente o triângulo do fogo, são 3 as formas de
extinção de incêndios:
1.Retirada do combustível = isolamento
2.Retirada do oxigênio = abafamento
3.Retirada do calor = resfriamento
Basicamente, a extinção de um incêndio é feita por ação de
resfriamento, do abafamento ou pela união das duas ações.
Algumas vezes, a retirada do material combustível (o que
está queimando ou que esteja próximo) ou o seu isolamento,
evita a propagação do incêndio, sem criar a necessidade de
um agente extintor.
Para incêndios de pequenas proporções, empregam-se
EXTINTORES, dos quais os mais comuns são os de dióxido
de carbono
Tipos de Agentes Extintores
•Espuma - usado em incêndios Classe B e eventualmente nos de
Classe A
•CO2 - usado em incêndios Classe B Água - usado em incêndios
Classe A
•Pó - usado em incêndios Classe B e eventualmente nos de Classe
Ae
•Gás halogenado - usado em incêndios Classe B
AGENTES EXTINTORES
CLASSES DE
INCÊNDIO
LEGENDA:
H20=água;
H2O
ESP
PQS
CO2
SIM
SIM
SIM(*)
SIM(*)
NÃO
SIM
SIM
SIM
NÃO
NÃO
SIM
SIM
ESP=espuma; PQS=pó químico; CO2=gás
carbônico.
(*) Com restrição, pois há risco de reignição (se possível, utilizar outro
agente).
FONTE: Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal
Extintores de Água
A água é o agente extintor de uso mais comum e tem sido utilizada
há séculos, por suas propriedades de resfriamento, abafamento,
diluição e emulsionamento.
A água, contudo, não deve ser empregada em incêndios que
envolvam equipamentos elétricos energizados e materiais como:
carbonatos, peróxidos, sódio metálico, pó de magnésio, etc., os
quais reagem violentamente quando umedecidos.
Para usar o extintor: a) retire a trava ou o pino de segurança; b)
empunhe firmemente a mangueira; e c) ataque o fogo, dirigindo o
jato para a sua base.
EXTINTORS DE ESPUMA
Indicado para incêndios Classes A e B.
Para usa-lo, inverter (colocar de
"cabeça para baixo") o cilindro: o jato
de
espuma
disparará
automaticamente e só cessará quando
a carga estiver esgotada.
Não usar em equipamentos elétricos.
EXTINTORES DE PÓ QUIMICO SÊCO
Atacar o fogo, procurando formar
uma nuvem de pó, a fim de cobrir
a área atingida.
Pode ser usado em qualquer tipo de
incêndio.
Num ambiente tomado pela fumaça, use um lenço molhado para
cobrir o nariz e a boca e saia rastejando, respirando junto ao piso.
Molhe bastante suas roupas e mantenha-se vestido para se proteger.
Vendo uma pessoa com as roupas em chamas, obrigue-a a jogar-se
no chão, envolva-a com um cobertor, cortina, etc.
EXTINTORES DE CO2
Procurar abafar toda a área
atingida pelo fogo.
Pode ser usado em qualquer tipo
de incêndio.
Ao usar um extintor, lembre-se de:
•Manter a calma e afastar as pessoas
•Agir comA firmeza e decisão, sem se arriscar
demais
•Constatar não haver risco de explosão
•Usar o agente extintor correto
7. Transporte
Recomendações para a segurança
Os veículos devem reunir as condições estabelecidas nas leis e
regulamentos nacionais ou nas normas de segurança conhecidas;
Os veículos utilizados à noite devem possuir faróis e luzes traseiras
para circulação em vias públicas e em estradas rurais;
Os veículos utilizados em vias públicas devem ajustar-se às
disposições dos regulamentos de trânsito de cada país;
Os veículos utilizados para o transporte de trabalhadores devem
possuir assentos fixos, bem como escadas que facilitem o acesso à
carroceria e espaldo lateral;
Todos os trabalhadores devem viajar sentados;
As ferramentas transportadas junto com os trabalhadores devem ser
fixadas em locais seguros e isolados das pessoas, a fim de evitar
acidentes;
O trabalhador não deve viajar sobre a cabine, sobre o pára-lama. Não
deve, também, viajar sentado na carroceria com as pernas para fora;
e
O condutor do veículo deverá dirigi-lo com prudência, cuidado e zelar
RISCOS NO TRANSPORTE PARA O
TRABALHO
Uma das características mais marcantes da zona rural brasileira,
de um modo geral, é a localização esparsa e afastada das
residências.
Por ocasião das colheitas, principalmente, os fazendeiros e algumas
indústrias, têm de apanhar essas pessoas em suas casas e transporta-las até
o local de trabalho, em transporte coletivo.
Quando esse transporte era feito na carroceria de caminhões, registravam-se
muitos acidentes.
Hoje, segundo a Lei 9.503/97 (CÓDIGO
NACIONAL DE TRÂNSITO) e a
Resolução No. 811/77, somente ônibus e
microônibus podem ser usados no
transporte coletivo de passageiros. O
microônibus se diferencia do ônibus
porque pode conduzir um máximo de
vinte
(20)
passageiros.
Infelizmente, ainda se encontram agricultores sendo transportados na
caçamba de camionetas e até "de carona" em tratores.
A segurança na operação do transporte coletivo de passageiros está ligada,
principalmente, a 3 fatores: o motorista, o veículo e as vias de transporte
ou estradas.
1 - Acidentes causados pelo Motorista
Sabe-se que a maior causa dos acidentes de trânsito é por falha do motorista.
Portanto, seguem-se algumas recomendações de caráter geral:
SE BEBER, NÃO DIRIJA.
A bebida alcoólica diminui os reflexos e a habilidade do cérebro de seguir
em linha reta. Assim, se o motorista andou tomando umas cervejas ou uma
"branquinha", não deve dirigir. Muita gente pensa que tomando café vai se
sentir "sóbrio" o suficiente para dirigir, mas isso não é verdade. O melhor é
descansar ou dormir. Geralmente, para cada dose de bebida, deve-se
descansar 2,5 horas. Muitos remédios (certos antialérgicos, xaropes e
alguns comprimidos para resfriados) dão sono. Da mesma forma, se estiver
cansado ou febril, não dirija.
MANTENHA O VEÍCULO EM BOAS CONDIÇÕES.
A primeira providência que o motorista deve tomar para a chamada
condução defensiva é assegurar-se de que o seu veículo esteja em boas
condições de funcionamento. Cada vez que tenha trocado o óleo do motor,
anote a data e a quilometragem na papeleta adesiva e verifique outros
dispositivos de segurança ( pressão dos pneus, extintor de incêndio, etc.).
Pneus carecas podem provocar acidentes. Verifique as luzes do freio e das
setas, com freqüência.
FAÇA O QUE PUDER PARA EVITAR BATIDAS.
O motorista deve seguir rigorosamente as placas de sinalização e de limites
de velocidade, mantendo uma distância segura do carro da frente. Para
evitar batidas de frente, olhe bem adiante, à procura de possíveis
problemas (carro na contra-mão, ou fazendo ultrapassagem, por exemplo)
e reduza a velocidade ou saia do seu caminho, se for possível. Para evitar
batidas por trás, use a seta e reduza a velocidade gradualmente.
SEJA CUIDADOSO NOS CRUZAMENTOS.
Mais de 2/3 das lesões de trânsito ocorrem nos cruzamentos. Assim, esteja
preparado quando se aproximar de um. Use sempre a seta se planeja
dobrar e suponha que os outros motoristas não vêm o seu sinal. Manobre
cuidadosamente. Não suponha que os outros motoristas lhe darão a
preferência. Se o mato lhe tomar a visão da curva, buzine.
USE SEMPRE O CINTO DE SEGURANÇA.
Os cintos de segurança têm salvado muitas vidas. Não receie que o cinto o
prenderá no carro no caso de um acidente, pois com ele, você sobreviverá
ao impacto inicial e não será lançado do veículo ainda em movimento.
USE A SINALIZAÇÃO MANUAL AO DIRIGIR NO CAMPO.
Trabalhar ao redor de máquinas grandes é geralmente ruidoso e há muita
poeira. Assim, sempre que julgar conveniente, use a sinalização manual,
além das setas, faroletes, da buzina e do farol. Isso evitará muitos acidentes.
2 - Acidentes causados pelo Veículo
As falhas mecânicas também são responsáveis por acidentes, principalmente
devido à má qualidade do material das peças, à sua vida útil, ao calor ou frio
excessivos e à falta de manutenção. Portanto, use sempre peças originais e
troque-as no prazo recomendado pelo fabricante. As mangueiras de
combustível, por exemplo, costumam ressecar com o alto calor desprendido
pelo motor e, ao racharem, esguicham sobre as partes quentes, provocando
incêndios.
Também não se deve trafegar com os parafusos das rodas mal apertados ou
faltando e, muito menos, com os pneus sem as estrias (pneu careca).
Ao trafegar nas estradas vicinais esburacadas, poupe o amortecedor do
veículo, desviando-se dos maiores e diminuindo a marcha.
3 - Acidentes causados pela Via de transporte (estrada)
Na zona rural brasileira, infelizmente, a maioria das estradas é de piçarra e
mal conservada. Assim sendo, na época das chuvas, elas ficam praticamente
intransitáveis.
É grande o risco de acidentes provocado por deslizamento na pista,
provocado pela lama ou argila. O motorista, portanto, deve ter redobrada a
sua atenção e diminuir a velocidade.
8. Depósito de Matéria Orgânica
Função:
Aspecto econômico: adubo e condicionador do solo; e
Aspecto sanitário: por abrigar diferentes transmissores de
efermidades.
Perigos:
Quando fermentado produz diversos gases, podendo provocar
asfixias e explosões;
Transmissão de efermidades: por contato direto ou através de
insetos propagadores. Exemplo: bruceloses, mormo, tétano,
filaríases, etc; e
Perigos de contaminação quando em contato com alimentos, água e
leite.
9. TRAÇÃO ANIMAL
Medidas de Segurança na Utilização de Animais
Amansar e treinar os animais bravos;
Os animais devem ser bem tratados, evitando que se irritem;
Os arreios devem estar em boas condições de uso;
O arreamento deve ser colocado em local e condições seguras;
Os implementos de tração animal devem ter ótimas condições de
uso;
Ao interromper o serviço, prender os animais não permitindo a sua
locomoção; e
Após o trabalho, retirar os arreios dos animais.
8. Depósito de Matéria Orgânica
Doenças dos Animais Transmissíveis ao Homem
Brucelose;
Carbunculose;
Febre aftosa;
Raiva; e
Tuberculose.
Medidas Profiláticas
Doenças Endêmicas no Brasil
Verminose;
Doença de chagas;
Malária; e
Esquistossomose.
8. Animais Peçonhentos
Animais Peçonhentos
Cobras;
Escorpiões;
Aranhas.
Precauções
Utilização racional de botas, botinas, sapatos, luvas, camisas com
punhos abotoados.
RISCOS DAS PICADAS DE ANIMAIS
PEÇONHENTOS
Jararaca (Bothrops)
Também conhecida como jararacuçu, urutu, cotiara, caiçara, boca-desapo, etc. Existem em todo o Brasil e em todo tipo de terreno e
vegetação. Sua picada causa inchaço e perda de sangue, inclusive pelas
gengivas. Como tratamento, usa-se o soro antiofídico, o soro antibotrópico (específico), ou ainda o soro anti-botrópico-laquético. Na
Amazônia, se dá o nome de surucucu às jararacas e às picos-de-jaca,
enquanto que no Sul do País, o nome surucucu só é dado para as picosde-jaca.
Picos-de-jaca (Lachesis)
Os sintomas de sua picada são os mesmos da picada da jararaca:
inchaço e hemorragia. O soro específico a ser usado é o soro antilaquético, porém na Amazônia, dada a dificuldade para diferenciar as
picos-de-jaca das jararacas, deve ser usado o soro antibotrópicolaquético, que serve para os dois tipos de cobra. As picos-de-jaca são
encontradas na Amazônia e na Mata Atlântica, do Rio de Janeiro até a
Paraíba.
Cascavel (Crotalus)
A cascavel é identificada pelo chocalho característico em sua cauda.
Os sintomas da sua picada são a dificuldade de abrir os olhos, a visão
dupla, a chamada "cara de bêbado" e a urina cor de coca-cola. O
tratamento consiste na aplicação do soro anti-crotálico ou do soro
anti-ofídico polivalente. Encontram-se nas regiões de campo do
Centro, Sul, Nordeste e da Amazônia. Nunca são encontradas,
entretanto, no interior das florestas.
Coral-verdadeira (Micrurus)
Sua picada causa dificuldade em abrir os olhos e visão dupla e "cara de
bêbado" (como a cascavel) mas, além disso, sufocação. O tratamento
consiste na aplicação do soro anti-elapídico e apenas este. As corais
verdadeiras existem em todo o Brasil, e em qualquer terreno. A
diferença da falsa-coral é que nesta, os anéis não contornam todo o
corpo da cobra.
Aranha armadeira (Phoneutria)
Esta aranha mede até 5 cm de corpo e até
15 cm de envergadura de pernas. Vive em
folhagens, bananeiras e dentro de casa. Sua
picada causa dor muito intensa. O
tratamento, na maioria dos casos, é só para
a dor, com um anestésico tipo xilocaína Em
crianças e ocorrências graves com adultos,
aplicar o soro antiaracnídico, depois de
prova de alergia.
Tarântula (Lycosa)
Conhecida também como aranha de jardim
e aranha de grama (inclusive da Rural),
tem até 3 cm de corpo e 5 cm de pernas. É
uma das mais venenosas conhecidas e
causa até necrose do tecido picado. Possui
no dorso do abdômen um desenho
parecido com uma ponta de flecha. Não
existe tratamento específico para casos da
sua picada.
Aranha marrom (Loxosceles)
Esta aranha mede 1 cm de corpo e tem pernas
longas e finas. É encontrada em pilhas de tijolos,
telhas, barrancos e nas residências. É uma das
mais perigosas, de picada traiçoeira, pois na hora
quase não causa dor e às vezes a pessoa nem
sabe que foi picada. A partir de 12 horas após a
picada, porém, surge a dor local, inchaço, malestar geral, náuseas e febre. Pode levar à
gangrena e à necrose. Deve-se ministrar o soro
antiloxoscélico, pois não basta tratar apenas a dor.
Caranguejeira (Grammostola)
São aranhas cabeludas e de grandes dimensões,
com ferrões grandes, responsáveis por picadas
extremamente dolorosas. A dor não é causada
pelo veneno e sim pela simples picada. Não existe
tratamento específico. Pode-se aplicar no local da
picada um anti-histamínico, sob recomendação
médica. São comuns na Amazônia e em outras
partes do Brasil.
Escopião preto (Tityus bahiensis)
O escorpião preto, também conhecido como escorpião marrom, tem
cor escura e cauda avermelhada. De hábitos noturnos, esconde-se
durante o dia sob madeiras ou pedras, ou em cupinzeiros. Também
freqüenta casas. Sua picada causa dor muito intensa, sendo
necessário aplicar anestésicos do tipo xilocaína. Em crianças ou, nos
casos graves aplicar soro antiescorpiônico ou o soro antiaracnídico,
que é polivalente.
O escorpião amarelo, apresenta esta cor e uma mancha escura
no fim da cauda, bem como uma serrilha. Tem os mesmos
hábitos noturnos do escorpião preto. Sua picada provoca uma
dor muito forte e, normalmente, o tratamento é só para eliminar
a dor, com um anestésico do tipoxilocaína. As recomendações
para crianças e adultos, de aplicar soro, também é válida aqui.
CONSIDERAÇÕES GERAIS
Como foi visto acima, dos animais ditos "peçonhentos", a
cobra, de longe, é o mais perigoso para o homem do campo.
A maioria sendo de hábitos noturnos e
possuindo movimentos lentos, a maior
chance de ser picado por uma cobra
venenosa é quando pisamos nela.
Portanto, olhe por onde pisa . Esta é a
razão porque a maioria dos acidentes
com picadas de cobras acontece na
perna, até a altura do joelho. Assim
sendo, o Equipamento de Proteção
Individual (EPI) mais indicado é uma
bota de cano alto, como a que pode ser
Observou-se, também, que há um soro específico para cada espécie
de cobra. Isso nos conduz à necessidade de sabermos identificá-las
ou, pelo menos, distinguirvenenosa
entre uma
e outra não venenosa.
Todas as cobras que têm um orifício (chamado fosseta) entre os
olhos e a narina, são venenosas. A coral-verdadeira é a única que
não tem. Se tiver essas fossetas e chocalho
cascavel.
na cauda,
Se tiver
é
fosseta mas não tiver chocalho, é jararaca; a não ser que tenha
pele com escamas, como a jaca, sendo nesse caso identificada
como picos-de-jaca.
Como vimos, a coral-verdadeira é a única cobra
venenosa que não tem fossetas. Entretanto, o seu
padrão de cores e desenhos anelados é inconfundível:
anéis vermelhos alternados com anéis claros e
escuros, em volta de todo o corpo. Além disso, possúi
dois dentes salientes, na frente da boca.
Mais uma vez, a cobra coral verdadeira faz exceção, pois sua cabeça
não possui a forma triangular.
Outra característica das cobras venenosas é a cabeça triangular,
quando vista de cima.
A forma relativamente brusca como a cauda se
afina, é outra característica
COMO IDENTIFICAR UMA COBRA VENENOSA
VENENOSA
NÃO VENENOSA
triangular
arredondada
pequenos
grandes
tem
não tem
irregulares
simétricos
CAUDA
afina rapidamente
afina
gradativamente
DENTES
2 presas
dentes pequenos e
iguais
PICADA
2 marcas mais
profundas
orifícios pequenos
e iguais
CABEÇA
OLHOS
FOSSETA
DESENHOS
DAS
ESCAMAS
RISCOS NO TRATO COM ANIMAIS
DOMÉSTICOS
Os animais domésticos são úteis ao homem: como fonte de
alimento, como um meio de transporte, no trabalho e no lazer.
Trouxeram também riscos de acidentes: quedas, chifradas,
coices, mordidas, pisadas e as temidas zoonoses (doenças
transmitidas ao homem pelos animais).
CUIDADOS NO MANEJO DE ANIMAIS
As atividades comuns no manejo dos animais domésticos são:
parto, castrações, descornas, vacinações, separação, marcação,
limpeza das instalações, pastoreio, controle do rebanho, preparo
de rações, ordenha, amansamento, e outras. Nesses casos, tome
os seguintes cuidados, para evitar acidentes:
1 - Aproximar-se do animal pelo lado, sem pressa e com atenção,
principalmente se ele estiver nervoso.
2 - Castre, amanse e treine os animais de serviço, de forma a adapta-los
ao sistema de trabalho e às ordens recebidas
3 - A descorna dos bovinos deve ser feita, sempre que
possível, para torna-los menos perigosos.
4 - Arreios inadequados ou incômodos, provocam ferimentos e
tornam agressivos os animais.
5 - Para arrear os animais, amarre-os de forma segura, para evitar
movimentos bruscos.
6 - Nos trabalhos agrícolas, não conduza os animais com a
corda amarrada na cintura ou no braço pois, qualquer
movimento inesperado poderá derruba-lo.
7 - Use somente os animais mansos e treinados, e não aqueles com
hábito de morder e coicear.
CUIDADOS NA CONTENÇÃO DE ANIMAIS
1 - Mourão - usado para animais indóceis, a serem submetidos a
tratamento ou abate.
2 - Brete, tronco ou manga de contenção - usado na ferração,
castração, vacinação, tratamento de feridas, etc.
3 - Freio alemão - para limitar os movimentos da cabeça dos cavalos
(pode ser improvisado com cordas).
4 - Entravões - para contenção dos membros, com o
levantamento de um membro anterior e colocação de entravões
nos outros três.
5 -Pé de amigo - para levantar um membro posterior, acrescido do
uso de máscara e cachimbo.
6 -Peia ou corda - usada nos trabalhos de ordenha, tomada de
temperatura e combate a carrapatos.
7 -Derrubamento e contenção - pelo método dos entravões, para
cavalos, em tratamentos e cirurgias.
8 -Derrubamento pelo método italiano ou de cordas cruzadas, para
reprodutores e vacas com gestação avançada.
9 -Derrubamento pelo método "Rueff" - processo não muito usado,
por comprimir o úbere das vacas e o pênis dos machos.
CAPÍTULO III: Primeiros Socorros
Cuidados em um atendimento
Conservar a vítima bem sossegada, manter-se calmo, mas agir
rapidamente;
Não tentar fazer uma pessoa inconsciente tomar água ou outros
líquidos, e nunca dar bebidas alcoólicas;
Não mudar a posição de um ferido que apresente suspeita de
fratura, antes de receber a autorização do médico ou de outra
pessoa mais habilitada, ou antes do membro fraturado ter sido
devidamente imobilizado. A remoção imediata deverá ser realizada
quando houver perigo maior (iminente) para o acidentado; e
Chamar auxílio médico imediatamente. Não confiar em demasia nos
próprios recursos. Quando possível, remover a vítima com toda
urgência para o centro hospitalar mais próximo.
Condutas Gerais de Atendimento
Respiração Artificial
Parada Cardíaca;
Ferimentos;
Contusões;
Choques;
Envenenamento e Intoxicações;
Desmaios;
Queimaduras;
Insolação;
Convulsões;
Fraturas, Entorses e Luxações;
Corpos estranhos; e
Mordidas de animais venenosos.
Condutas Gerais de Atendimento
Material para Primeiros Socorros (conteúdo mínimo)
Algodão limpo;
Gases e ataduras limpas;
Esparadrapos;
Álcool;
Álcool iodado;
Mercúrio cromo;
Methiolate;
Colírio simples;
Tesoura, pinças;
Analgésicos;
Bolsa de gelo; e
Água oxigenada.
Condutas Gerais de Atendimento
Transporte de Acidentados
O transporte de acidentado do local do evento até um hospital, deve
ser realizado com cuidados e observação constante da vítima;
Deve-se usar maca para o transporte, utilizando uma pronta ou
improvisada;
Os cuidados deverão ser extremos, pois uma fratura simples pode
tornar-se uma fratura exposta, devido aos solavancos; e
A vítima deverá ser levantada do chão com cada parte do seu corpo
apoiada em uma superfície firme.
Quando tiver que puxar, deitar a vítima em um lençol, ou pano
firme, e arrastá-la pela direção da cabeça, e nunca pelos pés.
É recomendado o uso de ambulância, e o transporte, apesar da sua
urgência, deve ser realizado com cuidados para não agravar o
estado do ferido. No transporte manual, é conveniente o emprego
de várias pessoas, que ajudem.
CAPÍTULO IV: Equipamento de Proteção
Individual
Os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) são considerados
acessórios que têm como objetivo proteger o trabalhador contra
riscos de lesões ou efermidades, contribuindo para a redução dos
acidentes de trabalho.
O EPI deve ter seu uso regulamentado por normas adequadas, em
função das condições, atividade e meio em que este trabalho é
realizado.
Tipos de EPIs:
Roupas de Trabalho
Proteção de mãos e braços;
Proteção dos pés e das pernas;
Proteção da cabeça;
Proteção das vias respiratórias; e
Proteção dos olhos.
Cintos e correias de segurança.
Capítulo V: Noções de Didática e Treinamento
A Importância da Intercomunicação Líder-Grupo
O transmissor;
Os meios de transmissão da mensagem; e
O receptor.
Noções Didático-Pedagógicas
Planejamento:
Como planejar;
Porque planejar.
Preparação de uma aula, palestra ou seminário
O local;
O material;
Técnicas de ensino;
Recursos audiovisuais.
Noções de Didática e Treinamento
Treinamento
Definição;
Importância;
Técnicas:
Treinamento de pessoal – agentes de treinamento;
Agentes de treinamento na Comunidade Rural;
Integração de novos empregados.
Download

curso de especialização em engenharia de segurança do