Água potável, purificada e
tratada:
Sinonímia, antonímia e indicações de
uso
A água cobre ¾ da superfície da Terra, sendo que
97,4% é salgada encontrando-se nos oceanos, e 1.8%
está congelada. Assim, a água doce disponível para a
população mundial representa apenas 0,8%.
ÁGUA
- Dessedentação
- Higienização
- Limpeza
- Irrigação
- Transporte
Água Potável:
Água para consumo humano cujos
parâmetros microbiológicos, físicos,
químicos e radioativos atendam ao padrão
de potabilidade e não ofereça riscos à
saúde.
Água potável
• É obtida por tratamento da água retirada de
mananciais, por meio de processos adequados
para atender às especificações da legislação
brasileira relativa aos parâmetros físicos,
químicos, microbiológicos e radioativos
PORTARIA MS 2914, de
12 de dezembro de 2011
Dispõe sobre os
procedimentos de
controle e de vigilância
da qualidade da água para
consumo humano e seu
padrão de potabilidade
http://bonitopantanal.files.wordpress.com/2009/03/dia-mundial-da-agua.jpg
Portaria 2914 – Capítulo II – artigo 5º
Das definições - água
-consumo humano: destinada a ingestão, preparação de
alimentos e à higiene pessoal
-que atenda ao padrão de potabilidade e que não ofereça
riscos à saúde
-padrão de potabilidade: conjunto de valores permitidos
como parâmetro da qualidade da água para consumo
humano
-padrão organoléptico: conjunto de parâmetros
caracterizados por provocar estímulos sensoriais, mas que
não afetam a saúde.
sciencelearn.org.nz
IMPORTÂNCIA DO CONTROLE DA ÁGUA
Veiculação de inúmeras doenças - (ingestão):
- Doenças causadas por bactérias
(gastroenterites)
- Doenças causadas por vírus
80% das doenças que ocorrem
(enteroviroses, hepatite A e E)
nos
países
em
desenvolvimento
são
-Doenças causadas por protozoários
ocasionados
pela
(amebíase, giardíase e criptosporidiose) contaminação da água
-Doenças causadas por Helmintos
(esquistossomose e ascaridíase)
PADRÕES DE POTABILIDADE DA ÁGUA
-Microbiológicos
- Inorgânicos
- Orgânicos
-Agrotóxicos
Tabela 03
CONTROLE DA QUALIDADE DA ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO
Conjunto de atividades exercidas de forma contínua pelo(s)
responsável(is) pela operação de sistema, ou solução
alternativa de abastecimento de água, destinadas a verificar se
a água fornecida à população é potável, assegurando a
manutenção desta condição.
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PADRÕES MICROBIOLÓGICOS DE POTABILIDADE
Portaria 2914
Capítulo III – Seção II At. 11º
a) Análise microbiológica completa, de modo a apoiar a
investigação epidemiológica e a identificação, sempre que
possível, do gênero ou espécie do micro-organismo isolado
• Escherichia coli - ausente em 100 mL
• Coliformes totais - ausente em 100 mL
•Bactérias heterotróficas - < 500 ufc/mL
TURBIDEZ (UT): 0,5 UT em qualquer ponto do
sistema de distribuição
CLORO RESIDUAL LIVRE : 0,5 mg/L
é obrigatório no mínimo a manutenção de 0,2 mL de
cloro residual livre em toda a extensão do sistema de
distribuição (reservatório e rede).
pH recomendável: 6,0 a 9,5
Não se deve confundir vigilância com ações de controle
As ações de vigilância em saúde ambiental relacionada à
qualidade da água para consumo humano são atribuições
do setor saúde, enquanto as ações de controle da qualidade
da água para consumo humano são de competência do(s)
responsável(is) pela operação de sistema ou solução
alternativa de abastecimento de água.
(WALDMAN, 1998)
MONITORAMENTO !!!
(ACOMPANHAR E AVALIAR)
TRAJETO DA ÁGUA NA
DISTRIBUIÇÃO
SABESP
Reservatório de água
Proteger da luz solar
Verificar vedação para impedir
contaminações por insetos,
roedores e pássaros
- limpeza periódica – no mínimo
SEMESTRAL
Habitat de larvas e mosquitos
vetores de doenças
(ex.: Aedes aegypti)
Tomada de amostras:
-entrada do sistema - Hidrômetro - avaliação da
qualidade da água pós tratamento
-reservatórios
- rede de distribuição - pontos distantes da entrada
- pontos de consumo
COMO COLETAR AS AMOSTRAS:
A torneira não deve ter aeradores, filtros ou
vazamento de água.
Não se deve flambar a torneira, pois além de
provocar danos, comprovou-se não ter efeito letal
sobre as bactérias
A torneira deve ser limpa com gaze estéril e
álcool 70%
Abre-se a torneira, deixa-se escorrer um fio de
água de 2 a 3 minutos, ou o tempo suficiente para
eliminar impurezas e água acumulada na
canalização.
A amostra deve ser encaminhada ao Laboratório
de forma refrigerada e de preferência num
intervalo de 6 horas.
Parâmetros de qualidade da água para enxágue de
acordo com a RDC Nº 15, segundo a Portaria 2914
vmp
•
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•
Dureza total 500 mg/L
Ph 6,0 a 9,5
Turbidez –
5 UT
Íons cloreto –
250 mg/L
Cloro residual livre 0,2 mg/L
Cobre –
2 mg/L
Ferro –
0,3 mg/L
Manganês0,1 mg/L
Carga microbiana
< 500 ufc/mL
CT e E.coli
< 1 ufc/mL
Vmp – valores máximos permitidos
Condutividade da água
em níveis fora dos padrões apresenta
grande poder de corrosão
Bactérias heterotróficas
avalia a integridade do sistema de
distribuição
reservatório
e
rede
BACTÉRIAS MAIS PREVALENTES EM
ÁGUAS TRATADAS E ESPECIAIS
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•
•
•
•
•
•
Alcaligenes,
Pseudomonas sp
Escherichia coli
Flavobacterium sp,
Klebsiella sp,
Enterobacter sp
Aeromonas e Acinetobacter sp
Micobactérias
Bactérias
Podem afetar a qualidade da água
por desativar reagentes ou alterar
substratos por ação enzimática
Classificação de Spaulding
• Artigo crítico: (precisa estar estéril) Não pode estar contaminado com
micro-organismos, pois penetra em tecidos estéreis ou sistema vascular
e o potencial de de transmissão de infecção é alto.
• Artigos semi-críticos: entram em contato com membranas mucosas
íntegras ou pele não intacta. O risco de transmissão de infecção é
intermediário. Os artigos devem no mínimo receber desinfecção de
alto nível.
• Artigos não críticos: entram em contato com a pele intacta ou não
entram em contato direto com o paciente. O risco de transmissão de
infecções é baixo. Devem no mínimo receber desinfecção de nível
baixo. Na ausência de matéria orgânica, a limpeza é suficiente.
• APECIH - 2010
Limpeza prévia
É o principal fator que reduz a carga microbiana dos instrumentos,
podendo reduzir até 4 logs de organismos contaminantes (Rutala, 1996a)
Impactos da Qualidade da água
Deposição de Cálcio, Magnésio, Cloreto, Ferro e Cobre
causam - corrosão e manchas nos instrumentais, e incompatibilidade
com detergentes impedindo a dispersão de sujidades
Interação dos sais da água com óxido de etileno
efeitos tóxicos
Presença de bactérias – endotoxinas – reação febril e outros
efeitos adversos
Nível de carbono orgânico - água contendo material oriundo
de micro-organismos, plantas ou animais – interfere na efetividade
dos detergentes, desinfetantes e esterilizantes
pH- níveis extremos também pode interferir na efetividade dos
detergentes enzimáticos e outros produtos
Síndrome tóxica do segmento anterior
(TASS)
Síndrome inflamatória não infecciosa causada por agentes tóxicos que
penetram no seguimento anterior do olho que está associada a uma
cirurgia de catarata
Motivos?
Presença de resíduos de endotoxinas bacterianas
e
resíduos tais como: detergentes, soluções enzimáticas, partículas presentes
no vapor de água do esterilizador
Tipo de água para enxágue dos instrumentos oftalmológicos:
Água destilada e esterilizada ou outro tratamento equivalente
Resolução RDC n. 15, de 15/03/2012
Artigo 74 da RDC 15
O CME Classe II E A EMPRESA PROCESSADORA DEVEM
REALIZAR O MONITORAMENTO E REGISTRO, COM
PERIODICIDADE DEFINIDA EM PROTOCOLO, DA QUALIDADE
DA ÁGUA, INCLUINDO OS PARÂMETROS FISICO-QUÍMICOS E
MICROBIOLÓGICOS DEFINIDOS NESTA PORTARIA, NOS
PONTOS DE ENXÁGUE.
Água purificada
É produzida a partir da água potável, através de uma
combinação de sistemas de purificação, em uma sequência
lógica, tais como:
múltipla destilação
osmose reversa
eletrodeionização
ultra filtração
ou outros processos
A água purificada é utilizada para o enxágue final dos
produtos críticos para a saúde:
cirurgias de implantes ortopédicos, oftalmológicos, cirurgias cardíacas
cirurgias neurológicas
Farmacopéia Brasileira, 5ª edição
Periodicidade dos ensaios para
água de enxágue
MENSAL
AAMI (2007)
Validação
O propósito fundamental da
validação é assegurar a
confiabilidade de um sistema de
purificação de água, envolvendo
sua obtenção, armazenamento,
distribuição e qualidade no(s)
ponto(s) de uso.
Farmacopéia brasileira, 5ª edição
A Validação
Inclui
•
•
•
•
Qualificação do projeto
Qualificação da instalação
Qualificação da operação
Qualificação do desempenho
• Farmacopéia brasileira, 5ª edição
Etapas de um plano de validação
• Conhecer o padrão de qualidade da fonte de
alimentação
• Estabelecer o padrão de qualidade da água
purificada
• Estabelecer parâmetros críticos, níveis de alerta e
de ação e a periodicidade de sanitização e
monitoramento
• Deve abranger todos os pontos críticos e
representativos do sistema
Limites de alerta e ação
O limite de alerta indica um aviso de
desvio da qualidade e não
necessariamente requer uma medida
corretiva.
O limite de ação indica
que o desvio da qualidade excedeu os
parâmetros toleráveis e requer
interrupção da atividade para a correção.
Standard Methods for the
Examination of Water and
Wastewater
Portaria 2914
Capítulo III
Das competências e responsabilidades
Seção V- dos Laboratórios de Controle e Vigilância
Art. 21º - As análises laboratoriais para controle e
vigilância da qualidade da água para consumo
humano podem ser realizadas por laboratório
próprio, conveniado ou sub contratado, desde que se
comprove a existência de sistema de gestão da
qualidade, conforme os requisitos especificados na
NBR ISO/IEC 17025:2005
OBRIGADA!
Maria José Silveira
Diretora técnica
Bióloga Especialista em Microbiologia
CRBio 18098-01
CONTROLBIO ASSESSORIA TÉCNICA MICROBIOLÓGICA S/S LTDA
[email protected]
Telefone: (11) 3721-7760
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controle da qualidade da água para consumo humano