RELATÓRIO TÉCNICO FINAL
(Este relatório deve obrigatoriamente acompanhar a prestação de contas)
Programa: Programa de Pesquisa e Desenvolvimento em Ciência e Tecnologia para o SUS
Chamada/ano: 01/2005
Convênio no: 233/2005
Coordenador: Maria Lucia Frizon Rizzotto
Protocolo No: 7600
E-mail: [email protected]
Título do Projeto: RECURSOS HUMANOS EM SAÚDE DO POLO AMPLIADO DE EDUCAÇÃO
PERMANENTE EM SAÚDE – PAEPS/OESTE
Área: Ciência da Saúde – Saúde Pública
Instituição: UNIOESTE – Universidade Estadual do Oeste do Paraná
Valor financiado: R$ 10.260,00
RESUMO DO PROJETO:
Trata-se de uma pesquisa exploratória realizada com os profissionais de saúde que atuam na
rede pública de assistência dos municípios pertencentes à 10ª Regional de Saúde do Paraná e no
Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP). O projeto contou com a participação de
pesquisadores vinculados a duas instituições, uma acadêmica (UNIOESTE) e outra de serviço
(SESA - 10.ª Regional de Saúde), envolvendo no total 04 pesquisadores, 01 aluno de iniciação
científica e 02 bolsistas contratados para realizarem o trabalho de digitação e tabulação dos
dados. Os objetivos do estudo consistiram em realizar diagnóstico dos profissionais de saúde que
atuam nos serviços de saúde públicos, pertencentes ao território de abrangência do Pólo Regional
de Educação Permanente em Saúde – PREPS/Oeste visando fornecer dados e análises que
subsidiem a tomada de decisão do Colegiado de Gestão deste Pólo no que se refere à formulação
de uma política regional de formação e desenvolvimento de trabalhadores para a área da saúde e
identificar o impacto das ações do referido Pólo nas práticas de saúde e na organização dos
serviços de saúde. Como resultado da pesquisa pode-se destacar a predominância de
trabalhadores da área de enfermagem; a pequena participação em atividades educativas por parte
dos profissionais, particularmente os que estão em atividades assistenciais e os de nível médio e
elementar, em face do privilegiamento de participação dos profissionais em cargos de direção e ou
coordenação; a baixa capacidade de oferta de atividades educativas pelo PREPS, o que indica
que este deverá concentrar seus esforços no estabelecimento de diretrizes e políticas de
formação e não necessariamente assumir a operacionalização/execução da formação
propriamente dita. Também ficou evidenciada a necessidade de se ampliar as alternativas de
atualização dos profissionais, que atualmente se limita às informações repassadas pela instituição
por meio de boletins ou reuniões.
ANTECEDENTES: Descritivo de 1 página com comentários do tema do projeto em relação aos
objetivos propostos.
O projeto de pesquisa teve como objetivos gerais: (1) Realizar diagnóstico dos Recursos
Humanos que atuam nos serviços de saúde públicos ou conveniados ao SUS, pertencentes ao
território de abrangência do Pólo Regional de Educação Permanente em Saúde - PREPS/Oeste;
(2) Coletar dados para compor um sistema informatizado que armazene, atualize e gere relatórios
sobre os recursos humanos em saúde, que atuam nos serviços públicos ou conveniados ao SUS
da Região Oeste e Sudoeste do Estado; (3) Disponibilizar um instrumento que permita obter
dados sobre o quadro de Recursos Humanos em Saúde, dando agilidade à tomada de decisão e
facilitando o planejamento das ações do Pólo e (4) Realizar análises que contribuam com os
gestores públicos e as instituições formadoras na definição de uma política regional de educação
permanente e formação de Recursos Humanos para o setor de Saúde. E como objetivos
específicos: (1) Realizar análises sobre o impacto das ações do PREPS/ 10.ª RS nas práticas de
saúde e na organização dos serviços de saúde; (2) Identificar a capilaridade da Política de
Educação Permanente entre interlocutores preconizados pela Portaria 198/MS, no âmbito do
PREPS/ 10.ª RS e (3) Analisar as metodologias e técnicas de ensino utilizadas nas ações
educativas desenvolvidas em projetos do PREPS/ 10.ª RS.
O Pólo Regional de Educação Permanente em Saúde (PREPS/Oeste) é referência para os
municípios pertencentes a 10ª Regional de Saúde do Paraná, e foi criado a partir de proposta do
Ministério da Saúde, respaldada pelo Conselho Nacional de Saúde e acolhida pela SESA Secretaria de Saúde do Estado do Paraná, no sentido de instituir uma política de Educação
Permanente em Saúde como estratégia do Sistema Único de Saúde para a formação e o
desenvolvimento de trabalhadores para o setor. Essa política está sendo operacionalizada a partir
da criação, em todo o território nacional, de instâncias interinstitucionais e locorregionais,
denominadas de Pólos de Educação Permanente em Saúde para o SUS, que tem entre outras
atribuições identificar necessidades de formação e desenvolvimento dos trabalhadores de saúde,
propor políticas e estabelecer negociações interinstitucionais e intersetoriais orientadas pelas
necessidades de formação e pelos princípios e diretrizes do SUS e, formular políticas de formação
e desenvolvimento de formadores e de formuladores de políticas. Para dar conta desses objetivos,
seria necessário um diagnóstico do quadro de recursos humanos existentes, tanto do ponto de
vista quantitativo, quanto de outros aspectos referentes à formação nos diferentes níveis de
ensino formal, bem como de atualização, qualificação, treinamentos, cursos, etc. que estes
profissionais possam ter recebido após a formação inicial.
O Estado do Paraná foi contemplado com seis pólos ampliados e um pólo regional em
cada regional de saúde. A Portaria Ministerial que instituiu a Política Nacional de Educação
permanente em Saúde estabeleceu algumas funções para os Pólos quais sejam: I. identificar
necessidades de formação e de desenvolvimento dos trabalhadores de saúde e construir
estratégias e processos que qualifiquem a atenção e a gestão em saúde e fortaleçam o controle
social do setor na perspectiva de produzir impacto positivo sobre a saúde individual e coletiva; II.
mobilizar a formação de gestores de sistemas, ações e serviços para a integração da rede de
atenção como cadeia de cuidados progressivos à saúde; III. propor políticas e estabelecer
negociações interinstitucionais e intersetoriais orientadas pelas necessidades de formação e de
desenvolvimento e pelos princípios e diretrizes do SUS; IV. Articular e estimular a transformação
das práticas de saúde e de educação na saúde ao conjunto do SUS e das instituições de ensino,
tendo em vista a implementação das diretrizes curriculares nacionais para o conjunto dos cursos
da área da saúde e a transformação de toda a rede de serviços e de gestão em rede-escola; V.
formular políticas de formação e desenvolvimento de formadores e de formuladores de políticas,
fortalecendo a capacidade docente e a capacidade de gestão do SUS em cada base
locorregional; VI. estabelecer a pactuação e a negociação permanente entre os atores das ações
e serviços do SUS, docentes e estudantes da área da saúde; VII. estabelecer relações
cooperativas com as outras articulações locorregionais nos estados e no país. (BRASIL, 2004,
p.3)
A realização das funções acima descritas requer um planejamento a curto, médio e longo
prazo, que permita criar estratégias e estabelecer prioridades, visando à construção de condições
objetivas para a definição e implementação de uma política regional de educação permanente em
saúde, orientado pelas necessidades de formação e desenvolvimento dos trabalhadores de saúde
e pelos princípios e diretrizes do SUS. Nesse sentido, é fundamental conhecer quais são as
necessidades de formação e desenvolvimento dos trabalhadores que estão atuando nos serviços
de saúde públicos ou conveniados ao SUS, pertencentes à área de abrangência do Pólo Ampliado
de Educação Permanente em Saúde – PAEPS/Oeste.
Assim, acreditamos que os objetivos do projeto atenderam as demandas do PREPS/Oeste,
bem como os resultados alcançados e as análises realizadas, além de fornecer os elementos de
análise que irão subsidiar o Colegiado de Gestão do Pólo no sentido de estabelecer uma política
de formação e desenvolvimento de recursos humanos com base locorregional, poderá contribuir
com os gestores municipal e estadual e os órgãos formadores de recursos humanos em saúde
facilitando o planejamento e a avaliação das ações dessas instâncias de gestão pública. Os dados
poderão contribuir ainda para a formulação de diretrizes políticas para a formação e
desenvolvimento desses profissionais a curto, médio e longo prazo, bem como apontar para as
instituições formadoras as necessidades do SUS no que se refere a demanda por profissionais
para atuarem neste setor.
RESULTADOS: Descritivo de 2 a 3 páginas com os resultados técnico-científicos obtidos, usandose gráficos/tabelas, etc.
Para a apresentação dos resultados da pesquisa de campo, realizou-se o agrupamento
das ocupações obtidas com os 939 questionários que retornaram de acordo com a metodologia
desenvolvida por Dedecca et al. (2005) que estima o total de ocupações no mercado de trabalho
da saúde. Essa proposta diferencia as ocupações do setor saúde segundo a sua atividade fim e
as classifica em três grupos: nuclear, afins e demais. A classificação considera que neste setor,
diferente de como ocorre em geral, há profissionais responsáveis pelas atividades fins e outros
que cumprem o papel de apoio para tais atividades.
Encontrou-se 50 ocupações distintas, sendo 20 no grupo nuclear, 25 no grupo das
ocupações afins e 05 nas demais. Contudo, a maioria dos participantes do estudo (68,6%) exerce
função enquadrada no grupo “nuclear” que segundo Dedecca et al. (2005) requer uma
qualificação específica e reconhecida por órgãos públicos, portanto, suas funções não são
regulamentadas diretamente pelas partes que estabelecem o contrato de trabalho. Do total de
ocupações denominadas de “nuclear” a maioria (484) que corresponde a 51,5% foi composta por
membros da equipe de enfermagem (enfermeiro, técnico de enfermagem, auxiliar de enfermagem
e ACS), evidenciando tratar-se da equipe majoritária que atua no setor saúde. O ACS foi agrupado
junto com o grupo “nuclear”, embora não atenda ao requisito da formação específica, ou seja, sem
exigências de um conhecimento técnico específico, por constituir uma nova categoria de
trabalhadores do setor de saúde.
No grupo denominado “afins” foram incluídas as ocupações criadas indiretamente para
desenvolver atividades de apoio para o grupo “nuclear”, contemplando trabalhadores com distintos
níveis de formação, do elementar ao universitário (administrador), com vistas a atingir as
finalidades do trabalho no setor saúde. Neste grupo o maior quantitativo foi representado pelo
auxiliar operacional e auxiliar administrativo, com formação predominantemente de nível
elementar, sem qualificação específica. A incorporação de novas tecnologias na saúde, como a
informática fica evidente pela presença de digitador entre os participantes do estudo. Por fim, no
grupo chamado “demais” foram incluídas as respostas obtidas que apenas mencionavam os
cargos ocupados pelos entrevistados (coordenador, secretário, diretor, chefe e auditor) sem
especificação de uma ocupação.
Na Tabela 1 estão relacionados os 21 municípios que enviaram os dados, o resultado
obtido no agrupamento geral da amostra também se repete quando observados os municípios em
separado, ou seja, as ocupações nucleares predominam em relação às demais, contudo, há
diferenças significativas entre eles. O maior número de servidores 293 (31,2%) é do município de
Cascavel e o menor de Iracema do Oeste onde apenas 01 servidor respondeu o questionário.
Ao se relacionar a escolaridade com a ocupação, a grande maioria dos trabalhadores, 518
(55,2%) possui o nível médio e apenas 1% possui mestrado, o maior nível de escolaridade
registrado. Chama a atenção que 19 ACS (7,36%) possuem nível superior e seis (2,3%), detém o
título de especialista, embora se saiba que o grau de escolaridade exigido para esse trabalhador
seja o nível fundamental. Esse dado pode estar relacionado com a reduzida oferta de empregos e
pelo próprio desemprego estrutural que atinge as sociedades capitalistas, sobretudo nos países
periféricos. Note-se que entre os sujeitos da pesquisa um secretário de saúde possui o nível
médio e um coordenador apenas o ensino fundamental. Entre os profissionais de nível superior
(médicos, enfermeiros e assistentes sociais) realizaram mais de uma especialização.
Tabela 1
Distribuição das ocupações em relação aos municípios. Cascavel, 2007
MUNICÍPIOS
Cascavel
Cafelândia
Corbélia
Guaraniaçu
Céu Azul
Catanduvas
Santa Tereza do Oeste
Vera Cruz do Oeste
Capitão L. Marques
Nova Aurora
Boa Vista da Aparecida
Campo Bonito
Ibema
Santa Lúcia
Formosa do Oeste
Quedas do Iguaçu
Braganey
Anahy
Jesuítas
Diamante do Sul
Iracema do Oeste
Total
Nucleares
177
46
52
54
47
30
24
30
30
21
3
17
20
21
18
16
9
12
11
5
1
644
OCUPAÇÕES
Afins
Demais
96
11
16
4
10
1
2
1
8
2
9
2
16
2
7
3
5
1
10
1
5
1
4
6
2
2
8
1
4
3
3
217
29
Omitida
9
4
4
1
1
3
26
1
49
Total
N
%
293
31,2
66
7,0
63
6,7
61
6,5
57
6,1
45
4,8
42
4,5
38
4,0
34
3,6
30
3,2
29
3,1
28
3,0
26
2,8
25
2,7
24
2,6
21
2,2
18
1,9
16
1,7
14
1,5
8
0,9
1
0,1
939 100,0
Embora a amostra do estudo tenha se restringido ao setor público, sem incluir os hospitais
conveniados ao SUS, no universo estudado a estratégia da atenção básica (AB), eixo
reorganizador do sistema de saúde absorve o maior quantitativo dos trabalhadores do setor saúde
como fica demonstrado na Tabela 2.
Quanto às formas de vinculação do trabalhador às instituições, identificou-se que embora a
maioria dos servidores esteja contratada como servidor público (50,2%) a presença da
precariedade do trabalho fica evidenciada por meio de contratos temporários (11,7%), outros tipos
(7,6%) e vínculos omitidos (5,9%). No estudo constatou-se ainda que a maioria dos participantes
possui apenas um vínculo de trabalho (80,9%), e a minoria (3,3%) trabalha em mais de um local,
possuindo dois (30 trabalhadores), três locais (um trabalhador) e até mesmo quatro vínculos (um
trabalhador). Entre aqueles que possuem um segundo vínculo de trabalho encontram-se os
membros da equipe de enfermagem (4,2%), o médico (1,5%) e o dentista (0,8%).
Em relação a participação em cursos realizados nos últimos três anos (2004 a 2006),
evidenciou-se que parcela significativa (35,6%) dos trabalhadores não participou de nenhuma
atividade no período investigado, dentre estes o maior contingente esteve concentrado nas
ocupações agrupadas como “afins” (46,5%), seguido pelo grupo “nuclear” (31,7%) e “demais”
(27,6%). Mesmo entre os que participaram de atividades educativas, esta participação não atingiu
a média de uma participação por ano (76,1%) dos casos, o que evidencia possível fragilidade de
atualização diante da velocidade com que ocorrem mudanças na área da saúde. Além disso, a
participação não ocorre de forma proporcional ao número de ocupantes nas áreas, sendo
privilegiado os que ocupam cargos na estrutura burocrática em detrimento dos que efetivam a
assistência à saúde. Quanto a forma de atualização mais utilizada pelos profissionais está o
repasse de informações pela instituição (64,7%) e boletins (39,1%). O uso de periódicos e
biblioteca foram as formas menos citadas num conjunto de nove opções com respectivamente
11,8% e 11%.
No que se refere às atividades educativas do Pólo Regional de Educação Permanente em
Saúde (PREPS – 10), no período de 2004 a 2006, foram aprovados e realizados 40 atividades
educativas (cursos, eventos, oficinas, treinamentos), sendo 11 em 2004, 17 em 2005 e 12 em
2006. Destes, 12 (30%) foi para tratar de doenças específicas, nove (22,5%) tinham como objetivo
discutir aspectos do Sistema Único de Saúde, princípios e diretrizes ou a gestão do sistema. A
educação permanente foi objeto de quatro atividades, que corresponde a 10%. As atividades do
Pólo, em sua grande maioria resultaram de demandas de setores da Regional de Saúde, com o
objetivo de treinar e/ou sensibilizar as equipes municipais para determinadas ações específicas.
No que se refere às metodologias de ensino, buscou-se identificar nos projetos aprovados, qual a
metodologia utilizada nas atividades educativas. Nesse sentido, não foi possível avançar muito na
análise em face de estar baseada no enunciado constante dos projetos e não propriamente na
real utilização das metodologias propostas. Basicamente as metodologias estiveram vinculadas à
problematização, com momentos de discussão, estudo em grupo e exposição dialogada.
Tabela 2
Número de trabalhadores da saúde segundo o local de trabalho e agrupamento das ocupações.
Cascavel, 2007
OCUPAÇÕES
Nucle
Demai Omiti
Total
Afins
LOCAL DE TRABALHO
ar
s
dos
N
N
N
N
N
%
Centro de saúde
200
82
11
19
312 33,2
USF
163
8
10
181 19,3
UBS
131
24
6
3
164 17,5
Hospital
56
42
1
3
102 10,9
Outro
33
24
6
63
6,7
Regional de saúde
22
17
5
1
45
4,8
SMS nível central
4
11
4
19
2,0
Centro de Saúde e USF
7
7
0,7
Centro de Saúde e Outro
2
3
1
6
0,6
UBS e USF
5
5
0,5
Centro de Saúde e Hospital
3
1
4
0,4
UBS e Hospital
3
3
0,3
Centro de Saúde e UBS
3
3
0,3
UBS, Centro de Saúde e USF
1
1
0,1
Centro de Saúde e Regional de
1
1
0,1
Saúde
USF e Outro
1
1
0,1
UBS e Regional de Saúde
1
1
0,1
Centro de Saúde, SMS nível
central, USF e Regional de
1
1
0,1
Saúde
Local de trabalho omitido
8
5
2
5
20
2,1
Total
644
217
29
49
939 100,0
A análise qualitativa das participações em cursos a partir da visão dos sujeitos da pesquisa
evidenciou uma avaliação positiva sendo considerados como ótimo, muito bom, bom e regular
pelos entrevistados. Os principais argumentos apresentados para justificar a avaliação efetuada
contemplaram aspectos que podem ser agrupados como dimensões da atualização técnicocientífica ou do desenvolvimento de habilidades técnicas. Na avaliação acerca da prática da
educação permanente a alteração no cotidiano do processo de trabalho ainda está por se fazer
uma vez que os conhecimentos adquiridos nos cursos nem sempre foram possíveis de serem
implementados em função de problemas organizacionais e gerenciais existentes nos locais de
trabalho.
A falta de trabalho em equipe marcado pela ausência de planejamentos conjuntos, reuniões e
grupo de estudo, resulta na fragmentação do trabalho que ao lado da existência de conflitos
vividos entre trabalhadores e usuários e entre os membros da equipe leva a atitudes consideradas
anti-éticas e com forte individualismo.
EQUIPE EFETIVA:
Pesquisadores
Maria Lucia Frizon Rizzotto – coordenadora (UNIOESTE)
Neide Tiemi Murofuse (UNIOESTE)
Arlene Bernini Fernandes Muzzolon (SESA)
Anair Lazzari Nicola (UNIOESTE)
Apoio técnico e estatístico:
Matheus Lazzari Nicola
Giulia Satie Broetto
Iniciação Científica
Francielle Brito da Fonseca
SÍNTESE DAS ATIVIDADES REALIZADAS e principais resultados obtidos (até uma página).
Inicialmente foi realizada uma reunião para definir a responsabilidade de cada pesquisador
e um cronograma de reuniões para avaliar o andamento do projeto. Em face da impossibilidade de
utilizar o cadastro dos servidores já existente, na SESA, tanto por não estar atualizado, como por
não conter todos os dados que seriam necessários para a consecução dos objetivos propostos,
optou-se pela elaboração de um questionário contendo perguntas abertas e fechadas a ser
respondido por todos os servidores da rede pública. (anexo I).
Acordou-se, nesse encontro que o pesquisador da SESA – 10.ª Regional de Saúde ficaria
com o compromisso de distribuir e recolher os instrumentos junto aos municípios vinculados à
Regional e uma pesquisadora da Unioeste com a responsabilidade de distribuir e recolher os
instrumentos no Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP). No caso dos municípios,
realizaram-se reuniões com os gestores e gerentes de unidades de saúde para apresentar o
projeto e solicitar a colaboração na coleta dos dados. Quanto ao HUOP os instrumentos foram
entregues em mãos para todos os servidores. Do total de 4000 questionários distribuídos
retornaram 939 (23,47%), os quais constituíram a amostra da pesquisa. Os dados foram coletados
no período compreendido entre os meses de outubro de 2006 a março de 2007.
O banco de dados foi construído utilizando-se as planilhas do Programa Oppen Office.
Além disso, os dados objetivos foram registrados no sistema informatizado, cuja complementação
e atualização deve ter continuidade por meio da coordenação do PREPS - 10. As respostas as
perguntas fechadas foram sistematizadas em freqüência absoluta e porcentagem sendo os
resultados apresentados na forma de tabelas. Quanto as respostas das perguntas abertas as
mesmas foram agrupadas por unidades temáticas. Para a análise dos dados foi utilizado como
referência documentos elaborados pela Secretaria de Gestão do Trabalho, pelo Ministério da
Saúde e revisão de literatura sobre as temáticas definidas como relevantes para subsidiar a
análise.
PUBLICAÇÕES/PATENTES: Listagem com informações completas sobre publicações/ patentes
decorrentes, parcial ou totalmente do projeto, já publicadas ou no prelo.
Apresentação de trabalho com resultados parciais e publicação de texto completo
1. Trabalho completo: A política nacional de educação permanente em saúde. Publicado e
apresentado no 3.º Seminário Nacional Estado e Políticas Sociais no Brasil. Realizado de 23 a 25
de agosto de 2007. ISBN – 978857644-113-7. p. 1- 15. Autores: Maria Lucia Frizon Rizzotto, Anair
Lázzari Nicola e Francielli Brito da Fonseca.
2. Trabalho completo: Análise sobre o impacto de cursos de Educação Permanente nas
práticas e na organização dos serviços de saúde. Publicado e apresentado no 3.º Seminário
Nacional Estado e Políticas Sociais no Brasil. Realizado de 23 a 25 de agosto de 2007. ISBN –
9788576441137. p. 1-19 Autores: Neide Tiemi Murofuse, Maria Lucia Frizon Rizzotto, Anair Lázzari
Nicola e Arlene Muzzolon.
3. Artigo encaminhado para publicação na Revista Latino- Americana de Enfermagem:
Diagnóstico dos trabalhadores em saúde e o processo de formação no Pólo Regional de
Educação Permanente em Saúde. Autores: Neide Tiemi Murofuse, Maria Lucia Frizon Rizzotto,
Anair Lázzari Nicola e Arlene Muzzolon.
DIFICULDADES ENCONTRADAS/SUGESTÕES: Apresentação de soluções para dificuldades/
problemas encontrados em todas as fases de desenvolvimento do projeto.
Embora tenha sido significativa a participação dos trabalhadores da saúde, como voluntário no
projeto, houve atraso no calendário previsto para a coleta de dados devido a diversos motivos. Um
deles foi devido a mudanças ocorridas no quadro de pessoal do Hospital Universitário com a
demissão dos contratados e substituição por servidores efetivos, requerendo a suspensão
temporária da coleta. Alguns trabalhadores necessitaram obter a confirmação por parte do
pesquisador da Unioeste (via telefonema) quanto ao sigilo e ao anonimato das informações
fornecidas. E, por fim, a necessidade de reenvio dos instrumentos de coleta de dados aos
municípios com ausência de retorno.
SÍNTESE DOS RESULTADOS OBTIDOS
PRODUÇÃO TÉCNICA-CIENTÍFICA
TIPO
Produto Tecnológico*
Processo ou Técnica*
Software
Cartas, Mapas e Similares
Desenvolvimento de Material Didático ou Instrucional
Maquete
Programa de Rádio ou TV
Curso de Curta Duração Ministrado
Manutenção de Obra Artística
Editoração
Organização de Evento
Relatório de Pesquisa
Trabalhos Técnicos
Outros (especificar)
* Indicar o no do Depósito de Patente quando houver
PRODUÇÃO BIBLIOGRÁFICA
TIPO
Livro e Capítulo de Livros
Artigo Publicado em Periódicos
Trabalho Publicado em Anais de Evento
Texto em Jornal ou Revista
Tradução
Prefácio, posfácio
QUANTIDADE
1
QUANTIDADE
Nacionais Estrangeiras
2
Partitura Musical
Outra Produção Bibliográfica
PRODUÇÃO ARTÍSTICA E CULTURAL
TIPO
Apresentação de Obra Artística
Arranjo Musical
Composição Musical
Curso de Curta Duração
Obra de Artes Visuais
Programa de Rádio ou TV
Sonoplastia
Outra Produção Artística/Cultural
FORMAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS
TIPO
Alunos de Doutorado
Alunos de Mestrado
Alunos de Aperfeiçoamento ou Especialização
Alunos de Graduação/Iniciação Científica
QUANTIDADE
QUANTIDADE
1
ORIENTAÇÃO CONCLUÍDA
TIPO
Tese de Doutorado
Dissertação de Mestrado
Monografia de Conclusão Curso de Aperfeiçoamento ou
Especialização
Trabalho de Iniciação Científica
Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação
QUANTIDADE
1
MELHORIA DA INFRA-ESTRUTURA DE PESQUISA/ENSINO
TIPO
DESCRIÇÃO
Instalação de Laboratório
Infra-estrutura laboratorial
Aquisição de computador e impressora
Atualização
de
acervo
da
Aquisição de livros e assinatura de periódicos
Biblioteca
Outra
BENS PATRIMONIÁVEIS: Listar todos os equipamentos patrimoniáveis, com descrição de Marca,
Modelo, Série, acessórios, etc., adquiridos com recursos da Fundação Araucária
- 02 Monitores LCD 17” LG.
- Impressora HP Multifuncional F380.l
- Gravador DVD LG.
IMPACTOS E UTILIDADE DOS RESULTADOS OBTIDOS (até 10 linhas cada)
IMPACTOS E UTILIDADE DOS RESULTADOS OBTIDOS (até 10 linhas cada)
ECONÔMICO:
Os dados da pesquisa podem dar uma maior racionalidade às propostas de formação
dos trabalhadores em saúde no que se refere a alocação de recursos para a
promoção de cursos, treinamentos, capacitações, reciclagens, etc., evitando a
duplicidade de propostas de formação para um público já qualificado e propondo
atividades que realmente atendam as necessidades de formação de cada categoria
profissional.
SOCIAL:
Na medida em que os dados forem divulgados e disponibilizados para a coordenação
do Pólo e para os gestores municipal e estadual poderá influenciar na definição de
uma políticas de formação/qualificação do quadro de trabalhadores em saúde, com
possibilidades de melhorar a sua formação o que conseqüentemente poderá
repercutir no campo da assistência à saúde oferecida à população usuária do SUS.
CIENTÍFICO (Acadêmico):
Os resultados da pesquisa, do ponto de vista acadêmico, pode influenciar tanto o
desenvolvimento de novas pesquisas como motivar pesquisadores a se envolverem
em projetos de educação permanente para os trabalhadores do setor, uma vez que o
papel da universidade não deve se limitar a formação no nível inicial (graduação), mas
contribuir com a continuidade do processo de formação dos trabalhadores em saúde.
PERSPECTIVAS DE CONTINUIDADE (sugestões para novas propostas)
O projeto terá continuidade na medida em que o controle e a atualização do banco de
dados continuará sendo realizada pelo mesmo grupo de pesquisadores que
desenvolveram a presente pesquisa
Local e Data: 15/02/2008
Assinaturas:
Maria Lucia Frizon Rizzotto
Coordenadora
Paulo Sérgio Wolff
Responsável pela Instituição
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Recursos Humanos em Saúde do Polo Ampliado de