TÍTULO DA PALESTRA
(Org. por Sérgio Biagi Gregório)
14/7/2011
Sono e Sonhos
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Sono e Sonhos
Introdução
O sono e o sonho, embora tenham sido exaustivamente
estudados pela Ciência, ainda não se chegou a uma
definição.
Do ponto de vista físico, não se sabe o que leva uma pessoa
a adormecer. Ainda não foi descoberta nenhuma substância
no sangue ou no cérebro criada ou revigorada durante
aquele espaço de tempo.
Que contribuição o Espiritismo pode oferecer à
compreensão deste tema?
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Sono e Sonhos
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Sono e Sonhos
Conceito de Sono
Ciência - As células corticais
apresentam dois tipos de
atividade: o que equivale aos
estados de excitação,
caracterizado por grande
despesa de energia, e o que se
define como pensamento
inibitório, destinado,
basicamente, à reconstituição
e reparação da célula. A
generalização dos processos
inibitórios responde pela
instalação do sono
(Enciclopédia Mirador)
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Sono e Sonhos
Espiritismo - É um
estado de
emancipação parcial
da alma, ocasião em se
aguçam as nossas
percepções. Evasão da
alma da prisão do
corpo.
Desprendimento do
Espírito no espaço,
onde se encontra com
outros Espíritos,
antigos conhecidos.
(Equipe da FEB, 1995)
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Sono e Sonhos
Conceito de Sonhos
Ciência - Processo intenso que
corresponde aos estados
paradoxais do sono, isto é, àqueles
momentos durante os quais os
registros eletroencefalográficos se
aproximam dos que se
caracterizam o estado de vigília.
Geralmente é a parte lembrada da
sucessão de imagens ou idéias
fantásticas e associações,
apresentadas de maneira
provavelmente contínua à mente
durante o sono. (Enciclopédia
Mirador)
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Sono e Sonhos
Espiritismo - É a
lembrança do que o
Espírito viu durante o
sono. Resultado da
liberdade do Espírito
durante o sono.
Efeito da
emancipação da
alma, que mais
independente se
torna pela suspensão
da vida ativa e de
relação. (Equipe da
FEB, 1995)
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Sono e Sonhos
Histórico
O sono não apresenta grandes novidades ao longo da história.
É o sonho que têm mais relevância.
Na antiguidade, as profecias e a mitologia dão-lhe guarida.
Há diversos relatos bíblicos acerca do sonho: a proibição de
Moisés de se consultar as pitonisas, supostas interpretadoras
dos sonhos; a interpretação do sonho do Faraó feita por José,
em que fala das vacas magras e das vacas gordas.
Na Idade Média, o sonho era tido como algo demoníaco,
merecedor de fogueira àqueles que o interpretavam
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Sono e Sonhos
Histórico
Distinguem-se, na história da psicologia dos sonhos, duas
grandes fases:
a) a anterior à publicação da Interpretação dos Sonhos de S.
Freud, em 1900;
b) a posterior à publicação desta obra.
O critério delimitador é plenamente válido, pois foi com a
Interpretação dos Sonhos que se introduziu o método de
associação que tornou possível o estudo interpretativo do
conteúdo significativo do sonho. (Enciclopédia Mirador)
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Sono e Sonhos
O Sono para a Ciência
Difícil de se chegar a uma definição. A mosca dorme ou não dorme? E a
ameba? Para o cérebro não precisaríamos descansar. Para o corpo físico
não precisaríamos dormir para descansar. O mais importante é o ritmo
Colocando-se eletrodos na cabeça,
observou-se:
a) a pessoa acordada emite ondas curtas e
rápidas.
b) a pessoa dormindo passa por cinco fases:
1.ª) ondas curtas e longas;
2.ª) ondas curtas e longas, distintas de 1;
3.ª) ondas curtas e longas, distintas de 2;
4.ª) ondas curtas e longas, distintas de 3;
5.ª) de repente as ondas passam a ser curtas
e rápidas (igual às ondas da pessoa
acordada).
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Sono e Sonhos
Essas fases realizam-se
em aproximadamente
90 minutos. Na 5.ª fase,
ou seja, nos 20 minutos
finais, surge o chamado
sono REM, do inglês
Rapid Eyes Moviment
(Movimento Rápido dos
Olhos) – momento em
que se dão os sonhos.
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Sono e Sonhos
O Sono para o Espiritismo
Para o Espiritismo, o sono pode ser explicado através
da pergunta 401 de O Livro dos Espíritos
– Durante o sono a alma repousa como o corpo?
Resposta dos Espíritos: Não. O Espírito jamais fica
inativo.
Durante o sono, os liames que o unem ao corpo se
afrouxam e o corpo não necessita do Espírito. Então
ele percorre o espaço e entra em relação mais direta
com os outros Espíritos.
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Sono e Sonhos
O Sonho para a Psicanálise
Para Freud, os sonhos são
expressões disfarçadas de
processos psíquicos inconscientes,
profundos e extremamente
significativos; revelações diretas,
mas veladas, de desejos
insatisfeitos. Acrescenta que, se os
nossos conflitos não encontram
solução, encerram-se no
subconsciente e convertem-se em
complexos. Uma censura, o
superego, impede que regressem à
consciência. No entanto, podem se
manifestar em forma de sonhos,
neuroses etc.
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Sono e Sonhos
Para Adler, no sonho, o
inconsciente trabalha,
combina e modela os dados
provindos do plano
consciente e que este já
tenha olvidado. No sono a
atividade psíquica passa-se
fora da personalidade
consciente; pode, pois,
representar a realização de
um desejo insatisfeito, a
resolução de uma questão
etc., servindo-se para isso
dos elementos afetivos do
inconsciente. (Edipe)
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Sono e Sonhos
O Sonho para O Espiritismo
Para o Espiritismo, o inconsciente freudiano é o subconsciente, definido pelo
Espírito André Luis, como a sede dos hábitos e dos automatismos. O sonho se
constitui das experiências que o Espírito vive no sono. Divide-se em:
a) sonho do subconsciente - É o
pensamento ensimesmado sobre
si mesmo; o reflexo daquilo que
se vivenciou durante o dia.
Exemplo: se, depois de
assistirmos a um filme de terror,
formos dormir, poderemos
sonhar com algumas dessas
imagens.
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b) sonho real – É
o pensamento
entrando em
contato com
pessoas e coisas
do mundo
espiritual.
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Capítulo 38 de Os Mensageiros
O Espírito André Luiz, no capítulo 38 de Os Mensageiros,
anota as observações do orientador espiritual a respeito
das instruções que os Espíritos transmitem aos
encarnados, quando estão desprendidos parcialmente do
corpo (sonho).
E, o que mais lhe causava estranheza, era o estado em
que eles, aí, se apresentavam:
a grande maioria sem entenderem o que se passava,
poucos lúcidos “... revelando boa vontade na recepção
dos conselhos, mas grande incapacidade de retenção”
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Capítulo 8 de Missionários da Luz
O Espírito André Luiz, no capítulo 8 de os Missionários da
Luz, esclarece-nos que durante o sono, o
desprendimento não somente nos conduz aos locais de
nossos interesses, no convívio de Espíritos afins, mas
também a tarefas de estudo e esclarecimento.
Fala-nos do Centro de Estudos para encarnados, com um
número superior a trezentos associados;
no entanto, apenas 32 conseguem romper as teias
inferiores das mais baixas sensações fisiológicas, para
assimilarem as lições dos benfeitores espirituais.
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Capítulo 36 de Nosso Lar
O Espírito André Luiz, no capítulo 36 do livro Nosso Lar,
fala-nos do sonho dos desencarnados.
O sonho, porém, não era propriamente qual se verifica
na Terra.
Ele diz: “Eu sabia, perfeitamente, que deixara o veículo
inferior no apartamento das Câmaras de Retificação, em
“Nosso Lar”, e tinha absoluta consciência daquela
movimentação em plano diverso. Minhas noções de
espaço e tempo eram exatas. A riqueza das emoções, por
sua vez, afirmava-se cada vez mais intensa”.
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Doenças do Sono
Dificuldade de realizar o sono.
No início, no meio e no fim.
Dormir de pé
O ciclo tem que fazer 24 horas.
Alguns têm um ciclo de 26 horas.
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Para Dormir Bem, Basta Adormecer o SAR
No centro do bulbo raquidiano e do mesencéfalo, encontra-se o
sistema de ativação reticular (SAR), que envia constantes sinais ao
córtex cerebral, mantendo-o desperto.
O SAR é estimulado por excitações externas e internas.
Se o SAR estiver adormecido nada chega à consciência, mesmo que
existam sinais.
Uma pessoa acordada, que se deita com a cabeça cheia de
pensamentos e de problemas por resolver, mantém-se em vigília,
apesar da tranquilidade que o cerca, pois os estímulos internos
dificultam o trabalho do SAR.
Um dormitório silencioso e uma cama confortável são, igualmente,
soníferos reconhecidamente eficazes.
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Truque para nos Lembrarmos dos Sonhos
Colocar um despertador suave e que
desperte depois de uma hora, momento
em que estamos no sono REM.
Ter à mão um caderno para anotações.
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Recomendações Úteis
1) Leitura evangélica - Ao deitar, ler, em voz normal, o
Evangelho Segundo o Espiritismo. Este hábito faz-nos
ficar mais calmos e, acalma também, os Espíritos menos
felizes que nos acompanham; aqueles que querem nos
prejudicar durante o sono.
2) Evitar tensões graves no momento que antecede o
sono.
3) Evitar comer em excesso.
4) No caso de insônia, fazer algum exercício de
educação física.
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Conclusão
Quando dormimos, encontramo-nos,
momentaneamente, no estado que
estaremos de maneira permanente depois da
morte.
Saibamos, pois, morrer todos os dias,
preparando-nos eficazmente para receber as
orientações dos nossos mentores espirituais.
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Bibliografia Consultada
CURTI, Rino. O Passe: Imposição de Mãos. São Paulo, Lake, 1985.
EDIPE - Enciclopédia Didática de Informação e Pesquisa Educacional. 3.
ed., São Paulo, Iracema, 1987.
Enciclopédia Mirador Internacional. São Paulo, Encyclopaedia Britannica,
1987.
EQUIPE DA FEB. O Espiritismo de A a Z. Rio de Janeiro, FEB, 1995.
KARDEC, A. O Livro dos Espíritos. 8. ed., São Paulo, FEESP, 1995.
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