XXIII ENANGRAD
Ensino, Pesquisa e Capacitação Docente em Administração (EPD)
NOVAS TECNOLOGIAS DE COMUNICAÇÃO E O AUMENTO DO ACESSO À
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Viviane Chunques Gervasoni
George Bedinelli Rossi
Dirceu da Silva
Sandro Paino Paim
Bento Gonçalves, 2012
Área temática: Ensino, pesquisa, capacitação docente - EPD
Título: NOVAS TECNOLOGIAS DE COMUNICAÇÃO E O AUMENTO DO ACESSO À EDUCAÇÃO
A DISTÂNCIA
RESUMO
A revisão da literatura referente à Educação a Distância indica que o aumento de acessos e
engajamento a esse tipo de curso está associado ao estabelecimento de redes e à medida que uma
rede cresce em termos de usuários, maior será seu valor, ou utilidade, atraindo mais usuários,
fenômeno este conhecido por Lei de Metcalf. Outro fator identificado é a diminuição dos custos dos
equipamentos de comunicação e informática como aparelhos de telefonia fixa e móvel, assim como o
barateamento desses serviços, e computadores pessoais e os softwares, conhecido como a 2ª lei de
Moore. O aumento dessas redes e a diminuição dos custos dos equipamentos e serviços de
comunicações e informática apresentam-se como fatores a aumentar o acesso e o engajamento a
esses cursos. A pesquisa feita coletou dados de fontes secundárias e procedeu a entrevistas
pessoais com alunos e gestores dos cursos à distância. Os resultados indicam que à medida que o
investimento nessas tecnologias aumenta, crescem as redes de educação e diminuem os custos de
bens e equipamentos para o acesso a esses cursos.
Palavras chave: tecnologia, educação à distância, custo
ABSTRACT
A literature review of the Distance Education indicates that the increased access and engagement in
this type of course is associated with the establishment of networks and as a network grows in terms
of users, the greater its value, or utility, attracting more users, a phenomenon known as Metcalf's Law.
Another factor identified is the decrease in the cost of communications equipment and computer
equipment as fixed and mobile telephony, as well as the cheapness of these services, and personal
computers and software, known as the 2nd Moore's law. The increase in these networks and lower
costs of equipment and services for communications and computing are presented as factors to
increase access and engagement for such courses. The survey collected data from secondary
sources and personal interviews conducted with students and administrators of distance learning
courses. The results indicate that as the investment in these technologies increases, growing
networks of education and lower costs of goods and equipment to access these courses.
Key words: technology, distance education, cost
INTRODUÇÃO
A lei de Metcalf assevera que o valor de uma rede de comunicação aumenta
2
proporcionalmente ao quadrado do número de usuários (n ) à medida que estes estejam conectados,
ou seja, à medida que mais pessoas usam a rede mais pessoas se conectarão a essa rede. Para
Metcalf o valor, ou a utilidade de uma rede, aumenta quando mais pessoas usam essa rede e, em
seguida, mais pessoas começam a fazer parte da mesma. Esse princípio pode ser notado em redes
de telefonia, fixa ou móvel, de computadores como a Internet e em redes sociais como Orkut,
Facebook e Twiter dentre várias outras
A 2ª lei de Moore enfatiza que os custos de dispositivos eletrônicos declinam a cada 18 (ou
24) meses mantendo-se constante a qualidade desses dispositivos, sendo que por qualidade
entendem-se as características técnicas dos dispositivos. Por exemplo, a capacidade de
armazenamento de memórias tem como qualidade técnica sua capacidade em GB (Giga Bytes) de
armazenamento e os processadores em termos de velocidade em unidade como GHz (ou Giga
Hertz). Nesse sentido, esta lei assevera que à medida que os custos desses dispositivos declinam,
essas qualidades técnicas permanecem constantes. Quando vista por seu corolário, essa lei revela
que a cada 18 (ou 24) meses de evolução técnica, em termos de capacidade de memória e de
velocidade, por exemplo, os custos permanecem constantes. Isso pode ser constatado ao se analisar
produtos como aparelhos de celular e DVD’s dentre vários outros.
As leis de Metcalf e de Moore quando juntas fornecem evidências de que à medida que os
preços declinam aumenta-se a oferta de bens e serviços que geram maior procura e acesso à
Educação à Distância.
Dados coletados no período de 1995 a 2008 revelam que para um investimento de 2,28% ao
ano do PIB em telecomunicações e informática o número de estudantes inscritos em cursos de
graduação aumentou em torno de 8,87% ao ano. Também, enquanto o total de cursos a distancia
oferecidos por universidades públicas é por volta de 99, o total oferecido por universidades não
públicas é de 109. Nesse sentido, os dados revelam que à medida que os preços dos equipamentos
de comunicação e de informática diminuem a oferta de cursos de graduação à distância aumenta e,
também, o número de inscritos a esses cursos.
Assim, o problema desta pesquisa é: Porque a diminuição de custos de bens e serviços de
comunicações aumenta a procura por cursos de Educação à Distância? E, o objetivo desta pesquisa
é investigar a influência das tecnologias de comunicação e de informática no acesso a cursos de
Educação à Distância de nível superior.
REVISÃO DA LITERATURA
A lei de Metcalf assevera que o valor de uma rede de telecomunicação é proporcional ao
2
quadrado do número de usuários conectados ao sistema (n ). Gilder (1989) atribui este conceito a
Robert Metcalf em relação a Ethernet e, assim, relaciona-se ao número de dispositivos de
comunicação compatíveis como máquinas de Fax, telefones e similares conectados em redes e não
ao número de usuários. Recentemente com o desenvolvimento e lançamento do projeto da WEB 2.0
esta lei incorporou usuários e redes (HENDLER;GOLBECK, 2008; SAN MARTIN; GUTIERREZ,
2009).
Figura 1: Número de conexões – Lei de Metcalf
n (n-1)
Número de
=
; onde ‘n’ é o número de nós.
conexões
2
Dois telefones fazem uma conexão
n=2 è uma conexão
Cinco telefones fazem dez conexões
n=5 è 10 conexões
Doze telefones fazem 66 conexões
n=12 è 66 conexões
Fonte: Hendler;Golbeck, 2008.
A lei de Metcalf relaciona-se ao fato de que o número de conexões em uma rede com ‘n’ nós,
na figura 1, acima, cada nó é um telefone, é expressa matematicamente pelo número n(n-1)/2 que é
2
proporcional a n de forma assintótica. Ou seja, se na rede houver cinco aparelhos de telefones,
somente dez conexões poderão ser feitas; enquanto que doze telefones podem realizar sessenta e
seis conexões.
E, quanto ao seu valor, assevera-se que este é proporcional ao seu número de usuário na
2
relação n(n-1) = n –n, implicando que se o valor da rede para um único usuário é de R$ 1,00 então
se a rede tiver tamanho igual a 10, o valor total da rede será R$ 100. E, uma rede de tamanho 100,
terá valor de R$ 10.000 (SHAPIRO; VARIAN, 1999).
Assim, a Lei de Metcalf revela muito dos efeitos de rede das tecnologias de comunicação e
de redes como Internet, redes sociais como Orkut e Facebook e a Internet, ou World Wide Web O
efeito de rede descreve o valor do serviço para um usuário quem emerge do número de pessoas
usando um determinado serviço. Em seu núcleo, o efeito de rede captura o valor que aumenta à
medida que o número de usuários aumenta devido ao fato de que as conexões potenciais aumentam
para cada novo usuário quando mais pessoas se juntam à rede (HENDLER; GOLBECK, 2008).
Desta maneira, Metcalf elaborou a hipótese que enquanto o custo de uma rede cresce de
forma linear com o número de conexões, o valor é proporcional ao quadrado do número de usuários.
Nesse sentido, dado ‘n’ usuários da rede e por usuário deve-se entender equipamentos de rede como
fax-símiles, computadores, telefones e outros o número de possíveis conexões que podem ser feitas
2
é (n ) (SIMEONOV, 2006).
A diferença das formulações relativas ao número de conexões que anteriormente
2
apresentava ‘n(n-1)/2’ e agora apresenta ‘(n )’ é explicada, segundo Simeonov (2006), por diferentes
interpretações quanto à hipótese formulada por Metcalf.
Segundo o autor supra, o eixo dos ‘X’ compreende como unidade de medida dispositivos de
comunicação compatíveis (entre si) e não usuários no sentido de pessoas. Isto é, a unidade de
medida no eixo dos ‘X’ são máquinas e não pessoas. Porém, o ponto importante a destacar é o termo
“dispositivos compatíveis”. Nesse sentido, o valor da rede aumenta à medida que dispositivos de
comunicação em rede sejam compatíveis no sentido de um conseguir identificar o outro e fazer a
2
devida comunicação entre si. E, nesta situação a formulação é (N ); pois, uma máquina identifica a si
própria e a outras.
Mas, se a unidade de medida no eixo ‘X’ for usuários, no sentido de pessoas, então a
formulação mais adequada é n(n-1)/2, pois, não faz sentido uma pessoa identificar a si mesma, mas,
1
somente quando identifica outras pessoas conectadas.
Figura 2: O valor sistêmico de dispositivos de comunicação
cresce com o quadrado de seu número
Unidades monetárias
$
Custo ~ N
Massa crítica
de superação
Valor ~ N2
N
Dispositivos
Fonte: Simeonov, 2006.
Quando aplicada a grandes redes como a Internet, o importante a destacar é a formação de
sub redes, ou, colocado de outra forma, uma pessoa pode pertencer a uma comunidade e ao mesmo
tempo a outras comunidades. Isto é, dentro de uma comunidade podem coexistir várias e múltiplas
sub-comunidades. Este é o caso da Internet, que pode ser uma comunidade em si mesma e
apresentar sub-comunidades como Orkut. E, nesta evolução de redes e comunidades conectadas
pode-se observar e emergência de redes dentro da rede Internet como o Twuitter, facebook dentre
várias outras (REED, 2001).
Desta feita, quando pessoas com interesses comuns se juntam para atender a um objetivo
forma-se uma rede cuja definição é (CASTELLS, p. 498):
“...redes são estruturas abertas capazes de expandir de forma ilimitada, integrando
novos nós desde que consigam comunicar-se dentro da rede, ou seja, desde que
compartilhem os mesmos códigos de comunicação (por exemplo, valores ou
objetivos de desempenho). Uma estrutura social com base em redes é um sistema
aberto altamente dinâmico suscetível de inovação sem ameaças ao seu equilíbrio.”
A Lei de Metcalf tem sido comumente ilustrada pelo exemplo de máquinas de Fax (McCarroll,
1987). Uma única máquina é inútil, porém, o valor de cada máquina aumenta com o número total de
máquinas na rede porque o número total de pessoal com quem cada usuário pode mandar e receber
documentos aumenta. Bens físicos caracterizam o primeiro componente ou o efeito intrínseco do
efeito de rede. Serviços posicionam-se como um segundo componente de efeito de rede conhecidos
como complementares.
Uma rede social baseada em um site trabalha tal como as máquinas de fax acima descritas.
Quanto maior o número de usuários desse serviço, mais valorizado o serviço será para a
comunidade. Derivando da proposição da Lei de Metcalf, cada novo indivíduo aceito ou incluído na
rede social do site faz com que o perfil desse usuário seja exponencialmente mais valioso em termos
dessa lei. Novos empregos, relacionamentos, e oportunidades emergem quando mais pessoas são
colocadas juntas na rede (TONGIA et al,2005).
Nesse sentido, o valor de uma rede assenta-se no volume de pequenos itens ou interações e
não em alguns poucos itens de grande procura que produz o valor para uma rede (ANDERSON,
2004).
Ao longo dos últimos 50 anos verifica-se que a tecnologia baseada na eletrônica ficou mais
barata e ao mesmo tempo mais poderosa em termos de capacidade de processamento de dados e
de informações e transações. Isto pode ser observado no declínio de preços de produtos como
televisores, Microcomputadores e notebooks, Vídeo K7 seguido por DVD’s, aparelhos celulares
dentre vários outros (BRADELY; NOLAN, 1998).
Em 1960 um computador de grande porte era comprado por US$ 10 milhões e este mesmo
equipamento em 1980, no sentido de mesmo poder computacional, era comprado por menos de US$
3.000 (três mil). Nos dias atuais – 2010 – esse mesmo poder computacional pode ser comprado por
menos de US$ 5 (cinco) na forma de um “chip”. Sem dúvida, nenhum de nós comprará um este
último poder de computação, muitos comprarão um microcomputador ao preço de alguns milhares de
dólares (US$ 2.000) que inclui poder de processamento de texto, de cálculo, de gráficos e assim por
diante (BRADELY; NOLAN, 1998).
Gordon Moore, co-fundador da Intel, formulou a lei de que o poder de processamento de um
microchip dobra a cada 18 meses e seu corolário é de que computadores tornam-se mais rápidos e o
preço para um dado poder de computação cai à metade a cada 18 meses (GILDER, 1989). Moore,
de fato, descreveu uma tendência de longo prazo relativa à história do “hardware” de computadores
em que o número de transístores que podem ser colocados de forma barata em um circuito integrado
dobra a cada 2 anos (MOORE, 1965).
O gráfico1revela que a redução de custos é uma das maiores atrações da eletrônica
integrada – CHIPS – e a vantagem de custo continua a aumentar à medida que a tecnologia evolui
conjuntamente com a produção de maiores funções integradas em um único semicondutor. Assim, o
custo por componente é quase que inversamente proporcional ao número de componentes e, desta
feita, o resultado é que o dispositivo, a peça de semicondutor, contém mais componentes. As curvas
em ‘U’ para os anos de 1962, 1965 e 1970 revelam que o número mínimo de componentes por
circuito integrado – CHIP – expande-se ao longo dos anos devido à evolução tecnológica. E, à
medida que este número mínimo aumenta, o custo de produção diminui.
Gráfico1: Relação dos custos de fabricação dos componentes e número de componentes por circuito
integrado
Fonte: Moore, 1965
Já o gráfico 2 indica o aumento de componentes por circuito integrado ao longo dos anos de
1959 a 1965 com projeção para 1975. Os dois gráficos mostram a viabilidade econômica do
incremento de componentes por circuito integrado ao mesmo tempo em que seus custos declinam.
Mas, de fato, o que os gráficos revelam é a diminuição física do componente, isto é do CHIP, ao
mesmo tempo em que aumenta o poder de processamento.
Gráfico 2: Número de componentes por função em relação aos anos
Fonte: Moore, 1965
Assim, a tecnologia de semicondutores revela que o barateamento de seus componentes
está diretamente relacionada ao menor uso de componentes físicos e maior uso do conhecimento.
Porém, a lei de Moore revela que o inverso ocorre com computadores. Neste caso, o maior poder de
processamento implica em menor uso de materiais físicos. Ou seja, a Lei de Moore assevera que o
poder de computação dobre a cada 18 meses mantendo seu custo constante, criando assim
dispositivos com maior poder de processamento sem aumentar seus custos (DOWNES; MUI, 2000).
Em suma, a mensagem é: Mais rápido, mais barato e menores.
Educação à Distância
Peters (1973 apud NUNES, 1994) diz que educação a distância refere-se a um método
racional onde se partilha conhecimento usando a divisão do trabalho e os princípios organizacionais;
isto inclui os meios de comunicação, ou seja, trata-se de uma forma industrial de ensinar e aprender.
Para Holmberg (1977 apud NUNES, 1994) o sentido de educação a distância refere-se às formas de
aprendizagem que não envolvem a contínua e imediata supervisão presente dos alunos. Para ele é
possível beneficiar-se do planejamento, direção e instrução da organização de ensino.
Segundo Moore e Kearsley (1996), a definição mais citada de educação a distância é a criada
por Desmond Keegan em 1980; esta se baseia na definição do próprio Moore de 1972, ou seja, o
ensino à distância é um método onde a instrução e comunicação ocorre por meio de meios
eletrônicos, quer sejam pelos impressos de textos, por meio de meios eletrônicos, mecânicos ou por
outras técnicas.
Seis elementos devem constar para caracterizar a Educação à Distância (MOORE;
KEARSLEY, 1996):
1. Separação entre estudante e professor;
2. Influência de uma organização educacional, especialmente no planejamento e
preparação dos materiais de aprendizado;
3. Uso de meios técnicos - mídia;
4. Providências para comunicação em duas vias;
5. Possibilidade de seminários (presenciais) ocasionais;
6. Participação na forma mais industrial de Educação.
Peacock (1996) define educação a distância de forma simplificada dizendo que a mesma
refere-se ao método onde os estudantes não necessariamente devem estar fisicamente no mesmo
lugar, ou participarem todos ao mesmo tempo do processo do aprendizado. Landim (1997) faz
referência à educação a distância como um sistema tecnológico de comunicação bilateral e que o
mesmo substitui a presença do professor tornando a aprendizagem com os devidos recursos
didáticos independentes e flexíveis.
Complementando, Landim (1997) e Neder (1996) dizem que alguns elementos devem ser
esmiuçados como:
• a distância física professor-aluno: a presença física do professor ou do tutor, isto é, do
interlocutor, da pessoa com quem o estudante vai dialogar não é necessária e indispensável
para que se dê a aprendizagem;
•
de estudo individualizado e independente: sabe-se da capacidade do estudante de construir
seu caminho, seu conhecimento por ele mesmo, de se tornar autodidata, ator e autor de suas
práticas;
•
um processo de ensino-aprendizagem sistêmico: a educação a distância deve oferecer
suportes e estrutura por meio de um sistema que viabilize e incentive a autonomia dos
estudantes nos processos de aprendizagem;
•
o uso de tecnologias: os recursos técnicos de comunicação, que hoje têm alcançado um
avanço espetacular (correio, rádio, TV, hipermídia interativa, Internet), permitem romper com
as barreiras das distâncias, das dificuldades de acesso à educação e dos problemas de
aprendizagem por parte dos alunos que estudam individualmente, mas não isolados.
•
a comunicação bidirecional: o estudante não é mero receptor de informações, de mensagens;
apesar da distância, busca-se estabelecer relações de diálogo de forma criativa, crítica e
participativa.
Landim (1997) faz a análise de 21 definições, estas se referem ao período entre 1967 e 1994; ele
descreve as características com seus respectivos:
Quadro 1: Características conceituais da Educação à Distância
Características conceituais da educação a distância
Características
Incidência em %
Separação professor-aluno
95
Meios técnicos
80
Organização (apoio-tutoria)
62
Aprendizagem independente
62
Comunicação bidirecional
35
Enfoque tecnológico
38
Comunicação massiva
30
Procedimentos industriais
15
Fonte: Landim, 1997.
Quando comparada à definição apresentada pela legislação brasileira com os itens
mencionados por Landim (1997), percebe-se que o Brasil contempla as seguintes:
Educação a Distância é uma forma de ensino que possibilita a auto-aprendizagem, com a mediação
de recursos didáticos sistematicamente organizados, apresentados em diferentes suportes de
informação, utilizados isoladamente ou combinados, e veiculados pelos diversos meios de
comunicação. (BRASIL, 2010).
A evolução da comunicação baseada na escrita foi um marco importante para a criação em
1840, na Inglaterra, do Penny Post, (MOORE; KEARSLEY, 1996; MATTELART 1994) que executava
a entrega de correspondência, independente da distância, ao custo de 1 penny, o equivalente a 10
centavos. Moore e Kearsley (1996) destacaram que o estudo em casa tornou-se interativo com o
desenvolvimento de serviços dos correios, que se tornaram baratos e confiáveis e assim permitiam
aos alunos se corresponder com seus instrutores.
Alves (1994) menciona a Illinois Wesleyan University como a primeira Universidade Aberta no
mundo, tendo iniciado em 1874 cursos por correspondência. Landim (1997) considera que a "primeira
instituição a fornecer cursos por correspondência foi a Sociedade de Línguas Modernas, em Berlim,
que em 1856 iniciou cursos de francês por correspondência".
A evolução da Educação à Distância mencionada por Moore e Kearsley (1996), identifica a
existência de 3 gerações:
Quadro 2: Evolução da Educação à Distância
Geração
a
1
Início
Características
até 1970
Estudo por correspondência, no qual o principal meio de
comunicação eram materiais impressos, geralmente um guia de
estudo, com tarefas ou outros exercícios enviados pelo correio.
2a
de 1970 a
1989
3a
a partir de
1990
Surgem as primeiras Universidades Abertas, com design e
implementação sistematizadas de cursos a distância, utilizando,
além do material impresso, transmissões por televisão aberta,
rádio e fitas de áudio e vídeo, com interação por telefone, satélite
e TV a cabo.
Esta geração é baseada em redes de conferência por computador
e estações de trabalho multimídia.
Fonte: Moore e Kearsley, 1996.
No Brasil, o princípio da educação a distancia não está associado ao material impresso, e sim
ao rádio; Pimentel (1995), Leite (2009) e Alves (1994) apontam a fundação da Rádio Sociedade do
Rio de Janeiro em 1923 por Roquete Pinto como o marco inicial da Educação à Distância no Brasil,
transmitindo programas de literatura, radiotelegrafia e telefonia, de línguas, de literatura infantil e
outros de interesse comunitário (ALVES, 1994).
Em 1970 surge o Projeto Minerva (PIMENTEL, 1995; TORRES; VIANNEY, 1996) onde
cursos de Capacitação Ginasial e Madureza Ginasial eram produzidos pela Fundação Padre Landell
de Moura – FEPLAM e pela Fundação Padre Anchieta (PIMENTEL, 1995). A existência deste projeto
se deu até o início dos anos 80, porém 77% dos inscritos não obtiveram o diploma e, portanto, o
resultado foi severamente criticado (TORRES; VIANNEY, 1996).
Várias foram às iniciativas que não tiveram êxito e precisaram ser descontinuadas; para
Nunes (1994) os principais empecilhos que impediram o desenvolvimento destes programas e da
disseminação do ensino a distância foram:
• organização de projetos-piloto sem a adequada preparação de seu seguimento;
•
falta de critérios de avaliação;
•
inexistência de uma memória sistematizada dos programas desenvolvidos e das avaliações
realizadas;
•
descontinuidade dos programas sem qualquer prestação de contas à sociedade e mesmo
aos governos e às entidades financiadoras;
•
inexistência de estruturas institucionalizadas para a gerência dos projetos e a prestação de
contas de seus objetivos;
•
programas pouco vinculados às necessidades reais do país e organizados sem qualquer
vinculação exata com programas de governo;
•
permanência de uma visão administrativa e política que desconhece os potenciais e as
exigências da educação a distância, fazendo com que essa área sempre seja administrada
por pessoal sem a necessária qualificação técnica e profissional;
•
organização de projetos-piloto somente com finalidade de testes.
Apesar da descontinuidade de muitos programas, outros se mostraram bastante eficazes,
como o programa de Telecurso. Em 1978, a Fundação Padre Anchieta e a Fundação Roberto
Marinho (NEDER, 1996) lançaram o Telecurso, que até a presente data está no ar; para isso utiliza
programas de TV e material impresso vendido em bancas de jornais, preparando os alunos para o
exame supletivo (PIMENTEL, 1995). No ano de 1995 o programa foi reestruturado e passou a se
chamar Telecurso 2000, que segue os mesmos parâmetros de aprendizagem (NEDER, 1996).
A Escola do Futuro é um laboratório interdisciplinar de pesquisa da Universidade de São
Paulo que iniciou seus trabalhos em 1988 e seu objetivo é detectar as tecnologias emergentes de
comunicação e como as mesmas tem aplicações educacionais (USP, 2010).
A Escola do Futuro investiga o uso de produtos multimídia em educação, com ênfase em CDROM, tendo utilizado plataforma Macintosh para produzir videodiscos. O programa Ensinando
Ciência Através da Telemática é utilizado por dezessete escolas em regiões pobres brasileiras com o
apoio da United Nations Development Program.
Quanto à legislação brasileira o que regulamenta a existência dos cursos de educação a
distância é o decreto n.º. 2.494, de 10 de fevereiro de 1998, com 12 artigos, que regulamenta o art.
80 da Lei n.º. 394, de 20 de dezembro de 1996, assinado pelo presidente Fernando Henrique
Cardoso e sujeito ainda às revisões da Câmara de Deputados e do Senado.
O artigo quarto é o que determina que diplomas ou créditos obtidos por meio de cursos a
distância sejam válidos em qualquer instituição de ensino nacional. A lei assume a igualdade das
modalidades de ensino presencial e a distância, condição fundamental para o desenvolvimento de
cursos no Brasil e credibilidade das certificações expedidas pelas instituições que trabalham com
educação a distância.
Já o art. sétimo exige que a avaliação do aluno seja presencial. Esta providência busca
garantir a autenticidade e evitar a comercialização de diplomas por entidades não idôneas. Para que
isso seja possível as instituições podem resolver esta situação de duas formas: ou criando centros de
atendimento aos alunos em vários locais, conforme a distribuição geográfica dos alunos ou
estabelecendo parcerias com outras instituições, utilizadas a estrutura já existente ajustada para as
necessidades de avaliação.
Diante deste fato faz-se necessário que o governo desempenhe uma atuação pública na
economia deste mercado no que se refere aos gastos. Esta preposição surgiu com a crise de 1929
onde conforme Cano (2007) o Estado passa a interferir de forma direta na economia. Esta idéia é
preconizada com a obra de Keynes que dentre os postulados sobre a intervenção governamental
argumenta que o Estado poderá intervir no sistema para manter o pleno emprego e o nível da renda,
por meio do investimento público (CANO, 2007).
Para Hugon (1995) a teoria de Keynes visava elaborar o funcionamento do sistema
econômico em seu conjunto. A política por ele preconizada consiste no controle econômico do Estado
sendo suas atribuições econômicas: controle da moeda e do crédito, aplicação de uma política
tributária e de seguro social com fins econômicos, ou seja, o fomento a propensão de consumir e a
realização da política de grandes obras públicas, ou ainda o estímulo ao investimento privado.
Para Viceconti e Neves (2000) o governo assume o papel de interventor de forma a promover
ajustes na distribuição de renda com o objetivo de torná-la mais homogênea. Ele toma esta atitude de
duas formas, ou por meio de uma tributação progressiva que envolve cobrar um ônus maior das
classes mais favorecidas ou ainda com os gastos públicos que são direcionados ao atendimento das
classes de renda mais baixa; neste sentido as atividades de educação, saúde e transporte assumem
papel de destaque.
A portaria nº 9/74 instaurada pelo extinto Ministério do Planejamento estabelece as seguintes
funções em ordens de gastos públicos do Governo:
Quadro 3: Gastos públicos por classificação
Ordem
Gasto público por função
1ª
2ª
3ª
4ª
5ª
6ª
7ª
8ª
Legislativa
Judiciária
Administração e Planejamento
Agricultura
Comunicações
Defesa Nacional e Segurança Pública
Desenvolvimento Regional
Educação e Cultura
Fonte: Viceconti e Neves, 2000, adaptado pelos autores.
METODOLOGIA
O método estatístico usado foi o levantamento tipo sociológico com o objetivo de descobrir o que tem
influenciado a evolução da Educação à Distância no Brasil. O instrumento utilizado para o
levantamento foi o questionário onde se teve por objetivo traduzir os objetivos da pesquisa em itens
bem redigidos, ou seja, identificar a evolução do ensino á distância no Brasil. Além disso, o
levantamento de dados feito relativos aos investimentos governamentais é de base secundária,
sendo este estudo exploratório tipo documentacional.
O questionário usou perguntas abertas, esse questionário foi usado em entrevista do tipo
focada. A universidade estudada foi definida por ser a terceira maior do país em número de
matrículas efetuadas (KERLINGER, 2007).
Com base na entrevista pessoal feita com o gestor do departamento de educação á distância
da universidade pode-se levantar variáveis independentes e dependentes que corroboram para a
compreensão deste estudo, são elas,
Variáveis independentes:
Vi1: Investimento governamental;
Vi2: Taxa de crescimento da oferta;
Vi3: A interconexão de usuários, isto é, número de alunos que conversam entre si e com as
instituições e instituições que se conectam com outras instituições;
Vi4: que será analisada de duas formas:
Vi4a: O declínio dos preços ao longo do tempo;
Vi4b: A evolução da qualidade dos equipamentos, ou seja, os micros e a Internet
suportam vídeos, sons e afins.
Já as variáveis dependentes:
Vd1: Taxa de crescimento de alunos inscritos e;
Vd2: Número de acessos entre alunos e destes com as instituições.
Os valores dos gastos públicos com a educação terciária, ou cursos de graduação, foram
encontrados com base no PIB (Produto Interno Público), ou seja, o índice que mede o crescimento do
país divulgado pelo CORECON (Conselho Regional de Economia do Estado de São Paulo). Adotouse a seguinte metodologia, o valor do PIB foi deflacionado, ou seja, extraiu-se a inflação de cada ano
do período de 1995 a 2008 tendo como base o índice IGP-M (Índice Geral de Preços de Mercado da
Fundação Getúlio Vargas); do valor encontrado foi possível multiplicar o percentual do PIB gasto com
a educação terciária ou da graduação, os resultados estão na tabela abaixo.
Ano
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
Tabela 1: Gastos públicos com cursos de graduação
Investimento
Investimento (R$)
Público Anual
Ingressantes
por ingressante
(R$ Milhões)
25.050,01
510.377
49.081,38
27.716,65
513.842
53.940,02
28.626,99
573.900
49.881,49
26.393,24
651.353
40.520,63
25.492,71
744.024
34.263,28
24.072,80
897.557
26.820,36
24.078,61
1.036.690
23.226,43
24.232,06
1.205.140
20.107,25
23.080,82
1.262.954
18.275,26
20.842,82
1.303.110
15.994,67
25.625,28
1.397.281
18.339,39
23.830,98
1.448.509
16.452,08
24.259,22
1.481.955
16.369,74
31.187,36
1.505.819
20.711,23
Fonte: Corecon-sp, 2010, INEP, 2010a e INEP, 2010b, adaptado pelos autores.
Para o número de alunos ingressos nos cursos de graduação foram extraídos dados
divulgados pelo INEP – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira
(INEP, 2010).
O conceito de inflação conforme diz Viceconti e Neves (2001) refere-se à alta persistente e
generalizada dos preços da economia, ou ainda ao ritmo de crescimento dos preços, portanto ao
deflacionar o PIB refere-se a extração deste aumento generalizado dos preços, visto que o mesmo
causa consideráveis distorções na economia. O IGP-M é calculado pela FGV (Fundação Getúlio
Vargas); conforme Sandroni (1994) o objetivo deste índice é ter um indicador confiável que mensure
as operações financeiras ocorridas no mercado.
ANÁLISE DOS RESULTADOS
Para cada uma das variáveis levantadas na compreensão deste estudo pode-se obter
respostas satisfatórias tanto com a entrevista realizada como com o levantamento de dados
secundários.
No que se refere ao investimento governamental os dados apurados demonstram que o
governo não tem destinado recursos suficientes a serem empregados na educação a distância, sendo
que na classificação de investimento a educação aparece em 8º lugar, na entrevista o gestor do
departamento de educação a distância da universidade diz que a universidade em particular não teve
e não tem apoio financeiro governamental, sua preocupação em implantar cursos na modalidade à
distância surgiu devido à tendência do mercado.
Em relação à taxa de crescimento da oferta e interconexão de usuários, isto é, número de
alunos que conversam entre si e com as instituições e instituições que se conectam com outras
instituições os dados mostram crescimento e melhorias significativos. Conforme a entrevista atestou
um dos principais motivos apontados para a procura do público a esse tipo de curso, modalidade à
distância se dá pela praticidade de acesso em qualquer lugar, mesmo da casa do estudante, ou
mesmo locais que tenham a disponibilidade do uso da Internet para o acesso ao conteúdo bem como
para o desenvolvimento das atividades requeridas. Poder “moldar” o próprio tempo (manhã, tarde,
noite) para se dedicar às atividades também torna a procura por esta modalidade crescente. Isso traz
certa redução de custos para o estudante evitando seu deslocamento e todos os custos agregados a
este deslocamento.
Em relação à redução de custos como de locomoção, gastos com carros e estacionamento
são fatores que favorecem a esse tipo de curso, pois ocorre à economia de tempo, bem como os
demais aspectos financeiros são fatores que favorecem a adesão ao curso, porém a maioria dos
alunos ainda necessita de um ambiente físico para ter segurança daquilo que está fazendo, por isso é
muito comum que ocorra uma vez ao mês encontros presenciais, pois o aluno talvez por uma questão
ainda cultural arraigada tenha a necessidade do ambiente físico.
Quanto ao uso da tecnologia como ferramenta que contribui para a evolução da modalidade à
distância o gestor e a universidade classifica como a palavra chave, no caso do Brasil ainda há muito
para desenvolver visto que a tecnologia existe, porém muitas vezes não há condições estruturais do
próprio país de forma mais igualitária para que se possa usufruir a tecnologia. Na opinião do
responsável pelo departamento de ensino á distância em um período de 3 ou 4 anos esta tendência
de uso de tecnologia de forma mais estruturada esteja melhor, possibilitando assim a expansão dos
cursos à distância.
Ter facilidade ao acesso de redes de comunicação como a Internet quer em casa, no trabalho
ou mesmo ter um ambiente informatizado que propicie o acesso à educação à distância é
fundamental. A Internet em especial acrescenta o acesso não só ao conteúdo da disciplina, mas
possibilita ir além ao aprendizado tornando possível pesquisa, investigações e suscitando a
curiosidade pelo aprendizado, nesta universidade os alunos têm acesso ao conteúdo de qualquer
ponto que possua uma rede de Internet.
Por fim, pode-se constatar, conforme a Tabela 1, que o número de alunos inscritos tem
crescido bem como o número de acesso as redes de ensino à distância.
CONCLUSÃO
O objetivo desta pesquisa foi investigar a influência das tecnologias de comunicação e de
informática no acesso a cursos de Educação à Distância de nível superior. Com base na entrevista,
na análise de dados secundários e na contraposição da base teórica com os dados práticos o objetivo
foi alcançado, pois novas tecnologias de educação e informática causam maior acesso a cursos de
Educação à Distância.
Foi percebido também que não há investimento e incentivo financeiro por parte do governo e
que investir nesse setor reduz os custos para os alunos ingressantes a esses cursos.
Também, a entrevista revelou que o aumento da adesão a estes cursos está relacionado aos
custos de acesso físico como de transporte ou de locomoção. Mais, associado a estes custos há os
custos temporais como o de deslocamento do ambiente de trabalho ou de casa para o local onde
cursos presenciais são oferecidos. Isto se revela de particular importância para grandes centros
urbanos como São Paulo e cidades similares.
Pode-se verificar que a Educação à Distância no Brasil tem tomado formas para
desenvolvimento, porém, ainda está em processo de estruturação principalmente no sentido de
tecnologia. É possível observar que o investimento inicial feito pelo governo propiciou o
desenvolvimento desta modalidade, porém as instituições de cunho privado têm se mantidas
financeiramente independentes da estrutura governamental buscando atender a demanda e
necessidade apresentada pelo mercado.
Assim sendo, seria interessante continuar esse estudo e buscar compreensão das razões
pelas quais o governo ao invés de aumentar o investimento tem reduzido, bem como identificar junto
ao corpo discente a percepção sobre os cursos à distância e as necessidades que se pode ainda
satisfazer nessa modalidade de ensino.
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