2 Coordenação geral: Núcleo de Acessibilidade e Inclusão da UNIFEI (NAI) Diretoria de Assistência Estudantil da UNIFEI (DAE) Comissão organizadora: Profa. Msc. Paloma Alinne Alves Rodrigues - Coordenadora do Núcleo de Acessibilidade e Inclusão da UNIFEI (NAI) Profa. Msc. Lídia Lopes Ozório - Coordenadora da Diretoria de Assistência Estudantil da UNIFEI (DAE) Profa. Dra. Denise Alcântara Ferraz - Membro do Núcleo de Acessibilidade e Inclusão da UNIFEI (NAI) Especialista Tiago Vitoi Esaú Ribeiro - Diretor da Divisão de Assuntos Comunitários da UNIFEI Comissão de apoio: Pró - Reitoria de Graduação da UNIFEI Grupo de Pesquisa Núcleo de Estudos em Formação Docente, Tecnologias e Inclusão (NEFTI). Comissão científica: Profa. Msc. Paloma Alinne Alves Rodrigues (UNIFEI) Profa. Dra. Denise Alcântara Ferraz (UNIFEI) Profa. Msc. Lídia Lopes Ozório (UNIFEI) Profa. Msc. Lidia Noronha Pereira (UNIFEI) Profa. Msc. Soellyn Bataliotti (UNESP) Profa. Msc. Gabriela Alias - (UNESP) Profa. Msc. Marcela Dâmaris de Carvalho (UFLA) Prof. Msc. Adilson Pereira dos Santos (UFOP/MG) Profa. Dra. Christiane Nascimento Ferreira Guenoun (FVH/MG) Prof. Dr. Otair Fernandes de Oliveira (UFRRJ) Mestranda Josirene de Carvalho Barbosa (UNIFEI) Mestranda Larissa Jorge Silva (UNIFEI) 3 Mestranda Lidia Daniela da Costa Gonçalves (UNIFEI) Comissão tecnológica: Ana Carolina Malveira Ferreira Davi Braga da Cruz Daniel do Amaral Goulart e Silva Efraim Rabelo de Almeida Gustavo Emmanuel Reis Guedes Alves Lucas Vilela Silva Wu Lian Kuan Comissão de recepção: Carina Barbosa Maduro Flavia Santana de Freitas Gabriela Corrêa dos Santos Comissão de acessibilidade: Dimas Jackson de Oliveira Cleandson Dourado Vieira Larissa de Carvalho Azevedo Laís de Fátima Oliveira Comissão de infraestrutura: Davi Braga da Cruz Ana Clara Guatura Correa Vívian Martins Ribeiro 4 TRABALHOS APRESENTADOS NA MODALIDADE PÔSTER EIXO TEMÁTICO: QUESTÕES DE GÊNERO A PERCEPÇÃO DAS AGENTES COMUNITÁRIAS DE SAÚDE DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA SOBRE VIOLÊNCIA DE GÊNERO EM UMA CIDADE DO SUL DE MINAS Autor(es): Maria Vilela Pinto Nakasu; Thalita Torres Sales; Izabela Cristina Silva Morales Introdução: A Estratégia Saúde da Família (ESF) constitui-se da orientação do Sistema Único de Saúde (SUS) a partir da atenção básica. Iniciou-se em 1991, com a implantação do Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS). As atribuições básicas dos Agentes Comunitárias de Saúde (ACS) são inúmeras e norteiam promoção da saúde, prevenção de doenças, abordagem dos direitos humanos e estimulação à participação comunitária para ações que visam à melhoria da qualidade de vida.1 A ACS executa o seu trabalho tendo como premissa estar em contato permanente com a comunidade, com o objetivo de unir dois universos culturais distintos, o científico e o popular. A atuação acontece de forma intensa, sobretudo no que tange à linha tênue que o separa entre ser agente comunitário de saúde, morador e usuário do serviço pelo qual trabalha. O ofício de ACS é uma modalidade intrinsecamente associada ao trabalho doméstico feminino do “cuidado”. A temática de gênero dialoga com o fato de que o trabalho de ACS está articulado a políticas sociais que se apropriam da força de trabalho feminina, parte de um processo de socialização de gênero que sustenta a permanência de uma injusta divisão sexual do trabalho, que acarreta, entre outras consequências, uma sobrecarga de tarefas que pode contribuir para a deterioração progressiva da saúde dessas mulheres. Nessa perspectiva, entende-se divisão sexual do trabalho como violência de gênero, que não se limita somente à violência doméstica contra a mulher.2 Objetivos: Realização de uma análise crítica, a partir das contribuições da Psicanálise, da percepção das Agentes Comunitárias de Saúde a respeito da violência de gênero e das ferramentas utilizadas pelo PSF no enfrentamento desta questão. Métodos: A amostragem segue as regras de amostragem por saturação de “FileldMethods”. São entrevistadas somente ACS do sexo feminino, devido à escassez de homens trabalhando como ACS e pelo conteúdo que afeta em especial as mulheres. Foram escolhidos bairros centrais, periféricos e rurais da cidade, devido as diferentes características físico-espaciais que implicam em diversidade sociocultural de grupos. A pesquisa iniciou-se após a aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa, permissão cedida peça Secretaria Municipal de Saúde de Itajubá e assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido por cada entrevistada. É realizada a entrevista não dirigida semiestruturada, com perguntas que norteiam reflexões de trabalho, gênero e violência de gênero. Entrevistas não-dirigidas constituem o principal instrumento de coleta de dados nas pesquisas qualitativas em saúde. Os dados coletados serão analisados segundo a metodologia de análise de conteúdo de Bardin, técnica de pesquisa sobre a comunicação verbal, que descreve e interpreta o conteúdo das palavras de um texto replicáveis ao seu contexto social.3 Resultados parciais: As entrevistas refletem uma problemática intrínseca a cada trabalhadora, quanto ao esgotamento mental no trabalho, limites de atuação no PSF além de dificuldades encontradas no enfrentamento contra violência doméstica. Conclusões: Uma nova postura profissional alicerçada na reflexão sobre as relações sociais de gênero para o enfrentamento da violência doméstica contra as mulheres contribuiria para a efetividade da função social do trabalho. Palavras-chave: Agentes Comunitárias de Saúde, Violência de gênero Referências: 5 Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Departamento de Gestão da Educação na Saúde. Sobre a qualificação e a profissionalização dos agentes de saúde e agentes de vigilância em saúde. Informação para a reunião da tripartite; 2003 NUNES, Mônica de Oliveira et al. O agente comunitário de saúde: construção da identidade desse personagem híbrido e polifônico. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 18, n. 6, p. 1.639-1.646, 2002. Bardin L. Análise de Conteúdo. Lisboa, Portugal; 70ª ed. 2009. AÇÕES DE ENFRENTAMENTO SEBASTIÃO/DF À VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER EM SÃO Autor(es): Letícia Érica Gonçalves Ribeiro; Áquila Borges de Araújo; Franciele Tavares da Câmara A violência contra a mulher é um grave problema social que afeta um grande número de mulheres em todo o mundo, deixando marcas indeléveis no corpo e na alma. No Brasil, os números são alarmantes; em média, milhões de mulheres são espancadas por ano, uma a cada 24 segundos, segundo pesquisa da Fundação Perseu Abramo (2010). Mais de 80% dos casos de agressões são cometidos pelo parceiro, quanto à raça/etnia, 46% das mulheres agredidas são negras e pardas e somente um terço dos casos é denunciado. (SENADO FEDERAL, 2013). O mapa da violência (WAISELFISZ, 2012) revelou que mais 43 mil mulheres foram assassinadas nos últimos 10 anos no Brasil, que ocupa o 7º lugar entre os 84 países com maior índice de feminicídios. Diante desse grave problema e do papel que a Educação pode assumir para combatê-lo, este projeto capacita estudantes de Letras do Instituto Federal de Brasília/São Sebastião, professores e alunos da Educação Básica sobre as relações sociais de gênero e o combate à violência contra a mulher; organiza as mulheres por meio de ações que visam o seu empoderamento, a conscientização sobre os seus direitos e o protagonismo no enfrentamento à violência. Trata-se de um projeto de extensão contemplado pelo Edital PROEXT/MEC SeSu 2015. Em um primeiro momento os bolsistas selecionados receberam formação em Gênero e visitaram todos os organismos de proteção à Mulher existentes no DF. Em seguida, mapeou-se as regiões a serem trabalhadas; realizou-se a primeira formação para os educadores, uma oficina sobre "Gênero e violência no namoro" com estudantes da Educação básica e os primeiros encontros com mulheres e lideranças de São Sebastião. Desde então, são realizadas seis atividades por mês: oficinas com educadores e estudantes, duas visitas às comunidades e dois encontros com lideranças e mulheres. Os encontros consistem em atividades culturais e oficinas que contribuam na melhoria da autoestima e em rodas de conversas sobre gênero, direitos, saúde e cidadania, a fim de contribuir para o empoderamento e organização das mulheres. Espera-se que este projeto contribua para a elevação da autoestima, o empoderamento e organização social das mulheres de São Sebastião e que promova o debate e o trabalho sobre gênero nas escolas de forma interdisciplinar. Espera-se, principalmente, que essas ações levem à denúncia dos casos de violência contra a mulher e sua consequente diminuição, a fim de contribuir para a construção de uma sociedade livre de qualquer tipo de violência. Palavras-chave: Educação, Gênero, Violência contra a mulher, empoderamento. Referências: FUNDAÇÃO PERSEU ABRAMO. Violência doméstica e violência de gênero. Disponível em: (http://csbh.fpabramo.org.br/galeria/violencia-domestica) Acesso em: 04/03/2013. Acesso em: 26/02/2014. 6 SENADO FEDERAL. Comissão Parlamentar Mista de Inquérito da Violência contra a Mulher no Brasil: Relatório Final. Brasília, 2013. Disponível em: (http://spm.gov.br/publicacoesteste/publicacoes/relatorio-final) Acesso em: 16/02/2014. WAISELFISZ, J. J. Mapa da Violência 2012: Atualização – Homicídios de Mulheres no Brasil. Rio de Janeiro: CEBELA & FLACSO, 2012 ALGUMAS NOTAS SOBRE O EMPODERAMENTO DA MULHER NO CAMPO Autor(es): Isabela Noronha Na década de 1960, a chamada Revolução Verde trouxe mudanças tecnológicas radicais para a agricultura, aumentando a produção de alimentos e a expansão da fronteira agrícola. Esse processo foi pautado em orientações capitalistas que visaram o lucro com a mercantilização dos alimentos e sementes, legitimando certo modo de modelo agrícola que fez com que poucas empresas dominassem os recursos da terra, tanto pelo controle da produção quanto dos alimentos e da natureza. Tal modelo restringiu o acesso de grupos sociais mais vulneráveis por reforçar componentes patriarcais, sexistas e destrutivos do ponto de vista ambiental e social, além de acirrar a especulação do mercado relacionado a alimentos e combustíveis. Nesse cenário ressurgem movimentos de base camponesa que tivera em sua fundação lutas históricas por direitos básicos, como condições de trabalho dignas, aposentadoria e propriedade da terra, acrescentando reivindicações de apoio aos modelos alternativos de desenvolvimento rural sustentável contra o cultivo dos transgênicos e uso dos agrotóxicos. Os movimentos sociais e camponeses passam a colocar a agricultura agroecológica como uma proposta de ampla mudança nas relações sociais e ambientais. Dentro desses movimentos sociais, as mulheres emergem como protagonistas nas ações e nos discursos contra os modelos hegemônicos de produção. A agroecologia pode então ser compreendida como um conhecimento transdisciplinar que busca integrar princípios agronômicos, socioeconômicos e ecológicos à compreensão e avaliação do efeito das tecnologias nos sistemas agrícolas. Assim sendo, propõe-se duas abordagens sobre a questão da mulher no campo: a primeira, enfoca os modos de produção que escancaram a invisibilidade do trabalho da mulher (atividades do tipo extrativistas, criação de animais, processamento de alimentos e outras atividades consideradas secundárias em relação ao cultivo comercial); a segunda, denuncia as diversas formas de violência vividas por essas mulheres dentro das famílias rurais. É necessário ter em vista que as atividades desenvolvidas pelas mulheres no campo sempre existiram e constituem os pilares da segurança alimentar, complementam a renda familiar e criam estratégias de conservação da biodiversidade. Não por acaso, o paralelo entre dominação homem/natureza e masculino/feminino é desenvolvido e questionado pela teoria ecofeminista, que possibilita a interpretação da assimetria de gêneros na percepção de problemas ecológicos e realidades camponesas. A questão levantada em relação aos espaços de produção e a demanda agroecológica colocam a mulher do campo, da comunidade, sendo reconhecida como um sujeito produtivo tanto em termos mercadológicos quanto de empoderamento social. A militância agroecológica pode ser considerada, portanto, como um espaço de aprendizado político, onde a mulher passaria a manifestar sua discordância com os modelos atuais vigentes e com a possibilidade de construir propostas alternativas por se reconhecerem como autoras e responsáveis pela luta da soberania alimentar. Eis a emergência da identidade mulher camponesa, que tem como base o compromisso com ações que questionem a desigualdade de gênero e o modelo produtivo depredador do ambiente. Ou seja, sua emancipação é uma condição inerente e anterior à luta pela agricultura alternativa. 7 EIXO TEMÁTICO: INCLUSÃO EDUCACIONAL EM MEIO À DIVERSIDADE, UM OLHAR ESPECIAL PARA A DEFICIÊNCIA: BUSCANDO CAMINHOS PARA ENSINAR MATEMÁTICA Autor(es): Bruno Sérgio de Andrade; Lígia Almeida de Andrade; Eliane Matesco Cristovão O objetivo desta comunicação é relatar as intervenções relacionadas à temática da inclusão educacional, realizadas por licenciandos que integram o subprojeto matemática do PIBIDUnifei. Nossas ações, junto aos alunos do ensino médio da escola estadual Major João Pereira, em Itajubá, ocorrem desde março de 2014. Ao ingressarem nas salas para fazer o acompanhamento das aulas e levantar as problemáticas envolvidas naquele ambiente, chamou a atenção dos autores a presença um aluno com Síndrome de Down e três alunos com Deficiência Auditiva em uma sala do segundo ano do Ensino Médio. Após estudos teóricos (Yokoyama, L. A. e Coutinho, M. D. C.) que pudessem embasar o trabalho a ser realizado com estes alunos, foram pensadas algumas atividades a fim de subsidiá-los no desenvolvimento de conceitos matemáticos fundamentais. No caso do aluno com síndrome de Down, foram realizadas atividades envolvendo problemas e o uso da calculadora durante algumas aulas, por meio do acompanhamento individualizado. Estas ações fizeram com que o aluno melhorasse sua auto-estima a ponto de levá-lo a participar das atividades regulares, propostas pelo professor em sala de aula. Esta participação se efetivou quando, pela primeira vez, ele resolveu um exercício no quadro. No caso dos alunos com Deficiência Auditiva, foram realizadas atividades relacionadas ao desenvolvimento do pensamento aleatório e, por meio da visualização, estas atividades ajudaram a promover aprendizagens significativas tanto para eles quanto para o restante da sala. Ao final do trabalho, percebeu-se mudanças de opiniões a respeito dos professores, dos colegas e dos próprios pibidianos sobre o tema inclusão, tendo em vista que as atividades evidenciaram o potencial desses alunos e a forma como reagiram frente às limitações foi, sem dúvidas, um momento de reflexão e de aprendizagem mútua. Palavras-chave: Síndrome de Down, Deficiência Auditiva, PIBID, Matemática. Referências: COUTINHO, M. D. C. Resolução de problemas por meio de esquemas por alunos surdos. Rio de Janeiro: Horizontes, v. 29, n. 1. 2011, p. 41-51. YOKOYAMA, L. A. Uma abordagem multissensorial para o desenvolvimento do conceito de número natural em indivíduos com síndrome de Down. 2012. 230 f. Tese (Doutorado - Área de concentração: Educação Matemática Inclusiva). Universidade Bandeirante de São Paulo. São Paulo. DESENVOLVIMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DE RECURSOS DE ACESSIBILIDADE NO LEITOR DE TELA NVDA PARA AUXILIAR A INCLUSÃO EDUCACIONAL DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA VISUAL Autor(es): Davi Braga da Cruz; Profa.Msc. Paloma Alinne Alves Rodrigues O conceito de Inclusão está tornando-se cada vez mais amplo pelo mundo, mas infelizmente a sua prática ainda é obsoleta. No contexto do Ensino Superior, por exemplo, a inclusão de alunos com deficiência visual é muito baixa. Além disso, observa-se que há poucos recursos tecnológicos acessíveis que auxiliem o deficiente visual a utilizar, por exemplo, o computador para acessar algum curso à distância, que são ofertadas por diversas universidades. Ou até mesmo acessar os materiais de aula disponibilizados pelo professor em uma turma presencial. Então não é de se espantar que o acesso ao ensino superior tornou-se uma tarefa muito mais 8 difícil do que deveria ser. A fim de reverter este quadro, elaborou-se um projeto de iniciação científica visando trabalhar acerca da inclusão social, digital e educacional dos deficientes visuais. Esta deficiência pode ser definida como a perda parcial ou total da visão. Para contornar tal barreira, surgem as Tecnologias Assistivas, que têm como intuito substituir ou estender alguma parte do corpo do ser humano. Para os deficientes visuais, um exemplo é o Leitores de Tela. Este “substitui” os olhos do indivíduo, garantindo o acesso ao computador por meio da conversão da informação textual e visual em uma voz sintetizada. Um exemplo destes leitores é o NonVisual Desktop Access (NVDA), que surgiu em 2006, considerado como um dos melhores do mercado, além de ser gratuito e de código fonte aberto. Diante do exposto está sendo desenvolvido um projeto de iniciação científica da Universidade Federal de Itajubá com o apoio da Fapemig, que tem como objetivo articular ao leitor de tela NVDA um menu inicial no qual será adicionado recursos que expliquem as funcionalidades desse leitor, suas principais teclas de navegação, como acessar o item configurações e outras informações sobre o leitor de tela NVDA. Também mostrará os principais recursos de acessibilidade do próprio Sistema Operacional Microsoft Windows e como utilizá-los. Além disto, haverá explicações de como navegar no computador e acessar a internet com a utilização de todos estes recursos. Sendo assim, a implementação de um novo recurso para que o leitor de tela possa ser utilizado mais facilmente, oferecerá uma maior possibilidade de aprendizagem aos deficientes visuais e, consequentemente, promover a inclusão. Atualmente, o software proposto está na fase final de desenvolvimento e já apresenta uma interface gráfica e diversos componentes que, juntos, permitem uma boa compatibilidade com o leitor de tela NVDA. Além disto, é possível explorar o menu auxiliar por completo utilizando, apenas, o teclado numérico do computador. Na segunda etapa de seu desenvolvimento, o software será disponibilizado para teste entre os deficientes visuais do Centro de Apoio e Integração do Deficiente de Itajubá (CAIDI) para que possa ser melhorado, conforme as críticas ou sugestões. Após a conclusão espera-se que o menu auxiliar possa contribuir com a inclusão social, digital e educacional, ao oportunizar um uso mais eficiente do computador e internet. Palavras-chave: Inclusão; Deficiência Visual; Tecnologia Assistiva; Referências: MENDES, E. G. A radicalização do debate sobre inclusão escolar no Brasil. Revista brasileira de educação. Rio de Janeiro, v.11, n.33, dec. 2006. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/rbedu/v11n33/a02v1133.pdf > Acesso em: 26 Ago. 2015. GALVÃO FILHO, T. A. A Tecnologia Assistiva: de que se trata? In: MACHADO, G. J. C.; SOBRAL, M. N. (Orgs.). Conexões: educação, comunicação, inclusão e interculturalidade. 1 ed. Porto Alegre: Redes Editora, p. 207-235, 2009. JUNIOR, Jorge Fiore de Oliveira. Avaliação de Acessibilidade de Softwares Leitores de Tela por Pessoas com Deficiência Visual Total com Base nas Diretrizes de Acessibilidade Para Agente de Usuário. Disponível em: <http://bsi.uniriotec.br/tcc/201304Oliveira.pdf>. Acesso em: 18 Set. 2015. POLÍTICAS PÚBLICAS PARA O ACESSO À PRÓTESE AUDITIVA: UM ESTUDO NA MICRORREGIÃO DE ITAJUBÁ Autor(es): Lidia Daniela da Costa Gonçalves; Profa.Dra. Denise Pereira de Alcantara Ferraz Este projeto de pesquisa pretende analisar alguns aspectos das atuais políticas públicas para o acesso à prótese auditiva na microrregião de Itajubá e a percepção dos atores envolvidos, visando fomentar uma análise crítica de aspectos nodais. No censo brasileiro de 2010, 23,9% da população referiu algum tipo de deficiência. A legislação brasileira preconiza uma ação propositiva para atender esta demanda e estabelece o direito à Tecnologia Assistiva. O programa Viver sem Limite destina recursos financeiros e abrange políticas sociais que integram ações de vários Ministérios. A prótese auditiva, como recurso de Tecnologia Assistiva, 9 pode minimizar os efeitos negativos da deficiência auditiva, promovendo a melhoria da comunicação e inclusão social do usuário. Observa-se um número considerável de abandono ou subutilização deste recurso de Tecnologia Assistiva dispensado pelo SUS. Vários fatores influenciam no sucesso ou no fracasso do uso deste recurso tecnológico. Sendo assim, levantam-se as seguintes questões problematizadoras: Por que a pessoa com deficiência auditiva abandona o uso da prótese? Existem ações de acompanhamento deste usuário com vistas à adesão à reabilitação? Qual o grau de satisfação das pessoas que mantém o uso? A coleta dos dados envolverá aplicação do questionário QI-AASI em pessoas usuárias de próteses auditivas dispensadas pelo SUS e entrevistas semIestruturadas com os profissionais responsáveis pelo encaminhamento da pessoa candidata ao uso de prótese auditiva ao ponto de Atenção Especializada e com pessoas com deficiência auditiva que receberam próteses auditivas através do SUS e abandonaram seu uso. Os dados serão analisados qualitativamente a partir da Análise de Conteúdo. Palavras-chave: Políticas Públicas; Tecnologia Assistiva; Prótese Auditiva. Referências: BRASIL. Lei N. 13.146, de 6 de julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com deficiência (Estatuto da Deficiência). Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm> GARCIA, J.C.D.; GALVÃO FILHO, T.A. Pesquisa Nacional de Tecnologia Assistiva. São Paulo: Instituto de Tecnologia Social - ITS BRASIL e Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação MCTI/SECIS, 2012, 68 p. Disponível em: <http://www.itsbrasil.org.br/sites/itsbrasil.w20.com.br/files/Digite%20o%20texto/miolopesqnacio nal-grafica.pdf> Acesso em 10 de Abril de 2015. CRUZ, D.M.C. Papeis ocupacionais e pessoas com deficiências físicas: independência, tecnologia assistiva e poder aquisitivo. [Tese de Doutorado] São Carlos (SP): Universidade Federal de São Carlos, 2012. AVALIAÇÃO DO PERFIL DE PROFESSORES QUE ATUAM EM SALAS DE ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO DA REDE DE ENSINO FUNDAMENTAL DAS ESCOLAS MUNICIPAIS DE ITAJUBÁ/MG Autor(es): Rozana de Fátima Francisquini; Prof. Dr.Agenor Pina da Silva; Profa.Dra.Isabel Cristina de Castro Monteiro Nos últimos anos tem sido dada bastante ênfase ao tema da inclusão, principalmente no que concerne ao papel da escola em relação a esse tema. Muitos pontos são relevantes, sendo que a formação de professores que atuam na educação especial é um dos que mais é discutido. Apesar disso, estudos mostram que a formação inicial atual dos professores, pouco ou em quase nada, contempla a educação dos alunos com necessidades educacionais especiais, ficando a cargo dos processos pessoais de autoformação e formação contínua municiarem as demandas (MENEZES, 2008). A idéia dessa pesquisa surgiu do questionamento sobre quais características pessoais e formativas estão presentes no processo de construção da identidade docente dos professores que atuam com alunos nas salas de atendimento educacional especializado (AEE) no ensino fundamental das Escolas Municipais de Itajubá/MG. Aqui será apresentada a primeira parte desta pesquisa, na qual é traçado o perfil desses professores. A pesquisa é de natureza qualitativa e o procedimento de coleta de dados utilizado foi o questionário com perguntas abertas e fechadas, aplicado a onze docentes. Foram investigados os dados referentes à faixa etária, gênero, tempo de atuação no magistério e na educação especial, tipo de vínculo de trabalho, formação inicial, tipo de instituição de ensino frequentada na graduação (pública ou particular), pós-graduação e formação continuada. Os resultados obtidos mostraram que todas as docentes são do sexo feminino, na faixa etária de 29 a 55 anos, (média 46 anos), sendo que todas apresentam vínculo efetivo com 10 o serviço público municipal. O tempo total de experiência na docência variou de 4 a 32 anos, (média 20 anos). O tempo de atuação em salas de AEE variou de 2 a 14 anos, (média 4 anos), sendo que 91% tem até 5 anos de experiência, configurando um grupo com pouca experiência em relação à atuação em salas de AEE, ainda que a faixa etária média seja de 46 anos. Além disso, todas têm curso superior, sendo 6 em Pedagogia e 5 em Normal Superior. Apenas duas realizaram formação inicial em instituições públicas. Em relação à formação em pós-graduação ”latosensu”, 5 concluíram o curso Psicopedagogia, 1 está cursando atualmente essa especialidade, 1 está cursando Neuropsicopedagogia e as outras 4 concluíram outros cursos de especialização tais como: Educação Inclusiva, Alfabetização e Gestão Escolar, Alfabetização e Letramento. Somente uma professora não realizou curso de pós-graduação na área de Educação, tendo participado do curso de Gestão de Pessoas. Em relação à formação continuada, todas relataram participar com frequência de atividades diversas na área de inclusão. Na análise dos dados conclui-se que o corpo docente pesquisado é composto por professoras com características semelhantes às encontradas nos dados estatísticos nacionais (BRASIL, 2013). Essas professoras que trabalham com NEE tem maior idade o que nos remete a ideia de que professores jovens não querem ou não se sentem preparados para tal prática.Há uma tendência a buscar novas formações, mostrando que a formação inicial não seria suficiente para garantir o seu conhecimento para atuar na educação especial. Palavras-chave: Atendimento educacional especializado, Perfil dos professores, Educação especial. Referências: BRASIL. Sinopse do Professor da Educação Básica, MEC, 2013. Disponível em http://portal.inep.gov.br/basica-censo-escolar-sinopse-sinopse. MENEZES, M.A. Formação de Professores de alunos com necessidades educacionais especiais no ensino regular. Tese de doutorado. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, SP, 2008. CURRÍCULO E EDUCAÇÃO INCLUSIVA: ANÁLISE NA ESCOLA MUNICIPAL FILOMENA PEIXOTO FARIA Autor(es): Marcela Aparecida Nunes Tamura; Prof.Paulo Cezar Nunes Junior Este trabalho busca investigar a transformação do currículo nas práticas escolares de uma escola pública de educação básica no município de Delfim Moreira (MG), a partir do ingresso expressivo de alunos com deficiência na instituição. Utilizando-se de metodologia qualitativa para o trabalho, a coleta de dados foi feita a partir de uma entrevista semiestruturada com a direção da escola. Como resultados, pode-se averiguar que a escola fez adaptações de grande e pequeno porte, embora ainda insuficientes, uma vez que várias das situações problema enfrentadas no cotidiano escolar dependem de ações concatenadas com outros setores da políticas públicas, a exemplo da área da saúde. A gestão da escola acredita no vínculo entre família e escola e seu potencial de criação de vínculos afetivos que garantam o processo ensino-aprendizagem das crianças. Concluiu-se ainda que a referida escola possui conhecimentos satisfatórios acerca das discussões sobre currículo e inclusão, e a partir disso reconhece as dificuldades e desafios do cotidiano escolar, fazendo o possível para que a inclusão ocorra à revelia das limitações ainda enfrentadas em relação a espaço físico, recursos humanos e materiais. Palavras Chave: Currículo, Escola, Aprendizagem, Inclusão. 11 PRINCIPAIS DIFICULDADES DE PROFESSORES DE CIÊNCIAS E DE APOIO NA INCLUSÃO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA Autor(es): Mariangela Dias Alves; Profa.Msc. Paloma Alinne Alves Rodrigues O seguinte trabalho busca apresentar as principais dificuldades que o professor de ciências, em especial da disciplina de física, assim como o professor de apoio encontram para incluir alunos com deficiência em salas de aulas regulares. Como se sabe as disciplinas de Ciências, em especial a de Física, é tida como uma das mais complexas do currículo escolar. Desse modo, torna-se imprescindível pensar em estratégias que permitam aos alunos com ou sem deficiência compreender os conteúdos relacionados a essa área do conhecimento. Um dos motivos que dificultam o processo de inclusão educacional é a ausência de formação dos docentes para atuar em contextos inclusivos. A partir desse cenário uma alternativa seria a participação dos docentes em programas de formação continuada buscando o aprimoramento de suas práticas. Além da formação continuada é fundamental para o processo de inclusão que o professor da disciplina e o professor de apoio desenvolvam um trabalho colaborativo. A pesquisa foi realizada em uma escola pública do município de Itajubá-MG. Essa instituição foi escolhida por possuir um professor de física efetivo, professora de apoio e alunos com deficiência incluídos na classe regular de ensino. Constitui-se como um estudo de caso e possui uma abordagem qualitativa. Para a coleta de dados, foi realizada uma entrevista semiestruturada com dois professores, um de física e outro de apoio. A partir dos dados coletados realizamos uma Análise Textual Discursiva, que teve inicio com uma unitarização que nos permitiu separar os textos em unidades de significado. A análise nos permitiu concluir que apesar de a educação especial estar devidamente assegurada por inúmeras leis, há uma grande defasagem no processo de ensino e aprendizagem de alunos com deficiência. Um dos motivos que levam a isso é a falta de formação dos docentes para atuar em contextos inclusivos. Na grande maioria das vezes a formação inicial não contempla as necessidades de aprendizagem dos alunos, sejam eles deficientes ou não. Um dos motivos que levam a essa defasagem é a ausência de formação dos próprios professores que atuam como formadores nos cursos de Licenciatura. Percebe-se que a formação inicial deve ser pensada a fim de atender a heterogeneidade da sala de aula, deixando de lado a ideia de que todos os alunos, mesmo os que não possuem deficiência, aprendem da mesma forma. A partir desse cenário uma alternativa seria a participação dos docentes em programas de formação continuada buscando o aprimoramento de suas práticas. Outro fator que influencia é a falta de estrutura da escola para receber o aluno com deficiência. É preciso que haja professores mais preparados para incluir educacionalmente esses alunos, professores de apoio capacitados e sala de recursos para o melhor desenvolvimento do educando. Trabalhar no contexto inclusivo configura-se como um desafio significativo, dessa forma, é necessário que a escola e todos que atuam nela estejam realmente dispostos a incluir os alunos com deficiência porque a descrença na inclusão é um fator que dificulta o aprendizado do aluno com deficiência nas aulas, em especial nas aulas relacionadas ao Ensino de Ciências. Palavras-chave: Desafios; Física; Incluir. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DECLARAÇÃO DE SALAMANCA: Sobre princípios, políticas e práticas na área das necessidades educativas especiais. Salamanca, 1994. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/salamanca.pdf >. Acesso em 08 Jun. 2015 ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE: LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990, Brasil, 1990. Disponível em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm>. Acesso em 08 de Jun. de 2015 LÜDKE, M.; ANDRÉ, M.E.D.A., Pesquisa em Educação: Abordagens Qualitativas, Temas Básicos de Educação e Ensino. Editora Pedagógica e Universitária LTDA, 1986. 12 FORMAÇÃO PARA A DOCÊNCIA EM INCLUSÃO: RELATO DE EXPERIÊNCIA Autor(es): Profa.Msc. Ana Carolina Sales Oliveira As políticas de inclusão realizadas na contemporaneidade, com especificidade às políticas de educação inclusivas, exigem dos profissionais de diferentes campos de atuação a ampliação das reflexões acerca dos processos a serem enfrentados no cotidiano institucional. A experiência apresentada objetivou a promoção, junto a discentes e docentes de diferentes licenciaturas, uma prática reflexiva que interpelasse teórica e intervencionalmente a elaboração de práticas docentes inclusivas não-medicalizantes. Metodologicamente, trata-se do relato de uma oficina realizada na Universidade Federal de Itajubá, em conjunto com o Projeto EFID, que compõe o Programa de Ciranda de Formações. A oficina em questão foi desenvolvida sob o tema inclusão e docência. Em um primeiro momento foi oferecida a parte teórica da oficina abordando questões sobre a possibilidade de haver uma formação acadêmica adequada para a atuação de professores nos processos de inclusão escolar e interdisciplinaridade entre equipe gestora, família, profissionais clinico-terapêuticos e professores. Em um segundo momento, abordou-se a parte prática dividindo a turma em duplas para as quais foram distribuídos estudos de casos diferente. Cada dupla deveria montar um plano de aula para uma sala de aula regular considerando a presença e participação dos alunos com deficiência apresentados nos estudos de caso. Eram cinco estudos de casos fictícios e diferentes abordando temas como surdez, baixa visão, deficiências múltiplas, deficiência intelectual e paralisia cerebral. Os resultados dessa oficina foram colhidos durante a apresentação oral das aulas planejadas, assim como, da produção escrita dos participantes. Tais resultados apontaram, por parte de docentes e discentes de diferentes licenciaturas, amplo desconhecimento das diferentes deficiências que podem ser apresentadas por alunos em processo de inclusão educacional, acarretando despreparo para a elaboração de práticas pedagógicas inclusivas. Porém, a participação nessa oficina despertou interesse pela ampliação do conhecimento sobre o tema. Concluindo, a elaboração e a realização de oficinas com a temática da relação entre inclusão e docência fazem-se necessárias para que profissionais de diferentes licenciaturas sejam sensibilizados quanto a importância de atentarem-se para as diferentes dimensões, tanto particular, que alunos com deficiência apresentam para o processo de aprendizagem educacional, quanto a dimensão coletiva, refletindo sobre os processos sociais e políticos da educação. Palavras-chave: inclusão; formação acadêmica, docência. Referências BARROS, R.C.B, de; PAULINO-PEREIRA, F.C; OLIVEIRA. J.P. de. Educação e Saúde: considerações sobre o processo de integração e inclusão educacional. Jundiaí: Paco Editorial, 2013 OLIVEIRA, A. A. S. de. A inclusão da escola regular e a formação do professor. Universidade do Estado de Mato Grosso/CEACD/Sinop. Sinop:UNEMAT EDITORA, 2006. 13 QUAL A SENSAÇÃO DE ESTAR NO LUGAR DO OUTRO? Autor(es): Vivian Ariane de Oliveira Costa; Thailla Margareth da Silva Viana; Débora Felício Farias Com a finalidade de levarmos para além dos muros da universidade os temas inclusão e acessibilidade e também conhecermos as diferentes opiniões da comunidade alfenense, nós, licenciandos do curso de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Alfenas (UNIFALMG), desenvolvemos uma Prática Pedagógica na disciplina de Fundamentos da Educação Inclusiva I, no segundo semestre de 2013, denominada “Qual a sensação de estar no lugar do outro?”. A ação ocorreu concomitantemente a um evento empresarial da cidade, atingindo assim um grande público na praça central. O objetivo principal foi sensibilizar e conscientizar as pessoas frente aos obstáculos enfrentados cotidianamente pelas pessoas com deficiência. Foram entregues panfletos explicativos sobre o NAI (Núcleo de Acessibilidade e Inclusão) da UNIFAL-MG; um painel convidativo com o nome da ação em letras grandes, a fim de despertar a curiosidade daqueles que passavam por perto; uma cadeira de rodas nos foi cedida pela Santa Casa de Alfenas para que as pessoas pudessem ter a sensação de um cadeirante; uma venda para simular a cegueira, onde a pessoa transitou com o auxílio de outra pelo espaço público, se atentando para os obstáculos que cotidianamente passam despercebidos; foi disponibilizado o alfabeto em libras e Braille para consulta e conhecimento e por fim aplicado um questionário aos voluntários, para análise de suas experiências vividas nesta atividade. Obtivemos um total de 92 questionários, onde 59,78% dos entrevistados disseram que sabiam o que era educação inclusiva e 40,22% alegaram que não sabiam do que se tratava; 73,9% disseram ser favoráveis à inclusão das pessoas com necessidades educacionais especiais no ensino regular e desses, 58,7% afirmaram que esta é importante, porém difícil de ser realizada. Responderam também sobre a atual situação da cidade de Alfenas, no âmbito da acessibilidade arquitetônica e urbanística e, a grande maioria (90,2%) afirma que a cidade não está preparada para atender pessoas com deficiência. Dificuldade, insegurança e medo foram algumas das sensações descritas pelos participantes. Além do questionário observamos a curiosidade e a vontade das pessoas se colocarem no lugar do outro e, também a preocupação que alguns tiveram em serem vistos naquela situação. Isto pode ser confirmado pelos autores Alencar e Gentilli (2001, p. 29) no texto Educar em tempos de desencanto, onde ele diz “A ‘anormalidade’ torna os acontecimentos visíveis, ao mesmo tempo em que a ‘normalidade’ costuma ter a capacidade de ocultá-los. O ‘normal’ se torna cotidiano.” Embora reduzido o número de entrevistados, os resultados nos evidenciam uma tendência na sociedade sobre essa discussão; onde a maioria se diz conhecedora da educação inclusiva, mas é falha em sua implementação de fato. O movimento de acessibilidade merece um olhar profundo e mais atenção, além de intervenção de pessoas e órgãos capacitados com projetos inclusivos e educativos na comunidade. Com este trabalho, como futuros docentes, conquistamos conhecimentos e maturidade, nos sentindo assim seguros para desenvolver ações mais aprofundadas acerca do assunto, quebrando paradigmas impostos pela sociedade e preconceitos que adquirimos. Desta maneira, acreditamos na educação inclusiva e na capacidade de uma sociedade informada, crítica e acessível para todos. Palavras-chave: Educação Inclusiva; Acessibilidade; Sociedade. Referências: ALENCAR, C. Gentilli, P. Educar na esperança em tempos de desencanto. RJ: Vozes, p. 29, 2001. 14 ACESSIBILIDADE E ENSINO DE CIÊNCIAS EM ESPAÇOS NÃO FORMAIS Autor(es): Natália Alexandrino Pecht; Denise Pereira de Alcantara Ferraz Este projeto, em nível de iniciação científica, tem como objetivo pesquisar práticas pedagógicas inclusivas relacionadas ao ensino de ciências, especificamente em espaços não formais, na cidade de São Paulo/SP. A elaboração da Declaração Universal dos Direitos Humanos feita pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, em 1948, inaugurou uma concepção contemporânea de direitos individuais. Esta mudança ocorreu em consequência das atrocidades assistidas na Segunda Guerra Mundial e com o intuito de evitar que estas voltassem a ocorrer, o que fez com que a inclusão social de pessoas com deficiências ganhasse força. Foram, então, criados mecanismos e instituições de proteção dos direitos humanos na grande maioria dos países, que incorporaram à sua legislação normas adequadas à orientação internacional, incluindo normas relacionadas às pessoas com deficiências. Em consonância com este movimento mundial, o Brasil instituiu a Política Nacional para a Integração da pessoa Portadora de Deficiência em 1993, tendo em suas diretrizes a determinação de incluir a pessoa com deficiência em todas as iniciativas governamentais relacionadas à educação, saúde, trabalho, edificação pública, seguridade social, transporte, habitação, cultura, esporte e lazer. Dentre as principais regulamentações a respeito do tema, importante salientar a discussão atual sobre a Lei Brasileira de Inclusão, Lei n. 13.146, de 6 de julho de 2015. Entendendo essa urgência, a Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI), em especial os Cursos de Licenciatura, desejam incluir em seu Projeto Pedagógico de curso o debate, a reflexão e a prática de Pedagogias Inclusivas, como forma de qualificar melhor o futuro profissional. Mesmo que o Projeto Pedagógico do curso contemple disciplinas que tratam da questão da inclusão, torna-se necessário que as práticas pedagógicas também sejam inclusivas. Isto nos leva a buscar o conhecimento de experiências de ensino de ciências que trabalhem de forma inclusiva, o que é o objetivo principal desta pesquisa. O método adotado será o descritivo-analítico exploratório, a partir de dados coletados em visitas, entrevistas e coleta de dados em sites de espaços não formais que tenham práticas pedagógicas inclusivas. A partir deste levantamento, os instrumentos e as práticas pedagógicas utilizadas nestes espaços serão listados e estudados pelo pesquisador. Os dados também serão analisados qualitativamente a partir da Análise de Conteúdo de Bardin. Após a análise dos dados coletados, o pesquisador irá elaborar uma proposta de intervenção institucional para estruturação de práticas pedagógicas inclusivas no curso de Licenciatura em Ciências Biológicas na UNIFEI. Palavras-chave: ensino de ciências; práticas pedagógicas inclusivas; diversidade; espaços não formais. Referências BRASIL. Lei N. 13.146, de 6 de julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com deficiência (Estatuto da Deficiência). Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm> MANTOAN, M. T. E. Inclusão Escolar: O que é? Por quê? Como fazer? Ed. Moderna, São Paulo, Coleção Cotidiano escolar, 96 p., 2003. NARDI, R. (Org.), Educação em Ciências da Pesquisa à Prática docente, Ed. Escrituras, V. 3, p. 117 - 133, 2001. 15 ENSINO DE FÍSICA PARA ALUNOS COM BAIXA VISÃO OU CEGUEIRA Autor(es): Antonio Luiz Fernandes Marques; Isabela Franco Costa O Espaço InterCiências da Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI) é um ambiente destinado a divulgação de conceitos científicos da física e matemática, para alunos do ensino fundamental I, fundamental II e o ensino médio, tanto de escolas públicas quanto privadas, com intuito de tornar o espaço inclusivo. Este projeto tem por objetivo transformar um de seus experimentos, para explicar o comportamento óptico em determinadas lentes. Afim de que os alunos com deficiência visual possam compreender melhor os conceitos envolvidos na óptica. A intenção de desenvolver o tema da inclusão no Museu Espaço Interciências deriva das dificuldades dos mediadores de explicarem os experimentos, na primeira visita de alunos com baixa visão ou cegos, principalmente, na explicação da óptica. Dessa forma os visitantes julgaram os experimentos a serem mais fáceis de entender por pessoas sem nenhuma deficiência visual. Para tornar mais inclusivo o espaço não formal de ensino, portanto, foi necessário escolher um experimento de óptica, o qual recebeu um replanejamento para ser construído de forma que pudesse facilitar a compreensão dos visitantes sobre a explicação de determinado fenômeno óptico. Os materiais escolhidos para serem utilizados no desenvolvimento das lentes inclusivas são agradáveis ao tato e não são prejudiciais a saúde, sendo eles: E.V.A, papelão, cartolina, isopor, cola colorida, barbante, lixa e palitos. O próximo passo do projeto é apresentar o experimento para uma pessoa com baixa visão ou que apresenta cegueira, com a finalidade de analisar se o experimento é eficaz no alcance do objetivo proposto e, com isso, poderemos concluir se o experimento adquiriu uma característica inclusiva de fato. Palavras-chaves: Museu de ciências inclusivo. Referências: CAMARGO, E.P. et al. Representação multissensorial da evolução dos modelos atômicos. Material construído em uma disciplina de formação inicial de professores de física. XX Simpósio Nacional do Ensino de Física – SNEF– São Paulo, SP; 2013. GIACOMETTI, M.S. et al. Experimentos com realidade virtual e aumentada e o ensino de física para alunos com nenhuma ou pouca visão. XX Simpósio Nacional do Ensino de Física – SNEF – São Paulo, SP; 2013. SANTOS, T.H.L.; VERASZTO, E.V. Neurociência Cognitiva no Processo de Aprendizagem de Alunos com Deficiência Visual: Desenvolvimento de Experimento com Fluídos para o Ensino de Física. XV Encontro de Pesquisa em Ensino de Física - XV EPEF – Maresias; 2014. 16 INCLUSÃO DE ALUNOS NO ENSINO PREPARADOS PARA ESSE DESAFIO? REGULAR: OS PROFESSORES ESTÃO Autor(es): Livia Mara da Silva A inclusão escolar tem sido um assunto amplamente discutido nos últimos anos, tendo em vista que as crianças portadoras de deficiência eram matriculadas diretamente em instituições especiais e agora são amparadas por Lei pelo direito de frequentar uma escola de ensino regular. A pesquisa realizada teve como objetivo conhecer as dificuldades encontradas pelos professores ao se deparar com alunos de inclusão em escolas de ensino regular, assim como saber se os professores estão de fato preparados para encarar esse desafio. Para a realização desse estudo, optou-se pelo levantamento de dados através de entrevista escrita. Quinze professores de ensino fundamental II, responderam aos questionamentos. A primeira pergunta levantada foi: Você tem ou já teve algum aluno de inclusão em sua classe? No caso de resposta positiva, qual o tipo de inclusão? apenas um professor relata não ter aluno de inclusão e a grande maioria apresenta mais de um tipo de inclusão em suas classes. A partir deste fato, analisamos as dificuldades levantadas por esses professores, com a seguinte pergunta: No caso de já ter trabalhado com alunos de inclusão, você encontrou alguma dificuldade? As respostas indicam que 80% dos professores apresentam dificuldade em trabalhar com alunos de inclusão por falta de informação, cursos e apoios e a difícil comunicação entre eles. Há ainda quem relata a agressividade do aluno e a família distante, o pouco conhecimento em libras por parte do aluno e a falta de apoio pela escola. Em contradição, 13% dos professores, não apresentam dificuldade e se justificam pelo fato do aluno ser mais velho e a família estar presente, e por poder contar com cursos específicos para trabalhar com alunos de inclusão. 7% não opinaram por não ter aluno de inclusão em classe. Apenas oito dos entrevistados, possuem algum curso ou formação específica para trabalhar com alunos de inclusão, esse fato pode justificar tal dificuldade entre professores para lidar com alunos inclusivos. Fontes et al (2007), afirma que a formação dos professores é um fator que pode dificultar a inclusão escolar dos alunos com deficiência, visto que não basta o ponto de vista técnico, é necessário fazer uma auto reflexão de suas preparações e tornar as suas atitudes profissionais uma prática criativa. Podemos concluir que mesmo com cursos preparatórios, os professores ainda declaram dificuldades e despreparo para lidar com alunos de inclusão em uma sala de ensino regular, o que nos permite dizer que a inclusão ainda não ocorre de maneira adequada. Nesse sentido, a inclusão em classes regulares gera circunstâncias e desafios, que tendem a somar com as dificuldades, assim sendo, a inclusão exige mudanças a fim de melhorar a qualidade da educação. No entanto, a formação de professores aptos para o trabalho com a inclusão não basta, é necessário que a inclusão seja tomada como um direito da criança e do adolescente que além do ensino, tem direito a se sentir participante de um grupo e ser respeitado em suas diferenças. Palavras-chave: Inclusão escolar. Ensino regular. Dificuldades. Referências: FONTES, R. S. et al. Estratégias pedagógicas para a inclusão de alunos com deficiência mental no ensino regular. IN: GLAT, R. (Org.). Educação inclusiva: cultura e cotidiano escolar. Rio de Janeiro: 7letras, p.79-96, 2007. 17 MAPEAMENTO DA INSERÇÃO DA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA INCLUSIVA NOS CURSOS DE FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA NAS UNIVERSIDADES FEDERAIS DE MINAS GERAIS E NO INSTITUTO FEDERAL DO SUL DE MINAS GERAIS Autor (es): Ana Paula de Souza e Flávia Sueli Fabiani Marcatto Na busca de uma educação de qualidade, têm-se, com frequência, discussões a respeito de alunos com Necessidades Educacionais Especiais (NEE) nas escolas regulares. Nesta pesquisa em andamento, investiga-se a inserção da prática inclusiva no processo de Formação Inicial dos Professores de Matemática e a legislação que dá sustentação a essa questão, estando inserida no campo da Educação Matemática, na perspectiva da Educação Inclusiva. Em relação à inclusão escolar dos alunos com NEE é possível identificar dificuldades enfrentadas pelos educadores para constituir um programa educacional que atenda o público em questão. Dentre as dificuldades cotidianas para o desenvolvimento desta prática inclusiva, pode-se destacar a formação dos professores quanto a esse quesito. Para contextualizar e fundamentar o desenvolvimento deste trabalho foi feita uma revisão de literatura sobre os temas considerados pertinentes para o mesmo, referente à Educação Inclusiva e Formação de Professores, tratando inicialmente a temática da inclusão, com um histórico da Educação Inclusiva, tanto no Brasil quanto em Minas Gerais, pautada nas legislações; posteriormente uma compilação sobre a Formação de Professores, com o foco na Matemática, para Educação Inclusiva. O objetivo desta pesquisa consiste em apresentar e discutir como vem sendo tratado à temática da Educação Matemática Inclusiva, nos Cursos de Formação Inicial de Professores de Matemática, por meio do mapeamento dos Projetos Pedagógicos de Curso (PPC) de algumas Universidades Federais do estado Minas Gerais e do Instituto Federal localizado no Sul de Minas Gerais. A questão que direciona esta pesquisa é: “Como está sendo a inserção da Educação Matemática Inclusiva nos cursos de Formação Inicial de Professores de Matemática?”. Este estudo fundamenta na abordagem qualitativa, a produção dos dados está sendo desenvolvida por meio da análise documental dos PPCs, junto com as 06 (seis) entrevistas semiestruturadas com coordenadores e alunos das Instituições de Ensino Superior (IES) selecionados a partir dos respectivos PPCs, sendo selecionados 03 (três) projetos, um que apresenta a temática da inclusão na forma de disciplina obrigatória, um que apresenta na forma de disciplina optativa e outro que não apresenta a temática da inclusão. Assim, os dados serão analisados e interpretados por meio da triangulação dos Projetos Pedagógicos de Cursos de licenciatura em Matemática, na modalidade presencial, as entrevistas com os coordenadores e as entrevistas com os alunos, a luz da legislação vigente e do referencial teórico. Para direcionar a análise dos dados, serão usados alguns conceitos da Análise de Conteúdo. Após a investigação dos PPCs e as entrevistas com os coordenadores e alunos será possível fazer um mapeamento de como se dá a Formação Inicial dos Professores na temática Educação Matemática Inclusiva. Como produto desta pesquisa será elaborado uma proposta de trabalho para os professores sobre a temática da Educação Matemática Inclusiva nos Cursos de Formação Inicial de Professores de Matemática, no qual o conteúdo será definido com o desenvolvimento da investigação, com base nos dados e conhecimentos adquiridos e aprofundados durante a pesquisa. Palavras-chave: Formação Inicial de Professores. Educação Matemática. Projeto Pedagógico de Curso. Referências BARDIN, L. Análise de Conteúdo. Tradução Luís Antero Reto e Augusto Pinheiro. Lisboa: Edições 70, 279 p. 2011. CINTRA, V.P. Trabalho com projetos na formação inicial de professores de matemática na perspectiva da educação inclusiva. 2014. 137 f. Tese (Doutorado) – Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista, Rio Claro. 2014. MARCATTO, F.S.F. A prática como componente curricular em projetos pedagógicos de cursos de licenciatura em matemática. 2012. 160 f. Tese (Doutorado) – Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista, Rio Claro. 2012. 18 EXPERIÊNCIAS EDUCACIONAIS INCLUSIVAS NA MICRORREGIÃO DE ITAJUBÁ Autor (es): Ana Clara Guatura Correa, Laís de Fátima Oliveira, Larissa de Carvalho Azevedo e Vivian Martins Ribeiro A proposta do projeto “Experiências Educacionais Inclusivas na Microrregião de Itajubá” tem sua origem na análise da avaliação do evento “II Seminário de Inclusão: Ações Afirmativas no Brasil e as Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais, Relações Étnico-raciais e Questões de Gênero”, organizado pela Diretoria de Assistência Estudantil (DAE) e pelo NAI, e realizado nos dias 15 e 16 de outubro de 2014. Dentre as sugestões apresentadas pelos participantes do evento – professores das redes municipal e estadual de ensino, docentes e discentes da UNIFEI, profissionais e atendidos de instituições especializadas em atendimento à pessoa com deficiência – nos chamou a atenção o números de solicitações para que o próximo seminário (em outubro de 2015) trate de situações práticas de inclusão escolar que sirvam de diretrizes para professores que trabalham com alunos com algum tipo de deficiência (física, intelectual, sensorial ou transtornos globais do desenvolvimento). Diante da constatação da necessidade apresentada pela comunidade, integrantes deste projeto pretendem identificar, registrar e compartilhar as boas práticas de educação inclusiva, pensadas para propiciar condições de aprendizagem que não excluam nenhum aluno, de educadores que buscam dar respostas às necessidades educacionais especiais, realizadas na microrregião de Itajubá/MG. As cidades a serem visitadas pelo projeto são: Brasópolis, Consolação, Cristina, Delfim Moreira, Dom Viçoso, Itajubá, Maria da Fé, Marmelópolis, Paraisópolis, Piranguçu, Piranguinho, Virgínia e Wenceslau Braz. Para o cumprimento de tal meta, esta proposta de extensão perpassa as seguintes etapas: 1) elaboração e execução de workshop que suscite e construa, junto aos interlocutores, conhecimentos relacionados à Inclusão Escolar; 2) identificação de experiências educacionais inclusivas nas cidades da Microrregião de Itajubá, realizadas em escolas da rede pública ou da rede particular; 3) registro destas experiências por meio de entrevistas com gestores, professores e demais atores sociais; fotografias de ambientes e filmagem; 4) compartilhamento das experiências em evento que será organizado no primeiro semestre de 2016, com a participação da comunidade educacional regional, além de docentes e discentes da UNIFEI. O objetivo último da proposta é o impacto não apenas nas práticas inclusivas, mas no diálogo entre Universidade e a microrregião, principalmente porque é a partir do diálogo que uma necessidade demandada pelo social pode ser atendida e mudanças sociais, em toda rede que as envolve - família, comunidade, poder público e educação – são implementadas. Palavras-chave: experiências inclusivas – inclusão – educação inclusiva – microrregião de Itajubá Referências: AMARO, D. G. Educação Inclusiva, aprendizagem e cotidiano escolar. São Paulo: Casa do Psicólogo. ROYO, M. A. L. E URQUÍZAR, N. L. (coord.) Bases Psicopedagógicas da Educação Especial. Petrópolis, RJ: Vozes, 2012. TESSARO, N. S. Inclusão Escolar: Concepções de Professores e Alunos da Educação Regular e Especial. São Paulo: Casa do Psicólogo. 19 INCLUSÃO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA VISUAL NAS AULAS EXPERIMENTAIS DO CURSO DE QUÍMICA DA UNIFEI. Autor (es): Cleandson Dourado; Profa. Msc. Paloma Alinne Alves Rodrigues. A química como ciências surgiu em um momento em que a matemática predominava o conhecimento humano na área das ciências exatas, evoluindo de um conhecimento baseado na linguajem algébrica e verbal, para uma linguajem internacional no qual a percepção sobre o universo de fenômenos químicos dependia de memória visual, imaginação visual e processamento mental de informações visuais (HABRAKEN, 1996). Hoje a química é observada por meio dos fenômenos químicos e suas reações; por isso é considerada o alicerce da vida, no qual toda material no universo é constituído pelos elementos químicos e suas conjunções moleculares. Em vista disso consequentemente a relevância das aulas de química não está em transmitir os conceitos teóricos, mas possibilitar a formação do aluno como cidadão capaz de compreender, analisar e finalmente questionar os fenômenos físicos e químicos. Desta forma observa-se a importância das aulas práticas como forma essencial no processo de ensino aprendizagem, nas quais as aulas no laboratório proporcionam uma aproximação dos alunos com a disciplina. De acordo com Azevedo (2004), o aluno que participa das aulas de prática experimental pode vir a ter um aperfeiçoamento intelectual. E este contribui para interação do aluno no seu cotidiano propiciando o desenvolvimento de princípios com relação aos fenômenos químicos e essencialmente, com relação à conduta como cidadãos perscrutadores e participativos na sociedade. Á vista disso fundamentado na “Declaração de Salamanca” (1994), considerada um dos mais importantes documentos de comprometimento em garantir os direitos educacionais a pessoas com deficiência, tem-se que as escolas devam acolher todas as crianças e jovens independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais ou linguísticas. Sendo assim, neste projeto deseja-se chamar a atenção para o Ensino de Química para alunos com Deficiência Visual (DV), uma vez que por consequência compreende-se que para os alunos DV a prática no curso de Química se faz ainda mais interessante, já que a compreensão do mundo se faz especialmente por intermédio do tato. Segundo Sordi (1995), o indivíduo com DV é desprovido de educação cientifica e por isso, encontra-se prejudicado no exercício de sua cidadania, impossibilitado e carente dos direitos que lhe permitem exercer o seu papel no mundo em que se encontra inserido. A partir do exposto está sendo desenvolvido na UNIFEI uma pesquisa de Iniciação Científica que visa investigar estratégias pedagógicas que promovam a inclusão de alunos com DV nas aulas experimentais de química. Para tanto, está sendo desenvolvido um estudo exploratório sobre metodologias que possam possibilitar a inclusão dos alunos DV a compreender melhor os conteúdos do Ensino de Química; Além disso, será realizada uma entrevista com professor da disciplina e o técnico de química, para indagar como promover a inclusão de alunos com DV nas aulas de química da UNIFEI. Espera-se que este trabalho possa contribuir para a inclusão de alunos com deficiência visual no laboratório de química da UNIFEI, para que assim eles possam ter acesso aos conhecimentos químicos como os demais alunos. Palavras-chave: Inclusão, Deficiência Visual, Ensino de Química. Referências: AZEVEDO, M. C. P. S. Ensino por investigação: problematizando as atividades em sala de aula. In: CARVALHO, A. M. P. (Org.). Ensino de ciências: unindo a pesquisa e a prática. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2004. p. 19-33. MEC Ministério da Educação e Cultura, Declaração de Salamanca, 1994. MÓL, G.S.; RAPOSO, P.N.; PIRES, R.M. Desenvolvimento de estratégias para Ensino de Química a alunos com deficiência visual. In. SALLES, P.S.B.A.; GAUCHE, R.– Educação científica, inclusão social e acessibilidade – 1° ed.- Goiânia - Cânone Editorial, 2011.