LISTA DE EXERCÍCIOS
Goiânia, _____ de _________________ de 2015.
Série:
2 º ano
Aluno(a):______________________________________________________________
Disciplina: Sociologia  Professora: Rafael  e-mail: [email protected]
Karl Marx
Profº: Rafael Gargano
Principais conceitos
A mais-valia é a base da exploração do sistema capitalista e a
charge mostra perfeitamente a diferença entre o valor produzido
pelo trabalho do operário e o valor pago por seu patrão.
Mais-Valia
Alienação
Em 2012, a marca Coca-Cola Zero desenvolveu a campanha
“Descubra a sua Coca-Cola Zero”, criando embalagens
customizadas com os nomes de seus consumidores. Ela também
criou um aplicativo no Facebook, em que o usuário poderia
imprimir o nome que quisesse na embalagem do refrigerante.
Através desse aplicativo, criaram uma embalagem com o
seguinte texto:
O trabalhador é estranho ao produto de sua atividade, que
pertence a outro. Isto tem como consequência que o produto se
consolida, perante o trabalhador, como um “poder
independente”, e que, “quanto mais o operário se esgota no
trabalho, tanto mais poderoso se torna o mundo estranho,
objetivo, que ele cria perante si, mais ele se torna pobre e
menos o mundo interior lhe pertence”;
Fetichismo da Mercadoria
A imagem faz referência ao conceito de “mais-valia”,
elaborado por Karl Marx. O conceito de mais-valia serve para
Karl Marx, em seu livro O Capital, explicar a forma como o
capitalista obtém lucro a partir da produção e venda de
mercadorias. Dessa maneira, a crítica que está sendo feita é a
de que essa campanha da Coca-Cola não está interessada no
consumidor de seus produtos, mas somente na obtenção da
mais-valia; ou seja, ela está interessada em fazer a empresa
lucrar cada vez mais a partir da exploração do trabalho de seus
funcionários.
Fetichismo da mercadoria é um conceito da economia marxista,
segundo o qual, nas condições da produção mercantil baseada
na propriedade privada dos meios de produção, desenvolve-se
a ilusão ou representação ideológica de que as mercadorias
são dotadas de propriedades inatas, forças extra-humanas
que terminam por influir no destino das pessoas. Trata-se,
portanto, de algo análogo ao fetichismo religioso, no qual o
homem religioso diviniza os objetos por ele mesmo produzidos.
Reificação
O segundo momento do fetichismo, mais importante, é o
seguinte: assim como o fetiche religioso (deuses, objetos,
símbolos, gestos) tem poder sobre seus crentes ou adoradores,
os domina como uma força estranha, assim também a
mercadoria. O mundo se transforma numa imensa
fantasmagoria. Como, então, aparecem as relações sociais de
trabalho? Como relações materiais entre sujeitos humanos e
como relações sociais entre coisas. E Marx afirma que as
relações sociais aparecem tais como efetivamente são. Que
significa dizer que a aparência social é a própria realidade
social? Significa mostrar que no modo de produção capitalista
os homens realmente são transformados em coisas e as coisas
são realmente transformadas em “gente”. Com efeito, o
trabalhador passa a ser uma coisa denominada força de
trabalho que recebe uma outra coisa chamada salário. O
produto trabalho passa a ser uma coisa chamada mercadoria
que possui uma outra coisa, isto é, um preço. O proprietário das
condições de trabalho e dos produtos do trabalho passa a ser
uma coisa chamada capital, que possui uma outra coisa, a
capacidade de ter lucros. Desapareceram os seres humanos, ou
melhor, eles existem sob a forma de coisas (donde o termo
usado por Lucaks: reificação; do latim: res, que significa
coisa).
Ideologia
Ideologia é um sistema ordenado de ideias ou representações e
das normas e regras como algo separado e independente das
condições materiais, visto que seus produtores – os teóricos, os
ideólogos, os intelectuais – não estão diretamente vinculados à
produção material das condições de existência. E sem perceber,
exprimem essa desvinculação ou separação através de suas
ideias” (CHAUI, 1997, p.65).
“As idéias podem parecer estar em contradição com as relações
sociais existentes, com o mundo material dado, porém essa
contradição não se estabelece realmente entre as ideias e o
mundo, mas é uma consequência do fato de que o mundo social
é contraditório. Porém, como as contradições reais permanecem
ocultas (são as contradições entre as relações de produção ou as
forças produtivas e as relações sociais), parece que a
contradição real é aquela entre as idéias e o mundo. Assim, por
exemplo, faz parte da ideologia burguesa afirmar que a
educação é um direito de todos os homens. Ora, na realidade
sabemos que isto não ocorre. Nossa tendência, então, será a de
dizer que há uma contradição entre a ideia de educação e a
realidade. Na verdade, porém, essa contradição existe porque
simplesmente exprime, sem saber, uma outra: a contradição
entre os que produzem a riqueza material e cultural com seu
trabalho e aqueles que usufruem dessas riquezas, excluindo
delas os produtores. Porque estes se encontram excluídos do
direito de usufruir os bens que produzem, estão excluídos da
educação, que é um desses bens. Em geral, o pedreiro que faz a
escola; o marceneiro que faz as carteiras, mesas e lousas, são
analfabetos e não têm condições de enviar seus filhos para a
escola que foi por eles produzida. Essa é a contradição real, da
qual a contradição entre a ideia de “direito de todos â
educação” e uma sociedade de maioria analfabeta é apenas o
efeito ou a consequência” (CHAUI, Marilena. O que é
ideologia. Brasiliense, 1997)
Luta de Classes
Marx busca com este termo definir o confronto entre duas
classes distintas, a burguesia, e o proletariado, que atuariam
como classes antagônicas em meio ao modo de produção
capitalista. Pretendendo caracterizar não apenas uma visão
econômica da história, mas também uma visão histórica da
economia, a teoria marxista também procura explicar a
evolução das relações econômicas nas sociedades humanas ao
longo do processo histórico. O caráter antagônico das relações
de produção e distribuição origina interesses contraditórios que
se manifestam na luta de classes, quer entre as próprias classes
dominantes, aristocracia e burguesia, quer entre estas classes e
os produtores individuais ou os trabalhadores. Este
antagonismo assume, por vezes, a forma de conflitos violentos.
O cartum faz referência a três classes sociais no Brasil: a classe
alta, a classe média e a classe baixa. A conclamação “povo
brasileiro!” tem caráter ideológico na medida em que anula as
diferenças de classe e procura unificar todas as pessoas em
uma única massa: a do “povo brasileiro”. No fundo, o cartum
corresponde a uma crítica ao caráter arbitrário e ideológico da
forma como a identidade nacional é construída.
1. (Enem 2013) Na produção social que os homens realizam,
eles entram em determinadas relações indispensáveis e
independentes de sua vontade; tais relações de produção
correspondem a um estágio definido de desenvolvimento das
suas forças materiais de produção. A totalidade dessas relações
constitui a estrutura econômica da sociedade — fundamento
real, sobre o qual se erguem as superestruturas política e
jurídica, e ao qual correspondem determinadas formas de
consciência social.
MARX, K. “Prefácio à Crítica da economia política.” In:
MARX, K.; ENGELS, F. Textos 3. São Paulo: Edições Sociais,
1977 (adaptado).
b) Fato social.
c) Alienação.
d) Socialização.
e) Ação social.
Para o autor, a relação entre economia e política estabelecida no
sistema capitalista faz com que
a) o proletariado seja contemplado pelo processo de mais-valia.
b) o trabalho se constitua como o fundamento real da produção
material.
c) a consolidação das forças produtivas seja compatível com o
progresso humano.
d) a autonomia da sociedade civil seja proporcional ao
desenvolvimento econômico.
e) a burguesia revolucione o processo social de formação da
consciência de classe.
5. (...) a mercadoria tem uma dupla determinação: ela é uma
coisa útil, um valor de uso e assim destinada a servir a uma
dada necessidade; mas é também uma coisa que foi produzida
para ser vendida, comercializada, sendo, portanto, um valor de
troca. Surge, por isso, uma antítese entre essas duas
determinações da mercadoria: enquanto valor de uso a
mercadoria se destina ao consumo; enquanto valor de troca ela
é produzida para o mercado, para a venda. Ocorre, então, uma
separação entre utilidade das coisas para as necessidades
imediatas e sua utilidade para a troca.
2. (Ufu 2013) E se, em toda ideologia, os homens e suas
relações aparecem invertidos como numa câmara escura, tal
fenômeno decorre de seu processo histórico de vida, do mesmo
modo porque a inversão dos objetos na retina decorre de seu
processo de vida diretamente físico.
MARX, Karl, A ideologia alemã. São Paulo: Hucitec, 1987. p.
37.
Com essa famosa metáfora, Marx realiza a definição de
ideologia como inversão da realidade, da qual decorre para ele
a) a alienação da classe trabalhadora.
b) a consciência de classe dos trabalhadores.
c) a existência de condições para a práxis revolucionária.
d) a definição de classes sociais.
3. Segundo a concepção materialista da história, na produção da
vida os homens geram também outra espécie de produtos que
não têm forma material: as ideologias políticas, concepções
religiosas, códigos morais e estéticos, sistemas legais, de
ensino, de comunicação, o conhecimento filosófico e científico,
representações coletivas de sentimentos, ilusões, modos de
pensar e concepções de vida diversos e plasmados de um modo
peculiar.
QUITANEIRO, T. Um toque de clássicos: Marx, Weber e Durkheim. 2.ed. rev. amp. Belo
Horizonte: Editora UFMG, 2002, p. 37.
Na abordagem marxista, essa outra espécie de produtos
imateriais que são derivados da produção da vida material
humana corresponde à:
a) Infraestrutura da sociedade.
b) Superestrutura da sociedade.
c) Ideologia.
d) Luta de classes.
e) Representação coletiva.
4. Leia.
Tá vendo aquele edifício, moço?
Ajudei a levantar.
Foi um tempo de aflição,
eram quatro condução,
duas pra ir, duas pra voltar.
Hoje depois dele pronto,
olho pra cima e fico tonto,
mas me vem um cidadão
e me diz desconfiado:
"Tu tá aí admirado? Ou tá querendo roubar?"
Meu domingo tá perdido,
vou pra casa entristecido,
dá vontade de beber.
E pra aumentar meu tédio,
eu nem posso olhar pro prédio
que eu ajudei a fazer.
(...)
RAMALHO, Zé. Composição: Lucio Barbosa. Cidadão. Frevoador. Columbia (Sony
Music) [CD], 1992.
A música Cidadão, interpretada por Zé Ramalho, apresenta
uma situação na qual um trabalhador conta sobre a sua
experiência de ser impedida de contemplar o fruto do seu
trabalho. Qual conceito sociológico é o mais adequado para
compreendermos essa relação entre trabalhador e mercadoria?
a) Fetichismo da mercadoria.
TEIXEIRA, Francisco José Soares. Pensando com Marx: uma leitura crítico-comentada de
O Capital. São Paulo: Ensaio, 1995, p. 65.
A partir do texto acima, é possível afirma que:
a) A mercadoria, em uma sociedade feudal, assume dois
valores: o valor de uso e o valor de troca. É essa divisão que,
segundo Marx, determina o surgimento do capitalismo como
sistema econômico.
b) A mercadoria tem papel fundamental no sistema econômico
capitalista. Mais do que seu valor de uso, o que importa para o
capitalista é seu valor de troca, que, posteriormente, estará
relacionado com o lucro que será adquirido com a venda da
mercadoria.
c) Os estudos sobre a mercadoria foram levados a cabo,
principalmente, por Max Weber, em seu livro A Ética
protestante e o espírito do capitalismo. Nesse livro, o autor
analisa como o processo produtivo determinou as relações
sociais no sistema capitalista de produção.
d) O fetichismo da mercadoria é um conceito importantíssimo
para a análise marxista. Ele está relacionado com a forma como
a mercadoria se torna depositária dos interesses de classe no
sistema de produção capitalista.
e) No capitalismo avançado, a mercadoria perde importância e
a única forma de obtenção de lucro se torna o investimento
feito em Bolsa de Valores.
6. No dia 12/07/2012, no Programa “Na Moral”, de Pedro Bial,
Pedro Cardoso comentou sobre a invasão de privacidade e a sua
relação com os paparazzi. Leia abaixo um trecho de seu
comentário:
Pedro Cardoso – Pedro [Bial], olha só, aqui falta um
personagem, que ele até citou, que é o personagem – na minha
opinião – mais importante disso tudo. Falta o capitalista que
produz a profissão dele. Porque é o cara que paga pela foto que
ele tira. O meu inimigo não é ele ou outra pessoa que,
infelizmente, ganha a vida de uma maneira medíocre. Não, meu
inimigo é o cara que contrata esse serviço, o cara que, sendo
um empresário, põe dinheiro numa coisa que é a minha vida
particular.
Programa Na Moral apresentado em 12/07/2012. [transcrição] Disponível em:
<http://tvg.globo.com/programas/na-moral...i/2038750/>. Acesso em 15/07/2012.
Dada a forma como Pedro Cardoso constrói seu raciocínio, é
correto afirmar que:
a) Pedro Cardoso não somente constrói um argumento
sociológico, como também refuta a ideia marxista de que o
motor da história é a luta de classes.
b) Pedro Cardoso expressa uma opinião que em nada se
aproxima da abordagem sociológica. Sua argumentação é toda
baseada em estereótipos.
c) Pedro Cardoso demonstra ter profundos conhecimentos da
abordagem sociológica weberiana. A forma como ele define o
capitalista apresenta muitos elementos da ética do trabalho
evocada por Weber.
d) A argumentação de Pedro Cardoso tem como princípio a
noção de fato social evocada por Bourdieu, em seu livro Os
paparazzi são um fato social.
e) Pedro Cardoso constrói uma argumentação que se aproxima
à abordagem marxista. Na relação de produção, o capitalista
compra um trabalho alienado (o dos paparazzi) que “coisifica”
as relações humanas.
7. (Ufrgs 2012) Tanto Augusto Comte quanto Karl Marx
identificam imperfeições na sociedade industrial capitalista,
embora cheguem a conclusões bem diferentes: para o
- 3-
positivismo de Comte, os conflitos entre trabalhadores e
empresários são fenômenos secundários, deficiências, cuja
correção é relativamente fácil, enquanto, para Karl Marx, os
conflitos entre proletários e burgueses são o fato mais
importante das sociedades modernas. A respeito das
concepções teóricas desses autores, é CORRETO afirmar:
a) Comte pensava que a organização científica da sociedade
industrial levaria a atribuir a cada indivíduo um lugar
proporcional à sua capacidade, realizando-se assim a justiça
social.
b) Comte considera que a partir do momento em que os homens
pensam cientificamente, a atividade principal das coletividades
passa a ser a luta de classes que leva necessariamente à
resolução de todos os conflitos.
c) Marx acredita que a história humana é feita de consensos e
implica, por um lado, o antagonismo entre opressores e
oprimidos; por outro lado, tende a uma polarização em dois
blocos: burgueses e proletários.
d) Para Karl Marx, o caráter contraditório do capitalismo
manifesta-se no fato de que o crescimento dos meios de
produção se traduz na elevação do nível de vida da maioria dos
trabalhadores embora não elimine as desigualdades sociais.
e) Tanto Augusto Comte quanto Karl Marx concordam que a
sociedade capitalista industrial expressa a predominância de um
tipo de solidariedade, que classificam como orgânica, cujas
características se refletirão diretamente em suas instituições.
8. (Unicentro 2011) Teria orgulho, sim, e estava seguro de que
um dia teria mesmo esse orgulho, se a luta e o sofrimento
fossem não para preservar um Brasil onde muitos trabalhavam
e poucos ganhavam, onde o verdadeiro povo brasileiro, o povo
que produzia, o povo que construía, o povo que vivia e criava,
não tinha voz e nem respeito, onde os poderosos encaravam sua
terra apenas como algo a ser pilhado e aproveitado sem nada
darem em troca, piratas de seu próprio país; [...] teria orgulho se
essa luta tivesse sido, como poderia ser, para defender um
Brasil onde o povo governasse, um grande país, uma grande
Pátria, em que houvesse dignidade, justiça e liberdade!
RIBEIRO, J. U. Viva o povo brasileiro. Rio de Janeiro : Nova Fronteira, 1984.
Os escritos de Karl Marx refletem o seu interesse pelas
mudanças do tempo moderno, principalmente as ligadas ao
desenvolvimento do capitalismo e a seus principais elementos:
o capital e a mão de obra assalariada. Nesse sentido, pode-se
utilizar esse recorte de texto do clássico de João Ubaldo Ribeiro
para exemplificar o conceito de
a) mais-valia, que, ao desvalorizar o trabalho, aumenta o valor
do produto e gera diferenças sociais.
b) luta de classes, as quais, no capitalismo, estabelecem
desigualdades e relações de antagonismo e exploração.
c) dominação, em que a economia mecanicamente determina
todas as demais esferas da sociedade.
d) trabalho visto como a única força capaz de fazer um grupo se
sobrepor ao outro, impondo a sua vontade como verdade.
e) alienação, em que os operários não percebem o produto final
como resultado do seu trabalho por causa das desigualdades
sociais.
9. (Ufu 2009) Um dos conceitos fundamentais da teoria
marxista sobre a sociedade capitalista é o de alienação. Marx
parte das contribuições filosóficas de Hegel, reformulando-as e
desenvolve, a partir desse conceito, uma interpretação
aprofundada do sentido das relações dos homens com o seu
mundo, natural e social, no contexto das sociedades divididas
em classes.
Em relação ao conceito marxista de alienação, marque a
alternativa incorreta.
a) A alienação implica, no plano político, a ausência do
controle efetivo do Estado pelas classes trabalhadoras.
b) A alienação implica a cisão entre o trabalhador e os meios e,
também, os resultados objetivos do seu trabalho.
c) A alienação corresponde a uma situação de ausência ou de
pouca efetividade das normas, orais ou escritas, que regulam o
funcionamento da vida social.
d) A alienação tem uma dimensão subjetiva, uma vez que o
indivíduo se torna estranho a si mesmo, privado de suas
qualidades essenciais.
10. (Uel 2008) No capitalismo, os trabalhadores produzem
todos os objetos existentes no mercado, isto é, todas as
mercadorias; após havê-las produzido, entregam-nas aos
proprietários dos meios de produção, mediante um salário; os
proprietários dos meios de produção vendem as mercadorias
aos comerciantes, que as colocam no mercado de consumo; e os
trabalhadores ou produtores dessas mercadorias, quando vão ao
mercado de consumo, não conseguem comprá-las. [...] Embora
os diferentes trabalhadores saibam que produziram as diferentes
mercadorias, não percebem que, como classe social,
produziram todas elas, isto é, que os produtores de tecidos,
roupas, alimentos [...] são membros da mesma classe social. Os
trabalhadores se veem como indivíduos isolados [...], não se
reconhecem como produtores da riqueza e das coisas.
(CHAUÍ, M. Convite à Filosofia. 13 ed. São Paulo: Ática, 2004. p. 387.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre alienação e
ideologia, considere as afirmativas a seguir:
a) A consciência de classe para os trabalhadores resulta da
vontade de cada trabalhador em superar a situação de
exploração em que se encontra sob o capitalismo.
b) É no mercado que a exploração do trabalhador torna-se
explícita, favorecendo a formação da ideologia de classe.
c) A ideologia da produção capitalista constitui-se de imagens e
ideias que levam os indivíduos a compreenderem a essência das
relações sociais de produção.
d) As mercadorias apresentam-se de forma a explicitar as
relações de classe e o vínculo entre o trabalhador e o produto
realizado.
e) O processo de não identificação do trabalhador com o
produto de seu trabalho é o que se chama alienação. A
ideologia liga-se a este processo, ocultando as relações sociais
que estruturam a sociedade.
11. (Ufu 2008) Em O Dezoito Brumário, de Luís Bonaparte,
Karl Marx sustenta que
... os homens fazem sua própria história, mas não a fazem como
querem; não a fazem sob circunstâncias de sua escolha e sim
sob aquelas com que se defrontam diretamente, legadas e
transmitidas pelo passado.
MARX, K. O Dezoito Brumário de Luís Bonaparte. In Manuscritos econômico-filosóficos
e outros textos escolhidos. (Seleção de textos: José Arthur Giannotti). São Paulo, Abril
Cultural, 1978. p. 329.
Coleção Os Pensadores
Sobre essa concepção de “fazer histórico”, marque a alternativa
correta.
a) A sociedade é o resultado da práxis humana, que expressa, a
partir de cada causalidade, os projetos ou as visões de mundo
que prevaleceram nas lutas de classe.
b) O passado é irresistível e sua reprodução é a regra nas
relações sociais, no sentido de reiteração da ordem posta.
c) As transformações históricas decorrem da intervenção da
vontade, independentemente, das circunstâncias existentes.
d) A história é imutável, quando muito cíclica, pois os
movimentos possíveis não podem romper a existência de
classes sociais.
12. (Uel 2007) Karl Marx exerceu grande influência na teoria
sociológica. Segundo o autor: “[...] na produção social da sua
existência, os homens estabelecem relações determinadas,
necessárias, independentes da sua vontade, relações de
produção... O conjunto destas relações de produção constitui a
estrutura econômica da sociedade, a base concreta sobre a qual
se eleva uma superestrutura jurídica e política e à qual
correspondem determinadas formas de consciência social”.
Fonte: MARX, K. Contribuição à crítica da economia política. Tradução de Florestan
Fernandes. São Paulo, Ed. Mandacaru, 1989, p. 28.
De acordo com o texto e os conhecimentos sobre o autor, é
correto afirmar que:
a) A superestrutura jurídica e política é o resultado do modo
como as pessoas se organizam para produzir a subsistência
material em determinada sociedade.
b) A superestrutura jurídica e política é o resultado da
consciência social dos líderes políticos e independe do modo de
produção em dada sociedade.
c) A superestrutura política é o resultado do modo como as
pessoas se organizam para produzir a subsistência material em
determinada sociedade, mas a esfera jurídica depende da
consciência social.
- 4-
d) A superestrutura jurídica é o resultado do modo como as
pessoas se organizam para produzir a subsistência material em
determinada sociedade, mas a esfera política depende da
consciência social.
e) A superestrutura jurídica e política é o resultado da
consciência social dos homens.
cooperação e, portanto, a coesão social entre as classes torna-se
impossível.
13. (Uel 2006) O misterioso da forma da mercadoria reside no
fato de que ela reflete aos homens as características sociais do
seu próprio trabalho, como características objetivas dos
próprios produtos do trabalho e, ao mesmo tempo, também da
relação social dos produtores com o trabalho total como uma
relação social existente fora deles, entre objetos.
(Adaptado: MARX, Karl. O Capital. São Paulo: Nova Cultural, 1988. p. 71.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, é correto
afirmar que, para Marx:
a) As mercadorias, por serem objetos, são destituídas de
qualquer vinculação com os seus produtores.
b) As mercadorias materializam a harmonia presente na
realização do trabalho alienado.
c) Os trabalhadores, independentemente da maneira como
produzem a mercadoria, são alijados do processo de produção.
d) As mercadorias constituem-se em um elemento pacificador
das relações entre patrões e trabalhadores.
e) A mercadoria, no contexto do modo capitalista de produção,
possui caráter fetichista, refletindo os aspectos sociais do
trabalho.
14. (Uel 2005) “Cascavel – Uma pequena cidade no interior do
Paraná está provando que machismo é coisa do passado. Com
15 mil habitantes, conforme o IBGE, Ampére (a 150
quilômetros de Cascavel), no Sudoeste, tem fartura de emprego
para as mulheres. Ex-donas de casa partiram para o trabalho
fixo, enquanto os homens, desempregados ou não, passaram a
assumir os serviços domésticos. Assim, elas estão garantindo
mais uma fonte de renda para a família, além de eliminar
antigos preconceitos. A situação torna-se ainda mais evidente
quando os homens estão desempregados e são as mulheres que
pagam as contas básicas da família. Conforme levantamento
informal, em Ampére, o número de homens sem vínculo
empregatício é maior do que o de mulheres. Para driblar as
dificuldades, eles fazem bicos temporários e quando não há
serviço, tornam-se donos de casa. O motivo para essa mudança
de comportamento é a [...] Industrial Ltda., uma potência no
setor de confecções que dá emprego a 1200 pessoas, das quais
80% são mulheres. Com a fábrica, famílias migraram do
interior para a cidade. As mulheres abandonaram o posto de
donas de casa ou de empregadas domésticas, aprendendo a
apostar na capacidade de competição”.
(Costa, Ilza Costa. Papéis trocados. Gazeta do Povo,Curitiba, 01 out. 1999. p. 14.)
O fenômeno da troca de papéis sociais, relatado no texto, ilustra
a base da tese usada por Karl Marx (1818-1883) na explicação
geral que formula sobre a relação entre a infraestrutura
e a supraestrutura na sociedade capitalista. Com base no texto e
nos conhecimentos sobre essa tese de Karl Marx, é correto
afirmar:
a) Na explicação das mudanças ocorridas no comportamento
coletivo, deve-se privilegiar o papel ativo do indivíduo na
escolha das ações, ou seja, o que importa é a motivação que
inspira suas opções.
b) É a imitação que constitui a sociedade, enquanto a invenção
abre o caminho das mudanças e de seu progresso. A invenção,
produtora das transformações sociais, é individual, dependendo
de poucos; enquanto a imitação, coletiva, necessita sempre de
mais de uma pessoa.
c) A família é a verdadeira unidade social; é a célula social que,
em seu conjunto, compõe a sociedade. Portanto, a sociedade
não pode ser decomposta em indivíduos, mas em famílias. É a
família a fonte espontânea da educação moral, bem como a
base natural da organização política.
d) Há uma relação de determinação entre a maneira como um
grupo concreto estrutura suas condições materiais de existência
– chamada de modo de produção – e o formato e conteúdo das
demais organizações, instituições sociais e ideias gerais
presentes nas relações sociais.
e) A organização social deve fundar-se na separação dos
ofícios, inerente à divisão do trabalho social e na combinação
dos esforços individuais. Sem divisão do trabalho social, não há
- 5-
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