PESQUISAS / RESEARCH / INVESTIGACIÓN
O vivido de mulheres no parto humanizado
The women lived in the humanized delivery
El Vivian de las mujeres en el parto humanizado
Karla Joelma Bezerra Cunha
Enfermeira. Mestre em Enfermagem. Docente da
Faculdade Santo Agostinho – FSA. Endereço: Rua
Domingos Mourão, Bairro São João, Teresina – PI.
Email: [email protected]
Lays Saraiva Vieira Gomes
Graduanda em Enfermagem pela Faculdade Santo
Agostinho – FSA.
Ruanna Marlys Assunção Santos
Graduanda em Enfermagem pela Faculdade Santo
Agostinho – FSA.
RESUMO
O Ministério da Saúde estimula a prática do parto normal e humanizado como estratégia de minimizar os altos índices de cesariana.O medo da dor relatado pela maioria das gestantes é pelo fato
do próprio parto humanizado não ser enfatizado por um segmento dos profissionais de saúde que
assistem as mesmas.O presente trabalho tem como objetivos descrever o vivido de mulheres no
parto humanizado e discutir os sentimentos que foram manifestados.Realizou-se um estudo do tipo
exploratório-descritivo de abordagem qualitativa,com participação de 10 mulheres,na idade de 17
a 35 anos,no período de setembro de 2010.Os dados foram coletados através de uma entrevista
semi-estruturada,realizado em uma Maternidade de referência na cidade de Teresina-PI.Obedeceu aos critérios da Resolução 196/1996 do Conselho Nacional de Saúde.A discussão foi realizada através da analise temática de conteúdo,no qual surgiram as quatro categorias a seguir:o senso
comum do parto normal;tecnologias do alívio da dor no parto humanizado;parto normal X parto
cesáreo;manifestação das parturientes após o parto humanizado.O parto humanizado não é apenas
mais uma técnica para ajudar a mulher a dar à luz, mas um conceito segundo o qual a gestante tem
o direito de escolha sobre como quer ter o bebê.
Descritores: Enfermagem. Parto normal. Parto humanizado.
ABSTRACT
The Ministry of healthencourages tre practice of natural birth and humanized as a strategy to minimize the high rates of cesarian. The fear of pain reported by most women is because of the very
humanizing delivery is not emphasized by a segment of the health professionals who assist themselves. The present study aims to describe the women lived in the humanized childbirth and discuss
the feelings that were to expressed.Was realized a study an exploratory, descriptive qualitative approach, with participation of 10 women, age 17 to 35 years, from September 2010.The data were
collected through a semi-structured interview, conducted in a Maternity reference in Teresina-PI.
Obeyed the criterion of Resolution 196/1996 of the National Advice Health.The discussion was held
by thematic content analysis, in which appeared the following four categories: common sense of
normal delivery; technologies of pain relief in child birth humanized; cesarean section x normal
delivery; expression after delivery of parturient humanized.The humanized child birth is not just a
technique for helping women to give birth, but a concept where by the pregnant woman has the
right to choose how you want to have the baby.
Descriptors: Nursing. Normal delivery. Humanized childbirth.
RESUMEN
Submissão: 10/05/11
Aprovação: 09/02/12
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El Ministerio de Salud fomenta la práctica del parto natural y humanizado como una estrategia para
minimizar los altos índices de temor cesariana.El miedo del dolor reportado por la mayoría de las
mujeres se debe a la entrega del próprio parto humanizado no es enfatizado por un segmento de los
profesionales de la salud que ayudan as mesmas.El presente estúdio tiene como objetivo describir
el Vivian de las mujeres em el parto humanizado e discutir los sentimientos manifestados.Realizou
Revista Interdisciplinar NOVAFAPI, Teresina. v.5, n.2, p.32-38, Abr-Mai-Jun. 2012.
O vivido de mulheres no parto humanizado
un estudo fue um estúdio exploratório, descriptivo, de abordaje cualitativa
con la participación de 10 mujeres, edad 17 a 35 años, a partir de septiembre 2010.Los datos fueron recoletados através de uma entrevista semi-estructurada, realizada en uma maternidade de referencia en la ciudad
Teresina-Pi. Obedeeu los criterios de la Resolución 196/1996 de la Junta
Nacional de Salud.El debate se celebro el análisis de contenido temático,
en el que aparecieron los siguientes cuatro categorías: el sentido común
de parto normal, lãs tecnologias de alivio del dolor en el parto humanizado; parto por sexo vaginalXcesárea; expresión de la parturienta después
de la entrega del parto humanizado.El parto humanizado no és solo uma
técnica para ayudar a las mujeres a dar a luz, sin um concepto por el que
la mujer embarazada tiene derecho a elegir cómo quiere tener ele bené.
Descriptores: Enfermería. Parto natural. Parto humanizado.
1
INTRODUÇÃO
O parto consiste em uma ação cultural, devido a sua importância
histórica para a sociedade. É o nascimento de um novo ser, é a renovação
do milagre da vida. No entanto, sempre foi direcionado por regras sociais
que já garantiram às mulheres direito a uma equidade de assistência,
principalmente durante o ciclo gravídico puerperal, no qual se devem
considerar os seus valores culturais, os significados que são construídos
dinamicamente em sua vida na sociedade (GAMA et al. 2009).
Essa assistência à mulher deve ser prestada pela equipe de saúde
desde o início da sua gestação, em que o primeiro contato com a gestante
e o profissional ocorre através do acolhimento, que deve acontecer a partir
de sua chegada à Unidade de Saúde, na qual o profissional deve manter
uma postura ética, centrada de escuta ativa voltada para o problema e/
ou queixa da paciente, assim esse processo deve ser realizado de forma
solidária para que ocorra o estabelecimento do vínculo de confiança e
conforto entre o profissional e o paciente (BRASIL, 2006).
A prática do acolhimento faz parte de uma política de humanização, instituída pelo Ministério da Saúde, em 2000, e está contemplada
dentro do Programa de Humanização do Parto e Nascimento (PHPN) que
consiste em um conjunto de normas e portarias com incentivos financeiros específicos que visa proporcionar um número mínimo de consultas no
período pré-natal e um atendimento de qualidade no momento do parto.
Associa formalmente o pré-natal o parto e puerpério, aumenta a inserção
das mulheres e proporciona atenção obstétrica integral, com ênfase para
a afirmação dos direitos da mulher incorporados como diretrizes institucionais (NAGAHAMA; SANTIAGO, 2008).
O PHPN tem como objetivo reduzir as taxas de mortalidade materna e peri-natal; garantir atenção ao pré-natal de qualidade; possibilitar
soluções às principais necessidades da população de gestantes através da
utilização de conhecimentos técnico-científicos e recursos adequados disponíveis para cada caso. Sua implantação pode ser considerada como um
divisor de águas, pois permitiu o diálogo requerido sobre a mudança de
condutas e de procedimentos adotados nos serviços, uma vez que o programa prioriza o parto vaginal, a não medicalização do parto e a redução
de intervenções cirúrgicas (GONÇALVES et al. 2008).
A humanização permite à mulher um acompanhamento de qualidade, através de um diálogo verdadeiro, sensibilização do profissional que
acompanha, faz com que a mulher se torne protagonista do parto. Considera-se a gestação um fenômeno fisiológico, em que sua evolução ocorre
na maioria dos casos sem intercorrências, cerca de 90% das gestações coRevista Interdisciplinar NOVAFAPI, Teresina. v.5, n.2, p.32-38, Abr-Mai-Jun. 2012.
meçam, evoluem e terminam sem complicações, consideradas como gestação de baixo risco. Outras já iniciam com problemas ou surgem ao longo
de seu percurso, esse grupo é chamado de alto risco e merece atendimento especializado em maternidade de referência (BUCHABQUI et al. 2006).
A gestação de baixo e de alto risco merecem acompanhamento
com profissional habilitado durante o pré-natal que garante um bom
desfecho de ambas e identifica precocemente quais pacientes têm mais
chances de apresentar uma evolução desfavorável, através de ações que
o programa estabelece, como captação precoce das gestantes, na qual a
primeira consulta deve acontecer até o quarto mês, com a realização de
no mínimo seis atendimentos (GONÇALVES et al.2008).
Portanto, o acompanhamento durante a gravidez permite um
parto seguro e livre de intercorrências. Em que é possível a realização do
parto normal, de forma natural, com recuperação imediata. Logo após o
nascimento a puérpera poderá levantar-se e atender seu filho, com menos complicações se comparadas com as pacientes submetidas ao parto
cirúrgico. A amamentação torna-se mais fácil, mais saudável e a infecção
hospitalar é menos freqüente no parto normal (QUEIROZ et al. 2005).
Ainda de acordo com o autor supracitado, a mulher submetida ao
parto Cesário, em vez de seu bebê nascer naturalmente, através de sua
passagem pelo canal do parto, o mesmo é retirado do útero através do
procedimento cirúrgico que necessita de anestesia, cortes e medicamentos, o que pode gerar maiores riscos de infecção hospitalar para a mãe e
o filho.
Dentro desse contexto, ressalta-se que o parto humanizado tem
sido estimulado pelo Ministério da Saúde desde o final da década de
1990, oferece suporte e o direito à gestante de escolher sobre a forma
como deseja parir, através da comunicação interpessoal entre a gestante
e o profissional, com orientações sobre o procedimento que será feito e a
assistência prestada. O parto humanizado objetiva a redução dos índices
de morbimortalidade materno-neonatal, baseados em procedimentos
simples que colaboram para a boa evolução do parto e nascimento (HOTIMSKI; SCHRAIBER, 2005).
Com a humanização do parto e nascimento é possível prestar uma
assistência integral e holística a gestante, centrado nos princípios da ética, universalidade, equidade e integralidade, garante maior segurança a
paciente e minimiza o medo, a angústia e as inseguranças atribuídas ao
processo parturitivo.
Humanizar o parto implica em respeitar a natureza biológica, social,
cultural e espiritual da mulher. A humanização da assistência proporciona
às mulheres e aos profissionais de saúde o desenvolvimento de relações
mais terapêuticas e benéficas que resgatam a autonomia e o poder de
decisão das mulheres no parto e oferece o suporte emocional necessário
à mulher e sua família, fortalece a formação dos laços afetivos, familiares
e o vínculo mãe-bebê.
Esse estudo se faz necessário devido à importância da subjetividade materna no processo do parir, que se configura como resgate verdadeiro do ser mulher, ser mãe, ser cidadã. Considerar os sentimentos que
permeiam o parto normal e valorizar a própria vida são aspectos importantes que norteiam a nova prática do profissional de saúde; dessa forma,
é importante prestar uma assistência qualificada baseada nos princípios
da humildade, solidariedade, integralidade.
A relevância desse estudo está pautada na possibilidade de ampliação das informações sobre o parto humanizado, proporcionar mais conhecimento tanto à população acadêmica quanto aos profissionais e a comunidade sobre o tema, a partir o vivido de mulheres no parto humanizado.
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Cunha, K. J. B.; Gomes, L. S. V.
Mediante os índices de morbimortalidade materna e neonatal o
Ministério da Saúde preconiza uma assistência segura ao parto, pautada
nas bases da humanização através de medidas de seguranças simples que
possam minimizar os efeitos para a mãe e para a criança. A partir dessa
problemática a pesquisa teve como objeto de estudo o vivido dessas mulheres no parto humanizado.
A partir do contexto exposto foram desenvolvidos os seguintes
questionamentos: Como foi a sua vivência no parto humanizado? Que
manifestações foram apresentadas pelas parturientes sobre a assistência
ao parto humanizado?
Nesse sentido, a proposta de desenvolvimento dessa pesquisa tem
como objetivos descrever o vivido de mulheres no parto humanizado e
discutir os sentimentos manifestados no parto humanizado.
2METODOLOGIA
Para o desenvolvimento da pesquisa, foi realizado um estudo do
tipo exploratório-descritivo, de abordagem qualitativa. O estudo foi realizado em uma maternidade de referência do município de Teresina-PI,
localizada na zona Sul da cidade, o qual disponibiliza serviços de alta complexidade na atenção obstétrica e neonatal.
A população estudada foram dez mulheres atendidas no CPN de
uma maternidade de referência no mês de setembro de 2010, com idade
entre 17 e 35 anos e que aceitaram colaborar com a pesquisa mediante a
assinatura de um termo de consentimento livre e esclarecido, precedido
de explicação verbal dos objetivos e metodologia do estudo antes da realização da coleta de dados, assim, oferecendo liberdade de participar ou
não da pesquisa, os quais foram garantidos sigilo sobre a sua identidade,
através da atribuição de pseudônimos.
Como instrumento de coleta de dados foi utilizado um formulário
de entrevista semiestruturada, no qual o investigador teve uma lista de
questões abertas e fechadas que serviram como um guia para a realização das entrevistas. Para a interpretação dos dados, foi utilizada a análise
temática de conteúdo.
O estudo obedeceu aos critérios contidos na Resolução 196/1996
do Conselho Nacional de Saúde, sobre pesquisa envolvendo seres humanos. A pesquisa só foi iniciada após a aprovação do Comitê de Ética da
Maternidade Dona Evangelina Rosa (MDER), com o protocolo nº 1335/10.
3
ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
As categorias emergiram a partir da leitura exaustiva dos depoimentos dos sujeitos no quais foram agrupadas de acordo com a semelhança das falas e foram nomeadas a partir de idéia central dos relatos
agrupados no qual surgiram quatro categorias que foram nomeadas da
seguinte forma: senso comum do parto normal; tecnologias de alívio da
dor no parto humanizado; parto normal X parto cesáreo; manifestação das
parturientes após o parto humanizado.
3.1 Senso comum do parto normal
O parto caracteriza-se como sendo um acontecimento anunciado
e esperado pela gestante e seus familiares, que apresentam significados
reconstituídos dinamicamente na cultura, marcado pelo início de uma
série de mudanças no status da mulher em mãe e redimensionando as
relações familiares (DESLANDES; DIAS, 2006).
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Nas entrevistas foi possível perceber o conhecimento das puérperas sobre o parto normal, as mesmas manifestaram informações recebidas
durante a assistência pré-natal, no meio em que circulam e através da veiculação do assunto na mídia. Sendo assim, pode-se perceber que a principal vantagem na escolha pelo parto normal é o conhecimento adquirido
pelas mesmas, evidenciado pelas falas abaixo:
[...] Eu entendo assim que é a melhor forma do nenêm nascer, porque
ele nasce com saúde, assim ele se recupera mais rápido e eu também.
Corre menos risco de acontecer alguma coisa, né? [...] (D.01)
[...] É muito melhor o parto normal, tanto pra mim como pra criança. A
recuperação é mais rápida, a pessoa fica mais independente [...] (D. 03).
[...] Ele é mais eficaz pra mim e para o bebê, porque ele é mais seguro, eu posso ir pra casa logo. Eu sempre quis o parto normal, mesmo
sabendo que na minha primeira gestação eu tive problema no parto,
mesmo sabendo que eu podia ter nesse outro, também optei pelo
parto normal [...] (D.08)
[...] Parto normal tem menos risco de infecção para mim como para o
bebê, a recuperação é mais rápida. É o jeito normal de nascer [...] (D.09)
Observou-se nas falas transcritas o conhecimento das depoentes
sobre a recuperação mais rápida e o menor risco de infecção relacionado ao parto normal, sendo este o principal motivo por que elas optam
por esse tipo de parto. Demonstraram saber que o parto normal traz mais
benefícios para ela e o bebê como a melhor forma do RN nascer, por ser
mais saudável.
Vale ressaltar que as depoentes referem que o parto normal proporciona menos risco para ela e para a criança, dessa forma ele traz uma
segurança maior no atendimento tanto materna como neonatal. Verifica-se a maior tranquilidade e segurança da mãe em relação a esse parto
como foi possível observar no relato da depoente 08, que mesmo tendo
passado por uma experiência anterior de um modelo tradicional ainda sim
optou pelo parto normal, que segundo ela é mais seguro e permite o seu
retorno mais rápido para casa.
Portanto, a forma como cada puérpera demonstra ter conhecimento sobre o parto normal, nos leva a elencar os principais motivos da escolha desse procedimento: a recuperação pós-parto mais rápida, o tempo
dispendioso de um parto cirúrgico e suas possíveis complicações (infecção, mais tempo no hospital).
3.2 Tecnologias de alívio da dor no parto humanizado
As últimas horas da gravidez, fisiologicamente, são caracterizadas
por dores provenientes das contrações uterinas necessárias para que ocorra a dilatação do colo do útero que favorece a saída do bebê pelo canal
vaginal. O corpo da mulher sofre transformações de forma rápida, ao contrário daquelas que ocorre gradualmente no decorrer da gestação (DIAS;
DESLANDES, 2006).
No que se refere às tecnologias de alívio da dor observou-se que
os procedimentos utilizados demonstram um aumento no conforto e diminuição da ansiedade e do medo existentes nesse período. Percebeu-se
que as referidas tecnologias proporcionam uma distração da dor, torna
esse momento mais agradável e relaxante, como expresso nas falas das
depoentes a seguir:
[...] o banho de água morna foi o que eu mais gostei porque aliviou
muito e com uma equipe que me ajudou, ficou sempre comigo... [...]
(D.2)
[...] Fizeram massagem, cavalinho, é como é que chama, fizeram massaRevista Interdisciplinar NOVAFAPI, Teresina. v.5, n.2, p.32-38, Abr-Mai-Jun. 2012.
O vivido de mulheres no parto humanizado
gem na minha barriga. Falando, animando a gente, me colocaram pra
caminhar [...] (D.05)
[...] Foi feito muita coisa comigo aqui. Me colocaram na bola, no cavalo,
na água morna, pra caminhar,a massagem [...] (D.06)
[...] Fizeram massagem nas minhas costas, fui pro cavalinho, pra bola,
tomei banho de água morna pra ajudar, fiz caminhada [...] (D.07).
[...] Fizeram as técnicas comigo, o cavalinho, a bola e o banho de água
quente, a caminhada e as massagens, super relaxantes [...] (D.10).
Cada ser humano reage de forma diferente ao estímulo da dor, e,
no caso das parturientes entrevistadas o que contribuiu para o alivio da
mesma foi a forma como foram abordadas, através da utilização de técnicas não-farmacológicas durante o período parturitivo no qual as mulheres
foram preparadas para viver esse momento de modo mais tranqüilo.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) enfatiza que métodos
não farmacológicos ou tecnologias de cuidado deveriam ser estimulados
para o alívio da dor. Além da troca de saberes sobre o processo de nascer,
algumas tecnologias do cuidado, ações terapêuticas ou alternativas não
farmacológicas receberam destaque. Utilizadas para facilitar este processo
e minimizar o estresse proveniente dos desconfortos e medos; surgiram
as técnicas de respiração e conscientização corporal, massagem relaxante, fortalecimento e relaxamento da musculatura do períneo, uso da bola
suíça, deambulação, mudanças de posição e banhos de chuveiro, além da
música (DARÓS, et al. 2010).
Ainda de acordo com o autor acima, a massagem auxilia na indução do relaxamento e alívio da dor. Caracteriza-se como uma forma de
dar apoio físico e demonstração de companheirismo, pois a realização de
toques ou massagens por um acompanhante são técnicas que auxiliam as
mulheres a suportar a dor. No momento da realização da massagem, impulsos nervosos são gerados em determinadas regiões do corpo que vão
concorrer com as mensagens de dor enviadas ao cérebro, minimizando
estas sensações.
Verifica-se que o banho de água morna é a medida mais relatada
pelas depoentes. Segundo Sescato, Souza e Wall (2008) ele reduz o tempo
do trabalho de parto e a água age no portal da dor, diminui a sensação da
mesma, provoca relaxamento, sendo complementada com a técnica do
cavalinho e a deambulação que são consideradas uma alternativa não-farmacológica e um estimulante para o progresso do trabalho de parto,
minimizando assim o sofrimento das parturientes.
A água aquecida libera a tensão dos músculos. O banho de água
morna promove o conforto e o relaxamento durante o trabalho de parto.
“O alívio do desconforto e o relaxamento geral do corpo produzido pela
dor reduzem a ansiedade da mulher e diminui a produção de adrenalina.
Isso desencadeia um aumento nos níveis de ocitocina responsáveis pelo
estímulo do parto e de endorfina que reduz a percepção da dor. Não há
limite para o tempo de permanência no banho (DARÓS, et al. 2010).
Outras tecnologias relatadas pelas depoentes foram a bola, o cavalinho e a deambulação. Segundo Mamede, Mamede e Dotto (2007) a
deambulação contribui para a diminuição do trabalho de parto, pois melhora a contratilidade uterina, reduz o uso de ocitocina e de analgesia bem
com menor freqüência de parto vaginal instrumental como fórceps, vácuo
extrator, episiotomia entre outros. A posição assumida durante o trabalho
de parto também é incentivada junto à deambulação, pois proporciona
vantagens para a mãe e o filho.
O uso da bola suíça durante o trabalho de parto ajuda a gestante
a ter maior conforto e na possibilidade de permanecer em posições favoRevista Interdisciplinar NOVAFAPI, Teresina. v.5, n.2, p.32-38, Abr-Mai-Jun. 2012.
ráveis durante o processo de nascimento. O seu uso incentiva a mulher a
movimentar-se, pois promove um alongamento pela movimentação da
coluna em todos os planos, a permanecer na posição verticalizada, diminui a sobrecarga do corpo aliviando a dor e a fadiga, além de ser uma
forma de distração para a parturiente durante o nascimento (SILVA, 2010).
Uma tentativa de melhorar a adesão das mulheres aos métodos
do alívio da dor seria a informação fornecida desde o início da gestação,
sendo estendidas tais informações ao companheiro e à família, além de
ser necessário que a parturiente receba as informações sobre o trabalho
de parto e o parto, pois no momento da internação as orientações dos
profissionais de saúde devem ser recebidas como reforço e não como uma
nova informação.
3.3 Parto Normal X Parto Cesário
Durante o trabalho de parto e no momento do parto, algumas mulheres estão expostas as rotinas hospitalares rígidas de forma silenciosa e
submissa, passam a vivenciar esse momento sem harmonia. Diante disso,
faz-se necessário o contato humano, informação, competência técnica
e segurança, isso possibilita que todos os profissionais da área da saúde
reflitam sobre a experiência do parto, ao executar as ações (MERIGHI; CARVALHO; SULETRONI, 2007).
Tendo em vista os achados com grande número de morbimortalidade materna entre as mulheres submetidas à cesárea é que se descarta uma
possível relação de benefícios para a mãe e o recém-nascido nesse tipo de
parto (OLIVEIRA, et al. 2002). Como pode ser visto nos relatos abaixo:
[...] O parto normal é mais rápido pra pessoa se recuperar, né?, num
fica dependendo da outra pessoa, a pessoa mesmo pode cuidar do
nenêm, pegar pra dar de mamar. Cesário não tinha isso, né? Eu ia ficar
era deitada ali [...] (D.5)
[...] O parto normal é melhor que o cesário, só é ruim a dor, porque é
demais... É melhor que o cesáreo porque eu posso levantar sozinha,
posso pegar a neném, colocar ela pra mamar. Se fosse Cesário eu não
podia nem ir pra casa agora [...] (D.06)
[...] Normal é bom porque a recuperação é mais rápida, não precisa de
ninguém pra cuidar do meu filho, eu mesmo cuido e já o parto cesariano é um pouquinho mais complicado, fica dependendo das pessoas e
esposo. Eu prefiro mesmo normal [...] (D.07).
[...] O bom do parto normal, é que depois de ter o nenêm a dor só
é naquele momento. Depois já pode levantar, tomar banho, pegar o
nenêm. Se fosse Cesário o risco de infecção é maior, sem contar o risco
que corre, né? [...] (D.10).
Nos depoimentos relatados, as mulheres avaliam os riscos, benefícios e estabelecem suas próprias escolhas. A decisão pelo parto normal
é motivada pelo anseio e desejo de uma recuperação mais rápida, pelo
medo de sofrerem intercorrências durante a cesariana e pelo risco de infecção tanto para a mãe quanto para o bebê, que elas associam ao parto
cesariano.
As puérperas consideram o parto normal como vantajoso diante
da cesariana devido à recuperação mais rápida no pós-parto e a facilidade
que elas têm de voltar às suas atividades diárias, assim como o contato e
a independência no cuidado com o filho. Sendo que é mais fácil a prática
do ato de amamentar para uma paciente de parto normal, pois ela apresenta menos dificuldades, tendo em vista que o primeiro dia do pós-parto
vincula-se a um certo nível de incômodo para a mãe. Segundo os relatos,
esse incômodo aumenta consideravelmente na cesariana, pois ela vai sofrer os infortúnios de um procedimento cirúrgico.
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Cunha, K. J. B.; Gomes, L. S. V.
Outro depoimento marcante dessa categoria foi expresso pela depoente 10, que ressalta a grande probabilidade de risco de infecção da
cirurgia, do sitio operatório, da sondagem e do procedimento em si. É importante destacar que tais riscos têm ligação direta com o parto cirúrgico
e conseqüente óbito, assim como a preocupação da referida depoente
sobre os riscos voltados para a criança.
Nos depoimentos acima as mulheres relatam os benefícios de uma
recuperação mais rápida, fato de não depender de terceiros e de poder
voltar o mais rápido possível para suas atividades habituais. As depoentes
têm conhecimento que o parto normal gera dor, mas só naquele momento e mesmo assim preferem esse tipo de assistência manifestado pelo desejo de voltar para casa, recuperar sua autonomia e mais rápido. Também
demonstram conhecimento sobre o risco de infecção que podem vir a
ocorrer no parto operatório.
Queirozet al. (2005) diz que logo após o nascimento a puérpera
poderá levantar-se e atender seu filho, com menos complicações se comparadas com as pacientes submetidas ao parto cirúrgico. A amamentação
torna-se mais fácil, mais saudável e a infecção hospitalar é menos freqüente no parto normal.
3.4 Manifestações das parturientes após o parto humanizado
Na humanização da assistência ao parto é de extrema importância
que a atuação do profissional de saúde respeite os aspectos fisiológicos da
mulher, que o mesmo não venha a interferir desnecessariamente durante
o trabalho de parto, reconhecer os aspectos sociais e culturais desse processo, e proporcionar suporte emocional à mulher e sua família, possibilita a formação de laços afetivos entre os familiares e o vínculo mãe-bebê
(DAVIM et al., 2008).
De acordo com o autor supracitado durante todo esse processo a
mulher deve ter autonomia, deve-se respeitar a elaboração de um plano
de parto individualizado desenvolvido e assistido por profissionais especializados na área; assim como a presença de um acompanhante da sua
escolha; as parturientes devem ser devidamente informadas sobre todos
os procedimentos que serão realizados durante esse momento, além da
garantia dos direitos de cidadania respeitados.
Os depoimentos das mulheres mostraram que o atendimento realizado durante o parto humanizado constitui-se em uma experiência ímpar,
gratificante e com bastante segurança, destacados nas falas a seguir:
[...] Maravilhoso, eu não esperava que fosse assim. Eu não conhecia
o atendimento. Adorei toda a equipe. Muito diferente do meu outro
parto. Foi perfeito [...] (D.02).
[...] Foi ótimo, fui bem acolhida por você e ela, né?. Bem reconhecida.
Falando, animando a gente, me colocaram pra caminhar. Meu marido
também assistiu o parto, ele cortou o cordão. Ele tando lá com a gente
dá mais segurança pra gente, a gente fica mais assim segura. Eu me
senti mais segura [...] (D.05)
[...] Foi legal, tiveram muita paciência, e eu gostei. Gostei bastante do
atendimento deles, assim, me senti mais segura... Eu me senti bem
mais segura. E o atendimento da Enfermeira foi de grande importância, ela me deixou calma, me passou bastante segurança [...] (D.08).
[...] Ela teve a paciência, compreensão, conversou muito comigo, a experiência dela, tanto a dela como a minha, o conhecimento dela era
tão grande que eu pensava que era uma médica, e ela me disse que
era uma Enfermeira. Foi tudo ótimo [...] (D.09).
As depoentes relatam satisfação, demonstrada pela segurança
diante da dedicação e cuidado exercido pelos profissionais de saúde e
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com a surpresa evidenciada pelo desconhecimento desse tipo de abordagem, quando comparado com o modelo tradicional, fazem distinção
entre o método medicalizado e o humanizado.
Ficou explícito nos depoimentos, que as mulheres reconheceram e
entenderam o significado de parto humanizado. Em suas falas demonstraram a satisfação com esse tipo de atendimento, a segurança e a atenção
que tiveram da equipe nesse momento, sendo bem atendidas e encorajadas por todos.
Segundo Carraro et al. (2006) cuidar é olhar, enxergar; ouvir, escutar;
observar, perceber; sentir, empatizar com o outro, estar disponível para fazer com ou para o outro. Partindo desse pressuposto, é que se diz que a assistência humanizada é caracterizada pelo acolhimento que surge a partir
do vínculo criado pelos profissionais com as parturientes. É uma condição
sinequanon de essa abordagem assistir a mulher como sujeito portador
e criador de direitos, sendo recebida nesse momento com respeito, proteção e subsidiada com todo suporte necessário para que proporcione
conforto e segurança.
Nos relatos, foi possível observar que o conjunto de práticas realizadas no parto são úteis; no entanto, devem sofrer um processo sistemático
de encorajamento para que se tenha de fato uma humanização do nascimento, a partir da revisão da forma de organização da prática obstétrica,
para que esse novo modelo proporcione à mulher aspectos extremamente importantes na vivência, assim como a satisfação dos seus desejos, advindo da calma, tranqüilidade, segurança, alegria e confiança.
Outro aspecto mencionado pela parturiente que proporcionou segurança e conforto foi à presença do acompanhante que contribuiu com
o trabalho do profissional de saúde, conforme mostrado no depoimento
05. Segundo Davim et al. (2008) do ponto de vista fisiológico, o acompanhante estimula o sentimento de proteção, conforto, segurança diminuindo o seu estado de alerta e ansiedade diante do desconhecido, torna o
momento mais sereno, prazeroso, aumenta a confiança em si mesma e
proporciona uma resposta mais positiva ao nascimento.
Para Bruggemann, Osis e Parpinelli, (2007) o membro da família
escolhido pela futura mãe garante o bem-estar da mesma durante o nascimento e em todo o período puerperal. O respeito à escolha da mulher
sobre seus acompanhantes foi classificado como uma prática comprovadamente útil e que deve ser incentivada, com base nas evidências científicas sobre o apoio durante o nascimento.
Observou-se que a presença do acompanhante contribuiu para a
melhoria do bem-estar da mãe. A presença do mesmo aumenta a satisfação da mulher e faz com que esta tenha uma melhor adesão as práticas
realizadas durante o parto humanizado, faz com que ela fique mais tranqüila e menos ansiosa, diminui o medo e a dor, o que torna esse momento
uma experiência única e maravilhosa na vida da mulher, na qual a mesma
possa vivenciar todo esse processo de forma positiva.
Durante o trabalho de parto e parto a presença de um acompanhante se diferencia de acordo com o contexto social, a política de saúde do país
e sua legislação, principalmente de acordo com a filosofia da maternidade.
Dessa forma, em alguns locais, essa presença é estimulada e permitida, em
outros não é permitida ou existem restrições. Não só o fato de o acompanhante ser escolhido pela parturiente representa sinônimo de suporte,
porém pode ser dado, ao mesmo, condições e apoio para realizar essa atividade. Sendo esse suporte oferecido através de conselhos e medidas de
conforto físico e emocional (BRUGGEMANN; PARPINELLI; OSIS; 2005).
Ainda como parte da assistência de qualidade, destacado pelas mulheres, alguns dos seus depoimentos mostram a importância de
Revista Interdisciplinar NOVAFAPI, Teresina. v.5, n.2, p.32-38, Abr-Mai-Jun. 2012.
O vivido de mulheres no parto humanizado
confiar no profissional de saúde, destacados nos depoimentos 08 e 09.
Observou-se que nos depoimentos as parturientes surpreenderam-se
quando tomaram conhecimento que o profissional que estava prestando
assistência a ela era uma enfermeira obstetra já que elas associavam esse
tipo de assistência prestada, à medicina.
A Enfermeira Obstétrica caracteriza-se como um dos profissionais
mais adequados para acompanhar a gestação e assistir partos normais de
baixo risco, proporciona mais segurança para a mãe e o bebê, profissionais
capacitados a executar procedimentos necessários e assim evitar complicações (CASTRO; CLAPIS, 2005).
Diante do cuidado no trabalho de parto, o parto humanizado é,
acima de tudo, o reconhecimento da autonomia da mulher, enquanto ser
humano, e da óbvia necessidade de tratar este momento com práticas
que, de fato, tenham evidências e permitam aumentar a segurança e o
bem-estar da mulher e do recém-nascido, respeitar, sobretudo as suas escolhas (SERRUYA, 2003).
Através dos sentimentos manifestados pelas falas das puérperas
pode-se observar que elas se sentem bem em virtude da presença e da
atenção que receberam da equipe e do acompanhante, além da alegria,
segurança, cuidado e conforto que os profissionais proporcionaram nesse
momento, elas sentiram-se calma diante do acolhimento prestado e da
presença de um acompanhante naquele momento, o que permitiu que
elas tivessem um trabalho de parto com bom desfecho.
Mediante os depoimentos verificou-se que para elas, viver positivamente um momento tão especial e de grande importância é preciso ter
confiança no profissional de saúde, associado à presença e a participação do
acompanhante, enfim, ser tratada de forma digna, respeitosa e atenciosa.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
O parto humanizado deve ser valorizado por proporcionar poder
de escolha a partir de um vínculo mais solidário entre os profissionais
e a parturiente, promove uma evolução efetiva para o bom trabalho
de parto, para a saúde das mulheres e crianças. Com isso, o respeito ao
direito da mulher, privacidade, segurança e conforto, como partem de
uma assistência humana de qualidade e apoio familiar durante o nascimento transformam o processo de parturição em um momento único
e especial.
Através dos achados teóricos do presente estudo, que analisou o
vivido de mulheres no parto humanizado, evidenciou-se que o parto humanizado não é apenas mais uma técnica para ajudar a mulher a dar à
luz, mas um conceito segundo o qual a gestante tem o direito de escolha
sobre como quer ter o bebê. É uma nova forma de encarar o nascimento,
que deixa de ser um procedimento essencialmente médico, para ter a parturiente como protagonista.
Com a realização dessa pesquisa acredita-se que os resultados
obtidos possam subsidiar os profissionais de saúde que trabalham com
gestantes, para a importância de um planejamento durante a assistência
prestada desde a atenção básica até o pós-parto, com o objetivo de promover saúde materna e neonatal, segurança e independência.
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