PROGRAMA E RESUMOS
PATROCÍNIOS:
APOIOS:
COLABORAÇÃO:
http://simposio.spf.scap.pt/
Sociedade de Ciências Agrárias de Portugal
e
Sociedade Portuguesa de Fitopatologia
1º Simpósio SCAP “NOVOS DESAFIOS NA PROTEÇÃO DAS PLANTAS” e 7º Congresso da SPF
Oeiras, 20 e 21 de novembro de 2014
Comissão Científica
Comissão Organizadora
Albino Bento – ESAB/IP Bragança
Ana Mª Nazaré Pereira – UTAD
Ana Monteiro – ISA/ULisboa
António Mexia – ISA/ULisboa
Edmundo de Sousa – INIAV
Gustavo Nolasco – UAlgarve
Helena Bragança – INIAV
Helena Oliveira – ISA/ULisboa
Isabel Luci Conceição – UCoimbra
Laura Torres – UTAD
Mª do Céu Silva – CIFC/IICT
Mª Ivone Clara – UÉvora
Mª José Cerejeira – ISA/ULisboa
Mª José Cunha – ESAC/IP Coimbra
Manuel Mota – UÉvora
Manuela Branco – ISA/ULisboa
Ana Paula Ramos – ISA/ULisboa e SCAP
Dina Ribeiro – ICNF
Helena Oliveira – ISA/ULisboa e SPF
Jorge de Castro – SCAP
Mª de Lurdes Inácio – INIAV e SPF
Miriam Cavaco – DGAV
Paulo Cruz – ANIPLA
Pedro Talhinhas – CIFC/IICT e SPF
Programa
20 de novembro de 2014
8h30
9h30
Registo e Receção dos participantes
Sessão 1 – Abertura
Manuel Soares, Presidente da Sociedade de Ciências Agrárias de Portugal
Helena Oliveira, Presidente da Sociedade Portuguesa de Fitopatologia
Nuno Canada, Presidente do Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, I.P.
Representante do Ministério da Agricultura e do Mar
10h00 Conferência convidada - Os vírus de plantas: patogénicos, benéficos, e suas aplicações
M. Ivone Clara.
10h30 Pausa para café
10h50 Homenagem Póstuma ao Professor Catedrático Pedro Amaro
António Mexia.
11h00 Sessão 2 - Uso sustentável de pesticidas e proteção de ecossistemas
Moderadores: António Mexia e Miriam Cavaco
11h00 Implicações da aplicação do Plano de Ação Nacional (PAN) para o uso sustentável dos
produtos fitofarmacêuticos na prática da Proteção Integrada. (S02.01)
Cristina Carlos, Rosa Amador, Laura Torres.
11h10 Produtos fitofarmacêuticos, desenvolvimento e investigação na Europa e em Portugal.
(S02.02)
Mónica Teixeira.
11h20 Novos contributos na avaliação do risco ecológico de pesticidas na interface solo-água.
(S02.03)
Sara Leitão, Maria José Cerejeira, José Paulo Sousa.
11h30 Avaliação preditiva do risco aquático de misturas de pesticidas nas bacias hidrográficas do
Mondego, Sado e Tejo. (S02.04)
Emília Silva, Maria José Cerejeira.
11h40 Conservação de insetos polinizadores de pereira ‘Rocha’ na região Oeste. (S02.05)
Catarina Reis, Elisabete Figueiredo, António Mexia, José Carlos Franco.
11h50 Monitorização da biodiversidade de solos de vinhas com e sem enrelvamento. (S02.06)
Cátia Nunes, Branca Teixeira, Cristina Carlos, Fátima Gonçalves, Mónica Martins,
António Crespí, Susana Sousa, Laura Torres, Cristina Amaro da Costa.
12h00 Discussão
12h40 Almoço
14h00 Sessão 3 - Pragas, doenças e infestantes emergentes
Moderadores: Isabel Abrantes e Helena Oliveira
14h00 Primeiro registo da cigarrinha verde Asymmetrasca decedens em Portugal continental.
(S03.01)
José P. Coutinho, Carlos Amado, Anabela Barateiro, José A. Quartau, Maria T. Rebelo.
14h10 Mirídeos (Hemiptera: Miridae) em culturas protegidas: praga ou auxiliar? (S03.02)
Elisabete Figueiredo, Joana Martins, António Mexia.
14h20 Identificação e caracterização de Pseudomonas syringae pv. actinidiae (Psa) na Região do
Entre Douro e Minho. (S03.03)
Luísa Moura, Eva Garcia, Olga Aguín, Aitana Ares, Adela Abelleira, Pedro Mansilla.
1
Programa
14h30 Pseudomonas syringae pv. actinidiae em Portugal – Importância da doença e
caracterização do seu agente causal. (S03.04)
Leonor Cruz, Joana Cruz, Camila Fernandes, Gisela Chicau, Rogério Tenreiro.
14h40 Discussão
15h15 Sessão 4 - Deteção, diagnóstico e monitorização de inimigos das culturas
Moderadores: Clara Serra e Dina Ribeiro
15h15 Monitorização da condição fitossanitária do castanheiro por fotografia aérea obtida com
aeronave não tripulada. (S04.01)
Luis M. Martins, João P. Castro, Ricardo Bento, Joaquim J. Sousa.
15h25 Contribuição para o combate a Tuta absoluta em tomate de indústria. (S04.02)
Maria do Céu Godinho, Elsa Valério, Sílvia Azevedo, Ana Paula Nunes, Elisabete Figueiredo.
15h35 Xylella fastidiosa – um novo cavalo de Troia: metodologias de diagnóstico e
contramedidas. (S04.03)
Paula Sá Pereira.
15h45 Discussão
16h15 Pausa para café + painéis
17h00 Sessão 5 - Conferência patrocinada - grupo PORTUCEL SOPORCEL. Os insetos que atacam
eucaliptos: quais são, que importância têm e como podem ser controlados?
Carlos Valente, Catarina Gonçalves.
19h30 Jantar e entrega de prémios
- Prémio Branquinho de Oliveira 2014 (SPF)
- Prémio grupo Portucel Soporcel “Prémio para a melhor comunicação oral ou painel na
área da proteção contra pragas, doenças e infestantes na floresta”
- Menção honrosa “Melhor comunicação em painel”
21 de novembro de 2014
9h00
Sessão 6 - Interações agente patogénico-hospedeiro
Moderadores: Edmundo de Sousa e Maria José Cunha
9h00
A doença do nemátode da madeira do pinheiro, em Portugal e na Europa: reflexões e
perspetivas futuras. (S06.01)
Manuel Mota.
9h10
Compreensão dos mecanismos de resistência da videira ao míldio por uma abordagem de
biologia de sistemas. (S06.02)
Andreia Figueiredo, Filipa Monteiro, Joana Martins,
Mónica Sebastiana, Ana Varela Coelho, Maria Salomé Pais.
2
Programa
9h20
Abordagem interdisciplinar para a caracterização da resistência do cafeeiro a
Colletotrichum kahawae. (S06.03)
Maria do Céu Silva, Inês Diniz, Andreia Figueiredo, Andreia Loureiro, Joana Fino,
Dora Batista, João Bicho, Luísa M. Ferreira, Ana M. Lourenço, Leonor Guerra-Guimarães,
Helena Azinheira, Ana Paula Pereira, Pedro Talhinhas, Helena Oliveira, Octávio S. Paulo,
Pilar Moncada, Maria Salomé Pais, Elijah K. Gichuru, Vitor Várzea.
9h30
Estudo da variabilidade citogenómica entre isolados do agente causal da antracnose dos
frutos verdes do cafeeiro, Colletotrichum kahawae. (S06.04)
Ana Sofia Pires, Helena Gil Azinheira, Sílvia Tavares, Vítor Várzea,
Maria do Céu Silva, João Loureiro, Rita Abranches, Pedro Talhinhas.
9h40
Contribuição da transcritómica e citogenómica para o estudo dos mecanismos de
patogenicidade de Hemileia vastatrix (ferrugem alaranjada do cafeeiro). (S06.05)
Helena Gil Azinheira, Sílvia Tavares, Andreia Loureiro, Ana Sofia Pires, Cláudia Andrade,
Cláudia Bispo, Ana Paula Pereira, Rui Gardner, João Loureiro, Rita Abranches,
Sébastien Duplessis, Vítor Várzea, Diana Fernandez, Maria do Céu Silva, Pedro Talhinhas.
9h50
As ferrugens (Pucciniales) apresentam dos maiores genomas dos fungos. (S06.06)
Sílvia Tavares, Ana Paula Ramos, Ana Sofia Pires, Helena Gil Azinheira,
Patrícia Caldeirinha, Tobias Link, Ralf T. Voegele, Rita Abranches,
Maria do Céu Silva, João Loureiro, Pedro Talhinhas.
10h00 Discussão
10h40 Pausa para café + painéis
11h30 Sessão 7 - Novas estratégias de proteção contra pragas, doenças e infestantes (1ª parte)
Moderadores: Maria do Céu Silva e Pedro Talhinhas
11h30 Estudo sobre a localização e dispersão do inóculo primário do oídio da videira e a eficácia
dos primeiros tratamentos. (S07.01)
Carmo Val, V. Silva, A. Rosa, José Manso, Isabel Cortez.
11h40 Caraterização e identificação de micoviroses no controlo biológico do Cancro do
Castanheiro. (S07.02)
Eric Pereira, Eugénia Gouveia, Daniel Rigling.
11h50 Utilização de eugenol e pulegona na proteção de milho armazenado. (S07.03)
Ana Magro, Graça Barros, O. Matos, M. Bastos, M. Carolino, António Mexia.
12h00 Avaliação da eficácia de óleos essenciais no combate a Sitophilus zeamais Motsch. em
milho armazenado. (S07.04)
Graça Barros, Ana Magro, M. Bastos, António Barbosa, António Mexia.
12h10 Discussão
12h30 Almoço
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Programa
14h00 Sessão 7 - Novas estratégias de proteção contra pragas, doenças e infestantes (2ª parte)
Moderadores: Helena Bragança e Ana Paula Ramos
14h00 Prospeção de fungos gênero Hohenbuehelia com potencial uso no biocontrole de
fitonematóides de importância na Região Oeste do Paraná-Brasil. (S07.05)
Danielle Dutra Martinha, Cleonice Lubian, Roberto Luis Portz, Vagner Gularte Cortez.
14h10 Sobre a ocorrência de fungos entomopatogénicos e de leveduras hipoteticamente
residentes no intestino da cochonilha-algodão-da-vinha, Planococcus ficus (Signoret)
(Hemiptera: Pseudoccidae). (S07.06)
Lav Sharma, Laura Torres, Fátima Gonçalves, Susana Sousa, Guilhermina Marques.
14h20 Voláteis de plantas no controlo do nemátode do pinheiro em Portugal. (S07.07)
Pedro Barbosa, Ana M. Rodrigues, Jorge M.S. Faria, Marta D. Mendes, Ana S. Lima,
Luís S. Dias, Paulo Vieira, M.T. Tinoco, Richard N. Bennett, Luis G. Pedro,
José G. Barroso, Ana Cristina Figueiredo, Manuel Mota.
14h30 O melhoramento como estratégia para a proteção de castanheiro a stresses bióticos.
(S07.08)
Rita Costa, Carmen Santos, Helena Machado, Isabel Correia, J. Gomes-Laranjo, Filomena
Gomes, Mónica Sebastiana, Maria Salomé Pais, Susana Serrazina, C. Dana Nelson.
14h40 Discussão
15h00 Painéis
15h30 Sessão 7 - Novas estratégias de proteção contra pragas, doenças e infestantes (3ª parte)
Moderadores: Manuela Branco e Paulo Cruz
15h30 A confusão sexual da traça-da-uva na Região Demarcada do Douro com recurso a
difusores Isonet-LTT. (S07.09)
Cristina Carlos, Fátima Gonçalves, Maria do Carmo Val, Susana Sousa, Márcio Nobrega,
José Manso, Rui Soares, Álvaro Martinho, Sérgio Soares, Laura Torres.
15h40 Implementação da confusão sexual, no combate à traça-do-limoeiro, em pomares da
região de Mafra. (S07.10)
Vera Zina, Nuno Farracho, Elsa Borges da Silva, Elisabete Figueiredo,
Rui Marçal, Rosário Antunes, José Carlos Franco.
15h50 Ecologia química da relação parasitóide-hospedeiro e possibilidades de aplicação de
semioquímicos em luta biológica: o caso do parasitóide de cochonilhas-algodão Anagyrus
sp. prox. pseudococci (Girault). (S07.11)
José Carlos Franco, Elsa Borges da Silva, Vera Zina, Davide Duarte, Manuela Branco,
Agatino Russo, Anat Levi-Zada, Pompeo Suma, Zvi Mendel.
16h00 Discussão
16h30 Sessão 8 - Conclusões e Encerramento
Manuel Soares, Presidente da Sociedade de Ciências Agrárias de Portugal
Helena Oliveira, Presidente da Sociedade Portuguesa de Fitopatologia
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Comunicações em painel
Sessão 2 - Uso Sustentável de Pesticidas e Proteção de Ecossistemas
P02.01 Linking exposure and effects of imidacloprid on aquatic communities of Portuguese
Mediterranean rice paddies.
Ana Pereira, Joana Guerreiro, Maria José Cerejeira.
P02.02 Modelling imidacloprid fate in rice paddies – Higher-tier approach using RICEWQ model.
Ana Pereira, Mariana Rodrigues, Maria José Cerejeira.
Sessão 3 - Pragas, doenças e infestantes emergentes
P03.01 Desenvolvimento, longevidade e fecundidade de Epitrix similaris, uma praga da batateira.
Márcia Santos, Conceição Boavida.
P03.02 Deteção de vírus em estufas de plantas ornamentais incluindo vírus detetados pela
primeira vez em Portugal.
Angela Silva, Margarida Teixeira Santos.
P03.03 Afídeos associados à vinha, na região de Palmela: estudo de uma praga emergente.
Rui Filipe Pinto, Ana Teresa Cavaco, José Carlos Franco.
P03.04 Infestações crescentes de erva-bonita (Epilobium sp.) em olivais do Alentejo.
Isabel M. Calha, João Portugal.
P03.05 Os ácaros tarsonemídeos em morangueiro.
Maria dos Anjos Ferreira.
P03.06 Novo insecto galícola descoberto em plantações de Eucalyptus globulus, na Península
Ibérica.
André Garcia, Sónia Matos, Manuela Branco.
P03.07 Morphological and genetic diversity of Biscogniauxia mediterranea associated to cork oak
in the Mediterranean Basin.
Joana Henriques, Filomena Nóbrega, Edmundo Sousa, Arlindo Lima.
P03.08 O efeito do tipo de poda e de fertilização orgânica na incidência de cochonilhas em vinha.
Elsa Borges da Silva, Marta Maia, Patrícia Lopes, Amândio Cruz,
Manuel Botelho, José Carlos Franco, António Mexia.
P03.09 Characterization of Phyllosticta ampelicida isolates of grapevine.
Filipa Canaveira, Pedro Reis, Teresa Nascimento, Cecília Rego.
P03.10 Fungal diseases detected on blueberries in Portugal.
Eugénio Diogo, Gisela Chicau.
P03.11 Sobrevivência de enxertos-prontos de videira na presença de vírus: resultados
preliminares.
Margarida Teixeira Santos, João Brazão, Filomena Fonseca, José Eduardo Eiras-Dias.
P03.12 New disease linked with trunk and stem canker of Eucalyptus in Portugal.
Márcia R. C. Silva, Eugénio Diogo, Helena Bragança, Helena Machado, Alan J. L. Phillips.
P03.13 Eucalyptus Leaf Disease Complex in Portugal and its recent taxonomy.
Márcia R. C. Silva, Helena Machado, Alan J. L. Phillips.
P03.14 Micobiota associada a adultos do escaravelho das palmeiras (Rhynchophorus ferrugineus)
recolhidos am armadilhas com feromona de agregação no concelho de Cascais.
Ana Paula Ramos, Marta Rocha, Sara Belchior, Rui Peixoto,
Maria Filomena Caetano, Arlindo Lima.
P03.15 Produção de anticorpos policlonais para a deteção de Ilyonectria liriodendri.
Fernando Cardoso, Teresa Nascimento, Jorge Figueiredo, Daniela Carvalho, Helena Oliveira.
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Comunicações em painel
Sessão 4 - Deteção, diagnóstico e monitorização de inimigos das culturas
P04.01 Inventário e monitorização da condição da Floresta Urbana recorrendo a Smartphones.
Luis M. Martins, Marco Magalhães, Pedro Ferreira, Aderbal Silva, Pedro M. Silva.
P04.02 Diversity of Grapevine virus A (GVA) variants in Portuguese grapevine cultivars: improving
molecular detection.
Filomena Fonseca, Inês Silva, Filipa Esteves, Margarida Teixeira Santos,
João Brazão, Eduardo Eiras-Dias.
P04.03 Phylogenetic analysis and typification of Grapevine leafroll-associated virus 2 capsid
protein gene variants from Portuguese isolates.
Filomena Fonseca, Filipa Esteves, Margarida Teixeira Santos, José Eduardo Eiras-Dias.
P04.04 Método de deteção de Pseudomonas syringae pv. actinidiae (Psa) em ramos
assintomáticos de actinídea.
Adela Abelleira, Aitana Ares, Olga Aguin, Pedro Mansilla.
P04.05 Oídio da videira: germinação de conídios de Erysiphe necator a diferentes temperaturas.
Carla Sousa, Maria Isabel Cortez.
P04.06 Dinâmica da vegetação espontânea de outono-inverno no Baixo Alentejo.
Sofia Ramôa, Pedro Oliveira e Silva, Teresa Vasconcelos, João Portugal.
P04.07 Cochonilhas-algodão associadas ao cafeeiro em estufa.
Adilma Andrade, Elsa Borges da Silva, Ana Paula Pereira, José Carlos Franco.
P04.08 A presença de Pezothrips kellyanus (Bagnall) (Thysanoptera: Thripidae) em pomares de
limoeiro, na região de Mafra.
Frederico Preza, Célia Mateus, Elisabete Figueiredo.
P04.09 Selected protein biomarkers of Coffea arabica resistance to Hemileia vastatrix:
development of an ELISA assay kit.
Fernando Cardoso, Rita Tenente, Jorge Figueiredo, Cláudio Pinheiro, Mafalda Pinto, Inês Chaves,
Carla Pinheiro, Maria do Céu Silva, Jenny Renaut, Danielle R. Barros, Ana Paula Pereira,
Andreia Loureiro, Vitor M. Várzea, Cândido P. Ricardo, Leonor Guerra-Guimarães.
P04.10 Molecular identification of a new Olive latent virus 1 isolate from Olea europaea L.
Helena I. D. Gaspar, Carla M. R. Varanda, M. Ivone E. Clara, M. Rosário Félix.
P04.11 Stand factors related to sensory defects of cork planks.
Sandra Veloso, Ana Magro, Luis Bonifácio, Eugénio Diogo,
Ana Paula Ramos, José Pedro Fernandes, Helena Bragança.
P04.12 Atrativo inovador para monitorização de pragas.
Ricardo Petersen-Silva, José Silva, Luís Bonifácio, Ricardo Eira, Carlos Frescata.
P04.13 INIAV plant health diagnostic services - Phytobacteriology Laboratory.
Leonor Cruz, Paula Sá-Pereira, Isaura Velez, Clara Fernandes, Eugénia Andrade.
P04.14 INIAV plant health diagnostic services- - Nematology lab.
Maria Lurdes Inácio, Ana Margarida Fontes, Filomena Nóbrega,
Eugénia Andrade, Clara Fernandes, Manuel Mota.
P04.15 INIAV Plant health diagnostic services - Mycology lab.
Helena Bragança, Eugénio Diogo, Ana Cristina Moreira, Helena Machado,
Eugénia Andrade, Clara Fernandes, Filomena Nóbrega, Joana Henriques.
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Comunicações em painel
P04.16 INIAV Plant health diagnostic services - Plant Virology Lab.
Margarida Teixeira Santos, Maria do Céu Mimoso, Esmeraldina Sousa.
P04.17 O Laboratório de Patologia Vegetal Veríssimo de Almeida: uma Unidade de Apoio
Tecnológico do Instituto Superior de Agronomia.
Filomena Caetano, Marta Rocha, Sara Belchior, Arlindo Lima, Ana Paula Ramos.
Sessão 6 - Interações agente patogénico-hospedeiro
P06.01 An integrative approach on Pine Wilt Disease.
Margarida Espada, Cláudia Vicente, Francisco Nascimento, Manuel Mota.
P06.02 Differential gene expression profiling of grapevine cultivar Touriga Nacional infected with
Grapevine leafroll-associated virus 3 (GLRaV-3) or Grapevine fanleaf virus (GFLV).
Filomena Fonseca, Filipa Esteves, Margarida Teixeira Santos, João Brazão, Eduardo Eiras-Dias.
P06.03 Tomato root exudates induce transcriptional changes to the root-knot nematode
Meloidogyne hispanica genes.
Aida Duarte, Carla Maleita, Isabel Abrantes, Rosane Curtis.
P06.04 Histopathology of Bursaphelenchus xylophilus-infected seedlings of two pine species
grown in Portugal.
Inês Vieira da Silva, Luísa Mota, Pedro Barbosa, Manuel Mota, Lia Ascensão.
P06.05 Response of five Portuguese grapevine cultivars to infection by Phaeomoniella
chlamydospora.
Jorge Sofia, Maria Teresa Gonçalves, Cecília Rego.
P06.06 Root-lesion nematodes, Pratylenchus neglectus and P. penetrans reproduction on two
potato cultivars.
Tânia Pato, Isabel Abrantes, Maria José Cunha, Ivânia Esteves.
P06.07 Estudos citogenómicos revelam inesperadas variações nos níveis de ploidia em fungos da
ordem Pucciniales.
Sílvia Tavares, Manuel Müller, Tobias Link, Ralf Voegele, Helena Gil Azinheira, Ana Sofia Pires,
Andreia Loureiro, Cláudia Andrade, Cláudia Bispo, Rui Gardner, Rita Abranches,
João Loureiro, Maria do Céu Silva, Pedro Talhinhas.
P06.08 Pathogenicity of Botryosphaeriaceae species on Cork oak and on Eucalypt.
Joana Neno, Eugénio Diogo, Carlos Valente, Ana Reis, Clara Fernandes,
Lourdes Santos, Artur Alves, Helena Bragança.
P06.09 Caracterização histológica do fenótipo de interação de Hyaloperonospora brassicae
(doença do míldio) em plantas de rabanete.
Paula S. Coelho, Luísa Valério, António A. Monteiro.
P06.10 Induced resistance to pinewood nematode (Bursaphelenchus xylophilus) in Pinus pinaster
nursery plants.
María Menéndez, Margarita Alonso, Adela Abelleira, Pedro Mansilla, Enrique Jimenez,
Pedro Perez-Gorostiaga, Andrea Abelleira-Sanmartín, Pilar Mosquera, María Francisca Ignacio,
Lourdes Queimadelos, Gabriel Toval, Raquel Díaz.
P06.12 Transformação genética do fungo Colletotrichum kahawae mediada por Agrobacterium
tumefaciens. Ana Cabral, Pedro Talhinhas, Helena Azinheira, Helena Oliveira.
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Comunicações em painel
Sessão 7
Novas estratégias de proteção contra pragas, doenças e infestantes
P07.01 Hipovirulência natural em Cryphonectria parasitica. Um caso de estudo, Sergude – Minho
– Portugal.
I. Ibáñez, L. Moura, J.P. Castro, E. Gouveia.
P07.02 Nematicidal effect of camphor on the pinewood nematode.
André Pereira, Marta Costa, Filipe Martins, Cristina Galhano.
P07.03 Cultural measures to control cork and holm oak decline in Southern Portugal.
Ana Cristina Moreira, I. Seita Coelho, Luis Fernandes, J. Casimiro Martins.
P07.04 Multi-strategy biotechnological application towards root lesion nematode control.
Paulo Vieira, Sarah Wantoch, Manuel Mota, Kathryn Kamo.
P07.05 Formigas associadas à cochonilha-algodão, em vinhas da Região Demarcada do Douro.
Fátima Gonçalves, Vera Zina, Cristina Carlos, Susana Sousa, Márcio Nóbrega,
José Carlos Franco, Laura Torres.
P07.06 Variabilidade genética de populações de Cryphonectria parasitica na região do Minho.
Sofia Costa, Gabriela Pereira, Luísa Moura, Eugénia Gouveia.
P07.07 Cancro do castanheiro na Terra Fria Transmontana.
A. Leal, E. Gouveia, A. Araujo, J. Castro, L. Martins.
P07.08 Solanum nigrum effects on hatching and mortality of two Meloidogyne isolates.
Rita Agante, Maria José Cunha, Isabel Luci Conceição.
P07.09 Strategies to control the pine wilt disease in Portugal.
Edmundo de Sousa, L. Bonifácio, Maria de Lurdes Inácio, P. Naves.
P07.10 INIAV-GMO laboratory: Thirteen years on the service of insect tolerant maize production.
Eugénia de Andrade, Maria Clara Fernandes, Mónica Rodrigues, Ana Chegão, Amélia Maria Lopes.
P07.11 In vitro screening for antagonism against Phytophthora cinnamomi.
Helena Machado, João M.Carvalho, G.Garcia, C.Martins, Ana Paula Ramos.
P07.12 Interação entre tratamentos fitossanitários e capacidade germinativa de milho
armazenado.
Manuela Oliveira, José Semedo, Mário Santos, Paula Vasilenko,
Cláudia Sanchez, Olívia Matos, Margarida Bastos.
P07.13 O efeito de diferentes tratamentos fitossanitários em grão armazenado no
desenvolvimento de milho.
José Semedo, Manuela Oliveira, Mário Santos, Claudia Sánchez, Olívia Matos, Margarida Bastos.
P07.14 Avaliação da actividade antifúngica de quitinases de macieira.
Mariana Mota, Andreia Cabanas, Sara Sousa, Tânia Genebra, Pedro Reis,
Cecília Rego, Catarina Prista, Cristina M. Oliveira.
8
Resumos – comunicações orais
Sessão 2 – Uso Sustentável de Pesticidas e Proteção de Ecossistemas
S02.01
Implicações da aplicação do Plano de Acção Nacional (PAN) para o uso
sustentável dos produtos fitofarmacêuticos na prática da Protecção
Integrada
CRISTINA CARLOS1,2, ROSA AMADOR1, LAURA TORRES2
1
ADVID – Associação para o Desenvolvimento da Viticultura Duriense, Quinta de Santa Maria, Apt.
137, 5050-106 Godim, Portugal; 2 CITAB – Centro de Investigação e de Tecnologias AgroAmbientais e Biológicas, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, 5001-801, Vila Real,
Portugal
Autor Correspondente: [email protected]
A publicação da Lei 26/2013, que transpôs a Directiva n.º 2009/128/CE, do Parlamento
Europeu, veio trazer alterações na utilização dos produtos fitofarmacêuticos (PF) e na
prática da Protecção Integrada (PI) em Portugal. No nosso país, esta prática é
actualmente regulamentada pela aplicação do Decreto-Lei n.º 37/2013, que estabelece os
princípios e as orientações para a prática da PI e da Produção Integrada. Assim, com a
publicação da Lei 26/2013 e dos respectivos PAN (Vol. I e II), a partir de 1 Janeiro de 2014,
todos os agricultores são obrigados a aplicar os princípios da PI, privilegiando o equilíbrio
das plantas e a actuação dos inimigos naturais, seleccionando meios de luta indirectos e
recorrendo à luta química apenas quando não haja alternativa. No caso de se justificar
uma intervenção com um meio de luta químico, o agricultor deverá efectuar uma
selecção criteriosa dos PF, a partir de uma lista de produtos com venda autorizada em
Portugal, desde que a finalidade esteja nela prevista. Na prática, actualmente, todos os
produtos são passíveis de serem aplicados nas culturas, desde que coberta a finalidade e
depois de aplicados os critérios toxicológicos, ecotoxicológicos e ambientais, não
descurando o critério económico na tomada de decisão. Nesta apresentação, pretendemse expor as implicações da aplicação da Lei 26/2013 e a importância da fiscalização da
prática da PI, tendo sempre como objectivo a promoção de uma agricultura mais
sustentável e responsável.
Palavras-chave: assistência técnica, critérios, fiscalização, sustentabilidade
9
Resumos – comunicações orais
Sessão 2 – Uso Sustentável de Pesticidas e Proteção de Ecossistemas
S02.02
Produtos fitofarmacêuticos, desenvolvimento e investigação na Europa e
em Portugal
MÓNICA TEIXEIRA
ANIPLA, Associação Nacional da Indústria para a Protecção das Plantas, Algés, Portugal
Autor correspondente: [email protected]
Os produtos fitofarmacêuticos são um factor de produção importante numa agricultura
que se pretende sustentável e competitiva. São também, de todos os factores de
produção agrícola, os mais regulados e os que obedecem a regras mais restritivas de
avaliação, autorização, comercialização e utilização. São desta forma também, uma área
de desenvolvimento e investigação privilegiada em todo o mundo. Não só no que diz
respeito à descoberta de novas soluções tecnologicamente mais avançadas mas também
mais seguras para o Homem e Ambiente. Assim sendo o que se passa na Europa e em
Portugal nesta matéria?
O investimento privado em matéria de ciência e inovação na área dos produtos
fitofarmacêuticos, na Europa, tem vindo a diminuir de forma assustadora e em Portugal é
praticamente inexistente. Poderão ser apontados vários motivos para o mesmo e dentre
eles destacamos:
- As campanhas anti-produtos fitofarmacêuticos desenvolvidas na Europa
- As revistas científicas da especialidade que publicam apenas os artigos que estão de acordo com
a tendência actual anti-produtos fitofarmacêuticos, não valorizando os trabalhos com uma
vertente científica de apoio a uma agricultura sustentável e tecnologicamente avançada.
- As restrições legislativas ao desenvolvimento de novas soluções que levam à deslocação dos
centros de investigação para fora da Europa
- A incapacidade da comunidade científica de traduzir, para uma linguagem comum, a importância
e relevância da sua investigação o que leva a que a mesma esteja constantemente a ser colocada
em causa pelos cidadãos europeus.
- Em Portugal não existe uma cultura científica de apoio aos agricultores nem aos órgãos
decisores, que permitam aos últimos defender os interesses nacionais na Comissão Europeia e
aos primeiros ser mais competitivos nos mercados interno externo.
A solução passará certamente por uma reflexão conjunta, que até à data não tem ocorrido, entre
a comunidade científica, as empresas, os agricultores e os serviços oficiais.
10
Resumos – comunicações orais
Sessão 2 – Uso Sustentável de Pesticidas e Proteção de Ecossistemas
S02.03
New improvements on pesticide ecological risk assessment on the soilwater interface
SARA LEITÃO1, MARIA JOSÉ CEREJEIRA1, JOSÉ PAULO SOUSA2
1
Centro de Engenharia dos Biossistemas (CEER), Instituto Superior de Agronomia,
University of Lisbon, Tapada da Ajuda, 1349-017 Lisboa, Portugal; 2 IMAR-CMA,
Department of Life Sciences, University of Coimbra, Apartado 3046, 3001-40 Coimbra,
Portugal
Corresponding author: [email protected]
Improving knowledge to evaluate and reduce pesticide impacts in the environment is a
present concern to achieve their sustainable use. With the aim of increasing ecological
relevance on the environmental risk assessment of pesticides (ERA), an integrated
approach was undertaken linking pesticide fate and effects on aquatic and terrestrial nontarget organisms under irrigated crop-based scenarios in Mediterranean conditions.
Three pesticides (fungicides: azoxystrobin and chlorothalonil; insecticide: ethoprophos)
fate and effects were assessed by adopting an innovative approach embracing different
levels of ERA complexity: a refined first-tier using natural soil in terrestrial
ecotoxicological testing; a refined higher-tier level performing simulations of crop-based
agricultural scenarios (maize, potato and onion) using a new semi-field methodology; and
an higher-tier field study incorporating biological interactions and dynamics of soil
invertebrates communities and environmental factors that determine the effects of
pesticides in the field under realistic agricultural practices of the three crops . Results
showed that Earthworms were not always the most sensitive species, emphasizing the
need to increase the number of mandatory assays with key non-target organisms in the
ERA of pesticides. The simulated agricultural scenarios illustrated the importance of
different transfer pathways of pesticides to surface water for the fungicides and from soil
to groundwater through leaching for the insecticide in a soil-water interface as occur in
irrigated agricultural crops under Mediterranean conditions. The field study revealed
that: pesticides concentrations in soil did not cause apparent negative effects on the soil
communities for the three crops; and that these communities recovered from the
agricultural disturbances associated with crops management. This study will increase the
knowledge on ecological risks of pesticides under field situations improving decision
making towards a sustainable use of pesticides and ecosystems protection.
Key words: aquatic-terrestrial ecotoxicology, crop-based scenarios, ERA pesticides,
Mediterranean conditions, natural soil
11
Resumos – comunicações orais
Sessão 2 – Uso Sustentável de Pesticidas e Proteção de Ecossistemas
S02.04
Predictive aquatic risk assessment of pesticide mixtures in ‘Mondego’,
‘Sado’ and ‘Tejo’ river basins
EMÍLIA SILVA, MARIA JOSÉ CEREJEIRA
Centro de Engenharia dos Biossistemas (CEER)/Departamento de Ciências e Engenharia de
Biossistemas (DCEB), Instituto Superior de Agronomia (ISA), Universidade de Lisboa (UL),
Lisboa, Portugal
Corresponding author: [email protected]
Risk assessment traditionally focuses on single chemicals. However, awareness is growing
that exposure to single substances is the exception rather than the rule. This is the case of
pesticides that are emitted in agricultural areas. As a consequence of their environmental
fate and behaviour, many pesticides can reach water bodies and can act as a mixture on
aquatic organisms. In this work, a two-tiered outline for the predictive environmental risk
assessment of chemical mixtures, based on concentration addition (CA) approaches as
first tier and consideration of independent action (IA) as the second tier, was applied to
pesticide mixtures measured in surface waters from 2002 to 2008 within three important
Portuguese river basins (‘Mondego’, ‘Sado’ and ‘Tejo’). The CA-based risk quotients, using
acute data and an assessment factor of 100, exceeded 1 in more than 39% of the 281
surface water samples, indicating a potential risk for the aquatic ecosystem, namely to
algae. Seven herbicide compounds and three insecticides were the most toxic compounds
in the pesticide mixtures and provided 50% of the mixture’s toxicity in almost 100% of the
samples. Maximum cumulative ratio (MCR) values indicated that a chemical-by-chemical
approach underestimated the toxicity of the pesticide mixtures and CA approach
predicted higher mixture toxicity than IA by a maximal factor of 3.127. These results allow
a retrospective reality check of the prospective registration procedure for pesticides
under Regulation 1107/2009/EC. They also enable an important management link with
the Water Framework Directive (2000/60/EC) and the Sustainable Use Directive (Directive
2009/128/EC) concerning the implementation of scientifically underpinned risk mitigation
measures to the pesticides with the highest contribution to the total mixture toxicity.
Key words: concentration addition, mixtures, pesticides, risk assessment, surface waters
12
Resumos – comunicações orais
Sessão 2 – Uso Sustentável de Pesticidas e Proteção de Ecossistemas
S02.05
Conservação de insetos polinizadores de pereira ‘Rocha’ na região Oeste
CATARINA REIS1, ELISABETE FIGUEIREDO1,2, ANTÓNIO MEXIA1,2, JOSÉ CARLOS FRANCO1,3
1
Dep. Ciências e Engenharia de Biossistemas, Instituto Superior de Agronomia,
Universidade Técnica de Lisboa, 1349-017 Lisboa; 2Centro de Engenharia de Biossistemas,
ISA/UTL;3 Centro de Estudos Florestais, ISA/UTL
Autor correspondente: [email protected]
Sendo a pereira, Pyrus communis L., uma cultura de polinização estritamente entomófila,
é comum registarem-se problemas de produtividade devido a polinização insuficiente.
Entre os fatores que contribuem para esta situação, destaca-se o baixo teor em açúcares
do néctar das flores de pereira que o torna pouco atrativo para a abelha-doméstica. Na
região do Oeste, é prática corrente a aplicação de reguladores de crescimento nos
pomares de pereira ‘Rocha’ para estimular a partenocarpia natural e incrementar o
vingamento dos frutos. Contudo, esta prática não é sustentável, uma vez que apresenta
custos que poderiam ser reduzidos com o desenvolvimento de táticas alternativas, que
garantam adequada polinização, nomeadamente, através do fomento e conservação de
espécies nativas de abelhas e abelhões. Nesse sentido, é fundamental saber quais as
espécies nativas de abelhas e abelhões que visitam as flores de pereira, sua importância
relativa como potenciais polinizadores, bem como os fatores que influenciam a sua
abundância e diversidade e os recursos biológicos de que dependem (e.g., fontes de
pólen e néctar, locais de nidificação). A biodiversidade do ecossistema agrário onde se
inserem os pomares é um factor determinante da disponibilidade destes recursos
biológicos. Uma das formas de fomentar as populações dos insetos polinizadores, na
vizinhança dos pomares, é através da instalação de infra-estruturas ecológicas, por
exemplo, margens semeadas com espécies vegetais que entrem em floração de forma
escalonada e disponibilizem pólen e néctar antes e depois da floração da pereira, bem
como a colocação de ninhos artificiais. Nesta comunicação, apresentam-se alguns dos
resultados obtidos no estudo que está a ser desenvolvido sobre esta temática em
pomares de associados da Frutoeste no âmbito do projecto “Operation Pollinator”
(http://www.operationpollinator.com), apoiado pela Syngenta.
Palavras-chave: abelhas, biodiversidade, pereira, polinização
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Resumos – comunicações orais
Sessão 2 – Uso Sustentável de Pesticidas e Proteção de Ecossistemas
S02.06
Monitorização da biodiversidade de solos de vinhas com e sem
enrelvamento
CÁTIA NUNES1, BRANCA TEIXEIRA2, CRISTINA CARLOS2,3, FÁTIMA GONÇALVES3, MÓNICA
MARTINS4, ANTÓNIO CRESPÍ3, SUSANA SOUSA4, LAURA TORRES3, CRISTINA AMARO DA
COSTA1
1
Instituto Politécnico de Viseu, Escola Superior Agrária de Viseu, Portugal; 2 Associação
para o Desenvolvimento da Viticultura Duriense, Quinta de Santa Maria, Apt. 137, 5050106 Godim, Portugal; 3 CITAB – Centro de Investigação e de Tecnologias Agro-Ambientais
e Biológicas, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, 5001-801, Vila Real, Portugal;
4
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, 5001-801, Vila Real, Portugal
Autor correspondente: [email protected]
A biodiversidade do solo é um importante componente do ecossistema vitícola, por ser
responsável pela promoção de vários serviços do ecossistema que beneficiam
directamente o viticultor, designadamente a limitação natural dos inimigos da cultura, a
protecção contra a erosão, o incremento da matéria orgânica, entre outros. Esta
biodiversidade é influenciada pelo tipo de práticas culturais adoptadas, entre as quais o
sistema de manutenção do coberto vegetal do solo. O presente trabalho, realizado no
âmbito do projecto “EcoVitis: Maximização dos Serviços do Ecossistema Vinha na Região
Demarcada do Douro”, teve por objectivo avaliar a influência do enrelvamento natural,
enrelvamento semeado e mobilização na entrelinha, na biodiversidade do solo da vinha.
A sua parte experimental decorreu na Região Demarcada do Douro, situada no planalto
de Alijó, tendo consistido na monitorização de artrópodes do solo através de armadilhas
pitfall, assim como de um levantamento florístico, em cada uma das três modalidades
referidas. Entre outros resultados, verificou-se maior riqueza e abundância de flora nas
modalidades com enrelvamento com base em índices de diversidade (índice de riqueza,
indicie de Margalef, Menhinick e de Gleason). Em relação aos artrópodes verificou-se que
a ordem Coleoptera teve diferenças significativas entre as modalidades com
enrelvamento com a modalidade de mobilização, concluindo-se que esta ordem está
muito associada ao enrelvamento natural.
Palavras-chave: artrópodes, Douro, flora, serviços do ecossistema, vinha
14
Resumos – comunicações orais
Sessão 3 – Pragas, doenças e infestantes emergentes
S03.01
Primeiro registo da cigarrinha verde Asymmetrasca decedens em Portugal
continental
JOSÉ P. COUTINHO1, CARLOS AMADO1, ANABELA BARATEIRO2, JOSÉ A. QUARTAU3, MARIA
T. REBELO4
1
Instituto Politécnico de Castelo Branco, Escola Superior Agrária, Quinta da Senhora de
Mércules, 6001-909 Castelo Branco, Portugal; 2 APPIZÊZERE, Avenida Eugénio de Andrade
Lote 80 R/C, 6230-291 Fundão, Portugal; 3 Departamento de Biologia Animal, Centro de
Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais (Ce3C), Faculdade de Ciências da Universidade
de Lisboa, 1749-016 Lisboa, Portugal; 4 Departamento de Biologia Animal, Centro de
Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM), Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa,
1749-016 Lisboa, Portugal
Autor correspondente: [email protected]
Asymmetrasca decedens, uma cigarrinha verde polífaga com ampla distribuição na região
mediterrânica, foi assinalada pela primeira vez em Portugal continental. Em 2013
encontraram-se infestações em pomares de pessegueiro, de damasqueiro e de ameixeira
e em amieiros (Alnus glutinosa), a sul da Serra da Gardunha (Região da Beira Interior). A
sintomatologia típica, com necrose e enrolamento foliar em goteira, atrofia dos ramos
jovens e atraso no desenvolvimento vegetativo dos pessegueiros foi observada. Tanto os
adultos como as ninfas causam estragos directos, tendo esta espécie a capacidade de
transmitir fitoplasmas, nomeadamente European Stone Fruit Yellows (16RX-B).
Apresentam-se as características morfológicas externas de A. decedens, a ilustração da
genitália e uma breve descrição das lesões foliares, para facilitar a identificação deste
cicadelídeo, que possui um grande potencial como praga emergente no nosso país,
devido à resistência significativa aos insecticidas convencionais e à grande variedade de
hospedeiros, nomeadamente árvores de fruto e ornamentais.
Palavras-chave: Beira Interior, Cicadellidae, praga emergente, prunóideas, Typhlocybinae
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Resumos – comunicações orais
Sessão 3 – Pragas, doenças e infestantes emergentes
S03.02
Mirídeos (Hemiptera: Miridae) em culturas protegidas: pragas ou
auxiliares?
ELISABETE FIGUEIREDO, JOANA MARTINS, ANTÓNIO MEXIA
Centro de Engenharia dos Biossistemas (CEER) & DCEB, Instituto Superior de Agronomia,
Universidade de Lisboa, Portugal
Autor correspondente: [email protected]
Os mírideos são insectos zoofitófagos. O comportamento praga vs predador é
característico da espécie, mas influenciado pelas presas presentes no ecossistema. Nos
anos 90, na região Oeste, em estudos conducentes a teses de mestrado, em estufas, nas
culturas e/ou em adventícias, foram identificadas essencialmente duas espécies: a recémdescrita Dicyphus umbertae Sanchez & Cassis (inicialmente identificada como D. cerastii
Wagner) e Nesidiocoris tenuis (Reuter). A primeira espécie, até hoje apenas referida em
Portugal, era claramente dominante e tem sido estudada pela equipa do ISA, mais
recentemente no âmbito da operação ProDeR-Largadas. Após a intensificação do
tratamento biológico com N. tenuis ocorrida nas últimas duas décadas, este predador,
mais agressivo do que D. umbertae, aumentou a sua representação no complexo,
dominando-o, sobretudo, no Verão. N. tenuis provoca frequentemente estragos
importantes: picadas nos frutos e, sobretudo, anéis necróticos nos caules que, ao tutorar
a planta, quebram, perdendo-se toda a produção localizada acima. Aparentemente, estes
estragos não estão correlacionados com menores densidades de presas. Em tomate
protegido, no Oeste, é aceite como nível de tolerância, empírico, 2-3 mirídeos ou um anel
necrótico por folha completa. É frequente a largada destes auxiliares, em Abril e a
aplicação de produtos fitofarmacêuticos, em Julho, para evitar prejuízos. Em modo de
produção biológico, podem constituir praga-chave pelos estragos que provocam e pela
ausência de meios de protecção eficazes. Observações de campo levam a crer que há
diferença no nível de fitofagia em tomate protegido, sendo D. umbertae menos
herbívoro. Em laboratório, esta espécie provocou apenas picadas nas folhas (estragos
economicamente menos relevantes), identificadas, posteriormente, em estufa. À
semelhança de N. tenuis, preda larvas mineiras, mosquinhas brancas e traça do
tomateiro, desconhecendo-se se as taxas de predação dos dois mirídeos são semelhantes.
Palavras-chave: anel necrótico, Dicyphus umbertae, estragos, Nesidiocoris tenuis,
zoofitofagia
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Resumos – comunicações orais
Sessão 3 – Pragas, doenças e infestantes emergentes
S03.03
Identificação e caracterização de Pseudomonas syringae pv. actinidiae
(Psa) na Região do Entre Douro e Minho
LUÍSA MOURA1,2, EVA GARCIA1, OLGA AGUÍN3, AITANA ARES3, ADELA ABELLEIRA3, PEDRO
MANSILLA3
1
Escola Superior Agrária, Instituto Politécnico de Viana do Castelo, Refóios, 4990-706
Ponte de Lima, Portugal; 2 Centro de Investigação de Montanha (CIMO); 3 Estación
Fitopatolóxica do Areeiro, Diputación Pontevedra, 36153 Pontevedra, Espanha
Autor correspondente: [email protected]
A bactéria Psa, causadora do cancro bacteriano da actinídea, é responsável pela doença
mais grave desta cultura na atualidade, provocando importantes prejuízos nos principais
países produtores de kiwi. Os sintomas mais característicos da doença incluem pequenas
necroses castanhas rodeadas de um halo amarelo nas folhas e exudados avermelhados
nos caules, podendo conduzir à morte da planta. Em Portugal a doença foi detetada pela
primeira vez em 2010 na Região do Entre Douro e Minho (EDM).
Com este estudo pretende-se conhecer a situação actual da doença nesta região. A partir
de material vegetal com sintomas da doença proveniente de diferentes pomares de
Actinidia deliciosa, isolou-se o agente patogénico e realizou-se a sua identificação e
caracterização morfológica e fenotípica através de testes LOPAT, utilização de fontes de
carbono (sistema Biolog), perfis de ácidos gordos e através de técnicas moleculares (PCR
e BOX-PCR). Os resultados obtidos mostram que os isolados estudados apresentam
características morfológicas idênticas, existindo variabilidade ao nível das características
fenotípicas. A caracterização molecular mostra que os isolados de Psa da Região do Entre
Douro e Minho são semelhantes, sendo idênticas a populações de Psa conhecidas como
virulentas (Psa3) identificadas na Europa e na Nova Zelândia.
Palavras-chave: Actinidia, Biolog, BOX-PCR, cancro bacteriano, kiwi
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Resumos – comunicações orais
Sessão 3 – Pragas, doenças e infestantes emergentes
S03.04
Bacterial canker of kiwi caused by Pseudomonas syringae pv. actinidiae in
Portugal – Disease Importance and pathogen characterization
LEONOR CRUZ1,3, JOANA CRUZ1, CAMILA FERNANDES1, GISELA CHICAU2, ROGÉRIO
TENREIRO3
1
Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, Unidade Estratégica de
Investigação e Serviços de Sistemas Agrários e Sanidade Vegetal, Av. da República, Quinta
do Marquês, 2784-505 Oeiras, PORTUGAL; 2 DRAPN –DPCF Laboratório de Protecção das
Culturas, Senhora da Hora, Porto; 3 Universidade de Lisboa, Faculdade de Ciências, Centro
de Biodiversidade, Genómica Integrativa e Funcional (BioFiG), Edifício ICAT, Campus FCUL,
Campo Grande, 1749-016 Lisboa, Portugal.
Corresponding author: [email protected]
Pseudomonas syringae pv. actinidiae (Psa), the causal agent of bacterial canker of
kiwifruit, is a new emerging disease for Europe. It was first reported in Japan in 1989 and
introduced in Europe in 1992 through the trade of commodities, including plants for
planting. This pathogen is part of EPPO Alert List and was considered as quarantine pest
by EPPO and EU after the European Commission decision (2012/756/UE).The disease was
first detected in Portugal in 2010, in the North of the country specially on Actinidia
deliciosa, as well as in imported plants for the establishment of new orchards in the same
region. Since then yearly national surveys have been performed by the Portuguese
Phytossanitary Authority. Disease incidence and progression was assessed in the North
and Center regions where kiwi orchards are economically important. Between 2010 and
2013 more than 100 bacterial isolates have been collected along the country from
infected plants of distinct regions, cultivars and ages. A collection of 84 Psa isolates
previously identified using classical techniques and conventional PCR were further
characterized by genomic fingerprinting using BOX-PCR and analysis of selected isolates
using rpoD gene partial sequence as phylogenetic marker, leading to the identification of
more than one genomic group with distinct virulence profiles in Portugal.
Key words: Actinidia sp., disease incidence, diversity, genomic characterization,
quarantine bacterium
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Resumos – comunicações orais
Sessão 4 – Deteção, diagnóstico e monitorização de inimigos das culturas
S04.01
Monitorização da condição fitossanitária do castanheiro por fotografia
aérea obtida com aeronave não tripulada
LUIS M. MARTINS1, JOÃO P. CASTRO2, RICARDO BENTO3, JOAQUIM J. SOUSA3
1
CITAB - Centre for the Research and Technology of Agro-Environmental and Biological
Sciences, 2 CIMO - Centro de Investigações de Montanha, 3 INESC-TEC (Pólo UTAD),
University of Trás-os-Montes and Alto Douro, UTAD, Quinta de Prados, 5000-801 Vila
Real, Portugal
Autor correspondente: [email protected]
O castanheiro (Castanea sativa) teve em Portugal uma importante expansão, desde a
década de 1980, o que sucedeu também na zona da “Castanha da Padrela”, onde se
desenrolou este trabalho. Nesta Denominação de Origem Protegida, a castanha Judia é
das principais fontes de receita das populações locais, mas a intensificação da produção
favoreceu o aparecimento de doenças como a tinta, causada por Phytophthora
cinnamomi ou o cancro provocado por Cryphonectria parasitica. Decorridas duas
décadas, após os primeiros contágios por cancro, começam a observar-se locais em
Portugal com cancros hipovirulentos. A população dessas estirpes caracteriza-se pela
baixa diversidade nos grupos de compatibilidade e muitas restringem-se ao grupo EU-11,
que é relativamente raro fora de Portugal. A eficácia do tratamento com estirpes
hipovirulentas, ou controlo biológico, depende essencialmente da estrutura populacional do
fungo e do seu modo de reprodução prevalente no local, que poderá ou não facilitar a dispersão
do hipovirus. Assim, este estudo refere-se à monitorização de inoculações realizadas na
freguesia de Padrela e Tazém, em cinco parcelas com 40% das árvores afetadas pelo
cancro. Para a monitorização da área de estudo, realizaram-se voos aerofotogramétricos,
em 2014, que abrangem cerca de 200 ha. Para a obtenção das imagens policromadas e de
infravermelho próximo foi usado o Veículo Aéreo Não Tripulado (UAV) eBee da senseFly.
As fotografias aéreas permitiram identificar locais com maior declínio através de uma
análise geoestatística e de métodos de interpolação por krigagem. As imagens foram
comparadas com outras de 2006, verificando-se que apesar das novas plantações,
controlo da tinta e extirpações de cancro, há locais onda a mortalidade chega a 65%.
Palavras-chave: Cryphonectria parasitica, hipovirulência, krigagem, UAV eBee
19
Resumos – comunicações orais
Sessão 4 – Deteção, diagnóstico e monitorização de inimigos das culturas
S04.02
Contribuição para o combate a Tuta absoluta em tomate de indústria
MARIA DO CÉU GODINHO1, ELSA VALÉRIO1, SÍLVIA AZEVEDO2, ANA PAULA NUNES3,
ELISABETE FIGUEIREDO4
1
ESAS – Escola Superior Agrária de Santarém, Instituto Politécnico de Santarém, Portugal;
2
UE-ICAAM Universidade de Évora, Évora Portugal; 3 COTHN – Centro Operativo
Tecnológico Nacional, Alcobaça, Portugal; 4 CEER/ISA – Instituto Superior de Agronomia,
Universidade de Lisboa, Lisboa, Portugal
Autor correspondente: [email protected]
A traça do tomateiro, Tuta absoluta (Meyrick), é uma nova praga da cultura de tomate
para indústria. No Ribatejo, foi detetada em 2010, tendo causado grandes prejuízos na
campanha de 2011. No contexto atual, a tomada de decisão de intervir com pesticidas
assume grande relevo, pelo que importa disponibilizar informação e ferramentas de apoio
eficazes, ao nível da produção, no sentido de, por um lado, proteger a cultura e, por
outro, usar os pesticidas autorizados de forma sustentável em termos técnicos,
económicos e ambientais. Apresenta-se, neste trabalho o plano de monitorização da
praga e o modelo de estimativa do risco em estudo, depois de identificados os principais
fatores de nocividade envolvidos (fatores de risco prévio). Analisam-se, criteriosamente,
as intervenções recomendadas para esta cultura, de acordo com as regras estabelecidas,
pelos técnicos envolvidos na rede da operação Protomate (ProDeR medida 4.1. Desenvolvimento de uma nova ferramenta de apoio à gestão da cultura do tomate
para garantia da qualidade do produto final), em 2013 e 2014. A monitorização de
adultos baseia-se na captura em armadilhas de feromona sexual que é complementada
com observações visuais de ataque, em 25 a 50 plantas por seara homogénea, de acordo
com o estado fenológico da cultura, para deteção dos primeiros ataques. Os resultados
demonstram evidente insuficiência em basear a tomada de decisão apenas na
monitorização de adultos. Intensidades de ataque que justifiquem intervenção ocorrem
com a presença de fatores de risco relacionados com a envolvência das searas,
nomeadamente com a colheita de campos vizinhos de batata e tomate. Estes aspetos,
associados à limitação no número de aplicações das substâncias activas mais eficazes,
impõem à produção critérios bem definidos para o uso dos produtos fitofarmacêuticos.
Palavras-chave: estimativa do risco, fatores de nocividade, traça do tomateiro, uso
sustentável dos pesticidas
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Resumos – comunicações orais
Sessão 4 – Deteção, diagnóstico e monitorização de inimigos das culturas
S04.03
Xylella fastidiosa – um novo cavalo de Troia: metodologias de diagnóstico e
contramedidas
PAULA SÁ PEREIRA1
1
Laboratório de Fitobacteriologia, Unidade Estratégica de Investigação e Serviços em
Sistemas Agrários e Florestais e Sanidade Vegetal, Instituto Nacional de Investigação
Agrária e Veterinária, Oeiras, Portugal
Autor correspondente: [email protected]
Os trabalhos de investigação em doenças causadas pela bactéria Xylella fastidiosa (Xf)
incluída na EPPO Lista A1, tiveram o seu início nos Estados Unidos, devido à presença da
doença conhecida como “Doença de Pierce” na videira. Xf tem uma extensa lista de
hospedeiros com 153 espécies confirmadas e muitas outras reportadas. Para Portugal as
espécies a prospetar são aquelas que têm um maior impacto económico ou que poderão
servir como reservatório da bactéria: videira, oliveira, amendoeira, Quercus spp.,
laranjeira e loendro.
O desenvolvimento da doença na planta depende da capacidade da bactéria em se
deslocar do ponto de inoculação, pelos insetos vetores, e de desenvolver uma infeção
sistémica na planta. Depois de inoculadas, as células bacterianas aderem às paredes dos
vasos e multiplicam-se, produzem exopolissacáridos, formam um biofilme que pode
obstruir completamente os vasos do xilema, bloqueando o transporte de água e sais.
Em outubro de 2013, Xf foi identificada pela primeira vez nos olivais italianos, que são o
segundo exportador mundial de azeite. Desde aquela data, Xf já infetou meio milhão de
árvores e está a gerar alarme a nível europeu. No espaço de oito meses, a área afetada
por Xf, na região de Apúlia, mais que triplicou. Bruxelas ordenou a destruição das
oliveiras, para prevenir o alastramento da doença que provoca a morte das árvores (de
Execução da Comissão nº 2014/497/UE de 23 de julho). Gallipoli (Apúlia), o epicentro da
nova doença devastadora de oliveiras em Itália, acolherá em outubro especialistas de
todo mundo numa tentativa de conter este surto, cujos resultados serão também objeto
desta comunicação.
Palavras-chave: celulases, cercopídeos, cicadelídeos, oliveira, proteases
21
Resumos – comunicações orais
Sessão 6 – Interações agente patogénico-hospedeiro
S06.01
A doença do nemátode da madeira do pinheiro, em Portugal e na Europa:
reflexões e perspectivas futuras
MANUEL MOTA
NemaLab/ ICAAM - Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais Mediterrânicas,
Departamento de Biologia, Universidade de Évora, Núcleo da Mitra, Ap. 94, 7002-554
Évora, Portugal
Autor correspondente: [email protected]
A doença do nemátode da madeira do pinheiro (NMP), Bursaphelenchus xylophilus, (“pine
wilt disease”, PWD), constitui um dos mais sérios problemas à fileira florestal do pinho. A
doença disseminou-se pelo extremo Oriente com grande velocidade e agressividade, ao
longo do século XX. Em 1999 foi detectada pela primeira vez em Portugal e na Europa em
1999, e em 2010 reportada em Espanha. O nemátode – cuja origem tudo indica ser da
América do Norte – implantou-se com alguma facilidade numa área alargada da Península
de Setúbal, e também na Região Centro do nosso país. Paralelamente às actividades
técnicas tem sido desenvolvida uma intensa actividade de investigação destinada a
entender a bioecologia do sistema nemátode-insecto vector-planta. Sem este
conhecimento, é práticamente impossível tomar decisões correctas , p.ex. no sentido do
controlo do insecto vector, ou da intercepção do NMP em portos marítimos. Na
realidade, constatou-se que o sistema é bastante complexo, com a existência de factores
edafo-climáticos que condicionam a evolução da doença, mas também a nível
estritamente biológico. Enquadra-se neste último aspecto, as complexas interacções
microbianas com o nemátode e vector, seja de bactérias ou de fungos. O papel das
bactérias, até aqui considerado irrelevante, parece assumir uma importância a vários
níveis, p.ex. na ajuda ao nemátode a defender-se do stresse oxidativo. O nemátode
apresenta uma dupla funcionalidade trófica, alimentando-se de fungos específicos da
micoflora do pinheiro (p.ex. Ophiostoma spp.) ou de células epiteliais que forram o
interior dos canais de resina da árvore, aqui utilizando um cocktail complexo de enzimas e
proteínas que determinam a patogenicidade do nemátode.
Palavras-chave: Bursaphelenchus xylophilus, controlo, insecto vector, investigação, Pinus
pinaster
22
Resumos – comunicações orais
Sessão 6 – Interações agente patogénico-hospedeiro
S06.02
Understanding the early events of grapevine resistance towards downy
mildew by a systems biology approach
ANDREIA FIGUEIREDO1, FILIPA MONTEIRO1, JOANA MARTINS2, MONICA SEBASTIANA1,
ANA VARELA COELHO2, MARIA SALOMÉ PAIS1
1
Plant Systems Biology Lab, Biosystems & Integrative Sciences Institute (BioISI), Science
Faculty of Lisbon University, 1749-016 Lisboa, Portugal. 2 Instituto de Tecnologia Química
e Biológica, Universidade Nova de Lisboa, Av. da Republica – EAN, 2780-157 Oeiras,
Portugal
Corresponding author: [email protected]; [email protected]
Grapevine downy mildew, caused by Plasmopara viticola (Berk. & Curt.) Berl. & de Toni
was introduced into European vineyards in the 1870s and quickly spread to all major
grape-producing regions of the world. The early events of grapevine resistance to P.
viticola were accessed with transcriptomic, metabolomic and proteomic tools in two
cultivars, Regent and Trincadeira, resistant and susceptible to downy mildew. At a
transcript level the resistant genotype Regent presented signalling and defense-related
transcripts up-regulated as soon as 6hpi. Metabolism- related transcripts as anti-oxidant
enzymes, enzymes from the phenylpropanoid and lipid pathways are also activated post
P. viticola infection. At a metabolome level, our results show that Trincadeira and Regent
are intrinsically different in their metabolic profile. Regent was found to contain higher
levels of stress related metabolites even at 0h. Also the first 24 hpi seem to be critical in
Regent that showed an activation of the phenylpropanoid pathway and an accumulation
of linolenic acid, the precursor to jasmonate in the octadecanoid cascade. At the
proteome level, after P. viticola inoculation, Regent presented upregulated proteins
mainly included in the functional categories of photosynthesis, carbohydrate metabolism
and defence, indicating that Regent is more efficient in transforming light into chemical
energy, in CO2 assimilation and in obtaining intermediate metabolites from
photoassimilates needed for biosynthetic pathways and subsequent defence responses.
Surprisingly, most down regulated proteins (i.e. more expressed in the susceptible
genotype) were related to redox homeostasis and defense responses suggesting that
susceptible plants appear to mount an attempted resistance reaction, which is neither
fast nor robust enough to prevent the pathogen from spreading. Our data bring new
insights into the molecular mechanisms underlying mildew resistance/tolerance in a
grapevine cultivar, which may eventually enable novel strategies for pathogen control.
Key words: metabolome, Plasmopara viticola, proteome, Regent, transcriptome
23
Resumos – comunicações orais
Sessão 6 – Interações agente patogénico-hospedeiro
S06.03
An integrative approach to characterize coffee resistance to Colletotrichum
kahawae
MARIA DO CÉU SILVA1,2, INÊS DINIZ1,2, ANDREIA FIGUEIREDO3, ANDREIA LOUREIRO1,2, JOANA
FINO1,4, DORA BATISTA1,4, JOÃO BICHO2, LUÍSA M. FERREIRA5, ANA M. LOURENÇO5, LEONOR
GUERRA-GUIMARÃES1,2 HELENA AZINHEIRA1,2, ANA PAULA PEREIRA1, PEDRO TALHINHAS1,2,
HELENA OLIVEIRA2, OCTÁVIO S. PAULO4, PILAR MONCADA6, MARIA SALOMÉ PAIS3, ELIJAH K.
GICHURU7, VITOR VÁRZEA1,2
1
CIFC/Biotrop/IICT - Centro de Investigação das Ferrugens do Cafeeiro/Instituto de Investigação Científica
2
Tropical, Quinta do Marquês, Oeiras, Portugal; CEER-Biosystems Engineering, Instituto Superior de
3
Agronomia, Universidade de Lisboa, Tapada da Ajuda, Lisboa, Portugal, Plant Systems Biology Lab, Centre
for Biodiversity, Functional and Integrative Genomics, Faculty of Sciences, University of Lisboa, Lisboa,
4
Portugal, Computational Biology and Population Genomics group, Centro de Biologia Ambiental, Faculdade
de Ciências da Universidade de Lisboa, Campo Grande, Lisboa, Portugal, 5 REQUIMTE, Departamento de
6
Química, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Nova de Lisboa, 2829-516 Caparica, Portugal.
7
Cenicafé, Manizales, Colombia, Coffee Research Foundation (CRF), Ruiru, Kenya.
Corresponding author: [email protected]; [email protected]
Coffee berry disease, an anthracnose caused by the hemibiotrophic fungus Colletotrichum
kahawae (Ck), is the most devastating disease of Arabica coffee in Africa. It has long been
recognized the need of increased knowledge on the key mechanisms of plant resistance as a way
to efficiently breed for durable resistance. In this work, the coffee variety Catimor 88, exhibiting
field resistance in Kenya, was selected for understanding resistance to Ck comparatively to the
susceptible variety Caturra, through an integrative approach combining cytological, biochemical,
molecular and metabolomic studies. Coffee resistance is characterized by a restricted fungal
growth associated with hypersensitive response, early accumulation of phenolic compounds and
an increased peroxidase activity. A set of genes was selected from an Illumina RNA-seq coffee –
Ck database and analysed by qPCR. The expression profiles of RLK (receptor-like protein kinases),
subtilisin-like protease, CaM (calmodulin binding protein-like) and MPK3 (mitogen-activated
protein kinase) suggest fungal recognition and activation of signaling cascades during appressoria
differentiation and melanization (12hpi) on both coffee varieties. One key enzyme of jasmonic
acid (JA) biosynthesis OPR3 (12-oxophytodienoate reductase 1-like), was up-regulated in the
resistant variety at 12hpi, suggesting an early JA signaling activation during the defense response.
Regarding genes involved in the secondary metabolite pathways promising candidates to play an
important role in coffee resistance were identified, such as the gene 4-hydroxycinnamoyl-CoA
ligase 2 (HCOA2) involved in the biosynthesis of phenolic compounds. A first set of assays is being
performed to assess the differences in metabolite composition of infected and control plant
samples by NMR. This work is providing, for the first time, an integrated view into the resistance
response of coffee to Ck.
Acknowledgments: This work was funded by Portuguese national funds through Fundação para a Ciência e a Tecnologia
(project PTDC/AGR-GPL/112217/2009, grants SFRH/BPD/47008/2008, SFRH/BPD/63641/2009, SFRH/BD/84188/2012,
SFRH/BPD/88994/2012, attributed to AL, AF, ID and PT, respectively).
Key words: differential gene expression, hypersensitive response, metabolomics, phenolic-like
compounds, peroxidases
24
Resumos – comunicações orais
Sessão 6 – Interações agente patogénico-hospedeiro
S06.04
Estudo da variabilidade citogenómica entre isolados do agente causal da
antracnose dos frutos verdes do cafeeiro, Colletotrichum kahawae
ANA SOFIA PIRES1,2, HELENA GIL AZINHEIRA1,3, SÍLVIA TAVARES1, VÍTOR VÁRZEA1,3, MARIA
DO CÉU SILVA1,3, JOÃO LOUREIRO4, RITA ABRANCHES2, PEDRO TALHINHAS1,2,3
1
Centro de Investigação das Ferrugens do Cafeeiro/BioTrop/Instituto de Investigação
Científica Tropical, Oeiras, Portugal; 2 Plant Cell Biology Laboratory, Instituto de
Tecnologia Química e Biológica António Xavier, Universidade Nova de Lisboa, Oeiras,
Portugal; 3 CEER-Biosystems Engeneering, Instituto Superior de Agronomia, Universidade
de Lisboa, Lisboa, Portugal; 4 CFE, Centro de Ecologia Funcional, Departmento de Ciências
da Vida, Universidade de Coimbra, Coimbra, Portugal.
Autor correspondente: [email protected]
Neste trabalho diversos isolados de Colletotrichum kahawae, o agente causal da
antracnose dos frutos verdes do cafeeiro provenientes de diversos grupos genéticos e
origens geográficas em Africa, foram estudados com recurso a diversas abordagens,
incluindo a separação e caraterização de cromossomas por eletroforese em gel de campo
pulsado (PFGE), análise citogenética e estimativa do número de cromossomas por
microscopia e determinação do tamanho do genoma por citometria de fluxo. O tamanho
do genoma médio de C. kahawae é de 76 Mb, não sugerindo a ocorrência de diferenças
entre os isolados. Foram no entanto identificadas diferenças entre isolados no número e
tamanho relativo dos minicromossomas (menos de 2 Mb) separados por PFGE. A
comparação entre isolados dos perfis eletroforéticos de minicromossomas não permitiu
estabelecer qualquer correlação com a origem geográfica ou os respetivos grupos
genéticos, mas revelou a existência de variabilidade entre os membros de cada grupo
genético e/ou origem geográfica. A relação entre a variabilidade citogenómica e as
caraterísticas patológicas dos diversos isolados de C. kahawae poderá contribuir para
identificar fatores de patogenicidade localizados em minicromossomas. Também, um
conhecimento mais aprofundado dos fatores de patogenicidade irá seguramente
contribuir para o desenvolvimento de estratégias de proteção mais adequadas. Estes
resultados poderão ainda contribuir para esclarecer o posicionamento taxonómico dos
agentes causais da antracnose dos frutos verdes do cafeeiro no seio do complexo de
espécies ‘Colletotrichum gloeosporioides’.
Este trabalho foi financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (projeto PTDC/AGRGPL/112217/2009 e bolsas SFRH/BPD/65686/2009, SFRH/BPD/65965/2009 e SFRH/BPD/88994/2012,
atribuídas a ASP, ST e PT, respetivamente).
Palavras-chave: cariótipo, complexo gloeosporioides, minicromossoma, tamanho do
genoma
25
Resumos – comunicações orais
Sessão 6 – Interações agente patogénico-hospedeiro
S06.05
Contribuição da transcritómica e citogenómica para o estudo dos
mecanismos de patogenicidade de Hemileia vastatrix (ferrugem alaranjada
do cafeeiro)
HELENA GIL AZINHEIRA1,2, SÍLVIA TAVARES1, ANDREIA LOUREIRO1,2, ANA SOFIA PIRES3, CLÁUDIA
ANDRADE4, CLÁUDIA BISPO4, ANA PAULA PEREIRA1, RUI GARDNER4, JOÃO LOUREIRO5, RITA
ABRANCHES3, SÉBASTIEN DUPLESSIS6, VÍTOR VÁRZEA1,2, DIANA FERNANDEZ7, MARIA DO CÉU
SILVA1,2, PEDRO TALHINHAS1,2,3
1
Centro de Investigação das Ferrugens do Cafeeiro, BioTrop, Instituto de Investigação Científica Tropical.
2
Oeiras, Portugal; CEER-Biosystems Engeneering, Instituto Superior de Agronomia, Universidade de Lisboa.
3
Lisboa, Portugal; Plant Cell Biology Laboratory, Instituto de Tecnologia Química e Biológica António Xavier,
4
5
Universidade Nova de Lisboa. Oeiras, Portugal; Instituto Gulbenkian de Ciência. Oeiras, Portugal; CFECentro de Ecologia Funcional, Departmento de Ciências da Vida, Universidade de Coimbra. Coimbra,
6
Portugal; Institut de Recherche pour le Développement, UMR 186 IRD-Cirad-UM2 Résistance des Plantes
7
aux Bioagresseurs, Montpellier, France; Institut Nationale de la Recherche Agronomique, Champenoux,
France
Autor correspondente: [email protected]
A ferrugem alaranjada do cafeeiro (causada pelo fungo Hemileia vastatrix) constitui uma das
principais limitações à cultura do cafeeiro Arabica em todo o mundo. A utilização de variedades
resistentes é uma estratégia de proteção sustentável. No entanto, a maximização da durabilidade
da resistência decorre dum conhecimento aprofundado dos mecanismos de resistência, bem
como dos mecanismos de patogenicidade do agente patogénico. Com o objetivo de contribuir
para o conhecimento desses mecanismos de patogenicidade, neste trabalho foram empregues
diversas ferramentas da transcritómica e da citogenómica. A análise duma biblioteca de ESTs
representativa de três fases de desenvolvimento do fungo permitiu a identificação de 9234 genes,
tendo sido prevista a ocorrência dum diálogo planta-fungo tão cedo quanto na fase de
diferenciação do tubo germinativo. Corroborado pela análise de perfis de expressão obtidos por
RT-qPCR, os resultados sugerem o envolvimento de mecanismos físicos (pressão osmótica) e
químicos (atividade lítica) no processo de penetração do hospedeiro. Com um genoma de 797
(765 -839) Mpb e um número de cromossomas de 7-13, H. vastatrix figura entre os fungos com os
maiores genomas. A hipotética abundância de transposões neste genoma (verificada noutras
ferrugens), aliada aos mecanismos que levam à variação nos níveis de ploidia deste fungo ao
longo do seu ciclo (verificada neste estudo), poderão contribuir para explicar a grande
plasticidade de H. vastatrix, traduzida na sua grande capacidade para quebrar resistências.
Este trabalho foi financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (projet PTDC/AGRGPL/114949/2009 e bolsas SFRH/BPD/47008/2008, SFRH/BPD/65965/2009, SFRH/BPD/65686/2009 e
SFRH/BPD/88994/2012, atribuídas a AL, ST, ASP e PT, respetivamente) e pelo projeto de colaboração
CEA/Genoscope-INRA- (http://www.genoscope.cns.fr/spip/Identification-of-virulence.html) (França). Foi
realizado no âmbito do projeto de colaboração bilateral Franco-português (Partenariat Hubert Curien PHCPessoa 22583XM) financiado pelo Ministère des Affaires Étrangères et Européennes de França.
Palavras-chave: apressório, cariótipo, EST, tamanho do genoma
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Resumos – comunicações orais
Sessão 6 – Interações agente patogénico-hospedeiro
S06.06
As ferrugens (Pucciniales) apresentam dos maiores genomas dos fungos
SÍLVIA TAVARES1, ANA PAULA RAMOS2, ANA SOFIA PIRES3, HELENA GIL AZINHEIRA1,2, PATRÍCIA
CALDEIRINHA4, TOBIAS LINK5, RALF T. VOEGELE5, RITA ABRANCHES3, MARIA DO CÉU SILVA1,2,
JOÃO LOUREIRO4, PEDRO TALHINHAS1,2,3
1
Centro de Investigação das Ferrugens do Cafeeiro, BioTrop, Instituto de Investigação Científica Tropical.
2
Oeiras, Portugal; CEER-Biosystems Engineering, Instituto Superior de Agronomia, Universidade de Lisboa.
3
Lisboa, Portugal; Plant Cell Biology Laboratory, Instituto de Tecnologia Química e Biológica António Xavier,
4
Universidade Nova de Lisboa. Oeiras, Portugal; CFE-Centro de Ecologia Funcional, Departmento de Ciências
5
da Vida, Universidade de Coimbra. Coimbra, Portugal; Institut für Phytomedizin, Universität Hohenheim.
Stuttgart. Alemanha
Autor correspondente: [email protected]
As ferrugens (fungos Basidiomicetes da ordem Pucciniales) constituem um vasto grupo de
organismos responsáveis por algumas das mais importantes doenças de plantas. Apesar de
infetarem diversos tipos de plantas (angiospérmicas, coníferas, fetos e musgos) e de se
distribuírem por quase todo o mundo, as ferrugens apresentam diversas caraterísticas
unificadoras, tais como: colonização biotrófica dos seus hospedeiros, alimentando-se através de
estruturas intracelulares especializadas, os haustórios; ciclos de vida frequentemente complexos,
com até cinco tipos de esporos; especialização patológica, frequentemente com apenas uma (ou
poucas) espécies hospedeiras; estabelecimento de diálogos moleculares com o hospedeiro, de
acordo com a teoria gene-a-gene, nomeadamente pela segregação, por parte do fungo, de
compostos (efetores) envolvidos no reconhecimento mútuo, de onde decorre o estabelecimento
de interações compatíveis ou incompatíveis, estas últimas de grande interesse para a Proteção de
Plantas. Devido ao interesse em se caraterizar os fatores genéticos que controlam os mecanismos
de patogenicidade do fungo, nos últimos anos foram publicadas as sequências de genoma de
algumas ferrugens, revelando tamanhos de genoma superiores à média dos fungos. Neste estudo,
procedemos à otimização dum protocolo para o isolamento simultâneo de núcleos do fungo e do
hospedeiro, com vista à sua análise por citometria de fluxo para determinação do tamanho do
genoma de 30 espécies de ferrugens. Variando de 70 a 893 Mpb, e com um valor médio de 380
Mpb, as ferrugens diferem substancialmente dos restantes fungos (média 44 Mpb) e mesmo dos
Basidiomicetas (média 70 Mpb), suplantando os maiores valores alguma vez reportados para
fungos. Assim, o fungo Gymnosporangium confusum, obtido de pilriteiro (Crataegus monogyna)
em Almada, apresenta o maior genoma de fungos, com 893 Mpb.
Este trabalho foi financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (projeto PTDC/AGRGPL/114949/2009 e bolsas SFRH/BPD/65965/2009, SFRH/BPD/65686/2009 e SFRH/BPD/88994/2012,
atribuídas a ST, ASP e PT, respetivamente), bem como pelo projeto de colaboração bilateral FCT-DAAD
entre o CIFC/IICT e a Univ. Hohenheim.
Palavras-chave: citogenómica, citometria de fluxo, Gymnosporangium confusum, núcleo
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Resumos – comunicações orais
Sessão 7 – Novas estratégias de proteção contra pragas, doenças e infestantes
S07.01
Estudo sobre a localização e dispersão do inóculo primário do oídio da
videira e a eficácia dos primeiros tratamentos
CARMO VAL1, V. SILVA2, A. ROSA2, JOSÉ MANSO1, ISABEL CORTEZ3
1
ADVID – Associação para o Desenvolvimento da Viticultura Duriense, Quinta de Santa
Maria, Godim, PORTUGAL; 2 UTAD Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Vila
Real, PORTUGAL; 3 CITAB-UTAD Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Vila Real,
PORTUGAL.
Autor correspondente: [email protected]; [email protected]
O oídio da videira (Erysiphe necator) é a doença mais importante na Região Demarcada
do Douro (RDD), estando todos os anos presente nos vinhedos, interferindo na qualidade
do vinho. Este trabalho foi realizado na sub-região do Cima Corgo na casta Tinta Roriz,
muito sensível à doença. O objectivo foi estudar o posicionamento do primeiro
tratamento de acordo com a maior libertação dos ascósporos e a sua localização na
videira. Na parcela, ainda em repouso vegetativo, no primeiro ano do ensaio (2011),
colocaram-se lâminas para captura de ascósporos, estas foram trocadas sempre após a
ocorrência de precipitação. A libertação de ascósporos foi monitorizada de modo a
melhor posicionar o primeiro tratamento. Definiram-se quatro modalidades (T1 a T4)
para aplicação de fungicidas. Na modalidade T1, não foi efectuada qualquer pulverização
(testemunha); na T2 foram efectuadas três pulverizações até à pré-floração; na T3, foram
efectuadas duas pulverizações até à pré-floração; e na T4, efectuou-se apenas uma
pulverização à pré-floração. Os resultados obtidos revelam diferenças significativas
apenas em relação à testemunha. Nas modalidades T2, T3 e T4 não houve diferenças
entre as diversas estratégias, verificando-se que não existiu uma vantagem em iniciar as
pulverizações precocemente, sendo só necessário começar os tratamentos antes da préfloração, conseguindo-se assim reduzir o número tradicional de pulverizações. Na região
do Douro, a libertação dos ascósporos começou no início do ciclo vegetativo e o seu
término ocorreu junto à alimpa e quando projectados das cleistotecas os ascósporos
atingiram uma distância de 2 metros. Por seu lado, no sistema de condução Royat as
cleistotecas localizavam-se sobretudo no braço da videira.
Palavras-chave: Erysiphe necator, fungicidas, Região Demarcada do Douro, vinha
28
Resumos – comunicações orais
Sessão 7 – Novas estratégias de proteção contra pragas, doenças e infestantes
S07.02
Identification of mycoviruses with potential use as natural fungicide in
Chestnut Blight
ERIC PEREIRA1, EUGÉNIA GOUVEIA1, DANIEL RIGLING2
1
CIMO/Escola Superior Agrária, Instituto Politécnico de Bragança, Campus de Santa Apolónia,
Apartado 1172, 5301-854 Bragança, Portugal; 2 WSL/Swiss Federal Institute for Forest, Snow and
Landscape Research, Zuercherstrasse 111, CH-8903 Birmensdorf, Switzerland
Corresponding author: [email protected]
The Chestnut Blight caused by the fungus Cryphonectria parasitica is considered a major cause of
the decline and disappearance of chestnut orchards across Europe. C. parasitica is an ascomycete
fungus (Diaporthales) that is native to eastern Asia. Infection of chestnut plants with this fungus is
typically associated with extensive necrosis (cankers) of the bark on stems or branches, resulting
in the subsequent death of the plant that cause high environmental and economic constraints.
Hypovirulence is a specific method for biological control of Chestnut Blight, it is an infection of C.
parasitica with Cryphonectria hypovirus 1 (CHV1), a unencapsidate dsRNA virus of the genus
Hypovirus. Biological control with hypovirulent strains is considered an efficient method to control
the disease and improve the host plant recovery. The field application consists in laboratorial
production of hypovirulent strains and introduction by inoculation at the margin of active cankers.
The very simple rational of hypovirulence is impaired by many biological determinants,
environmental conditions and methods of application. All these issues are key factors for the
control of the disease that need to be assessed, studied and evaluated for field release of C.
parasitica hypovirulent strains. In this sense it was intended to identify and search for
mycoviruses with potential ability to integrate biological control programmes. Through the
extraction and identification of RNA isolated with molecular techniques, has been possible to
identify 11 mycovirus isolated from chestnuts of the north-eastern, of Portugal that registering a
close proximity with hypovirulence potential. Registering a genetic proximity very similar in 10
isolates.
Key words: Castanea sativa, CHV hypovirus, Cryphonectria parasitica, dsRNA,
hypovirulence
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Resumos – comunicações orais
Sessão 7 – Novas estratégias de proteção contra pragas, doenças e infestantes
S07.03
Utilização de eugenol e pulegona na protecção de milho armazenado
ANA MAGRO1, GRAÇA BARROS1, O. MATOS2, M. BASTOS3, M. CAROLINO4, A. MEXIA5
1
Instituto de Investigação Científica Tropical - IP. Tapada da Ajuda. 1349-017 Lisboa.
Portugal; 2 Instituto Nacional Investigação Agrária – IP, Estação Agronómica Nacional. Av.
da República, Quinta do Marquês, Nova Oeiras, 2784-505 Oeiras. Portugal; 3 Universidade
do Porto, Faculdade de Engenharia (LEPAE). Rua Dr. Roberto Frias. 4200-465 Porto.
Portugal; 4 Universidade de Lisboa, Faculdade de Ciências, Centro de Biologia Ambiental.
Edifício C2, Campo Grande. 1149-016 Lisboa. Portugal; 5 Universidade de Lisboa, Instituto
Superior de Agronomia. Tapada da Ajuda.1349-017 Lisboa. Portugal.
Autor correspondente: [email protected]
O milho é depois do trigo e do arroz o cereal mais importante do mundo. Sendo
considerado um alimento energético para as dietas humana e animal. É produzido em
quase todos os continentes, sendo sua importância económica caracterizada pelas
diversas formas de sua utilização, que vão desde a alimentação animal até a indústria de
alta tecnologia, como a produção de filmes e embalagens biodegradáveis. Se o
armazenamento do milho ocorrer em condições deficitárias, originando alterações
qualitativas e quantitativas no grão, pode causar elevados estragos e prejuízos. Neste
contexto, o crescimento de fungos tem consequências prejudiciais, não só económicas
mas também de saúde pública. A sua presença pode ser responsável pela deterioração
das características organolépticas (aspecto, sabor, aroma) e do valor nutricional dos grãos
e, ainda, pela contaminação por micotoxinas. Hoje em dia há uma maior preocupação e
consciencialização da opinião pública em relação à utilização de pesticidas levando a
procura de novas formas de protecção dos alimentos. Os compostos produzidos pelas
plantas são disso um exemplo. Têm uma melhor aceitação por parte da opinião pública e
são potencialmente menos prejudiciais à saúde do que as substâncias sintéticas. Neste
trabalho, foram estudadas as actividades fungicidas do eugenol e da pulegona, as
principais substâncias activas dos óleos essenciais de cravinho e poejo respectivamente,
tendo-se obtido resultados promissores em relação ao controlo de crescimento de fungos
em milho armazenado.
Este trabalho foi financiado pelo FEDER através do programa COMPETE e por fundos nacionais através da
FCT - projecto PTDC/AGR-ALI/119270/2010.
Palavras-chave: actividade fungicida, fungos de armazenamento, produtos naturais,
substâncias bioactivas
30
Resumos – comunicações orais
Sessão 7 – Novas estratégias de proteção contra pragas, doenças e infestantes
S07.04
Avaliação da eficácia de óleos essenciais no combate a Sitophilus zeamais
Motsch. em milho armazenado
GRAÇA BARROS1, ANA MAGRO1, M. BASTOS2, ANTÓNIO BARBOSA3, ANTÓNIO MEXIA4
1
Instituto de Investigação Científica Tropical - IP. Tapada da Ajuda. 1349-017 Lisboa.
Portugal; 2 Universidade do Porto, Faculdade de Engenharia (LEPAE). Rua Dr. Roberto
Frias. 4200-465 Porto. Portugal; 3 Rolão Gonçalves Limitada. Lisboa. Portugal;
4
Universidade Técnica de Lisboa, Instituto Superior de Agronomia. Tapada da Ajuda.
1349-017 Lisboa. Portugal
Autor correspondente: [email protected]
Este trabalho teve como objectivo estudar o efeito do óleo essencial de cravinho,
Syzygium aromaticum (L.), e da pulegona, monoterpeno cetónico, componente
maioritário do óleo essencial de menta-poejo, Mentha pulegium L., na mortalidade e
descendência (G1) de Sitophilus zeamais Motsch., em milho armazenado. Nos ensaios
realizados, a 27°C de temperatura e 75% de humidade relativa, utilizaram-se frascos de
plástico, de 46 ml de capacidade, tendo ajustado, na parte interior da tampa, papel de
filtro impregnado de 250 microlitros de óleo essencial de cravinho ou de pulegona,
consoante o ensaio a realizar. Em cada frasco foram introduzidos 10 g de grãos de milho e
10 insectos adultos de S. zeamais, de sexo indeterminado e com 1 a 4 dias de idade.
Fizeram-se observações ao fim de 6 e 24 horas e 8, 134 e 149 dias. Tanto os frascos
abertos, ao fim de 6 horas, assim como aqueles que foram abertos, ao fim de 24 horas, só
voltaram a ser reabertos ao fim de 8, 134 e 149 dias. Nos ensaios realizados com o óleo
essencial de cravinho, verificou-se, ao fim de 6 e 24 horas e 8, 134 e 149 dias, os valores
de mortalidade, respectivos, de 23%, 28%, 92%, 98% e 99%. Relativamente à
descendência (G1), número de emergências de insectos adultos, só se verificou ao fim de
134 e 149 dias com os valores, respectivos, de 12% e 14%. Nos ensaios realizados com a
pulegona, obteve-se ao fim de 6 horas, 46% de insectos adultos mortos, 24% de insectos
adultos “knock-down” e 30% de insectos adultos vivos e ao fim de 24 horas, 100% de
mortalidade e ausência de descendência (G1) em todas as observações. Dos resultados
obtidos conclui-se que a pulegona tem elevada acção insecticida.
Este trabalho foi financiado pelo FEDER através do programa COMPETE e por fundos nacionais através da
FCT - projecto PTDC/AGR-ALI/119270/2010.
Palavras-chave: actividade insecticida, gorgulho do milho, produtos naturais
31
Resumos – comunicações orais
Sessão 7 – Novas estratégias de proteção contra pragas, doenças e infestantes
S07.05
Prospecção de fungos gênero Hohenbuehelia com potencial uso no
biocontrole de fitonematóides de importância na Região Oeste do ParanáBrasil
DANIELLE DUTRA MARTINHA1, CLEONICE LUBIAN2, ROBERTO LUIS PORTZ3, VAGNER
GULARTE CORTEZ4
1
Departamento de Ciências Agronômicas, Universidade Federal do Paraná – Setor
Palotina, Palotina, Brasil; 2 Departamento de Ciências Agronômicas, Universidade Federal
do Paraná – Setor Palotina, Palotina, Brasil; 3 Departamento de Ciências Agronômicas,
Universidade Federal do Paraná – Setor Palotina, Palotina, Brasil; 4 Departamento de
Biociências, Universidade Federal do Paraná – Setor Palotina, Palotina, Brasil
Autor correspondente: [email protected]
A região oeste do Paraná-Brasil é caracterizada por intensivo cultivo de grãos e a
presença dos fitonematóides tornou-se um dos fatores que compromete a produtividade.
O presente estudo objetiva levantar fungos gênero Hohenbuehelia com potencial uso no
biocontrole de fitonematoides. Espécimes de Hohenbuehelia foram coletados na
Universidade Federal do Paraná, Setor Palotina. Após a coleta, o fungo foi repicado em
placas de Petri em meio de cultura ágar extrato de malte, contendo 50 mg L-1
cloranfenicol, e armazenados em estufa B.O.D. a 28°C. Os nematoides de galha do gênero
Meloidogyne foram extraídos, a partir da cultura da soja, em uma propriedade rural de
Palotina. A partir de culturas puras dos fungos em meio de cultivo foi removido um disco
de 7 mm de diâmetro e transferido para o centro de dez placas de Petri contendo Agarágua a 2 %. Após cinco dias de desenvolvimento micelial foi adicionado às placas 1 mL de
suspensão de nematoides, logo após sua extração. As placas contendo o fungo e os
fitonematoides foram incubados em B.O.D. por sete dias, em condições de escuro, à
temperatura de 28°C. As observações foram realizadas diariamente em lupa, com registro
fotográfico. Quanto ao teste de patogenicidade o fungo apresentou células adesivas
predatórias eficientes na imobilização dos fitonematoides. O nematoide torna-se inativo
e a hifa penetra no corpo do nematoide soltando toxinas. Essas estruturas são formadas
como resposta ao estresse sofrido pelo fungo após a transferência do meio B.D.A. para o
meio ágar-água, menos nutritivo. A presença dos nematoides induz a diferenciação da
porção terminal do micélio em armadilhas e à produção de substâncias de imobilização.
Testes a campo devem ser realizados para corroborar a ação nematófoga do fungo.
Palavras-chave: controle biológico, fungos nematófagos, Nematoctonus
32
Resumos – comunicações orais
Sessão 7 – Novas estratégias de proteção contra pragas, doenças e infestantes
S07.06
On the occurrence of entomopathogenic fungi and probable gut inhabiting
yeast in vine mealybug Planococcus ficus (Signoret) (Hemiptera:
Pseudococcidae)
LAV SHARMA1, LAURA TORRES1, FÁTIMA GONÇALVES1, SUSANA SOUSA2, GUILHERMINA
MARQUES1
1
CITAB – Centre for the Research and Technology of Agro-Environmental and Biological
Sciences, University of Trás-os-Montes and Alto Douro, UTAD, Quinta de Prados, 5001801, Vila Real, Portugal, www.utad.pt ; 2 Agronomy Department, University of Trás-osMontes and Alto Douro, UTAD, Quinta de Prados, 5001-801, Vila Real, Portugal
Corresponding author: [email protected]
Vine mealybug, Planococcus ficus, a phytophagous insect and phloem feeder is among the
key pest of grapevines worldwide. In Douro Wine Region (DWR), this insect is considered
as an occasional pest of vines; however its importance has been increasing in some
localities. There have been reports regarding naturally occurring fungal infection of
mealybugs, however, according to our knowledge, till date no evidence of
entomopathogenic fungi (EPF) from P. ficus is reported. In this work, we collected
cadavers of vine mealybugs from vineyards of DWR, and isolated and identified fungi
associated with them by sequencing the internal transcribed spacer (ITS) region between
18S and 28S rRNA genes of the ribosomal DNA. We identified seven isolates of EPF, i.e.,
three belonging to Fusarium oxysporum species complex, one isolate each of F. solani,
Graphium penicillioides, Penicillium notatum and Pseudocosmospora rogersonii. In this
work, P. rogersonii was identified for the first time in Southern Europe. We also found
four isolates of ascomycetous yeast Meyerozyma (=Pichia) guilliermondii. This yeast has
been reported inhabiting inside a few sugar feeding insects; however, to our knowledge,
this is the first time it was identified inside the digestive tract of P. ficus. The lower yield
of EPF is quite obvious as M. guilliermondii has been tested positive for biological control
against some fungi. Overall, these results are useful in understanding the diversity of
entomopathogenic fungi within DWR region, understanding the microbiome of vine
mealybug and in developing microbial biocontrol agents against P. ficus.
Key words: biocontrol, Douro Wine Region, internal transcribed spacer, vineyards
33
Resumos – comunicações orais
Sessão 7 – Novas estratégias de proteção contra pragas, doenças e infestantes
S07.07
Plant volatile compounds to control the pinewood nematode in Portugal
PEDRO BARBOSA1, ANA M. RODRIGUES2, JORGE M.S. FARIA2, MARTA D. MENDES2, ANA S.
LIMA2,5, LUÍS S. DIAS3, PAULO VIEIRA1, M. T. TINOCO4, RICHARD N. BENNETT6, LUIS G.
PEDRO2, JOSÉ G. BARROSO2, A. CRISTINA FIGUEIREDO2, MANUEL MOTA1
1
NemaLab-ICAAM & Departamento de Biologia, Universidade de Évora, 7002-554 Évora,
Portugal; 2 Universidade de Lisboa, Faculdade de Ciências de Lisboa, DBV, IBB, Centro de
Biotecnologia Vegetal, C2, Campo Grande, 1749-016 Lisboa, Portugal; 3 Departamento de
Biologia, Escola de Ciências e Tecnologia, Universidade de Évora, 7002-554 Évora,
Portugal; 4 ICAAM, Departamento de Química, Universidade de Évora, 7000-671 Évora,
Portugal; 5 Instituto Politécnico de Bragança, Escola Superior Agrária, Centro de
Investigação Montanha, Campus Santa Apolónia, Apartado 1172, 5301-855 Bragança,
Portugal; 6 Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Quinta dos Prados, Apartado
1013, 5000-911 Vila Real, Portugal
Corresponding author: [email protected]
The subsistence of the Portuguese pine forest, which covers ca. 35% of the mainland, is
affected by a series of antagonists and diseases. The pinewood nematode (PWN),
Bursaphelenchus xylophilus, is one of the main threats affecting Portuguese maritime
pine (Pinus pinaster). Synthetic chemicals presently available are extremely expensive and
hazardous to the environment. Plant derived natural products such as essential oils (EOs)
represent an environmentally friendly alternative and a human health safeguard.
Worldwide, research in this field has begun in 2005 and until now EOs from 225 plant
species have been screened, 39 of which showed nematotoxic activity. In Portugal, since
2008 the research teams from NemaLab (Universidade de Évora) and from Centro de
Biotecnologia Vegetal (Universidade de Lisboa) have evaluated the nematotoxic
properties from EOs isolated from diverse species of the Portuguese aromatic flora. From
the 75 studied plant species, in a total of 133 EOs, Ruta graveolens, Satureja montana,
Thymbra capitata, Thymus pulegioides and T. vulgaris EOs were the most promising
against PWN. Ongoing work is evaluating the nematotoxic activity of the EOs
hydrocarbon- and oxygen-containing molecules fractions and from the main components
of the most effective fractions.
Acknowledgments: This study was partially funded by FCT, under Ph.D. grant SFRH/BD/43738/2008 and
research contracts PEst-OE/EQB/LA0023/2011, PTDC/AGR-CFL/117026/2010, PTDC/AGR-CFL/120184/2010
(ref. COMPETE FCOMP-01-0124-FEDER-019454), and PTDC/AGR-AAM/74579/2006.
Key words: Bursaphelenchus xylophilus, essential oils, hydrocarbon molecules,
nematotoxic, oxygen-containing molecules
34
Resumos – comunicações orais
Sessão 7 – Novas estratégias de proteção contra pragas, doenças e infestantes
S07.08
O melhoramento como estratégia para a protecção de castanheiro a
stresses bióticos
RITA COSTA1, CARMEN SANTOS1, HELENA MACHADO1, ISABEL CORREIA1, J. GOMESLARANJO2, FILOMENA GOMES3, MÓNICA SEBASTIANA4, MARIA SALOMÉ PAIS4, SUSANA
SERRAZINA4, C. DANA NELSON5
1
Laboratório de Biologia Molecular - UEISSAFSV – L-INIAV I.P. Av da República, 2780-159 Oeiras,
Portugal; 2 Centre for Investigation and Agro Environmental and BiologicalTechnologies (CITAB) –
Universidade de Trás-os-Montes e AltoDouro, Apt. 1013, 5001-801 Vila Real – Portugal; 3 Escola
Superior Agrária de Coimbra, Bencanta, 3040-316 Coimbra Portugal; 4 Plant Molecular Biology
and Biotechnology Lab, Center for Biodiversity, Functional and Integrative Genomics (BioFIG),
Edifício C2, Campus da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, Campo Grande 1749-016
Lisboa- Portugal; 5 USDA Forest Service, Southern Research Station, Southern Institute of Forest
Genetics, 23332 Success Road, Saucier, MS, USA
Autor correspondente: [email protected]
Desde o final do século 19 a produção de castanha tem diminuído acentuadamente na
Europa devido principalmente às doenças da tinta (Phytophthora spp), cancro
(Cryphonectria parasitica (Murrill) M.E. Barr.) e mais recentemente à praga da vespa das
galhas do castanheiro, (Dryocosmus kuriphilus (Yasumatsu). Como estratégia para o
melhoramento de castanheiro a stresses bióticos foram iniciados em 2006 cruzamentos
controlados, com o objectivo de fazer a introgressão dos genes de resistência das
espécies Asiáticas na espécie Europeia. Foram estabelecidas duas família segregantes: SC
(C. sativa x C. crenata) e SM (C. sativa x C. mollissima) com o objectivo de identificar QTLs
(Quantitative Trait Loci) relacionados com a resistência a Phytophthora cinnamomi uma
primeira fase, e a Cryphonectria parasitica numa fase ulterior. No futuro pretendemos
seleccionar marcadores moleculares ligados à resistência, para selecção (Molecular
Assisted Selection – MAS). Os marcadores moleculares são caracteres herdados que
possibilitam a selecção de genótipos de interesse, independente da idade e do ambiente,
o que os torna uma ferramenta muito útil para acelerar os programas de melhoramento
tradicionais. Serão apresentados os resultados obtidos até à data, no que diz respeito à
genotipagem, usando um conjunto de marcadores moleculares comuns ao programa de
melhoramento para o castanheiro Americano, os resultados de fenotipagem relativos à
susceptibilidade a Phytophthora cinnamomi, para a construção dos primeiros mapas
genéticos de ligação e identificação de QTLs ligados à resistência, bem como os resultados
da abordagem genómica implementada para identificação de genes putativos de
resistência a P. cinnamomi.
Financiamento: FCT - PTDC/AGR-CFL/101707/2008 e SFRH/BD/85140/2012
Palavras-chave: Castanea, MAS, Phytophthora sp., QTLs, resistência
35
Resumos – comunicações orais
Sessão 7 – Novas estratégias de proteção contra pragas, doenças e infestantes
S07.09
A confusão sexual da traça-da-uva na Região Demarcada do Douro com
recurso a difusores Isonet-LTT
CRISTINA CARLOS1,2, FÁTIMA GONÇALVES2, MARIA DO CARMO VAL1, SUSANA SOUSA2,
MÁRCIO NOBREGA3, JOSÉ MANSO1, RUI SOARES4, ÁLVARO MARTINHO4, SÉRGIO SOARES4,
LAURA TORRES2
1
ADVID – Associação para o Desenvolvimento da Viticultura Duriense, Quinta de Santa
Maria, Apt. 137, 5050-106 Godim, Portugal; 2 CITAB – Centro de Investigação e de
Tecnologias Agro-Ambientais e Biológicas, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro,
5001-801, Vila Real, Portugal; 3 SOGEVINUS FINE WINES S.A., 4400-111 Vila Nova de Gaia,
Portugal; 4 Real Companhia Velha- R. Azevedo Magalhães, n.º 314 Oliveira do Douro,
4430-022 Vila Nova de Gaia, Portugal.
Autor correspondente: [email protected]
A traça-da-uva, é considerada praga-chave da vinha da Região Demarcada do Douro,
causando estragos que, à vindima, dependendo do local, da casta e das condições
climáticas, podem atingir 90% dos cachos. No âmbito do projecto Ecovitis, a confusão
sexual tem vindo a ser implementada desde 2011, com recurso a um difusor de feromona
do tipo “esparguete”, o ISONET-LTT, desenvolvido especialmente pela Shin-Etsu Chemical
Co, para regiões onde a praga tem um ciclo de vida longo e as condições climáticas
conduzem a maior evaporação da feromona. Entre 2011 e 2013, utilizaram-se difusores
deste tipo, com 300 mg de feromona, (E,Z)-7,9-dodecadienil acetato, aplicados à razão de
400 difusores/ha. Em 2014, por sugestão do fabricante, recorreu-se à utilização de
difusores com maior quantidade de feromona, 400 mg de ingrediente activo, mas que
foram aplicados à razão de 300 difusores /ha, resultando em ambas as situações numa
dose de 120 g de ingrediente activo/ha. Os difusores foram aplicados em cerca de 180 ha,
repartidos por quatro quintas da Real Companhia Velha (Aciprestes, Carvalhas, Cidrô e
Casal da Granja) e uma da Sogevinus Fine Wines (S. Luíz). A análise dos resultados obtidos
sugere a influência, nos mesmos, de diversos factores, nomeadamente biológicos tais,
como o ciclo de vida da praga, a sua densidade populacional e a casta; climáticos tais
como as elevadas temperaturas e a intensidade e direcção do vento, para além da área
sujeita a confusão sexual, declive e fragmentação das parcelas de vinha, densidade, tipo
de difusores e data da sua aplicação, e efeito cumulativo da aplicação do método ao
longo do tempo.
Palavras-chave: feromona, Lobesia botrana, luta biotécnica, vinha
36
Resumos – comunicações orais
Sessão 7 – Novas estratégias de proteção contra pragas, doenças e infestantes
S07.10
Implementação da confusão sexual, no combate à traça-do-limoeiro, em
pomares da região de Mafra
VERA ZINA1, NUNO FARRACHO3, ELSA BORGES DA SILVA1, ELISABETE FIGUEIREDO2, RUI
MARÇAL2, ROSÁRIO ANTUNES3, JOSÉ CARLOS FRANCO1
1
Centro de Estudos Florestais, Instituto Superior de Agronomia, Universidade de Lisboa,
Tapada da Ajuda 1349-017 Lisboa, Portugal; 2 Centro de Estudos de Engenharia Rural,
Instituto Superior de Agronomia, Universidade de Lisboa, Tapada da Ajuda 1349-017
Lisboa, Portugal; 3 Frutoeste, Cooperativa Agrícola de Hortofruticultores do Oeste, CRL,
Estrada Nacional 8, Carrascal, 2665-009 Azueira, Portugal.
Autor correspondente: [email protected]
A implementação de tácticas alternativas à luta química, nomeadamente de luta
biotécnica, no combate à traça-do-limoeiro (TL), Prays citri (Millière) assume particular
importância uma vez que as estratégias actuais, baseadas na realização de vários
tratamentos insecticidas, com duas substâncias activas (emamectina e lambda-cialotrina)
autorizadas no âmbito dos usos menores, não são sustentáveis, em termos de eficácia,
toxicológicos e ambientais. Atendendo à crescente preocupação com a segurança
alimentar e às dificuldades acrescidas no controlo da praga, foi desenvolvida em
colaboração com a Shin-Etsu e a Biosani uma formulação experimental de difusores para
confusão sexual (CS) (Isomate CFM) a utilizar em Protecção Integrada contra a TL. No
âmbito do projecto ProDeR “Green Lemon”, pretendeu-se avaliar a sua implementação
em pomares de limoeiro, na região de Mafra. Os ensaios tiveram início em Maio de 2013
e decorreram em 25 hectares de pomares de associados da Frutoeste. Seleccionaram-se
cerca de 50 parcelas (0,13-2,19 ha por parcela) agrupadas em três manchas (Campos,
Barreiralva e Murgeira), com diferentes níveis de ataque. Em cada mancha, foi
seleccionada uma parcela de referência, sem aplicação de difusores de CS, e nas restantes
parcelas distribuíram-se 1000 difusores/ha, em duas aplicações anuais. A monitorização
do voo dos machos foi efectuada semanalmente, através da observação de 34 armadilhas
sexuais do tipo delta (6-18 armadilhas por mancha). A intensidade de ataque foi
estimada, em média, quinzenalmente, durante o período de risco, através da observação
de ovos e estragos em 100 botões florais e/ou frutinhos, em 25 árvores por sub-mancha,
num total de 12 sub-manchas (3-6 por mancha). Apresentam-se e discutem-se os
principais resultados, recorrendo a curvas de voo e padrões de evolução temporal da
intensidade de ataque da praga.
Palavras-chave: citrinos, confusão sexual, feromonas, Prays citri, traça-do-limoeiro
37
Resumos – comunicações orais
Sessão 7 – Novas estratégias de proteção contra pragas, doenças e infestantes
S07.11
Ecologia química da relação parasitóide-hospedeiro e possibilidades de
aplicação de semioquímicos em luta biológica: o caso do parasitóide de
cochonilhas-algodão Anagyrus sp. prox. pseudococci (Girault)
JOSÉ CARLOS FRANCO1,4, ELSA BORGES DA SILVA1,4, VERA ZINA1,4, DAVIDE DUARTE4,
MANUELA BRANCO1,3, AGATINO RUSSO5, ANAT LEVI-ZADA6, POMPEO SUMA5, ZVI
MENDEL6
1
Centro de Estudos Florestais, Instituto Superior de Agronomia, Universidade de Lisboa,
1349-017 Lisboa, Portugal; 2Centro de Engenharia de Biossistemas, Instituto Superior de
Agronomia, Universidade de Lisboa, 1349-017 Lisboa, Portugal; 3Departamento de
Recursos Naturais, Ambiente e Território, Instituto Superior de Agronomia, Universidade
de Lisboa, 1349-017 Lisboa, Portugal; 4Departamento de Ciências e Engenharia de
Biossistemas, Instituto Superior de Agronomia, Universidade de Lisboa, 1349-017 Lisboa;
5
Dip. Gestione dei Sistemi Agroalimentari e Ambientali, Entomology sec., Univ. Catania,
via S. Sofia, 100-95123 Catania, Italy; 6Department of Entomology, Volcani Center, ARO,
Bet Dagan 50250, Israel.
Autor correspondente: [email protected]
No processo de selecção do hospedeiro, os parasitóides recorrem a sinais químicos,
cairomonas, que lhes permitem localizar o habitat e, a maior proximidade, a presença do
hospedeiro. A feromona sexual do hospedeiro é um exemplo de cairomona utilizada por
algumas espécies de parasitóides. Recentemente, descobriu-se, quer através de estudos
de campo realizados com armadilhas sexuais, quer de estudos de laboratório em
olfactómetro de ar estático, que as fêmeas de Anagyrus sp. prox. pseudococci
(Hymenoptera: Encyrtidae), parasitóide de cochonilhas-algodão (Hemiptera,
Pseudococcidae) eram atraídas pela feromona sexual da cochonilha-algodão da vinha,
Planococcus ficus (Signoret), senecioato de lavandulil. Em ensaios de campo mostrou-se
que a aplicação desta cairomona incrementava a taxa de parasitismo da cochonilhaalgodão dos citrinos, Planococcus citri (Risso). Nesta comunicação, apresenta-se uma
síntese do avanço do conhecimento sobre a resposta cairomonal de A. sp. próx.
pseudococci à feromona sexual de P. ficus e as possibilidades de explorar esta resposta na
manipulação do comportamento de dispersão espacial do parasitóide, tendo em vista
aumentar a sua eficácia em tácticas de luta biológica, de conservação (com recrutamento
do parasitóide a partir de habitats envolventes) ou aumentativas (com retenção do
parasitóide nas parcelas onde foram realizadas as largadas).
Palavras-chave: cairomonas, feromonas, luta biológica, Planococcus citri, Planococcus
ficus
38
Resumos – comunicações em painel
Sessão 2 - Uso Sustentável de Pesticidas e Proteção de Ecossistemas
P02.01
Linking exposure and effects of imidacloprid on aquatic communities of
Portuguese Mediterranean rice paddies
ANA PEREIRA, JOANA GUERREIRO, MARIA JOSÉ CEREJEIRA
CEER – Biosystems Engineering, Instituto Superior de Agronomia (ISA), University of Lisbon
(ULisboa), Lisbon, Portugal
Corresponding author: [email protected]
Pesticides represent a relevant stressor for many aquatic species. Thus, from the point of
view of biodiversity conservation it is necessary to understand how agricultural
ecosystems react to and recover from exposure to pesticides. Rice production presents a
unique environmental scenario and paddy environments are important as hot spot of
biodiversity, especially flooding paddies that provide safe sites to many aquatic species. In
several areas of Europe and elsewhere, rice paddies are directly connected to wetland
areas of high ecological value. Nevertheless, it has been questioned whether ecosystem
structure should be the protection goal in rice fields or whether maintaining ecosystem
function should be the main goal. However, the ecological effect chain following pesticide
stress may evidently affect ecosystem function and even crop productivity. In addition,
recent studies pointed that field studies are needed to ensuring adequate pesticide risk
management in rice ecosystems. In order to set light on these issues the present study
tested the community impacts of the systemic insecticide imidacloprid when applied at its
recommended commercial rate in experimental rice paddies. The study was performed in
three experimental rice plots on “Leziria Grande de Vila Franca de Xira”, in the vicinity of
River Tagus Estuary Natural Reserve. They were set up according to usual agricultural
practices, but no insecticides were used prior to the study. In order to achieve the
proposed objective the following methodology was implemented: 1) Water sampling (in
the irrigation canal, rice plots and watershed) for environmental parameters and chemical
analysis; 2) Sampling of zooplankton, phytoplankton and macroinvertebrates; 3)
Taxonomic Identification; 4) Statistical analysis (multivariate analysis); 5) Compare and
link exposure and effects. The main results achieved so far are presented and discussed.
Key words: aquatic species, ecological risk assessment, imidacloprid, multivariate
analysis, rice paddies
39
Resumos – comunicações em painel
Sessão 2 - Uso Sustentável de Pesticidas e Proteção de Ecossistemas
P02.02
Modelling imidacloprid fate in rice paddies – Higher-tier approach using
RICEWQ model
ANA PEREIRA, MARIANA RODRIGUES, MARIA JOSÉ CEREJEIRA
CEER – Biosystems Engineering, Instituto Superior de Agronomia (ISA), University of Lisbon
(ULisboa), Lisbon, Portugal
Corresponding author: [email protected]
Rice production presents a unique environmental scenario concerning pesticide off-site
movement and mathematical methods, as developed by FOCUS group, to predict
exposure are not applicable to rice cultivation due to the constant flooding conditions. In
order to address this problem, a group of experts (MED-Rice) produced guidelines for risk
assessment, at exposure higher level indorsing the use of Rice Water Quality (RICEWQ)
model. One of the major recommendations is that National scenarios may be developed
by the Southern EU to evaluate the pesticides in rice. Moreover, a recent study points the
lack into (higher-tier) fate modelling of pesticides in rice paddies and effect assessment
on field communities. The neonicotinoid imidacloprid is the only authorized insecticide in
Portugal for use in rice fields to control aphids. A recent study ranked it in the top-10 of
substances exceeding water quality standards for surface water, however the lack of
consistent data on the environmental fate in aquatic ecosystems has frequently been
discussed. In these regards this study aims to evaluate the fate of imidacloprid after
application to an experimental rice plot in Portugal and evaluate the accurateness of
higher-tier models. In order to achieve the objective the following methodology was
implemented: 1) Parameterization of the RICEWQ; 2) Water pesticides contents
monitoring; 3) Calibration of water and pesticide balance parameters; 4) RICEWQ
calibration against field monitored pesticide concentration data. The results of model
water balance calibration were well matched to the observed water depths (RMSE= 0.060
cm). The pesticide balance is being calibrated against field monitored concentration data
and the results achieved so far reveal a good agreement. The application of imidacloprid
at the recommended dose can potentially affect various species in the rice paddies.
Key words: modelling, PPPs, risk assessment, rice paddies, water exposure
40
Resumos – comunicações em painel
Sessão 3 – Pragas, doenças e infestantes emergentes
P03.01
Desenvolvimento, longevidade e fecundidade de Epitrix similaris, uma
praga da batateira
MÁRCIA SANTOS, CONCEIÇÃO BOAVIDA
Unidade Estratégica de Investigação e Serviços de Sistemas Agrários e Florestais e
Sanidade Vegetal, Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, Lisboa,
Portugal
Autor correspondente: [email protected]
Epitrix similaris Gentner (Coleoptera, Alticinae) é uma praga da batateira, existente em
Portugal desde cerca de 2004, que causa estragos nos tubérculos. A espécie é oriunda do
continente americano e foi classificada como organismo de quarentena pela União
Europeia em 2011. Sendo de introdução relativamente recente no País, e praticamente
desconhecida na sua zona de origem (Califórnia, EUA), pouco se conhece ainda da sua
biologia. O desenvolvimento do inseto, desde o ovo até adulto, decorre debaixo da terra
sendo por isso impossível monitorizar a actividade prejudicial das larvas. Pretendeu-se
com este estudo conhecer a duração do desenvolvimento, a longevidade e a fecundidade
da espécie, como base para racionalizar o combate à praga. Os ensaios realizaram-se no
laboratório do INIAV com insectos colhidos no campo e multiplicados no insetário, em
gaiolas de rede, com plantas de batata e/ou beringela e condições de temperatura,
humidade e fotoperíodo controlados. A duração média do ciclo evolutivo foi de 84,5 dias
a 15°C, 47,5 dias a 20°C, 35,8 dias a 25°C e de 30,7 dias a 30°C. A longevidade média dos
machos foi de 92,1 dias e a das fêmeas foi de 93,2 dias, à temperatura de 20°C. A
fecundidade média foi de 164,3 e 107,3 ovos/fêmea, respectivamente para 22°C e 25°C. A
duração média do período de incubação dos ovos foi de 7,4 dias. Estes resultados
permitem interpretar a fenologia da população adulta de E. similaris no campo e assim
determinar a melhor oportunidade e método de intervenção fitossanitária.
Palavras-chave: batata, ciclo evolutivo, insetos, temperatura
41
Resumos – comunicações em painel
Sessão 3 – Pragas, doenças e infestantes emergentes
P03.02
Deteção de vírus em estufas de plantas ornamentais incluindo vírus
detetados pela primeira vez em Portugal
ÂNGELA SILVA1, MARGARIDA TEIXEIRA SANTOS2
1
Novo Sol Plantas Lda., Quinta do Monte Alegre, Taipadas, 2985-064 Canha, Portugal;
2
INIAV, Quinta do Marquês, 2780-159 Oeiras
Autor para correspondência: [email protected]
O controlo de viroses em estufas de plantas ornamentais é uma condição básica para a
sustentabilidade da cultura não só porque afetam o valor comercial do produto final
como também, sendo grande parte destinada à exportação, torna-se necessário cumprir
os requisitos fitossanitários do país a que se destina. A empresa Novo Sol produz um
grande número de ornamentais e procura trabalhar com plantas isentas de pragas e
doenças nomeadamente vírus. Com este objetivo estabeleceu um protocolo com o INIAV
de modo a testar todos os lotes de plantas no início de cada campanha. Monitoriza
continuamente as viroses de modo a garantir aos seus clientes a isenção de vírus que
possam surgir no decurso das campanhas. Utilizando variantes da técnica ELISA têm sido
detetados desde 2009 vírus de diferentes grupos incluindo duas espécies detetadas pela
primeira vez em Portugal: o Poinsettia Mosaic Virus (PnMV, Maculovirus, Tymoviridae,
Tymovirales) em Estrelas de Natal; e o Scrophularia mottle virus (SrMV, Tymovirus,
Tymoviridae Tymovirales) em Verbenas. O género mais frequente é o Tosposvirus,
transmitidos por tripes, em especial a espécie vírus do bronzeado do tomateiro (Tomato
spotted wilt virus, TSWV, Tospovirus, Bunyaviridae) que é de quarentena e tem sido
detetado em Argyranthemum, Lobelia, Verbena, Diascia, Osteospermum, etc. Em
craveiros o vírus mais comum é Carnation mottle virus (CarMV, Carmovirus,
Tombusvirdae). Em Chrysanthemum foi detetado o Chrysanthemum vírus B (CVB,
Carlavirus, Betaflexiviridae, Tymovirales). Todos os lotes em que se deteta a presença de
vírus são eliminados de modo a assegurar aos clientes plantas com a mais alta qualidade
fitossanitária. O uso da técnica ELISA é ainda o mais economicamente viável na
monotorização de viroses em estufas comerciais.
Palavras-chave: CarMV, CVB, PnMV; SrMV, TSWV
42
Resumos – comunicações em painel
Sessão 3 – Pragas, doenças e infestantes emergentes
P03.03
Afídeos associados à vinha, na região de Palmela: estudo de uma praga
emergente
RUI FILIPE PINTO1, ANA TERESA CAVACO2, JOSÉ CARLOS FRANCO1,3
1
Departamento de Ciências e Engenharia de Biossistemas, Instituto Superior de
Agronomia, Universidade de Lisboa; 2 Associação de Viticultores do Concelho de Palmela AVIPE, Palmela; 3 Centro de Estudos Florestais, Instituto Superior de Agronomia,
Universidade de Lisboa
Autor correspondente: [email protected]
Os técnicos da Associação de Viticultores do Concelho de Palmela (AVIPE) têm registado,
desde 2004, uma incidência crescente de ataques de afídeos a cachos e sarmentos, em
vinhas dos seus associados. Esta praga emergente constitui um problema fitossanitário
que preocupa os viticultores da região, dada a susceptibilidade das castas presentes na
região (e.g., Moscatel de Setúbal, Castelão e Fernão Pires) e à não existência de
inseticidas homologados para a combater. No presente trabalho, apresentam-se
resultados de um estudo realizado em 2014, sobre a dinâmica de infestação de
populações de afídeos, em três vinhas da região de Palmela, através da monitorização de
formas aladas em armadilhas cromotrópicas amarelas e da observação visual de
sarmentos e cachos. O estudo foi realizado nas castas Fernão Pires, Síria, Castelão e
Moscatel de Setúbal. Foi também realizada uma prospecção em várias vinhas da região,
com objectivo de avaliar a incidência da praga e esclarecer que espécies de afídeos lhe
estão associadas.
Palavras-chave: Aphidoidea, monitorização, prospeção, Vitis vinifera
43
Resumos – comunicações em painel
Sessão 3 – Pragas, doenças e infestantes emergentes
P03.04
Infestações crescentes de erva-bonita (Epilobium sp.) em olivais do
Alentejo
ISABEL M, CALHA1, JOÃO PORTUGAL2
1
INIAV I.P. Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária. Quinta do Marquês
2784-505 Oeiras,Portugal; 2 Escola Superior Agrária de Beja, Rua Pedro Soares, Apartado
6158, 7800-908 Beja, Portugal
Autor correspondente: [email protected]
A aplicação consecutiva do mesmo herbicida nos mesmos solos pode conduzir a
alterações da flora com seleção de espécies tolerantes mais difíceis de controlar (inversão
florística) ou de populações resistentes em espécies até então suscetíveis ao herbicida
(resistência adquirida). Recentemente foram confirmados casos de populações de
avoadinha (Conyza spp.) resistentes ao glifosato em olivais do Alentejo. Infestações
crescentes de erva-bonita (Epilobium sp.) que se têm vindo a registar em olival, espécie
com necessidades bioecológicas semelhantes às de Conyza sp., trazem consigo
preocupações inerentes face ao que se conhece na dificuldade de controlo pelos
herbicidas mais utilizados. Neste trabalho apresentam-se os resultados dos estudos
realizados com uma população de erva-bonita, proveniente de um olival intensivo do
Alentejo, para caracterizar a causa da falta de eficácia do herbicida glifosato, com ensaios
de dose-resposta, realizados em estufa com planta inteira, e ensaios de campo para
procurar herbicidas alternativos ao glifosato.
Palavras-chave: ensaio campo, ensaio dose-resposta, glifosato, resistência, tolerância
44
Resumos – comunicações em painel
Sessão 3 – Pragas, doenças e infestantes emergentes
P03.05
Os ácaros tarsonemídeos em morangueiro
MARIA DOS ANJOS FERREIRA
UEIS-SAFSV, INIAV I.P., Av. da República, Quinta do Marquês, 2780-159 Oeiras, Portugal
Autor correspondente: [email protected]
Os ácaros fitófagos que, por todo o Mundo, afetam a cultura do morangueiro pertencem,
fundamentalmente, às famílias Tetranychidae e Tarsonemidae. São dois os
tarsonemídeos que podem causar estragos e prejuízos nesta cultura: Phytonemus pallidus
(Banks),
o
tarsonemídeo-do-morangueiro
ou
ácaro-do-morangueiro,
e
Polyphagotarsonemus latus (Banks), conhecido como ácaro-branco. Embora menos
frequentes que os tetraniquídeos e de menores dimensões, quando presentes, originam
maiores problemas. Desenvolvem-se, sobretudo, no centro da planta, pois evitam a luz e
necessitam de humidade relativa elevada, originando deformações e atrofia das
folhinhas, que podem não abrir completamente, com pecíolos curtos, tornando-se
descoradas e acastanhadas. As flores e os frutinhos podem, também, ser atacados,
começando por acastanhar junto à base na parte interna das sépalas, com a consequente
progressão da mancha, deformações e, por vezes, o seu desprendimento da planta. Em
Portugal, a presença de P. pallidus em morangueiro e os primeiros ataques com
importância datam de 1967. Ao longo dos anos, porém, têm-se verificado flutuações
desta praga, que recrudesceu nos últimos tempos. P. latus, polífago, identificado em
Portugal em várias culturas desde 1991, foi detetado pela primeira vez em morangueiro,
apenas, em 2011. Em qualquer dos casos, a sanidade das plantas de viveiro, a história da
área de cultura quanto a anteriores ataques de tarsonemídeos e as condições ambientais
são fatores importantes a considerar.
Palavras-chave: Phytonemus pallidus, Polyphagotarsonemus latus
45
Resumos – comunicações em painel
Sessão 3 – Pragas, doenças e infestantes emergentes
P03.06
Novo insecto galícola descoberto em plantações de Eucalyptus globulus, na
Península Ibérica
ANDRÉ GARCIA, SÓNIA MATOS, MANUELA BRANCO
Centro de Estudos Florestais (CEF), Instituto Superior de Agronomia, Universidade de
Lisboa, Tapada da Ajuda, 1349-017 Lisboa, Portugal
Autor correspondente: [email protected]
Estudos recentes sobre insectos galícolas presentes em Eucalyptus, em Portugal,
permitiram verificar a presença de uma nova espécie pertencente ao género Ophelimus
(Hymenoptera: Eulophidae), originário da Austrália e invasora na Europa. As galhas são
similares às provocadas pela espécie Ophelimus maskelli, embora se registem diferenças
na sua forma e tamanho. Estudos morfológicos mostram diferenças entre as duas
espécies galícolas. Tanto quanto se sabe Ophelimus sp. é uma espécie nova ainda não
descrita. Neste trabalho apresentamos dados sobre o seu ciclo biológico, dimensão das
galhas e referência aos hospedeiros susceptíveis. Os resultados obtidos apontam para
que esta nova espécie seja univoltina, ao contrário do Ophelimus maskelli que apresenta
várias gerações por ano. Das espécies de Eucalyptus observadas, em Portugal, verificou-se
um reduzido número de espécies hospedeiras, todas da secção Maidenaria: E. bicostata,
E. cinerea, E. cypellocarpa, E. globulus. Em E. globulus, verificou-se uma preferência pelas
folhas juvenis. Plantações de E. globulus, no norte de Portugal, foram encontradas muito
atacadas, por vezes, atingindo os 70% de folhas com galhas numa árvore. Sendo o grau de
infestação no Norte do país superior ao da região de Lisboa, o que pode sugerir uma
preferência por climas mais frios. Devido à importância do eucaliptal em Portugal
representando um terço da área florestal nacional, são de prever impactos, deste novo
galícola, sobre esta cultura.
Palavras-chave: Eucalipto, galhas, invasão biológica, Ophelimus, plantas hospedeiras
46
Resumos – comunicações em painel
Sessão 3 – Pragas, doenças e infestantes emergentes
P03.07
Morphological and genetic diversity of Biscogniauxia mediterranea
associated to cork oak in the Mediterranean Basin
JOANA HENRIQUES1, FILOMENA NÓBREGA1, EDMUNDO SOUSA1, ARLINDO LIMA2
1
Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, I.P. – Unidade Estratégica de
Sistemas Agrários e Florestais e Sanidade Vegetal, Quinta do Marquês, 2780-159 Oeiras,
Portugal; 2 Centro de Engenharia dos Biossistemas, Instituto Superior de Agronomia,
Universidade de Lisboa, Tapada da Ajuda, 1349-017 Lisboa, Portugal
Corresponding author: [email protected]
Biscogniauxia mediterranea is a widespread fungus that causes charcoal disease on
Quercus suber and other hardwood hosts. It had been considered a secondary pathogen
causing the disease only in stressed hosts. However, its frequency and severity has been
increasing, inclusive in young trees without other decline signs and developing atypical
symptoms. The present work aims to assess the fungus’ variability in the Mediterranean
basin, following cork oak geographical distribution. A collection of 35 isolates originated
from cork oak in Portugal and other Mediterranean countries, from other hosts and from
trees with different ages and disease expression were analyzed by cultural characteristics,
conidial dimensions, growth rates at different temperatures and by microsatellite-primed
PCR profiles. Clustering UPGMA analyses combining different parameters were
performed. All the approaches revealed high level of intraspecific polymorphism among
Mediterranean isolates, not allowing to relate the disease development with any
analyzed features. The results highlighted the variability and adaptation ability of this
fungus in the present worrying scenario of climatic change that is already favoring the
increase of the disease. All the conditions are gathered to favor the aggravation of the
disease in cork oak stands.
Key words: charcoal canker, climatic changes, intraspecific variability, Quercus suber
47
Resumos – comunicações em painel
Sessão 3 – Pragas, doenças e infestantes emergentes
P03.08
O efeito do tipo de poda e de fertilização orgânica na incidência de
cochonilhas em vinha
ELSA BORGES DA SILVA1, MARTA MAIA, PATRÍCIA LOPES, AMÂNDIO CRUZ3,4, MANUEL
BOTELHO3, JOSÉ CARLOS FRANCO1, ANTÓNIO MEXIA2
1
Centro de Estudos Florestais, Instituto Superior de Agronomia, Universidade de Lisboa,
Tapada da Ajuda 1349-017 Lisboa; 2 Centro de Engenharia dos Biosistemas, Instituto
Superior de Agronomia, Universidade de Lisboa, Tapada da Ajuda 1349-017 Lisboa;
3
Unidade de Investigação de Química Ambiental, Instituto Superior de Agronomia,
Universidade de Lisboa, Tapada da Ajuda 1349-017 Lisboa; 4 Centro de Botânica Aplicada
à Agricultura, Instituto Superior de Agronomia, Universidade de Lisboa, Tapada da Ajuda
1349-017 Lisboa
Autor correspondente: [email protected]
São vários os fatores que podem alterar a importância relativa das pragas, sendo
frequentemente referido que, ao nível dos fatores abióticos, as alterações climáticas e/ou
alterações das práticas culturais podem ser responsáveis pelo acréscimo da densidade
populacional e por desequilíbrios na relação espécie fitófaga/hospedeiro vegetal,
resultando no acréscimo de prejuízos. De facto, alterações ao nível do microclima das
plantas podem favorecer o desenvolvimento dos insetos mediante a manutenção de
temperatura e humidade favoráveis, muitas vezes em conjugação com maior
fornecimento de nutrientes à cultura. Este potencial de interação entre práticas culturais
e importância relativa de pragas, nomeadamente ao nível do tipo de poda (poda manual
vs poda em sebe) e da incorporação de fertilização orgânica (estrume bovino, resíduos
sólidos urbanos compostados, lamas de ETAR, biocarvão) tem sido alvo de estudo no
âmbito do projeto “FertilPoda” (Proder, PA 24071), no caso particular das cochonilhas
lapa associadas à vinha em Portugal. São apresentados os principais resultados da
avaliação dos efeitos dos diversos materiais incorporados, bem como da variação no tipo
de poda, na avaliação das taxas de infestação, dinâmica de infestação durante o ano e na
avaliação à colheita . Paralelamente, foi possível esclarecer vários aspetos da biologia das
cochonilhas-lapa (i.e., ciclo de vida, ciclo biológico), níveis de parasitismo e quais as
espécies de parasitóides envolvidas.
Palavras-chave: cochonilhas-lapa, dinâmica de infestação, parasitóides, práticas culturais,
taxa de infestação
48
Resumos – comunicações em painel
Sessão 3 – Pragas, doenças e infestantes emergentes
P03.09
Characterization of Phyllosticta ampelicida isolates of grapevine
FILIPA CANAVEIRA*, PEDRO REIS*, TERESA NASCIMENTO, CECÍLIA REGO
Departamento de Ciências e Engenharia dos Biossistemas, Instituto Superior de
Agronomia, Universidade de Lisboa, Tapada da Ajuda, 1349-017 Lisboa, Portugal
Corresponding author: [email protected]
Phyllosticta ampelicida is a fungus native of North America and it is responsible for the
disease commonly known as black rot of grapevine. This particular pathogen is able to
cause damages in all the green tissues of the plant as well as in the clusters, therefore
posing a serious threat on yield and wine quality. Due to the significance of this species in
Portugal, associated with an increasing concern amongst the Portuguese grape growers, it
is of the utmost importance to understand P. ampelicida in the local climatic conditions
and cultivars. Thirty isolates obtained from symptomatic grapevines in different
Portuguese regions, thirteen isolates received from several European countries, namely
Italy, Hungary and Luxembourg and one reference isolate, were used in the present
study. Morphological characteristics, optimum growth, temperature and size of the
conidia were compared as well as geographic origin. Pathogenicity assessments were
conducted on grapevines plants (cv. Fernão Pires), maintained on greenhouse conditions,
by inoculating one year old green shoots with mycelium plugs from all isolates of the
collection. Also molecular studies using ISSR (Inter Single Sequence Repeat) are being
performed to determine intraespecific variability within the isolates collection.
Key words: black rot, pathogenicity, variability, Vitis vinifera
49
Resumos – comunicações em painel
Sessão 3 – Pragas, doenças e infestantes emergentes
P03.10
Fungal diseases detected on blueberries in Portugal
EUGÉNIO DIOGO1, GISELA CHICAU2
1
Unidade de Investigação e Serviços de Sistemas Agrários e Florestais e Sanidade Vegetal,
Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, I.P., Quinta do Marquês, Av. da
República, 2780-157 Oeiras Portugal; 2 Divisão de Apoio ao Sector Agroalimentar, Direção
Regional de Agricultura do Norte, Estrada Exterior da Circunvalação, 11846, 4460-281
Senhora da Hora. Porto, Portugal
Corresponding author: [email protected]
The interest in blueberry cultivation in Portugal has increased exponentially in the last
years but the information on occurrence of diseases is almost inexistent. This information
is of utmost importance to recommend prevention and management measures to
farmers. The objective of this study was to determine the fungal species causing diseases
in blueberry plantations in Portugal. During 2012 and 2013 the experimental blueberry
fields of INIAV were surveyed for disease signs and symptoms. The survey was conducted
three times every year from blooming until harvest. Samples from diseased plants were
collected and taken to the laboratory for fungal identification. Samples submitted by
producers to the INIAV laboratories and DRAPNorte (Divisão de Apoio ao Sector
Agroalimentar) for pathogen identification was also included in the survey. The fungi
associated with the observed symptoms were identified based on morphological
characters. Molecular identification of selected isolates was also performed. The most
commonly found diseases were: stem blight and dieback (Neofusicoccum sp.;
Botryosphaeriaceae), twig blight (Diaporthe spp., Pestalotiopsis sp. and Truncatella spp.),
leaf rust (Naohidemyces vaccinii (Jørst.) S. Sato, Katsuya & Y. Hirats. ex Vanderweyen &
Fraiture), leaf spot (Alternaria spp.), twig and stem blight (Botrytis cinerea Pers.) and root
rot (Armillaria spp., Phytophthora cinnamomi Rands, Pythium spp. H.E. Petersen,
Cylindrocarpon spp. and Fusarium solani (Mart.) Sacc., Fusarium oxysporum Schlecht.: Fr.,
and Fusarium sp.). Molecular identification of selected isolates confirmed the presence of
Neofusicoccum australe (Slippers, Crous & M.J. Wingf.) Crous, Slippers & A.J.L. Phillips,
Diaporthe viticola Nitschke, Diaporthe neotheicola A.J.L. Phillips & J.M. Santos).
Key words: Vaccinium corymbosum L.
50
Resumos – comunicações em painel
Sessão 3 – Pragas, doenças e infestantes emergentes
P03.11
Sobrevivência de enxertos-prontos de videira na presença de vírus:
resultados preliminares
MARGARIDA TEIXEIRA SANTOS1, JOÃO BRAZÃO2, FILOMENA FONSECA3, JOSÉ EDUARDO
EIRAS-DIAS2
1
INIAV, Quinta do Marquês, 2780-159 Oeiras, Portugal; 2 INIAV, Quinta da Almoínha,
2565-191 Dois Portos, Portugal; 3 Universidade do Algarve, CIMA. Campus de Gambelas,
Edifício 7, 8005-139 Faro, Portugal.
Autor correspondente: [email protected]
As viroses em vinha são repetidamente referidas como causa de incompatibilidade e
baixa taxas de sobrevivência de enxertias. No entanto é difícil encontrar trabalhos
publicados que contabilizem a taxa de sobrevivência de enxertos. Num contexto
comercial testámos diferentes combinações de garfos infetados com diferentes vírus,
com porta-enxertos certificados. Cada garfo estava infetado só com um dos seguintes
vírus: vírus do urticado -Grapevine fanleaf virus (GFLV); e três dos vírus associados ao
enrolamento foliar-Grapevine leafroll associated virus 1 (GLRaV1), Grapevine leafroll
associated virus 2 (GLRaV2) e Grapevine leafroll associated virus 3 (GLRaV3).
Determinaram-se as percentagens de sobrevivência dos enxertos prontos em três fases
do processo de produção. O primeiro na formação de calogénese no final do periodo de
estratificação. O segundo na formação de raízes no final do período de crescimento e o
terceiro após o período de repouso vegetativo imediatamente antes da preparação dos
enxertos prontos para venda. As percentagens de sobrevivência dos enxertos prontos no
final do período estratificação foram: 97% para GLFV, GLRaV2 e GLRaV3,mas só de 64%
para GLRaV1. No final do período ‘crescimento’ as percentagens de sobrevivência foram
de 48% para GLFV, 35% para GLRaV1, 40% para GLRaV2 e 27% para GLRaV3.
Imediatamente antes da preparação do material para venda a percentagens de
sobrevivencia final foi de 8% para GFLV, 64% para GLRaV1, 56% para GLRaV2 e 70% para
GLRaV3. Os resultados de sobrevivência das plantas enxertadas após completarem o ciclo
no viveiro foi respetivamente de 4% para o vírus do urticado, 14 % para o vírus do
enrolamento 1, 21% para GLRaV2 e 19% para o vírus do enrolamento 3. O presente
estudo demonstra claramente que enxertar com garfos infetados com virus resulta em
perdas significativas no viveiro, mas a sobrevivência de cerca de 20% das plantas
infetadas com enrolamento foliar transfere para os viticultores todos os problemas
inerentes à compra de material vegetal com problemas fitossanitários.
Palavras chave: GFLV, GLRaV 1, GLRaV 2, GLRaV 2
51
Resumos – comunicações em painel
Sessão 3 – Pragas, doenças e infestantes emergentes
P03.12
New disease linked with trunk and stem canker of Eucalyptus in Portugal
MÁRCIA R. C. SILVA1, EUGÉNIO DIOGO1, HELENA BRAGANÇA1, HELENA MACHADO1, ALAN
J. L. PHILLIPS2
1
Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, I.P., Unidade Estratégica de
Investigação e Serviços, Sistemas Agrários e Florestais e Sanidade Vegetal, Quinta do
Marquês, 2780-159 Oeiras, Portugal; 2 Centro de Recursos Microbiológicos, Faculdade de
Ciências e Tecnologia, Universidade Nova de Lisboa, 2829-516 Caparica, Portugal
Corresponding author: [email protected]
Canker caused by Teratosphaeria gauchensis and T. zuluensis is a very damaging disease
of Eucalyptus species that has serious effects on tree growth, worldwide. The symptoms
are discrete necrotic spots on young green stems, lesions on twigs that develop into
internal cankers. In old stages, canker can coalesce to form large, dark, oval-shaped
cankers on the stems and trunks and is able to affect adult eucalypts. The aim of this work
is to clarify the identity of the pathogen involved on new symptoms observed in
Portuguese Eucalyptus globulus plantations.
Key words: canker disease,
Teratosphaeria zuluensis
Eucalyptus
52
globulus,
Teratosphaeria
gauchensis,
Resumos – comunicações em painel
Sessão 3 – Pragas, doenças e infestantes emergentes
P03.13
Eucalyptus Leaf Disease Complex in Portugal and its recent taxonomy
MÁRCIA R. C. SILVA1, HELENA MACHADO1, ALAN J. L. PHILLIPS2
1
Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, I.P., Unidades Estratégicas de
Investigação e Serviços, Sistemas Agrários e Florestais e Sanidade Vegetal, Quinta do
Marquês, 2780-159 Oeiras, Portugal; 2 Centro de Recursos Microbiológicos, Faculdade de
Ciências e Tecnologia, Universidade Nova de Lisboa, 2829-516 Caparica, Portugal
Autor correspondente: [email protected]
In Portugal, Eucalyptus globulus is the most important forest plantation species, covering
about 26% of continental forestry area. Eucalyptus plantations are clustered in the coastal
regions where pathogen attack is lower. Mycosphaerella is inserted in Dothideomycetes,
Capnodiales, a large genus of ascomycetous fungi, generally leaf infecting fungi that
contain about 3000 species. Eucalyptus are affected by a complex of species included
mainly in this genus which was recently re-evaluated and transferred to several new
genera. The aim of this work is to review the Portuguese Eucalyptus Leaf Disease Complex
and its taxonomy.
Palavras-chave: Amycosphaerella, Austroafricana, Paramycosphaerella, taxonomy,
Teratosphaeria, Teratosphaericola
53
Resumos – comunicações em painel
Sessão 3 – Pragas, doenças e infestantes emergentes
P03.14
Micobiota associada a adultos do escaravelho das palmeiras
(Rhynchophorus ferrugineus) recolhidos em armadilhas com feromona de
agregação no concelho de Cascais
ANA PAULA RAMOS1, MARTA ROCHA2, SARA BELCHIOR2, RUI PEIXOTO3, MARIA
FILOMENA CAETANO2, ARLINDO LIMA1
1
CEER-Centro de Engenharia dos Biossistemas, Instituto Superior de Agronomia,
Universidade de Lisboa, Lisboa, Portugal; 2 ISA-Instituto Superior de Agronomia, LPVVALaboratório de Patologia Vegetal Veríssimo de Almeida, Universidade de Lisboa, Portugal;
3
CascaisAmbiente – Empresa Municipal de Ambiente de Cascais, E.M., S.A., Alcabideche,
Portugal
Autor correspondente: [email protected]
O Rhynchophorus ferrugineus é a mais importante praga de palmeiras em Portugal e
afecta sobretudo Phoenix canariensis, P. dactylifera, Trachycarpus fortunei, Washingtonia
filifera e W. robusta. Foi detectada em 2007 no Algarve e actualmente encontra-se
disseminada por quase todo o país. Porém, a nocividade da praga levou a que se iniciasse
em 2010 um programa de deteção precoce da espécie no concelho de Cascais com
recurso a armadilhas do tipo PICUSAN® com uma feromona de agregação com base em
ferruginol. Entre Maio e Novembro de 2011 procedeu-se ao estudo da diversidade de
fungos filamentosos transportados pelos insetos capturados nessas armadilhas, tendo em
vista o conhecimento da micobiota associada aos adultos desta espécie. Em todas as
amostras de insetos analisados detectou-se um número variável de espécies de fungos
filamentosos e durante o período do estudo foram registadas 59 espécies que surgiram
associadas ao rostro/antenas, asas, patas e amostras de órgãos internos. A maioria das
espécies é saprófita, tendo sido, no entanto, encontrados em diferentes órgãos dos
insectos Nalanthamala vermoesenii e Chalara paradoxa, importantes patogénios de
palmeiras em Portugal. Foram ainda observadas espécies, dos géneros Metarhizium e
Paecilomyces, que deverão ser estudadas como possíveis entomopatogénios nesta
espécie.
Palavras-chave: Chalara paradoxa, fungos
Nalanthamala vermoesenii, Phoenix canariensis
54
entomopatogénicos,
Metarhizium,
Resumos – comunicações em painel
Sessão 3 – Pragas, doenças e infestantes emergentes
P03.15
Produção de anticorpos policlonais para a deteção de Ilyonectria liriodendri
FERNANDO CARDOSO1, TERESA NASCIMENTO2, JORGE FIGUEIREDO1, DANIELA
CARVALHO1, HELENA OLIVEIRA2
1
UEI Parasitologia Médica, IHMT, Universidade Nova de Lisboa, Rua da Junqueira, 100,
1349-008 Lisboa, Portugal.2 CEER Centro de Engenharia dos Biossistemas, Instituto
Superior de Agronomia, Universidade de Lisboa, 1349-017 Lisboa, Portugal.
Autor correspondente: [email protected]
Diversos fungos do género Ilyonectria estão associados à doença do pé negro da videira,
sendo I. liriodendri e o complexo I. macrodidyma os mais relevantes a nível mundial. A
doença surge mais frequentemente em materiais de propagação vegetativa de videira,
originando a perda de plantas enxertadas em viveiro e a morte de videiras em vinhas
recém-plantadas. Afeta igualmente videiras adultas, designadamente plantas-mãe de
porta-enxertos e de garfos. As infeções podem ter origem no solo, mas os materiais de
propagação vegetativa de videira constituem o principal veículo de disseminação de
Ilyonectria spp. a longas distâncias. A deteção rápida e expedita de I. liriodendri em
materiais de viveiro assume, por isso, a maior relevância. Com o objetivo de desenvolver
uma técnica expedita para a deteção de I. liriodendri, foram produzidos anticorpos
policlonais em ratos Wistar (Rattus norvegicus), imunizados com micélio liofilizado do
isolado Cy68, homogeneizado com adjuvante completo de Freund's na primeira
imunização, seguida de três imunizações com adjuvante de Freund's incompleto, com
duas semanas de intervalo. O soro foi recolhido e testado por ELISA indireto para
determinar o título do anticorpo, tendo-se obtido um título ótimo de 1/1000 na
imunização. Este soro foi depois testado quanto à sua reatividade relativamente a outros
isolados de I. liriodendri e ainda para I. macrodidyma, “Cylindrocarpon” pauciseptatum e
outros fungos não relacionados com os agentes causais do pé negro da videira. O soro
obtido apenas reagiu com isolados de I. liriodendri. Com o objetivo de disponibilizar esta
técnica aos viveiristas, encontra-se em desenvolvimento um “kit” que permitirá detetar
especificamente I. liriodendri, a partir de tecidos do lenho da videira e que contribuirá
para a produção de materiais de propagação vegetativa sãos.
Palavras-chave: ELISA, Ilyonectria sp., pé negro, videira, viveiro vitícola
55
Resumos – comunicações em painel
Sessão 4 – Deteção, diagnóstico e monitorização de inimigos das culturas
P04.01
Inventário e monitorização da condição da Floresta Urbana recorrendo a
Smartphones
LUIS M. MARTINS1, MARCO MAGALHÃES, PEDRO FERREIRA, ADERBAL SILVA, PEDRO M.
SILVA2
1
Dep. Ciências Florestais Arq. Paisagista; 2 Dep. Engenharias; Centre for the Research and
Technology of Agro-Environmental and Biological Sciences, CITAB University of Trás-osMontes and Alto Douro, UTAD, Quinta de Prados, 5000-801 Vila Real, Portugal
Autor correspondente: [email protected]
O Inventário das árvores da Floresta Urbana e registo numa Plataforma Informática são
essenciais para a boa gestão arbórea. Mas devido às diferentes exigências das árvores é
essencial a atualização da informação, relativa à sua condição. Devido às diferentes
condições locais e à variabilidade genética, há diferenças no desenvolvimento das
árvores, floração, suscetibilidade a agentes bióticos ou abióticos, mesmo entre indivíduos
de igual espécie e idade. Assim, no mesmo local as ações podem ser diferenciadas,
consoante as exigências de cada indivíduo, podendo compreender o melhoramento de
infraestruturas, fertilizações, tratamentos fitossanitários, podas, mondas, intervenções no
solo, cirurgias, remoção de cancros, entre outros. Acresce que devido ao número de
árvores e à diversidade, ações frequentes que envolvem o diagnóstico ou as intervenções
não são geralmente registadas sistematicamente. Quando as anotações são em papel, a
informação demora geralmente a ser transposta para formato digital, onde possam ser
gerados rapidamente relatórios e análises úteis à gestão. Neste estudo são desenvolvidas
aplicações informáticas em programas OpenSource (LizMap, Qgis, PortgreSQL e PostGIS)
que permitem a gestão da informação em servidor através de equipamentos com acesso
à internet. Além da utilidade no inventário a metodologia desenvolvida possibilita agilizar
todo o processo de acesso aos dados e registo das intervenções ou diagnósticos. Este
estudo desenvolvido para a cidade da Guarda, facilita a gestão e permite conhecer em
tempo real diagnósticos e intervenções necessárias. Permite ainda informar o cidadão
sobre as atividades desenvolvidas nos espaços verdes, contribuindo assim para uma
melhor consciência ambiental.
Palavras-chave: árvores ornamentais, diagnóstico, OpenSource, plataforma informática
56
Resumos – comunicações em painel
Sessão 4 – Deteção, diagnóstico e monitorização de inimigos das culturas
P04.02
Diversity of Grapevine virus A (GVA) variants in Portuguese grapevine
cultivars: improving molecular detection
FILOMENA FONSECA1, INÊS SILVA1, FILIPA ESTEVES1, MARGARIDA TEIXEIRA SANTOS2,
JOÃO BRAZÃO3, EDUARDO EIRAS-DIAS3
1
Universidade do Algarve, CIMA. Campus de Gambelas, Edifício 7, 8005-139 Faro
Portugal, 2 INIAV, Quinta do Marquês, 2780-159 Oeiras, Portugal, 3 INIAV, Quinta da
Almoínha, 2565-191 Dois Portos, Portugal
Corresponding author: [email protected]
Grapevine virus A (GVA) is one of the most widespread viruses in vineyards worldwide,
known for more than 30 years. GVA is implicated in the rugose wood complex, with
several natural insect vectors. Routine detection is done by DAS-ELISA with commercial
antibodies. Due to the high genetic heterogeneity of GVA, reliable molecular detection
and typification assays have been slow to implement and most strains were discovered
on the basis of different symptoms induced in herbaceous hosts. In this scenario
investigating the genetic structure of GVA populations infecting field-established
grapevines is vital to provide a background to improve detection and functional
characterization of GVA variants. From an initial set of 30 isolates retrieved from
Portuguese cultivars (CAN PRT051, Dois Portos), nucleotide sequences extending through
ORFs 3 to 5 and including the 3’-UTR were obtained from 8 isolates, testing an array of
published primers. The phylogenetic analysis revealed the existence of four phylogroups
(I-IV). The ORF5 sequences, encoding the protein p10, in turn grouped into two wellresolved phylogroups (bootstrap>75%), which showed to correspond to the previous
groups I and III. The sequences retrieved from the Portuguese isolates grouped with
homologous sequences available at GenBank, without evidence of segregation by
geographical origin. Five of the isolates revealed infection by variants from different
phylogroups. Values of dN/dS determined for the capsid protein gene (ORF4) and p10
gene showed both to be under strong purifying selection. This work extended the
knowledge about the variability of GVA variants to poorly characterized genomic regions.
It also contributed to improve the molecular detection tool through the design of a
primer pair capable of amplifying the initial 30 isolates, while producing amplicons with
phylogenetic information suitable for typification.
Key words: Cloning and sequencing, Intra-isolate diversity, Molecular viral variants,
Vitivirus
57
Resumos – comunicações em painel
Sessão 4 – Deteção, diagnóstico e monitorização de inimigos das culturas
P04.03
Phylogenetic analysis and typification of Grapevine leafroll-associated virus
2 capsid protein gene variants from Portuguese isolates
FILOMENA FONSECA1, FILIPA ESTEVES1, MARGARIDA TEIXEIRA SANTOS2, JOSÉ EDUARDO
EIRAS-DIAS3
1
Universidade do Algarve, CIMA. Campus de Gambelas, Edifício 7, 8005-139 Faro
Portugal; 2 INIAV, Quinta do Marquês, 2780-159 Oeiras, Portugal; 3 INIAV, Quinta da
Almoínha, 2565-191 Dois Portos, Portugal
Corresponding author: [email protected]
To date eight Grapevine leafroll-associated viruses (GLRaV-1,-2,-3,-4,-5,-6,-7,-9) have
been implicated in grapevine leafroll disease (GLD). Although GLRaV-2 is known to occur
in Europe not much information is available on the incidence and variability of the virus in
field situations, in contrast to other world regions from where robust evidence of
pathogenicity has been reported in the last years. In this context, where no mandatory
certification is implemented for a virus with no known vector and which main
transmission route is likely to be through vegetative propagation of infected material,
detailed assessment of the incidence and of the genetic structure of field isolates is vital
in order to inform recommendations for management measures. For this purpose
nucleotide sequences of the capsid protein gene of GLRaV-2 were obtained from field
grown grapevines and from accessions of the National Ampelographic Collection (CAN).
Global phylogenetic analysis, which included sequences from this work and homologous
sequences from GenBank, showed segregation of GLRaV-2 CP gene variants into six major
phylogroups (PN, 93/955, H4, BD, RG and PV20), in agreement with previous reports.
However, the evidence gathered in this study exposed also the existence of three wellsupported subgroups in H4 (San, CS and CNP), as well as in PN (PN1, PN2 and PN3), with
subgroup PN3 composed exclusively of variants from a Portuguese isolate. The other
eighteen isolates analyzed harboured CP gene sequences distributed in phylogroups PN1,
PN2, 93/955 and H4, with three of the isolates evidencing mixed infections with variants
from different phylogroups. A typification assay based on reverse transcription reaction
(RT) followed by polymerase chain reaction (PCR) and restriction fragment length
polymorphism (RFLP) analysis was developed to discriminate the different variants.
Key words: Closterovirus, Grapevine leafroll-disease, Intra-isolate diversity, RT-PCR-RFLP
58
Resumos – comunicações em painel
Sessão 4 – Deteção, diagnóstico e monitorização de inimigos das culturas
P04.04
Método de deteção de Pseudomonas syringae pv. actinidiae (Psa) em
ramos assintomáticos de actinídea
ADELA ABELLEIRA, AITANA ARES, OLGA AGUIN, PEDRO MANSILLA
Estación Fitopatolóxica do Areeiro. Deputación de Pontevedra. Subida a la Robleda s/n,
36153 Pontevedra, Espanha
Autor correspondente: [email protected]
Pseudomonas syringae pv. actinidiae (Psa) é a bactéria causadora do cancro bacteriano da
actinídea, uma doença que se expandiu rapidamente nos principais países produtores
causando importantes prejuízos. Os primeiros sintomas aparecem nos ramos, sobretudo
durante a Primavera e Outono. Para tentar conter a propagação do agente patogénico e
controlar o desenvolvimento desta doença, é necessário utilizar técnicas de deteção
precoce. O objetivo deste estudo foi aplicar um método de deteção precoce de Psa, antes
de surgirem sintomas da doença. Para isso, foram selecionadas 20 plantas de actinídea
(15 de Actinidia deliciosa, 3 de A. arguta e 2 de A. kolomikta) assintomáticas, mas que já
se tinha confirmado a presença de Psa, localizadas numa plantação da província de
Pontevedra (Espanha). Durante o repouso vegetativo, foram colhidos 4 ramos do ano de
cada planta, com orientações diferentes. No laboratório, cada ramo foi cortado em 3 subamostras com a presença de, pelo menos, 3 botões em cada. Cada uma foi desinfetada
superficialmente e, em seguida, um extremo foi submerso num tubo tipo Falcon® que
continha uma solução salina tamponada e, o outro foi colocado num tubo de silicone
acopolado a uma seringa para a recolha do líquido por aspiração.
Com as alíquotas obtidas procedeu-se ao isolamento em meio B de King e à deteção
mediante PCR convencional e nested PCR. Ambos os métodos moleculares foram usados
para a identificação das colónias obtidas com morfologia típica de Psa.
A bactéria foi detetada em 50% das plantas amostradas, embora não em todos os ramos
da mesma planta. Nos ramos positivos, a Psa foi isolada e detetada nas 3 sub-amostras
analisadas.
Palavras-chave: Actinidia arguta, Actinidia deliciosa, Actinidia kolomikta, cancro
bacteriano
59
Resumos – comunicações em painel
Sessão 4 – Deteção, diagnóstico e monitorização de inimigos das culturas
P04.05
Oídio da videira: germinação de conídios de Erysiphe necator a diferentes
temperaturas
CARLA SOUSA, MARIA ISABEL CORTEZ
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Escola de Ciências Agrárias e Veterinárias,
Departamento de Agronomia - CITAB, Vila Real, Portugal
Autor correspondente: [email protected]
O objetivo deste trabalho foi analisar o efeito de diferentes temperaturas na germinação
de conídios de Erysiphe necator, agente causal do oídio da videira. Para o efeito
utilizaram-se discos de folhas de videira que se inocularam com conídios de E. necator.
Imediatamente após a inoculação, os discos foram sujeitos a quatro tratamentos (T1 a T4)
de temperatura com ciclo diário: T1 - 18h a 12ºC seguidas de 6h a 20ºC; T2 - 6h a 20ºC
seguidas de 18h a 12ºC; T3 - 18h a 14ºC seguidas de 6h a 22ºC e T4 - 6h a 22ºC seguidas
de 18h a 14ºC. As observações de germinação de conídios foram efetuadas 2, 3, 4, 8, 24,
48 e 72 horas após o início da colocação dos discos às várias temperaturas. Avaliaram-se
os conídios germinados e os conídios que já tinham desenvolvido apressório. Os
resultados mostram que quando os discos inoculados foram submetidos inicialmente a 20
ou 22ºC (T2 e T4) a germinação e a formação de apressórios apareceram mais cedo
comparativamente a quando o processo de iniciou às temperaturas de 12 ou 14 ºC. Para
as temperaturas iniciais de 20 ou a 22ºC, a formação de apressórios começa a surgir
respetivamente ao fim de 8 horas ou 4 horas, mostrando que a infeção da videira por E.
necator é um processo bastante rápido quando ocorre durante as horas mais quentes do
dia. Por outro lado, quando a germinação se inicia a temperaturas de 12 ou 14ºC o
aparecimento de conídios com apressórios só é visualizada ao fim de 24 horas.
Palavras-chave: apressórios, Erysiphe necator
60
Resumos – comunicações em painel
Sessão 4 – Deteção, diagnóstico e monitorização de inimigos das culturas
P04.06
Dinâmica da vegetação espontânea de outono-inverno no Baixo Alentejo
SOFIA RAMÔA1, PEDRO OLIVEIRA e SILVA1, TERESA VASCONCELOS2, JOÃO PORTUGAL1
1
Escola Superior Agrária, Instituto Politécnico de Beja Rua Pedro Soares, Apartado 6158,
7800-908 Beja, Portugal; 2 Instituto Superior de Agronomia, Universidade de Lisboa,
Tapada da Ajuda, Apartado 354, 1349- 017 Lisboa, Portugal
Autor correspondente: [email protected]
A implementação do maior projeto de regadio a sul de Portugal (Empreendimento de Fins
Múltiplos do Alqueva) e consequente aumento de novas áreas regadas tem reflexos na
agricultura alentejana. Estas alterações, graduais, nos sistemas de agricultura
tradicionalmente praticados traduzem-se na diminuição das áreas das culturas arvenses
de sequeiro e na expansão de culturas regadas como, é exemplo, o olival e a vinha. Estas
transformações implicam alterações na vegetação residente. O presente trabalho teve
por objetivo analisar a dinâmica da vegetação espontânea em condições de clima
mediterrâneo, num período de 10 anos. Durante a Primavera de 1997, na região de Beja,
realizaram-se levantamentos florísticos em parcelas de trigo, cevada e aveia distribuídas
aleatoriamente no território. Em 2007, ainda que numa fase inicial das alterações nos
sistemas de agricultura, realizaram-se novos levantamentos nos mesmos locais, em
parcelas com culturas de trigo, cevada, aveia e também parcelas com olival, pousio,
pastagem e, com menor expressão, pinhal. Para avaliar a evolução da vegetação,
recorreu-se à estimativa do índice de diversidade de Shannon-Wiener a partir do qual se
efetuou uma análise ANOVA que permitiu estudar o efeito do fator tempo e dos
diferentes sistemas culturais em 2007. Os resultados mostram que a biodiversidade
aumentou ao longo do tempo e que a composição florística foi significativamente
diferente, para um nível de significância de 5%, duplicando a representatividade das
monocotiledóneas. No entanto, o número de espécies mais frequentes diminuiu. Em
1997, das 229 espécies identificadas, sete apareceram em metade dos inventários
realizados e em 2007, das 264 espécies identificadas somente três apareceram em
metade dos inventários. O táxone Lolium rigidum foi a única espécie que apresentou um
grau de infestação muito alto no período de tempo analisado.
Palavras chave: análise de frequências, evolução temporal, flora, índice de ShannonWiener, Lolium rigidum
61
Resumos – comunicações em painel
Sessão 4 – Deteção, diagnóstico e monitorização de inimigos das culturas
P04.07
Cochonilhas-algodão associadas ao cafeeiro em estufa
ADILMA ANDRADE1, ELSA BORGES DA SILVA1,2, ANA PAULA PEREIRA3, JOSÉ CARLOS
FRANCO1,2
1
Departamento de Ciências e Engenharia de Biossistemas, Instituto Superior de
Agronomia, Universidade de Lisboa, 1349-017 Lisboa; 2 Centro de Estudos Florestais,
Instituto Superior de Agronomia, Universidade de Lisboa, 1349-017 Lisboa;
3
CIFC/Biotrop/IICT - Centro de Investigação das Ferrugens do Cafeeiro/Instituto de
Investigação Científica Tropical, Quinta do Marquês, 2784-505, Oeiras
Autor correspondente: [email protected]
O Centro de Investigação das Ferrugens do Cafeeiro, do Instituto de Investigação
Científica Tropical (CIFC/IICT) tem como principal objectivo contribuir para o
desenvolvimento de variedades de cafeeiro com resistência à ferrugem alaranjada,
causada por Hemileia vastatrix. Para o efeito, o CIFC possui uma área de mais de meio
hectare de estufas aquecidas, nas quais são mantidas as suas colecções de cafeeiros. Um
dos principais problemas fitossanitários dos cafeeiros mantidos nas estufas do CIFC, que
limita grandemente a obtenção do material vegetal necessário às inoculações dos fungos
aí estudados, são as cochonilhas-algodão. Nesta comunicação, apresentam-se os
resultados de um estudo realizado no âmbito da dissertação de mestrado da primeira
autora, que teve como principais objectivos: a) identificar as espécies de cochonilhasalgodão presentes em genótipos de cafeeiro utilizados como variedades comerciais em
diferentes países cafeicultores, como Catimor e Sarchimor (derivados do Híbrido de
Timor), mantidos em estufa, no CIFC; b) estudar a dinâmica de infestação de Planococcus
citri, através de observação visual e da monitorização do voo dos machos com armadilhas
sexuais, em cafeeiros das variedades Catimor e Sarchimor, em estufa; c) comparar a taxa
de colonização e o desenvolvimento de P. citri em dois genótipos de cafeeiro, um
resistente à ferrugem alaranjada (Catimor CIFC 45) e outro susceptível (Caturra vermelho
CIFC 19/1).
Palavras-chave: cafeeiro, cochonilhas-algodão, Phenacoccus madeirensis, Planococcus
citri, Pseudococcidae
62
Resumos – comunicações em painel
Sessão 4 – Deteção, diagnóstico e monitorização de inimigos das culturas
P04.08
A presença de Pezothrips kellyanus (Bagnall) (Thysanoptera: Thripidae) em
pomares de limoeiro, na região de Mafra
FREDERICO PREZA1,2, CÉLIA MATEUS1,3, ELISABETE FIGUEIREDO2,3
1
Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV, IP), Av. República,
Quinta do Marquês, 2784-505 Oeiras, Portugal; 2 Instituto Superior de Agronomia (ISA),
Universidade de Lisboa, Tapada da Ajuda, 1349-017 Lisboa, Portugal; 3 Centro de
Engenharia dos Biossistemas (CEER)
Autor correspondente: [email protected]
São várias as espécies de tripes (Insecta: Thysanoptera) presentes em pomares de
limoeiro, em Portugal, nomeadamente espécies fitófagas, sem que, contudo, lhes seja
atribuída relevância económica. No entanto, os prejuízos avultados causados por
Pezothrips kellyanus (Bagnall), desde há vários anos, em citrinos de alguns países,
nomeadamente da bacia mediterrânica (Espanha e Itália), obrigam-nos a estar atentos.
Os estragos são de natureza cosmética e desvalorizam comercialmente os frutos. Em
pomares da região de Mafra, em 2002 e 2003, em amostragens através dos métodos de
pancadas e aspiração, 44% dos tripes capturados eram P. kellyanus, uma espécie que se
desconhecia existir em Portugal até então. Os estragos eram observáveis nos limões, mas
não lhes era atribuída importância económica, situação que, aliás, se mantém até hoje.
Com o objetivo de voltar a avaliar o grau de presença de P. kellyanus nos pomares de
limoeiro daquela região, realizou-se novamente um levantamento destes insetos de 9 de
abril a 18 de julho de 2014 (sete datas de amostragem), através da técnica das pancadas e
da colocação de armadilhas adesivas coloridas na copa das árvores. Com as pancadas,
foram capturados 493 tripes, dos quais 45% eram P. kellyanus, seguidos de Thrips flavus
Schrank (28%) e de Frankliniella occidentalis (Pergande) (16%). As outras espécies
detetadas (T. tabaci Lindeman, T. major Uzel, T. angusticeps Uzel, Isoneurothrips australis
Bagnall e Aeolothrips tenuicornis Bagnall) estavam substancialmente menos
representadas. Os resultados relativos às armadilhas encontram-se, ainda, em análise.
Financiamento: ProDeR medida 4.1. - Cooperação para a Inovação – operação GreenLemon e CEER- projeto
estratégico PEst-OE/AGR/UI0245/2011
Palavras-chave: citrinos, monitorização, tripes
63
Resumos – comunicações em painel
Sessão 4 – Deteção, diagnóstico e monitorização de inimigos das culturas
P04.09
Selected protein biomarkers of Coffea arabica resistance to Hemileia
vastatrix: development of an ELISA assay kit
FERNANDO CARDOSO1, RITA TENENTE2, JORGE FIGUEIREDO1, CLÁUDIO PINHEIRO1, MAFALDA
PINTO1, INÊS CHAVES3,4, CARLA PINHEIRO3,5, MARIA DO CÉU SILVA2,6, JENNY RENAUT7, DANIELLE
R. BARROS2,8, ANA PAULA PEREIRA2, ANDREIA LOUREIRO2, VITOR M. VÁRZEA2,6, CÂNDIDO P.
RICARDO3, LEONOR GUERRA-GUIMARÃES2,6
1
UEI Parasitologia Médica, CMDT, Instituto de Higiene e Medicina Tropical - Universidade Nova de Lisboa
2
(UNL), Lisboa, Portugal; CIFC/Biotrop/IICT - Centro de Investigação das Ferrugens do Cafeeiro/Instituto de
3
Investigação Científica Tropical, Oeiras, Portugal; Instituto de Tecnologia Química e Biológica/UNL, Oeiras,
4
5
Portugal; Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica, Oeiras, Portugal; Faculdade de Ciências e
6
Tecnologia, UNL, Caparica, Portugal; CEER, Instituto Superior de Agronomia, Universidade de Lisboa,
7
8
Lisboa, Portugal;
CRP - Gabriel Lippmann, Belvaux, Luxembourg;
Dep. de Fitossanidade/FAEM,
Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, RS, 96010-000, Brasil
Corresponding author: [email protected], [email protected]
Coffee leaf rust, caused by the biotrophic fungus Hemileia vastatrix is the most widespread
disease of Coffea arabica, and it may lead to 10-40% of crop losses if chemical control is not used.
Although application of fungicides can provide adequate control, the utilization of coffee resistant
varieties is a more suitable and sustainable strategy against this disease. A comparative proteomic
analysis (by mass spectrometry, MALDI – TOF/TOF MS and LC/MS, followed by homology search
in Coffee EST databases) of the apoplastic fluid of C. arabica leaves from incompatible (resistant)
and compatible (susceptible) coffee-rust interactions, at targeted stages of the infection process,
allowed the identification of polypeptide spots whose volume changed in abundance between
samples. Proteins actively up regulated in the resistant versus the control and the susceptible
samples, were identified and selected for antibody (Anb) production (using excised gel peptide
spots and synthesised peptides as antigens). Anbs against chitinases, pectin methylesterase,
serine carboxypeptidase-like, reticuline oxidase-like protein and aspartic proteases, showed
higher levels of detection in the resistant samples. Tests are currently being performed in order to
develop an immunological assay kit with the selected Anbs. The reliability of the identified
proteins as potential resistance markers will be subsequently tested in several known coffee
resistant genotypes and different coffee-rust interactions, using these Anbs. In the future, this
ELISA assay kit of resistance markers will be used to assist in the selection of appropriate coffee
genotypes with relevant traits for breeding programs.
Acknowledgments: This work was supported by Portuguese Funds through FCT (Fundação para a Ciência e a
Tecnologia), under the project PTDC/AGR-GPL/109990/2009 and the strategic project PEstOE/EQB/LA0004/2011 and by a PhD grant of CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e
Tecnológico- Brazil)
Key words: 2-DE, Coffee Leaf Rust, mass spectrometry, monoclonal antibodies,
proteomics, resistance markers
64
Resumos – comunicações em painel
Sessão 4 – Deteção, diagnóstico e monitorização de inimigos das culturas
P04.10
Molecular identification of a new Olive latent virus 1 isolate from Olea
europaea L.
HELENA I. D. GASPAR1, CARLA M. R. VARANDA1, M. IVONE E. CLARA1,2, M. ROSÁRIO
FÉLIX1,2
1
Laboratório de Virologia Vegetal, ICAAM - Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais
Mediterrânicas; 2 Departamento de Fitotecnia, Universidade de Évora, Núcleo da Mitra,
Ap. 94, 7002-554 Évora, Portugal
Corresponding author: [email protected]
An Olive latent virus 1 (OLV-1) isolate obtained from Nicotiana benthamiana plants
showing local necrosis lesions after inoculation with olive extracts of cv Galega was here
molecularly characterized. Viral RNA was shown to consist of a major species ca. 3.7 kb
and an additional minor one with ca. 0.6 kb, likely a satellite, suggesting it to belong to
Alpha- or to Betanecrovirus genera. To further confirm this total RNA was reverse
transcribed and PCR amplified using a previously described pair of degenerate primers
that allow the detection of any known Alpha- and of one Betanecrovirus species. The
generated amplicon with the expected size ca. 2035 bp was purified, cloned into pGEM -T
easy vector and further sequenced. The amplicon represents ca. 55% of the major virus
RNA species, comprising significant sequences of both RNA polymerase and coat protein
genes and of the complete genes coding for the p6 and p8 proteins predicted to be
involved in viral movement within the plant tissues. A BLAST search showed a 99%
identity of the obtained nucleotide sequence with that of OLV-1 GM6 olive isolate, and
96% identity with that of OLV-1 CM1 citrus isolate, thus demonstrating that the virus
under study is an isolate of the Alphanecrovirus OLV-1, here designated as OLV-1 G1A.
Comparison of the PCR amplified nucleotide sequence of OLV-1 G1A with that of OLV-1
GM6 olive isolates revealed a total of 20 nucleotide changes, resulting in 8 non
synonymous amino acids substitutions whereas comparison with that of OLV-1 CM1
citrus isolate revealed a total of 95 nucleotides changes, resulting in 31 non synonymous
amino acid substitutions. Sequencing of the complete viral RNA species is currently
underway in our laboratory.
65
Resumos – comunicações em painel
Sessão 4 – Deteção, diagnóstico e monitorização de inimigos das culturas
P04.11
Stand factors related to sensory defects of cork planks
SANDRA VELOSO1, ANA MAGRO2, LUIS BONIFÁCIO1, EUGÉNIO DIOGO1, ANA PAULA
RAMOS3, JOSÉ PEDRO FERNANDES4, HELENA BRAGANÇA1
1
Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, I.P., Quinta do Marquês, 2780159 Oeiras, Portugal; 2 Instituto de Investigação Científica Tropical, Tapada da Ajuda,
Edifício Ferreira Lapa, 3º piso, 1349-017, Lisboa, Portugal; 3 CEER-Biosystems Engineering,
Instituto Superior de Agronomia, Universidade de Lisboa, Tapada da Ajuda, 1349-017,
Lisboa Portugal; 4 Amorim Florestal, SA. Unidade Industrial de Salteiros, Lugar de Salteiros
- Longomel, 7400-402 Ponte de Sôr, Portugal.
Corresponding author: [email protected]
The 2,4,6-trichloroanisole (TCA) is considered the main responsible for “cork taint” in
bottled wines. This exploratory study aimed at the identification of stand factors related
to TCA and the mycoflora of cork planks. Cork planks were collected from cork oak stands
in ten different regions of the country. In each region the variables soil type, grazing,
cattle type, slope, moisture of the stand, understore, stand density, age of oaks,
mortality, and presence of flathead oak borer Coroebus undatus were considered. Planks
with and without "yellow spot", a sensory defect of cork strongly related with the
presence of TCA, were chosen from each stand. Three samples were taken from each
plank for TCA quantification and fungi isolation and identification. The most relevant
results show that the planks with high TCA levels were from stands with shrubs in the
understore and the mycoflora of the cork planks was affected by the moisture and the
understore structure of the stand.
Key words: 2,4,6-trichloroanisole, cork oak, fungi, mycoflora
66
Resumos – comunicações em painel
Sessão 4 – Deteção, diagnóstico e monitorização de inimigos das culturas
P04.12
Atrativo inovador para monitorização de pragas
RICARDO PETERSEN-SILVA1, JOSÉ SILVA2, LUÍS BONIFÁCIO3, RICARDO EIRA1, CARLOS
FRESCATA1
1
Biosani – Agricultura Biológica e Protecção Integrada, Casal de Santo Isidro, Serra do
Louro,
Palmela,
Portugal;
[email protected];
[email protected];
2
[email protected]; CeNTI – Centro de Nanotecnologia e Materiais Técnicos Funcionais
e Inteligentes, Rua Fernando Mesquita, 2785, 4760-034 Vila Nova de Famalicão, Portugal;
[email protected]; 3 INIAV, I.P., UEISSAFSV, Av. da República, Quinta do Marquês, Oeiras,
Portugal
Autor correspondente: [email protected]
Ao contrário dos difusores utilizados para confusão sexual, os atractivos tradicionais utilizados
para monitorização de diversas pragas agro-florestais, tais como o Bichado da Macieira (Cydia
pomonella) apresentam taxas de libertação de feromona inconstantes, originando desvios não
ponderados nas estimativas populacionais e curvas de voo incorretas. Torna-se assim necessário o
desenvolvimento de um novo tipo de atractivo. Com recurso à nano-tecnologia, foi criado um
atractivo em que a feromona se apresenta encapsulada em nano-esferas. Estas nano-esferas
apresentam uma maior capacidade de retenção do produto químico e taxa de libertação
constante, independentemente da temperatura e humidade ambiente. Após se terem obtido
resultados promissores nos ensaios de campo, foram planeados testes em túnel de vento. Estes
testes permitiram comparar os efeitos de atracão/ repelência dos atractivos tradicionais com os
novos atractivos. Ficou demonstrado que os novos atractivos apresentam uma maior
longevidade, maior eficácia desde o primeiro momento e uma maior estabilidade que os
tradicionais. Este produto encontra-se já na última fase de desenvolvimento antes de seguir para
produção industrial.
Palavras chave: bichado da fruta, Cydia pomonella, encapsulado, feromona sexual, nanotecnologia
67
Resumos – comunicações em painel
Sessão 4 – Deteção, diagnóstico e monitorização de inimigos das culturas
P04.13
INIAV plant health diagnostic services
Phytobacteriology Laboratory
LEONOR CRUZ, PAULA SÁ-PEREIRA, ISAURA VELEZ, CLARA FERNANDES, EUGÉNIA
ANDRADE
Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, I.P., Unidade Estratégica de
Investigação e Serviços de Sistemas Agrários e Florestais e Sanidade Vegetal, Av. da
República, Quinta do Marquês, 2780-159 Oeiras, PORTUGAL
Corresponding author: [email protected]
The Laboratory of Phtybacteriology belongs to INIAV, the National Reference Laboratory
for Plant Health (NRL). Since the 90’s, this laboratory is responsible for the analysis of
samples from the National Control Plans for phytopathogenic bacteria, regulated at the
European Union level. Presently, the laboratory analyses samples collected during the
official national surveys of Ralstonia solanaceraum, Clavibacter michiganensis susbsp.
sepedonicus, Erwinia amylovora, Pseudomonas syringae pv. actinidiae, Xylella fastidiosa
and C. Liberibacter spp. using classical (including biological tests), serological, and
biomolecular techniques (conventional and qualitative Real-Time PCR). More than 1000
samples are yearly processed. In parallel, studies on the phenotypic, genomic and
phylogenetic characterization of bacterial pathogens associated with epidemiological data
support decision making by the phytossanitary authority. Plant Clinics is also one
important area of work supporting national stakeholders and farmers and representing
about 10% of the routine activity of this Laboratory. Technical training of phytossanitary
inspectors and regional official laboratories staff is in addition a complementary activity
within the frame of the mission undertaken by INIAV as NRL. Implementation of Quality
assurance procedures is ongoing towards a near future accreditation (ISO/IEC 17025).
Key words: classical and biomolecular diagnostics, plant pathology, quarantine bacteria,
training courses
68
Resumos – comunicações em painel
Sessão 4 – Deteção, diagnóstico e monitorização de inimigos das culturas
P04.14
INIAV plant health diagnostic services
Nematology lab
MARIA LURDES INÁCIO, ANA MARGARIDA FONTES, FILOMENA NÓBREGA, EUGÉNIA
ANDRADE, CLARA FERNANDES, MANUEL MOTA
Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV, I.P.) Quinta do Marquês,
2780-159 Oeiras
Corresponding author: [email protected]
The Nematology Laboratory of INIAV is responsible for the plant health aspects of
national surveillance programs for quarantine nematodes and nematodes affecting food
and fiber quality. This group of organisms is highly diverse with species occupying all sorts
of niches thus implying the analysis of different matrices from wood and soil to seeds or
plant propagation material. Besides direct damage to plants and severe crop losses, some
species of plant parasitic nematodes are able to transmit viral diseases. The diagnosis
service is set to prevent the spread and introduction of nematodes from plant material
and plant products and also to determine whether these are complying with local and EU
legislation. Recent priority has been diagnosis of the pinewood nematode (PWN,
Bursaphelenchus xylophilus) and the potato cyst nematodes (PCN, Globodera pallida and
G. rostochiensis), two major quarantine pests in Portugal. Survey of the PWN is done in
wood samples collected from declining and asymptomatic trees by national survey and in
adult insect vector (Monochamus galloprovincialis) from the national trapping network.
Identification is achieved through morphological features and molecular analysis using
species-specific primers targeting PWN ITS region of the rDNA. The PCN are detected in
soil samples from national surveys, either searching for cysts or mobile stages (mainly
second-stage juveniles) of the two very closely related Globodera species. Distinction
between cysts of the two species is done by a duplex PCR targeting the ribosomal 18S and
ITS1 sequences. The Nematology Laboratory performs also the survey of quality pests
such as Aphelenchoides besseyi from rice seeds, and for certification of orchards,
vineyards and ornamentals. Besides these services, the technical staff and researchers are
involved in teaching and training, consultancy and dissemination of knowledge.
Key words: Bursaphelenchus xylophilus, Globodera sp., plant parasitic nematodes, quality
nematodes, quarantine nematodes
69
Resumos – comunicações em painel
Sessão 4 – Deteção, diagnóstico e monitorização de inimigos das culturas
P04.15
INIAV Plant health diagnostic services
Mycology lab
HELENA BRAGANÇA, EUGÉNIO DIOGO, ANA CRISTINA MOREIRA, HELENA MACHADO,
EUGÉNIA ANDRADE, CLARA FERNANDES, FILOMENA NÓBREGA, JOANA HENRIQUES
Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV, I.P.) Quinta do Marquês,
2780-159 Oeiras
Corresponding author: helena.braganç[email protected]
The Mycology Laboratory provides services of detection and identification of
phytopatogenic, mycorrhizal and edible fungi. It supports the National Plant Protection
Organization on the planning and implementation of national surveillance programs for
quarantine fungi such as Fusarium circinatum and Phytophthora ramorum. The laboratory
assists the phytosanitary inspection service on the certification programs (e.g. grapevine
propagation material and rice seed) and on the inspections of imported commodities,
providing scientific expertise, inspectors training and testing the samples collected under
these programs. Our staff often provide technical advice to the European organizations
that determine the phytosanitary rules within the EU, such as EPPO or EFSA, and are
involved in research projects and working groups in Portugal and abroad (COST Actions;
EUPHRESCO; PRODER; FCT; among others).The mycology laboratory houses the national
collection of fungi (MEAN), which is the only culture collection in Portugal devoted to
fungi pathogenic or symbiotic to plants. Behind all those tasks, this laboratory provides a
diagnostic service for anyone from home growers to commercial farmers, including
analysis of plants, seeds or soil samples, consultancy, teaching and training.
Key words: Fusarium circinatum, Phytophtora ramorum, plant pathogenic fungi,
quarantine fungi
70
Resumos – comunicações em painel
Sessão 4 – Deteção, diagnóstico e monitorização de inimigos das culturas
P04.16
INIAV Plant health diagnostic services
Plant Virology Lab
MARGARIDA TEIXEIRA SANTOS, MARIA DO CÉU MIMOSO, ESMERALDINA SOUSA
Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV, I.P.) Quinta do Marquês,
2780-159 Oeiras
Corresponding author: [email protected]
The plant virology laboratory of the INIAV tests viruses, viroids and phytoplasmas of
plants using immunology tests like ELISA and molecular biology related techniques like
PCR, RT-PCR and real time PCR. The range of viruses tested includes the ones affecting
horticultural and ornamental plants, grapevine and fruit trees.
The plant virology laboratory of the INIAV is mandated to test samples send by the
national phytosanitary board (DGAV) to fulfill the national programs for the control of
quarantine viruses: Citrus Tristeza virus (CTV) in Citrus, Fortunella, Poncirus and their
hybrids in nursery plant material as well as national surveys; Pepino mosaic virus (PePMV)
in Solanum lycopercicum seeds and Plum pox virus (PPV) in Prunus species and their
hybrids in nursery plant material as well as in national surveys. It is also responsible for
testing viruses affecting the quality of plant propagation material of Vitis: Arabis mosaic
virus (ArMV), Grapevine Fanleaf virus (GFLV), Grapevine leafroll associated virus 1 and 3
(GLRaV 1 and GLRaV 3) and Grapevine Fleck virus (GFkV).It is also responsible for the
testing the quarantine phytoplasmas: Candidatus phytoplasma Vitis-Flavescence dorée
and Candidatus phytoplasma pyrus. A private company- Novo-Sol has an agreement to
use the facilities of the plant virology laboratory to tests for viruses its production of
ornamentals, which for the most part is to be exported. In addition to these services, the
technical staff and researchers are involved in teaching and training, consultancy and
dissemination of knowledge including to phytosanitary inspectors.
Key words: Citrus Tristeza virus, Flavescence dorée, Pepino mosaic virus, Plum pox virus
71
Resumos – comunicações em painel
Sessão 4 – Deteção, diagnóstico e monitorização de inimigos das culturas
P04.17
O Laboratório de Patologia Vegetal Veríssimo de Almeida: uma Unidade de
Apoio Tecnológico do Instituto Superior de Agronomia
FILOMENA CAETANO1, MARTA ROCHA1, SARA BELCHIOR1, ARLINDO LIMA2, ANA PAULA
RAMOS2
1
ISA-Instituto Superior de Agronomia, LPVVA-Laboratório de Patologia Vegetal Veríssimo
de Almeida, Universidade de Lisboa, Portugal; 2 CEER-Centro de Engenharia dos
Biossistemas, Instituto Superior de Agronomia, Universidade de Lisboa, Lisboa, Portugal
Autor correspondente: [email protected]
O LPVVA é uma Unidade de Apoio Tecnológico, nos termos do artigo 20º e nº 3 do Anexo
I dos Estatutos do ISA. Uma das principais competências é a prestação de serviços à
comunidade na ótica de transferência de tecnologia, nos domínios científicos da Proteção
das Plantas e Arboricultura Urbana. Este Laboratório tem desempenhado um papel
importante no apoio ao ensino e à investigação no ISA, integrando projetos de
investigação nacionais e internacionais. O apoio técnico e os serviços de consultadoria são
prestados no âmbito de protocolos de colaboração, sendo de destacar o Protocolo com a
Câmara Municipal de Lisboa que vigora desde 1996. Em colaboração com Investigadores
do ISA, têm-se vindo a efetuar no LPVVA estudos relativos a doenças e pragas, algumas
das quais detetadas pela primeira vez no nosso país. Destacam-se: o cancro das
Cupressáceas causado por Seiridium spp., a septoriose do maracujá (Septoria
passifloricola), antracnoses causadas por fungos do género Colletotrichum, doenças novas
em plantas ornamentais e em relvados. Em diversas espécies de palmeiras identificaramse duas importantes doenças, a podridão rosa causada por Nalanthamala vermoeseni e a
podridão do tronco por Chalara paradoxa. Em ambiente urbano doenças como a manchaangular dos castanheiros-da-Índia devida a Guignardia aesculi e a podridão causada por
Inonotus rickii, e ainda pragas como a psila que afeta Shinus molle (Calophya schini) e o
escaravelho das palmeiras têm sido alvo de estudos laboratoriais. Uma das áreas
científicas a que o LPVVA tem vindo a dar relevo é a Arboricultura Urbana, especialmente
na avaliação de risco de rutura de árvores, componentes que se destacam nos serviços de
consultadoria a municípios que se preocupam com o risco potencial de queda de árvores.
O LPVVA impulsiona a divulgação do saber nas suas áreas científicas e contribui para a
generalização do conhecimento em resposta às exigências do desenvolvimento e
progresso da sociedade, produzindo publicações técnico-científicas, folhetos de
divulgação e participando em conferências, congressos e workshops.
Palavras-chave:
fitossanitários
Arboricultura
urbana,
consultadoria,
72
divulgação,
problemas
Resumos – comunicações em painel
Sessão 6 – Interações agente patogénico-hospedeiro
P06.01
An integrative approach on Pine Wilt Disease
MARGARIDA ESPADA, CLÁUDIA VICENTE, FRANCISCO NASCIMENTO, MANUEL MOTA
ICAAM - Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais Mediterrânicas, Departamento de
Biologia, Universidade de Évora, Núcleo da Mitra, Ap. 94, 7002-554 Évora, Portugal
Corresponding author: [email protected]
Pine wilt disease (PWD) is considered one of the most serious worldwide conifer diseases
causing the death of several native species of Pinus and leading to economical and
ecological losses in the affected countries. In Europe, PWD was detected in mainland
Portugal, Madeira Island and Spain. As a migratory endoparasite and pathogenic agent of
PWD, the pinewood nematode (PWN), Bursaphelenchus xylophilus, has the ability to
invade, feed and migrate throughout host tissues, efficiently evading the pine defence
system. Therefore, understanding the mechanisms underpinning PWN parasitism may
contribute for the development of PWD control strategies. In our lab, efforts have been
made in order to identify PWN parasitism genes highly expressed during Pinus pinaster
infection, using next generation deep sequencing tools (RNAseq). In the last decades, the
study of PWN-associated bacteria as also received considerable attention, as these
bacteria may present a potential adjuvant role in PWN parasitism and, consequently,
PWD development. Results obtained in our lab indicate that many PWN-associated
bacteria are in fact pine endophytes, which upon PWN infection may switch their function
to be less beneficial for the pine host. In Nemalab (ICAAM/UE), we follow an integrative
and multidisciplinary approach to study PWD focusing on pine-nematode-bacteria
interactions, which represents a challenge for the development of effective pine
protection measures.
Key words: Bursaphelenchus xylophilus, endophytic bacteria, parasitism genes, plant
parasitic nematode, Pinus pinaster
73
Resumos – comunicações em painel
Sessão 6 – Interações agente patogénico-hospedeiro
P06.02
Differential gene expression profiling of grapevine cultivar Touriga
Nacional infected with Grapevine leafroll-associated virus 3 (GLRaV-3) or
Grapevine fanleaf virus (GFLV)
FILOMENA FONSECA1, FILIPA ESTEVES1, MARGARIDA TEIXEIRA SANTOS2, JOÃO BRAZÃO3,
EDUARDO EIRAS-DIAS3
1
Universidade do Algarve, CIMA. Campus de Gambelas, edifício 7, 8005-139 Faro
Portugal; 2 INIAV, Quinta do Marquês, 2780-159 Oeiras, Portugal, 3 INIAV, Quinta da
Almoínha, 2565-191 Dois Portos, Portugal
Corresponding author: [email protected]
Grapevine leafroll disease (GLD) is the most important disease of grapevines, occurring in
every grape-growing country. GLRaV-3 is the type member and the most widespread of
the Ampelovirus implicated in GLD. In turn, infectious degeneration, another most
relevant and widespread grapevine virus disease, is induced by distorting and
chromogenic strains of the Nepovirus grapevine fanleaf virus (GFLV). Both are
certification viruses in the EU. The yield and life span of a vineyard can be compromised
by the degree of susceptibility of the scion and/or rootstock to those diseases. Allied to
performance description, the quantification of distinct changes in gene expression, for
each of those pathosystems, will permit to identify susceptibility and/or resistance
related transcript profiles for cultivar characterization. Recently, a set of differentially
expressed genes was identified in our lab for cv. Touriga Nacional, associated to the
response to infections by GLRaV-3 or GFLV. Following this background work,
quantification of the expression of these genes was done by qPCR. Identification and
testing of reference genes, with stable expression in the systems studied, was conducted
for normalization of the qPCR data. Taken together, our results present guidelines for
reference gene(s) selection and revealed significant differences between the two types of
viral infection in the transcriptional response of this grapevine cultivar. The present study
provides a foundation for the selection of several candidate genes for further functional
analysis and comparative genomics with other grapevine cultivars.
Key words: Ampelovirus, gene expression, grapevine certification, Nepovirus, qPCR
74
Resumos – comunicações em painel
Sessão 6 – Interações agente patogénico-hospedeiro
P06.03
Tomato root exudates induce transcriptional changes to the root-knot
nematode Meloidogyne hispanica genes
AIDA DUARTE1, CARLA MALEITA2, ISABEL ABRANTES1, ROSANE CURTIS3
1
IMAR-CMA, Department of Life Sciences, University of Coimbra, Coimbra, Portugal;
2
CIEPQPF, Department of Chemical Engineering, Faculty of Sciences and Technology,
University of Coimbra, Coimbra, Portugal; 3 Bionemax UK Ltd, Rothamsted Centre for
Research and Enterprise, Harpenden, UK
Corresponding author: [email protected]
Meloidogyne hispanica is a polyphagous root-knot nematode, recognized as a species of
emerging importance that has the ability to infect a broad range of plants and thus
tomato (Solanum lycopersicum L.) crops can be severely damaged. The objective of this
study was to investigate whether tomato root exudates regulate the expression of five
parasitism candidate genes previously identified and sequenced in M. hispanica:
calreticulin (crt-1), cathepsin L cysteine protease (cpl-1), β-1,4 endoglucanase-1 (eng-1),
fatty acid retinol binding protein (far-1) and venom allergen-like protein (vap-1). One
thousand M. hispanica second-stage juveniles (J2) were exposed overnight to tomato
root exudates, obtained from the root systems of four week-old plants during 4 h under
agitation in sterilized distilled water, and the relative expression of the parasitism genes
determined by quantitative real-time PCR. The cpl-1, crt-1, far-1and vap-1 genes were
differentially up-regulated (P<0.05) in the pre-parasitic J2 after exposure to tomato root
exudates, whilst the expression of the gene eng-1 was only slightly affected (P=0.05) by
the treatment. The results suggest that tomato root exudates induce changes in the
expression of candidate parasitism genes. Gene silencing by RNAi will clarify the exact
function of these candidate parasitism genes on nematode penetration and survival.
Moreover, identification of the plant signal molecules in the tomato root exudates
responsible for the up-regulation of these parasitism genes can lead to the development
of novel approaches for the management of M. hispanica.
Key words: effectors, plant-nematode interactions, root-knot nematodes, secretions
75
Resumos – comunicações em painel
Sessão 6 – Interações agente patogénico-hospedeiro
P06.04
Histopathology of Bursaphelenchus xylophilus-infected seedlings of two
pine species grown in Portugal
INÊS VIEIRA DA SILVA1, LUÍSA MOTA1, PEDRO BARBOSA2, MANUEL MOTA2, LIA
ASCENSÃO1
1
Centro de Biotecnologia Vegetal (IBB), Departamento de Biologia Vegetal, Faculdade de
Ciências, Universidade de Lisboa, Campo Grande, 1749-016 Lisboa, Portugal;
2
NemaLab/ICAAM, Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais Mediterrânicas,
Universidade de Évora, Núcleo da Mitra, 7002-554 Évora, Portugal.
Corresponding author: [email protected]
Bursaphelenchus xylophilus, the pinewood nematode (PWN) responsible for pine wilt
disease (PWD), is nowadays one of the major threats to pine forests worldwide, causing
severe environmental and economic impacts. Currently Portugal is considered a
quarantine area for PWN, representing an increasingly risk of spread to European forests.
This work aimed to provide additional information about the interaction pine:nematode,
through the study of stem histological changes induced by B. xylophilus in Pinus pinaster
and P. sylvestris, important species of the south-western and north Europe forest,
respectively. Two-year-old P. pinaster and P. sylvestris seedlings were inoculated with
2,000 PWNs from the virulent strain HF. Stem samples from control and infected
seedlings were collected at different time points until 7 weeks after inoculation and
prepared for SEM or embedding in historesin for anatomy, following standard
procedures. In both species, axial resin ducts were distributed in the cortex, primary and
secondary xylem, whereas radial resin ducts occurred in the xylem rays. At the “early
stage” of infection, when no external symptoms were visible, a great number of
tanniniferous idioblasts were observed and PWNs were found in the cortical resin ducts.
During the “advanced stage” of infection, when external symptoms were plainly visible, a
severe degradation in all tissues was evident. Cavities with irregular boundaries
developed from degraded resin ducts and surrounding parenchyma cells. As the disease
progressed the cambial zone underwent degradation, the cavities along this area
enlarged and PWNs were found in xylem axial and radial ducts and their number
increased markedly. Seven weeks after inoculation, the infected zone above the
inoculation point was dried and dead, however the wilting process in P. sylvestris seemed
to occur early than in P. pinaster seedlings.
The authors acknowledge Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) through the research contract
PTDC/AGR‐CFL/120184/2010 (ref. COMPETE FCOMP‐01‐0124‐FEDER‐019454).
Key words: pine wilt disease, pine wood nematode, Pinus pinaster, Pinus sylvestris
76
Resumos – comunicações em painel
Sessão 6 – Interações agente patogénico-hospedeiro
P06.05
Response of five Portuguese grapevine cultivars to infection by
Phaeomoniella chlamydospora
JORGE SOFIA1, MARIA TERESA GONÇALVES1, CECÍLIA REGO2
1
Centre for Functional Ecology, Department of Life Sciences, University of Coimbra
Coimbra. Portugal; 2 Departamento de Ciências e Engenharia Biossistemas, Instituto
Superior de Agronomia, University of Lisbon, Lisboa, Portugal
Corresponding author: [email protected]
Little is known about the response of Dão wine region’s most common grapevine cultivars
to the causal agents of Esca and Petri disease, despite the ubiquity of these diseases in
that region and the amount of economic losses they are responsible for. In previous
works Phaeomoniella chlamydospora has been found to be one of the major causal
agents of those diseases in the Dão wine region. In this study, plants from five common
Dão grapevine cultivars – Tempranillo, Jaen, Touriga Nacional, Alfrocheiro and Encruzadowere infected with Pa. chlamydospora. The infection was performed twice (2012 and
2013) in the field on freshly pruned shoots of standing vines. Each replicate of the trial
was infected once with one of three different fungal isolates from different Portuguese
origins (south, centre and northern Portugal) and a water control. One year after
inoculation (2013 and 2014), previously infected shoots were cut off and analysed for
internal lesions, that, when found, were measured and transversal sections of internal
wood from the middle lesion, bottom of the lesion and wood without visible lesion were
analysed in order to evaluate the recovery of Pa. chlamydospora. Grapes from the canes
that developed from the infected shoots were collected and analysed for pH and
probable alcohol content. Pa. chlamydospora was frequently isolated from lesions on
infected canes, but never from the control. After statistical analysis all the isolates were
able to infect, colonise and produce lesions in all the different cultivars different to those
observed on the water control. Differences between lesions observed on different
cultivars, percentages of recovery of the different isolates on the different cultivars in
study as well as the results of the must analysis will be presented and discussed.
Key words: Dão, Esca, Vitis vinifera
77
Resumos – comunicações em painel
Sessão 6 – Interações agente patogénico-hospedeiro
P06.06
Root-lesion nematodes, Pratylenchus neglectus and P. penetrans
reproduction on two potato cultivars
TÂNIA PATO1, ISABEL ABRANTES2, MARIA JOSÉ CUNHA1, IVÂNIA ESTEVES2
1
CERNAS, Department of Agronomic Sciences, High School of Agriculture, 3040-316
Coimbra, Portugal; 2 IMAR-CMA, Department of Life Sciences, University of Coimbra, 3004517 Coimbra, Portugal
Corresponding author: [email protected]
Root-lesion nematodes (RLN), Pratylenchus spp., are serious pests causing damage in a
wide range of cultivated plants, including potato (Solanum tuberosum). As migratory
endoparasites, RLN enter and leave roots during their life cycle, move actively through
soil and penetrate the root for feeding and reproduction. The RLN´s wide host range
limits the use of crop rotation, enhancing the risk of increasing their population densities.
Thus, it is crucial to evaluate the reproduction of RLN species occurring in Portuguese
potato fields, in order to define effective nematode management strategies. The
objective of this study was to evaluate the reproduction of P. neglectus and P. penetrans,
on potato cvs “Agria” and “Monalisa”. An initial population density (Pi) of 2000
nematodes was inoculated into pots, containing 1L of soil, planted with a potato tuber.
Treatments were replicated 6 times in a randomised block design and included plants
without nematodes as controls. Plants were grown for 84 days at 25 ºC, 60% humidity
and a 12 h photoperiod of fluorescent light. At harvest, tubers and roots were observed
and root fresh weight and length recorded. The final nematode population density (Pf)
and the nematode reproduction factor (Pf substrate + roots/Pi), were determined after
nematode extraction from soil and whole root systems. The Rf of P. neglectus was similar
on both cultivars whereas the Rf of P. penetrans was significantly higher in cv.
“Monalisa”. Root weight and length were not reduced by the presence of nematodes.
Lesions on roots and wart-like protuberances on tubers were observed in inoculated
plants. The results suggested that P. penetrans is more pathogenic than P. neglectus.
However, further pathogenicity assays should be conducted.
Key words: migratory endoparasites, plant-parasitic nematodes, resistance, roots
78
Resumos – comunicações em painel
Sessão 6 – Interações agente patogénico-hospedeiro
P06.07
Estudos citogenómicos revelam inesperadas variações nos níveis de ploidia
em fungos da ordem Pucciniales
SÍLVIA TAVARES1, MANUEL MÜLLER2, TOBIAS LINK2, RALF VOEGELE2, HELENA GIL AZINHEIRA1,3,
ANA SOFIA PIRES4, ANDREIA LOUREIRO1,3, CLÁUDIA ANDRADE5, CLÁUDIA BISPO5, RUI GARDNER5,
RITA ABRANCHES4, JOÃO LOUREIRO6, MARIA DO CÉU SILVA1,3, PEDRO TALHINHAS1,3,4
1
Centro de Investigação das Ferrugens do Cafeeiro, BioTrop, Instituto de Investigação Científica Tropical.
2
3
Oeiras, Portugal;
Institut für Phytomedizin, Universität Hohenheim. Stuttgart, Alemanha;
CEER4
Biosystems Engeneering, Instituto Superior de Agronomia, Universidade de Lisboa. Lisboa, Portugal; Plant
Cell Biology Laboratory, Instituto de Tecnologia Química e Biológica António Xavier, Universidade Nova de
5
6
Lisboa. Oeiras, Portugal; Instituto Gulbenkian de Ciência. Oeiras, Portugal; CFE-Centro de Ecologia
Funcional, Departmento de Ciências da Vida, Universidade de Coimbra. Coimbra, Portugal
Autor correspondente: [email protected]
As ferrugens (ordem Pucciniales) são fungos fitopatogénicos Basidiomicetas com elevados
tamanhos de genoma e complexos ciclos de vida, podendo produzir até cinco tipos de esporos.
Em termos citogenómicos, os núcleos são normalmente haplóides, ocorrendo cariogamia nos
teleutósporos (originando núcleos diplóides), seguida de meiose, produzindo-se os basidiósporos
(haplóides), sucedendo-se a produção de ecidiolósporos, ecidiósporos (núcleos haplóides em
células dicarióticas, após a ocorrência de plasmogamia) e uredósporos. Neste estudo, a aplicação
de ferramentas de citogenómica revelou inesperadas variações nos níveis de ploidia ao longo do
ciclo de vida de diversas ferrugens. Em folhas infetadas, coexistem populações de núcleos com
dois níveis de ploidia (n e 2n) com semelhantes frequências populacionais, juntamente com uma
pequena população de núcleos 4n. A população n não foi detetada nos uredósporos (apenas 2n e
4n) nem nos respetivos tubos germinativos, reaparecendo nos apressórios. Estes resultados são
compatíveis com antigos relatos da ocorrência de cariogamia e meiose durante o processo de
diferenciação de uredósporos de Hemileia vastatrix, apesar de não serem de excluir fenómenos
alternativos à reprodução sexuada. De facto, apesar de diversos genes ortólogos de genes
específicos de meiose estarem presentes no genoma de H. vastatrix, apenas um destes foi
identificado em bibliotecas de ESTs obtidas de uredósporos germinados, apressórios e folhas
infetadas. Alguns genes relacionados com a cariogamia foram identificados tanto no genoma
como nas biliotecas de ESTs de H. vastatrix. Este trabalho sugere agora que alterações ao ciclo
nuclear já anteriormente descritas pontualmente em algumas ferrugens, e tidas como
particularidades desses organismos, poderão de facto ser a norma entre as ferrugens.
Este trabalho foi financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (projeto PTDC/AGRGPL/114949/2009 e bolsas SFRH/BPD/47008/2008, SFRH/BPD/65965/2009, SFRH/BPD/65686/2009 e
SFRH/BPD/88994/2012, atribuídas a AL, ST, ASP e PT, respetivamente), bem como pelo projeto de
colaboração bilateral FCT-DAAD entre o CIFC/IICT e a Univ. Hohenheim.
Palavras-chave: citogenómica, citometria de fluxo, diplóide, ferrugem, haplóide
79
Resumos – comunicações em painel
Sessão 6 – Interações agente patogénico-hospedeiro
P06.08
Pathogenicity of Botryosphaeriaceae species on Cork oak and on Eucalypt
JOANA NENO1,2, EUGÉNIO DIOGO1, CARLOS VALENTE3, ANA REIS4, CLARA FERNANDES1,
LOURDES SANTOS1, ARTUR ALVES5, HELENA BRAGANÇA1
1
Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, I.P., Quinta do Marquês, 2780159 Oeiras, Portugal; 2 Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, Campo Grande,
1749-016, Lisboa, Portugal; 3 RAIZ, Grupo Portucel Soporcel, Quinta de S. Francisco, Ap.
15, 3801-501 Eixo-Aveiro, Portugal; 4 Altri Florestal SA, Quinta do Furadouro, 2510-582
Olho Marinho, Portugal; 5 Departamento de Biologia, CESAM, Universidade de Aveiro,
3810-193 Aveiro, Portugal
Corresponding author: [email protected]
Cork oak (Quercus suber) and eucalypt (Eucalyptus sp.) are among the most important
forest species in Portugal, being affected by various pests and diseases. Among such,
some fungi of the family Botryosphaeriaceae are generally considered pathogens causing
mortality. Three species of this family were frequently isolated, namely Neofusicoccum
eucalyptorum and N. parvum from eucalypt plantations and Diplodia corticola collected
from cork oak stands. As cork oak and eucalypt have a wide geographic range which
frequently overlaps and results in mixed forests, we propose to study the specificity of
the three fungi to these hosts, as well as their pathogenicity and severity under
experimental conditions. Trials consisted on the inoculation of the three fungi species in
seedlings of two eucalypt species, Eucalyptus globulus and E. nitens, and also on cork oak.
Concerning the trails with eucalypt, N.parvum was found to be more aggressive than N.
eucalyptorum, being E. nitens less resistant than E. globulus for both fungi. Diplodia
corticola was also found to affect eucalypts, namely E. nitens although plants showed less
damage than for Neofusicoccum species. As for the cork oak trials, D. corticola was the
most aggressive to the seedlings, as expected, N. parvum was also found to cause wilt
symptoms in cork oak seedlings but N. eucalyptorum didn`t cause any symptoms. Results
are discussed in view of possible interactions between Botryosphaeriaceae species which
can share hosts and interact to cause decay on t cork oak and eucalypt forest.
Key words: canker disease, Diplodia corticola, Eucalyptus globulus, Eucalyptus nitens,
Neofusicoccum eucalyptorum, Neofusicoccum parvum
80
Resumos – comunicações em painel
Sessão 6 – Interações agente patogénico-hospedeiro
P06.09
Caracterização histológica do fenótipo de interação de Hyaloperonospora
brassicae (doença do míldio) em plantas de rabanete
PAULA S. COELHO1, LUÍSA VALÉRIO2, ANTÓNIO A. MONTEIRO2
1
SAFSV/LEAF, Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, Quinta do
Marquês, 2784-505 Oeiras, Portugal; 2 DCEB/LEAF, Instituto Superior de Agronomia,
Universidade de Lisboa, Tapada da Ajuda, 1349-017 Lisboa, Portugal
Autor correspondente: [email protected]
A doença do míldio no rabanete (Raphanus sativus L.) causada pelo oomiceta
Hyaloperonospora brassicae é um dos principais fatores limitantes na produção de
rabanete em regiões de clima temperado. Podem observar-se infeções de míldio em
todos os estádios da cultura, dos cotilédones às raízes, com a formação de lesões escuras
e esporulação do agente patogénico, que resultam em perdas de produção elevadas. O
nosso grupo identificou genótipos que expressaram resistência cotiledonar, a diversos
isolados de H. brassicae, caracterizada pela formação de necroses e inibição da
esporulação nas plantas resistentes. O presente trabalho teve como objetivo caracterizar
o mecanismo desta resistência, observando o fenótipo de interação a nível histológico em
hospedeiros resistentes e suscetíveis. Utilizaram-se métodos de análise de microscopia
ótica e de fluorescência para avaliar o desenvolvimento de H. brassicae no período póspenetração e a resposta induzida nas células do hospedeiro. Nas fases iniciais da infeção
observou-se uma resposta típica de hipersensibilidade (necrose dos tecidos) nos
cotilédones do hospedeiro resistente, o que contrastou com a rápida colonização dos
tecidos e a reprodução do agente causal observada no hospedeiro suscetível. A deposição
de calose nos tecidos colonizados do hospedeiro foi comum aos dois tipos de interação e
foi tanto mais extensa quanto mais extenso foi o crescimento do micélio nos tecidos do
hospedeiro. O fenótipo de resistência observado é semelhante ao já descrito em Brassica
oleracea, pelo que poderá haver semelhanças na regulação genética da resistência nas
duas espécies.
Palavras-chave: calose, genes de resistência, Hyaloperonospora brassicae subsp.
raphanus, microscopia ótica e de fluorescência, Raphanus sativus L.
81
Resumos – comunicações em painel
Sessão 6 – Interações agente patogénico-hospedeiro
P06.10
Induced resistance to pinewood nematode (Bursaphelenchus xylophilus) in
Pinus pinaster nursery plants
MARÍA MENÉNDEZ1, MARGARITA ALONSO1, ADELA ABELLEIRA2, PEDRO MANSILLA2,
ENRIQUE JIMENEZ1, PEDRO PEREZ-GOROSTIAGA1, ANDREA ABELLEIRA-SANMARTÍN2,
PILAR MOSQUERA2, MARÍA FRANCISCA IGNACIO1, LOURDES QUEIMADELOS1, GABRIEL
TOVAL1, RAQUEL DÍAZ1
1
Centro de Investigación Forestal de Lourizán, Consellería do Medio Rural e do Mar, Xunta
de Galicia, Crta. de Marín km 4, 36153 Pontevedra, España; 2 Estación Fitipatolóxica do
Areeiro , Deputación de Pontevedra, Subida a la Robleda s/n 36153 Pontevedra, España.
Corresponding author: [email protected]
Before inoculating with Bursaphelenchus xylophilus (600 nematodes/plant), 360 twoyear-old Pinus pinaster seedlings were sprayed weekly with 5 different treatments during
45 days (60 plants/treatment). The treatment solutions were: acid rain pH 3 (H2SO4:HNO3,
1:1, diluted); salicylic acid 10 M potassium salt; protocatechuic acid 10 M potassium
salt; silicon 10 M at pH 6.8; chitin suspension (0.1 g.l-1, particles<200m), and a control
(H2O). 500 ml of each solution, with a Tween 20 drop, was used for spraying the plants of
each treatment. After inoculation, effects of possible resistance induction were analysed.
The parameters studied were: plant damage, nematode proliferation, plant water
potential and biochemical changes in the inoculation zone. One week after inoculation,
the redox potential measurements of xylem water extracts indicated less oxidation
conditions in treated than in control plants. Two weeks after inoculation, predawn needle
water potential was higher in treated plants than in controls, except in the silicon
treatment. This indicates that treated plants suffered higher water stress than control
plants. Six weeks after inoculation, nematode proliferation, measured as number of
nematodes per gram of dry weight aerial part, was lower in treated plants than in
controls. At the end of the experiment, around four months after inoculation, survival
rate of the plants treated with protocatechuic acid was higher than in controls.
Key words: biochemical parameters, maritime pine, plant damages, plant water
conditions, PWN
82
Resumos – comunicações em painel
Sessão 6 – Interações agente patogénico-hospedeiro
83
Resumos – comunicações em painel
Sessão 6 – Interações agente patogénico-hospedeiro
P06.12
Transformação genética do fungo Colletotrichum kahawae mediada por
Agrobacterium tumefaciens
ANA CABRAL1, PEDRO TALHINHAS1,2, HELENA AZINHEIRA1,2, HELENA OLIVEIRA1
1
CEER, Centro de Engenharia dos Biossistemas, Instituto Superior de Agronomia,
Universidade de Lisboa, Lisboa, Portugal; 2 Centro de Investigação das Ferrugens do
Cafeeiro/BioTrop/Instituto de Investigação Científica Tropical, Oeiras, Portugal
Autor correspondente: [email protected]
O fungo Colletotrichum kahawae é responsável pela antracnose dos frutos verdes do
cafeeiro, uma doença que causa avultados prejuízos no cafeeiro Arabica em África. O
conhecimento dos mecanismos de patogenicidade deste fungo pode contribuir para uma
mais eficaz proteção contra esta doença. A transformação genética mediada para
Agrobacterium tumefaciens (ATMT), ao promover a integração estável de um fragmento
de DNA no genoma-alvo em local aleatório, permite a identificação do gene mutado.
Neste estudo, foi otimizada a ATMT para o fungo C. kahawae. A estirpe AGL1 de A.
tumefaciens contendo o vetor binário pBHt2-GFP foi co-cultivada com diferentes
concentrações de conídios de C. kahawae (5x104, 1x105, 5x105, 1x106 mL-1) e em
diferentes tempos de co-cultivo (48 e 72h). Para 1x105 conídios co-cultivados com A.
tumefaciens durante 48h, foi possível obter cerca de 150 transformantes, com capacidade
de crescimento em meio seletivo (contendo 300 µg mL-1 de higromicina B) e expressando
a proteína verde fluorescente (GFP) mediante observação por microscopia de
fluorescência. Os transformados obtidos mostraram-se estáveis e a inserção dos genes da
higromicina B e da GFP foi confirmada por PCR. Esta técnica irá permitir a obtenção de
centenas de mutantes de forma expedita que serão posteriormente caracterizados para
se selecionarem aqueles que apresentem alterações na morfologia ou patogenicidade.
Este trabalho foi financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (projeto PTDC/AGRGPL/112217/2009 e bolsas SFRH/BPD/84508/2012 e SFRH/BPD/88994/2012, atribuídas a AC e PT,
respetivamente).
Palavras-chave: antracnose dos frutos verdes, ATMT, Coffea arabica, mutagénese,
patogenicidade
84
Resumos – comunicações em painel
Sessão 7 – Novas estratégias de proteção contra pragas, doenças e infestantes
P07.01
Hipovirulência natural em Cryphonectria parasitica. Um caso de estudo,
Sergude – Minho – Portugal
I. IBÁÑEZ2, L. MOURA1,3, J. P. CASTRO1,2, E. GOUVEIA1,2
1
CIMO-Centro de Investigação de Montanha; 2 Instituto Politécnico de Bragança;
3
Instituto Politécnico de Viana do Castelo
Autor correspondente: [email protected]
O castanheiro (Castanea sativa) é uma espécie de grande importância económica e social
na região Norte de Portugal. Um dos maiores entraves ao aumento da produção de
castanha relaciona-se com a presença de fatores bióticos como a antiga e conhecida
Doença da Tinta e mais recentemente o Cancro que provocam elevada mortalidade em
castanheiro. Não existindo substâncias químicas capazes de travar o desenvolvimento do
Cancro do Castanheiro e todos os meios de mitigação se tenham revelado de reduzida
eficácia, a hipovirulência, meio de luta biológica, é a maneira mais vantajosa para travar a
doença na Europa. O método mostrou elevada capacidade de curar os cancros e
recuperação completa dos castanheiros atacados. O mecanismo molecular da
Hipovirulência está associado à presença no fungo parasita de partículas virais
denominados Hypovirus. Em Sergude (Minho) num souto com todas as árvores atacados
por Cryphonectria parasitica verificou-se num período de 3-4 anos a remissão natural dos
cancros levando à recuperação das árvores doentes. Conhecer os mecanismos envolvidos
na expressão da hipovirulência e os fatores associados à sua dispersão natural foi o
objetivo deste trabalho. Estudou-se a estrutura populacional de C. parasitica presente no
souto assim como a micoflora epifítica e endofítica associada. O estudo realizado
contribuirá para tornar a hypovirulencia como meio de luta preferencial contra o cancro
do castanheiro, um método de luta biológico, de elevada seletividade sem efeitos
adversos na saúde humana, na vida selvagem e no ambiente.
Palavras-chave: cancro do castanheiro, Cryphonectria parasítica, hipovirulência, luta
biológica
85
Resumos – comunicações em painel
Sessão 7 – Novas estratégias de proteção contra pragas, doenças e infestantes
P07.02
Nematicidal effect of camphor on the pinewood nematode
ANDRÉ PEREIRA1, MARTA COSTA1, FILIPE MARTINS1, CRISTINA GALHANO1,2,3,
1
College of Agriculture, Polytechnic Institute of Coimbra, Bencanta, 3040-316 Coimbra,
Portugal; 2 Department of Environment, College of Agriculture, Polytechnic Institute of
Coimbra, Bencanta, 3040-316 Coimbra, Portugal; 3 Centre of Functional Ecology,
Department of Life Science, Faculty of Science and Technology, University of Coimbra,
3001-455 Coimbra, Portugal
Corresponding author: [email protected]
The world demands a more conscientious lifestyle. Pesticides are toxic compounds
released to the environment to control plant pests and pathogens, which are the main
cause of various environmental and human health problems. Therefore, there is a need to
find environmentally friendly alternatives to chemical synthetic pesticides. Since 1999, in
Portugal, the entire chain of maritime pine has been grappling with a serious problem,
pine wilt disease, caused by the pinewood nematode, Bursaphelenchus xylophilus. So far,
all the control measures adopted have been ineffective in controlling this alien species.
Therefore, it is urgent to find effective and environmentally sustainable control methods
to prevent the spreading of disease to the rest of Europe as well as to other potential host
tree species. Based on this, the present work aimed to study the nematicidal activity of
Cinnamomum camphora on Bursaphelenchus xylophilus, either as leaf extract or as an
essential oil. In vitro assays were conducted to evaluate nematostatic and nematicidal
effects of macerated camphor fresh leaf (1:5 and 1:10) as well as solutions of camphor
essential oil (0.1; 0.2, 0.5; 1 and 2%). A nematicide used in Japan whose active substance
is milbemectin was also tested. Twenty nematodes were transferred to a 0.5 mL
excavated glass block for each of the different treatments. Control was made using
distilled water. Five replicates were performed for all treatments as well as the control.
Observations were made at 24, 48, 96 and 168 hours. Preliminary results of this study
indicate that, in general, camphor has nematicidal and nematostatic effect on the
pinewood nematode. Thus, more detailed studies should be conducted to better
understand and increase this nematicidal potential.
Key words: biopesticides, Bursaphelenchus xylophilus, camphor, Cinnamomum camphora,
pine wilt disease
86
Resumos – comunicações em painel
Sessão 7 – Novas estratégias de proteção contra pragas, doenças e infestantes
P07.03
Cultural measures to control cork and holm oak decline in Southern
Portugal
ANA CRISTINA MOREIRA, I. SEITA COELHO, LUIS FERNANDES, J. CASIMIRO MARTINS
Unidade Estratégica de Investigação e Serviços dos Sistemas Agrários e Florestais e
Sanidade Vegetal, Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, Quinta do
Marquês, 2784-505 Oeiras, Portugal
Corresponding author: [email protected]
Cork and holm trees are evergreen Mediterranean oaks that have important ecological
and economic impact in the Iberian Peninsula. These species formed the Montado system
in Portugal. The lack of vitality of these oaks associated with Phytophthora cinnamomi in
the last three decades, has lead to markedly high mortality of both species in Southern
Portugal. This study was conducted to determine if some cultural measures would
increase soil fertility and contribute to minimize P. cinnamomi infection of these species.
The cultural strategies are based on selected supplements (lime and fertilizers) and
vermicompost incorporated in the soil. Holm oak sowing was performed from December
2013 to January 2014 in three different stands. Preliminary results showed that, more
than one application of the selected supplements is necessary to improve soil fertility. In
all three plots acorn viability was high, ranging between 67.5% and 95%.
Key words: Phytophthora cinnamomi, soil fertility, vermicompost
87
Resumos – comunicações em painel
Sessão 7 – Novas estratégias de proteção contra pragas, doenças e infestantes
P07.04
Multi-strategy biotechnological application towards root lesion nematode
control
PAULO VIEIRA1,2, SARAH WANTOCH2, MANUEL MOTA1, KATHRYN KAMO2
1
Lab. Nematologia/ ICAAM – Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais Mediterrânicas,
Universidade de Évora, Portugal; 2 USDA ARS, Floral and Nursery Plants Research Unit,
USNA, USA
Corresponding author: [email protected]
Worldwide crop losses due to plant-parasitic nematodes have been estimated at $118
billion annually, with Pratylenchus spp. (commonly known as root-lesion nematodes, RLN)
ranking third in terms of economic losses. Despite the use of management strategies such
as crop rotation with non-host species, sustainable and long-lasting pest control
strategies are in high demand. The range of available nematicide products is also limited,
as most of these will be banned in the future. The goal of this project is to produce
genetically enhanced crops with resistance against RLN, with a final interest in
economically important floral crop (e.g. lilies and Amaryllis) highly affected by RLN. Two
different strategies will be used against RLN: 1) Silencing of essential metabolic and
parasitism candidate genes of RLN through RNA-mediated interference technology; 2)
Plant transformation with genes encoding anti-feeding factors (e.g. cysteine proteinase
inhibitors) to induce nematode resistance. Comparative transcriptome analyses (Illumina
mRNA-Seq) of soybean roots infected with Pratylenchus penetrans have been performed
3 and 7 days after nematode infection, providing basic knowledge about the molecular
mechanisms involved in the RLN-host interaction. In addition, a small-scale analysis of the
nematode transcriptome by de novo assembly of unmapped reads and data mining
(approx. 4000 nematode contigs) has generated a panel of interesting RLN target
candidates. Essential metabolic RLN genes with a lethal RNAi phenotype have been
identified using the C. elegans WormBase (WS220) database, while orthologues of
candidate parasitism genes have been obtained by comparative analyses with existing
datasets for other plant-parasitic nematodes. Infection assays with delivery of dsRNA to
RLN via transgenic soybean hairy roots is currently under evaluation for 8 metabolic and 5
plant-parasitism related genes. In parallel, transgenic plants (soybean hairy roots and
lilies) overexpressing a cysteine proteinase inhibitor have been challenged in vitro with
RLN, and there was a significant reduction of the RLN population levels and an increase in
plant mass. The identification and experimental validation of these approaches could
represent a breakthrough for novel management practices against such resilient plantparasitic nematodes.
Key words: control, plant transformation, Pratylenchus, RNAi, root lesion nematode
88
Resumos – comunicações em painel
Sessão 7 – Novas estratégias de proteção contra pragas, doenças e infestantes
P07.05
Formigas associadas à cochonilha-algodão, em vinhas da Região
Demarcada do Douro
FÁTIMA GONÇALVES1, VERA ZINA2, CRISTINA CARLOS1,3, SUSANA SOUSA1, MÁRCIO
NÓBREGA4, JOSÉ CARLOS FRANCO 2, LAURA TORRES1
1
Centro de Investigação e de Tecnologias Agro-Ambientais e Biológicas, CITAB,
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, UTAD, Quinta de Prados, 5001-801, Vila
Real, PORTUGAL, www.utad.pt; 2 Centro de Estudos Florestais, Instituto Superior de
Agronomia, Universidade de Lisboa, 1349-017 Lisboa, Portugal; 3 ADVID – Associação para
o Desenvolvimento da Viticultura Duriense, Quinta de Santa Maria, Apt. 137, 5050-106
Godim, Portugal; 4 Sogevinus Quintas S.A.- Avenida Diogo Leite 344, Santa Marinha, 4400111 Vila Nova de Gaia, Portugal
Autor correspondente: [email protected]
Na Região Demarcada do Douro (RDD), a cochonilha-algodão, Planococcus ficus,
considerada praga ocasional da vinha, tem vindo a adquirir maior expressão nalguns
locais. Este facto deve-se, em parte, à relação mutualista que existe entre esta praga e as
formigas, através da qual as primeiras obtêm das segundas fonte de alimento sob a forma
de meladas, dando-lhes em contrapartida protecção contra os inimigos naturais
(predadores e parasitóides) e transporte, facilitando o seu desenvolvimento e
propagação. No entanto, as formigas também podem providenciar ao ecossistema um
conjunto de serviços ecológicos, tais como o arejamento do solo, a decomposição da
matéria orgânica e a limitação natural de pragas. Com o objectivo de avaliar a associação
existente entre a cochonilha-algodão e as formigas e estudar o complexo de formigas
associado à praga, em 2012 e 2013 desenvolveu-se um estudo em duas vinhas de duas
quintas da RDD (Quinta do Vallado e Quinta do Arnozelo), em três períodos diferentes
(Julho, Setembro e Novembro/Dezembro). As formigas apresentaram-se mais activas no
período do Verão, tendo-se observado que, na amostragem realizada em Julho, a
totalidade das videiras infestadas com cochonilha-algodão tinham formigas, enquanto
esta percentagem foi de 60% em Setembro e de apenas 37,3% em Novembro/Dezembro.
No total, identificaram-se 10 espécies de formigas: Camponotus foreli, Camponotus
piceus, Camponotus pilicornis, Crematogaster auberti, Iberoformica subrufa, Lasius
grandis, Plagiolepis pygmaea, Plagiolepis schmitzii, Pheidole pallidula, Tetramorium cf.
caespitum. A espécie mais representativa foi C. auberti (59,1%), tendo sido observada nas
duas quintas e em todos os períodos. Iberoformica subrufa (12,4%) e L. grandis (5,4%)
apenas ocorreram na Quinta do Vallado, em Julho e Setembro, enquanto P. pygmaea
(12,4%) surgiu nas duas quintas, nos três períodos.
Palavras-chave: Crematogaster auberti, Iberoformica subrufa, Plagiolepis pygmaea,
Planococcus ficus, vinha
89
Resumos – comunicações em painel
Sessão 7 – Novas estratégias de proteção contra pragas, doenças e infestantes
P07.06
Variabilidade genética de populações de Cryphonectria parasitica na região
do Minho
SOFIA COSTA1, GABRIELA PEREIRA1, LUÍSA MOURA1,2, EUGÉNIA GOUVEIA2,3
1
Escola Superior Agrária/Instituto Politécnico de Viana do Castelo, Ponte de Lima,
Portugal; 2 Centro de Investigação de Montanha (CIMO), Portugal; 3 Escola Superior
Agrária/Instituto Politécnico de Bragança, Campus de Santa Apolónia, Bragança, Portugal
Autor correspondente: [email protected]
O cancro do castanheiro, causado pelo organismo de quarentena da lista A2
Cryphonectria parasitica, causa graves danos a castanheiros, Castanea spp., a nível
mundial. Desde 1989 é conhecida a sua presença em Portugal, onde se tem dispersado
rapidamente, originando focos de doença de maior ou menor dimensão. Não sendo
conhecidos castanheiros resistentes, a estratégia de protecção mais promissora é o
controlo biológico utilizando isolados hipovirulentos do fungo. O vírus responsável pela
hipovirulência é transmitido preferencialmente entre fungos do mesmo Grupo de
Compatibilidade Vegetativa (GCV) e pode ocorrer naturalmente em soutos infectados.
Para avaliar a diversidade de populações de C. parasitica e procurar isolados
hipovirulentos nativos, foi realizada uma prospecção em três soutos na Região do Minho.
Foi realizada uma avaliação visual da severidade da doença nas árvores amostradas e
uma amostragem dos cancros em expansão ou naturalmente curados, sendo obtidos
isolados do fungo, que foram mantidos em cultura in vitro. Todos os isolados foram
confrontados com isolados de referência para determinação do GCV, e expostos à luz
para avaliar a sua capacidade de esporulação. Para além da caracterização funcional, foi
estudada a variabilidade genética das populações através de rep-PCR fingerprinting de 30
isolados, utilizando o primer BOX A1R. Foram encontrados isolados de C. parasítica com
hipovirulência nos soutos onde não foi anteriormente feita qualquer aplicação artificial de
fungos hipovirulentos. Destacam-se os grupos dominantes GCV EU11 e EU66, como
acontece em muitas regiões de Portugal, apesar de existir um número reduzido de
isolados que não foi possível associar a GVC conhecidos. A análise dos padrões de bandas
obtidos por rep-PCR fingerprinting será discutida de acordo com a biologia e a potencial
dispersão do fungo.
Palavras-chave: cancro do castanheiro, Castanea sativa, compatibilidade vegetativa,
hipovirulência, rep-PCR fingerprinting
90
Resumos – comunicações em painel
Sessão 7 – Novas estratégias de proteção contra pragas, doenças e infestantes
P07.07
Cancro do castanheiro na Terra Fria Transmontana
A. LEAL 2, E. GOUVEIA 2, A. ARAUJO 2, J. CASTRO 2, L. MARTINS 1
1
Univ. Trás-os-Montes e A. Douro; 2 Instituto Politécnico de Bragança
Autor correspondente: [email protected]
O Cancro do Castanheiro, doença reportada em Portugal em 1990 teve uma dispersão
muito rápida em todas as regiões de castanheiro em Portugal sendo atualmente
considerada uma doença endémica. Neste trabalho estudou-se a dispersão da doença e a
estrutura populacional de Cryphonectria parasitica, na região de Trás-os-Montes nas
freguesias de Parada em Bragança, Vilar de Peregrinos em Vinhais e São João da Corveira
em Valpaços. Foram estabelecidas parcelas de amostragem com 20m de raio, dispostas
numa malha sistemática, com espaçamento de 500m. Nas parcelas avaliaram-se as
características do local, os parâmetros dendrométricos, a fitossanidade e recolheu-se
material vegetal com sintomas da doença sempre que eram observadas árvores com
cancro. Em laboratório realizou-se o isolamento e purificação dos isolados e determinouse o tipo de compatibilidade vegetativa (VcType) por pareamento com isolados de tipo
conhecido para conhecer o grau de homogeneidade das duas populações. Os resultados
demonstraram que a doença tem uma distribuição generalizada pois, foi registada a
presença de Cryphonectria parasitica em todas as freguesias sendo que, a freguesia de
Parada foi a mais afetada com esta doença. Não foram observados casos de
hipovirulência no campo nem isolamento de estirpes hipovirulentas. Dos 200 isolamentos
testados foram identificados 4 grupos VCType (GCV’S) diferentes. Cerca de 65% dos
isolados foram incluídos no grupo GCV EU-11, estando os restantes divididos entre outros
3 GCV’s. Este dado é bastante relevante pois há pouco mais de 10 anos, em Parada, foi
identificado apenas o grupo GCV (EU-11). Isso mostra uma alteração importante da
estrutura da população no período em análise. A dispersão espacial da doença,
considerando também as variáveis geográficas é de igual forma importante para a
aplicação das medidas de controlo e prevenção.
Palavras-chave: Cryphonectria parasitica, dispersão espacial, VCG
91
Resumos – comunicações em painel
Sessão 7 – Novas estratégias de proteção contra pragas, doenças e infestantes
P07.08
Solanum nigrum effects on hatching and mortality of two Meloidogyne
isolates
RITA AGANTE1, MARIA JOSÉ CUNHA1, ISABEL LUCI CONCEIÇÃO2
1
CERNAS, Department of Agronomic Sciences, High School of Agriculture, 3040-316
Coimbra, Portugal; 2 IMAR-CMA, Department of Life Sciences, University of Coimbra, 3004517 Coimbra, Portugal
Corresponding author: [email protected]
Root-knot nematodes (RKN), Meloidogyne spp., are serious pests causing damage in a
wide range of cultivated plants. Some plants have natural phytochemicals with
nematicidal properties and their root exudates may act as stimulators or inhibitors of
hatching and mortality of second stage juveniles (J2). The objective of this study was to
evaluate the effects of Solanum nigrum root exudates on the hatching and mortality of
M. arenaria and M. chitwoodi J2. Exudates of S. lycopersicum cv. “Easypeel” and water
were used as controls and five replicates for each treatment per cultivar were included.
The hatching of second-stage juveniles was evaluated daily during 15 days. The mortality
of J2 was evaluated during 8 days and counted after 3h, 6h and every 24 h of exposure to
exudates. The Corrected Cumulative Hatching % (CCH%) was calculated and corrected
with the positive control. Hatching of M. arenaria and M. chitwoodi using S. nigrum
exudates was higher when compared with the positive control (S. lycopersicum). The
percentage of mortality for S. nigrum exudates were higher when compared with the
exudates from S. lycopersicum for both species. The results suggested that S. nigrum may
have some effect on the hatching and mortality of both Meloidogyne isolates, however,
further assays should be conducted. Solanum nigrum, a spontaneous plant existing in
Portugal, seems to have potential to be used in the control of Meloidogyne spp.
Key words: biological control, hatching, mortality, plant-parasitic nematodes, root
exudates
92
Resumos – comunicações em painel
Sessão 7 – Novas estratégias de proteção contra pragas, doenças e infestantes
P07.09
Strategies to control the pine wilt disease in Portugal
EDMUNDO DE SOUSA, L. BONIFÁCIO, MARIA DE LURDES INÁCIO, P. NAVES
INIAV–Instituto Nacional Investigação Agrária e Veterinária, Quinta do Marquês 2780–
Oeiras, Portugal
Corresponding author: [email protected]
The Pine Wilt Disease (PWD), caused by the Pine Wood Nematode (PWN)
Bursaphelenchus xylophilus, was detected for the first time in Europe in 1999, in Setúbal
península, Portugal. The transmission of the nematode from an infected dying pine to a
healthy depends directly on its transport by the Pine Sawyer Monochamus
galloprovincialis, (Coleoptera, Cerambycidae), previously a secondary insect but now an
essential component of pine wilt disease in Portugal. Over the last 14 years, INIAV has
assumed a leading role in the research of this sanitary problem, contributing for a
detailed knowledge on the interactions between the nematode, the host tree and the
insect-vector, and to the development of control measures against PWN. Nowadays, the
management and control of PWD is done with cultural measures with the survey,
identification and destruction of all symptomatic and dead trees, during winter months.
Complementarily, biotechnical measures are employed against the insect-vector, with the
use of traps and lures to capture adult flying. Studies have also been done in order to
identify natural enemies as potential bio-control agents, which allowed the identification
of parasitoids of M. galloprovincialis. Several chemical products have also been tested to
assess their efficacy as nematicide and/or insecticide. As main results, a preventive
treatment of the trees proved to be effective for at least 4 years against the nematode in
the field, while sulfuryl fluoride has been presented as a new method to
disinfest/disinfect wood and proposed to be included in ISPM 15 standards.
Key-words: Bursaphelenchus xylophilus, control, IPM, Monochamus galloprovincialis, Pine
wood nematode
93
Resumos – comunicações em painel
Sessão 7 – Novas estratégias de proteção contra pragas, doenças e infestantes
P07.10
INIAV-GMO laboratory: Thirteen years on the service of insect tolerant
maize production
EUGÉNIA DE ANDRADE, MARIA CLARA FERNANDES, MÓNICA RODRIGUES, ANA CHEGÃO,
AMÉLIA MARIA LOPES
National Institute for Agricultural and Veterinarian Research, Av. da República, Quinta do
Marquês, 2780-159 Oeiras
Corresponding author: [email protected]
Plant biotechnology created insect resistant/tolerant maize plants which are a new
strategy for insect control. These Genetically Modified (GM) plants express an
entomopathogenic protein, a delta-endotoxin originated from Bacillus thuringiensis,
existing in Nature, although not naturally present in maize.
In Portugal, the cultivation and commercialization of GM maize varieties, tolerant to two
corn borer species, Ostrinia nubilalis and Sesamia nonagrioides, (and also to herbicide)
are under very strict traceability and labelling regulations. To comply with these
legislations, detection and quantification methods were implemented and in-house
validated. Since 2002 that, the INIAV-GMO lab, is testing certified maize seed lots and the
grains produced thereafter, under the national co-existence legal rules. Currently, the
testing expertise is also covering the food and feed sectors. The INIAV-GMO laboratory
offers a wide list of GMO testing, meeting the country’s needs, both at the detection and
the quantification levels. It started with a semi-quantitative approach based on the threedimensional distribution of the individuals of a sample, only suitable for products as seeds
and grains, which was patented in Portugal. Considerin,g other sample types,
export/import markets and the food and feed European Regulations, qualitative
detection and quantitation methods, by means of real-time PCR, were implemented. The
availability of proper methods resulted from several interlaboratory validation exercises
where the INIAV-GMO laboratory was an active participant for more than two years.
Presently, in order to meet the customer’s needs and to fulfil with the European
Regulation 882/2004, the accreditation under the ISO 17025 Standard is an on-going
project.
Key-words: accreditation, detection and quantification, Genetically Modified Organisms,
real-time PCR
94
Resumos – comunicações em painel
Sessão 7 – Novas estratégias de proteção contra pragas, doenças e infestantes
P07.11
In vitro screening for antagonism against Phytophthora cinnamomi
HELENA MACHADO1, JOÃO M.CARVALHO1, G. GARCIA1, C. MARTINS1, ANA PAULA
RAMOS2
1
Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, I.P., Unidades Estratégicas de
Investigação e Serviços, Sistemas Agrários e Florestais e Sanidade Vegetal, Quinta do
Marquês, 2780-159 Oeiras, Portugal; 2 CEER-Biosystems Engineering, Instituto Superior de
Agronomia, Universidade de Lisboa, Tapada da Ajuda, 1349-017, Lisboa, Portugal
Corresponding author: [email protected]
In Portugal, Phytophthora cinnamomi is one of the major pathogens affecting chestnut,
cork and holm oak, causing important economic losses. In recent decades alternative
methods to chemical control have become increasingly important. The screening for
antagonism among fungi seems a promising approach since their capability to establish
and live in the same environment where the pathogen spreads and infects the roots can
have a longer lasting protective effect on plants than that of most active substances
currently used. The protective effect of ectomycorrhizal fungi against P. cinnamomi is well
documented. Other macrofungi living in the rhizosphere may also have an antagonistic
effect against root pathogens. One of the first steps to screen isolates for their
antagonistic potential is to perform confrontation or dual culture tests. Three series of in
vitro tests were performed using 31 isolates of fungi belonging to 18 species (10
ectomycorrhizal and 8 saprophytic species) and two isolates of P. cinnamomi. Results
showed that, both among saprophytic and ectomycorrhizal fungi, there are isolates which
have an inhibiting effect on the development of P. cinnamomi. Also, the high variability
detected between isolates of the same species outline the need to compare a large
number of isolates in order to select the more efficient ones.
Key words: confrontation test, ectomycorrhizal fungi, dual culture, inhibition, saprophytic
fungi
95
Resumos – comunicações em painel
Sessão 7 – Novas estratégias de proteção contra pragas, doenças e infestantes
P07.12
Interação entre tratamentos fitossanitários e capacidade germinativa de
milho armazenado
MANUELA OLIVEIRA1, JOSÉ SEMEDO1, MÁRIO SANTOS1, PAULA VASILENKO1, CLÁUDIA
SANCHEZ1, OLÍVIA MATOS1, MARGARIDA BASTOS2
1
Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, Av. da República, Quinta do
Marquês, Nova Oeiras, 2784-505 Oeiras. Portugal; 2 Universidade do Porto, Faculdade de
Engenharia (LEPAE). Rua Dr. Roberto Frias. 4200-465 Porto. Portugal
Autor correspondente: [email protected]
O armazenamento de alimentos assume um papel relevante na nossa sociedade, quer
económica quer humanitariamente, assegurando a sua durabilidade desde a produção à
comercialização. Os grãos armazenados de cereais e leguminosas constituem um
ecossistema específico, sujeito a vários fatores que estão correlacionados entre si, como a
temperatura, humidade relativa, teor de água, disponibilidade de oxigénio, controlo
sanitário, sendo difícil a gestão de todos eles. Neste contexto este estudo pretendeu
avaliar o efeito de tratamentos fitossanitários, que visam controlar o desenvolvimento de
fungos e o ataque de insetos ao longo do período de armazenamento, na capacidade
germinativa de milho armazenado. Deste modo, procedeu-se a estudos de germinação de
milho tratado com óleo de Mentha pulegium (poejo) e de Syzyngium aromaticum
(cravinho), assim como com os seus compostos maioritários pulegona e eugenol. Neste
estudo, para além de um controlo sem qualquer tratamento, testou-se também uma
modalidade de milho tratada com limoneno, para fins comparativos. De cada
modalidade, incluindo o controlo, foram preparados quatro vasos com cinco sementes
por vaso. Devido às extraordinárias condições de humidade do ar que se verificaram, foi
necessário reduzir a humidade do milho armazenado através de tratamentos de secagem
a várias temperaturas e durante períodos de tempo variáveis. Procedeu-se igualmente à
avaliação da relação entre as temperaturas de secagem e a manutenção do poder
germinativo do milho. Estes ensaios foram realizados in vitro, em placas de Petri e em
vasos, em condições controladas de temperatura e humidade. Verificaram-se diferenças
significativas entre o milho tratado com os óleos vegetais e com os compostos testados,
entre si, e em relação aos controlos. Foi encontrada uma forte relação entre a
temperatura de secagem e o rendimento da germinação, sendo a temperatura ambiente
(22±2°C), durante pelo menos 5 dias, e a temperatuda de 30°C durante 24 horas, no
máximo, as modalidades que não afetaram a germinação.
Palavras-chave: humidade, óleos vegetais, taxa de germinação, temperatura
96
Resumos – comunicações em painel
Sessão 7 – Novas estratégias de proteção contra pragas, doenças e infestantes
P07.13
O efeito de diferentes tratamentos fitossanitários em grão armazenado no
desenvolvimento de milho
JOSÉ SEMEDO1, MANUELA OLIVEIRA1, MÁRIO SANTOS1, CLAUDIA SÁNCHEZ1, OLÍVIA
MATOS1, MARGARIDA BASTOS2
1
Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV). Av. da República, Quinta
do Marquês, 2784-505 Oeiras. Portugal; 2 Universidade do Porto, Faculdade de
Engenharia (LEPAE). Rua Dr. Roberto Frias. 4200-465 Porto, Portugal
Autor correspondente: [email protected]
Nos principais países produtores de grão, o armazenamento é desde há muito objecto de
estudo, garantindo assim a eficiente gestão dos “stocks” em função dos preços. A nível do
pequeno agricultor, particularmente em países economicamente mais vulneráveis, onde
a segurança alimentar não está garantida, estas técnicas têm pouca aplicabilidade. O
agricultor tem de garantir o aprovisionamento de grão tanto para alimentação como para
a sementeira seguinte. Segundo a FAO as perdas pós-colheita nesta realidade chegam a
30% da produção agrícola, tendo um impacto devastador do ponto de vista económico,
alimentar e nutricional. Práticas de armazenamento simples e de enquadramento local
minimizam estes riscos. Este trabalho tem como objectivo a avaliação de alguns
parâmetros fisiológicos de milho proveniente de grão armazenado e tratado
respectivamente com óleo de Mentha pulegium (poejo), de Syzyngium aromaticum
(cravinho), pulegona e eugenol (compostos maioritários), limoneno e um controlo, sem
qualquer tratamento. O ensaio decorreu em estufa sob condições controladas, plantas
em conforto hídrico e sanitariamente sãs. Utilizaram-se quatro repetições de três plantas
(semeados 10 grãos) por modalidade. A percentagem de germinação aos 10 DAS foi de
95% (controlo), 80% (Limoneno), 95% (Cravinho), 85% (Pulegona), 95,5% (Eugenol) e
100% (Poejo). As modalidades Limoneno e Pulegona destacam-se por serem
significativamente diferentes das restantes. Na floração, a modalidade Cravinho foi 20%
superior ao controlo. Dos parâmetros fisiológicos de trocas gasosas, todas as modalidades
apresentaram valores médios de fotossíntese, condutância estomática e transpiração
dentro dos esperados para a cultura (≥ 20 µmol m-2s-1, ≥ 110 mmol m-2s-1, 2,7 mmol
m-2s-1), não havendo diferenças significativas entre modalidades. Os dados sugerem que
nestas condições os diferentes tratamentos poderão ter tido alguma influência na
percentagem de germinação, na floração e no espigamento.
Palavras-chave: fitossanidade, floração, fotossíntese, germinação
97
Resumos – comunicações em painel
Sessão 7 – Novas estratégias de proteção contra pragas, doenças e infestantes
P07.14
Avaliação da actividade antifúngica de quitinases de macieira
MARIANA MOTA1, ANDREIA CABANAS1, SARA SOUSA1, TÂNIA GENEBRA1, PEDRO REIS1,
CECÍLIA REGO1, CATARINA PRISTA2, CRISTINA M. OLIVEIRA1
1
CEER/DCEB, Instituto Superior de Agronomia, Universidade de Lisboa, Lisboa, Portugal;
2
CBAA/DRAT,Instituto Superior de Agronomia, Universidade de Lisboa, Lisboa, Portugal
Autor correspondente: [email protected]
A utilização repetida de pesticidas de síntese nos pomares, além de ter custos muito
elevados, gera elevadas preocupações a nível ambiental e de saúde humana. Neste
contexto, pode revelar-se uma estratégia interessante para o combate a fitopatogénios a
utilização de substâncias de defesa derivadas de plantas e que aparentam ter actividade
antimicrobiana, como é o caso das quitinases. Estas proteínas, que degradam quitina,
poderão ter atividade antifúngica, já que a quitina é um importante constituinte da
parede celular dos fungos. Este trabalho visou a expressão na levedura Pichia pastoris de
três genes codificadores de quitinases ácidas de macieira de classe III (C525, C209, C203),
anteriormente isolados e clonados, e a avaliação da eficácia fungicida das proteínas
recombinantes correspondentes. Foram expressas diferentes construções com os três
genes de quitinases e sinal peptídico de levedura, ou nativo da macieira, nas estirpes
GS115 e KM71H, em meio metanólico a 30°C com agitação, medindo-se o crescimento da
cultura e o teor de proteína periodicamente. Os secretomas obtidos foram dialisados,
liofilizados, filtrados e utilizados em ensaios de eficácia biológica de inibição micelial de
Botrytis cinerea, inicialmente a 20°C e com 1 mg de proteína na solução inicial. Variaramse a temperatura do ensaio e a quantidade de proteína utilizada inicialmente (para 2,5
mg). A produção de secretomas revelou-se mais eficaz na estirpe GS115H durante 120 h e
144 h. A construção que mostrou maior eficácia em inibição micelial foi a que continha o
gene C209EN em GS115, utilizada a 20°C e 1 mg. Realizaram-se também ensaios com
Ilyonectria macrodidyma, Stemphylium sp. e Venturia inaequalis, tendo sido observado
alguma inibição da construção C203EN sobre Stemphylium sp.
Palavras-chave: atividade quitinolítica, Botrytis cinerea, eficácia biológica, expressão
heteróloga, fungicida
98
Conferência patrocinada - grupo PORTUCEL SOPORCEL
Os insetos que atacam eucaliptos: quais são, que importância têm e como
podem ser controlados?
CARLOS VALENTE, CATARINA GONÇALVES
RAIZ, grupo Portucel Soporcel, Portugal
Os principais problemas fitossanitários dos eucaliptos em Portugal são causados por
insetos exóticos, originários da Austrália. Estão atualmente identificados no País onze
insetos australianos capazes de causar danos às plantações de eucalipto,
designadamente, os hemípteros Ctenarytaina eucalypti, Ctenarytaina spatulata, Glycaspis
brimblecombei, Blastopsylla occidentalis e Thaumastocoris peregrinus, os coleópteros
Phoracantha semipunctata, Phoracantha recurva e Gonipterus platensis e os
himenópteros Leptocybe invasa, Ophelimus maskelli e Ophelimus sp. Embora todas estas
espécies se alimentam exclusivamente de eucaliptos, nem todas constituem pragas.
Neste trabalho, apresentam-se as principais linhas de ação desenvolvidas pelo grupo
Portucel Soporcel para monitorizar a distribuição destes insetos, aprofundar o
conhecimento sobre a sua biologia e ecologia, caracterizar a sua importância económica e
desenvolver estratégias para o seu controlo.
99
Índice de autores
Abelleira, Adela .................................... 17, 59, 82
Abelleira-Sanmartín, Andrea ............................ 82
Abranches, Rita............................... 25, 26, 27, 79
Abrantes, Isabel .......................................... 75, 78
Agante, Rita ...................................................... 92
Aguin, Olga ....................................................... 59
Alonso, Margarita ............................................. 82
Alves, Artur ....................................................... 80
Amado, Carlos .................................................. 15
Amador, Rosa ..................................................... 9
Amaro da Costa, Cristina .................................. 14
Andrade, Adilma ............................................... 62
Andrade, Cláudia ........................................ 26, 79
Andrade, Eugénia ........................... 68, 69, 70, 94
Antunes, Rosário .............................................. 37
Araujo, A. .......................................................... 91
Ares, Aitana ................................................ 17, 59
Ascensão, Lia .................................................... 76
Azevedo, Sílvia .................................................. 20
Azinheira, Helena Gil .......... 24, 25, 26, 27, 79, 84
Barateiro, Anabela ............................................ 15
Barbosa, António .............................................. 31
Barbosa, Pedro ........................................... 34, 76
Barros, Danielle R. ............................................ 64
Barros, Graça .............................................. 30, 31
Barroso, José G. ................................................ 34
Bastos, Margarida........................... 30, 31, 96, 97
Batista, Dora ..................................................... 24
Belchior, Sara .............................................. 54, 72
Bennett, Richard N. .......................................... 34
Bento, Ricardo .................................................. 19
Bicho, João ........................................................ 24
Bispo, Cláudia ............................................. 26, 79
Boavida, Conceição........................................... 41
Bonifácio, Luis ....................................... 66, 67, 93
Borges da Silva, Elsa ....................... 37, 38, 48, 62
Botelho, Manuel ............................................... 48
Bragança, Helena ............................ 52, 66, 70, 80
Branco, Manuela ........................................ 38, 46
Brazão, João.......................................... 51, 57, 74
Cabanas, Andreia .............................................. 98
Cabral, Ana ....................................................... 84
Caetano, Maria Filomena ........................... 54, 72
Caldeirinha, Patrícia.......................................... 27
Calha, Isabel M. ................................................ 44
Canaveira, Filipa ............................................... 49
Cardoso, Fernando ..................................... 55, 64
Carlos, Cristina .................................. 9, 14, 36, 89
Carolino, M. ...................................................... 30
Carvalho, Daniela .............................................. 55
Carvalho, João M. ............................................. 95
Carvalho, Maria Teresa ..................................... 83
Castro, João P. ...................................... 19, 85, 91
Cavaco, Ana Teresa .......................................... 43
Cerejeira, Maria José ...................... 11, 12, 39, 40
Chaves, Inês ...................................................... 64
Chegão, Ana...................................................... 94
Chicau, Gisela ............................................. 18, 50
Clara, M. Ivone E. ............................................. 65
Coelho, Ana Varela ........................................... 23
Coelho, Paula S. ................................................ 81
Conceição, Isabel Luci ...................................... 92
Correia, Isabel .................................................. 35
Cortez, Maria Isabel ................................... 28, 60
Costa, Marta ..................................................... 86
Costa, Rita ........................................................ 35
Costa, Sofia....................................................... 90
Coutinho, José P. .............................................. 15
Crespí, António................................................. 14
Cruz, Amândio .................................................. 48
Cruz, Joana ....................................................... 18
Cruz, Leonor ............................................... 18, 68
Cunha, Maria José ...................................... 78, 92
Curtis, Rosane .................................................. 75
Dias, Luís S. ....................................................... 34
Díaz, Raquel...................................................... 82
Diniz, Inês ......................................................... 24
Diogo, Eugénio .......................... 50, 52, 66, 70, 80
Duarte, Aida ..................................................... 75
Duarte, Davide ................................................. 38
Duplessis, Sébastien ......................................... 26
Eira, Ricardo ..................................................... 67
Eiras-Dias, José Eduardo ................. 51, 57, 58, 74
Espada, Margarida ........................................... 73
Esteves, Filipa ........................................57, 58, 74
Esteves, Ivânia .................................................. 78
Faria, Jorge M.S. ............................................... 34
Farracho, Nuno ................................................ 37
Félix, M. Rosário ............................................... 65
Fernandes, Camila ............................................ 18
Fernandes, José Pedro ..................................... 66
Fernandes, Luis ................................................ 87
Fernandes, Maria Clara ............. 68, 69, 70, 80, 94
Fernandez, Diana ............................................. 26
Ferreira, Luísa M. ............................................. 24
Ferreira, Maria dos Anjos ................................. 45
Ferreira, Pedro ................................................. 56
Figueiredo, Ana Cristina ................................... 34
Figueiredo, Andreia .................................... 23, 24
Figueiredo, Elisabete ................. 13, 16, 20, 37, 63
Figueiredo, Jorge ........................................ 55, 64
Fino, Joana ....................................................... 24
Fonseca, Filomena........................... 51, 57, 58, 74
Fontes, Ana Margarida ..................................... 69
Franco, José Carlos ........ 13, 37, 38, 43, 48, 62, 89
Frescata, Carlos ................................................ 67
Galhano, Cristina .............................................. 86
Garcia, André ................................................... 46
Garcia, Eva........................................................ 17
Garcia, G. .......................................................... 95
Gardner, Rui ............................................... 26, 79
Gaspar, Helena I. D. .......................................... 65
Genebra, Tânia ................................................. 98
Gichuru, Elijah K. .............................................. 24
100
Índice de autores
Godinho, Maria do Céu .................................... 20
Gomes, Filomena .............................................. 35
Gomes, Sónia .................................................... 83
Gomes-Laranjo, J. ............................................. 35
Gonçalves, Catarina .......................................... 99
Gonçalves, Fátima .......................... 14, 33, 36, 89
Gonçalves, Maria Teresa .................................. 77
Gouveia, Eugénia ............................ 29, 85, 90, 91
Guerra-Guimarães, Leonor ......................... 24, 64
Guerreiro, Joana ............................................... 39
Gularte Cortez, Vagner ..................................... 32
Henriques, Joana ........................................ 47, 70
Ibáñez, I. ........................................................... 85
Ignacio, María Francisca ................................... 82
Inácio, Maria de Lurdes .............................. 69, 93
Jimenez, Enrique .............................................. 82
Kamo, Kathryn .................................................. 88
Leal, A. .............................................................. 91
Leitão, Sara ....................................................... 11
Levi-Zada, Anat ................................................. 38
Lima, Ana S. ...................................................... 34
Lima, Arlindo ........................................ 47, 54, 72
Link, Tobias ................................................. 27, 79
Lopes, Amélia Maria ......................................... 94
Lopes, Patrícia .................................................. 48
Loureiro, Andreia ............................ 24, 26, 64, 79
Loureiro, João ................................. 25, 26, 27, 79
Lourenço, Ana M. ............................................. 24
Lubian, Cleonice ............................................... 32
Machado, Helena ..................... 35, 52, 53, 70, 95
Magalhães, Marco ............................................ 56
Magro, Ana ........................................... 30, 31, 66
Maia, Marta ...................................................... 48
Maleita, Carla ................................................... 75
Mansilla, Pedro ..................................... 17, 59, 82
Manso, José ................................................ 28, 36
Marçal, Rui........................................................ 37
Marques, Guilhermina ...................................... 33
Martinha, Danielle Dutra .................................. 32
Martinho, Álvaro .............................................. 36
Martins, C. ........................................................ 95
Martins, Filipe ................................................... 86
Martins, J. Casimiro .......................................... 87
Martins, Joana ............................................ 16, 23
Martins, Luis M. .................................... 19, 56, 91
Martins, Mónica ............................................... 14
Martins-Lopes, Paula ........................................ 83
Mateus, Célia .................................................... 63
Matos, Olívia......................................... 30, 96, 97
Matos, Sónia ..................................................... 46
Mendel, Zvi ....................................................... 38
Mendes, Marta D. ............................................. 34
Menéndez, María ............................................. 82
Mexia, António ......................... 13, 16, 30, 31, 48
Mimoso, Maria do Céu ..................................... 71
Moncada, Pilar.................................................. 24
Monteiro da Silva, Maria José .......................... 83
Monteiro, António A. ....................................... 81
Monteiro, Filipa ................................................ 23
Moreira, Ana Cristina ................................. 70, 87
Mosquera, Pilar ................................................ 82
Mota, Luísa ....................................................... 76
Mota, Manuel ..................... 22, 34, 69, 73, 76, 88
Mota, Mariana ................................................. 98
Moura, Luísa............................................... 17, 85
Müller, Manuel ................................................ 79
Nascimento, Francisco ..................................... 73
Nascimento, Teresa.................................... 49, 55
Naves, P. ........................................................... 93
Nelson, C. Dana ................................................ 35
Neno, Joana...................................................... 80
Nóbrega, Filomena ................................47, 69, 70
Nobrega, Márcio .............................................. 89
Nunes, Ana Paula ............................................. 20
Nunes, Cátia ..................................................... 14
Oliveira e Silva, Pedro ...................................... 61
Oliveira, Cristina M. .......................................... 98
Oliveira, Helena .....................................24, 55, 84
Oliveira, Manuela ....................................... 96, 97
Pais, Maria Salomé ................................23, 34, 35
Pato, Tânia ....................................................... 78
Paulo, Octávio S. .............................................. 24
Pedro, Luis G. ................................................... 34
Peixoto, Rui ...................................................... 54
Pereira, Ana Paula ........................... 24, 26, 62, 64
Pereira, Ana ................................................ 39, 40
Pereira, André .................................................. 86
Pereira, Eric ...................................................... 29
Pereira, Gabriela .............................................. 90
Perez-Gorostiaga, Pedro .................................. 82
Petersen-Silva, Ricardo .................................... 67
Phillips, Alan J. L. ........................................ 52, 53
Pinheiro, Carla .................................................. 64
Pinheiro, Cláudio .............................................. 64
Pinto, Mafalda .................................................. 64
Pinto, Rui Filipe ................................................ 43
Pires, Ana Sofia................................ 25, 26, 27, 79
Portugal, João............................................. 44, 61
Portz, Roberto Luis ........................................... 32
Preza, Frederico ............................................... 63
Prista, Catarina ................................................. 98
Quartau, José A. ............................................... 15
Queimadelos, Lourdes ..................................... 82
Ramôa, Sofia .................................................... 61
Ramos, Ana Paula ...................... 27, 54, 66, 72, 95
Rebelo, Maria T. ............................................... 15
Rego, Cecília ..........................................49, 77, 98
Reis, Ana ........................................................... 80
Reis, Catarina ................................................... 13
Reis, Pedro ................................................. 49, 98
Renaut, Jenny ................................................... 64
Ricardo, Cândido P. .......................................... 64
Rigling, Daniel................................................... 29
Rocha, Marta .............................................. 54, 72
101
Índice de autores
Rodrigues, Ana M. ............................................ 34
Rodrigues, Mariana .......................................... 40
Rodrigues, Mónica ............................................ 94
Rosa, A. ............................................................. 28
Russo, Agatino .................................................. 38
Sánchez, Claudia ........................................... 8, 97
Santos, Carmen ................................................ 35
Santos, Lourdes ................................................ 80
Santos, Márcia .................................................. 41
Santos, Mário ............................................. 96, 97
Sá-Pereira, Paula......................................... 21, 68
Sebastiana, Mónica .................................... 23, 35
Seita Coelho, I. .................................................. 87
Semedo, José .............................................. 96, 97
Serrazina, Susana .............................................. 35
Sharma, Lav ...................................................... 33
Silva, Aderbal .................................................... 56
Silva, Ângela...................................................... 42
Silva, Emília ....................................................... 12
Silva, Inês .......................................................... 57
Silva, José .......................................................... 67
Silva, Márcia R. C. ....................................... 52, 53
Silva, Maria do Céu ............. 24, 25, 26, 27, 64, 79
Silva, Pedro M. .................................................. 56
Silva, V. ............................................................. 28
Soares, Rui ........................................................ 36
Soares, Sérgio ................................................... 36
Sofia, Jorge ....................................................... 77
Sousa, Carla ...................................................... 60
Sousa, Edmundo de .................................... 47, 93
Sousa, Esmeraldina ........................................... 71
Sousa, Joaquim J. ............................................. 19
Sousa, José Paulo ............................................. 11
Sousa, Sara ....................................................... 98
Sousa, Susana .................................. 14, 33, 36, 89
Suma, Pompeo ................................................. 38
Talhinhas, Pedro.................. 24, 25, 26, 27, 79, 84
Tavares, Sílvia .................................. 25, 26, 27, 79
Teixeira Santos, Margarida . 42, 51, 57, 58, 71, 74
Teixeira, Branca ................................................ 14
Teixeira, Mónica ............................................... 10
Tenente, Rita .................................................... 64
Tenreiro, Rogério ............................................. 18
Tinoco, M.T. ..................................................... 34
Torres, Laura ............................... 9, 14, 33, 36, 89
Toval, Gabriel ................................................... 82
Val, Maria do Carmo .................................. 28, 36
Valente, Carlos ........................................... 80, 99
Valério, Elsa ...................................................... 20
Valério, Luísa .................................................... 81
Varanda, Carla M. R. ........................................ 65
Várzea, Vitor M. .............................. 24, 25, 26, 64
Vasconcelos, Teresa ......................................... 61
Vasilenko, Paula ............................................... 96
Velez, Isaura ..................................................... 68
Veloso, Sandra ................................................. 66
Vicente, Cláudia ............................................... 73
Vieira da Silva, Inês .......................................... 76
Vieira, Paulo ............................................... 34, 88
Voegele, Ralf T. .......................................... 27, 79
Wantoch, Sarah ................................................ 88
Zina, Vera ..............................................37, 38, 89
102
Patrocínios
Apoios
Colaboração
103
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Livro de RESUMOS 1º Simpósio SCAP / 7º