CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS
DIRETORIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
EDUCAÇÃO PROFISSIONAL TÉCNICA EM PRODUÇÃO DE MODA
CAMPUS V - DIVINÓPOLIS
CURSO TÉCNICO EM PRODUÇÃO DE MODA
2º Bimestre
Disciplina: INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO
PROF. ANTÔNIO GUIMARÃES CAMPOS
DIVINÓPOLIS-MG
2012
SUMÁRIO
UNIDADE 1 – VÍNCULO DA ADMINISTRAÇÃO X TECNOLOGIA ...............................................1
1. TECNOLOGIAS NO COTIDIANO .................................................................................................1
2. REVOLUÇÃO TECNOLÓGICA.....................................................................................................2
3. DEFINIÇÃO DE INFORMAÇÃO ...................................................................................................3
4. INFORMAÇÃO ................................................................................................................................4
5. CONHECIMENTO ...........................................................................................................................4
6. ASSIM COMO O AR, A INFORMAÇÃO ESTÁ EM TODO LUGAR .........................................5
7. A GESTÃO DA INFORMAÇÃO - CONSENSOS E CONTROVÉRSIAS ....................................5
7.1 O RECORTE DA ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS .........................................................5
7.2 O RECORTE DA TECNOLOGIA .............................................................................................5
7.3 O RECORTE DA CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO ....................................................................5
UNIDADE 2 – INOVAÇÃO ...................................................................................................................6
1. O QUE É INOVAÇÃO .....................................................................................................................6
2. TIPOS DE INOVAÇÃO ...................................................................................................................6
UNIDADE 3 – DEFINIÇÃO DE SISTEMAS .........................................................................................8
1. CONCEITOS INICIAIS ...................................................................................................................8
2. DEFINIÇÃO DE SISTEMAS ..........................................................................................................9
3. ESTRUTURA HIERÁRQUICA DOS SISTEMAS .........................................................................9
4. CARACTERÍSTICAS DOS SISTEMAS ......................................................................................10
5. TIPOS DE SISTEMAS ...................................................................................................................10
6. COMPONENTES DE UM SISTEMA ...........................................................................................10
7. CONCEITO DE INFORMAÇÃO ..................................................................................................11
8. CARACTERÍSTICAS IDEAIS DE UMA INFORMAÇÃO: ........................................................12
9. QUALIDADE DAS INFORMAÇÕES: .........................................................................................12
10. ALGUNS CONCEITOS: ..............................................................................................................12
UNIDADE 4 – Fundamentos do uso de Tecnologia da Informação ......................................................13
1. INTRODUÇÃO ..............................................................................................................................13
2. CLASSIFICAÇÃO DOS COMPUTADORES E REDES .............................................................13
3. INTERNET X INTRANET X EXTRANET ..................................................................................14
UNIDADE 5 – Os novos usos da tecnologia da informação na empresa ...............................................15
1. E-BUSSINESS ................................................................................................................................15
2. COMÉRCIO ELETRÔNICO – SUCESSO E AMEAÇAS ............................................................16
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................................................17
ANEXO A – Tecnologia do Vestuário - Processo de Produção .............................................................18
ANEXO B - Tecnologia da Confecção: da protótipo à confecção (etapas e conceito) ..........................24
ANEXO C – Estudo de caso: E-COMMERCE COMO FERRAMENTA DE VENDAS......................28
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ii
UNIDADE 1 – VÍNCULO DA ADMINISTRAÇÃO X TECNOLOGIA
“Os computadores são incrivelmente rápidos, precisos e burros; os homens são incrivelmente
lentos, imprecisos e brilhantes; juntos, seu poder ultrapassa os limites da imaginação.”
Albert Einstein
1. TECNOLOGIAS NO COTIDIANO
A tecnologia faz parte da cultura. A invenção da escrita dissociou tempo e espaço e possibilitou a
comunicação à distância. A imprensa ampliou a difusão do conhecimento. As informações chegaram a leitores
distantes do autor. A evolução registrou som e imagem. Fotografia, rádio, cinema e imprensa incorporaram-se à
vida diária.
Tecnologias modernizaram-se, ganham memória, mobilidade. O telefone continua importante;
transforma-se, desempenha novas funções. A informática permite usar o computador como suporte de televisão,
rádio, Internet, imprensa. Comunicar-se e inserir-se profissionalmente significa saber ler, escrever, calcular,
utilizar terminal eletrônico, fax, microcomputador. São novas formas de comunicação, de acesso e produção de
conhecimento. Abrem-se espaços de diversão e aprendizagem.
As informações chegam sem passar pela escola. Utilizam-se outras linguagens. A da televisão, a
linguagem do audiovisual mobiliza a emoção, toca a sensibilidade. Exige outro modo de ler. O texto da Internet
é um novo tipo de texto escrito. Exige a modalidade de leitura chamada navegação. Ao explorar os múltiplos
caminhos, cada leitor cria uma ordem lógica própria para encontrar as informações que deseja.
As possibilidades de comunicação estabelecem novas relações e situações. A escola não é mais o único
espaço de informação. TV/vídeo, impressos e outras mídias consagram a perspectiva atual de educação
multimídia. A ênfase no audiovisual não substitui a palavra escrita, nem intenciona fazê-lo. O material impresso
integra, complementa. Ao serem utilizadas várias mídias, surgem diferentes abordagens, representações e focos.
Potencializa-se a aprendizagem.
“As tecnologias invadem nosso cotidiano”. Essa é uma das frases mais utilizadas hoje em dia para se
referir aos equipamentos com os quais lidamos em nossas atividades rotineiras. Pensadores contemporâneos e a
mídia em geral falam que estamos em plena “sociedade tecnológica”.
A sociedade tecnológica é baseada nas possibilidades de informação e comunicação da mídia, caracterizase por uma articulação global do mercado econômico mundial e por mudanças significativas na natureza do
trabalho e sua organização, na produção e no consumo de bens. Mas é sobretudo no papel atribuído ao
conhecimento científico e às NTIC (Novas Tecnologias da Informação e da Comunicação) e nas formas de
acesso, aquisição e utilização dessas informações que é possível observar os novos fatores de mudança e
dinamismo econômico e social.
Sociedade Agrícola
Agricultura
Sociedade Industrial
Sociedade do Conhecimento
Produção Industrial
Informação
Comunicação/Tecnologia
Sociedade ?
?
Essas referências encaminham-nos para um pensamento de oposição entre a nossa natureza e a
“máquina”, forma concreta com que a tecnologia é reconhecida. Os romances e os filmes de ficção científica
exploram esse antagonismo e assustam-nos com ameaças de domínio do homem e da Terra por robôs e outros
equipamentos sofisticados, dotados de um alto grau de inteligência, em muito superior à do “homem comum”.
Se olharmos à nossa volta, boa parte daquilo que utilizamos em nossa vida diária, pessoal e profissional –
utensílios, livros, apagador, giz, papel, caneta, lápis, sabonetes, escovas de dentes, talheres, televisor, telefone,
máquina fotográfica, computador – são formas diferenciadas de ferramentas.
Quando falamos da maneira como utilizamos cada ferramenta para
realizar determinada ação, referimo-nos à técnica. A TECNOLOGIA é
o conjunto de tudo isso: a ferramenta e os usos que destinamos a ela,
em cada época. Ela transforma a maneira de pensar, sentir, agir.
Muda também a forma de comunicar e de adquirir conhecimentos.
A evolução social do homem confunde-se com as tecnologias desenvolvidas e empregadas em cada
época. Essa relação apresenta-se até na forma como as diferentes épocas da história da humanidade são
reconhecidas pelo avanço tecnológico correspondente. Idades da pedra, do bronze, do ferro, correspondem, na
verdade a momentos em que esses recursos foram transformados e utilizados como tecnologias pelos homens. O
avanço da humanidade amplia o conhecimento sobre esses recursos e cria tecnologias cada vez mais
sofisticadas.
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1
A evolução tecnológica impõe-se e transforma os comportamentos individual, social e empresarial. A
economia, a política, a divisão social do trabalho, em diferentes épocas, refletem os usos que os homens fazem
das tecnologias que estão na base do sistema produtivo.
As NTIC articulam várias formas eletrônicas de armazenamento, tratamento e difusão da informação.
Tornam-se mediáticas após a união da informática com as telecomunicações e os audiovisuais. Geram produtos
informacionais que têm, como algumas de duas características, a possibilidade de interação comunicacional e a
linguagem digital.
Vivemos num tempo em que o avanço dos transportes, da urbanização, da comunicação de massa, da
tecnologia e da informática coloca o ser humano em maior contato com o mundo, com a sua própria nação e
consigo mesmo.
2. REVOLUÇÃO TECNOLÓGICA
Os grandes impulsos de desenvolvimento na sociedade sempre foram reflexo de revoluções decorrentes
da necessidade de suprir limitações humanas. Por exemplo, o sistema de numeração decimal baseado nos
algarismo de dedos das mãos do homens.
Atualmente vivemos na era da Revolução Tecnológica, e é fundamental que nossa economia e a
sociedade se comportem de maneira semelhante à da época da Revolução Industrial. As grandes mudanças que
ocorrem hoje são fruto direto de limitações humanas atuais.
A revolução Industrial foi essencialmente a argumentação do poder físico dos homens, uma amplificação
dos músculos humanos em forma de equipamentos. É certo afirmar que algumas atividades físicas humanas
foram substituídas por máquinas, principalmente tarefas repetitivas, no processo chamando de mecanização.
Essa revolução foi responsável principalmente pela mudança das formas de produção existentes na época
e teve impacto em todos os aspectos da sociedade.
Seguindo essa analogia, a revolução tecnológica, que enfatiza o uso de computadores e equipamentos de
automação, é uma argumentação do poder mental dos homens, uma amplificação do poder cerebral humano no
processo chamado de automação.
É importante salientar que a automação ocorre de maneira muito mais consciente do que a mecanização,
pois sua função principal é aumentar a produtividade humana e deslocar as pessoas para as tarefas muito mais
nobres, como o uso da criatividade e do poder de tomada de decisões, sem a preocupação com tarefas repetitivas
do dia-a-dia.
Essa revolução de que ainda estamos participando, na chamada “Era da Informação”, é responsável por
diversas mudanças de conceitos da sociedade. Alterando as forma de produção, de entretenimento, de
comunicação, de educação e de comercialização.
O simples ato de pressionar um botão pode levar o computador c desenvolver cálculos intrínsecos, sugerir
decisões complexas e recuperar grandes quantidades de informações. Esse fato permite às empresas responder
de maneira ágil às pressões exercidas pelo mercado.
O efeito da globalização introduziu duas características que devem ser motivo de preocupação para
qualquer empresa. Em primeiro lugar, superou a distância entre os países, rompendo as fronteiras físicas
existentes, aproximando as culturas e os diferentes valores pessoais.
Essa característica e é muito importante para as empresas que têm como objetivo ampliar seus mercados,
pois aquelas que antes tinham algum tipo de limitação agora podem facilmente atingir outros mercados sem
muito esforço. Vale lembrar que em muitos casos é necessária a adequação dos produtos a novas realidades e
valores, ou seja, é necessária uma “regionalização do produto”.
Em contrapartida, a globalização impôs um aspecto muito mais dinâmico aos processos de negócios, uma
vez que pequenas flutuações da economia em qualquer parte do mundo podem afetar quase diretamente
qualquer país. Esse quadro de interdependência econômica leva a uma posição de desconfiança contínua da
empresa em relação ao mercado em que opera, causando a necessidade de obter muito mais informações desse
mercado antes da tomada de alguma decisão importante.
A nova ordem econômica mundial, que junto com a globalização representa integração econômica entre
os diversos países, pode propiciar quantidade muito grande de flutuações passíveis de alterarem por completo os
rumos de uma empresa.
Esse fatores causaram considerável mudança de paradigma por parte das empresas, dos profissionais e do
ensino em seus diversos níveis.
O processo decisório passou a verificar que informações antes consideradas irrelevantes agora podem ser
cruciais para a tomada de decisões de uma empresa.
As características impostas por esse quadro definiram que a empresa necessita constantemente manipular
grandes quantidades de informações para a definição de um bom planejamento estratégico e operacional; isso
exige uma tomada de decisões diárias que levem ao aumento da sua produtividade e, no mínimo, proporcionem
certa estabilidade de sua posição no mercado.
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A nova área denominada telemática –que incorpora todas as ferramentas computacionais para o processo
de engrandecimento da informática (informação automática) – e sua união com as tecnologias das
telecomunicações possibilitaram o desenvolvimento de aplicações empresarias de alto desempenho para auxiliar
o administrador de empresas.
Nesse quadro, surge a necessidade de um novo profissional que possa administrar corretamente todos o
fluxo de informações da empresa. Esse profissional, escasso no mercado de trabalho, já é considerado peçachave dentro de qualquer empresa.
Dessa maneira, o denominado diretor-executivo de informações. Analista de informações, administrador
de sistemas de informação ou CIO1 é considerado um dos profissionais deste novo milênio.
Esse profissional tem como função principal analisar a organização, definir corretamente o problema,
identificar missões, campos de atuação e relações internas por meio de instrumentos como a informática. Ele
também deve desenvolver estudos e alternativas na coletas de dados, armazenamento e utilização das
informações dentro da organização.
Critério, visão estratégica, organização e criatividade são requisitos básicos para a carreira desse
profissional cuja característica principal é a antecipação com relação ao concorrente por intermédio do estudo
das informações geradas internamente na empresa e no ambiente no qual está inserida.
Segundo Peter Drucker, até o momento, a tecnologia da informação tem atuado como produtora de dados,
e não como de informações, e muito menos de novas e diferentes questões e estratégias; os altos executivos não
vêm usando as novas tecnologias porque elas não oferecem as informações de que eles precisam para suas
próprias tarefas”.
Será simplesmente impossível operar mesmo uma pequena empresa com eficiência sem investimentos
significativos em sistemas.
Mesmo do ponto vê vista estritamente profissional, devemos ter consciência de que nossa carreira e,
principalmente, nossa renda dependerão de como estamos compreendendo e utilizando os sistemas de
informação que fazem parte de nosso dia-a-dia.
Independentemente de sua profissão (você pode ser um artista gráfico, um músico profissional, um
advogado, um administrador de empresas ou dono de uma pequena empresa), você estará sempre trabalhando
como um sistema de informações: a Internet, por exemplo.
Sendo assim, fica clara a necessidade de uma ligeira intimidade com a tecnologia da informação em
conjunto como os sistemas de informação dos bancos, das empresas fornecedoras, das empresas concorrentes,
das instituições de ensino, etc.
3. DEFINIÇÃO DE INFORMAÇÃO
O conceito de informação deriva do latim e significa um processo de comunicação ou algo relacionado
com comunicação (ZHANG, 1988), mas na realidade existem muitas e variadas definições de informação, cada
uma mais complexa que outra. Podemos também dizer que Informação é um processo que visa o conhecimento,
ou, mais simplesmente, Informação é tudo o que reduz a incerteza. Um instrumento de compreensão do mundo
e da ação sobre ele" (ZORRINHO, 1995).
A informação tornou-se uma necessidade crescente para qualquer setor da atividade humana e lhe é
indispensável mesmo que a sua procura não seja ordenada ou sistemática, mas resultante apenas de decisões
casuísticas e/ou intuitivas.
Uma empresa em atividade é, por natureza, um sistema aberto e interativo suportado por uma rede de
processos articulados, onde os canais de comunicação existentes dentro da empresa e entre esta e o seu meio
envolvente são irrigados por informação.
Atualmente as empresas estão rodeadas de um meio envolvente bastante turbulento com características
diferentes das habituais e os gestores apercebem-se de que, em alguns casos, a mudança é a única constante. Já
Heráclito dizia “não há nada mais permanente do que a mudança" e Drucker (1993a) "desde que me lembro,
o mundo dos gestores tem sido turbulento,... certamente até muito turbulento, mas nunca como nos últimos
anos, ou como será nos mais próximos."
Por conseguinte, o turbilhão de acontecimentos externos obriga as organizações a enfrentar novas
situações, resultado de mudanças nas envolventes do negócio e que constituem ameaças e/ou oportunidades para
as empresas, fazendo com que tomar decisões hoje, exija a qualquer empresário ou gestor estar bem informado e
conhecer o mundo que o rodeia. O aumento da intensidade da concorrência e da complexidade do meio
ambiente fazem sentir, no mundo empresarial, a necessidade de obter melhores recursos do que os dos seus
concorrentes e de otimizar a sua utilização.
O aumento do comércio internacional, fruto da crescente interligação entre nações, a expansão do
investimento no exterior e a tendência da homogeneização dos padrões de consumo fazem com que o mundo
seja encarado como um só mercado, em que as empresas têm de conviver com a competição internacional
1
CIO (Chief Information Officer). Em português, diretor-executivo de informações ou diretor de TI.
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dentro dos seus mercados e ao mesmo tempo tentarem penetrar nos mercados externos por forma a aproveitar as
novas oportunidades de negócio.
Assim, a empresa ao atuar num mundo global está em estado de "necessidade de informação" permanente,
a vários níveis, pelo que a informação constitui o suporte de uma organização e é um elemento essencial e
indispensável â sua existência. A aceitação deste papel, pelos dirigentes de uma organização, pode ser um fator
peremptório para se atingir uma situação de excelência: quem dispõe de informação de boa qualidade,
fidedigna, em quantidade adequada e no momento certo, adquire vantagens competitivas, mas a falta de
informação dá asa a erros e á perda de oportunidades.
A informação tornou-se tão importante que Drucker (1993 a,b) defende o primado da informação como a
base e a razão para um novo tipo de gestão, em que a curto prazo se perspectiva a troca do binômio
capital/trabalho pelo binômio informação/conhecimento como fatores determinantes no sucesso empresarial.
Caminha-se para a sociedade do saber onde o valor da informação tende a suplantar a importância do capital. A
informação e o conhecimento são a chave da produtividade e da competitividade.
A gestão moderna exige que a tomada de decisão seja feita com o máximo de informação.
O conhecimento adquirido pelo savoir faire deixa de ser suficiente, uma vez que o meio ambiente
empresarial onde as empresas operam apresenta características diferentes daquelas a que estavam habituados e é
bastante turbulento. Se em ambientes mais estáveis a informação assumia o papel de redutora de incerteza, cada
vez mais a atualização se apresenta como um fator crítico de sucesso.
Da observação deste cenário, somos levados a afirmar que todas as empresas deverão fazer uma
reestruturação organizacional em torno da informação. Tal como acontece num jogo de uma modalidade
desportiva, em que só há um primeiro lugar para o mais forte, apesar de todos os concorrentes terem a
oportunidade de o poder ocupar, no mundo do negócio só é possível auferir dessas oportunidades, saindo
vitorioso, se houver uma conjugação coerente de tempo, perícia e esforços que garantam uma seleção de
informação adequada e uma otimização da sua utilização. É aqui que deve ter lugar a gestão de tecnologias de
informação, consideradas como uma nova e importante fonte de vantagem competitiva.
4. INFORMAÇÃO
Hoje, dificilmente se consegue encontrar a definição para o conceito informação, tal é o âmbito
multidisciplinar com que é usado. Por exemplo, na disciplina de economia, a informação reveste-se de um
caráter essencialmente orientado a agentes que determinam as condições de mercado; a um nível bancário, a
informação está associada a uma envolvente que, para além de refletir todo um ambiente específico, tem como
pressuposto o sigilo das respectivas contas; a um nível informático, informação representa essencialmente pelo
objeto de trabalho, nuclear ao desenvolvimento e suporte de atividades processadas eletronicamente de acordo
com um significado.
Este é, portanto, um tema de difícil abordagem, tal sendo a inerente complexidade de manuseamento, que
serve de base ao desenvolvimento de dissertações acadêmicas, apoiadas em rigorosa investigação científica de
forma a alcançar o conhecimento para cenários atuais e futuros.
Com base neste enquadramento, podemos “olhar” a informação como um objeto, ao qual são associadas
características próprias, dependendo do âmbito disciplinar de aplicação, e com reações também particulares,
dependendo do objetivo com que é usada e do conhecimento que permite construir.
Tem por base e objetivo, a redução de incertezas perante o Mundo, viabilizando a movimentação no
sentido da sua compreensão e da geração de conhecimento, disponível como um instrumento facilitador, que
pode ser considerado como ingrediente básico do qual depende um processo de decisão.
Toda a informação tem uma intenção ou um objetivo a ser alcançado, estando-lhe sempre agregado o
princípio da transformação do seu ativo em conhecimento. No entanto, o fato de ter informação não significa
que se tenha conhecimento.
5. CONHECIMENTO
Constitui-se como um outro tema cuja abordagem, atualmente, se torna também complexa. Poderemos
“olhar” o conhecimento como o ingrediente fundamental para a orientação de cada passo que se dá, traduzindose por uma espécie de matéria-prima que está presente na construção da decisão de cada movimento.
Informação e conhecimento constituem-se como as armas competitivas da atualidade. O conhecimento é
algo mais precioso e poderoso que os próprios recursos naturais.
O conhecimento é um fluído composto por experiências, valores, informações do contexto e apreensão
sobre o próprio domínio de atuação que fornece uma aparelhagem cognitiva para avaliar e incorporar novas
experiências e informação.
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6. ASSIM COMO O AR, A INFORMAÇÃO ESTÁ EM TODO LUGAR
Independentemente de consensos de definição ou de limitações da prática social e profissional, a
informação existe, se multiplica e se expande à revelia de qualquer tentativa de controle e disseminação
orientada ou seletiva. Embora pareçam curiosos, alguns termos, tais como "overdose", "ansiedade", "fadiga",
"anorexia" ou mesmo "bulimia" de informação, já demonstram a necessidade de um enfoque diferenciado nos
processos de geração, coleta, processamento, distribuição e uso da informação. Ao mesmo tempo, vários
profissionais advogam para sua especialidade, algumas (ou muitas) das capacidades necessárias para o trabalho
racional e produtivo com a informação.
A expansão tecnológica e o crescente reconhecimento da informação como insumo e não apenas como
'bem cultural", ampliaram as possibilidade de trabalho com a informação. Esta, identificada como um
continuum, envolve a noção de dado, informação, conhecimento e inteligência (ou sabedoria). Uma fusão da
pirâmide informacional de URDANETA com o espectro de valor agregado de TAYLOR - citados
respectivamente por PONJUAN (p.2, 1998) e pela International Federation for Information and Documentation
(1994, p.1) - exemplifica o exposto acima.
Tal encadeamento de conceitos e atividades reforça a percepção empírica de que a potencialidade de
trabalho com o que se chama de "informação", engloba distintas habilidades profissionais. Sob esta perspectiva,
existe, potencialmente, um amplo leque de ações a serem desenvolvidas por diferentes grupos de indivíduos,
que concorrem e "lutam" permanentemente por postos de trabalho no campo (ou área, ou setor) de atividades de
informação. Tais "profissionais da informação" devem e podem manter e/ou conquistar posições neste mercado,
ao investirem e explicitarem a força de seu conjunto de "capitais" políticos, socioeconômicos, culturais, e
profissionais (MARCHIORI, p.90-96, 1996).
7. A GESTÃO DA INFORMAÇÃO - CONSENSOS E CONTROVÉRSIAS
As distintas percepções e interpretações do continuum dado-conhecimento, refletem-se em diferentes
enfoques teóricos, práticos e metodológicos de diferentes profissões que concorrem para exercer suas práticas
neste contexto. De certa forma, e independentemente de sua orientação acadêmica, tais profissionais competem
entre si, ao mesmo tempo em que têm alto grau de interdependência e intercomplementaridade, necessárias para
a garantia da sobrevivência, integridade, crescimento e reconhecimento social do próprio campo em que atuam.
Tal situação, e como na realidade já ocorre entre as chamadas "tradicionais profissões da informação" (KLING,
1990), passa a ser mais crucial e dinâmica devido a um febril surgimento e fragmentação de outras profissões na
área (HORTON, p.32, 1992). Entre muitos perfis e denominações, destaca-se o Gestor da Informação.
7.1 O RECORTE DA ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS
Sob este enfoque, a gestão da informação visa incrementar a competitividade empresarial e os processos
de modernização organizacional, capacitando profissionais na administração de tecnologias da informação em
sintonia com os objetivos empresariais. A intenção é formar o chamado Chief Information Officer (CIO) e
habilitá-lo, além das tradicionais disciplinas da área de Administração de Empresas, ao planejamento e uso
estratégico das tecnologias da informação e às especificações de qualidade e segurança da informação
empresarial.
7.2 O RECORTE DA TECNOLOGIA
Sob esta perspectiva a informação é vista, ainda que dentro de um contexto organizacional, como um
recurso a ser otimizado via diferentes arquiteturas de hardware, software e de redes de telecomunicações,
adequadas aos diferentes sistemas de informação - em especial aos empresariais.
7.3 O RECORTE DA CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO
De maneira geral, a Ciência da Informação se ocupa do estudo da informação em si, isto é, a teoria e a
prática que envolve sua criação, identificação, coleta, validação, representação, recuperação e uso, tendo como
princípio o fato de que existe um produtor/consumidor de informação que busca, nesta, um "sentido" e uma
"finalidade". Uma formação profissional em gestão da informação, sob o ponto de vista deste recorte, volta-se
para o contexto social onde há fornecimento e demandas de informação, assim como a necessidade do
gerenciamento de recursos de informação (eles mesmos e em relação à instituição e/ou indivíduos aos quais eles
vão servir), o monitoramento, a localização, a avaliação, a compilação e a disponibilidade de fontes de
informação que, potencialmente, podem suprir a solicitação, e que devem ser descritas, analisadas, compiladas e
apresentadas para sua utilização imediata. Neste contexto, tanto os processos administrativos, como a utilização
de tecnologias são mecanismos facilitadores para otimização de processos que levam, idealmente, à
comunicação efetiva da informação entre indivíduos e grupos.
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UNIDADE 2 – INOVAÇÃO
“Inovação é a exploração com sucesso de novas ideias.”
“Não tenha medo de crescer lentamente. Tenha medo apenas de ficar parado.”
Provérbio chinês
“A primeira coisa que você tem que fazer para ter sucesso na vida é decidir que tipo de pessoa você é: aquela que faz
as coisas acontecerem, aquela que olha as coisas acontecerem ou aquela que se pergunta como aquilo foi acontecer.”
Autor desconhecido
1. O QUE É INOVAÇÃO
O conceito de inovação é bastante variado, dependendo, principalmente, da sua aplicação. De forma
sucinta, considera-se que inovação é a exploração com sucesso de novas ideias. E sucesso para as empresas, por
exemplo, significa aumento de faturamento, acesso a novos mercados, aumento das margens de lucro, entre
outros benefícios.
Dentre as várias possibilidades de inovar, aquelas que se referem a inovações de produto ou de processo
são conhecidas como inovações tecnológicas. Outros tipos de inovações podem se relacionar a novos mercados,
novos modelos de negócio, novos processos e métodos organizacionais.
A inovação é a exploração de novas ideias para melhorar negócios, criando vantagens competitivas às
empresas. Essa inovação pode acontecer através de grandes alterações em produtos, serviços e processos ou em
pequenos detalhes que possam ser percebidos pelo consumidor, fazendo com que ele consiga distinguir o
produto quando este for comparado ao da concorrência. Uma inovação percebida pelo cliente seria, por
exemplo, lançar uma camisa com um tecido que controla o nível de acidez no sangue, ou até mesmo uma roupa
com um design diferente, que encante o consumidor.
É importante que a empresa do vestuário esteja atenta ao que está acontecendo em termos
tecnológicos. Acompanhar e analisar cada acontecimento com a expectativa de poder ser o primeiro a
dispor de uma nova solução para o potencial usuário pode significar um novo impulso comercial e a
consolidação de novos negócios para a empresa.
Numa época em que a guerra de preços dos países asiáticos está preocupando as empresas do vestuário de
todo o mundo, é importante conseguir se diferenciar pela inovação, já que, aquelas que forem capazes de inovar,
se distinguirão dos concorrentes - o que gera um novo ciclo comercial, um novo modelo de negócios.
2. TIPOS DE INOVAÇÃO
As diferentes formas de inovação podem ser classificadas de diversas maneiras. Destaca-se aqui duas
destas visões, quanto ao objeto focal da inovação e quanto ao seu impacto.
Objetivos focais da inovação
Inovação de produto:
•
Consiste em modificações nos atributos do produto, com mudança na forma como ele é
percebido pelos consumidores.
•
Exemplo: automóvel com câmbio automático em comparação ao “convencional”.
Inovação de processo:
•
Trata de mudanças no processo de produção do produto ou serviço. Não gera necessariamente
impacto no produto final, mas produz benefícios no processo de produção, geralmente com aumentos de
produtividade e redução de custos.
•
Exemplo: automóvel produzido por robôs em comparação ao produzido por operários humanos.
Inovação de modelo de negócio:
•
Considera mudanças no modelo de negócio. Ou seja, na forma como o produto ou serviço é
oferecido ao mercado. Não implica necessariamente em mudanças no produto ou mesmo no processo de
produção, mas na forma como que ele é levado ao mercado.
•
Exemplo: automóvel é alugado ao consumidor, que passa a pagar uma mensalidade pelo uso do
veículo, com direito a seguro, manutenção e troca pelo modelo mais novo a cada ano; em comparação ao
modelo de negócio tradicional, em que o veículo é vendido.
Impacto da inovação
Inovação Incremental:
•
Reflete pequenas melhorias contínuas em produtos ou em linhas de produtos. Geralmente,
representam pequenos avanços nos benefícios percebidos pelo consumidor e não modificam de forma
expressiva a forma como o produto é consumido ou o modelo de negócio.
•
Exemplo: evolução do CD comum para CD duplo, com capacidade de armazenar o dobro de
faixas musicais.
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6
Inovação Radical:
•
Representa uma mudança drástica na maneira que o produto ou serviço é consumido.
Geralmente, traz um novo paradigma ao segmento de mercado, que modifica o modelo de negócios vigente.
Exemplo: evolução do CD de música para os arquivos digitais em MP3.
A importância de inovar
Considerando que as inovações são capazes de gerar vantagens competitivas a médio e longo prazo,
inovar torna-se essencial para a sustentabilidade das empresas e dos países no futuro.
Dessa forma, a inovação pode estar no produto, no desenho do mesmo, na forma de comercializar bens e
serviços, nas técnicas de marketing utilizadas, no relacionamento e nos serviços prestados aos clientes, na forma
de organização do trabalho e nos métodos de gestão da organização.
As condições dos mercados brasileiros e globais apontam, para o segmento do vestuário, que, cada vez
mais, as inovações se constituem como uma estratégia relevante para a competitividade e sobrevivência das
empresas. As empresas estão em uma fase em que o maior risco do processo inovativo é, certamente, não
fazê-lo e, tardiamente descobrir que perderam mercados para empresas mais inovadoras.
Aqueles que inovam ficam em posição de vantagem em relação aos demais.
A inovação tem a capacidade de agregar valor aos produtos de uma empresa, diferenciando-a, ainda que
momentaneamente, no ambiente competitivo. Ela é ainda mais importante em mercados commoditizados. Ou
seja, com alto nível de competição e cujos produtos são praticamente equivalentes entre os ofertantes. Aqueles
que inovam neste contexto, seja de forma incremental ou radical, de produto, processo ou modelo de negócio,
ficam em posição de vantagem em relação aos demais.
As inovações são importantes porque permitem que as empresas acessem novos mercados, aumentem
suas receitas, realizem novas parcerias, adquiram novos conhecimentos e aumentem o valor de suas marcas.
Obviamente, os benefícios da inovação não se limitam às empresas. Para os países e regiões, as inovações
possibilitam o aumento do nível de emprego e renda, além do acesso ao mundo globalizado. As inovações
oferecem novos produtos, que passam a contar com mais benefícios dos produtos oferecidos.
A dinâmica da inovação
De um modo geral, as empresas são o centro da inovação. É por meio delas que as tecnologias, invenções,
produtos, enfim, ideias, chegam ao mercado. A grande maioria das grandes empresas possuem áreas inteiras
dedicadas à inovação, com laboratórios de pesquisa e desenvolvimento (P&D) que contam com diversos
pesquisadores. Apesar deste papel central exercido pelas empresas, a interação entre parceiros é fundamental.
Sem ela, as inovações são dificultadas.
As empresas são o centro da inovação. É por meio delas que as tecnologias, invenções, produtos,
enfim, ideias, chegam ao mercado.”
Esses parceiros têm diversas funções, desde a realização externa de pesquisa e de desenvolvimento de
produtos e processos, até a aplicação de investimentos ou subsídios, passando por desenvolvimento de
prototipação, de pesquisa de mercado e de escalonamento de produção.
Dessa forma, um conjunto de instituições formam o que conhecemos como sistema de inovação:
universidades, centros de pesquisa, agências de fomento, investidores, governo e empresas com seus
clientes, fornecedores, concorrentes ou outros parceiros.
Uma tendência que está se tornando cada vez mais forte é um modelo inovação aberta (ou open
innovation), onde as empresas vão buscar fora de seus centros de P&D ideias e projetos que podem ajudá-las a
agregar diferenciais competitivos.
Como inovar
Para que as empresas realizem inovações é necessário que elas, em primeiro lugar, tomem consciência da
importância de inovar no cenário competitivo vigente. Não há como se tornar uma empresa inovadora sem dar a
devida importância ao tema.
Não há como se tornar uma empresa inovadora sem dar a devida importância ao tema.
Em seguida, as empresas devem entender o que é inovação e qual é a sua dinâmica. A partir daí, elas podem
definir uma estratégia que deve estar alinhada aos objetivos da organização e à sua visão de futuro. Assim, é possível
identificar outro conceito essencial para que as empresas se tornem inovadoras: a atenção para o futuro é uma
premissa para a empresa inovar.
O próximo passo é desenvolver e internalizar ferramentas de gestão do processo de inovação. Essas soluções
devem ser customizadas para cada realidade. Para isso, devem ser levados em consideração o tamanho da empresa, o
setor de atuação, a cultura e a estrutura organizacional, o sistema de agentes no qual ela está inserida, a visão de
futuro e suas ambições.
O tema em torno da inovação é complexo. Permite interpretações e também adaptações. Inovar envolve uma
série de competências tecnológicas, mercadológicas e gerenciais. Entender o conceito de inovação e praticá-lo
demanda tempo, dedicação e investimentos. Entretanto, o que se pode perceber é que as empresas que se tornam
verdadeiramente inovadoras não se arrependem de ter tomado esse caminho.
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UNIDADE 3 – DEFINIÇÃO DE SISTEMAS
“Os analfabetos do próximo século não são aqueles que não sabem ler ou escrever, mas
aqueles que se recusarem a aprender, reaprender e voltar a aprender.”
ALVIN TOFFLER
1. CONCEITOS INICIAIS
Por que os sistemas de informação assumiram papel de relevância na vida das organizações modernas?
Hoje em dia a informação tornou-se um ativo essencial às empresas e todas elas necessitam de um eficiente
sistema de informações para sobreviver e prosperar.
De acordo com Laudon & Laudon (1999) três mudanças globais alteraram o modo com o qual as empresas
fazem negócios:
O surgimento da Economia Globalizada
A transformação das Economias Industriais
A transformação do conceito de empresa
Globalização
Segundo o Dicionário Aurélio, a globalização é um “processo típico da segunda metade do séc. XX que
conduz a crescente integração das economias e das sociedades dos vários países.”
Segundo Laudon e Laudon (1999), a globalização ocasionou as seguintes alterações no ambiente empresarial:
Administração e controle em um mercado global;
Concorrência em mercados mundiais
Grupos de trabalhos globais
Sistemas de entregas globais
Transformação das Economias Industriais
Diversas foram as transformações sofridas pelas economias industrializadas no decorrer do século XX,
que afetaram o modo pelo qual as empresas atuam. Dentre outros, Laudon e Laudon apontam os seguintes:
As economias modernas são baseadas no conhecimento e na informação;
Alterações no conceito de “produtividade”;
Novos produtos e serviços;
Conhecimento encarado como um ativo estratégico;
Concorrência baseada no tempo;
Redução no ciclo de vida dos produtos;
Turbulência no ambiente em que as empresas operam;
Redução na base de conhecimento da força de trabalho
Transformações Sofridas pelas Empresas
Como parte integrante, porque não dizer mola propulsora, das economias, as empresas também sofreram
transformações importantes em decorrência do processo de globalização. Laudon e Laudon (1999) apontam as
seguintes transformações:
Redução de tamanho;
Descentralização;
Flexibilização;
Independência de Localização;
Baixos custos de transação e de gestão;
Maior delegação de poder;
Trabalho colaborativo mais do que individualizado.
A tabela 1 apresenta, sucintamente, a evolução da sociedade dos tempos mais remotos até os dias de hoje.
Tabela 1: Evolução da sociedade humana
1a onda
Agrícola
Terra
10.000 anos
2a onda
Industrial
Capital e tecnologia
300 anos
Rev. Industrial
3a onda
Informação
Informação e conhecimento
?
Computador
Fonte: Toffler, A. A Terceira Onda, Record, 1980.
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Como forma de melhor entender o construto “Sistema + Informação + Gerencial”, faremos uma
análise de cada um dos conceitos (ou grupo de conceitos) envolvidos. Começamos pela Teoria dos
Sistemas, em seguida abordaremos o papel da Informação e finalizaremos com as principais funções
gerenciais.
2. DEFINIÇÃO DE SISTEMAS
Na década de 50, o biólogo alemão Ludwig Von Bertalanffy, estudando organismos vivos, observou que
quaisquer organismos vivos pesquisados, embora se diferenciassem uns dos outros em enorme gama de
características, mantinham sempre algumas características comuns que sempre se encontravam presentes
quaisquer que fossem os organismos em estudo. Von Bertalanffy estendeu as suas observações a outros tipos de
organismos, quais sejam, organismos mecânicos, organismos sociais, etc., e constatou que algumas
características se mantinham, não importando a natureza do organismo.
A mais importante característica que sempre se podia destacar era a identidade desses organismos, ou
seja, o objetivo (propósito) que o organismo atingia. Embora o organismo em observação fosse composto de
uma série de elementos, percebia-se claramente a interação desses elementos com vistas a atingir um objetivo,
que seria a finalidade daquele organismo. Desses estudos e observações, Von Bertalanffy propôs a chamada
Teoria Geral dos Sistemas, chamando de sistema a esses organismos, visando, portanto, a um objetivo
(CAUTELA e POLLONI, 1986, p.15).
Podemos destacar algumas definições de sistemas:
"Um conjunto de elementos interdependentes em interação, com vistas a atingir um objetivo"(CAUTELA
e POLLONI, 1986, p.15).
"Qualquer entidade, conceitual ou física, composta de partes inter-relacionadas, interatuantes ou
interdependentes" Caravantes (1999, p.61).
"Um conjunto de objetos unidos por alguma forma de interação regular ou interdependência".
"Um conjunto ou combinação de coisas ligadas ou interdependentes, e que interagem de modo a formar
uma unidade complexa; um todo composto de partes de uma forma organizada, segundo um esquema ou plano".
(KOONTZ; O'DONNELL e WEIHRICH, 1986, p.180)
"Os sistemas são constituídos de conjuntos de componentes que atuam juntos na execução do objetivo
global do todo. O enfoque sistêmico é simplesmente um modo de pensar a respeito desses sistemas totais e seus
componentes" (CHURCHMAN, 1971).
Qualquer conjunto de partes unidas entre si pode ser considerado um sistema, desde que as relações entre
as partes e o comportamento do todo seja foco de atenção (CHIAVENATO, 2004).
3. ESTRUTURA HIERÁRQUICA DOS SISTEMAS
A definição de um sistema depende do interesse da pessoa que pretenda analisá-lo. Uma organização, por
exemplo, poderá ser entendida como um sistema ou subsistema ou ainda um supersistema, dependendo da
análise que se queira fazer: que o sistema tenha um grau de autonomia maior do que o subsistema e menor do
que o supersistema.
Aos elementos interdependentes, interatuantes, inter-relacionados, chamamos de subsistemas, que podem
ser sistemas sob outro foco, dependendo do interesse de quem analisa, ou seja, depende da abordagem.
Exemplos de sistema:
Automóvel
Quais os objetivos ?
•
transportar passageiros e carga;
•
locomoção mecanizada.
Quais os subsistemas que compõem o sistema
automóvel ?
•
subsistema motor;
•
subsistema caixa de marchas;
•
subsistema suspensão, etc.
Computador
Quais os objetivos?
•
Processar e armazenar informações.
Quais os subsistemas que compõem o sistema
computador?
•
Subsistema teclado;
•
Subsistema CPU;
•
Subsistema monitor de vídeo, etc.
CPU
Quais os subsistemas que compõem o sistema
CPU?
•
Disco rígido (HD);
•
placa de vídeo;
•
placa de som;
•
placa de memória RAM, etc.
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4. CARACTERÍSTICAS DOS SISTEMAS
Segundo Chiavenato (2004) as características dos sistemas são decorrências de dois conceitos: o de
propósito (ou objetivo) e o de globalismo (ou totalidade).
a) Propósito ou objetivo: Os elementos ou unidades, bem como os relacionamentos, definem um arranjo que
visa sempre a um objetivo a alcançar.
b) Globalismo ou totalidade: todo o sistema tem uma natureza orgânica, pela qual uma ação que produza
mudança em uma das unidades do sistema, com muita probabilidade deverá produzir alterações em todas as
demais unidades deste.
c) Entropia : é a tendência que os sistemas têm para o desgaste, para desintegração, para o afrouxamento dos
padrões e para um aumento da aleatoriedade. A medida em que a entropia aumenta, os sistemas se decompõem
em estados mais simples. A entropia aumenta com o decorrer do tempo.
À medida que aumenta a informação, diminui a entropia, pois a informação é a base da configuração e da
ordem.
* Negentropia a informação como meio ou instrumento de ordenação do sistema.
d) Homeostasia : é o equilíbrio dinâmico entre as partes do sistema. Os sistemas têm uma tendência a se
adaptarem a fim de alcançarem um equilíbrio interno em face das mudanças externas do meio ambiente.
5. TIPOS DE SISTEMAS
a) Quanto à sua constituição:
a.1) Sistemas físicos ou concretos quando compostos de equipamentos, maquinaria, objetos e coisas
reais. Hardware.
a.2) Sistemas abstratos quando compostos de conceitos, planos, hipóteses e ideias. Os símbolos
representam atributos e objetos, que muitas vezes só existem no pensamento das pessoas. Software.
** Em certos casos, o sistema físico opera em acordo (consonância) com o abstrato:
Ex: Centro de processamento de dados o equipamento (com seus circuitos) processa programas de instruções
ao computador.
b) Quanto à natureza:
b.1) Sistemas fechados aqueles que não apresentam intercâmbio com o meio ambiente onde estão, pois
são isolados das influências ambientais. A rigor, literalmente, não existem sistemas fechados. O termo é
empregado à sistemas cujo comportamento é plenamente determinístico e programado, e que opera com um
intercâmbio muito pequeno de matéria e energia com o meio ambiente.
b.2) Sistemas abertos são os que apresentam relações de intercâmbio com o meio ambiente, através de
entradas e saídas. Os sistemas abertos trocam matéria e energia regularmente com o meio ambiente, são
adaptativos, e evitam o aumento da entropia através da interação ambiental. O conceito de sistema aberto
pode ser aplicado a diversos níveis de abordagem indo de um microssistema até um supra-sistema, ou seja,
vai da célula ao universo.
6. COMPONENTES DE UM SISTEMA
a) Entrada ou insumo (input) – é a força de arranque(ou de partida) do sistema que fornece o material,
energia ou informação importantes para a operação do sistema.
b) Saída, resultado ou produto (output) – é a finalidade para a qual se reuniram elementos e relações do
sistema. A saída deve ser coerente com o objetivo do sistema.
c) Processamento, processador ou transformador (throughput) – é o fenômeno que produz mudanças, é
o mecanismo de conversão das entradas em saídas.
d) Retroalimentação, retroação ou retroinformação (feedback) – é a função de sistema que visa a saída
com um critério ou padrão previamente estabelecido. A retroalimentação tem por objetivo o controle.
melhoramento do processo; manter a estabilidade do sistema; e controlar a entropia do sistema.
e) Ambiente (environment) – é o meio que envolve o sistema.O ambiente serve como fonte de energia
para o sistema. Sistema e ambiente estão em constante interação. O ambiente estando em constante
mudança, o processo de adaptação do sistema é um processo dinâmico.
O feedback é um mecanismo regulador dos sistemas. Ele opera com o objetivo de controlar os resultados
do sistema, produzindo informações que serão utilizadas no processo.
O mecanismo de processamento do sistema é também conhecido como caixa preta em virtude das
peculiaridades que alguns sistemas apresentam.
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ambiente
entradas
processamento
saídas
retroalimentação
Figura 1: Diagrama Representativo de um Sistema
7. CONCEITO DE INFORMAÇÃO
A Teoria da informação é um ramo da teoria da probabilidade e da matemática estatística que lida com
sistemas de comunicação, transmissão de dados, criptografia, codificação, teoria do ruído, correção de erros,
compressão de dados, etc. Ela não deve ser confundida com tecnologia da informação e biblioteconomia.
Claude E. Shannon (1916-2001) é conhecido como "o pai da teoria da informação". Sua teoria foi a
primeira a considerar comunicação como um problema matemático rigorosamente embasado na estatística e deu
aos engenheiros da comunicação um modo de determinar a capacidade de um canal de comunicação em termos
de ocorrência de bits. A teoria não se preocupa com a semântica dos dados, mas pode envolver aspectos
relacionados com a perda de informação na compressão e na transmissão de mensagens com ruído no canal.
Quem fez pela primeira vez uma análise mais rigorosa da transmissão da informação foi Claude Shannon,
criador da teoria da informação.
A medida de entropia de Shannon passou a ser considerada como uma medida da informação contida
numa mensagem, em oposição à parte da mensagem que é estritamente determinada (portanto previsível) por
estruturas inerentes, como por exemplo, a redundância da estrutura das linguagens ou das propriedades
estatísticas de uma linguagem, relacionadas às frequências de ocorrência de diferentes letras (monemas) ou de
pares, trios, (fonemas) etc., de palavras.
A entropia como definida por Shannon está intimamente relacionada à entropia definida por físicos.
Boltzmann e Gibbs fizeram um trabalho considerável sobre termodinâmica estatística. Este trabalho foi a
inspiração para se adotar o termo entropia em teoria da informação. Há uma profunda relação entre entropia nos
sentidos termodinâmico e informacional. Por exemplo, o demônio de Maxwell necessita de informações para
reverter a entropia termodinâmica e a obtenção dessas informações equilibra exatamente o ganho
termodinâmico que o demônio alcançaria de outro modo.
Dado é qualquer elemento identificado em sua forma bruta que por si só não conduz a uma
compreensão de determinado fato ou situação.
Informação é o dado trabalhado que permite a tomada de decisão.
Dado e informação:
Exemplos de dados em uma empresa: quantidade de produção, custo da matéria-prima, número de funcionários.
Como resultado da análise de tais dados tem-se as informações: capacidade de produção, custo de venda do
produto, produtividade do funcionário.
Essas informações, ao serem utilizadas pelo executivo de uma empresa, podem afetar ou modificar o
comportamento existente na empresa, bem como o relacionamento entre as suas várias unidades
organizacionais.
O propósito básico da informação é o de habilitar a empresa a alcançar seus objetivos pelo uso eficiente dos
recursos disponíveis, nos quais se inserem pessoas, materiais, equipamentos, tecnologia, dinheiro além da
própria informação.
A eficiência na utilização do recurso informação é medida pela relação do custo para obtê-la e o valor do
benefício derivado do seu custo.
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8. CARACTERÍSTICAS IDEAIS DE UMA INFORMAÇÃO:
A informação precisa ser (CAUTELA e POLLONI, 1986, p.23):
a) Clara – apresentar o fato com clareza, não o mascarando entre os fatos acessórios.
b) Precisa – deve ter um alto padrão de precisão e nunca apresentar termos como: "por volta de ...", "cerca
de ..." , "mais ou menos..." .
c) Rápida – chegar ao ponto de decisão em tempo hábil para que gere efeito na referida decisão. Uma
informação pode ser clara e precisa mas chegar atrasada, perdendo a sua razão de ser.
d) Dirigida – a quem tenha necessidade dela e que irá decidir com base nessa informação.
9. QUALIDADE DAS INFORMAÇÕES:
O número de veículos (meios) de informação influencia de maneira fundamental na qualidade da informação. A
qualidade tende a decrescer à medida que se aumenta o número de veículos de informação.
Vejamos:
a) 2 fontes e 1 veículo
Situação ideal, basta um único veiculo para ligar as duas fontes.
F1
F2
V
b) 5 fontes e 10 veículos
Em função do aumento do número de fontes e, consequentemente de veículos, já não há segurança absoluta da
fidedignidade das informações em sua totalidade.
V4
F1
V1
F2
V7
F5
V3 V2
V6 V5
V10
V9
F4
F3
V8
Informação é a medida de redução da incerteza, sobre um determinado estado de coisas, por intermédio de uma
mensagem.
Mensagem é uma estrutura organizada de sinais que serve de suporte à comunicação.
Comunicação é transmissão de mensagens entre uma fonte e o destinatário distintos no tempo e/ou no espaço.
10. ALGUNS CONCEITOS:
• Redundância
É a repetição da mensagem para que sua recepção correta seja mais garantida. A redundância introduz no
sistema de comunicação uma certa capacidade de eliminar o ruído e prevenir distorções e enganos na recepção
da mensagem.
• Entropia
Vem de Grego – Transformação – é um conceito controvertido nas ciências da comunicação. A entropia é a
segunda lei da termodinâmica e refere-se a perda de energia em sistemas isolados, levando-os à degradação, à
desintegração e ao desaparecimento. A entropia significa que partes do sistemas perdem sua integração e
comunicação entre si, fazendo com que o sistema se decomponha, perca energia e informação, e se degenere.
Como a entropia é um processo pelo qual o sistema tende à exaustão, desorganização, desintegração e, por fim à
morte; para sobreviver, o sistema precisa abrir-se e reabastecer-se de energia e de informação para manter a sua
estrutura.
• Sinergia
Vem do grego – Trabalho – significa literalmente trabalho conjunto; este conceito também é controvertido.
Existe sinergia quando duas ou mais causas produzem, atuando conjuntamente, um efeito maior do que a soma
dos efeitos que produziriam atuando individualmente.
• Comunicação
O termo comunicação é usado não somente para focalizar o relacionamento pessoa-pessoa, pessoa-grupo,
grupo-pessoa e grupo-grupo, mas também para indicar o fluxo de informação no processo decisório da
organização e o relacionamento entre a organização e seus membros, bem como o seu ambiente externo. A
comunicação significa também informação.
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UNIDADE 4 – FUNDAMENTOS DO USO DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
“A vida só pode ser compreendida olhando-se para trás; mas só pode ser vivida olhando-se para frente.”
Sören Kierkegaard
OBJETIVOS
- Compreender de forma geral as tecnologias inovadoras utilizadas nos sistemas de informação.
- Conhecer os principais significados de termos técnicos usuais da área de tecnologia e sua aplicabilidade no
auxílio do administrador de empresas.
- Conhecer as principais características e vantagens dos sistemas de telemática e seu grande crescimento em face
da popularização da Internet.
- Saber as características das Internets empresariais e suas oportunidades de serviços.
- Conhecer as novas filosofias de aplicação de tecnologia nas atividades empresariais.
1. INTRODUÇÃO
A tecnologia da informação é parte integrante do nosso cotidiano com os computadores espalhados em
bancos, em bibliotecas, ao fazermos exames de tomografia computadorizada, quando alugamos um filme na
locadora ou quando vamos fazer uma aposta na loteria.
Esse perfil de ferramenta para todas as atividades define a grande aplicabilidade da tecnologia da
informação em todas as áreas. Dificilmente alguma área não pode utilizar a tecnologia para melhorar alguma
atividade.
Hoje, com o advento da telemática e o exponencial desenvolvimento da Internet em conjunto com as
necessidade dinâmicas imposta pela globalização, criou-se um ambiente em que os proprietários e
administradores de empresas necessitam de razoável conhecimento sobre o universo tecnológico para estarem
cientes dos novos prováveis aliados ao desenvolvimento de sua empresa.
Conceitos que antigamente eram necessários apenas para os responsáveis por tecnologia hoje precisam
ser evidentes para os envolvidos com a tomada de decisão da organização, de modo a ajudá-los no seu
relacionamento com as empresas ou com funcionários que dominam o assunto.
2. CLASSIFICAÇÃO DOS COMPUTADORES E REDES
Os computadores são classificados conforme o seu porte (tamanho e velocidade de processamento) e são
divididos como:
♦ Mainframe: equipamento potente, geralmente utilizado para processamento centralizado de rotinas
comerciais, científicas ou militares, muito usado na época dos grandes CPD´s;
♦ Minicomputadores: computadores de médio porte, muito utilizados em universidades, fábricas e
laboratórios, onde são necessários processamentos longos e com grande precisão;
♦ Computadores Pessoais (PC´s): também conhecidos como microcomputadores. Apesar do intuito
inicial de serem equipamentos residenciais para usuários comuns, são responsáveis pela revolução da
computação descentralizada;
♦ Estações de Trabalho (Workstation): máquinas que possuem grande capacidade de processamento
local, principalmente gráfico e matemático, e capacidade de processamento multitarefa;
♦ Supercomputadores: computadores altamente sofisticados e potentes, utilizados para resolver
problemas de alta complexidade e com milhares de variáveis.
Essa classificação era muito utilizada quando existiam os verdadeiros CPD´s, com sua estrutura
centralizadora, momento em que o usuário da informação não possuía controle sobre ela.
As redes de computadores corporativas são o conjunto de acessórios e componentes responsáveis pelo
tráfego dos dados por toda a organização.
Quanto ao seu porte, as redes podem ser classificadas como:
♦ Grupo de trabalho (Workgroup): normalmente redes de pequeno porte, em que todas as máquinas são
clientes e servidores ao mesmo tempo. Redes características de micro, pequenas e médias empresas. O
nível de segurança é baixo.
♦ Domínio (Domain): redes de maior porte, em geral possuem um servidor central que permite ou não
que um usuário se conecte à rede. O domínio permite ainda o estabelecimento de políticas de rede, que
definem os privilégios de cada usuário que se conectar à rede. Garante um nível maior de segurança á
corporação. Todos podem trocar dadas entre si, mas a centralização das tarefas de maior
responsabilidade fica a cargo de um servidor.
Elas também podem ser classificada quanto á capacidade de abrangência:
♦ LAN – (Local Area Network, ou redes de área locais): são aquelas que interligam todos os
computadores em um mesmo local físico, mesmo um prédio ou mesma instalação industrial;
♦ WAN – (Wide Area Network, ou redes remotas): são aquelas que interligam computadores de vários
locais geográficos, várias instalações industriais, várias filiais. Podem, inclusive, interligar as várias
LANs de uma organização.
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3. INTERNET X INTRANET X EXTRANET
O desenvolvimento da Internet pode ser resumido em duas importantes décadas: 1960 e 1970.
Na década de 1960, o Departamento de defesa dos Estados Unidos desenvolveu um sistema de
comunicação com o uso de redes de computadores. Essa comunicação com o uso de redes de computadores.
Essa comunicação tinha como principal meta manter as bases militares em contato constante, na tentativa de
evitar ataques nucleares. Nesse momento, a Guerra Fria trouxe um grande benefício à humanidade por meio da
tecnologia que serviu de berço para a Internet.
Durante a década de 1970, esse sistema de comunicação foi expandido, incorporando universidades e, um
pouco depois, incluindo qualquer pessoa que possuísse um computador e desejasse estar conectado à grande
rede.
Do ponto de vista técnico, a Internet é um conexão de todas as redes do mundo, mas, do ponto de vista do
usuário, ela representa a possibilidade, quase infinita, de acesso a serviços online, comunicação entre pessoas ou
troca de dados entre computadores.
A melhor definição para a Internet é uma rede de redes, ou seja, uma interligação de várias redes em todo
o mundo utilizando os mesmo padrões de comunicação, o que resultou em uma revolução nas
telecomunicações.
Para perceber melhor a revolução causada pela Internet perante as telecomunicações, basta que se
comparem a expansão da telefonia e a da Web:
Tabela 8: Comparação da expansão da telefonia com a da Web
TELEFONE
WEB
Demorou 74 anos para atingir
Demorou 4 anos para atingir
50 milhões de
usuários
Fonte: BATISTA, 2004: p.70
O crescimento exponencial desse tipo de rede juntamente com a popularização dos computadores
pessoais, e a necessidade de usuários residenciais e pequenos escritórios acessarem-na trouxeram a
obrigatoriedade da criação de uma nova linha de empresas prestadoras de serviços.
A internet conecta cientistas e professores de universidades ao redor do mundo. Para se conectar à
Internet, o usuário necessita de um computador, um modem e pagar uma taxa a um Provedor de Serviço de
Internet (ISP – Internet Service Provider). A Internet é uma tecnologia baseada na tecnologia servidor/cliente.
Todos os dados, incluindo as mensagens de e-mail, são armazenados em servidores. Segundo Laudon & Laudon
(1999), os principais recursos da Internet são correios eletrônicos, grupos de notícias, bate-papos, Telnet, FTP,
World Wide Web (WWW), dentre outros. Para um estudo mais profundo sobre Internet consulte o livro de
Laudon & Laudon (1999).
Como a maioria dos recursos da Internet é de domínio comum ao usuário, focaremos naqueles mais
desconhecidos. O Telnet é um protocolo que estabelece um link rápido entre dois computadores, permitindo que
estes se conectem remotamente.
O protocolo de transferência de arquivos (FTP – file transfer protocol) é usado para acessar um
computador remoto e recuperar arquivos dele.
O mais importante e conhecido protocolo da Internet é, sem dúvida alguma, o HTTP (Hyper Text
Transfer Protocol) que é um protocolo internacionalmente aceito de exibição de informações. O HTTP é
baseado em uma linguagem de hipertexto denominada Hypertext Markup Language (HTML).
De acordo com uma empresa especializada em análise de mercado, a Nua.com, o número de cibernautas
em todo o mundo já ultrapassou 580,7 milhões. Este estudo indica que a região europeia ocupa o primeiro lugar
em termos de utilizadores de Internet, com um número de 185,83 milhões de usuários conectados. Os Estados
Unidos e o Canadá seguem em segundo lugar, com 182,83 milhões. Na Ásia/Pacífico são 167,86 milhões; na
América Latina, 32,99 milhões; a África contabiliza 6,31 milhões e o Médio Oriente, 5,12 milhões2. A realidade
latino-americana é um pouco diferente em decorrência da problemática estrutura de linhas telefônicas, baixa
popularização de PCs e baixa renda per capita. No Brasil, segundo a Regtistro.br (http://www.registro.br), o
número de domínios registrados já chega a aproximadamente 420 mil, conforme a tabela abaixo:
Tabela 9: Número de domínios registrados no Brasil
Tipo de Documento
Entidades
Universidade
Pessoas físicas
Profissionais liberais
Quantidade
404.857
1699
2353
10400
Fonte: BATISTA, 2004: p.71
2
IDG
Now!
10%
da
população
mundial
está
<http://idgnow.terra.com.br/idgnow/internet/2002/08/0021>. Acesso em: 18 ag. 2002.
online.
Disponível
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em:
14
O Brasil é o primeiro no ranking latino-americano de usuários de Internet, seguido pelo México e pela
Argentina; possui um crescimento exponencial que cria um forte estímulo para o mercado de eletrônicos
desenvolver produtos voltados à conexão de redes e telecomunicações. O tráfego gerado por brasileiros na
Internet aumentou 56,2% em uma ano, apesar de o Brasil continuar na 16a posição no ranking mundial
classificada pela empresa norte-americana especializada em medições WebsideStory.
Em resumo, a Internet:
- torna mais rápido o acesso às informações;
- melhora a comunicação e a colaboração entre pessoas e organizações;
- acelera a divulgação de novos conhecimento; e
- facilita as novas técnicas de comércio.
UNIDADE 5 – OS NOVOS USOS DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NA EMPRESA
“Os talentosos atingem metas que ninguém mais pode atingir; os gênios atingem metas que ninguém mais consegue ver.”
Artur Schopenhauer
1. E-BUSSINESS
A Internet e seu comportamento inovador está impondo ao mercado novos padrões de funcionamento e
novos métodos comerciais. É evidente que as eficiências propostas por ela são muito poderosas para serem
ignoradas.
Um dos grupos de ferramentas inovadoras da Internet é o e-business (negócios eletrônicos) – uso da
tecnologia da informação, como computadores e telecomunicações, para automatizar a compra e venda de
produtos, bens e serviços entre empresa-consumidor e empresa-empresa.
Do ponto de vista administrativo, o e-business é o planejamento da imersão da organização na Internet
com o propósito de automatizar suas diversas atividades, como a comunicação interna e externa, a transmissão
de dados, o contato com clientes e fornecedores, o treinamento de pessoal, etc.
O aparecimento, o desenvolvimento e crescimento exponencial da Internet permitiram que novas
modalidades de fazer negócios entre as empresas surgissem para tirar proveito das tecnologias inovadoras
existentes.
O e-business não compreende apenas o comércio, mas também qualquer tipo de prestação de serviços,
troca de informações, disponibilização de informação.
Quando essa área é alvo de estudo, centenas de siglas e termos em inglês causam certo desconforto no
correto entendimento do processo; além disso, é importante salientar a comum confusão de definições que se
estabelece entre o e-business e o e-commerce.
O e-business pode ser definido como a estratégia de posicionamento da empresa na Internet; já o ecommerce é um dos componentes do e-business com o intuito de controlar a atividade de vendas pelo uso de
meios eletrônicos.
O e-commerce ou comércio eletrônico, é considerado uma atividade promissora, pois a administração de
um negócio na Internet permite atingir mercados antes não atendidos. A venda direta aos consumidores resulta
em considerável aumento dos lucros da empresa devido à redução da quantidade de atravessadores e um
controle maior das operações.
Na realidade, o processo de comércio eletrônico significa que vários conceitos administrativos e
tecnológicos devem interagir. Esses conceitos focam uma parte do relacionamento da empresa (empresafornecedores, empresas-cliente, etc.). Dependendo do tipo de negócio e da cultura empresarial, tais conceitos
ganham maior ou menor importância, exigindo níveis distintos de implantação.
O comércio eletrônico faz com que as organizações sejam mais eficientes e flexíveis em suas operações
internas. Entre as melhorias de caráter externo podemos destacar a aproximação dom seus fornecedores e uma
maior agilidade para atender às necessidade e às expectativas de seus clientes.
Quando se fala em comércio eletrônico, qualquer empresa passa, normalmente por cinco fases no
posicionamento do negócio na Web, que representam amadurecimento e uma quebra escalonada de paradigmas
no que diz respeito ao uso dessas tecnologias para alavancar os negócios da organização. Elas podem ser
definidas como:
• Presença on-line: colocação no ar de um site da empresa.
• Negócios on-line: o website da empresa se transforma em uma maneira alternativa de fazer negócios,
podendo apenas utilizar troca de dados na função logística para substituir outros meios, como telefone e
fax.
• Negócios on-line integrados: o canal eletrônico passa a ser uma peça-chave nos negócios da empresa,
tendo integração com os seus sistemas e processos internos. Nesse ponto, a relação com o cliente é
fortalecida, e operações de retenção do cliente e fortalecimento da marca são percebidas
• Negócios on-line avançados: nessa fase, a empresa procura estabelecer uma reformulação dos seus
processos de negócios para ampliar seus mercados. A fusão de elementos da organização com o
relacionamento como o cliente e com a cadeia de suprimentos é encarada como uma vantagem
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competitiva. Aplicações de marketing one-to-one são uma característica relevante desse tipo de negócio.
Com os fornecedores são estabelecidas relações estreitas, como controle de estoque pelo fornecedor ou
reposição contínua de produtos (just-in-time).
• E-Business total: nessa fase, as relações de negócios entre consumidor-empresa-fornecedor passam a
ser de parceria completa. São perceptíveis nas empresas um modelo virtual, produção específica para
um cliente e compartilhamento de informações e receitas com outras organizações.
As mudanças nessa área são muito dinâmicas, e os dados estatísticos demonstram uma necessidade
natural de as organizações planejarem o seu futuro nessa nova realidade.
Segundo estudos recentes do Ibope eRatings, existem cerca de 14 milhões de internautas
brasileiros. A potencialidade desse mercado pode ser evidenciada pela grande presença de
computadores e linhas telefônicas na maior parte dos domicílios. Esses estudos também demonstraram
que o maior número de acessos é feito por pessoas na faixa de 18 a 54 anos, e que os internautas
economicamente ativos possuem grau superior, integrando as classes socioeconômicas A e B.
De acordo com o IDG (International Data Group), a América Latina tende a ser o mercado em
maior crescimento no mundo pelos próximos anos em número de usuários, publicidade online e
atividades envolvendo comércio eletrônico. O número de usuários na rede cresceu 211% desde 1997, e
o comércio eletrônico deve crescer muito. O Brasil representou 88% das vendas online em 1999 na
América Latina.
A freqüência de uso e os hábitos dos usuários forma modificados em consequência da Internet,
destaque para os seguintes fatos:
Tabela 10: Mudança de hábitos dos internautas e freqüência de uso
64% acessam a Internet pelo menos uma por dia
70% navegam pelo menos uma hora a cada acesso
60% dos internautas mudaram seus hábitos diários:
• 28% reduziram o tempo que passam vendo televisão
• 12% reduziram as horas de sono
Fonte: BATISTA, 2004: p.101
Além disso, muitos internautas preferem realizar suas operações pela Web, desde compras de
vários gêneros, consulta e operações bancárias e entrega de imposto de renda até investimentos
financeiros.
Como benefícios do comércio eletrônico, podemos destacar:
• papel: redução do uso e armazenamento de papel, sejam informativos ou documento, dando
lugar aos formatos digitais de armazenamento;
• tempo: o tempo das transações é muitas vezes um fator significativo para o sucesso da
empresa, e as transações eletrônicas podem economizar um tempo valioso;
• distância: a Internet permite a redução das fronteira físicas;
• custos com pessoal: a manipulação de grandes quantidades de papel para resolver as transações
necessárias ao funcionamento da empresa exige a utilização de um grande nu erro de pessoal. As
transações eletrônicas e, em consequência, a economia de papel permitem uma redução significativa
de funcionários;
• relações com os clientes: o comércio eletrônico resulta em uma relação muito mais estreita
entre a empresa, seus clientes e fornecedores;
• facilidade de uso e melhor controle: as empresas e, mesmo os usuários, estão optando pela
realização de suas operações no modo eletrônico, pois essa modalidade permite o controle mais
apurado dos acontecimentos, além da extrema facilidade de operação. Uma das maiores heranças da
Internet é a redução de processos burocráticos, ou seja, os processos ficam mais simples.
As pequenas e microempresas começam a descobrir as oportunidades da Internet, que
possibilitam a ampliação de sues mercados sem a necessidade de ampliar a sua estrutura física.
O comércio eletrônico possui formas diferentes de implementação, sendo que cada tipo tem
características específicas e alvos diferentes. Algumas empresas atacadistas estão até usando essas
diferenças para atingir mercados antes cobertos pelos seus revendedores, o que lhes permite reduzir o
número de atravessadores e efetuar a comercialização a preços mais baixos.
2. COMÉRCIO ELETRÔNICO – SUCESSO E AMEAÇAS
A demasiada agilidade com que se estabeleceu o comércio eletrônico e as notícias veiculadas quase todos
os dias sobre 2E (empresas eletrônicas) que encerraram suas atividades definem um quadro preocupante em que
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se encontram as organizações que ainda não optaram por tal meio de comercialização, que podem assumir o
risco de fechar ao optarem por entre no comércio eletrônico.
Muitos dos erros que levaram as empresas eletrônicas ao fechamento foram em consequência da
falta de planejamento ou até de conhecimento dos elementos-chave que regem essa modalidade de
comércio. Como ponto principal devemos observar que os concorrentes podem se desenvolver muito
mais rapidamente, deixando para trás, em muito, a organização que não se preocupa com tais
elementos.
As organizações acreditam que as principais desvantagens do comércio eletrônico são:
Tabela 11: Desvantagens do comércio eletrônico na visão das empresas
Falta de sistemas seguros na Web
Dificuldade em atingir as classes mais baixas (caráter elitista)
Dificuldade do consumidor no processo de tirar dúvidas
Serviços de telecomunicações ainda caros
Falta de mão de obra especializada
Maior investimento em mídia segmentada
Pagamento sem ser à vista
61%
48%
41%
33%
30%
22%
20%
Fonte: BATISTA, 2004: p.110
Muitas organizações que dizem possuir um sistema de comércio eletrônico na verdade estão
apenas recebendo solicitações de produto por correio eletrônico. Esse erro, apesar de parecer
insignificante, deve ser repensado quando de entende que o correio eletrônico é uma das maneiras
menos seguras de tráfego de informações.
Somente empresas e usuários que tenha uma assinatura digital3 podem enviar informações por
correio eletrônico utilizando a criptografia.
A estrutura de um comércio eletrônico exige um alto investimento em tecnologia; no Brasil os
números impressionam. No desenvolvimento do site Americanas.com foram gastos 2 milhões de reais.
O Amélia.com.br , criado para estabelecer a operação B2C do Grupo Pão de Açúcar, investiu em 2000
cerca de 235 milhões de reais em tecnologia. O site de leilão Lokau.com gastou US$800mil em
equipamento de tecnologia.
Um grande problema que envolve as empresas eletrônicas é o serviço de logística, pois, mesmo
com a terceirização dessa atividade, muitas empresas ainda fazem esse tipo de solicitação de serviço
manualmente, sem planejamento, e, como consequência, aparecem os prejuízos de trabalhos refeitos.
O comércio eletrônico deve ter como alicerce alguns procedimentos que minimizem a burocracia
e persigam a excelência da atividade de comércio. Transações como informações do cliente, por
exemplo os contatos com a instituição financeira e com a transportadora, devem ocorrer
eletronicamente, mantendo o sigilo da operação e permitindo a integração com um sistema CRM para
definição do perfil do cliente.
O uso dessas ferramentas integra os dados existentes nos sistemas ERP e CRM, proporcionando
a fidelização de clientes, a otimização de alocação de recursos, o aumento de vendas cruzadas e
casadas e a melhoria de qualidade de produtos e serviços prestados.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BATISTA, Emerson O. Sistemas de Informação – O uso consciente da tecnologia para o gerenciamento
São Paulo, Editora Saraiva, 2004.
BRAGA, Ascenção, A Gestão da Informação. Disponível em: http://www.ubi.pt/monografia Portugal . Acesso
em: 15 de ag. 2004.
DAVENPORT, Thomas H. “Ecologia da Informação: por que só a tecnologia não basta para o sucesso na
era da informação.” – São Paulo: Editora Futura, 1998.
LAUDON, K.C., LAUDON, J.P. Sistemas de informação. São Paulo: LTC, 1999.
MELO, I.S. Administração Sistemas de Informação. São Paulo: Pioneira, 1999.
O`BRIEN, James A. Sistemas de Informação e as Decisões Gerenciais na Era da Internet, São
Paulo, Editora Saraiva, 2001.
POTTER, Richard. Administração da Tecnologia da Informação. São Paulo: Campus, 2004.
ZORRINHO, C., Gestão da Informação, Condição para Vencer. Iapmei, 1995.
3
Assinatura digital é um método de aluguel de uma chave privada de criptografia para a troca de dados e informações pela
Internet.
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ANEXO A – TECNOLOGIA DO VESTUÁRIO - PROCESSO DE PRODUÇÃO
COMO FUNCIONA UMA CONFECÇÃO
Ciclo Básico de Produção
CRIAÇÃO
Definição
Área responsável por traduzir nas roupas de uma grife ou marca de confecção, uma tendência
direcionada para o mercado de atuação que a empresa pré estabeleceu. Buscando atender a faixa etária,
conforto, custo, estilo, etc. Pode ser representada por um profissional que chamamos de estilista ou por
um setor composto por uma equipe.
Definição de Mercado de Atuação
• Estilista de criação;
Buscam tendências, viagens, pesquisas, etc.
• Estilistas Copistas;
Buscam referências de revistas, fotos, vitrines, etc.
ELABORAÇÃO E LEVANTAMENTO DE CUSTOS:
Ficha Técnica das Peças
“A ficha técnica de uma peça, tem por objetivo detalhar todas as etapas e necessidades de um
modelo definindo coleção, matéria prima, fornecedores, custos, grade de tamanho, entre outras
informações técnicas.”
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Modelo Ilustrativo Ficha Técnica
Peça Piloto
“É a peça de referência, ela tem como objetivo avaliar e mostrar informações técnicas como,
gargalo produtivo, caimento, seqüência operacional de montagem, custo geral, tempo de produção,
entre outras informações.”
Análise de Compras:
“Este setor esta diretamente ligada ao setor de criação, sua principal função é preparar a
logística técnica e financeira de todos os insumos necessários para suprir os modelos aprovados para a
coleção.”
Estratégia de Produção:
“Função responsável por definir várias etapas para a produção como, definição dos modelos
que serão montados internamente ou externamente, a melhor seqüência de produção por modelo,
oficinas externas, entre outras.”
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MODELAGEM
Interpretação do Modelo:
“É a discriminação criteriosa do modelo apresentado, através de desenho, fotografia ou peça
confeccionada, verificando qual é o diagrama, o tecido, o tamanho, formas de montagem e os
aviamentos necessários.”
Diagrama ou traçado:
“É a representação gráfica, figurada da morfologia do corpo humano, que mostra
esquematicamente o plano de uma estrutura, com a posição e relação de suas partes.”
Obs.: Para a construção de um molde, é necessário conhecer medidas e proporções.
Diagrama
Molde:
“É a reprodução das partes do diagrama, em papel ou fibra, no tamanho real que possuíra a
peça depois de pronta.”
Molde para corte:
“É a colocação de uma margem de costura e marcações, de acordo com o tipo de tecido, tipo de
costura, tipos de máquinas, tipo de embanhados.”
Molde para corte:
1. Parta da peça (manga);
2. Tamanho da peça (n. 4);
3. Ordem ou referência (coleção verão, ref. n.1);
4. Número de partes a ser cortada (9 vezes);
5. Quantas partes compõem a peça (7 partes);
6. Posição do fio de urdume;
7. Assinatura;
8. Data;
Prova e correção:
“Faz-se o encaixe para levantamento do consumo de tecido, e confecciona-se uma peça para
averiguá-la o caimento. Depois de provada, havendo necessidade, fazem-se as devidas correções no
molde.”
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Ampliação e redução:
“Após os moldes estarem testados, faz-se a reprodução dos outros tamanhos com as devidas
variações de medidas para os outros tamanhos com as mesmas formas e marcações. Pronta a
ampliação e redução, se possível, confecciona-se um tamanho ampliado e outro reduzido para verificar
o tamanho”
CORTE
SETOR DE CORTE:
Definição:
O setor de corte é uma das principais etapas do processo produtivo, dentro da área industrial da
confecção e um dos responsáveis direto pela transformação da matéria-prima, fazendo dele um setor
de extrema importância, a ponto de colocar em risco todo o processo produtivo, quando mal planejado
ou executado, causando sérios prejuízos à empresa.
Etapas do Corte
• Encaixe;
• Risco;
• Enfesto;
• Corte;
• Preparação;
ENCAIXE:
Definição:
O encaixe é a distribuição de uma determinada modelagem sobre um papel ou tecido, cuja
prioridade é a economia de matéria-prima. Sendo também conhecido como plano de corte ou mapa,
pode ser realizado manualmente, mais comumente utilizado pela maioria das empresas devido a seu
baixo custo, ou automático, através do sistema CAD, (“Computer Aided Design” - planejamento
auxiliado por computador). É válido destacar que a aquisição do sistema CAD, não dispensa o
profissional da área, pois para operá-lo ele é imprescindível.
Encaixe Convencional
Encaixe Automático
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RISCO:
O risco é o contorno de todas as partes de uma modelagem, observando a disposição correta dos
moldes com relação ao fio de urde-me do tecido. Em outras palavras é contornar os moldes do
“encaixe”, obedecendo todas as marcações e denominações que ele apresenta, para que o cortador
possa segui-las e enviar para a costura as peças com piques e furos corretamente marcados.
ENFESTO:
Definição:
O enfesto é a operação para designar as camadas sobrepostas de tecidos a serem cortados,
obedecendo a uma metragem pré-estabelecida. Essa colocação de folha sobre folha, formando um
bloco de tecido também é conhecida como colchão ou estendida. Esta operação pode ser realizada
manualmente, com uma enfestadeira mecânica ou automatizada, de três maneiras:
TIPOS DE ENFESTO:
• Enfesto Par;
• Enfesto Impar;
• Enfesto Escada;
CORTE:
Definição:
• O corte, propriamente dito, é a ação ou efeito de cortar, esta etapa exige muita atenção.
• Os equipamentos utilizados nesta etapa vão desde uma simples tesoura, passando por máquinas
mecânicas até chegar a um corte automatizado por jato de água. Porém, a máquina mais utilizada na
realização do corte, é a máquina de faca vertical, indicada para todos os tipos de tecidos, possuindo
tipos variados de facas, para atender a situações diversas. È importante que o cortador saiba qual a
mais adequada para o material a ser cortado, excluindo assim, qualquer hipótese de comprometer o
corte.
Corte Manual
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Corte Manual
Máquina Automatizada de Corte - NeoCut Audaces
Máquina de Corte Convencional Vertical de 6, 8 ou 10 polegadas
PREPARAÇÃO:
Definição:
Após o corte é necessário preparar o produto para a costura. Esta preparação requer atenção,
para que o processo possa fluir em seu ritmo normal. A preparação para costura deve ser feita em três
etapas:
• Etiquetagem;
• Separação;
• Embalagem;
COSTURA
Etapa fundamental da cadeia produtiva da confecção. Podemos dizer que a costura é fator
determinante para determinar a produtividade, qualidade e seus processos. Tudo começa e acaba em
função da costura.
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Imagem de uma confecção em trabalho
Itens importantes:
• Profissionalização do processo;
• Dependência de mão de obra especializada;
• Dependência de máquinas e equipamentos;
• Otimização do processo produtivo;
• Mudança de perfil do profissional de costura;
• Comprometimento produtivo;
ANEXO B - TECNOLOGIA DA CONFECÇÃO: DA PROTÓTIPO À CONFECÇÃO (ETAPAS E CONCEITO)
Criação e Desenvolvimento de Produto
É a primeira etapa da confecção, também chamada de concepção. Realizada por um estilista,
requer o conhecimento tanto das tendências da moda quanto das características da estratégia da
empresa, de modo a desenvolver modelos que facilitem a comercialização. Consiste no design dos
modelos e na escolha dos tecidos.
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Modelagem
Executada pelo modelista, consiste na concretização das ideias do estilista de modo a criar um
protótipo de papel a partir do qual se elabora o molde básico. A modelagem consiste em criar todas as
partes que compõem um protótipo de produto de vestuário em papel e pode ser executado por um
processo manual ou computadorizado pelo sistema CAD.
Faz parte da modelagem, também, o sistema de redução e ampliação, ou seja, o desdobramento
da modelagem básica nos diferentes tamanhos a serem fabricados. É importante lembrar que as
modelagens para tecido plano, em geral, são marcadas com tamanhos em número, como 36, 38, 40, 42,
etc. e as de malharia são marcadas com letras, como PP, P, M, G, GG ou S, M,L, XL (padrão
internacional).
Sistema CAD
Desenho auxiliado por computador na modelagem e encaixe dos diferentes tamanhos com
otimização das perdas no risco do tecido, o que gera uma perda menor nos restos dos tecidos cortados.
“O acrônimo CAD (Computer Aided Desing – Projeto Assistido por Computador) utilizado pela
primeira vez no inicio dos anos 60 pelo pesquisador do Massachussetes Institute of technology (M.I.T)
Ivan Sutherland. O termo CAD pode ser definido como sendo: o processo de projeto que se utiliza de
técnicas gráficas computadorizadas, através da utilização de programas (software) de apoio, auxiliando
na resolução dos problemas associados ao projeto. ”
Leia mais sobre modelagem no sistema CAD e veja alguns comandos do programa no blog
Modelagem.
CAM
Manufatura auxiliada por computador.
“Por sua vez, a sigla CAM (Computer Aided Manufacturing – Fabricação Assistida por
Computador) refere-se a todo e qualquer processo de fabricação controlado por computador. Sua
origem remonta-se ao desenvolvimento das máquinas controladas numericamente (C.N.) no final dos
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anos 40 e inicio dos 50. Quando estas máquinas começaram a ser controladas por computador, no fim
dos anos 50 inicio dos 60, surgiu o termo C.N.C.
Atualmente a sigla (CNC) engloba diversos processos automáticos de fabricação, tais como;
fresamento, torneamento, oxicorte, corte a Laser, entre outros. Assim sendo, o termo CAM é
empregado para todas estas disciplinas e para qualquer outra que possa surgir.
A tecnologia CAD/CAM corresponde à integração das técnicas CAD e CAM num sistema único
e completo. Isto significa, por exemplo, que pode-se projetar um componente qualquer na tela do
computador e transmitir a informação por meio de interfaces de comunicação entre o computador e um
sistema de fabricação, onde dito componente pode ser produzido automaticamente numa máquina
CNC.”
Os equipamentos desse sistema são de custo elevado.
Vantagens da introdução do sistema CAD/CAM:
• Na utilização do tecido: o custo do tecido representa em média de 40 a 60% do custo total da
roupa, tornando relevante qualquer redução no seu gasto.
• Na mão de obra: o custo da mão de obra nas atividades de gradeamento e encaixe é pequeno
em relação ao custo total da mão de obra.
• Na redução de tempo e no aumento da flexibilidade: a redução do tempo de produção e a
flexibilidade.
• Na reorganização e no gerenciamento: a introdução do sistema CAD requer a reorganização da
produção.
Imagens do site Kabriolli.
Corte com Controle Numérico
O sistema de corte começa com a elaboração do gradeamento para encaixe e risco de toda a
modelagem já ampliada e reduzida, que em seguida passa pelo enfesto.
Grade: Significa a quantidade de peças que são cortadas por tamanho e cor.
Enfesto: É a quantidade de tecido usada para se fazer um corte gradeado.
No final dos anos 70, surgiram novas técnicas para o processo de corte. Em 1970, o corte a laser
foi desenvolvido para a indústria do vestuário.
Corte Automático
A utilização de sistemas de corte com controle numérico permite redução do número de
trabalhadores envolvidos nessa tarefa.
Máquina de corte
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Para que a implantação do sistema de corte automatizado tenha resultado positivo, normalmente
é preciso centralizá-lo em um único local juntamente com o gradeamento e o encaixe realizados com
auxílio do sistema CAD.
Costura
É aparte do processo onde a peça de fato é montada, suas partes unidas geralmente por meio da
máquina de costura.
O bom desempenho desta etapa depende da escolha do sistema de fabricação e da adaptação do
maquinário à matéria prima e aos modelos.
Evolução da Tecnologia de Costura
• 1°geração: máquinas de costura simples.
• 2°geração: máquinas dotadas de acessórios para corte de linha, posicionamento de agulha e
arremates automáticos.
• 3°geração: máquinas semi-automatizadas em que a operação de costura é controlada por
microprocessador.
• 4°geração: as operações são totalmente automáticas, dispensando o operador.
• 5°geração: as operações são integradas entre si.
A fase da costura é a mais importante do processo produtivo.
Acabamento
Consiste na limpeza e passadoria das
peças já costuradas, de modo a deixá-las
prontas para a embalagem e a
comercialização.
São executadas tarefas como corte de
linhas, corte de sobras de panos. O
empacotamento e o envio das
encomendas fazem parte dessa etapa.
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ANEXO C – ESTUDO DE CASO: E-COMMERCE COMO FERRAMENTA DE VENDAS
Introdução
No cenário contemporâneo, em que a comunicação digital está tão presente o tempo todo, não basta
para algumas empresas possuírem somente um ponto de vendas físico para vender seus produtos. Pela
praticidade ou falta de tempo de ir até uma loja, muitas pessoas estão comprando produtos pela
internet, pagando com cartão de crédito (ou boleto bancário) e recebendo no conforto de seus lares
aquilo que pediram. Em nosso case, a empresa “O34” (empresa fictícia criada exclusivamente para os
propósitos deste trabalho) encontrou na ferramenta de comércio eletrônico mais um espaço para
ampliar suas vendas de CDs de música e DVDs de shows e filmes.
A “O34” vinha sentindo uma diminuição significativa de vendas em seu ponto de vendas físico,
localizado na cidade de São Paulo. Em parte culpava o mercado ilegal de produtos piratas, mas não
conseguia ver uma saída para essa situação. Porém, em 2007, iniciou um processo de modernização da
loja que, além de passar por uma renovação da logomarca e do ponto de venda, também se expandiu
para a web. A “O34” criou um site bastante atraente que oferecia todo o catálogo da loja e a
possibilidade de seus usuários comprarem on-line e receberem o produto em casa.
Pelo fato de ser uma ferramenta on-line, a “O34” consegue medir em tempo real o que está vendendo
mais ou vendendo menos e oferecer, de maneira mais pontual, o produto certo aos clientes certos.
Assim, a empresa conseguiu reinventar seu negócio, ganhando um fôlego extra para continuar
existindo no ramo de entretenimento. Este case se propõe a analisar como é possível usar e-commerce
para maximizar os esforços de vendas de uma empresa. Visa também analisar que outros benefícios
esta prática digital pode trazer para uma empresa.
História da empresa e da marca
A “O34” (empresa fictícia e criada para os propósitos dessa análise de case) é uma empresa da cidade
de São Paulo, surgida em 2002, que se especializou na venda de produtos de entretenimento; mais
especificamente CDs de música e DVDs de filmes e shows. A empresa possui somente uma loja de
grande porte, localizada na cidade de São Paulo, onde funciona o espaço comercial no andar de baixo,
escritórios administrativos no andar de cima e há um pequeno prédio de estoque nos fundos. A
empresa concentrou seus esforços, desde sempre, em produtos importados e material raro para
colecionadores. Visando atingir um nicho específico criou também uma área da loja destinada à venda
de LPs de vinil para aficionados por esse tipo de produto.
No início, a empresa conseguiu criar um público bem fiel que frequentava a loja com periodicidade
alta e gastava grandes somas de dinheiro mensalmente. Porém, com o passar dos anos, a ampliação do
mercado de produtos ilegais e sites que entregam produtos importados no Brasil começaram a ameaçar
o movimento da loja.
Pensando nisso a empresa apostou em uma estratégia de e-commerce, em que além de entregar seus
produtos nas casas dos clientes, também poderia importar títulos que não estão disponíveis na loja para
aqueles que não possuem cartão de crédito internacional ou intimidade com sites de língua estrangeira.
Mais do que consolidar sua imagem perante o consumidor usuário da internet, a marca deseja criar
internautas que se tornem fiéis compradores dessa plataforma de e-commerce.
Público-alvo
A “O34” possui como público-alvo moradores da cidade de São Paulo, de ambos os sexos, com idades
entre 18 e 35 anos. Essencialmente o público é interessado em cultura pop, música e cinema. A
maioria possui o hobby de colecionar CDs e DVDs e fazem questão de adquirir o produto original,
condenando o download do conteúdo via web ou a compra do produto pirata.
Linha de produtos
A linha de produtos da “O34” é bastante abrangente e disponibiliza os maiores lançamentos de CDs,
DVDs e LPs da atualidade. Pensando em agradar a todos os gostos, possui CDs de variados estilos
musicais e DVDs de shows e filmes de sucesso. Vale ressaltar que qualquer produto que não esteja
disponível na loja pode ser pedido pela internet por sites estrangeiros específicos.
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A implantação e o lançamento da campanha
Como supracitado, a “O34” percebeu a necessidade de oferecer um serviço de vendas pela internet
para os seus clientes. Somente o ponto de venda físico não basta para gerar a receita da empresa. A
“O34” contratou uma empresa que vai criar o site de comércio eletrônico e implementar o projeto.
Outro ponto que chamou a atenção do grupo foi o último relatório (2009) do site
www.webshoppers.com que aponta o faturamento da área de e-commerce. Em 2008, chegou em $ 10,6
bilhões, com um ticket médio de $ 336,00. A projeção pra este ano de 2010 é de $ 13 bilhões. O ecommerce tem crescido 30% ao ano, numa crescente que vem desde 2007.
É importante ressaltar nessa parte do nosso estudo uma definição de e-commerce que segundo REEDY
e SCHULLO (2007), é o ato de realizar comunicação corporativa e transmissões por redes e
computadores e, mais especificamente, a compra e venda de bens e serviços e a transferência de
fundos por comunicação digital. O comércio eletrônico também pode incluir todas as funções internas
e externas da empresa (como marketing, finanças e vendas) que possibilitem o comércio e usem
correio eletrônico, EDI (Electronic Data Interchange). O comércio eletrônico pode incluir compra e
venda pela internet como um todo, a transferência eletrônica de fundos, os smart cards, o dinheiro
digital e todas as outras maneiras de se fazer negócio pelas redes digitais.
Como a “O34” não é uma empresa grande e tem uma verba limitada, será utilizada uma ferramenta
gratuita de e-commerce, disponibilizada como conteúdo colaborativo na web. Trata-se do Magento,
avaliada nos fóruns de negócios eletrônicos como a melhor ferramenta gratuita para comércio
eletrônico.
Questões para discussão
1. Vimos neste caso o uso da ferramenta de e-commerce. Por melhor que o comércio eletrônico
funcione, precisa ser divulgado. A partir disso responda:
a) Como você divulgaria um e-commerce on-line?
b) Como você divulgaria um e-commerce em um ponto de venda?
2. Que vantagens há para uma empresa, como a do caso, que deseja implementar um e-commerce?
3. A comunicação digital evolui a cada dia e, hoje, já é possível fazer e-commerce utilizando celulares
e iphones. Que vantagens você analisa na possibilidade de criar comércio eletrônico em mídias
móveis?
4. Você acha que redes sociais como Twitter e Blogs podem apoiar um serviço de e-commerce?
5. Sabendo que a empresa do caso atua vendendo CDs e DVDs, que parcerias seriam possíveis de se
fazer para incrementar vendas? Pense em empresas parceiras e estruture um fluxo de informação de
como o processo funcionaria.
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