1 A IMPORTÂNCIA DA AULA DE CAMPO NO ENSINO DE MATEMÁTICA Delnice Monteiro Elias- Bolsista - PIBID/MAT/CUR/UFMT Maria Regina Costa Ferreira - PIBID/MAT/CUR/UFMT Raygor Gutemberg Costa dos Anjos - Bolsista - PIBID/MAT/CUR/UFMT Tarciano Bandeira - PIBID/MAT/CUR/UFMT Gláucio Sanches – Supervisor do Subprojeto PIBID/MAT/CUR/UFMT Aroldo José de Oliveira- Coordenador do Projeto PIBID/MAT/CUR/UFMT ([email protected], [email protected], [email protected], [email protected],[email protected], [email protected]) Resumo: Neste trabalho os bolsistas PIBID/MAT/CUR tiveram como principal objetivo aplicar na prática conceitos vistos em sala, consolidando a importância de se aprender determinados conteúdos matemáticos. A produção de dados ocorreu concomitante em experiências com as aulas de campo realizadas pela Escola Major Otavio Pitaluga (EEMOP)com os estudantes de 3° ano do ensino médio no ano de 2014, as aulas foram ministradas pelos bolsistas PIBID e acompanhamento do professor supervisor. Criou-se um problema durante as observações de biologia, onde ocorreu uma curiosidade sobre a altura de uma palmeira muito comum na região denominada ‘buriti’. O problema consistia em calcular a altura do buriti. Foram utilizadas as seguintes técnicas: uso de uma trena, pedaço de madeira, registro fotográfico, observações participantes, e relatórios de campo. As experiências nos remetem a importância do planejamento na preparação de aulas e do reconhecimento de campo que deve ser realizado para analisar as possibilidades de estudo. Desde os tempos remotos o trabalho de campo é de suma importância para o ensino da matemática, pois esse é um procedimento que permite aplicar o que foi aprendido. E por ser uma pratica muito utilizada, não deve ser empregada de forma 2 inusitada dando a entender que se trata de um simples passeio. As aulas de campo no ensino de matemática é um processo pedagógico em contato com o objeto direto de estudo levanta informações, por isso devem ser bem planejadas. Os alunos quando avaliados 96,38% destacaram que a aula de campo proporciona aprendizado satisfatório. As experiências salientam que, na EEMOP e na UFMT os envolvidos elencaram a importância das aulas de campo no aprendizado. Palavras chave: Aulas de campo; ensino de matemática, aplicação prática. 3 1. Introdução: A atividade extra classe é um processo de ensino aprendizagem que propicia a observação a vivência de experiência fora do cotidiano de sala de aula. Essas atividades podem acontecer em vários espaços seja em área urbana, ou área rural. A saída da escola já apresenta um motivo de grande satisfação aos alunos, gerando um incentivo ao aprendizado. As explicações de conceitos matemáticos quando o assunto abordado permite o estudo do meio, fica mais produtivo do que ouvir o discurso de sala de aula. Esse tipo de atividade é um desafio não apenas para o ensino de matemática, e sim para todas as áreas, pois acontece uma quebra do ensino tradicional, diante desse fato o professor supervisor e os pibidianos conseguem a atenção maior dos alunos nestas aulas, do que dentro da sala de aula. Dentro da nossa disciplina, podemos trabalhar vários conteúdos na aula de campo. Neste evento, iremos mostrar a aplicação de semelhanças de triângulos, que surgiu com a ideia de uma aluna do pibid, que observou certa árvore nomeada na região de “buriti”, e através deste assunto matemático, resolveu – se ali o problema, que era calcular a altura dessa árvore gigantesca. 4 2.1 Inicio da Atividade Como a proposta da atividade foi de relâmpago, o professor supervisor e os alunos ficaram pensando por um momento, em que conceito matemático traria uma solução aquele problema. Semelhança de triângulos encaixou perfeitamente para a situação, pois é um conteúdo em que o ano escolhido para a aula de campo (3° anos), tinha conhecimento do mesmo, o que tornou nossa situação favorável, pois relembramos apenas alguns conceitos de geometria que dão sustentação ao assunto escolhido. 2.2 Definição de Semelhança de Triângulos e Teorema de Tales Na Geometria Plana é dito que dois triângulos são semelhantes quando guardam uma proporção entre eles, ou melhor, quando os ângulos e os lados do primeiro triângulo estão em correspondência com os ângulos e lados do segundo triângulo, de tal forma que seus ângulos sejam iguais e os lados do primeiro triângulo sejam proporcionais aos lados do segundo. Mas, de fato não é necessário que se conheça todos os lados e ângulos dos triângulos para que tenhamos a semelhança assegurada. É isso que nos dizem os critérios de semelhança de triângulos: AA, LAL, LLL. Caso AA - Ângulo Ângulo: "Se dois triângulos possuem dois ângulos ordenadamente congruentes, então eles são semelhantes”. Caso LAL - Lado Ângulo Lado: “Se dois lados de um triângulo são proporcionais aos lados homólogos do outro triângulo e se o ângulo entre estes lados for congruente ao correspondente do outro triângulo, então os triângulos são semelhantes”. Caso LLL - Lado Lado Lado: "Se dois triângulos possuem os seus lados homólogos proporcionais, então eles são semelhantes”. 5 Propriedade - (teorema fundamental da semelhança): Toda reta paralela a um lado de um triângulo que intercepta os outros dois lados em pontos distintos determina o outro triângulo semelhante ao primeiro. Teorema de Tales: Se duas retas transversais intersectam um feixe de retas paralelas, então a razão entre dois segmentos quaisquer de uma transversal é igual à razão dos segmentos correspondentes aos outros. 2.3 Materiais e Métodos Utilizados Para a solução desse problema proposto, foram utilizadas as seguintes técnicas: uso de uma trena, pedaço de madeira, registro fotográfico, observações participantes, croqui da aula de campo e caderno para a montagem do relatório final. Diante disto, fez se as medidas necessárias, denotando a altura do “buriti” de X. Com as medidas em mãos, os alunos podiam julgar em que critério de semelhança podia usar. Neste caso foi o LLL (Lado, lado, lado), que é resolvido através do teorema fundamental de semelhança e o teorema de tales. 6 3. Resultados Obtidos No croqui da aula de campo e no relatório final, os pibidianos ajudaram os alunos a desenharem os triângulos no papel, colocando as devidas medidas para ficarem coerente com a definição de semelhança de triângulos. A atividade desenvolvida em campo de semelhança de triângulos foi plausível, pois conferindo os relatórios finais, todos os alunos entenderam desde o conceito, até a verdadeira proposta da atividade, que foi trazer os conceitos vistos em sala de aula (teoria) e aplica – los na prática, (aula de campo). 7 4. Conclusão Diante de um conteúdo visto no 2° ano do ensino médio, os alunos surpreenderam, pois resgataram o que fora lecionado a tempo atrás. Daí a importância da aula de campo, que motiva, incentiva e interessa o aluno a pensar e raciocinar matemática que não é apenas uma matéria de fazer contas e sim a grande quantidade que ela está presente nos mínimos detalhes da vida, trazendo uma grande significância a si mesma. As aulas de campo no ensino de matemática é um processo pedagógico em contato com o objeto direto de estudo levanta informações, por isso devem ser bem planejadas. Os alunos quando avaliados 96,38% destacaram que a aula de campo proporciona aprendizado satisfatório. As experiências salientam que, na EEMOP e na UFMT os envolvidos elencaram a importância das aulas de campo no aprendizado. 8 Referências bibliográficas: http://www.ufrgs.br/espmat/disciplinas/geotri/moduloII/conteudos2_criterios1.html DANTE, LUIZ ROBERTO. (2008) Matemática: Contexto e Aplicações. 3a ed. 4 vols. São Paulo: Ática. Semelhancadetriangulos. blogspot.com/.../propriedades-da-semelhança-de-triângulos. DANTE, LUIZ ROBERTO Matemática: volume único /Luiz Roberto Dante 1.ed – São Paulo: Àtica,2005. 9 Anexo: Figura 1: Croqui da Aula de campo Figura 3: Alunos fazendo as devidas anotações Figura 2 – Local da aula de campo - Carimã 10 Figura 4 e 5: Professores e alunos fazendo as medidas necessárias na prática, para depois aplicar a teoria.