Entrevista com Pedro Ivanow
(Banco ITAÚ)
YMF: Qual a sua função no Banco Itaú?
Pe d ro : Eu sou responsável pela
Superintendência de Controladoria, tendo
como focos de atuação a tecnologia,
qualidade, procedimentos, certificação,
documentação e controle de gestão dos
negócios praticados dentro da diretoria.
YMF: Quantos fundos e portifólios são
processados no sistema YMF e quantos
usuários acessam o sistema atualmente?
Pedro: Estamos com cerca de 6.500
fundos e portifólios. Considerando áreas
operacionais, áreas de relacionamento e
usuários ligados à área de mercado de
capitais eu diria que nós temos em torno
de 270 a 280 usuários.
YMF: Com esse volume, quais são os
principais pontos de atenção do Banco Itaú?
Pedro: Em primeiro lugar, eu diria que é ter
uma definição clara dos procedimentos
praticados dentro da área operacional. Em
segundo lugar, é necessário ter uma visão
clara no sentido qualitativo através de
i n d i c a d o re s q u e m e d e m o n í ve l d e
performance e o nível de qualidade que
praticamos em nossos serviços. Finalmente e
sem sombra de dúvida, o aspecto que tem o
maior nível de sustentação dentro dessa
equação é o lado da tecnologia, onde a
qualidade e a performance do nosso
ambiente precisa estar impecável pelos
volumes que nós praticamos.
YMF: O Banco Itaú tem usado o núcleo de
cursos que a YMF estruturou no início do
ano. Qual a sua avaliação sobre essa
iniciativa da YMF?
Pedro: Eu acho que é extremamente
positiva, porque quando a gente pensa
no cenário atual em termos de um
fornecedor, não cabe a ele apenas a oferta
do ferramental mas também participar do
processo de preparação das pessoas que
se utilizam desse ferramental, para agregar
qualidade ao processo.
YMF: A grande quantidade de mudanças
na legislação, obriga que os fornecedores
estejam sempre liberando novas versões
dos sistemas. Dentro desse cenário, os
usuários podem sentir dificuldade para
plena utilização do ferramental. Você acha
que isto ocorre no Banco Itaú?
Pedro: Eu acredito que essa dificuldade é
do mercado de uma forma geral. Eu vejo a
nossa atividade como um corpo vivo em
todos os sentidos, incluindo o lado da
tecnologia. Por conta da dinâmica do
mercado, ou por conta das adequações de
legislação, os procedimentos ou o próprio
conhecimento dos funcionários precisam
ser reciclados para incorporar essas novas
visões ou novas situações sistêmicas. Por
conta disso, o preparo desse funcionário é
extremamente importante, e volto a
colocar que o papel da YMF é muito
relevante nos auxiliando a enxergar de
uma forma mais adequada, não só o lado do
ferramental como também o efeito que
todas essas mudanças de mercado
provocam na utilização dos sistemas.
YMF: Em quais cursos o Banco Itaú
inscreveu os seus funcionários?
Pedro: Basicamente nós
nos inscrevemos em
todos os cursos
oferecidos pela YMF.
Nós já tivemos
uma participação
em todos os
módulos. O próximo treinamento
será em cima do
MCA, módulo de
conciliação
de
ativos. Esse módulo
estará implantado
no Itaú até o final do
ano.
YMF: Qual a sua avaliação
sobre os cursos e sobre o material
de apoio distribuído?
Ped ro: Eu diria que a avaliação foi
surpreendente porque, normalmente,
quem faz uma atividade tem uma
tendência de achar que conhece tudo dessa
atividade e o feedback que tenho tido
mostrou que esses cursos proporcionaram
um incremento de conhecimento ao
colaborador que foi inscrito e o próprio
colaborador começa a reconhecer que
ele ou não extraía o máximo do que a
ferramenta permitia ou utilizava de uma
forma errada em alguns aspectos.
YMF: E a avaliação do Banco Itaú sobre as
apostilas e material de apoio oferecido
junto com os cursos?
Pedro: Eu não tenho uma definição clara
sobre isto e teria que pegar mais detalhes
diretamente com o pessoal que participou
dos cursos mas, como o feedback que eu
tenho tido é extremamente positivo, eu
acredito que esse material distribuído não
seja um fator de depreciação, porque
neste caso eu já estaria sabendo.
YMF: Qual a estratégia utilizada pelo Itaú
para multiplicar o conhecimento adquirido
pelos funcionários que fizeram os cursos
para o restante da área operacional?
Pedro: A idéia é que na minha área eu
sempre tenha um funcionário integrado
nesses cursos e, que além dessa pessoa que
naturalmente se torna uma disseminadora
de conhecimento dentro da diretoria
como um todo, nós tenhamos em cada
área de atuação ligada àquele módulo,
a presença de uma ou mais pessoas,
dependendo do tamanho da área envolvida
no processo.
YMF: Você mencionou há pouco, o módulo
YMF/MCA. Qual a importância do processo
de reconciliação dentro da atividade
operacional?
Pedro: Eu costumo dizer que a área de
conciliação funcionando de uma
forma adequada é como se
fosse um remédio que me
deixa dormir tranqüilamente. Nós temos uma
preocupação enorme
em extrair o máximo
de eficiência dessa
área de conciliação
porque, ao nosso
ver, é o nosso
último filtro de
qualidade em cima
do serviço prestado.
Essa área precisa
necessariamente
funcionar muito bem, ter
um bom ferramental e ter
pessoas preparadas para verificar se
aquilo que a gente está entregando ao
mercado é aquilo que a gente quer entregar,
ou seja, informações com qualidade.
YMF: Além do YMF/MCA, existe algum
outro sistema oferecido pela YMF que
você acha que deva ser destacado?
Pedro: A YMF tem tomado iniciativas de
desenvolvimento de uma série de módulos
que, sem sombra de dúvida, são positivos
tanto para os prestadores de serviços,
como para custodiantes, Assets ou
eventualmente as Corretoras, mas para
mim, dentre dos módulos desenvolvidos,
aquele que mais me chama atenção, um
módulo que eu diria que a YMF deu alguns
passos à frente e está neste momento até
adiantado em relação à realidade de
mercado, é o Messenger. Ele se tornou um
ferramental disponível, para viabilizar a
troca de informações entre os agentes de
mercado. Na minha opinião, os agentes de
mercado tem que ter consciência que
enquanto não houver essa prática
difundida e disseminada no mercado, nós
prestadores de serviço sempre teremos
instabilidades de qualidade, afetando o
nosso cliente final. Nesse conceito, não
existem ganhos individuais, o ganho
sempre vai ter que ser coletivo. Acho que
todos os prestadores de ser viço do
mercado deveriam estar perseguindo esse
objetivo.
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