FACULDADE IPIRANGA
TECNOLOGIA EM ESTÉTICA E COSMÉTICA
ANDREZA DUTRA GOMES DA SILVA
LILIANA DE OLIVEIRA MARINHO
A IMPORTÂNCIA DOS TRATAMENTOS ESTÉTICOS NO PRÉ E PÓSOPERATÓRIO DE CIRURGIA DO CONTORNO CORPORAL
BELÉM-PA
2012
RESUMO
A presente pesquisa tem como principal finalidade demonstrar a relevância dos
atuais tratamentos estéticos no pré e pós-operatório de cirurgia do contorno
corporal, desenvolvidos pelos profissionais de estética, assim como discriminar os
diversos tipos de cicatrização, cirurgias e tratamentos estéticos pós-operatórios e
a contribuição destes na promoção de uma melhor qualidade de vida aos
pacientes que se submetem aos procedimentos cirúrgicos.
Atualmente a busca pelo belo está cada vez mais em ascensão, ultrapassando
até os limites do próprio corpo devido ao clima do país e a exposição do corpo. O
profissional de Estética é o grande auxiliar neste processo, pois conta com
diversos recursos terapêuticos para que se obtenha um melhor resultado da
cirurgia, onde o sucesso da mesma não depende só da perícia e segurança do
cirurgião, mas também da eficiência de sua equipe e do estado psicológico do
paciente. Por isso, a importância de uma equipe interdisciplinar, formada
criteriosamente, para estimular no paciente expectativas de comportamentos mais
favoráveis.
De acordo com (CALVI; 2008), a cirurgia plástica pode ser dividida em cirurgia
plástica estética ou reparadora e reconstrutiva ou cosmética. Cada uma com o
mesmo objetivo geral, que é trazer bem estar e renovação da auto-estima.
Diante disto, torna-se importante a atuação do esteticista no pós-operatório de
cirurgia plástica com objetivo de prevenir e tratar intercorrênciashaja visto que,
este tipo de pós-operatório, deixa a paciente muito debilitada e os procedimentos
pós-cirúrgicos aceleram a recuperação da mesma.
1. CIRURGIA DO CONTORNO CORPORAL
Cirurgia do contorno corporal é o nome dado a um grupo de técnicas empregadas
em cirurgia plástica para correção de alterações de mamas, abdome, nádegas,
flancos e braços (Mauad, 2008). A mesma pode ser feita por etapas ou em
associação, permitindo em certos casos, que se faça a correção das mamas e do
abdome em um único ato cirúrgico, por exemplo; porém a escolha e indicação do
método são feitas pelo cirurgião responsável. Atualmente a procura por estas
técnicas vem aumentando devido ao grande índice de pessoas com ganho de
peso excessivo e aumento do contorno corporal, devido principalmente à gravidez
e vaidade sedentária, o que leva também à flacidez e aumento da gordura
localizada (lipodistrofia) (Mauad, 2008).
2. TIPOS DE CICATRIZAÇÃO
As cicatrizes são o resultado inevitável da lesão, intencional ou acidental da pele,
sendo variável e nunca completamente previsível. Segundo Guirro (2002), a
reparação cutânea é constituída de uma sucessão de fenômenos complexos e
estreitamente ligados que podem ser classificados em diferentes fases:
- Fase Inflamatória: Fase inicial, que dura em média 72 horas, liberando várias
substâncias vasoativas, capazes de promover aumento da permeabilidade
vascular.
- Fase de Latência: Essa fase é assim denominada em virtude de se acreditar
inicialmente que havia uma interrupção na cicatrização, porém atualmente sabese que é uma fase bastante ativa.
- Fase de Fibroplastia (biossíntese do Colágeno): Devido a ação de
macrófagos inicia a transição para esta fase de reparo da lesão em que se
desenvolve a formação do tecido de granulação.
- Fase de Contração: Esta fase tem início entre o sétimo e décimo quarto dia da
lesão. A cicatriz pode apresentar-se normotrófica, atrófica, hipertrofia ou até
queloidiana, o que chamamos de cicatrizes inestéticas (Guirro,2002).
2.1 Cicatriz hipertrófica e queloidiana
É quando não ocorre a recuperação tecidual de maneira normal, a sua fisiologia
caracteriza-se de duas formas hipertrófica e queloidiana a primeira tem coloração
rósea bordas limitadas e elevadas e a segunda apresenta-se de forma elevada
com coloração violácea e o limite da borda ultrapassa a cicatriz.
FIGURA 1
CICATRIZ HIPETRÓFICA
FIGURA II
CICATRIZ QUELOIDEANA
FONTE: MUNDO DA ESTÉTICA
3. RECURSOS TERAPÊUTICOS ESTÉTICOS NO PÓS-OPERATÓRIO.
3.1 Eletroterápicos:
 Ultrassom
 Corrente galvânica
 Micro corrente
 Endermo
 Alta frequência
3.2 Manuais:
3.2.1 DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL
Segundo volder e Leduc (2006), A drenagem linfática drena os líquidos
excedentes que banham as células, mantendo dessa forma o equilíbrio hídricodos
espaços intersticiais. E também é responsável pela evacuação dos dejetos
provenientes do metabolismo, é uma das inúmeras funções fisiológicas da mesma
forma que outras funções automáticas do organismo a drenagem faz parte da
técnica utilizada para favorecer a circulação “dita” de retorno. (Mauad, 2008).
4. A IMPORTÂNCIA DA D.L.M NO PÓS OPERATÓRIO
A drenagem linfática possui diversos benefícios, como é um método
fisioterapêutico de massagem altamente especializado feito com pressões suaves
e lentas que seguem o trajeto do sistema linfático. Com objetivo de reduzir
edemas linfáticos, inchaços, hematomas, reduzir retenção de liquido, melhorar a
circulação venosa e linfática e ao mesmo tempo a D.L.M proporciona a
regeneração e a defesa dos tecidos, aumentando a eliminação de toxinas através
da urina e devolvendo equilíbrio ao organismo.
As cirurgias geram lesões na pele, como corte e descolamento da pele, o
organismo como maneira de defesa, reage gerando edemas e retenção de liquido
e seroma. Assim torna-se fundamental a DLM no pós-operatório, para auxiliar na
recuperação da área, diminuindo o inchaço e fazendo com que a pele tenha uma
aderencia correta, evitando as fibroses, como outras intercorrências, como:
Edemas, Dor, Calor, Rubor, Equimose, Aderências, Seroma, Fibroses,
Alterações Sensitivas entre outras.
5. TRATAMENTOS ESTÉTICOS PRÉ-OPERATÓRIOS
Segundo Mauad (2008), Inúmeros fatores estão ligados ao sucesso de uma
cirurgia plástica, e o tratamento estético é um importante coadjuvante para a
obtenção de um bom resultado. No pré-operatório, os tratamentos estéticos
procuram melhorar as condições da pele e dos tecidos da região a ser operada
até mesmo para uma mais rápida recuperação pós-operatória.
5.1. Objetivos do Pré-operatório
- Exercitar o Sistema Linfático;
- Orientações Gerais ao paciente sobre o pós-operatório, especialmente aos
fumantes;
- Relaxamento do paciente;
- Facilitar o ato cirúrgico.
6. TRATAMENTOS PÓS-OPERATÓRIOS
Os objetivos dos tratamentos pós-operatórios são prevenir, minimizar ou sanar as
possíveis intercorrências, prevenir de incapacidade e de limitações funcionais,
minimizar as tenções emocionais, auxiliando no processo de cicatrização, além de
promover relaxamento e bem-estar ao paciente.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A sociedade atual vive a era tecno-científica-informacional, onde os avanços na
área da tecnologia e da informação avançam em velocidade considerável,
tornando possível novas descobertas e o aprimoramento dos métodos científicos
nas diversas ciências da natureza e aplicada. A chamada medicina estética é um
desses campos de conhecimento, pois tem apresentado novas técnicas
inovadoras e menos invasivas para os pacientes. Os avanços na cirurgia plástica
são notáveis. O que levou a necessidade de se ter um pré e pós-operatório
adequados, pois estes proporcionam um bom desenvolvimento cirúrgico ao
paciente. Sendo assim é necessário ter uma equipe especializada para seu bom
andamento. O papel do esteticista tem inicio no pré e pós-operatório, visando uma
recuperação cirúrgica mais rápida, eficiente e funcional.
REFERÊNCIAS
GUIRRO, Elaine; GUIRRO, Rinaldo. Fisioterapia Dermato-funcional. 3ª edição, São Paulo: Ed.
Manole;
LEDUC, Albert e LEDUC, Oliver. Drenagem linfática. 2ª edição, São Paulo: Ed. Manole;
MAUAD, Raul. Estética e Cirurgia Plástica: Tratamento no Pré e Pós Operatório. 3º ed. SP: Senac,
2008.;
O MUNDO DA ESTÉTICA. Disponível em: <http://www.byestetica.wordpress.com>. Acesso em:
01.out.2010.
Download

faculdade ipiranga tecnologia em estética e cosmética andreza