Com a devida vénia transcrevemos artigo publicado na edição de hoje do Jornal de Negócios on line
BPN
Arlindo de Carvalho e sócio suspeitos de terem
causado prejuízos superiores a 40 milhões
O ex-ministro da Saúde de Cavaco Silva, o seu sócio na empresa imobiliária Pousa Flores, José Neto,
e o antigo administrador do grupo BPN, Coelho Marinho, são suspeitos de terem estado envolvidos
em negócios que causaram prejuízos superiores a 40 milhões ao grupo Banco Português de
Negócios (BPN).
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O ex-ministro da Saúde de Cavaco Silva, o seu sócio na empresa imobiliária Pousa Flores, José Neto,
e o antigo administrador do grupo BPN, Coelho Marinho, são suspeitos de terem estado envolvidos
em negócios que causaram prejuízos superiores a 40 milhões ao grupo Banco Português de
Negócios (BPN).
Segundo refere hoje o “Público”, os créditos obtidos de forma irregular junto do BPN por aqueles
empresários resultaram em perdas superiores a quatro dezenas de milhões de euros. Por seu turno,
o “Correio da Manhã” admite que os prejuízos possam ultrapassar os 74 milhões.
De acordo com o “Público”, as audições àqueles três responsáveis, que foram constituídos arguidos
no âmbito das investigações ao BPN, visam esclarecer qual o destino final de algum do património
do IPE, antigo braço do Estado para diversas participações empresariais, “na sequência da sua
venda, por decisão da ex-ministra das Finanças, Manuela Ferreira Leite, para obter receitas
extraordinárias. E que papel desempenhou uma das sociedades criadas por Neto e Carvalho, a
imobiliária Pousa Flores”.
O “Público” adianta ainda que o nome do antigo membro do Governo do actual Presidente da
República aparece em diversos documentos do BPN a que a investigação teve acesso
“designadamente por ter recebido deste banco empréstimos pessoais de cerca de 20 milhões de
euros sem terem sido seguidos os procedimentos regulamentares”.
Além disso, estão identificadas várias operações ligadas à Pousa Flores, a empresa imobiliária de
Arlindo Carvalho e do seu sócio, José Neto, que está conotado com o PS, em que participou Ricardo
Oliveira (que actuava como intermediário de diversos negócios imobiliários do grupo de Oliveira
Costa) e em que o BPN surge como entidade compradora.
“Os negócios abrangem terrenos em Almancil e a Herdade da Miséria (vendida por Ricardo Oliveira
à SLN), mas também empresas tecnológicas, a ATX e ATX II. Em carta registada e enviada ao BPN,
com data de 16 de Setembro de 2008, antes da nacionalização, os proprietários da ATX e da ATX II,
Arlindo de Carvalho e José Conceição Neto, reclamam do BPN as quantias, acrescidas dos
respectivos juros, acordadas nos contratos de venda das duas empresas e que foram celebrados em
10 de Abril e 17 de Abril de 2008.
Em causa estão mais de 10 milhões de euros. Os vendedores solicitam ao BPN que esta verba lhes
seja creditada em contas abertas no grupo. A representar o BPN nas assinaturas dos contratos
estiveram Abdool Vakil, na altura CEO do BPN, e o ex-gestor Coelho Marinho”, escreve o “Público”.
Arlindo de Carvalho, José Neto e Coelho Marinho serão ouvidos hoje pelo juiz do Tribunal Central de
Instrução Criminal, Carlos Alexandre. Ontem, apenas Neto chegou a prestar declarações.
2009.07.21
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Arlindo de Carvalho e sócio suspeitos de terem causado prejuízos