ODEBRECHT
# 145 • ano XXXVII • nov/dez 2009
I N F O R M A
As obras que estão
mudando o visual e
a vida de Luanda
Alagoas atrai empresas
transformadoras
de plástico
Unidades da ETH
entram em operação
em três estados
Foz do Brasil
Engenharia ambiental a
serviço da qualidade de vida
Sua criação em
2002 foi resultado da união
acervo odebrecht
de várias empresas, em um
complexo trabalho de integração
societária, operacional e filosófica
que se tornou referência no
Brasil e objeto de estudos
mundo afora. Hoje, líder do setor
petroquímico na América do Sul,
a Braskem, por meio do trabalho
de suas equipes em 18 unidades
industriais, abastece o mercado
brasileiro, exporta produtos para
mais de 60 países e dá sequência
à estratégia de tornar-se uma
das 10 maiores empresas
petroquímicas do mundo.
ODEBRECHT
04 transportes
Metrô de Porto Alegre avança na região metropolitana
INFORMA
145
07 capacitação
Cursos preparam equipes para atuar com polivalência
08 etanol e açúcar
Novas unidades em Goiás, São Paulo e Mato Grosso do Sul
10 intercâmbio
Mônica Alves,
moradora de
Limeira (SP).
Foto de Edu Simões.
Angolanos vêm ao Brasil para receber treinamento na ETH
11 óleo e gás
Petrobras inaugura unidade de processamento em Macaé
14 angola
Projetos viários em Luanda trazem múltiplos benefícios
17 informação
Projeto O2 chega aos canteiros e escritórios da CNO
18 especial: engenharia ambiental
Foz do Brasil, criada em 2007, consolida conquistas e cresce
26 alagoas
14
22
16
Empresas de terceira e quarta gerações do plástico
28 petroquímica
Produção do aditivo ETBE proporciona ganhos ambientais
04
36
10
30 sustentabilidade
Jorge Suzuki e as vantagens do polietileno verde
31 marca
Sete anos depois de criada, Braskem reposiciona sua marca
34 desenvolvimento social
Instituto Direito e Cidadania (IDC) comemora cinco anos
38 organização
Palestras no Núcleo da Cultura celebram 30 anos no exterior
40
Odebrecht completa seis décadas e meia de existência
seções
03
12
13
32
35
36
giro
perfil
gente
entrevista
argumento
notas da redação
02
O nascimento da TEO
Entre as diversas fotos que chegaram à redação de Odebrecht Informa para esta edição,
uma nos chamou particularmente a atenção. Publicada na página 40, ali está o fundador
Norberto Odebrecht com o grupo de engenheiros, mestres de obra e administradores que
constituíam, em 1960, o núcleo dirigente da Construtora Norberto Odebrecht. Além da
sempre curiosa sensação de descobrir como eram, 50 anos atrás, algumas pessoas que
conhecemos hoje, a foto resgata, com eloquência, o sentido de equipe que, desde 1944,
está no DNA da Odebrecht.
Foi nesse ano de 1944 que Norberto Odebrecht criou sua empresa individual, a cellula
mater da Organização Odebrecht. Ele dava prosseguimento às obras da construtora de seu
pai, a qual tivera de fechar as portas, inviabilizada pela escassez de materiais de construção
durante a Segunda Guerra Mundial.
Havia, porém, algo mais naquela empresa que surgia há 65 anos além de uma nova
razão social e um registro na Junta Comercial de Salvador. O que nascia era uma nova
forma de organização do trabalho voltada para servir clientes. Implantada por Norberto
Odebrecht e seus mestres de obra no mercado de construção baiano, foi se aprimorando ao
longo das décadas seguintes e ganhou o nome de Tecnologia Empresarial Odebrecht, TEO.
Filosofia de vida centrada na educação e no trabalho, a TEO é formada por um conjunto
de princípios, conceitos e critérios que permitem aos líderes empresariais coordenar o
trabalho de pessoas que dominam tecnologias específicas e integrar seus resultados no
projeto geral. A TEO é a referência cultural das empresas da Organização Odebrecht. É
possível dizer, sem medo de errar, que o cerne da identidade da Odebrecht é a sua filosofia;
e que o cerne de sua filosofia é a confiança e o respeito pelo ser humano.
A foto da página 40 nos remete a um pouco de tudo isso. Naquele momento, em que a
Odebrecht tinha apenas 16 anos de vida, já se pode perceber essa integração de pessoas
em torno de um líder, que as coordena com base em valores humanísticos e que as estimula e desafia a buscar resultados sempre melhores. Mais do que o formalismo de uma
data, essa foto revela e simboliza a cultura empresarial que nasceu no mesmo instante da
Organização Odebrecht, e que constitui sua pulsação permanente.
ODEBRECHT
Fundada em 1944, a Organização
Odebrecht atua nas áreas de
Engenharia e Construção, Óleo
e Gás, Engenharia Ambiental,
Realizações Imobiliárias,
Investimentos em Infraestrutura,
Química e Petroquímica e Etanol
e Açúcar. Seus 82 mil Integrantes
estão presentes em países da
América do Sul, América Central,
América do Norte, África, Europa
e Oriente Médio
www.odebrechtonline.com.br
Vídeorreportagem
> Mata do Sossego: famílias
assentadas vivenciam nova
forma de organização
> A ampliação do metrô
na região metropolitana
de Porto Alegre
> As novas fábricas de
ETBE da Braskem
Acervos online
> Acesse os números anteriores de Odebrecht Informa, dos
Relatórios Anuais da Odebrecht
S.A. desde 2002, da Reunião
Anual da Organização Odebrecht
desde 2002 e de publicações
especiais (Edição Especial sobre
Ações Sociais, 60 anos da
Organização Odebrecht,
40 anos da Fundação Odebrecht
e 10 anos da Odeprev)
Responsável por Comunicação Empresarial
na construtora norberto odebrecht s.a. Márcio Polidoro
Responsável por Programas Editoriais
na construtora norberto odebrecht s.a. Karolina Gutiez
Coordenadores nas Áreas de Negócios
Nelson Letaif Química e Petroquímica • Miucha Andrade Etanol e Açúcar • José Cláudio Grossi
Óleo e Gás • Daelcio Freitas Engenharia Ambiental • Sergio Kertész Realizações Imobiliárias
Coordenador na Fundação Odebrecht Vivian Barbosa
Coordenação Editorial Versal Editores
Editor José Enrique Barreiro • Editor Executivo Cláudio Lovato Filho •
Arte e Produção Gráfica Rogério Nunes • Editora de Fotografia Holanda Cavalcanti •
Infografia Adilson Secco • Ilustações Francisco Milhorança e Noris Lima
Tiragem 8.350 exemplares • Pré-impressão e impressão Pancrom
Redação Rio de Janeiro (55) 21 2239-1778 • São Paulo (55) 11 3030-9466
email: [email protected]
03
Petróleo em Angola
Obras na Grande Buenos Aires
A Odebrecht Óleo e Gás (OOG) anunciou sua
primeira descoberta internacional de petróleo:
o poço Chissonga-1, no litoral de Angola, com
profundidade de 4.725 m e vazão de 6.850 barris/
dia. Foi a primeira perfuração em um projeto
com três poços na região. A OOG tem participação de 15% no consórcio responsável, formado
ainda por Maersk Oil (líder, com 50%), Sonangol
(20%) e Devon Energy Corporation (15%).
O Consórcio Águas do Paraná, formado pela Odebrecht (líder)
e pelas empresas argentinas Benito Roggio e Hijos, José Cartellone e Supercemento, executa as obras da Planta de Tratamento de Água Paraná de Las Palmas, nos municípios de
Tigre e Escobar, na Grande Buenos Aires. O projeto inclui a
construção de duas tomadas d’água, um túnel de 15 km, estação de tratamento de água, estação de bombeamento e 40 km
de adutoras. A ser concluído em 2012, o projeto beneficiará
2,4 milhões de pessoas e foi contratado pela AySA – Agua y
Saneamientos Argentinos S.A.
Norbes VIII e IX
A OOG assegurou o financiamento, na modalidade project finance, para seus dois navios de
perfuração, Norbes VIII e IX, que iniciarão operação em águas brasileiras em 2011, em um
contrato de 10 anos com a Petrobras. A OOG
investirá cerca de US$ 1,7 bilhão nas duas unidades de perfuração. Doze bancos e duas agências de crédito de exportação concederam US$
1,5 bilhão. As Norbes VIII e IX têm capacidade
de perfurar em lâmina d’água de até 3 mil m
de profundidade e poderão servir à Petrobras
na exploração da camada de pré-sal brasileira.
Condomínio Monte Belo
Com quase 400 profissionais capacitados, o Programa de
Desenvolvimento Profissional – PDP iniciou sua terceira edição nas obras do Condomínio Monte Belo, em Luanda. O curso
é voltado para a formação de líderes e para a qualificação dos
integrantes do projeto. Tem duração de 45 dias, com aulas
teóricas e práticas, estas realizadas no canteiro de obras. As
aulas são ministradas pelos líderes de cada setor. “É uma
oportunidade para aprender e desenvolver liderança”, diz
José Francisco Dala, armador.
Ampliação do Metrô de Lisboa
Panamá: novos contratos
Três novos contratos foram conquistados pela
Odebrecht no Panamá. Um deles refere-se à
construção de um túnel de 8 km de extensão e
3 m de diâmetro que coletará a água utilizada
na Cidade do Panamá para ser tratada na Planta
de Tratamento de Águas Residuais, o segundo
contrato conquistado. Essa planta será construída pelo consórcio formado pela Odebrecht
(líder) e a Degremont. Além de construir, o consórcio fica responsável pela operação da planta
durante quatro anos após sua conclusão. Por
fim, a Odebrecht conquistou a obra de Extensão
da Cinta Costera, cuja primeira etapa, realizada pela empresa, foi entregue em julho. Nessa
extensão, um outro aterro será feito para abrigar uma via de quatro pistas, áreas verdes e
quadras esportivas.
Foi inaugurada em 29 de agosto a extensão da Linha Vermelha do Metrô de Lisboa, executada pela Bento Pedroso
Construções (BPC) em consórcio com as portuguesas
Somague e Mota-Engil e a francesa Spie Batignolles. As
obras incluíram 2,2 km de linhas, construção de duas
estações e remodelação de outras duas (localizadas nas
linhas Amarela e Azul). A previsão do Metropolitano de
Lisboa, contratante da obra, é de que 32 milhões de passageiros/ano usufruam da nova linha.
04
transportes
"Isto aqui é um fato histórico" [ Alziro Trentin ]
A expectativa em
quatro estações
Na região metropolitana de Porto Alegre,
Trensurb amplia o metrô em 9,3 km e
implanta três estações em
Novo Hamburgo e uma em São Leopoldo
texto Cláudio Lovato Filho / fotos Ricardo Chaves
odebrecht informa
Alziro Trentin, de 69 anos,
aposentado, mora em Novo
Hamburgo, na região metropolitana de Porto Alegre. Desde fevereiro de 2009, acompanha o dia
a dia da extensão da Linha 1 do
metrô de Porto Alegre. Apaixonado
por filmes, já produziu um DVD
sobre a obra. “Isto aqui é um fato
histórico”, ele diz, em sua casa na
Rua Assis Brasil, Bairro Santos
Acima, Novo Hamburgo:
economia centrada na
indústria calçadista. Ao
lado, Marco Arildo da
Cunha (à esquerda) e
Nilton Coelho, em uma
das frentes de serviço:
abertura de postos de
trabalho e atração de
negócios para a região
Dumont, perto de uma das frentes
de serviço. “Essa obra vai trazer
um grande benefício para as pessoas que moram aqui e têm de
se deslocar a Porto Alegre.” José
Renato Mass, 49 anos, também
comemora. Vive em São Leopoldo
e é carpinteiro no Consórcio Nova
Via, que executa a extensão. De
1981 a 1996 atuou na indústria calçadista, mas a crise veio e, depois
de ser demitido de três empresas,
trocou as fábricas de calçados
pelos canteiros de obra. Começou
como servente e chegou a encarregado de carpintaria. Rodou pelo
Brasil, mas agora está em casa.
“É bom poder trabalhar perto da
família.”
São histórias que exemplificam
dois aspectos da contribuição
que a extensão do metrô está
Inaugurada em 1985, a Linha 1 do metrô
de superfície de Porto Alegre tem hoje
17 estações em 33,8 km. Todos os dias, 300 mil
pessoas utilizam o metrô. A extensão criará
4 estações (uma em São Leopoldo e 3 em Novo
Hamburgo), ao longo de 9,3 km, e permitirá
o atendimento a mais 30 mil usuários. Duas
estações irão entrar em operação já em 2010.
trazendo para Novo Hamburgo,
São Leopoldo e outras cidades
da região metropolitana de Porto
Alegre (veja infográfico). É um
projeto aguardado há mais de 10
anos. Sua realização facilitará a
vida de quem trabalha em Porto
Alegre e tem de usar a saturada
BR-116, e ajudará a alavancar a
economia da região, a qual vive
dias de recuperação, com a abertura de 1.200 postos diretos de
trabalho e a atração de negócios
em diversos setores, entre eles o
imobiliário.
As obras começaram em fevereiro de 2009 e têm conclusão
prevista para dezembro de 2011.
O investimento: R$ 700 milhões.
Formado por Odebrecht, Andrade
Gutierrez, Toniolo Busnello e
T’Trans, o Consórcio Nova Via é
responsável pelas obras civis e
pela implantação dos sistemas
operacionais. Em maio, começou a
construir as pontes rodoviária (238
m) e metroviária (195 m) sobre o
Rio dos Sinos, que estarão prontas
em janeiro e abril de 2010.
“Eu sei da importância de ter
um metrô”, diz Marco Arildo da
Cunha. Ele é Diretor-Presidente
da Trensurb (Empresa de Trens
Urbanos de Porto Alegre), através da qual o Governo Federal
(Ministério das Cidades) opera
o metrô. Suas palavras vêm da
experiência como usuário e profissional do setor. Ele ingressou
na Trensurb em janeiro de 1985,
como operador de trens, depois de
ser aprovado em concurso, e se
tornou o primeiro funcionário de
carreira a chegar à Presidência.
odebrecht informa
Uma fábrica no canteiro
Sua esposa, Maria Salete, que
também começou como operadora,
é controladora de operação. “Os
moradores de Novo Hamburgo e
São Leopoldo terão diversas vantagens”, diz. Refere-se à valorização
dos imóveis e à criação de novas
áreas urbanizadas nas cidades,
além de sua integração ao sistema
de transporte público da Grande
Porto Alegre através de um meio
de transporte moderno.
O Ministro das Cidades,
Márcio Fortes, outro entusiasta dos
metrôs, foi um dos principais responsáveis pela inclusão da obra no
PAC (Programa de Aceleração do
Crescimento), do Governo Federal –
o que deu ao projeto garantia orçamentária e financeira. “Estamos
compensando o tempo perdido com
uma velocidade de execução inusitada, liberando recursos no momento
necessário”, informa, destacando
o ritmo de trabalho que vem sendo
impresso à obra desde o primeiro
dia. “Com a extensão do metrô,
vamos desafogar a BR-116, facilitar
o acesso ao aeroporto e garantir
melhores condições para o escoamento dos produtos do Vale dos
Sinos, sobretudo os calçados.”
odebrecht informa
Uma obra urbana, como é a extensão da Linha 1, exige conhecimento
e bom senso de quem a executa e paciência por parte das pessoas
que vivem na área afetada. “É um período de sacrifícios”, reconhece
o Ministro Márcio Fortes. “Uma obra na cidade é como se fosse uma
reforma em casa. Todos têm de estar preparados.” Nilton Coelho,
Diretor de Contrato da Odebrecht, tem larga experiência em obras
metroviárias e está de acordo com o Ministro. Trabalhou nos metrôs
do Rio de Janeiro e de São Paulo. “É essencial uma comunicação eficaz para preparar a comunidade e acelerar os serviços ao máximo, de
modo a reduzir, por exemplo, o tempo dos desvios de trânsito.”
Decisiva para a aceleração dos serviços nas obras de extensão da
Linha 1, a fábrica de vigas e lajes erguida pelo consórcio no canteiro
de obras é destaque no projeto. “Vamos ter aproximadamente 335
pilares e 1.100 vigas na obra”, informa Rodrigo Lacerda, da Odebrecht,
Responsável por Engenharia. “É um volume muito grande a ser construído e instalado no prazo estabelecido.” A solução encontrada para
ter velocidade: fabricar todas as vigas e lajes no próprio canteiro.
“Estamos praticando o conceito da ‘industrialização’ da obra”, utilizando formas metálicas para os pilares e travessas (mesoestrutura),
os quais são moldados in loco, e uma superestrutura (vigas e lajes)
de pré-moldados produzidos na fábrica instalada no canteiro”, explica
Rodrigo. “Com isso, trabalhamos na velocidade que precisamos, com
economia, e assegurando absoluta qualidade e um apuro estético diferenciado às peças produzidas.”
capacitação
07
Um time que joga
em várias frentes
Programas da CNO fortalecem capacitação de equipes para ações
nas áreas de Pessoas e Organização e Suprimentos e Logística
texto Julio Cesar Soares / foto Dario de Freitas
Turma do programa realizado pela equipe de Pessoas e Organização: visão ampliada
“É uma visão que vai além do
operacional, uma visão focada
nas pessoas.” A afirmação é de
Sérgio Faber, Responsável por
Administração de Pessoas nas
obras da Petroquímica Suape, em
Recife, referindo-se ao Programa
de Formação em Recursos
Humanos, realizado pela equipe de Pessoas e Organização da
Construtora Norberto Odebrecht
(CNO). Sérgio é um dos 30 integrantes que participam da segunda
edição do programa, que tem como
objetivo capacitar os participantes
para diversas ações na área.
Dividido em três módulos, o
programa tem dois dias de aula
presencial em cada um deles. A
escolha dos participantes é feita
através da indicação dos líderes de
cada área. “Determinamos o núme-
ro de vagas e os responsáveis por
Pessoas e Organização procuram
os líderes para que eles identifiquem os participantes”, diz Milena
Moreno Giglioti, Responsável pelo
programa.
Milena também lidera o
Programa de Formação em
Suprimentos e Logística, que visa
aprimorar a capacitação dos participantes para o encontro de soluções nessas áreas de atuação. Em
sua segunda edição, conta com a
participação de 25 integrantes que
atuam em contratos e na Odebrecht
Logística e Exportação (Olex). “É
um guia para o comprador moderno, que aprende a se relacionar
melhor com o fornecedor”, salienta Emerson Florentino Danda,
Responsável pelo Programa de
Materiais do Consórcio Pirapama,
em Recife. O programa, também
dividido em três módulos, tem
como parceiro o Instituto Imam
(Inovação e Melhoramento na
Administração Moderna), cuja sede
é usada para a realização das atividades previstas.
Programa da área de Suprimentos e Logística "é um guia para o comprador moderno"
odebrecht informa
08
etanol e açúcar
A Unidade Santa Luzia e (abaixo, na foto à esquerda) o Governador do Mato Grosso do Sul, André Puccinelli, com José Carlos
Grubisich, Líder Empresarial da ETH, e Pedro Novis (de paletó), membro do Conselho de Administração da Odebreht S.A.
Na foto à direita, Grubisich e o Governador Puccinelli na cerimônia de inauguração da usina
Rio Claro, Santa Luzia e
Conquista do Pontal se unem
às unidades Alcídia e Eldorado
da ETH. Com cinco unidades, a
capacidade instalada de moagem
da empresa salta de 3 milhões
de t para 13,2 milhões de t de
cana-de-açúcar por safra.
odebrecht informa
Reforço triplo
ETH Bioenergia inaugura unidades em Goiás, Mato Grosso do Sul e São
Paulo e se posiciona entre as cinco maiores produtoras de etanol do Brasil
texto Guilherme Oliveira / fotos Ségio Alberti
Caçú (GO), 27 de agosto.
Quinhentas pessoas estão reunidas
para a inauguração da Unidade Rio
Claro da ETH Bioenergia. Uma tenda
foi montada ao lado da usina para
receber famílias da região, fornecedores, clientes, imprensa e autoridades, como o Governador Alcides
Rodrigues e os prefeitos de Cachoeira
Alta, Eline Fleury, e Caçú, André
Vieira. Mais duas celebrações foram
realizadas para o início oficial das
operações das unidades Santa Luzia,
em Nova Alvorada do Sul (MS), no dia
14 de outubro, e Conquista do Pontal,
em Mirante do Paranapanema (SP),
no dia 16 de novembro. As três unidades greenfield, implantadas do zero
no prazo recorde de 13 meses, colocam a ETH, com apenas dois anos de
atuação, entre os cinco maiores produtores de etanol do Brasil e reforçam o compromisso da empresa com
as comunidades em que atua.
Nunca uma empresa do setor
de bioenergia havia colocado em
operação três usinas na mesma
safra. Aílton Reis, Responsável
por Investimentos, Engenharia e
Tecnologia na ETH, informa que
3 mil pessoas participaram das construções. “Foi muito difícil encontrar
fornecedores que acompanhassem o
ritmo intenso do projeto. A superação
das equipes foi essencial para o nosso
sucesso”, afirma Aílton.
As novas unidades foram desenvolvidas com as mais modernas
tecnologias que o mercado oferece.
“Conseguimos aliar os melhores
equipamentos a um baixo custo de
manutenção. O resultado foram três
usinas-modelo”, comemora Aílton
Reis, destacando que as caldeiras de
alta pressão e as moendas desenhadas exclusivamente para esses projetos estão entre os diferenciais dos
greenfields, que já entram em operação com plantio e colheita completamente mecanizados na safra própria.
Rio Claro, Santa Luzia e Conquista
do Pontal se unem às unidades
Alcídia e Eldorado da ETH. Com
cinco unidades, a capacidade instalada de moagem da empresa salta de
3 milhões de t para 13,2 milhões de t
de cana de açúcar por safra. A meta
da ETH é produzir 780 milhões de l de
etanol na safra 2010/2011.
Cada uma das novas unidades
gera 1.500 oportunidades diretas de
trabalho para as respectivas áreas
de influência, qualifica profissionais e
movimenta a economia local. Raquel
Mezavilla, recepcionista do Hotel
Carandá, de Nova Alvorada do Sul,
conta que os municípios próximos
às usinas tiveram de acompanhar o
ritmo da construção. “A chegada da
ETH trouxe sangue novo para a cidade. Tivemos de aumentar o número
de funcionários e de quartos em 25%,
e mesmo assim continuam lotados.
As cidades crescem junto com a
empresa.”
Em 2009, a ETH capacitou 1.170
profissionais, com cursos de formação de Operadores Industriais e de
Máquinas Agrícolas. Segundo Raquel,
cursos como esses são muito bemvindos. “A região percebeu o tamanho
e o compromisso da empresa com os
municípios. Eu sei quando começou
a construção, quando se iniciaram os
testes e quando a usina entrou em
operação. Nós, da cidade, também
fazemos parte da história da ETH.”
"O início das operações dos greenfields é um marco na estratégia de crescimento da ETH e
demonstra nossa capacidade de conceber e executar projetos que aliam escala de produção,
tecnologia de ponta e alta competitividade" [ José Carlos Grubisich ]
odebrecht informa
10
intercâmbio
Eles vão fazer acontecer
Angolanos da Biocom participam de programa de capacitação na ETH
texto Guilherme Oliveira / fotos Sergio Alberti
Maria Pascoal da Silva e Alberto Leopoldino
Joaquim de Campos
Npanda Masidivingue e Irisma Saturnino da Silva,
integrante da ETH
odebrecht informa
Pavlov Dias Neto nasceu em
Luanda, em 1980. Um curso técnico
em Agropecuária lhe garantiu as primeiras oportunidades de trabalho, mas
o interesse por informática logo o fez
migrar para a área de Tecnologia da
Informação. Ele não imaginava que anos
depois, como integrante da Biocom,
companhia angolana produtora de
açúcar, estaria em Rio Brilhante (MS),
aprendendo a produzir etanol, açúcar e
energia elétrica na Unidade Eldorado da
ETH Bioenergia.
A Biocom, que tem Odebrecht,
Sonangol e Damer como acionistas,
possui uma usina em construção na
Província de Malange, que deve iniciar
operações no segundo semestre de
2010. Pavlov faz parte do grupo de 62
integrantes da empresa que veio ao
Brasil em agosto para participar de um
programa de capacitação de 1.200 horas
de aulas teóricas e práticas nas áreas
agrícola, industrial e administrativa:
“Essa será a segunda usina do continente africano e a primeira de Angola.
Viemos aqui entender a operação”, ele
explica. Desenvolvido pela ETH, o programa tem como objetivo capacitar os
treinandos a operar por processo, e não
por equipamento.
A fim de que todos tenham domínio
de cada passo da produção, a turma
participou do curso de Fundamentos
do Processo de Fabricação de Açúcar
e Álcool do Senai (Serviço Nacional de
Aprendizagem Industrial) de Deodápolis,
parceiro da ETH no programa. Além de
aprender sobre a operação e de se colo-
car em condições de participar da construção da usina em Angola, o grupo volta
para seu país de origem em dezembro
para disseminar o conteúdo aprendido
no Brasil, explica Wanda Lubaco, 26
anos. “Somos um grupo pequeno e em
seis meses de treinamento não aprenderemos tudo, mas todos aqui estão
conscientes de que temos de absorver
o que for possível para ensinar nossos
companheiros”, afirma Wanda, treinanda
de Fabricação de Açúcar.
O tempo curto impõe um ritmo puxado: quatro horas de aula e oito de estágio por dia, de segunda a sábado. “O
curso é muito completo. Não estamos
aprendendo a operar a nossa usina,
estamos aprendendo a operar qualquer
usina”, afirma Pavlov. Apesar da complexidade dos processos, o maior obstáculo que o grupo encara é a saudade
de casa. “Não poderíamos ter sido mais
bem recebidos no Brasil, um povo muito
alegre, assim como o povo angolano.
Mas todos sentem falta da família, confessa Wanda.
A fim de trazer um pouco de Angola
para o Brasil, os estagiários aproveitam
os domingos para fazer suas comidas
típicas, como o funge, e dançar semba
e kuduro, ritmos tradicionais do país
africano. “Daqui a pouco estaremos com
saudade é do Brasil“, brinca Wanda.
Pavlov afirma: “Vamos voltar para
Angola dominando algo que poucos no
continente sabem fazer. Poderemos
participar ativamente da reconstrução
e do desenvolvimento do nosso país. É
isso o que todos viemos buscar aqui”.
óleo e gás
11
Integrante do Consórcio Odebei observa a nova unidade: processamento de condensado de gás natural
Etapa de purificação
Unidade de processamento entra em operação no
Terminal de Cabiúnas, em Macaé (RJ) texto Edilson Lima / foto Carlos Júnior
O nome é grande e o benefício também: a Unidade de Processamento
de Condensado de Gás Natural III
(UPCGN III), no Terminal de Cabiúnas
(Tecab), em Macaé (RJ), entrou em
operação em 1º de setembro, produzindo, em sua capacidade máxima
de processamento, 1.500 m3/dia de
Líquido de Gás Natural (LGN). O LGN
vem junto com o gás natural enviado
da plataforma e é processado para
que sejam removidos dele os hidrocarbonetos leves (gás residual, ou seja,
etano e metano), etapa fundamental
na produção do gás.
A UPCGN III faz parte do Plangás
(Plano de Antecipação da Produção de
Gás Natural), que prevê para 2010 um
incremento da produção nacional de
gás natural, a qual passará dos atuais
23 milhões m3/dia para 55 milhões de
m3/dia. Essa é a primeira unidade concluída do Plangás no âmbito da área
de Abastecimento da Petrobras (Abast)
a entrar em operação, para ampliar
a oferta de gás natural da Bacia de
Campos e do Espírito Santo para o Sul
e o Sudeste do país.
Sua construção, realizada pelo
Consórcio Odebei Plangás (formado
por Odebrecht Óleo e Gás – OOG,
Empresa Brasileira de Engenharia S.A.
– EBE e Iesa Óleo e Gás S.A.), começou
em abril de 2007. Um dos destaques
da obra foram os índices de segurança do trabalho. A Taxa de Acidentes
com Afastamento foi igual a zero.
Luiz Aguiar, Gerente de Qualidade,
Segurança do Trabalho, Meio Ambiente
e Saúde da Odebrecht, destaca outro
ponto significativo: “Dos mil trabalhadores que atuaram no projeto, 70%
eram da própria região. A todos, o consórcio ofereceu cursos de capacitação
e treinamento”.
O investimento total da Petrobras,
de R$ 452 milhões, incluiu, além da
execução da UPCGN III, a implantação dos sistemas de armazenamento
e exportação de GLP (Gás Liquefeito
de Petróleo), de tratamento de
GLP, de água de resfriamento e de
ar comprimido; a construção da
subestação de energia elétrica; a
instalação de toda a infraestrutura
e das interligações entre a UPCGN
III, os sistemas da nova Unidade de
Recuperação de Líquido III (URL III) e
várias outras unidades do Tecab.
A operação da UPCGN III é de
responsabilidade da Transpetro,
empresa da Petrobras. "Durante toda
a obra, mantivemos o conceito de
'excelente' no Boletim de Avaliação
de Desempenho da Petrobras, o
que demonstra o grau de satisfação
do cliente com os nossos serviços",
diz José Henrique Enes, Diretor de
Contrato da Odebrecht.
odebrecht informa
12
Engenheiro da arte
texto Sérgio Bourroul / foto Roberto Rosa
“Na literatura eu amplio a minha liberdade.” Assim o escritor, comunicador, cineasta e engenheiro eletricista Marcos Rabello define sua
relação com a escrita. O autor de O Romance do Contista, publicado
no Brasil em 2003, assume na apresentação do livro que encontrou no
isolamento dos canteiros de obra a motivação para visitar o passado
e escrever seu romance de estreia. E vai além: “Hoje empresto ao
trabalho a criatividade do escritor”.
Marcos Rabello ingressou na Odebrecht há 16 anos, chamado por
Carlos Hupsel, hoje Responsável por Apoio em Desenvolvimento de
Oportunidades e Representação na Odebrecht S.A. Passou pelas áreas
de Comunicação e Relações Institucionais e de Energia. Contribuiu
para a conquista das obras das hidrelétricas de Cana Brava (GO) e
São Salvador (TO) e então partiu para Angola, onde está há
quase seis anos. Lá é responsável por três programas:
Revitalização das Vias de Luanda; Desenvolvimento
Urbano (Luanda Sul); e Formação para o
Trabalho e Desenvolvimento.
Rabello trocou na adolescência o futebol de
rua e a influência dos programas de rádio
de Aracaju, sua terra natal, pela vanguarda do Colégio de Aplicação, em Salvador.
Mais tarde, na Universidade Federal da
Bahia (UFBA), engajou-se em projetos culturais. Influenciado por Glauber Rocha escreveu, produziu e dirigiu dois curtas-metragens
em super 8. Ao terminar a faculdade, ingressou na
Coelba, a distribuidora de energia elétrica da Bahia,
e presidiu o Instituto de Previdência do Município de
Salvador, quando recebeu a medalha Thomé de Souza pelo
trabalho na administração pública. E foi candidato a vicePrefeito da capital baiana.
Casado e pai de três filhos, Rabello está escrevendo
um novo romance. “Minha vida foi norteada por
mudanças constantes e gosto de entremear
histórias que nunca têm fim.” Certamente
sua literatura tem forte influência
autobiográfica.
odebrecht informa
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por eliana simonetti
Desejo de servir com qualidade
Em 2005, José Eduardo de Sousa Quintella ingressou na Odebrecht como
Jovem Parceiro no Programa Luz para Todos I, em Minas Gerais. Em 2008 foi
encarregado de estudar a segunda etapa do projeto, uma iniciativa dos Governos Estadual e Federal. Tinha 29 anos, em julho de 2009, quando o contrato foi
assinado. Quintella se tornou então o primeiro Diretor de Contrato originário
do Programa Jovem Construtor da CNO. “A responsabilidade é grande, mas
o processo foi acompanhado com cuidado e estou tranquilo. Só penso em
servir aos clientes com qualidade”, afirma. Hoje, participando do Programa de
Desenvolvimento de Empresários (PDE), está motivado pela oportunidade de
conviver com pessoas de diferentes gerações e experiências.
Eugênio Sávio
Quintella é o primeiro DC do Jovem Construtor
Vida e trabalho em alto astral
Aos 75 anos de idade e 16 de Odebrecht (atuando nos Estados Unidos,
onde nasceu, e em outros países), Dan Spencer tem muitas histórias.
É formado em Teologia, Matemática e Engenharia Civil. Nos anos 1990,
trabalhou na construção da Barragem de Seven Oaks, na Califórnia. Hoje
vive em Nova Orleans. É Responsável por Desenvolvimento de Negócios no Estado da Louisiana. Quando falou com a equipe de Odebrecht
Informa, estava radiante: acabara de saber que a empresa vencera uma
concorrência para a construção de mais um dique de contenção contra
enchentes em Nova Orleans. Apaixonado por futebol americano e apreciador da natureza (adora caminhar à margem do Rio Mississipi), ele
explica que seu conhecido bom astral se deve, em grande parte, à sua
fé, à sua família (esposa, seis filhos e 14 netos) e à Odebrecht. “Passei da
idade de me aposentar, mas não quero sair da empresa!”
Paixão à primeira vista
Isabel Verônica ajudou a construir uma usina
A psicóloga Isabel Verônica Rodrigues Santos Silva atuava no setor
sucroalcooleiro, no interior paulista, quando, em 2008, a ETH Bioenergia surgiu
em sua vida. “Meu filho pesquisava processos de seleção na internet. Ao observá-lo, me apaixonei pela Odebrecht. Percebi que ainda tenho muito a aprender, e
que a empresa poderia me proporcionar crescimento”, conta. Enviou currículo,
participou de entrevistas e mudou-se para Nova Alvorada do Sul (MS), onde é
Responsável por Desenvolvimento de Pessoas na Unidade Santa Luzia da ETH.
“Foi maravilhoso contribuir para a construção de uma usina e a formação da
equipe”, diz, plenamente adaptada à nova vida. Seu lazer? Ler crônicas sobre
psicologia, sentada na praça de Nova Alvorada do Sul.
Sergio Alberti
Denise Cruz
Dan é experiência e motivação na Louisiana
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angola
Cenário em
transformação
Obras viárias mudam o visual e a vida cotidiana de Luanda
texto Sérgio Bourroul / foto Roberto Rosa
Quem chega a Luanda, logo percebe em suas avenidas, ruas e vielas
uma profusão de tapumes de obra.
Os projetos para melhoria do trânsito
na capital são destaque no contexto
dos investimentos do país em infraestrutura e vão muito além de abrir e
asfaltar acessos. Incluem construção
de estradas, avenidas, urbanização
de bairros, saneamento, drenagem,
coleta de lixo, paisagismo, sinalização, iluminação pública, educação no
trânsito e outros, voltados para escoar o movimento dos veículos, promover o turismo e resgatar a qualidade
de vida e o orgulho do cidadão. Pelos
caminhos congestionados de Luanda,
percebe-se a forte presença da
Odebrecht.
odebrecht informa
Conexão Centro-Luanda Sul
O principal polo de crescimento
da cidade é Luanda Sul, região onde
estão instalados os novos condomínios residenciais e comerciais,
incluindo o único shopping center do
país. As Avenidas da Samba e 21 de
Janeiro, que fazem a ligação do sul da
capital à região central e ao Aeroporto
Internacional 4 de Julho respectivamente, estão sendo trabalhadas
dentro do Programa de Saneamento
Básico de Luanda, contratado pela
Direção Nacional de Infraestruturas
Públicas, do Ministério de Obras
Públicas. O lado visível dessas obras
(abertura e alargamento das pistas,
pavimentação, instalação de separadores, iluminação pública, construção
de passeios e sinalização) esconde
o maior diferencial do programa: a
construção das valas de macrodrenagem para a coleta de águas pluviais,
garantindo a conservação e durabilidade dos trabalhos executados.
Outra inovação para os padrões
locais é a implantação de redes
técnicas de dutos para a instalação
de cabos telefônicos e elétricos e
condutas de água sob as calçadas.
“Isso fará com que as concessionárias
públicas não danifiquem os serviços
executados para instalar as suas
futuras redes”, explica Pedro Pinheiro,
Diretor de Contrato da Odebrecht.
Também sob coordenação de Pedro
estão sendo executados mais dois
contratos. Localizado entre duas das
Obras viárias
em Luanda
Angola tem experimentado na última década um intenso crescimento econômico lastreado por grandes investimentos de infraestrutura em educação, saúde, habitação,
saneamento e transportes, e
também no combate à pobreza.
A média de crescimento é de 15%
ao ano, o país tem na sua capital,
Luanda, com 6 milhões de
habitantes, o pedaço mais visível
de seu desenvolvimento.
Projeto Vias de Luanda:
corredores centrais da cidade
mais humanizados, com
a utilização de elementos
artísticos típicos e áreas de
convivência e lazer
principais avenidas da capital, a 21
de Janeiro e a Ho Chi Minh, o bairro
Mártires do Kifagondo é populoso e
repleto de residências e estabelecimentos comerciais que não dispõem
de esgoto e demais serviços básicos.
Com conclusão prevista para 2010, os
trabalhos de recuperação dessa área
estão provocando transtornos passageiros na rotina da população local,
com interrupções de ruas e movimentação de máquinas pesadas.
“O Gabinete para Intervenção na
Província de Luanda, nosso cliente, considerou a experiência da
Odebrecht na comunicação com a
comunidade fator crucial para a boa
execução desta obra complexa. A
população compreendeu que os benefícios gerados compensarão os transtornos”, diz Pedro Pinheiro. Estão
sendo instaladas redes de drenagem
de águas pluviais e de coleta de esgoto; infraestrutura para telefonia, iluminação pública, pavimentação, sinalização e paisagismo. Próximo dali está
o outro contrato dirigido por Pedro:
a ampliação do parque de estacionamento e da pista de taxiamento do
Aeroporto Internacional de Luanda.
Vias Expressas
Em outra frente de atuação, está o
projeto Vias Expressas, que prevê a
construção de corredores viários em
regiões periféricas de Luanda, os quais
servirão para agilizar o transporte das
riquezas geradas pela reconstrução
do país. São seis vias, com um total
de 68 km, fruto de um investimento de
US$ 900 milhões e contratadas pelo
Instituto de Estradas de Angola, órgão
ligado ao Ministério de Obras Públicas.
A maior delas já está em fase final de
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Projeto Vias Expressas: corredores viários em regiões periféricas de Luanda e monitoramento via satélite
execução: a Autoestrada Periférica
de Luanda, que, com 33 km, cruza
outras três rodovias radiais e facilita o
acesso à capital. Segundo o Diretor de
Contrato Tiago Britto, o maior desafio
do projeto é a logística. “Importamos
praticamente todos os materiais usados na obra, como ferro, asfalto, postes, luminárias, cabos elétricos, peças
de equipamentos e até cimento, o que
exige um planejamento maior dos
estoques e custos mais elevados.”
De modo a acompanhar a frota
de caminhões, foi implantado um
moderno sistema de monitoramento.
Importado dos Estados Unidos e instalado no canteiro central de Camama,
o equipamento de rastreamento via
satélite acompanha os 130 caminhões
que diariamente trazem brita da central de Britagem de Cabuledo, a 120
km de Luanda. “Além de dar mais
segurança aos nossos motoristas, o
sistema Iris controla a velocidade e o
modo de utilização de toda a frota. Isso
possibilita economizar combustível e
pneus e detectar possíveis desvios de
rota”, explica Tiago.
Vias de Luanda
O projeto Vias de Luanda vai muito
além de obras de engenharia. São
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intervenções urbanísticas que vêm
tornando os principais corredores
centrais da cidade mais humanizados, com a utilização de elementos
artísticos típicos, muito verde e a
instalação de áreas de convivência
e lazer, além de equipamentos de
infraestrutura. São 36 km de restauração, iniciada em abril de 2008
pelas Avenidas Deolinda Rodrigues,
Ho Chi Minh, Samba, Amilcar Cabral
e Revolução de Outubro. Mais de 2,5
mil trabalhadores cuidaram da pavimentação, instalação de calçadas,
jardins, valas para drenagem, sinalização e redes subterrâneas (esgoto,
água, energia elétrica e telefonia).
Avenidas e praças foram revitalizadas com paisagismo, calçadas,
quadras esportivas e caramanchões projetados pelo escritório do
arquiteto brasileiro Jaime Lerner.
Elementos típicos do país foram
adotados como referência para a
decoração dos passeios com mosaicos de pedras inspirados nas tapeçarias de sisal de Angola. São os
novos cartões-postais da cidade.
O trabalho de engenharia foi
acompanhado pelo Programa
Bem-me-Quer, de educação para
o trânsito e cidadania, voltado para
a utilização dos novos equipamentos e sua conservação. Além de
ações nos locais das obras, uma
campanha de TV foi veiculada para
envolver a população e sensibilizála sobre a importância do Vias de
Luanda, que também prevê atividades de limpeza pública.
Marcos Rabello, Diretor do
Contrato, destaca que o diferencial
deste projeto é o caráter estético e
as atividades de comunicação, educação e manutenção encomendadas
pelo Governo Provincial de Luanda.
Há também uma nova frente de
trabalho voltada para o desenvolvimento turístico da Avenida Mortala
Mohamed, na Ilha de Luanda. Com
forte potencial para a exploração
turística e vista para o Atlântico de
um lado e para o centro da capital
do outro, a região receberá uma via
revitalizada com passeios e ciclovias arborizadas, equipamentos de
segurança, lazer, esportes e estacionamentos. Uma pequena floresta
será restaurada e transformada no
jardim botânico da cidade. “Luanda
não precisa somente de infraestrutura. É tempo também de modernizar a cidade e valorizar o cidadão
neste cenário”, resume Rabello.
informação
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Treinamento de integrantes do Consórcio Conpar, no Paraná: equipe do O2 nos canteiros de obra
Um usuário
mais seguro
Projeto O2 chega à CNO em janeiro com
uma novidade: o treinamento local
texto Bárbara Rezendes / foto Eduardo Barcellos
Concluída a implantação nas obras
da CBPO Engenharia, chegou a vez
de a Construtora Norberto Odebrecht
(CNO) receber o Projeto O2, ferramenta de informação que começa a
substituir o MyWebDay para tornar as
atividades de apoio da Odebrecht mais
eficientes. A implantação na CNO
está programada para acontecer em
janeiro e terá uma novidade, fruto do
aprendizado no trabalho com as obras
da CBPO: o treinamento local.
O novo modelo trará, entre outros
benefícios, a redução dos custos
com viagens e a possibilidade de as
pessoas se capacitarem em mais
módulos, já que os multiplicadores
irão ministrar os cursos no local de
trabalho do usuário. Essa proximidade
do Projeto O2 com a realidade do integrante o deixará mais seguro e preparado para operar a nova ferramenta.
De modo a garantir tranquilidade à CNO, durante os meses de
outubro e novembro a equipe do
O2 realizou uma implantação em
paralelo nos contratos Consórcio
Conpar, no Paraná; Consórcio UHE
(Usina Hidrelétrica) Santo Antônio,
em Rondônia, e Plataformas Jackup
P59 e P60, na Bahia. Durante essa
implantação, os integrantes realizavam suas atividades no MyWebDay e
também no O2.
“Estávamos torcendo para participar desse trabalho paralelo. Acredito
que essa oportunidade nos dará uma
base muito boa para chegarmos a
janeiro bem afiados e já obtendo
resultados”, diz Lucas Gantois, da
equipe de Suprimentos do Consórcio
Conpar. Para auxiliar as três obras
escolhidas, no Paraná, em Rondônia
e na Bahia, a equipe do O2 calçou as
botas, colocou o capacete e foi aos
canteiros acompanhar o projeto na
prática, verificando a necessidade de
realizar ajustes na ferramenta.
“É uma maneira de aprender
trabalhando, e não simulando situações”, salienta Wilson Figueiredo,
Responsável por Materiais no
Consórcio Conpar. Henry Müller,
Responsável Administrativo e
Financeiro na mesma obra, afirma:
“Além de aprender com a experiência,
as pessoas podem cuidar das suas
atividades e, de maneira simultânea,
capacitar-se no O2”. Ele acrescenta:
“Acredito que o O2 vai ser um avanço
para a Organização. Desejo a todos
nós muito sucesso com esta nova ferramenta de trabalho”.
Saiba mais sobre o Projeto O2 em
http://portalo2.odebrecht.com
odebrecht informa
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especial: engenharia ambiental
"Desde que as meninas nasceram, eu dou água da torneira e faço minha comida com tranquilidade" [ Lucinéia Nunes ]
No ritmo da confiança
Foz do Brasil, empresa de engenharia ambiental da Odebrecht, recebe
o Fundo de Investimentos do FGTS em sua estrutura societária e se fortalece
para crescer nas áreas de saneamento e resíduos industriais
texto Daelcio Freitas com Juliana Calsa e Virgínia Valle / fotos Edu Simões
Todos os dias, a dona de casa
Lucinéia da Silva Nunes serve água
da torneira para as filhas, Mayara e
Karolyne, de 11 e 6 anos. O hábito,
raro em todo o Brasil, se deve à confiança de Lucinéia e sua família nos
serviços de saneamento de Limeira,
cidade a 150 km de São Paulo, que
decidiu conceder, 14 anos atrás, os
serviços de água e esgoto à iniciativa
privada.
“Desde que as meninas nasceram,
eu dou água da torneira e faço minha
comida com tranquilidade. Acredito
que não vai faltar mais água, devido
ao trabalho que a Foz do Brasil faz”,
diz Lucinéia, ainda se habituando à
nova marca da concessionária.
A falta de água a que Lucinéia se
refere era comum em Limeira, cidade
que já foi conhecida nacionalmente
pela produção de laranja. Embora
esteja na rica e industrializada região
de Campinas, o município, que hoje
se destaca por abrigar um importante
polo de semijoias, tinha na falta de
água um incômodo para a população
e um inibidor do desenvolvimento
econômico e social.
“Eu me lembro. Faltava água dois,
três dias. Tinha de levantar de madru-
gada para lavar roupa, fazer comida.
Foram tempos muito difíceis. A água
era bem amarela e suja. Nem pensar
em beber da torneira naquela época”,
recorda-se Lucinéia.
A concessão de Limeira foi iniciada
em 1994, ano em que o Brasil começou a se livrar dos efeitos negativos
dos anos 80, a chamada década
perdida. O país caminhava para a
estabilidade do Plano Real e também
flertava timidamente com a efetiva
participação privada nos serviços
públicos.
Coube à Odebrecht, juntamente com a francesa Lyonnaise des
Eaux, o desafio de tocar a primeira
concessão privada de saneamento
do país. Hoje a única acionista da
concessionária, a Foz do Brasil pode
comemorar o fato de estar à frente
de uma empresa aprovada por mais
de 90% da população e com o menor
índice de perda de água do país, 17%,
enquanto a média nacional supera os
40%. Outro diferencial do município é
a coleta de 100% do esgoto, dos quais
mais de 75% recebem tratamento,
em uma nação na qual 27,3 milhões
de domicílios brasileiros continuam
sem acesso à rede coletora de esgo-
Foz do Brasil
População atendida: 3 milhões
Cidades: 19
Integrantes: 1.142
Plano de investimentos:
R$ 3,6 bilhões (2009 a 2013)
Prazo médio da carteira
de contratos: 24 anos
Modelos de contrato: DBOT (Design,
Build, Operate and Transfer), BOT
(Build, Operate and Transfer), BOO
(Build, Own and Operate), PPPs
(Parcerias Público-Privadas),
concessões plenas (água e esgoto) e
parciais (esgoto), locação de ativos e
operação e manutenção de redes e
estações de tratamento de esgoto.
Principais clientes
• Empresas: BattreBahia, Braskem,
Cesan (Companhia Espírito-Santense
de Saneamento), Dow, Dupont,
Embasa (Empresa Baiana de Água e
Esgoto), Petrobras, Quattor, Rhodia,
Sanasa (Sociedade de Abastecimento
de Água e Saneamento), de Campinas,
Shell, ThyssenKrupp, Transpetro e
VSB.
• Prefeituras: São Paulo, Limeira,
Rio Claro, Rio das Ostras, Mauá e
Cachoeiro de Itapemirim.
odebrecht informa
to, segundo a PNAD 2008 (Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios)
do IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística).
De acordo com Renê Soares Filho,
Presidente do SAAE (Serviço de Água
e Esgoto do Município de Limeira),
autarquia transformada em agência
regulatória por conta da concessão, o
sucesso dos serviços está no planejamento definido entre o município e a
concessionária, e no fato de a empresa tratar a cidade e a população
como clientes. “Não há espaço para
o improviso e tudo é feito de acordo
com um plano de trabalho anual. No
dia a dia, a concessionária sempre
nos surpreende de maneira positiva. Eles não medem esforços para
nos atender o mais rápido possível”,
explica Soares Filho, que já perdeu a
conta dos municípios que o procuram
para conhecer a experiência da cidade
paulista.
odebrecht informa
A trajetória de Limeira muitas vezes
se confunde com a recente história
da Foz do Brasil, que começou suas
atividades em 2007 como Odebrecht
Engenharia Ambiental. Outro pilar
para a formação da empresa veio da
atuação no setor industrial, por meio
das experiências da Lumina e da
Cetrel-Lumina, empresas que prestam serviços de engenharia ambien-
tal a companhias como Petrobras,
Transpetro, Braskem, Quattor, Dow,
TyssenKrupp, Shell e Rhodia.
O programa de engenharia ambiental da Organização Odebrecht foi delegado ao engenheiro Fernando SantosReis, que depois de uma carreira
internacional na Construtora Norberto
Odebrecht (CNO) retornou ao Brasil
em 2006. Coube a Fernando, num
primeiro momento, formar a empresa com integrantes da Organização
e do mercado, e estruturar ativos
antes alocados na CNO, como as
PPPs (Parcerias Público-Privadas)
de Rio Claro (SP), Salvador (Projeto
Jaguaribe) e Rio das Ostras (RJ) e a
própria Lumina.
No processo de estruturação, já
em 2008, como parte do programa de
investimentos, foram adquiridas as
concessões de Mauá (SP) e Cachoeiro
de Itapemirim (ES), as quais tinham
seus programas de investimento
represados e que, dentro da estrutura
da Foz do Brasil, puderam dar início
aos investimentos de uma central
de geração própria de energia em
Cachoeiro de Itapemirim e no sistema
de água de reúso em Mauá.
Nova marca
Paralelamente ao processo de
estruturação da empresa, Fernando
Santos-Reis convidou a Duda
Propaganda para criar uma marca
de alcance nacional para os negócios
de saneamento, além de modernizar
a marca Lumina. A agência topou o
desafio de fugir do lugar-comum e
submeteu o nome Foz e outras possibilidades a pesquisas qualitativas
realizadas nas capitais São Paulo,
Salvador, Recife e Rio de Janeiro.
A palavra “Foz” apareceu forte
entre os entrevistados e foi amplamente associada a sensações positivas de abundância de água limpa,
transparente, pura, de nascente.
Capaz de transmitir a promessa
de muita água limpa e de respeito
pela natureza. A combinação “Foz
do Brasil” construiu a percepção de
uma empresa de porte e credibilidade, que passa segurança e confiança na capacidade de trabalhar
pela melhoria da qualidade de vida
da população.
"Os dados colhidos na pesquisa
fundamentaram os elementos utilizados na nova marca, desde o nome
até a tipologia, as cores e o grafismo.
No logotipo, os círculos em azul diferenciam a marca Foz do Brasil das
demais empresas de saneamento
brasileiras e contribuem para uma
mensagem de inovação, mudança e
modernidade. Também dão ideia de
movimento e sugerem engrenagem
associada à tecnologia da empresa",
explica Ana Baruch, Diretora da Duda
Propaganda.
O desenvolvimento dos negócios e a possibilidade de contar
com um sócio fizeram com que a
Odebrecht Engenharia Ambiental se
transformasse em Foz do Brasil e
seguisse o mesmo caminho da ETH
Bioenergia, que atua com a assinatura
“Organização Odebrecht”, outra associação positiva identificada nas pesquisas. “As pesquisas indicaram que,
por ser uma empresa da Organização
Odebrecht, a Foz do Brasil passava
a imagem de empresa realizadora,
capaz de entregar o que se determina
a fazer”, explica Fernando Santos-Reis.
Realizações
A confiança e a parceria aprovadas
pelos clientes públicos e privados
foram fundamentais para as conquistas que se sucederam ao longo dos
anos de 2008 e 2009. A começar pelos
dois negócios com o setor privado:
VSB (Vallourec & Sumitomo Tubos do
Brasil) e Aquapolo, que, juntos, representam um investimento de cerca de
R$ 700 milhões.
A Foz do Brasil conquistou em 2009
um contrato para investir e operar
a maior Central de Utilidades do
setor siderúrgico brasileiro, que fará
parte da usina da VSB, no município
mineiro de Jeceaba, e se dedicará
à fabricação de produtos tubulares
petrolíferos OCTG (Oil Country Tubular
Goods) sem costura. O projeto prevê
construção, operação e manutenção
dos sistemas de tratamento de águas,
efluentes, resíduos e distribuição
interna de energia elétrica da nova
usina siderúrgica por meio de um
contrato de DBOT (Design, Build,
Operate and Transfer).
Segundo o Diretor-Presidente da
VSB, Otávio Sanábio, a disposição
de ser parceiro e a capacidade de
apresentar soluções inovadoras foram
fundamentais para que a Foz do
Brasil conquistasse o projeto. "Havia
outros players importantes na concorrência, mas a Foz do Brasil soube se
diferenciar ao oferecer uma solução
que nos deixa tranquilos para focar no
odebrecht informa
negócio de siderurgia, uma vez que
nossos recursos na gestão ambiental
são limitados”, explica Sanábio.
A SPE (Sociedade de Propósito
Específico) responsável pelo projeto terá a participação da Copasa,
estatal mineira de saneamento. A
parceria entre as empresas deve
se estender para a conquista dos
serviços de água e esgoto de outros
municípios no estado.
Já no Projeto Aquapolo, a parceria com a Sabesp (a principal
empresa de saneamento do país)
tornará possível o maior projeto
de água de reúso do Hemisfério
Sul e o quinto maior do mundo. A
partir do esgoto captado pela ETE
(Estação de Tratamento de Esgoto)
ABC, na divisa de São Paulo e São
Caetano do Sul, será produzida, por
meio de uma nova estação de tratamento, água para fins industriais a
ser utilizada no Polo Petroquímico
do ABC, um dos mais importantes
do país.
O Aquapolo está sendo estruturado
de modo a atender também outras
indústrias do polo e da região do ABC,
uma vez que o sistema tem capacidade de vazão de 1.000 l/s, enquanto as
necessidades das empresas do polo
somam 650 l/s. Além de tecnologia
de ponta, o projeto terá uma adutora
odebrecht informa
de 16,5 km, que deve ser implantada
em um prazo desafiador de 24 meses.
Para a construção do projeto, a SPE
conta com a CNO como empresa
contratada para o EPC (Engineering,
Procurement and Construction
– Engenharia, Suprimento e
Construção).
“O efluente será tratado de maneira que possa ser utilizado para fins
industriais, permitindo mais disponibilidade de água potável para o consumo humano e, ato contínuo, despoluindo os rios. A utilização de água
potável pelas indústrias está com os
dias contados”, assegura Eduardo de
Melo Pinto, Diretor Regional da Foz do
Brasil no ABC. A Sabesp vê a parceria
como fundamental para viabilizar a
ampliação de investimentos, produção
e emprego na área petroquímica. “É
um exemplo de como uma empresa
pública e uma privada podem somar
esforços em defesa do meio ambiente
e em prol do desenvolvimento", destaca Gesner Oliveira, Presidente da
Sabesp.
Sócio
Em 2007, o Conselho Curador do
FGTS (Fundo de Garantia por Tempo
de Serviço) criou o FI-FGTS (Fundo
de Investimento em Infraestrutura),
que permite que os recursos do
trabalhador sejam aplicados em
projetos de infraestrutura, inclusive
saneamento básico. Regulamentado
por meio da Lei 11.491/07, anunciada
durante a apresentação do Programa
de Aceleração do Crescimento (PAC),
o fundo tem a finalidade de ampliar
os investimentos em infraestrutura e
auxiliar no crescimento da economia
brasileira.
Segundo o Governo Federal, são
necessários R$ 270 bilhões para
a universalização do saneamento
básico no país. De acordo com a
PNAD 2008 do IBGE, o acesso dos
domicílios à rede de esgoto passou
de 51,1% em 2007 para 52,5% em
2008, um aumento de apenas 1,4%.
De 2003 a 2008, o Governo Federal,
por meio de seus agentes financiadores, disponibilizou R$ 19 bilhões
para o saneamento, dos quais apenas R$ 2,8 foram desembolsados. O
motivo: falta de projetos.
Em setembro de 2009, depois de
quase um ano de negociações, o
FI-FGTS adquiriu a participação de
26,53% na Foz do Brasil, o que significa aporte de R$ 650 milhões no
capital social da empresa. Foi o primeiro investimento em saneamento
e o maior investimento em equity do
fundo, que já participa de outros projetos de infraestrutura.
Os recursos, somados ao plano de
investimento da Foz – que é de R$
3,6 bilhões –, beneficiarão de imediato 3 milhões de pessoas já atendidas pelos projetos de saneamento
da empresa em 19 cidades, além
da população dos municípios em
que a Foz do Brasil venha a atuar
daqui em diante, individualmente
ou em associação com empresas
públicas, ampliando a possibilidade
de novas consolidações do mercado
privado de saneamento, com foco na
geração de novas oportunidades de
investimento.
“Nossa expectativa é transformar
essa união num case que possa servir
de exemplo ao setor de saneamento
no Brasil. Para nós não importa se
o parceiro é publico ou privado. O
importante é buscar a eficiência, a
fim de conseguir que os recursos
do trabalhador façam a diferença na
geração de mais empregos e na universalização do saneamento”, diz
Paulo Furtado, Secretário Geral do
Conselho Curador do FGTS.
“É uma satisfação, para nós, a participação do FI-FGTS na Foz do Brasil,
pois temos um alinhamento pleno
na visão de longo prazo que o setor
requer, assim como dos desafios que
representa a meta de antecipar a
universalização dos serviços de água
e tratamento de esgoto no território
brasileiro, complementando os investimentos públicos”, destaca Fernando
Santos-Reis.
Espírito Santo
A eficiência operacional defendida por Paulo Furtado já pode ser
percebida em algumas companhias
estaduais do país, que vêm colhendo
frutos por aplicar uma gestão profissionalizada e fazer parcerias com
empresas privadas para projetos
específicos. Um dos exemplos que
tem chamado a atenção é o Espírito
Santo, estado que decidiu investir com
força em saneamento após recuperar
financeiramente a Cesan (Companhia
Espírito-Santense de Saneamento), a
partir de 2003.
uma ajuda decisiva
para as Administrações
municipais
Cachoeiro de Itapemirim (ES) e
Rio Claro (SP) se orgulham de ter
entre seus cidadãos, respectivamente, Roberto Carlos e Dalva de
Oliveira, dois dos maiores nomes
da música brasileira. Mas as cidades também se destacam porque
estão acima da média nacional em
saneamento. Nos dois municípios
atendidos pela Foz do Brasil não
há falta de água e o tratamento de
esgoto deve chegar a 90% e 100%
em três anos.
O que é motivo de orgulho para
cachoeirenses e rio-clarenses é
também um alívio para os prefeitos desses municípios, unânimes
em afirmar que, com a questão do
saneamento encaminhada, eles
podem investir em áreas como
saúde e educação, também fundamentais para a qualidade de vida
das pessoas.
“Os percentuais de Cachoeiro em
água e esgoto representam uma
preocupação a menos para a admi-
Prefeito Carlos Casteglione
Prefeito Du Altimari
nistração municipal e nos permitem investir em outras áreas fundamentais para o desenvolvimento
da cidade. Isso também nos torna
referência no estado”, comemora o
Prefeito Carlos Casteglione, que faz
questão de destacar a satisfação de
ter uma empresa da Odebrecht no
município pelo que ela representa
no país e fora dele.
O Prefeito de Rio Claro, Du
Altimari, está de acordo com o
colega capixaba. “Como brasileiro,
gostaria de ver todo o país envolvido num esforço gigantesco para
garantir a toda a população água e
esgoto tratado. Isto é pré-requisito
da saúde pública e não há desenvolvimento que se preze sem que
essas questões sejam enfrentadas
e solucionadas.” Ele acrescenta:
“Quem comunga desses nossos
princípios e compreende a magnitude dos desafios que ainda nos
resta superar – ao município e ao
país – certamente será sempre
bem-vindo a Rio Claro”.
odebrecht informa
GENTE DE TALENTO FAZENDO HISTÓRIA
Paula Violante
A trajetória da engenheira Paula
Violante, recém-promovida a
Diretora de Contrato da Foz do
Brasil em Cachoeiro de Itapemirim,
é um espelho da história da Foz.
Limeirense e ex-funcionária do
SAAE (Serviço de Água e Esgoto do
Município de Limeira), autarquia
responsável pelos serviços de água
e esgoto até 1994, Paula diz que
aprendeu na prática que existe uma
enorme diferença entre a execução
e a priorização das necessidades
quando se trabalha no setores público e privado. “Na autarquia, sabíamos o que deveria ser feito, mas não
conseguíamos operacionalizar as
ações necessárias.”
Já atuando na iniciativa privada,
Paula relembra que considerava
crucial, desde o início da concessão, fazer dos serviços da Águas de
Limeira uma referência nacional e
satisfazer plenamente as necessidades dos clientes. “Os primeiros
anos foram de muito trabalho,
organização, planejamento e ação,
sempre focados em buscar o que
de melhor havia no mundo em tecnologia para aprimorarmos nossos
odebrecht informa
serviços”, relata Paula. “Nessa fase,
tive a oportunidade de trabalhar com
especialistas em outros países, como
França e Argentina, onde ficávamos
por um tempo e depois trazíamos e
adaptávamos as experiências para
nossos processos e equipes”, ela
acrescenta.
Em 2009, Paula foi trabalhar na equipe de Engenharia da Foz do Brasil
em São Paulo, no apoio às demais
operações e novos projetos. “A
experiência foi muito rica e permitiu
conhecer as demais empresas da
Foz”, ela diz. Recentemente, Paula
foi convidada a assumir uma concessão, o que a transforma na primeira
mulher a ocupar uma Diretoria de
Contrato na Foz do Brasil. “Retornar
à linha para mim é motivo de grande
satisfação pessoal. É um desafio
novo, e, mais uma vez, tenho absoluta certeza de que será um grande
aprendizado em minha vida. A equipe
de Cachoeiro de Itapemirim é excelente e já realiza um grande trabalho. Com dedicação plena, esforço e
determinação de todos conseguiremos permanecer em sintonia com
as necessidades de nossos clientes
locais.”
Guilherme Pamplona Paschoal
Aos 34 anos, Guilherme Pamplona
Paschoal já pode ser considerado um veterano de Odebrecht.
Começou em 1998 na CNO, onde
participou de projetos de telecomunicação, hidrelétrica, metrô e
estradas, entre outros. “Meus últimos três anos e meio passei fora
do Brasil. Estive nos Emirados
Árabes, nos Estados Unidos e, por
último, na República Dominicana.”
Convidado a atuar no Projeto
Aquapolo, Guilherme diz que vários
aspectos pesaram em sua decisão
de se transferir para a Foz do Brasil.
Segundo ele, o mercado em que a
Foz atua está mundialmente aquecido e com perspectivas de grande
crescimento. O engenheiro ressalta
ainda que empresas em formação,
como é o caso da Foz, representam
mais oportunidades de crescimento
e aprendizado. “Acredito que a diversificação de experiências traz novos
conhecimentos que só vêm agregar
à minha formação como empresário.
Outro fator decisivo foi a oportunidade de poder trabalhar com Eduardo
de Melo Pinto (veja entrevista nesta
edição). Ele tem muita experiência
dentro da Organização e pratica
a TEO (Tecnologia Empresarial
Odebrecht) no dia a dia, facilitando a
relação líder-liderado com confiança
e transparência”, afirma Guilherme.
E enfatiza: “Antes de aceitar o convite, também busquei conhecer o
Plano de Ação do Fernando SantosReis. Acreditei no negócio e na estratégia, e senti vontade de fazer parte
deste momento”.
Por meio do Projeto Águas Limpas,
que beneficia 1,2 milhão de pessoas nas sete cidades da Região
Metropolitana, Vitória caminha para
ser a primeira capital do país a ter
100% do esgoto tratado. Segundo o
Secretário de Saneamento, Habitação
e Desenvolvimento do Espírito Santo,
Paulo Rui Carnelli, além da forte disposição do Governo Estadual de resolver a questão do saneamento, o fato
de ter uma companhia superavitária
foi fundamental para fazer os investimentos. “Estamos recuperando todo
um ecossistema que abriga várias
praias e manguezais, essenciais à
qualidade de vida no estado”, informa.
Paulo Rui reconhece a importância do apoio da Foz do Brasil e
da Odebrecht, responsáveis pela
Operação e Manutenção das redes
e estações de tratamento de esgoto
da Região Metropolitana. Ele acredita que o diferencial da parceria
entre a Foz e a Cesan é a prestação
de serviço com qualidade e não
a terceirização de trabalhadores,
como acontece normalmente em
alguns lugares do Brasil. “Não há
uma disputa entre o público e o privado, mas sim pessoas trabalhando
com competência por um objetivo
único. A parceria com a Foz do
Brasil agregou agilidade ao nosso
projeto”, reforça Paulo Rui.
No segmento de saneamento,
a estratégia da Foz do Brasil será
sempre a de complementar as
necessidades do serviço público,
atuando com as empresas estaduais
e/ou os serviços autônomos municipais, alavancando investimentos e
trazendo para uma realidade mais
próxima a universalização dos serviços de água, coleta e tratamento
de esgotos. “Um dos objetivos da
Foz do Brasil é ter papel relevante
nas soluções da ‘crise da água’,
atuando na conservação da água, na
reconstrução e na recuperação de
ecossistemas e de bacias hidrográficas degradadas", ressalta Fernando
Santos-Reis.
odebrecht informa
26
alagoas
Cadeia produtiva
do otimismo
Esforço conjunto de organismos governamentais,
entidades e empresas leva para Alagoas
companhias transformadoras de plástico
texto Rodrigo Vilar / fotos Márcio Lima
Em 2 de outubro, no Polo de
Marechal Deodoro, a 12 km de
Maceió, uma planta de produção
de tubos e conexões de PVC da
empresa Corr Plastik foi inaugurada, resultado de um investimento
de R$ 31 milhões, com geração
direta de 150 postos de trabalho.
Outros seis projetos em implantação e também inseridos na Cadeia
Produtiva da Química e do Plástico
de Alagoas resultarão em mais
R$ 207 milhões em investimentos, somando quase 2 mil novas
oportunidades de trabalho. Os
números são da Associação das
Empresas do Distrito Industrial de
Marechal Deodoro (Assedi/MD),
integrante do Fórum da Cadeia
Produtiva da Química e do Plástico
de Alagoas, o grande responsável pela atração dessas novas
fábricas. A entidade, que tem a
Braskem como âncora, é formada ainda pelo Governo do Estado
de Alagoas, a Federação das
Indústrias do Estado de Alagoas
(Fiea), o Senai (Serviço Nacional
de Aprendizagem Industrial), o
Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio
odebrecht informa
às Micro e Pequenas Empresas), a
Universidade Federal de Alagoas
e associações dos distritos industriais e de trabalhadores.
Segundo Luís Otávio Gomes,
Secretário de Desenvolvimento
Econômico, Energia e Logística
de Alagoas, os representantes
do Fórum estão unidos com um
único objetivo: “Fortalecer o segmento empresarial na área de
química e plástico, gerando renda
e trabalho”.
Os esforços para a vinda de
novas fábricas de transformação de
terceira e quarta gerações começaram há menos de três anos,
e o primeiro desafio foi garantir
um pacote de leis de incentivos
governamentais diferenciado. “Hoje
contamos com o melhor ambiente
no país para o desenvolvimento
desse tipo de cadeia produtiva”,
enfatiza Wander Lôbo Araujo
Silva, Presidente do Sindicato das
Indústrias Plásticas e de Tintas do
Estado de Alagoas (Sinplast). Jorge
Bastos, assessor da Diretoria da
Braskem em Alagoas, explica que
a nova regulamentação garante
"O trabalho que vem
sendo feito é um grande
passo para garantir a
perpetuidade dessa
cadeia produtiva"
[ Marcelo Cerqueira ]
incentivos de crédito, cessão de
áreas industriais a preço subsidiado e atrativos fiscais. “Além de
assegurar os mesmos tipos de
incentivo usufruídos por empresas
similares localizadas no Nordeste”,
complementa.
Dentro desse contexto favorável,
os polos produtivos de Marechal
Deodoro e Governador Luiz
Cavalcante asseguram ainda grande oferta de matérias-primas e
insumos; infraestrutura industrial
e de serviço; localização estratégica, já que são eixos do mercado
consumidor do Norte e Nordeste;
facilidade de transportes e escoa-
CERTIFICAÇÃO SPIE
A planta de clorossoda da
Braskem no Polo de Marechal
Deodoro foi a primeira desse
tipo no Brasil a receber o
selo de Serviço Próprio de
Inspeção de Equipamentos
(SPIE), certificado pelo
Inmetro. “A cultura voltada
para Segurança de Processo
Acima, Wander Araujo Silva:
"O melhor ambiente no país".
Ao lado, Luís Otávio Gomes:
fortalecimento da área química
foi ampliada e com isto
aumentamos a confiabilidade
das instalações e a
prevenção de acidentes”,
mento da produção, além da qualidade de vida proporcionada pela
proximidade com Maceió. “Aqui
temos um exemplo claro de que,
quando as pessoas, a natureza e as
circunstâncias convergem em torno
de um único propósito, o sonho
se torna realidade. O trabalho que
vem sendo feito é um grande passo
para garantir a perpetuidade dessa
cadeia produtiva, assegurando
riqueza, desenvolvimento e a diversificação da economia alagoana”,
observa Marcelo Cerqueira, Diretor
Industrial da Braskem.
A chegada de empresas de
transformação gerou a necessidade de mais trabalhadores qualificados no setor. Para atender a essa
demanda, o Governo de Alagoas e a
Fiea, com o apoio da Confederação
Nacional das Indústrias (CNI) e
do Sebrae, criaram o Núcleo de
Tecnologia de Plástico (NTPLAST),
um projeto de R$ 3,5 milhões.
Apelidado carinhosamente de
Escola do Plástico, o centro tem
inauguração prevista para agosto
de 2010 e visa garantir a formação
de equipes locais.
explica Milton Pradines,
Responsável por Relações
Institucionais na Braskem
em Alagoas. Segundo ele, a
conquista da certificação é
resultado do trabalho
liderado pela área de
Engenharia de Confiabilidade,
com participação das
equipes de Operação,
Processo, Engenharia,
Manutenção, Investimentos e
Saúde, Segurança e
Meio Ambiente.
odebrecht informa
28
petroquímica
Equilíbrio vital
Bioaditivo ETBE, que a Braskem
começa a produzir em duas
unidades, possibilita inovação
tecnológica e ganhos ambientais
texto Aline Garrido
foto Eduardo Moody
odebrecht informa
Conjugar as necessidades do
mercado com inovação e adaptação
na produção industrial tem sido a
estratégia da Braskem para consolidar o desenvolvimento sustentável
na petroquímica. Depois do plástico
verde, a novidade é a produção do
ETBE, bioaditivo para gasolina que
permite o sequestro de gases do
efeito estufa.
A inauguração das duas unidades
produtivas de ETBE na Bahia,
fruto de um investimento de
R$ 100 milhões, mereceu uma
celebração em 17 de agosto. O
Líder Empresarial da Braskem,
Bernardo Gradin, recebeu o
Governador Jaques Wagner e o
Prefeito de Camaçari, Luiz Carlos
Caetano, além de clientes, inte-
Menos emissões
de CO2
O ETBE (do inglês ethyl
tertiary-butil ether) é um
bioaditivo obtido pela reação
do etanol com o isobuteno.
Como o etanol, matéria-prima
renovável que vem da canade-açúcar, o ETBE substitui
o aditivo MTBE (methyl
tertiary-butyl ether), à base
de metanol, com a vantagem
de apresentar características
ambientais mais favoráveis,
pela redução da emissão de
CO2 na atmosfera. Para cada
tonelada de ETBE produzida,
a emissão de monóxido de
carbono na cadeia é reduzida
em quase 1 t. Por ano, isso
significa a redução das
emissões de CO2 em
128 mil toneladas.
grantes e empresários, entre eles o
Vice-Presidente da Sojitz no Brasil,
Seiichi Hishikawa. “Este momento
simboliza a realização de um projeto
muito importante, que beneficia a
sociedade global e reitera o compromisso da Braskem com a Bahia,
onde a empresa, desde 2002, já
investiu mais de R$ 2 bilhões”,
disse Gradin.
No evento foram feitos anúncios
relacionados ao Polo de Camaçari.
Jaques Wagner se mostrou entusiasmado com o consórcio entre a
Braskem e as empresas de logística
Ultracargo e Log-In para o estudo de
viabilidade técnica da modernização
do Complexo Portuário de Aratu,
com investimento estimado em
R$ 400 milhões.
“Estamos desenvolvendo o Polo
de Camaçari através do uso de tecnologia moderna, limpa e sustentável”, enfatiza Celso Ferreira, Diretor
Industrial das Unidades de ETBE.
Para chegar ao momento atual,
foram necessários três anos de trabalho. O desafio era encontrar uma
alternativa para a produção de MTBE
ante a queda da demanda desse
produto no mercado internacional,
por conta de restrições ambientais,
com o mínimo impacto na cadeia
produtiva de insumos básicos.
“A produção de ETBE surgiu como
a opção de maior valor agregado por
ser ecologicamente correta”, explica
Pitiguara Moreira, coordenador do
processo de implantação, do qual
participaram 300 pessoas. A capaci-
dade total de produção de ETBE nas
duas unidades é 212 mil t/ano.
A parceria com a Sojitz foi uma
oportunidade de servir ao cliente e
investir na melhoria dos ecoindicadores. A Braskem assinou contrato
de longo prazo com a empresa para
o fornecimento de 120 mil t de ETBE
em três anos. A Sojitz começará a
vender o ETBE a partir de 2009 e
sua meta é expandir esses volumes
para atender os mercados japonês e
europeu.
Com a finalidade de consolidar
o projeto ETBE, foi feito um amplo
planejamento que incluiu uma parceria com a Construtora Norberto
Odebrecht (CNO) na obra de adaptação da planta e construção civil. A
logística desenvolvida permitiu que
as duas antigas unidades de MTBE
fossem retiradas de operação ao
mesmo tempo, por apenas 26 dias,
para que a conversão final fosse
efetuada sem provocar impactos na
cadeia de produção. “Montamos um
plano de locação e instalação de
pontos para interligação de equipamentos novos, executado em dois
momentos de parada das unidades
de MTBE para manutenção”, informa Alexandre Borba, engenheiro
da CNO.
Foram mais de 270 dias e 200
mil horas/homem trabalhadas sem
acidentes. “Realizamos um trabalho
pautado pelo compromisso com
Saúde, Segurança do Trabalho e
Meio Ambiente, o que possibilitou
a condução de todas as atividades
com a marca de zero acidente”, diz
o operador Ney George Silva. “O
alinhamento entre as equipes da
Braskem e da CNO foi decisivo para
esse resultado”, afirma o Gerente de
Produção Murilo Amorim.
odebrecht informa
30
sustentabilidade
Suzuki: a persistência como valor maior no mundo empresarial
Opção natural
Jorge Suzuki foi um dos primeiros clientes da
Braskem a comprar polietileno verde
texto Luciana Moglia / foto Mathias Cramer
A sustentabilidade e a inovação têm
presença constante na trajetória do
empresário Jorge Suzuki. Proprietário
da Acinplas, líder nacional na transformação de embalagens plásticas para
frutas e verduras utilizadas nas redes
de varejo, ele foi um dos primeiros
clientes da Braskem a fechar contrato
de compra de polietileno verde, resina
produzida com etanol de cana-deaçúcar, matéria-prima 100% renovável.
A Acinplas administra a Suzuki, Koba,
Voti, Plasa e Tashiro&Takata, locali-
odebrecht informa
zadas em Estância Velha, Ivoti, Dois
Irmãos e Sapiranga (cidades do interior
do Rio Grande do Sul) e no Uruguai,
respectivamente. Suas unidades transformam 12 mil t/ano de polietileno, o
que representa cerca de 50% do mercado desse produto no Brasil.
O descarte de matéria-prima das
unidades da Acinplas e de empresas
vizinhas é transformado em madeira
plástica. A empresa desenvolveu uma
extrusora capaz de reciclar plástico
sujo e úmido a um custo relativamente
baixo. A atividade não tem fim comercial. O produto é doado para a produção de itens como lixeiras, floreiras e
bancos de praça. “Queremos tornar
nosso processo ainda mais barato de
modo a contribuir para o encontro de
soluções no que se refere ao descarte
correto do plástico e para a geração de
renda para classes mais baixas, que
podem ter nessa transformação uma
atividade profissional”, afirma Jorge
Suzuki.
Casado e pai de duas filhas, Suzuki
é filho de japoneses. Nasceu em 1949,
no Uruguai, país escolhido por seus
avós, oriundos do Japão há cerca de
100 anos, e que se dedicaram a produzir e comercializar flores. Aos 19 anos,
ele e um primo decidiram cultivar cravos no Rio Grande do Sul, onde ainda
não havia produção dessa flor. Juntos,
compraram um pedaço de terra em
Estância Velha, onde hoje está a primeira fábrica da empresa.
Um amigo de infância influenciou
Suzuki a entrar no negócio do plástico.
“Era uma atividade nova. A venda das
flores financiou a compra inicial de
matéria-prima para transformação de
embalagens para frutas e verduras. A
tecnologia de produção era manual.”
Aos 60 anos de idade e há 35 anos
ligado à indústria de transformação
plástica, Suzuki resume em uma palavra seu maior valor no mundo empresarial: persistência. Esse é seu principal trunfo para levar adiante o projeto
que pode solucionar pelo menos parte
do problema do descarte plástico. O
empresário está convicto de que as
ações mundiais voltadas à preservação
do meio ambiente garantirão um futuro de qualidade às próximas gerações.
“A sociedade está preocupada com a
questão. Vamos atingir a sustentabilidade.”
marca
31
Ampliando o diálogo
Braskem reposiciona marca para mostrar de que forma
está presente no dia a dia das pessoas texto Danielle Espósito
“Estamos dando um passo importante para mostrar como a Braskem
está presente no dia a dia de milhares
de pessoas”, afirma Claudia Bocciardi,
Gerente de Marketing Institucional da
Braskem. Ela se refere ao novo posicionamento de marca, que reflete o
momento da empresa e o objetivo de
ampliar seu diálogo com a sociedade.
O novo posicionamento de marca
se baseia no fato de que a Braskem
não produz apenas matéria-prima,
mas atua de forma proativa para
satisfazer seus clientes e está em
constante busca de soluções que
se transformam em facilidades do
mundo moderno.
Esse novo posicionamento foi traduzido pela assinatura “O mundo, as
pessoas e a Braskem”, que acompanha o logotipo da empresa em peças
publicitárias, patrocínios e eventos.
Ele traz ainda duas variações: “O
Cliente, os sonhos e a Braskem”, utilizada prioritariamente na comunicação
com clientes e mercado, e “Você,
as conquistas e a Braskem”, usada
exclusivamente para integrantes da
empresa. “Essa forma de representação, com diferentes assinaturas,
permite que sejamos mais efetivos na
comunicação, ressaltando características da empresa que são importantes
para cada público”, esclarece Claudia.
Em setembro, mês em que completou sete anos, a Braskem pôs no
ar a campanha publicitária, criada
pela agência de publicidade
W/Brasil. Pela primeira vez, a
Braskem veiculou um comercial de
TV. Ele continuará a ser exibido, em
rede nacional, até dezembro, em TVs
por assinatura como GloboNews,
BandNews, Record News, GNT,
Sportv, Fox, National Geographic,
CNN e Bloomberg. Jornais, revistas
e websites do país também estão
veiculando os anúncios.
O novo posicionamento de marca da
Braskem foi apresentado em primeira
mão aos integrantes da empresa. As
unidades da Braskem amanheceram,
na véspera do lançamento oficial da
campanha, com TVs distribuídas em
pontos de passagem, que exibiam
continuamente o primeiro comercial
de TV da Braskem.
“Essa forma de
representação,
com diferentes
assinaturas, permite
que sejamos mais
efetivos na comunicação,
ressaltando
características
da empresa que são
importantes para
cada público"
[ Claudia Bocciardi ]
odebrecht informa
32
com Eduardo De Melo Pinto
Tudo novo
de novo
Completando 40 anos de trabalho na
Odebrecht, Eduardo de Melo Pinto vive
mais um desafio na carreira, como responsável
por programas na Foz do Brasil
texto Karolina Gutiez / foto Holanda Cavalcanti
odebrecht informa
Prestes a completar 40 anos de
trabalho na Odebrecht, o engenheiro
civil Eduardo de Melo Pinto, 61 anos,
vivenciou todos os grandes movimentos da Organização: a realização
de obras no Nordeste brasileiro, a
conquista de contratos de grande
porte no Sudeste do país, o início da
atuação internacional e a consolidação da presença em alguns países,
além da diversificação dos negócios
dentro da área de Engenharia.
O pernambucano Eduardo tem no
currículo projetos que, a exemplo das
obras de expansão da Companhia
Siderúrgica Nacional (CSN), em Volta
Redonda (RJ), da execução da Estrada
de Ferro Carajás, no Maranhão, e dos
projetos de mineração em Angola,
durante a guerra civil, espelham os
desafios que a Odebrecht enfrentou,
em diferentes períodos, para continuar no rumo do crescimento. De
volta ao Brasil há pouco mais de um
ano, depois de quase uma década em
Angola e quatro anos na Venezuela, ele
está à frente de um novo desafio, na
recém-criada Foz do Brasil.
Odebrecht Informa – O que o
trouxe de volta ao país? No que
está concentrado atualmente?
Eduardo de Melo – A perspectiva
de desenvolver algo numa área de
negócio nova me motivou a voltar.
Como encarregado das operações
no ABC paulista e região metropolitana de São Paulo, sou responsável
pela concessão de tratamento de
esgoto de Mauá (SP) e também pelo
projeto de produção e fornecimento de água de reúso para o Polo
Petroquímico do ABC, recentemente contratado, em parceria com a
Sabesp (Companhia de Saneamento
Básico do Estado de São Paulo).
OI – Em que consiste esse
projeto?
Eduardo – O Aquapolo, como foi
batizado, prevê o tratamento do
efluente secundário da Estação de
Tratamento de Esgotos do ABC e a
construção de elevatória e adutora,
nos quais serão investidos mais
de R$ 120 milhões. Nesse caso,
o efluente será tratado um nível
acima do exigido para lançamento
nos rios. Será o maior projeto de
água de reúso do hemisfério sul e
um dos seis maiores do mundo.
OI – Qual o impacto do Aquapolo
no meio ambiente?
Eduardo – Não dá para compreender a utilização de água
potável pelas indústrias enquanto
este recurso natural não estiver
disponível para toda a população.
Mais do que iniciando um contrato, estamos abrindo um mercado,
que deve se expandir muito rapidamente, e há a perspectiva de
abastecermos outros clientes além
do polo. Nosso objetivo é contribuir
para acabar com o desperdício e,
um dia, vir a tratar o efluente a fim
de torná-lo potável. É uma questão
de tempo, e não muito tempo.
OI – Mais de 60% dos integrantes da Organização chegaram há
menos de cinco anos e têm menos
de 35 anos de idade. Depois de
quatro décadas de trabalho, que
mensagem você procura transmitir aos que estão iniciando a carreira na Odebrecht?
Eduardo – Quando fui contratado, ainda como estagiário, a
Construtora era uma empresa
pequena e de atuação apenas
regional (Norte e Nordeste do
Estrada de Ferro Carajás, uma
das várias obras das quais
Eduardo participou
Brasil). Os princípios, conceitos e
critérios da Tecnologia Empresarial
Odebrecht (TEO) já eram praticados, embora nem tivessem
sido compilados em um livro.
Recebíamos esses ensinamentos
de Dr. Norberto na forma de CIs
(comunicações internas). Mas a
delegação planejada já era uma
prática desde aquela época. Eu,
ainda estudante, fui responsável
por preparar propostas, o que
me deixava aterrorizado pelas
responsabilidades que me eram
confiadas. Mais tarde, compreendi
que esse conceito é essencial, pois
faz com que a contrapartida da
responsabilidade assumida seja a
dedicação plena ao seu negócio,
agindo como se a empresa fosse
sua. O exercício da TEO enriquece
e deve ser uma opção de todos. Os
jovens devem aproveitar ao máximo
as oportunidades de aprendizado,
sem perder de vista um valor muito
importante: a humildade.
odebrecht informa
34
desenvolvimento social
União que faz a diferença
Instituto Direito e Cidadania (IDC) completa
cinco anos de atuação no Baixo Sul da Bahia
texto Vivian Barbosa / foto Eduardo Moody
Entre os muitos parceiros do
IDC estão: Controladoria-Geral
da União, Governo da Bahia,
Ministério Público da Bahia,
Conselho Estadual dos Direitos
da Criança e do Adolescente,
Prefeituras Municipais do Baixo
Sul e Fundação Odebrecht.
Desde sua criação, o IDC registrou
mais de 270 mil atendimentos.
Em 2009,
11 mil pessoas
já foram beneficiadas.
Até setembro, o IDC realizou
Dona Joana Bispo buscou o apoio do IDC para a mediação de um conflito
familiar. A divisão dos bens deixados por seu companheiro foi acordada sem
que o caso fosse levado à Justiça. “Hoje, vivo na minha casinha”, diz com
orgulho a aposentada de 74 anos
O município de Presidente Tancredo
Neves é jovem. Com apenas 20 anos
de emancipação, o antigo distrito
de Itabaína cresceu às margens da
BR-101 e segue entre os de desenvolvimento mais acelerado no Baixo Sul
da Bahia.
Um importante agente do desenvolvimento local é o Instituto Direito
e Cidadania (IDC), Organização da
Sociedade Civil de Interesse Público
(Oscip) que está comemorando cinco
anos de serviços prestados à comu-
odebrecht informa
nidade tancredense e de mais 15
municípios do Baixo e Extremo Sul da
Bahia. “Buscamos fortalecer o capital
social e disseminar a democracia participativa, educando para a cidadania
e formando lideranças conscientes
do seu papel na construção e deliberação de políticas públicas”, afirma
a Diretora-Executiva Maria Celeste
Pereira.
Capacitar Conselhos Tutelares
e Conselhos da Criança e do
Adolescente, mediar conflitos, prestar
171 mediações de conflitos,
resolvendo 81% dos casos,
sem encaminhamento judicial.
orientação jurídica, facilitar a emissão de documentação civil básica e
titulação de terras são algumas das
ações fomentadas pelo Instituto. Para
o pedagogo José Alves, Presidente do
Conselho dos Direitos da Criança e do
Adolescente de Presidente Tancredo
Neves, a parceria com o IDC vai além.
“Não recebemos apenas apoio no
planejamento e execução de projetos
sociais. Aprendemos que é possível
fazer acontecer se formos perseverantes e nos unirmos.”
argumento por Margarida M. Krohling Kunsch
35
Memória
empresarial
o
Projetos de resgate de sua história fazem parte do
compromisso público e cultural das organizações
O que motiva uma organização
empresarial a investir em projetos
de resgate de sua história e na
criação de centros de memória?
São muitas as respostas que se
poderiam registrar aqui. Fixemonos, no entanto, em alguns princípios que devem nortear iniciativas
dessa natureza. As organizações,
mais que unidades econômicas,
são unidades sociais. Preservar
sua memória é contribuir para
a preservação da cultura de um
país.
Uma organização integra a
sociedade, fazendo parte de um
sistema que importa energias de
diversas naturezas, as transforma em bens, produtos ou serviços e as exporta de novo para a
sociedade. Possui, portanto, um
vínculo socioeconômico que vai
além dos limites funcionais do
negócio.
Nesse sentido, quando uma
empresa decide abrir sua trajetó-
ria documental em espaço público, por meio do resgate de sua
memória, está dando visibilidade
a seu compromisso sociocultural.
A sistematização de sua história é
uma fonte viva de conhecimento.
É uma saga com narrativas permeadas por subjetividade, emoções, crises, tensões, conflitos,
superações e conquistas vivenciados pelos fundadores e por gerações inteiras de trabalhadores.
O conjunto desses elementos
ajuda a manter uma cultura singular e uma identidade institucional forte, construindo bases
sólidas para a perenidade do
empreendimento.
Multiplicam-se hoje os
centros de memória em
organizações brasileiras. A
Comunicação Organizacional
e as Relações Públicas têm
encontrado um campo fértil de
atuação nessa frente que veio
para ficar e prosperar.
O tema mereceu uma tese
de doutorado, defendida pelo
professor Paulo Nassar na
Escola de Comunicações e
Artes da Universidade de
São Paulo e publicada em
2007, a qual tive o privilégio
de orientar. Na pesquisa
de campo feita pelo autor,
percebia-se a riqueza e a
abrangência do trabalho
das empresas quanto à
preservação de sua memória.
O Núcleo da Cultura
Odebrecht foi assinalado
como modelar nesse estudo.
Margarida M. Krohling Kunsch
é Presidente da Associação
Brasileira de Pesquisadores de
Comunicação Organizacional e de
Relações Públicas e professora
titular e pesquisadora da Escola
de Comunicações e Artes da
Universidade de São Paulo.
odebrecht informa
36
Emílio Odebrecht no Ciee
Construção de terminal
multiuso é retomada em Santos
Um encontro em outubro de
representantes dos quatro grupos
que exercem o controle acionário
da Empresa Brasileira de Terminais
Portuários (Embraport), responsável
pela construção de um novo terminal marítimo multiuso no Porto de
Santos, marcou o reinício da construção do terminal. Em sua primeira
fase, em 2012, terá capacidade para
operar 1 milhão de TEUs (unidades
equivalentes a um contêiner de 20
pés) por ano e 2 milhões de m3/ano
de etanol.
O projeto é resultado de uma parceria entre a operadora global de terminais marítimos Dubai Ports World (DP
World), dos Emirados Árabes Unidos, a
Odebrecht Investimentos em Infraestrutura (OII) – que juntas detêm 5l,4%
do controle da Embraport –, o Fundo
de Investimento FI-FGTS da Caixa
Econômica Federal (com 33,33%) e o
Grupo Coimex (15,27%).
Durante a cerimônia que marcou
a retomada das obras, em Santos,
odebrecht informa
os sócios brasileiros homenagearam a delegação dos Emirados Árabes presente ao encontro, liderada
pelo Xeique Abdullah bin Zayed
Al Nahyan, Ministro das Relações
Exteriores daquele país. Também
estiveram presentes Pedro Brito
do Nascimento, Ministro-Chefe da
Secretaria Especial de Portos, João
Paulo Tavares Papa, Prefeito de
Santos, Sultan Ahmed bin Sulayem,
CEO da DP World, Marcelo Odebrecht, Diretor-Presidente da Odebrecht S.A., José Roberto Serra,
Presidente da Companhia Docas
do Estado de São Paulo (Codesp),
Benedicto Barbosa da Silva Júnior,
Vice-Presidente de Infraestrutura
Brasil da Construtora Norberto
Odebrecht (CNO), Felipe Jens, Líder
dos Investimentos em Infraestrutura (OII), Valter Lana, Diretor-Superintendente Sul da CNO, e Marcelo
Jardim, representante da Odebrecht no Conselho de Administração
da Embraport.
foto: Acervo Ciee
O Espaço Sociocultural do Ciee (Centro de Integração Empresa-Escola), em São Paulo,
recebeu mais de 450 pessoas no dia 23 de setembro para a palestra-debate Olhando para
o Brasil do Futuro: Perspectivas e Desafios, conduzida por Emílio Odebrecht, Presidente do
Conselho de Administração da Odebrecht S.A.
Emílio Odebrecht abordou temas tratados em alguns de seus artigos publicados aos domingos no jornal Folha de S. Paulo: falou sobre educação, reforma política, emprego, sustentabilidade e as oportunidades atuais para os jovens no mercado de trabalho. “A educação é um
elemento competitivo que faz a diferença nos países e em suas empresas. Tenho muito orgulho
e satisfação ao ver os jovens com alto nível de preparo e competência, usando novos instrumentos de trabalho que aumentam seu potencial de contribuição e de produtividade”, afirmou.
Pelo Ciee, participaram da mesa diretora Luiz Gonzaga Bertelli, Presidente Executivo; Rui
Martins Altenfelder Silva, Presidente do Conselho de Administração; Hermann Heinemann
Wever, Conselheiro; e Ney Edson Prado, Conselheiro Consultivo.
Luiz Roberto
Chagas faz
palestra
O engenheiro Luiz Roberto
Batista Chagas fez palestra no
seminário Desafios e Oportunidades no Mercado de Obras Públicas, evento realizado pela Editora
Pini em São Paulo, no dia 22 de
outubro.
Luiz Roberto, que trabalha há
40 anos na Odebrecht e dá apoio
de engenharia às obras da Organização no Brasil e no exterior, foi
um dos convidados do encontro,
que reuniu profissionais da área
de construção e arquitetura.
Em sua apresentação, ele
abordou os principais conceitos
aplicáveis à execução de grandes
obras, detalhados em seu livro
Engenharia da Construção –
Obras de Grande Porte, lançado
pela Editora Pini e a Construtora
Norberto Odebrecht, em 2009,
que ficou entre os 10 finalistas na
categoria Ciências Exatas, Tecnologia e Informática do Prêmio
Jabuti.
Holanda Cavalcanti
Combate à hepatite C
Projeto gráfico
é premiado
O livro A Historia do Brazil de
Frei Vicente do Salvador é um dos
ganhadores do Prêmio Jabuti 2009 na
categoria Projeto Gráfico. A entrega
do troféu ocorreu em 4 de novembro.
Publicado em 2008, o livro é resultado
do projeto de pesquisa de Maria Lêda
Oliveira, vencedora da edição 2007 do
Prêmio Clarival do Prado Valladares,
patrocinado pela Organização Odebrecht. O projeto gráfico é de autoria
de Karyn Mathuiy. O Jabuti é o mais
tradicional e importante prêmio literário do Brasil.
Dividido em dois volumes, o livro
de Maria Lêda reedita a História do
Brazil, obra escrita por Frei Vicente
entre os anos 1626 e 1630 e que se
tornou um marco da cultura política
do Império Português no século XVII.
Membro
Honorário da
Força Aérea
José Raimundo Lima, Responsável
pelo Programa de Visitantes e pelo
Núcleo da Cultura Odebrecht na Construtora Norberto Odebrecht (CNO),
recebeu, em 23 de novembro, o título
de Membro Honorário da Força Aérea
Brasileira. A comenda foi entregue
pelo Major Brigadeiro do Ar Louis
Jackson Josuá Costa durante cerimônia comemorativa na Base Aérea de
Salvador.
A Concessionária Rota das Bandeiras, que administra o Corredor D. Pedro I
(malha viária de 297 km, em São Paulo, que inclui a Rodovia SP-065), lançou em
17 de setembro o programa de responsabilidade social voltado ao combate da
hepatite C.
Inicialmente, 99 mil habitantes do município de Itatiba terão acesso ao programa,
que mapeará a doença – transmitida através de sangue contaminado –, promoverá
palestras de conscientização e realizará exames diagnósticos. Além da população
em geral, os motoristas que utilizam o corredor também serão beneficiados. Os
integrantes da Rota das Bandeiras, capacitados com palestras e treinamento para
realizar exames, participam das ações.
Até 2010, a campanha, fruto de parceria com a ONG C Tem Que Saber C Tem Que
Curar e com a Prefeitura de Itatiba, será estendida a outros 16 municípios localizados na área da concessão, com o objetivo de atingir seus 2,5 milhões de habitantes.
OCS: dois seminários em São Paulo
A Odebrecht Administradora e Corretora de Seguros (OCS) realizou, em setembro, dois seminários para discutir política
de seguros, política financeira e riscos
políticos.
Os dois eventos ocorreram em São
Paulo. Intitulado II Seminário de Riscos
Políticos (PRI), o primeiro evento, nos
dias 8 e 9, tratou do cálculo de perdas
e mercados de seguros. O segundo,
com o nome de Política de Seguros e
Financeira, foi realizado nos dias 11 e
12, e discutiu as políticas de seguros e
assuntos financeiros das empresas da
Organização Odebrecht.
A coordenação dos eventos foi de Marcos Lima, Diretor Responsável pela OCS.
No primeiro, as palestras ficaram por
conta de Nigel Alington, Consultor da OCS
para assuntos de PRI, e Matthew Shires,
Diretor-Executivo de Riscos políticos da
AON, empresa parceira da Odebrecht na
área de seguros. No segundo, os temas
foram apresentados por Marcos Lima e
por Mário Augusto Silva, Responsável por
Finanças na Construtora Norberto Odebrecht (CNO).
Marcos Lima sintetizou: “Foi uma grande oportunidade para os participantes
compreenderem como o seguro de riscos
políticos pode apoiar a exportação de
serviços de engenharia e construção. E as
discussões sobre a revisão das políticas de
seguros e de assuntos financeiros foram
bastante produtivas”.
Participaram dos eventos integrantes das áreas Financeira e Jurídica das
empresas da Odebrecht.
Estudantes de Jornalismo na CNO
Alunos de Jornalismo e de Produção Cultural da Faculdade de Comunicação da
Universidade Federal da Bahia (Facom/UFBA) participaram, em 30 de outubro e 6 de
novembro, da primeira edição do Seminário Técnico de Comunicação Empresarial da
CNO. A iniciativa permitiu aos estudantes conhecerem o Programa de Comunicação
Empresarial da Construtora. No primeiro semestre de 2010 o projeto será expandido
para outras faculdades de Salvador. “Apesar de não ser sua atividade fim, a Odebrecht
é reconhecida como uma das pioneiras na área de Comunicação Corporativa no Brasil.
Essa foi uma ótima oportunidade para os alunos conhecerem o trabalho feito no dia a dia
de uma Organização inovadora e comprometida com a educação”, diz Claudio Cardoso,
Professor e Vice-Diretor da Facom.
odebrecht informa
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organização
Patrimônio de todos
Odebrecht celebra seus 30 anos de atuação
internacional com exposição e ciclo de palestras
texto Rodrigo Vilar / fotos Beg Figueiredo
Mais de 1.200 pessoas, entre universitários, professores, parceiros
e outros convidados, participaram
do ciclo de palestras Odebrecht,
30 anos de Internacionalização,
realizado de setembro a novembro
no Edifício-sede, em Salvador. A iniciativa fez parte da programação do
Núcleo da Cultura Odebrecht (NCO)
e teve como objetivo dividir com a
comunidade o conhecimento adqui-
odebrecht informa
rido na jornada da Organização
mundo afora.
“Todos os anos realizamos no
NCO exposições temporárias, que
apresentam aspectos da nossa história. Em 2009, decidimos celebrar,
de portas abertas, as três décadas
de internacionalização com uma
exposição e com o ciclo de palestras”, explica José Raimundo Lima,
Responsável pelo NCO.
Fizeram palestras alguns integrantes com participação marcante
na história da atuação internacional da Odebrecht: Renato
Baiardi, integrante do Conselho
de Administração da Odebrecht
S.A; Genésio Couto, Responsável
por Pessoas e Organização da
Vice-Presidência Executiva da
Construtora Norberto Odebrecht
(CNO) para América Latina e
Angola; Roberto Ramos, VicePresidente da Unidade de
Negócios Internacionais da
Braskem; Márcio Polidoro,
Responsável por Comunicação
Empresarial na CNO; Felipe
Cruz, Responsável por
Sustentabilidade na CNO; e
Renato Martins, Responsável
por Desenvolvimento de
Oportunidades e Representação
na Odebrecht S.A.
“Na Braskem, consolidar uma
presença robusta no mercado
interno era essencial para que
a empresa se lançasse no mercado externo. Fizemos nosso
dever de casa no Brasil e agora
partimos para outros países”,
sintetizou Roberto Ramos. Em
sua apresentação, realizada em
parceria com a psicóloga Andréa
Fuks, Genésio Couto elencou
situações curiosas vividas por
expatriados e destacou as oportunidades de desenvolvimento
geradas pela experiência internacional. Ele enfatizou as palavras de Emílio Odebrecht: “O
movimento em direção a outros
países nos ofereceu uma extraordinária condição para a qualificação das pessoas e, consequentemente, da Organização”.
Uma mensagem foi comum a
todos os palestrantes: o fato de
a Organização sempre buscar
ser uma empresa local, onde
quer que atue. “Estar aberto
ao novo e se deixar influenciar
pela cultura”, resumiu Renato
Baiardi.
"É preciso estar aberto ao novo e se deixar influenciar pela cultura"
[ Renato Baiardi ]
Acima, a psicóloga Andréa Fuks e, na foto abaixo, Genésio Couto, durante suas
apresentações: desafios e oportunidades da experiência internacional
Conheça a exposição 30 anos
de Internacionalização em
www.culturaodebrecht.com.br
clicando em Áreas de Exposições
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1.Roberto Campos, 2.Benedito Luz, 3.Nilo Pedreira, 4.Gilberto Silva, 5.Ezequiel Bittencourt, 6.Piero Marianetti, 7.Emilton Rosa,
8.Walter Caymmi, 9.Herbert Stelter, 10.Norberto Odebrecht, 11.Manoel Rodrigues, 12.Renato Visco, 13.Antonio Osório, 14.José
Bonifácio, 15.Nelson Peixoto, 16.Fernando Balallai Alves, 17.Angelo Calmon de Sá, 18.Otto Schaeppi, 19.Alfredo Nascimento,
20.Hélio Fontes, 21.Francisco Valadares. Integrantes da Odebrecht em foto de 1960: confiança nas pessoas está na base e
na origem de cada ação ao longo dos 65 anos de história da Organização
Odebrecht, 65 anos
Em 2009, quando completa 30
anos de atuação internacional,
a Odebrecht chega aos 65 anos
de existência.
Em 1944, Norberto
Odebrecht criou sua firma
individual. No ano seguinte, fundou a Norberto
Odebrecht Construtora, que,
em 1954, passou a chamarse Construtora Norberto
Odebrecht.
Hoje a Organização
Odebrecht integra mais de 100
mil profissionais em 18 países
de quatro continentes, atuando
nos setores de engenharia e
construção, química e petroquímica, etanol e açúcar, óleo
e gás, engenharia ambiental,
realizações imobiliárias e
investimentos em infraestrutura. Suas equipes, cujo trabalho
tem como alicerce, referência e inspiração a Tecnologia
Empresarial Odebrecht (TEO),
contribuem para o desenvolvimento social, econômico,
ambiental e cultural dos diversos países onde atuam.
odebrecht informa
Estádio
da Florida
International
University, em
Miami: atuação
consolidada nos
Estados Unidos
Aeroporto
Internacional
do Rio de
Janeiro: obra
emblemática da
fase de expansão
nacional
Ponte
rodoferroviária
Propriá-Colégio,
em Sergipe:
projeto desafiador
na década de
1960
Iniciada há 30 anos, a história da
acervo odebrecht
Odebrecht no setor químico e petroquímico teve como
primeiro marco a aquisição de um terço do capital
votante da Companhia Petroquímica Camaçari (CPC).
Nessas três décadas, com a participação decisiva da
Odebrecht, o Brasil passou a ter polos petroquímicos
detentores das mais avançadas tecnologias e excelência
em pesquisa e desenvolvimento de produtos, além da
maior empresa petroquímica da América do Sul.
foto: luciano andrade
O PROGRAMA DE COMBATE A AIDS
Criado pela Odebrecht em Angola levou às ruas de Luanda e de cidades do interior
do país voluntários com a missão de distribuir cartazes, preservativos e esperança.
Com o tempo, outras iniciativas surgiram no contexto da ação pioneira. Uma delas é
o Programa Parto Seguro, para treinamento das parteiras e dos parteiros tradicionais
angolanos. Esther Arlindo (foto) fez o primeiro parto quando tinha 16 anos, em
1973, ajudando a avó. Sete anos depois, passou a trabalhar sozinha. Agora, além do
conhecimento tradicional , ela usa informação científica. E se sente mais segura.
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