JORNAL BRASILEIRO
DE OFTALMOLOGIA
Nº 143/144 - JAN-FEV-MAR-ABR - 2011
NOTICIÁRIO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE OFTALMOLOGIA
RECONHECIDA DE UTILIDADE PÚBLICA PELA LEI Nº 936 DE 15/09/1959
VI CONGRESSO NACIONAL
SBO mantém valores de 2010 para inscrições
Mais de 50 cursos e simpósios de subespecialidades estão incluídos na taxa de inscrição
C
om os mesmos valores de 2010, as inscrições
para o VI Congresso Nacional da Sociedade Brasileira de Oftalmologia podem ser feitas on-line no
site www.congressosbo2011.com.br até 5 de julho.
Depois só no próprio local do evento, no Hotel
InterContinental Rio. Para residentes sócios da SBO
as inscrições são gratuitas.
Não deixe sua inscrição para a última hora, as
vagas são limitadas. Na taxa de inscrição estão incluídos todos os cursos, mais de 50, inclusive os
Simpósios Dia a Dia no Consultório e no Centro
Cirúrgico, além de Diabetes, tema oficial do VI
Congresso Nacional.
Até 5 de julho sócios da SBO em dia com a anuidade de 2011 pagam R$ 420,00; não sócios ou
sócios em débito, R$ 850,00. Para estudantes de
Ascensão das mulheres já indica
“feminilização” na medicina
Presidido pela primeira vez por uma
mulher, com oito ministras de estado, o
Brasil está deixando de ser o clube do
Bolinha. Na medicina, apesar do ainda
predomínio masculino, o avanço feminino é incontestável, a ponto do Conselho
Federal de Medicina apontar para uma
“feminilização” da profissão. Aproveitando o Dia Nacional da Mulher (30/4), o
JBO inicia nesta ediçao a publicação de
uma série de depoimentos de médicas oftalmologistas. Na Seção Brasil e no
International Corner as entrevistadas também são duas mulheres desbravadoras.
Nesta edição publicamos os depoimentos de Dorothy Dantes dos Reis
(MG), Juliana Bohn Alves (RJ) e Liana
Ventura (PE).
PÁGINA 13
“Filha de peixe,
peixinho é”
A brasileira, que veio,
viu e venceu no EUA
Primeira oftalmologista a criar uma
clínica no centro-oeste brasileiro (Mato
Grosso do Sul), Lizabel Gemperli é a
entrevistada do Seção Brasil. Com uma
filha já seguindo seus passos, Lizabel
fala de suas dificuldades iniciais, primeira médica da família. PÁGINA 14
Nascida em Minas, mas radicada nos
Estados Unidos (acaba de receber a cidadania norte-americana), Liliana
Werner, dispensa apresentações. No
International Corner, além de abordar
as lentes intraoculares, ela conta como o
acaso definiu sua carreira. PÁGINA 15
Arquivo pessoal
Arquivo pessoal
Lizabel com sua filha Daniela, também
oftalmologista, que já não enfrenta as
dificuldades da mãe, mas sofre as
inevitáveis cobranças
Liliana Werner ao lado de seus pais, Heron
Werner e Nilma Pacini Werner, no festival
de vídeos da ASCRS 2005 (Washington),
de cujo júri fez parte
graduação a taxa é de R$ 200,00; residentes não
sócios, R$ 250,00.
Estudantes de graduação e residentes devem obrigatoriamente enviar documento comprobatório da
categoria em que se enquadram.
Mais VI Congresso no Editorial,
página 5 e site [email protected]
Oftalmologistas vão atender
jovens diabéticos com até 30 anos
Renan Lopes
Projeto Oftalmologista Amigo do Jovem com Diabetes, uma parceria da União
das Associações de Diabéticos do Estado
do Rio de Janeiro (Uaderj) com a SBO,
foi lançado dia 26 de abril passado, na
Livraria da Travessa do BarraShopping
(RJ), quando também começou a distribuição dos folhetos explicativos.
Com um número expressivo de adesões já nesta fase inicial, o Projeto Oftalmologista Amigo do Jovem com Diabetes
prevê o atendimento gratuito de dois pacientes diabéticos com até 30 anos de idade
por mês por parte de cada oftalmologista
associado em seu próprio consultório.
O lançamento contou com a presença
de Aderbal Alves Jr., presidente da SBO,
Juliana Bohn Alves, coordenadora da comissão de projetos sociais, Mário Motta,
Juliana Bohn Alves, deputado Nilton Salomão,
Aderbal Alves Jr., Solange Travassos, Mário
Motta e Flávia Domingues com o círculo azul
da OMS, simbolizando a luta mundial contra o
crescimento do diabetes
ex-presidente, e diversos oftalmologistas,
entre os quais Flávia Domingues, que já
aderiram à iniciativa.
PÁGINA 4
Leia nova coluna:
39º Prêmio Varilux é
Fique por Dentro da SBO do Rio e São Carlos (SP)
Por sugestão do presidente Aderbal
Alves Jr., o JBO inicia nesta edição a publicação da coluna Fique por Dentro da
SBO com notícias sobre as atividades da
Sociedade.
A 1ª Sessão Extraordinária, com a inauguração do retrato de Mário Motta na galeria de ex-presidentes; as reuniões com
membros da comissão de internet;
reestruturação do Curso de Pós-graduação
Lato-Sensu; e o link no site da SBO para
acessar publicações internacionais, sugestão do tesoureiro Ricardo Japiassú, são notícias de interesse de todos os associados.
PÁGINA 3
Será no dia 14/7, a
entrega do 39º Prêmio
Varilux que teve dois
ganhadores: Renato
Ambrósio Jr.(Prêmio
Incentivo à Pesquisa:
Refração, e Prêmio
Master) e Simone
Milani Brandão, de São
Carlos (SP) (Categoria Sênior).
Informações sobre as inscrições para
o 40º Prêmio Varilux, que se estendem
até 31 de dezembro de 2011, estão disponíveis no site da Essilor.
PÁGINA 5
JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia
2
Hoya se direciona para os
países emergentes Brasil é prioridade
Em entrevista ao JBO Pergunta, Lanes
Hatum, diretor de operações da Hoya Brasil, fala da recente visita do ceo global da
Hoya Corporation, Hiroshi Suzuki, ao
Brasil, quando visitou as obras de expansão da Hoya Lab e afirmou que o crescimento da empresa está direcionado para
os países emergentes e o mercado brasileiro é “prioridade número um”.
Lanes Hatum, que começou na Hoya
como divulgador técnico e recentemente foi
promovido a diretor de operações, é um
entusiasta por corridas de rua e conseguiu
fazer a meia maratona da ponte (NiteróiRio- percurso de 21,5 km) em 2 horas,
sete minutos e 30 segundos, sendo o 150º
na sua categoria. Em julho participará da
meia maratona do Rio.
PÁGINA 9
Diretor de operações da Hoya Brasil, Lanes
Hatum é um apaixonado por corrida de rua e
em julho vai participar da meia maratona do Rio
V Congresso da Soblec reúne
congressistas do Brasil e do exterior
Durante o V Congresso Brasileiro
da Sociedade Brasileira de Lentes de
Contato, Córnea e Refratometria
(Soblec), realizado em Curitiba (PR),
de 15 a 17 de abril último, a SBO participou com a presença de diversos sócios, inclusive o vice-presidente RJ,
Marcus Safady, o 2º secretário, Marco
Antônio Alves, e o ex-presidente Luiz
Carlos Portes, entre outros.
O evento contou com a presença de
congressistas brasileiros e representantes das sociedades médicas da Alemanha, Argentina, Canadá, Estados Unidos, França e Suiça Suiça, segundo a presidente Tania Shaefer, que participaram
de um global meeting internacional. Na
ocasião também foram comemorados os
40 anos de fundação da Soblec.
Marcelo Diniz, secretário executivo
da Sociedade Brasileira de Oftalmologia,
Marcus Safady, vice-presidente RJ da
SBO, com o secretário executivo Marcelo
Diniz, no estande da Sociedade, no V
Congresso da Soblec
foi o responsável pelo estande da SBO.
Na próxima edição do JBO, na seção Conta-Gotas, publicaremos fotos do evento.
Já em 1922, a primeira diretoria da SBO
se preocupava com as sessões científicas
A contribuição das sessões científicas para o fortalecimento da SBO é o
tema abordado por João Diniz na sua
coluna Tempo e Memória, iniciada por
ocasião dos 85 anos de fundação da entidade, que completa 90 anos em 6 de
setembro de 2012. A ideia de promover sessões científicas, segundo João
Diniz, data de 1922.
João Diniz mostra fotografias preciosas do acervo iconográfico da Sociedade e
aproveita para relatar acontecimentos dos
primórdios da oftalmologia no Brasil.
Todo esse material, juntamente com outros documentos e fotografias farão parte
do livro comemorativo dos 90 anos da
Sociedade Brasileira de Oftalmologia.
PÁGINA 23
Confira as seções que voltaram
e Conta-Gotas, que nunca pode faltar
Como anunciado na edição 142 do
JBO, voltamos a publicar as seções
Oft@lmonline, Opinião ( com o último artigo de Celso Marra sobre administração de consultórios, no qual ele
mostra que nenhum marketing substitui a propaganda boa a boca de um
paciente satisfeito com o atendimento
recebido).
Também estão de volta Filiadas à SBO
( com o relato do sucesso da SBCII e
SBCR no congresso da ASCRS, em San
Diego), A Visão da Justiça e Na Estante
(com livros científicos e de literatura, dentro da linha editorial do JBO, um jornal
de notícias de interesse específico e geral
dos oftalmologistas).
No Conta-Gotas, coluna que nunca
pode faltar, notícias de eventos e de conquistas pessoais dos oftalmologistas. Você
tem alguma? Mande para o JBO.
(mí[email protected]) .
PÁGINAS 6, 10, 12, 14 , 18,
CONTA-GOTAS (17 E 21)
Balanço dos primeiros
quatro meses de gestão
O primeiro
JBO do biênio
*Aderbal Alves Jr. 2011-2012 na
verdade são
dois: as edições 143 e 144, relativas aos
meses de janeiro-fevereiro e março-abril
de 2011. De certa forma o atraso é proposital, embora um de nossos objetivos
seja regularizar a periodicidade do Jornal Brasileiro de Oftalmologia, o que
nos comprometemos a fazer daqui para
frente.
O adiamento nos permitiu, entretanto, anunciar o encaminhamento de
algumas das metas que alinhavamos
quando a nova diretoria tomou posse,
no dia 6 de janeiro passado. A primeira delas, referente ao item Ensino e
Pesquisa, é a reestruturação do Curso
de Pós-graduação Lato Sensu em convênio com a Universidade Estácio de
Sá. Vimos com satisfação, o aumento
do número de alunos no 1º ano, com
matrículas de 14 diferentes serviços de
oftalmologia do Rio de Janeiro. A propaganda boca a boca do nível docente
de excelência já está surtindo efeito!
À reboque desse aumento, constatamos o interesse crescente dos jovens oftalmologistas em se associarem à SBO.
Nos dois primeiros meses de 2011 tivemos um número recorde de adesões.
O facebook da SBO, implantado em
março, ainda em desenvolvimento, revelou-se, como esperávamos, uma eficiente ferramenta social, reunindo não apenas os novos oftalmologistas, mas também colegas da velha guarda, confirmando o papel agregador e democrático de
nossa entidade desde sua fundação em
1922.
A propósito dos 90 anos da SBO,
para os quais prometemos uma comemoração à altura, destacamos os selos
criados para divulgar o VI Congresso
Nacional, de 14 a 16 de julho próximo, e o XVII Congresso Internacional, de 28 a 30 de junho de 2012 (de-
PÁGINA
Confira ...............................................
Editorial ..............................................
Fique por Dentro da SBO .................
Projeto Oftalmologista Amigo do
Jovem com Diabetes ........................
VI Congresso Nacional da SBO .......
39º Prêmio Varilux .............................
Oft@lmonline .....................................
Clínicas e consultórios não
precisam de registro no
Conselho Regional de Enfermagem .
JBO Pergunta ....................................
Opinião ..............................................
FeCooeso ..........................................
A Visão da Justiça .............................
2
2
3
4
5
5
6
6
9
10
12
12
talhes na página 5). Os selos “carimbam” os dois eventos, sem “brigar” com
a logomarca da SBO, cuja credibilidade
e confiabilidade é, sem dúvida, nosso
maior patrimônio. Brevemente já poderemos anunciar algumas iniciativas
que estamos tomando para ampliar a
visibilidade da marca SBO.
O lançamento do Projeto Oftalmologista Amigo do Jovem com Diabetes
insere-se nas nossas metas de Responsabilidade Social e de prevenção da cegueira, uma obrigação estatutária. A
retinopatia diabética é um flagelo para
a população brasileira e a SBO não pode
se omitir. Diabetes é o tema do VI
Congresso Nacional e, juntamente com
o Projeto Oftalmologista Amigo do
Jovem com Diabetes, a Sociedade Brasileira de Oftalmologia espera sensibilizar as autoridades para esse problema. No Brasil, cálculos modestos indicam que 7 a 8% da população brasileira acima de 18 anos tem diabetes, e
na população acima de 65 anos, o
percentual sobe para 18,6%. 40% dos
diabéticos sofrem de alterações
oftalmológicas, que podem levar à cegueira, se não tiverem acompanhamento e tratamento adequados.
Estas são algumas das novidades
que gostaríamos de compartilhar com
vocês neste primeiro editorial do JBO,
o canal de divulgação das atividades
oftalmológicas, juntamente com o site.
De resto, esperamos vocês no VI
Congresso Nacional. Ampliado, confortável, o estande da Sociedade terá
vários serviços para os associados ou
quem queira se associar, além de uma
divertida “happy hour”. Tragam suas
sugestões, aproveitem para tirar suas
dúvidas e para jogar um pouco de conversa fora. Afinal, congressos também
são para rever amigos e fazer novas
amizades.
*Presidente da SBO
PÁGINA
Dia Nacional da Mulher .....................
13
Seção Brasil ......................................
14
Na Estante .........................................
14
International Corner ..........................
15
Conta-Gotas ......................................
17
Filiadas à SBO .................................. 18-21
Sócio Honorário:
padre João Medeiros ........................
22
Necrológio .........................................
22
Fundo de Olho ..................................
22
Olho Vivo ...........................................
22
Tempo e Memória .............................
23
Descontos para sócios da SBO ....... 25-26
Calendário de Eventos Oftalmológicos.
26
Expediente .........................................
26
3
Janeiro - Fevereiro - Março - Abril - 2011
Inauguração da foto de Mário Motta e posse
de 54 novos associados na 1ª Sessão de 2011
Fotos Eliana de Souza
o dia 31 de março passado, a Sociedade Brasileira de Oftalmologia promoveu a 1ª Sessão Extraordinária da gestão de Aderbal Alves Jr.
reunindo os Serviços de Oftalmologia do
Hospital Federal dos Servidores do Estado (HFSE) e Hospital Central da Aeronáutica (HCA). Na ocasião, também foi
inaugurado o retrato de Mário Motta, na
galeria de ex-presidentes da SBO.
Aderbal Alves Jr. iniciou a Sessão destacando o número expressivo de novos associados aos quais estava dando posse-54.
A seguir chamou Mário Motta, que presidiu a SBO no biênio 2009-2010, para inaugurar seu retrato na galeria de ex-presidentes, passando então para a apresentação
científica com a colaboração dos Serviços
de Oftalmologia do HFSE e do HCA, chefiados, respectivamente, por Gilberto dos
Passos e Luiz Filipe de Albuquerque Alves.
O presidente da SBO, chefe de Clínicas do HFSE, apresentou “Abordagem
atual do edema macular diabético” e Luiz
Filipe de Albuquerque Alves abordou
“Oftalmopatia de Graves”. Dois residentes do HFSE (Lorena Santos Barros e
Demian Temponi) e dois do HCA
(Danielle Pereira e Ester Doca) apresentaram os casos clínicos. Todas as apresentações estão à disposição dos associados na
área do médico do site da SBO, no link
Seleção do Mês.
N
Mário Motta inaugura sua fotografia, tirada pelo
filho Henrique, na galeria de ex-presidentes
da Sociedade Brasileira de Oftalmologia
Auditório, já todo ocupado, pouco antes do
início da 1ª Sessão Extraordinária com os
Serviços do HFSE e HCA
Depois de fazer as honras da casa, Aderbal
Alves Jr. apresenta “Abordagem atual do
edema macular diabético”
Luiz Filipe Alves, Danielle Pereira, Ester Doca,
Gilberto dos Passos, Aderbal Alves Jr., Lorena
Santos Barros e Demian Temponi
Prestigiada pelos ex-presidentes da Sociedade Aderbal de Albuquerque Alves,
Carlos Fernando Ferreira, Celso Marra, Flávio Rezende, Luiz Carlos Portes, Miguel
Padilha e Morizot Leite Filho, a 1ª Sessão
Extraordinária teve comparecimento maciço não só dos residentes do HFSE e do
HCA, como também de outros Serviços.
Ao término das apresentações foi oferecido
um lanche aos presentes.
SBO reestrutura curso de
pós-graduação lato-sensu
Arquivo
Diretor de cursos da SBO para o
biênio 20112012, André Portes tem se reunido
permanentemente
com a diretoria e
os docentes para
definir o Curso de
Pós-graduação
Lato Sensu da Sociedade.
S e g u n d o André Portes
André Portes, o
Curso de Pós-graduação Lato Sensu da Sociedade Brasileira de Oftalmologia vem passando por um momento de reestruturação
desde as últimas diretorias. A principal preocupação da atual gestão é com a qualidade
de ensino, organização e inplementação do
novo programa teórico, mantendo-se o nível
docente de excelência.
-Dentre as novidades, a parceria com a
Faculdade de Medicina da Universidade
Estácio de Sá só vem a fortalecer o vínculo de
ensino e incentivo à oftalmologia, afirma
André Portes, enfatizando que o curso atual
é baseado nas leis vigentes e todas as determinações preconizadas pelo Ministério da
Educação.
-Tais fatos são refletidos pelo envio de alunos já vinculados a um programa de especialização de mais de 14 diferentes serviços de
oftalmologia do Rio de Janeiro (hospitais
universitários, federais, municipais, militares,
institutos...), para o suporte teórico oferecido
pelo curso, explica o novo diretor.
Agora, no site,
revistas internacionais
Priscila Sebba
Patrícia Correa Mello Araújo
Fernando Balli
Jacqueline Coblentz
Facebook da Sociedade Brasileira de Oftalmologia
e site em pauta na reunião da Comissão de Internet
Presidida por Aderbal Alves Jr., com a
presença de quatro dos sete membros da
Comissão de Internet, Priscila Sebba,
Fernando Balli, Patrícia Correa Mello Araújo e Jacqueline Coblentz, realizou-se no
dia 23 de março a primeira reunião para
avaliar o site da Sociedade e tratar do
facebook da entidade.
Desenvolvido por Priscila Sebba, o
facebook já está no ar desde março, e o site da
Sociedade também apresenta novidades na
área do médico, com a atualização da seção
Temas Atuais e do link Seleção do Mês. Ou-
tras novidades vão ser apresentadas em breve.
A cada dois meses, um membro da Comissão da Internet ficará responsável pelo
gerenciamento do facebook. Por seu trabalho à frente desta rede social, Priscila Sebba
inaugura a função, ficando até o final de maio.
O JBO publica abaixo, uma breve explicação sobre porque criar um facebook
da SBO, escrito por Priscila Sebba:
“Uma sociedade nada mais é do que pessoas que compartilham ideias e interesses
comuns. Para fomentar seus interesses e divulgar suas ideais, a SBO agora está no
facebook, como Sbo Sboftalmologia.
Seguindo a explosão de redes sociais e
indo além do marketing digital, queremos com essa nova ferramenta melhorar a
interação das pessoas em geral com a SBO e
dos seus membros entre si.
O facebook vem para ajudar a promover
uma “sociedade” como ela deveria ser, representar o interesse de seus membros e ser a cada instante modificada por eles. Assim sendo, estamos
construindo nossa interação no facebook, esperamos exapandir essa rede social e alcançar os
objetivos propostos com a ajuda de todos.”
Por sugestão do
tesoureiro da SBO,
Ricardo Japiassú,
desde março, o portal da SBO oferece
aos associados, no
link Publicações
Internacionais,
oportunidade de ler
gratuitamente as
últimas edições das
revistas Ophthal- Ricardo Japiassú
mology, American
Journal of Ophthalmology, British
Journal of Ophthalmology e Survey of
Ophthalmology.
O conteúdo é renovado mensalmente,
acompanhando as publicações das mesmas.
Futuramente, espera-se ampliar o número
de revistas disponíveis e assim manter o
sócio da SBO sempre atualizado com os
recentes avanços da especialidade. É uma
forma de inspirar os novos oftalmologistas
e residentes a estudarem de forma contínua com seus preceptores, além de manter
os mais experientes informados, fortalecendo o nível científico dos sócios.
4
JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia
Oftalmologista Amigo do Jovem com Diabetes
Projeto prevê atendimento oftalmológico gratuito de dois pacientes por mês
No dia 26 de abril, na Livraria da Travessa no BarraShoping (RJ), foi lançado o
Projeto Oftalmologista Amigo do Jovem
com Diabetes, uma parceria da União das
Associações de Diabéticos do Estado do
Rio de Janeiro (Uaderj) e a SBO, com o
apoio da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), Sociedade
Brasileira de Endocrinologia e Metabologia
(Sbem), Sociedade Brasileira
A atriz Glória
Pires e seu marido, o
compositor e músico Orlando
Moraes apoiam o Projeto
de Diabetes (SBD), Diabetes Brasil e Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj).
O evento, que contou com a presença do presidente da SBO, Aderbal Alves
Jr., do ex-presidente Mário Motta, da
coordenadora da comissão de projetos
sociais, Juliana Bohn Alves, e oftalmologistas que já participam do projeto,
foi aberto por Solange Travassos de
Figueiredo Alves, endocrinologista e
presidente da Uaderj.
Lenita Zajdenverg, presidente
regional RJ da Sociedade Brasileira de Diabetes, e Rosane
Kupfer, chefe do Instituto Estadual de Diabetes e
Endocrinologia do Rio de Janeiro, também participaram
do lançamento, assim como o
deputado estadual Nilton
Salomão, autor da Lei nº 4559/
2002, que define diretrizes
para uma política de prevenção
e atenção integral à saúde da pessoa portadora de diabetes no âmbito do SUS.
O lançamento do projeto e do site
www.unidospelacriancadiabetica.com.br ,
que tem um link no portal da SBO
www.sboportal.org.br contou ainda com
a presença de vários atletas, que apoiam a
iniciativa. No total, 20 personalidades e
atletas esportivos cederam o direito de imagem para divulgar o projeto, além de 12
artistas, entre compositores, cantores e
atores.
Segundo a presidente da Uaderj, outras personalidades já se comprometeram a divulgar com seu
apoio a iniciativa.A cantora Paula
Toller, que está em turnê com
seu antigo grupo Kid Abelha,
vai divulgá-lo durante as apresentações.
O Projeto Oftalmologista
Amigo do Jovem com Diabetes- Para Que A Luz Não Se
Apague- organiza o trabalho voluntário de médicos
oftalmologistas, membros
da SBO, no atendimento
de crianças, adolescentes e
adultos jovens de baixa
renda, portadores de Diabetes Mellitus, proporcionando acompanhamento clínico oftalmológico gratuito até
completarem 30 anos
de idade no próprio local de atendimento do
profissional.
-Toda a estrutura
do projeto está montada no fato de que o
diabetes tipo1, que geralmente tem início na infância e adolescência, causa algum
grau de retinopatia diabética em mais de
90% dos pacientes após 20 anos de doença, explicou Solange Travassos.
Ao saudar o lançamento do projeto,
Aderbal Alves Jr. ressaltou que a iniciativa vai ao encontro do estatuto da
SBO, o qual prioriza campanhas
preventivas de prevenção da cegueira.
Mário Motta ressaltou os riscos da
retinopatia diabética
quando não diagnosticada a tempo e cobrou a presença mais
positiva da rede pública de saúde para atender
à demanda de exames de
fundo de olho.
A cantora Paula Toller
na capa do folheto
explicativo do Projeto
Oftalmologista Amigo do
Jovem com Diabetes
5
Janeiro - Fevereiro - Março - Abril - 2011
VI Congresso Nacional está de cara nova
Às vésperas dos 90 anos, SBO inova no visual de seus eventos nacionais e internacionais
Quem está acostumado a identificar os congressos da Sociedade Brasileira
de Oftalmologia pela
logomarca que trazia uma
imagem do Pão de Açúcar, um dos símbolos que
imediatamente remetem
ao Rio de Janeiro/Brasil,
vai se surpreender com o
novo visual do VI Congresso Nacional.
A partir deste ano, dentro da política
de fortalecimento da marca SBO, os congressos trarão sempre a logomarca oficial
da Sociedade e um selo alusivo ao evento
em pauta, com um carimbo que lembra o
dos correios. O selo foi desenvolvido pelo
designer gráfico Ronan Pereira a pedido
da diretoria do biênio 2011-2012.
-A ideia surgiu no momento em que
se discutia a necessidade de criar um sím-
bolo ou um elemento que
sintetizasse a importância da SBO na realização
desses eventos e que não
criasse nenhum conflito
com a logomarca da Sociedade quando de suas
aplicações, explica Ronan.
-Por isso, acrescenta,
concluiu-se que o melhor
caminho seria o de representar graficamente um selo, pois o mesmo está sempre
revestido de um conceito que remete à qualidade; um selo configura também um
mecanismo de autenticação. Graficamente, ele nos remete também ao local em
que os eventos se realizarão (expresso pelo
grafismo do calçadão da praia de
Copacabana), considerando, é claro, as particularidades e características de cada congresso.
No programa científico, a tradição de um evento
plural, Fórum dos Residentes e SBO Jovem
Quase 400 palestrantes já confirmaram
presença no VI Congresso Nacional da Sociedade Brasileira de Oftalmologia, de 14 a 16
de julho próximo, no Hotel InterContinental
Rio, tendo como tema oficial Diabetes.O programa, como já é tradição, abordará praticamente todas as áreas da oftalmologia Está confirmado também o Fórum dos Residentes e o
Fórum SBO Jovem, além de cursos da SBAO.
Desde o XVI Congresso Internacional, no ano
passado, a SBO tem procurado escolher temas
oficiais com o objetivo de promover a discussão e atualização entre os colegas e, ao mesmo
tempo, conscientizar a população. No ano passado, o tema foi “O Olho Míope”.
-Este ano com o tema “Diabetes” queremos mais uma vez propiciar uma ampla discussão de uma doença que tem profunda
repercussão na visão, agregando os especialistas a iniciativas como o Projeto Oftalmologista Amigo do Jovem com Diabetes, que
a SBO está apoiando, explica o presidente
Aderbal Alves Jr.,membro da comissão
organizadora, integrada também por André
Portes, Arlindo Portes, Eduardo Morizot,
Gilberto dos Passos, Marco Antonio Alves,
Mário Motta, Miguel Padilha, Ricardo
Japiassú e Sérgio Fernandes.
Além do Simpósio de Diabetes, que ocorrerá na parte da manhã e da tarde no segundo
dia do evento, o VI Congresso Nacional apre-
sentará temas das áreas de baixa visão, catarata, ciências básicas, cirurgia refrativa, córnea,
doenças externas, estrabismo, exames complementares, farmacologia ocular, glaucoma,
lentes de contato, medicina básica, neurooftalmologia, oculoplástica, oftalmologia estética, oftalmopediatria, olho seco,órbita, refração, retina e vítreo, urgências clínicas, trauma, uveítes e vias lacrimais. Haverá ainda
um painel sobre aspectos médicos legais.
Aderbal Alves Jr. destaca ainda a realização das sessões Dia-a Dia do Consultório e
Dia a Dia do Centro Cirúrgico, uma iniciativa do ex-presidente Sérgio Fernandes, que
começou nos simpósios da Câmara Técnica
de Oftalmologia do Conselho Regional de
Medicina do Rio de Janeiro e já está definitivamente incorporada à da grade científica
dos congressos da SBO, tal o sucesso.
-A fórmula é simples, mas requer pleno
domínio do auditório, pois os coordenadores devem ser rigorosos no controle do tempo
para apresentação e discussão de cada pergunta, a qual versa sobre questões de diversas especialidades. Esses simpósios também
exigem locais onde os participantes se sintam à vontade para participar das discussões
e apresentar suas dúvidas. A SBO vem aperfeiçoando a cada congresso esses simpósios,
que certamente serão novamente um dos pontos altos no VI Congresso Nacional.
Em 2012 SBO comemora 90 anos
durante XVII Congresso Internacional
Em comemoração aos 90 anos da SBO
em 2012, o XVII Congresso Internacional, que será realizado de 28 a 30 de junho do próximo ano, no Hotel
InterContinental Rio, também trará um
selo próprio, dentro da concepção do VI
Congresso Nacional.
Segundo o designer Ronan Pereira,
a opção de trabalhar para os dois eventos a mesma solução gráfica foi intencional. O objetivo é construir uma identidade, um timbre, uma assinatura única nestes eventos.
Para os 90 anos da Sociedade, fundada
em 6 de setembro de 1922, estão previstas várias atividades e o XVII Congresso
Internacional será o ponto alto das comemorações, garante o presidente Aderbal
Alves Jr.: “Vamos brindar os congressistas, os palestrantes nacionais e internacionais, queremos deixar o evento na história da oftalmologia”
Entrega do 39º Prêmio Varilux será
dia 14/7 no Hotel InterContinental
Como já é tradição, no
primeiro dia do VI Congresso Nacional, na Sessão
Solene de Abertura, serão
entregues as premiações
dos vencedores do 39º Prêmio Varilux, referente aos
trabalhos submetidos até
31 de dezembro de 2010.
Na Categoria Incentivo à Pesquisa: Refração, o
vencedor foi Renato Ambrósio Jr. (RJ)
com o trabalho “Hipermetropia após
ceratomia radial: Flutuação da refração e da acuidade visual entre manhã e
tarde e correlações com pressão ocular
e o estado biomecânico da córnea”.
Na Categoria Master, o ganhador
também foi Renato
Ambrósio Jr. com “Implante de segmentos de
anel estromal em ceratocone: Resultados e correlações com biomecânica
corneana pré-operatória”.
Na Categoria Sênior,
Simone Milani Brandão
(São Carlos-SP) ganhou
com o trabalho “Análise
da biocompatibilidade de cones de
biovidro e biovitrocerâmico em cavidade evisceral de coelho”.
A comissão julgadora foi constituída pelos professores Migue Hage
Amaro (PA), Eduardo Ferrari Marback
(BA) e Eduardo Cunha de Souza (SP).
Novamente Renato Ambrósio Jr.
ganha Prêmio Incentivo à Pesquisa
Pelo segundo ano consecutivo, Renato Ambrósio Jr., coordenador do curso
de cirurgia refrativa da pós-graduação
lato sensu da SBO, da qual também é
diretor de biblioteca, ganhou o Prêmio Varilux na Categoria Incentivo à
Pesquisa: Refração. Não contente em
ganhar esta premiação, Renato
Ambrósio Jr.,que ainda no 39º Prêmio
Varilux foi premiado na Categoria
Master, em abril passado foi um dos
vencedores do Festival de Vídeos do
congresso da ASCRS, em San Diego.
Renato Ambrósio Jr. também foi
premiado no Festival de Vídeos da ASCRS
em 2002, quando foi o grande campeão.
No mesmo ano, recebeu o Fellowship
Travel Award no International Congress
of Eye Research (ICER 2002), em Genebra, e o Best Show Award no Congresso
da Academia Americana de Oftalmologia, em Orlando.
Renato Ambrósio Jr., coordenador do
curso de cirurgia refrativa da pósgraduação lato sensu da SBO
Criador dos selos da SBO é designer
e professor de educação artística
O criador dos selos da SBO é Ronan
Pereira, profissional de criação, com
sólida experiência em desenvolvimento gráfico para campanhas publicitárias, desenvolvimento de identidade
visual para empresas, produtos e pessoas, desenvolvimento de projetos gráficos editoriais etc.
Ronan Pereira é graduado em Comunicação Visual, pós- graduado em
Arte Educação, tem licenciatura plena
em Educação Artística. Na área da ilustração, concomitante ao campo da publicidade, criou e desenvolveu vários
personagens com cunho educacional.
Ronan
Pereira,o
criador
dos selos
para os
congressos
da SBO
JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia
6
Como navegar com segurança na internet
Jacqueline Coblentz*
A internet surgiu como grande aliada, poupando deslocamentos e permitindo comunicação em tempo real com qualquer parte do mundo. Entretanto, é preciso cuidado para não cair em armadilhas,
pois há hackers à espreita aguardando algum deslize para agir.
Algumas dicas de simples execução podem tornar o uso da internet bastante seguro:
1. Ao acessar qualquer site que exija
que você forneça um nome de usuário e
uma senha, sempre encerre a sessão
clicando em um botão/link de nome logout
ou sair.
2. Crie senhas difíceis de serem descobertas, evitando usar data de nascimento ou nomes de parentes. O ideal são senhas compostas de letras e números.
3. Mude a sua senha periodicamente,
de preferência a cada três meses.
4. Manter os navegadores de internet
atualizados garante o uso de recursos de
segurança que combatem perigos mais recentes, como sites falsos que se passam
por páginas de banco, por exemplo.
5. Cuidado com downloads, principalmente de sites desconhecidos ou de arquivos com alguma característica estranha, como, por exemplo, arquivo.jpy.
6. Atenção com os sites de troca de
mensagens instantâneas, pois é comum encontrar vírus que exploram estes serviços.
7. Cuidado com e-mails falsos, como,
por exemplo, uma mensagem dizendo que
você tem uma dívida com uma empresa
de telefonia ou afirmando que um de seus
documentos está ilegal, ou ainda solicitando atualização de seus dados cadastrais
em determinado banco. Na dúvida, entre
em contato com a empresa cujo nome aparece no e-mail.
8. Evite sites de conteúdo duvidoso,
que contenham em suas páginas roteiros
capazes de explorar falhas do navegador
de internet.
9. Tome cuidado ao receber mensagens
que solicitam abrir arquivos anexos (supostas fotos, por exemplo), principalmente se o e-mail veio de alguém desconhecido. Para aumentar sua segurança, você
pode checar o arquivo anexado com um
antivírus, mesmo quando estiver esperando recebê-lo de alguém.
10. Mantenha o antivírus sempre atualizado, para garantir que o computador
não fique desprotegido de novos vírus.
11. Cuidado ao fazer compras pela
internet. Esta é uma grande comodidade,
mas só o faça em sites de venda reconhecidos. Do contrário, o cartão de crédito pode
ser clonado ou você ainda correr o risco de
pagar e não receber a mercadoria.
12. Não responda a ameaças ou intimidações e, principalmente, não preencha seu cadastro em qualquer site, a menos que seja estritamente necessário.
Enfim, estas são algumas medidas que podem ser tomadas para que não
haja surpresas desagradáveis ao usar a
internet. Se proteger no “mundo virtual”
pode ser um pouco trabalhoso, mas é importante para evitar transtornos maiores.
E o principal: o seu antivírus está atualizado?
*Membro da Comissão de
Internet da SBO
Atenção para exigência
de registros indevidos
a clínicas e consultórios
A Justiça Federal indeferiu, através de sentença do juiz Alfredo França Neto, da 30ª Vara Federal, liminar
impetrada pelo Conselho Regional de
Enfermagem do Estado do Rio de Janeiro (Coren) cobrando o registro da
Policlínica de Botafogo no referido órgão.
Na sentença, o juiz Alfredo França
Neto informa que empresas de atendimento hospitalar, exceto pronto-socorro e unidades para atendimento de
urgências, não estão obrigadas a manter registro no Coren, porquanto exercem atividades de enfermagem como
atividade-meio e não como atividadefim, a exemplo da Policlínica do Rio
de Janeiro.
Na sentença, o magistrado reitera
que nem todos os médicos necessitam
de auxílio de um enfermeiro e, “ mesmo que necessitarem, não tem, obrigatoriamente, que registrar o consultório/clínica em vários conselhos regionais, pois na verdade, a inscrição obrigatória junto aos mesmos se faz ao profissional, pessoa física, de nível superior, que desempenhe a referida atividade; quanto à empresa, basta a sua
filiação junto ao conselho da atividade
preponderante”.
9
Janeiro - Fevereiro - Março - Abril - 2011
Para Hoya, mercado brasileiro é “prioridade número um”
O recente desastre ecológico que afetou o Japão não impediu a visita do ceo
global da Hoya Corporation, Hisoshi
Suzuki, que passou três dias no Rio de
Janeiro no auge da crise para planejar
o futuro da empresa no Brasil e visitar
as obras de expansão do Hoya Lab Brasil.
Na ocasião, Hiroshi Suzuki afirmou
que agora o crescimento da Hoya se
direcionará para os países emergentes e,
entre eles, o mercado brasileiro é prioridade número um, segundo Lanes Hatum,
diretor de operações da Hoya Brasil, o
entrevistado deste JBO Pergunta.
Jornal Brasileiro de OftalmologiaHá quanto tempo a Hoya está no Brasil e quais são as perspectivas da empresa no país a curto, médio e longo
prazo?
Lanes Hatum - Há 20 anos a Hoya
está presente no Brasil, tendo como representante exclusivo a Optotal desde
aquela época. E em 2008 a Hoya adquiriu parte do capital da Optotal, sendo a
empresa agora uma joint venture nipobrasileira.É intenção da Hoya Japan, a
curto prazo, participar de forma mais
expressiva no mercado brasileiro, expandindo seus investimentos com o passar
do tempo.
JBO - Como a Hoya vê o mercado
brasileiro no contexto internacional?
LH-A vinda do presidente global da
Hoya ao Brasil, neste momento tão delicado e conturbado que o Japão está atravessando, mostra que o mercado brasileiro é a “prioridade número um” da Hoya
no cenário mundial, como expressou o próprio Sr. Suzuki.
JBO - Os recentes acontecimentos
no Japão, que vão afetar a economia
do país, irão se refletir no Brasil?
LH - No que se refere aos produtos
Hoya, em nada influenciarão sua atuação
no Brasil. A Hoya esta presente em sessenta países no mundo, sua cadeia de suprimentos é diversificada e não foi afetada
pelo desastre.
JBO - A Hoya está investindo maciçamente em propaganda, usando
iclusive figuras de projeção no Brasil. Até que ponto esse investimento terá segmentação na mídia especializada?
LH -A Hoya continuará investindo,
como sempre investiu, em mídia especializada, anunciando nos principais veículos de comunicação do segmento óptico,
assim como estando presente em todos os
eventos médicos no Brasil. Entretanto,
diante de sua expansão no Brasil, é natu-
ral que seu investimento em mídia seja
direcionado também para outros veículos
de comunicação.
JBO - Qual é a política da Hoya
em relação ao desenvolvimento sustentável?
LH - A Hoya possui uma grande preocupação com o destino de todos os resíduos decorrentes da fabricação de lentes,
que são reaproveitados na indústria, bem
como com a reutilização da água que é
utilizada na surfaçagem e corte de lentes.
Após um rigoroso processo de filtragem,
a água é reaproveitada em todo o seu processo de fabricação.
JBO- A Hoya tem alguma política
social, por exemplo, distribuição de
óculos para a população carente?
LH-Até o presente momento, temos
participado de ações sociais isoladamente, atendendo a solicitações pontuais feitas por alguns oftalmologistas.Temos
ações focadas também nos funcionários
e suas famílias, e na comunidade do bairro em que a fábrica se encontra, no Rio
de Janeiro.
JBO-Por favor, trace sua trajetória
na empresa.
LH-Em meus primeiros contatos
com a empresa, ainda estava nas fileiras
do Exército, no posto de sargento, ser-
vindo na Escola de Comando e Estado
Maior do Exército, na seção de
Psicotécnica Militar, devido à minha formação acadêmica. Mas, após o expediente, atuava na área de informática, que há
14 anos ainda assustava.
Dessa forma passei a prestar pequenos
serviços para a Optotal Lentes (naquela
época, apenas uma representante da Hoya
no Brasil).
Com o passar do tempo, recebi o convite para ser divulgador técnico dos produtos Hoya, especificamente para médicos, atividade pioneira na empresa até aquele momento, convite que aceitei imediatamente, deixando 15 anos de Exército
para trás.
Após muito trabalho e dedicação, recebendo muito apoio dos médicos oftalmologistas que eu visitava (tenho uma
enorme gratidão a todos oftalmologistas)
fui galgando sucessivas promoções na
empresa, e hoje ocupo o cargo diretor de
operações da Hoya no Brasil.
JBO-Além do trabalho na Hoya,
quais são seus interesses?
LH-Além de apreciar um bom vinho
(embora nada entenda sobre o assunto),
tenho uma grande paixão por corrida de
rua, participando de quase todos os circuitos aqui no Rio de Janeiro.
JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia
10
Os tempos mudaram, mas nada substitui o boca a boca
Em tempos de
marketing,
publicidade,etc.,
Celso Marra*
muitos esquecem
que nada substitui o boca a boca. Um paciente satisfeito é a melhor divulgação para o
médico. Saiba porquê no último artigo de
Celso Marra sobre administração prática de
consultórios, que o JBO publica abaixo.
Doutor, pensei que tivesse se aposentado
ou... morrido !
Aquele cliente conseguiu reencontrar-me
depois de alguns anos, e possívelmente não
tomara conhecimento da circular que remeti
informando o novo endereço. Suas tentativas foram dificultadas porque eu transferira
meu consultório para um hospital onde formáramos um grupo, com novo telefone, e o
telefone de casa estava em nome da minha
esposa, que naturalmente ele não conhecia.
Moral da história: não basta ser conhecido. Tem que estar acessível.
Rapidamente providenciei a divulgação
do meu “ nome de guerra” com os telefones
na lista classificada onde durante anos mantive figuração, e aí quem ressuscitou foram
meus antigos clientes.
Os profissionais estabelecidos de longa data
levam vantagem óbvia sobre o iniciante em
função da divulgação boca a boca feita pelos
clientes mais antigos, pois quanto maior a
massa-crítica (clientela adquirida) mais retornos e mais recomendações de novos clientes.
Existem basicamente dois tipos de demanda para o consultório oftalmológico: a
dirigida, e a espontânea. A dirigida é feita
pelos médicos oftalmologistas ou não ao colega para um parecer em função de alguma
subespecialidade que pratique. A espontânea é feita pelo livro do convênio (de certa
forma também é dirigida) e pela recomendação boca a boca.
Algumas iniciativas podem facilitar esta
captação da clientela espontânea: letreiros,
anúncios em listas telefônicas, divulgação
porta a porta na vizinhança, e até mesmo
anúncios classificados em jornais (mais caros
e menos produtivos).
Hoje as listas telefônicas perderam muito espaço para a internet, que é um ótimo
veiculo, mas lembre-se que uma grande parcela da população de idosos e de meia-idade
tem dificuldades com o computador e ainda
prefere a lista telefônica.
A divulgação porta a porta na vizinhança
também é eficaz. A distribuição de folhetos é
enganosa porque não se tem controle da distribuição (recolho em minha caixa de correio
folhetos de divulgação deixados em maços,
mostrando a má fé do entregador). A mala
direta dirigida aos moradores da vizinhança,
mais cara, é mais previsível, mas deve ser feita
com algum profissionalismo quanto à mensagem e ao design. As listas telefônicas classificadas, entre outros serviços, oferecem listagens
de diversas áreas para se fazer o endereçamento
com os nomes dos assinantes.
Caso você pratique alguma
subespecialidade não esqueça, além de avisar os oftalmologistas, de divulgar sua atividade entre os colegas de outras áreas, porque
os livros dos convênios nem sempre citam a
subespecialidade e você pode facilitar sua
localização mandando uma folhinha, um
porta canetas que mantenha visível seu nome
e endereço na recepção da clínica deles.
Nada substitui a recomendação boca a
boca. Cada paciente satisfeito vai recomendálo aos familiares, aos vizinhos, aos colegas de
empresa, em suma, além do próprio retorno
ele funcionará como fermento, levando seu
nome a todo seu círculo de relações.
Recordo-me do primeiro atendimento
particular no meu primeiro consultório. O
paciente viera encaminhado pelo porteiro e
trazia seu filho de 10 anos que usava um
óculos com +0,50 em cada olho. Como é
fácil deduzir, a criança era emétrope (?!).
Quando, após o exame, disse-lhe que o
menino “tinha melhorado”, sem outros comentários, e não precisaria mais dos óculos,
quase ajoelhou-se para me agradecer e disse:
doutor o senhor é um santo. Este garoto já
apanhou muito de mim e da mãe porque
sempre esquece os óculos em qualquer lugar,
resiste a usá-los. Que alívio!
O pai e a mãe présbitas foram os que vieram em seguida, depois os vizinhos e parentes e agora atendo os filhos daquele menino.
Os clientes podem ser muito fiéis.
Para que isto funcione é necessário estabe-
lecer uma relação de confiança, e amizade
mesmo. Quando o paciente percebe que você
tem um interesse genuíno nele, e não apenas
na sua carteira, ele retribui com sua confiança
e demonstra seu carinho falando bem de você.
Este é o maior investimento: a ótima relação
com o cliente, que dará frutos rapidamente.
Nos dias atuais as coisas mudaram. A escolha do profissional médico é feita pelo caderno do convênio, a fidelização do cliente
é um trabalho de equipe, e se inicia com o
atendimento telefônico, e todos devem estar
engajados neste processo, uma verdadeira
sedução. Se o cliente não gostar do seu consultório, ou da sua recepcionista pode ser em
vão todo seu esforço.
Imagine o cliente saindo do consultório
e sua recepcionista, de cabeça baixa, atendendo a um telefonema, não se digna nem a
olhá-lo e pelo menos acenar em despedida.
Este atendimento impessoal, típico das repartições públicas (escrevi ao CFM uma carta falando sobre o atendimento cartorial nos
consultórios devido à pesada burocracia que
escraviza a recepcionista poluindo sua relação com a clientela) impressiona mal e afasta
os clientes.
Não cabe aqui, pelo espaço, discutir detalhes da apresentação do consultório, mas se
o “aspecto humano” deste contato for
satisfatório, a fidelização do cliente estará
garantida.
*Ex-presidente da SBO,
membro da SBAO
JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia
12
Verticalização do atendimento,
novo perigo para os médicos
Colegas,
Como se não bastassem os diversos problemas que enfrentamos no nosso dia-a-dia,
eis que surge mais uma ameaça.
Trata-se da VERTICALIZAÇÃO DO
ATENDIMENTO.
Algumas operadoras de planos de saúde
estão comprando hospitais ou se associando
a estes, ou vice-versa.
Desta forma, conseguem oferecer aos seus
beneficiários toda a gama de atendimentos,
desde a consulta, passando pelos exames complementares, até a cirurgia em seus próprios
centros cirúrgicos.
Contratam médicos, como seus funcionários, para executar todas estas etapas. A continuar assim, brevemente, nós seremos
credenciados apenas para diagnosticar a doença e no nosso caso (oftalmologistas) receitar óculos.
Se for necessário um exame complementar ou cirurgia, o paciente deverá ser encaminhado ao hospital do seu plano de saúde.
Evidentemente, nem todos os pacientes
aceitarão esta situação, mas a maioria será
cooptada, já que as operadoras estão oferecendo vantagens e preços mais baixos para os que
se associarem a esta modalidade diabólica. Em
última análise, o que o paciente deseja é o
melhor atendimento pelo menor preço.
Sabemos que lidamos com um artigo intangível, a nossa consulta. O paciente consi-
dera caro pagar algo em torno de R$ 200,00
pelo nosso serviço, que requer anos de estudo, dedicação, treinamento e muita responsabilidade. No entanto, consideram normal
pagar mais de R$ 2.000,00 por um óculos,
com armação de grife e lentes com diversos
tratamentos. O óculos é um artigo tangível e
quem o adquire tem prazer em contar aos
seus amigos sobre o investimento realizado e
suas qualidades.
Quanto ao serviço médico, este não fez
mais que a sua obrigação, receitou corretamente.
Tem ocorrido também, com muita
frequência, que ao solicitar determinado exame o médico coloque como indicação ser o
paciente portador de diabetes, hipertensão
arterial, etc. De posse deste diagnóstico, funcionários treinados da operadora entram em
contato com o paciente, inicialmente, mostrando-se preocupados com a sua saúde, oferecendo tratamento e orientação nos centros
de atendimento da operadora.
Assim, o paciente passa a ser atendido e
tratado nestes centros por um médico contratado por salário vil, gerando um custo bem
menor para a operadora.
Para ser bem claro – O PACIENTE É
ROUBADO DE SEU MÉDICO ORIGINAL!
Nelson Louzada
Presidente da FeCOOESO
Como o paciente, o médico tem
direito de ser informado e consentir
Antonio Ferreira Couto Filho*
Ao médico deve ser assegurado o direito de
obter todas as informações necessárias para que possa
exercer suas atividades laborais e tal direito decorre
da igualdade da relação médico-paciente, pois se
um tem o conhecimento cientifico o outro tem o
autoconhecimento, incluindo seu histórico de vida.
A lei brasileira não destinou uma palavra
sequer que garanta ao médico o direito de ser
informado e consentir em tratar um doente, antes de iniciar o tratamento..
Nos séculos XVIII e XIX, seguindo a tradição de Hipócrates, entendia-se que o paciente
devia ser mantido no estado da mais absoluta ignorância acerca do seu estado de saúde e, mesmo,
serem criadas expectativas que não existiam, tal a
irrelevância que era atribuída aos direitos do paciente. Era correto entender que a confiança e a
obediência que o doente devia ao seu médico eram
características de uma postura ideal.1
Nos tempos atuais, movido pelo avanço necessário e eficaz dos direitos humanos, o enfoque
da visão hipocrática autoritária mudou de tal sorte
que os ventos protetivos e defensivos dos consumidores, no Brasil, fez com que todas as atenções
fossem voltadas para atender o doente/paciente e
nenhuma atenção fosse dada ao médico e aos
seus fornecedores de bens e serviços em saúde.
Entende se, em parte, os bons argumentos
dos que defendem os doentes/consumidores, pois
saúde no nosso país é um negócio e precisa ser
regrado, mas saúde também é um dever do Estado e médico também é pessoa humana.
Precisamos “avançar” para exigir, por lei, que
se crie o Código De Proteção e Defesa da pessoa
do médico?
A pergunta acima se mostra tão absurda quanto
a pregação de Hipócrates para se mentir ao paciente.
Porém, com clareza, mostra o quanto nos distanciamos da justiça e o que precisa ser elaborado na direção de eliminar a prevalência do rígido e desigual
Código do Consumidor na relação médico-paciente.
Há mais de 11 anos estamos escrevendo sobre a inadequação do Código de Consumidor na
relação médico-paciente e continuamos isolados,
mas a história nos dá esperança e certeza do necessário equilíbrio que essa troca humana precisa, na luta contra a doença e contra a morte.
Enquanto esse equilíbrio não é concebido, o
médico deve exigir suas informações e consentimentos de forma investigatória e prévia, pois,
negligente, pode estar um processo judicial.
A ideia de que o médico é um ser pleno de
sabedoria, quase mediúnico, de acesso difícil, pleno
de autoridade e de autoritarismo e guardião da cura,
já caiu por terra desde o advento da web. Basta
anotar o nome da patologia ou mesmo o nome do
medicamento e o seu computador, em casa, na rua,
ou no trabalho, em segundos, lhe dará todos as
informações que desejar sobre o assunto.
Em estreita síntese, sobram apenas as pessoas humanas, finitas, imperfeitas, iguais, e que
nascem para viver em sociedade e lutarem pela
igualdade. Pelo que a luta contra a doença e a
morte é muito bem- vinda e com toda dignidade
que as pessoas merecem.
1
Pág.227. Coimbra Ed. Voluma 3 – João Vaz Rodrigues
*Consultor jurídico da SBO, especialista
em Responsabilidade Médica e Hospitalar
13
Janeiro - Fevereiro - Março - Abril - 2011
Dia Nacional da Mulher
ainda é pouco conhecido
até entre as mulheres
Data homenageia mulheres pioneiras na defesa dos direitos
femininos que, em pouco mais de 100 anos, mudaram o Brasil
Fotos divulgação
o dia 8 de março, que este ano passou
praticamente despercebido porque
caiu na terça-feira gorda de carnaval,
foi comemorado o Dia Internacional da Mulher, adotado pela ONU para lembrar as conquistas sociais e políticas e econômicas das
mulheres. Poucas sabem, entretanto, que no
Brasil existe também o Dia Nacional da Mulher (30 de abril), criado pela Lei 6.971/80,
em homenagem à data de nascimento de
Jerônima Mesquita.
Nascida em 1880, em Leopoldina, Minas Gerais, filha e sobrinha de barões,
Jerônima casou-se aos 17 anos por imposição
da família, com um primo, do qual se separou dois anos depois. Teve apenas um filho e
após a separação concluiu seus estudos na
Europa. Ao retornar ao Brasil, não se conformando com a situação da mulher na sociedade brasileira, lutou pela emancipação feminina, defendendo o direito ao voto.
Jerônima Monteiro participou da fundação da Pró-Mater, instituição para gestantes carentes, da Associação Cruz Verde, que combateu a fome, a febre amarela e a varíola no início
do século XX. Juntamente com Bertha Lutz e
outras feministas criou o Conselho Nacional
de Mulheres do Brasil, em 1947. O Dia Nacional da Mulher foi uma iniciativa deste Con-
N
Rita Lobato, a primeira mulher diplomada em
Medicina no Brasil, em 1887, criticada por sua
monografia sobre parto por cesariana
Jerônima Monteiro, pioneira na luta pelo direito
ao voto feminino, uma das fundadoras da PróMatre, hospital para gestantes carentes
selho, na época em que era presidido por Romy
Medeiros da Fonseca, cujo arquivo sobre as lutas femininas hoje se encontra na Biblioteca do
Congresso dos Estados Unidos.
Histórias como a de Jerônima Mesquita,
que morreu no Rio de Janeiro em 1972, e de
Rita Lobato (1867-1960), a primeira médica
diplomada no Brasil (1887), que precisou re-
correr a um decreto do imperador D. Pedro II
para garantir sua diplomação, hoje são passado. Desde a segunda metade do século XX, a
situação feminina mudou. Com acesso a todas
as carreiras, verifica-se que na medicina a ascensão feminina é crescente. As mais recentes
estatísticas apontam para o aumento do número de mulheres. Conforme recente pesqui-
sa do Conselho Federal de Medicina, no período de 2000 a 2009, as mulheres passaram
de 35,5% para 39,9% do total de médicos no
país.Em certas especialidades, como
Cardiologia, Dermatologia, Endocrinologia,
Ginecologia e Pediatria, para cada homem existem quatro mulheres exercendo a profissão.
Dilma Rousseff, primeira mulher presidente do Brasil, cujo ministério conta com
oito mulheres, definiu que as comemorações
pelo Dia da Mulher devem se estender por
todo o ano de 2011. E a Sociedade Brasileira
de Oftalmologia, com o objetivo de valorizar a participação feminina na oftalmologia,
publica nesta edição e nas próximas do Jornal Brasileiro de Oftalmologia depoimentos
femininos sobre carreira, conciliação entre a
medicina e a maternidade, e expectativas para
o futuro.
Os primeiros depoimentos são de Liana
Ventura, casada com Marcelo Ventura, mãe de
Bruna, no 2º ano de especialização em Oftalmologia, Camila, no 1º ano de especialização,
e Marcelo Filho, vestibulando de Medicina;
Juliana Bohn Alves, casada com Aderbal Alves
Jr. e, dois filhos estudando Medicina; e
Dorothy Dantes Reis, um filho, Guilherme,
formado em Relações Internacionais, que agora
está fazendo vestibular para Medicina.
Convívio com tios médicos
e a influência do marido
Da Física para Medicina
e a Oftalmologia
A visão da retina
e todas suas nuances
asci em um lar que
valoriza muito a
família, os estudos e os
valores cristãos. Na infância convivia com os
tios médicos e aspirava
fazer parte deste “clube” seleto. Meus pais
não mediram esforços
para que este sonho se
tornasse realidade. No
5º ano de medicina conheci meu esposo que Liana Ventura (PE)
já era oftalmologista
estabelecido e bem conceituado.
Ele foi muito inteligente, me emprestou a coleção de Oftalmologia de “Duane” e me convidava para auxiliá-lo nas
cirurgias de oftalmologia. Apaixonei-me pela fisiologia do
glaucoma e pelo oftalmologista Marcelo Ventura. Com cinco
meses e meio de namoro nos casamos e após dois anos nasceu
nossa primogênita Bruna. Quando ela completou três meses
Marcelo ganhou uma bolsa de estudos para fazer um curso de
extensão (fellow) em catarata e retina em Porto Rico. Como
recém-casados não tínhamos condições financeiras para levar
Bruna e meus pais com muito amor cuidaram dela por quase
um ano. Neste período, fiz o Curso Básico de Oftalmologia e
um fellow em Oftalmologia Pediátrica e Estrabismo, também
em Porto Rico, o que me deu a condição de ser a primeira
oftalmologista pediátrica com curso formal do Brasil.
Em Porto Rico nasceu o sonho de criarmos o Hope (Hospital de Olhos de Pernambuco) e a Fundacao Altino Ventura.
Este sonho foi fortalecido ao estagiarmos no Hospital Bascom
Palmer em Miami, onde recebemos doação de coleção privada
de slides e filmes educativos em oftalmologia, do Dr. Edward
Norton então diretor desta instituição. Naquela ocasião,
Pernambuco apesar de possuir duas universidades com curso
de medicina, não oferecia curso regular em oftalmologia.
Em abril de 1986 fundamos o Hope, um marco na oftalmologia do norte-nordeste do país. Um verdadeiro divisor de
águas trazendo várias inovações, inclusive o exemplo de responsabilidade social, pois todos os colegas que nele trabalham
são estimulados a doar ate quatro horas por semana de ensino e/
ou assistência oftalmológica na fundação Altino Ventura.
aúcha de Novo
Hamburgo, antes
de estudar Medicina fiz
três anos de Física na
Universidade Federal
do Rio Grande do Sul,
quando meu interesse
por Biofísica me levou
a trocar de curso. Graduada em Medicina
pela Universidade
Caxias do Sul (RS), em
1984.
Juliana Bohn Alves (RJ)
Logo a seguir vim
para o Rio de Janeiro, onde fiz Residência Médica em Oftalmologia no Hospital Miguel Couto (1986/1987), pós-graduação em Oftalmologia pela SBO, em 1986, e fellow em
Visão Subnormal no Instituto Benjamin Constant.
A mulher, cada vez mais, assume posição de igualdade
em relação aos homens não só na medicina como em várias
outras carreiras. Não vejo isto como uma competição para
saber “quem é o melhor”, mas sim um somatório, onde trabalhamos lado a lado, cada um contribuindo à sua maneira.
Sem dúvida, para nós que temos que conciliar profissão,
família, filhos e casa, vale a máxima de que só as mulheres
conseguem ter várias atividades ao mesmo tempo... Talvez
esta seja a grande diferença em relação aos homens.
Casada com Aderbal Alves Jr., desde 1987, que conheci
durante o curso de pós-graduação da SBO, com dois filhos
(Marcela, 22 anos, e João Vitor, 19, também estudantes de
medicina), sogro e dois cunhados oftalmologistas, dividir a
mesma profissão com família e marido, o que muitos acreditam ser cansativo, na verdade é um grande privilégio quando há admiração, respeito e amizade.
Durante alguns anos desenvolvi trabalho voluntário com
crianças de baixa visão no Hospital Federal dos Servidores do
Estado-RJ e espero poder, brevemente, retomar estas atividades, pois posso afirmar que trabalhar neste ambiente foi muito
inspirador e gratificante.
Atualmente, na comissão de projetos sociais da SBO espero poder contar com a participação e sugestões de todos
que almejam uma oftalmologia mais alinhada com a nossa
população cada vez mais carente de atenção à saúde.
asci em Belo Ho
rizonte em 2 de setembro de 1952 e me
formei em Medicina
pela Universidade Federal de Minas Gerais
em 1976. Em 1979
iniciei minha Residência Médica em Oftalmologia na Clínica de
Olhos da Santa Casa de
Misericórdia de Belo
Horizonte. Meu desejo Dorothy Dantes dos Reis (MG)
era encontrar na especialidade uma “zona de conforto”, uma região onde a gente
se sinta feliz, onde eu pudesse vivenciar minha aptidão para
o raciocínio clínico, que já me levara a fazer especialização
em Clínica Médica.
Quando me deparei com a visão da retina e todas as suas
nuances tive a certeza de que tinha encontrado o meu lugar.
O último ano de residência e o fellow foram em grande parte
dedicados a documentar através de imagens, não só as patologias oculares, como aquelas relacionadas às doenças sistêmicas.
A angiofluoresceinografia passou a fazer parte da minha vida
desde então.
Desde aquela época tenho a certeza de que a oftalmologia
ainda não ocupou o espaço que merece dentro do contexto
geral da medicina. As outras especialidades não têm noção
da riqueza de informações que o olho pode nos trazer. Esta é
uma das minhas lutas. Mudar este conceito.
Sempre trabalhei na área de retina clínica com diagnóstico e
tratamento. Atualmente participo de um Serviço de Oftalmologia que ajudei a criar, o Instituto de Olhos do Hospital Universitário São José, ligado à Faculdade de Ciências Médicas e à
Feluma (Fundação Lucas Machado). Acredito que o ensino seja
uma forma de perpetuar ideias e tentar mudar um pouco certos
conceitos que andam por aí tão disseminados. Gosto muito de
clinicar, mas não fico longe da área de ensino. Mesmo na minha
clínica particular sempre tenho alunos que me acompanham.
Filhos, só tive um. Não poderia desejar mais. Ele é uma
pessoa maravilhosa. Nunca considerei a maternidade um
empecilho para exercer a profissão. Acho que são paixões
conciliáveis.
.
N
G
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JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia
14
Construindo uma clínica no centro-oeste brasileiro
A experiência pioneira e desbravadora de uma oftalmologista em Campo Grande, Mato Grosso do Sul
Apesar de ter feito residência no Rio de Janeiro, depois de se formar em
1976 pela Universidade Estadual de Mato Grosso, Lizabel Gemperli, ao contrário de muitos colegas, não se deixou seduzir pelos encantos da Cidade
Maravilhosa e optou por exercer a oftalmologia em sua cidade natal.
Diretora do Instituto de Saúde Ocular do Mato Grosso do Sul, em Campo
Grande, Lizabel Gemperli certamente é uma das primeiras oftalmologistas a
ter clínica própria no interior do Brasil.
Entrevistada desta Seção Brasil, ela fala um pouco de sua experiência e das
dificuldades que enfrentou, das quais sua filha, Daniela, também oftalmologista, está poupada, apesar das inevitáveis cobranças.
JBO-Quais são
seus interesses principais em oftalmologia e qual foi sua
trajetória?
Lizabel Gemperli-Fiz minha residência no Rio de Janeiro, Hospital da Piedade (Gama Filho),
Lizabel Gemperli*
e tive a felicidade de
ter sido aluna de um dos maiores nomes da
oftalmologia: Dr. Luiz Eurico Ferreira. Ele
foi um mestre excepcional e ensinou muito
além de oftalmologia. Retornei para Campo
Grande, minha terra natal, bem treinada clínica e cirurgicamente como um todo, sem
um foco específico: operava estrabismo,
glaucoma, fazia panfotocoagulação, tudo
que precisasse ser feito! Esse é um ponto para
o qual devemos estar atentos: acima de qualquer subespecialidade, precisamos ser um
bom oftalmologista geral.
Com o tempo, veio a necessidade de
direcionar o campo de atuação, visto que a
rápida evolução da oftalmologia não nos
permite ser “expert” em todas as áreas. Escolhi a cirurgia de catarata e a refrativa como
meus carros-chefe. Nessa época, já não podia
mais contar com o professor Luiz Eurico! Mas
tive dois outros grandes mestres: Dr. Homero
Gusmão de Almeida, que me instruiu na transição da intra para extracapsular, e Dr. Leonardo Akaishi, que foi fundamental no
aprendizado da facoemulsificação. Além disso, passei vários fins de semana operando
olhos de porco para me habituar ao uso do
microcerátomo e do excimer laser – tudo para
me manter atuante e competitiva no mercado.
JBO- Qual a diferença entre o início
de sua carreira e o de sua filha oftalmologista no centro-oeste do Brasil?
LG-Há uma enorme diferença! Eu fui a
primeira médica na minha família e não pude
contar com os sábios conselhos de quem já
trilhou o caminho. Montei uma clínica e fui
crescendo aos poucos, aprendendo com meus
próprios erros e acertos, sobretudo na área administrativa. Já a minha filha Daniela foi orientada por mim desde o começo da sua formação e iniciou sua vida profissional em uma
clínica plenamente estruturada. Além disso, é
evidente que a clientela conquistada por mim
em longos anos de trabalho, naturalmente
transfere essa credibilidade para ela, pois, como
diz o ditado, filha de peixe, peixinho é. Por
outro lado, filhos de oftalmologistas enfrentam o desafio das cobranças e comparações e
podem sofrer para corresponder às expectativas tanto dos pais quanto dos pacientes – é
uma prova constante!
JBO-O que a levou a construir uma
clínica com centro cirúrgico em Campo
Grande? Vantagens, desvantagens e comentários dos pacientes quanto à cirurgia ambulatorial realizada na clinica, em
relação à realizada em hospital?
LG- Quando decidi contruir um centro
cirúrgico próprio, levei em consideração uma
série de fatores. Primeiro, a preocupação com
o risco de infecções, que é muito maior quan-
do se opera em locais onde acontecem cirurgias contaminadas e de outros órgãos. Além
disso, nos hospitais, nem sempre há disponibilidade de salas, temos que lidar com auxiliares sem treinamento específico e ainda
perde-se tempo com a locomoção até lá!
Mantendo um centro cirúrgico dentro
da própria clínica, podemos estar no comando e controlar o padrão de qualidade. É possível agilizar o atendimento e aumentar o
número de cirurgias, usando tecnologia e
insumos de nossa preferência. A repercussão
entre os paciente é muito positiva, pois eles
se sentem seguros e valorizados.
JBO-O que a senhora pensa sobre a
prática solo e a em grupo na oftalmologia?
LG-Acredito que trabalhar sozinho é
impraticável nos dias atuais. Eu comecei sozinha, mas sempre tive o sonho de montar
uma grande equipe. Como eu disse anteriormente, não há como fazer tudo e bem na oftalmologia. É preciso dar um atendimento
completo ao paciente que nos procura na clínica; portanto, é míster que ali se encontrem
oftalmologistas especializados em todas as
principais áreas.
JBO- Como é sua rotina na sua clínica? Como seria um dia de trabalho perfeito?
LG-Atualmente opero nas quartas e quintas-feiras e atendo consultas nos demais períodos, reservando duas manhãs para tarefas
exclusivamente administrativas. Sobre o dia
perfeito… Seria aquele em que eu conseguisse atender todos os pacientes sem atraso e a
maioria estivesse interessada em cirurgia
refrativa e/ou catarata com LIOs Premium!
Ou tão somente um dia cirúrgico só de faco
com LIOs Premium.
JBO- Quais são seus interesses fora
da oftalmologia?
LG-Meus interesses fora da oftalmologia
são amplos e ecléticos: vão desde cuidados
com minha espiritualidade, passando por
livros e bons filmes, até viagens, ginástica
com pilates, orquídeas e cachorros.
JBO- Na sua opinião, quando o oftalmologista deveria se aposentar?
LG-Acredito que não exista uma idade
limite para aposentadoria; enquanto estivermos com pique de trabalho e vontade de continuar aprendendo, podemos e devemos continuar trabalhando, porque o trabalho é uma
benção! Entretanto, é preciso estar atento e
ter autocrítica de saber a hora de parar de
operar, pois a cirurgia oftalmológica exige
mãos extremamente firmes.
JBO-Quais são seus planos para o futuro?
LG-Meus planos incluem manter minha
clínica funcionando da maneira como é hoje,
com a mesma credibilidade, para que eu e os
outros seis médicos que comigo trabalham
possamos dar continuidade à instituição,
melhorando a cada dia. Também almejo reservar mais tempo para conviver com os amigos e viajar.
*Membro da Comissão de Relações
Institucionais da SBO, diretora do
Instituto de Saúde Ocular
do Mato Grosso do Sul
Riscos alimentares
nos dias de hoje
Diagnóstico precoce
do glaucoma
Para lembrar
com saudade
A saga do Haiti
desde o século XIX
A obesidade é
hoje uma epidemia
e, segundo a OMS,
um dos 10 principais fatores de risco para a saúde
mundial e um dos
cinco mais importantes nos países
em desenvolvimento. Pat Thomas,
editora da revista The Ecologist, autora
de diversos livros sobre saúde ambiental,
aborda em “O Século 21 Está Deixando
você Gorda”, da Editora Larousse do Brasil, a influência corruptora da indústria
da dieta, os malefícios de certos tipos de
exercícios físicos, os remédios que engordam, alergias, importância do sono, alimentos contaminados e ainda aponta o
cardápio ideal.
Remo Susanna
Jr.
e
Felipe
Andrade Medeiros
são os autores de
“Nervo Óptico no
Glaucoma”, da
Cultura Médica,
reimpresso em boa
hora no ano passado. As alterações
do disco óptico e
da camada de fibras nervosas da retina são os principais
assuntos tratados na obra. Como Remo
Susanna Jr. destaca no prefácio, o diagnóstico precoce do glaucoma depende, fundamentalmente, da habilidade de reconhecer as alterações características que a doença produz no nervo óptico e nas camadas de fibras nervosas. O livro apresenta
diversos casos clínicos com a discussão dos
mesmos.
Publicado
pela Tecnol, indústria de armações e óculos de
sol do Brasil,
“História da
Óptica no Brasil”, de José Moraes dos Santos
Neto, historiador
pela Unicamp,
docente da Pontifícia Universidade Católica de Campinas, com texto em
português e inglês, narra o desenvolvimento da óptica desde a Antiguidade, antes de
abordar os óculos no Brasil. O aparecimento das primeiras ópticas no país e as mudanças ocorridas depois da Segunda Guerra Mundial também são destacados. Fartamente ilustrado, o livro resgata os principais anúncios de ópticas brasileiras, como
os das já extintas Casa Masson, Lutz Ferrando e Ótica Fluminense.
“O reino deste
mundo”, do escritor cubano Alejo
Carpentier, considerado um dos
maiores autores latino-americanos,
relançado pela
Martins Fontes,
em nova tradução,
a cargo de Marcelo
Tápia, é uma oportunidade de conhecer um pouco da história do primeiro governo negro e a primeira monarquia das Américas. O romance recria os acontecimentos que levaram à
independência do Haiti, em 1803, sob a
influência dos ideais da Revolução Francesa de 1798. Muito do Haiti de hoje,
vivendo ainda sob os efeitos do terremoto
que devastou o país, já pode ser antevisto
nesse livro de 1949.
15
Janeiro - Fevereiro - Março - Abril - 2011
Liliana Werner: uma história de sucesso não planejado
Autoridade mundial em lentes intraoculares, começou buscando especialização em retina
Liliana Werner, brasileira de Manhuaçu, Minas Gerais, formada pela UFMG,
é hoje uma referência internacional, trabalhando no mais destacado laboratório de
pesquisas de lentes intraoculares do mundo, o John A. Moran Eye Center,
University of Utah, em Salt Lake City. Apesar de suas inúmeras atividades,
Liliana Werner respondeu prontamente ao International Corner.
JBO- Favor traçar
sua trajetória na oftalmologia. O que a
levou a trabalhar/
morar no exterior?
Liliana WernerMeu interesse pela oftalmologia começou
nos últimos anos da
Liliana Werner*
Faculdade de Medicina na UFMG, quando passei pelo Hospital
São Geraldo, do qual guardo boas lembranças. Quando estava terminando a residência
no Hospital Felício Rocho tive grande interesse em fazer uma subespecialidade no exterior não só pelo enriquecimento profissional, mas também pela experiência de vida
em geral que isto poderia representar.
Nesta época, meu irmão mais velho,
Heron Jr., já estava fazendo uma especialidade em Medicina Fetal em Paris, e eu já estudava francês na Alianca Francesa há pelo
menos 5 anos. Através do Dr. Odair Guimarães, que tinha contatos na França, fui para
Paris inicialmente com o intuito de passar 1
ou 2 anos e me especializar em retina. Uma
vez em Paris, um dos professores do HôtelDieu, Jean-Marc Legeais, me falou que ele
tinha um projeto muito interessante, inclusive com suporte financeiro, que se encaixaria muito bem em um programa de PhD de
Biomateriais, e se eu tivesse interesse, ele seria então meu diretor de tese. Decidi participar deste programa, ligado à “Université
René Descartes”, vendo nele uma grande
oportunidade de enriquecer o meu currículo. Nesta época, minha irmã, Karina, estava
em Paris cursando arquitetura, e meu outro
irmão, Leonardo, também oftalmologista,
estava também fazendo estágio no HôtelDieu. Meus pais passavam longas temporadas em Paris e assim estávamos em família.
Tenho que ressaltar que todos nós tivemos
excelentes oportunidades naquela cidade, e
somos muito gratos à França por elas.
Meu projeto de PhD, que durou 4 anos,
era sobre modificações de superfície de materiais utilizados para a fabricação de lentes
intraoculares para a cirurgia de catarata. Fiquei fascinada pelo fato de que estas lentes
provavelmente representam os implantes artificiais mais utilizados em medicina, e que
podem ficar no meio intraocular por várias
décadas com biocompatibilidade apropriada. No último ano do programa, meu diretor de tese sugeriu que eu ficasse nos Estados
Unidos pelo menos um ano, trabalhando no
laboratório do Dr. David Apple, considerado o líder nesta área de pesquisa. Assim, defendi minha tese e fui para Charleston, na
Carolina do Sul, onde comecei a trabalhar
no laboratório do Dr. Apple e tive grandes
oportunidades. Seis meses após o início do
meu “fellowship”, ele foi diagnosticado com
câncer. Como ele ficou afastado por vários
períodos devido ao seu tratamento, fui acumulando mais e mais responsabilidades, e
um ano mais tarde, minha posição já era de
“Visiting Assistant Professor” na “Medical
University of South Carolina” (promovida a
“Assistant Professor” quando recebi o meu
“green card”).
O laboratório foi transferido para o John
A. Moran Eye Center, University of Utah em
Salt Lake City, dirigido pelo Dr. Randall
Olson. Fui promovida a “Associate Professor” e, com a aposentadoria do Dr. Apple,
atualmente dirijo o laboratório juntamente
com o Dr. Nick Mamalis. De 2006 a 2008
eu morava em Salt Lake e em Berlim, na Alemanha por períodos de 3 meses. Em Berlim
trabalhei com o Dr. Manfred Tetz, ajudando-o a desenvolver o “Berlin Eye Research
Institute”, ao qual sou ainda associada. O que
eu acho particularmente interessante na minha trajetória é que nada foi realmente planejado, apenas fui aproveitando todas as oportunidades que foram aparecendo ao longo
do caminho.
JBO- A senhora já trabalhou na Europa e atualmente está radicada nos Estados Unidos. Em relação ao seu trabalho,
qual a diferença entre os dois?
LW-Tanto a Europa quanto os Estados
Unidos me proporcionaram oportunidades
profissionais extremamente enriquecedoras.
Com relação à área particular de desenvolvimento de lentes intraoculares, creio que a
maior diferença está ligada aos órgãos que
regulam ou aprovam o uso destas lentes. O
processo na Europa (“CE mark”) não é tão
estrito como o processo nos Estados Unidos
(“FDA”). Assim, o intervalo entre a fase de
avaliação pré-clínica de um implante
intraocular e a sua disponibilidade no mercado para uso clínico é bem mais curto na
Europa em comparação aos Estados Unidos.
Em geral, mais tempo, e custos mais elevados
estão associados ao processo de aprovação de
uma lente intraocular para disponibilidade
no mercado americano, assim, a variedade de
implantes disponíveis no mercado europeu
é bem maior.
JBO- Como é o seu trabalho no mais
destacado laboratório de pesquisas em
lentes intraoculares do mundo?
LW--A reputação do nosso laboratório
nos coloca em uma posição bastante interessante. Trabalhamos no desenvolvimento de
diferentes projetos em parceria com fabricantes de lentes do mundo inteiro, através de
estudos in vitro, estudos experimentais em
olhos de cadáver, modelos animais, etc. Assim, entramos em contato com protótipos de
lentes que só serão conhecidos pela comunidade oftalmológica em geral vários anos após
os nossos estudos. Uma outra linha de estudos interessante é possível devida a nossa
Nossa entrevistada, por sugestão de Fernando Trindade, do conselho editorial do JBO, coeditor do International Corner, respondeu as perguntas abaixo em português e, apesar de sua natural preocupação, pois já não escreve
muito na sua língua materna saiu-se muito bem, como os leitores podem
conferir abaixo.
parceria com bancos de olhos nos Estados
Unidos, o que nos permite receber olhos
pseudofácicos implantados com lentes diferentes. Quantas oportunidades temos em
medicina de analisar diretamente um órgão
inteiro, contendo um implante, e fazer isto
em um grande número de órgãos implantados em épocas diferentes? O número de informações que podemos obter a partir destes
estudos é inestimável. Pelo menos dois estudos sobre mais de 500 olhos analisados recentemente serão publicados em breve no
“Journal of Cataract and Refractive Surgery”.
Grande parte do nosso tempo é também dedicado a análises de lentes intraoculares que
foram explantadas por causa de problemas
diferentes. Este trabalho é um dos meus favoritos, já que recebemos lentes enviadas por
cirurgiões do mundo inteiro (ontem, dia
3/3/11, registrei a lente de número 6321!),
e assim temos a oportunidade de colaborar
com estes colegas (inclusive vários colegas
brasileiros), e muitas vezes até publicar artigos em colaboração.
Os professores do Moran Eye Center em
geral têm grande participação em sociedades
profissionais, tais como a “American Society
of Cataract and Refractive Surgery” (atualmente sou membro do comitê de educação
médica contínua, e juiza do festival de
vídeo), e a “American Academy of
Ophthalmology” (fui membro do comitê de
catarata de 2004 a 2009). O aspecto internacional do nosso trabalho tambem nos dá a
grande oportunidade de fazer apresentações
científicas em congressos internacionais no
mundo inteiro, interagindo com colegas estrangeiros e criando novas colaborações, o que
considero precioso. Meu trabalho já me levou para pelo menos 19 países nos últimos
anos. Finalmente, grande parte do nosso tempo é tambem dedicada à publicação de artigos relatando nossos achados, e também participando em comitês de edição de jornais
científicos, servindo como revisores, etc.
JBO- Quais são as características que
a lente intraocular considerada ideal deve
ter?
LW-Existem vários aspectos que podem
ser considerados quando definimos o que é
uma lente intraocular ideal, inclusive conceitos mais modernos como a propriedade de
ser inserida através de incisões muito pequenas, preservar o mecanismo de acomodação,
etc. No entanto, em termos anatômicos básicos e gerais, a lente intraocular ideal deve ser
fabricada a partir de um biomaterial com
apropriada biocompatibilidade uveal e
capsular, e em um desenho que seja apropriado para o seu sítio de implante. Por exemplo, uma lente que pode estar associada a
resultados excelentes quando implantada no
saco capsular, pode causar problemas sérios
quando implantada no sulco ciliar, se seu
desenho não for apropriado para esta localização. O biomaterial utilizado para a fabricação da lente também deve permanecer estável no meio intraocular a longo prazo, não
sofrendo processos de opacificação ou degradação.
JBO- Qual a sua opinião sobre a nova
geração de lentes intraoculares
acomodativas?
LW-Esta realmente é a nova fronteira em
lentes intraoculares, representando a maioria
dos projetos experimentais com os quais trabalhamos atualmente no nosso laboratório,
inclusive avaliando novos conceitos extremamente criativos. Já existem algumas lentes acomodativas no mercado com resultados
interessantes. Tenho mais experiência com a
lente Synchrony (fabricada pela Visiogen,
que provavelmente será aprovada pelo FDA
este ano), já que trabalhamos no desenvolvimento deste projeto desde 2001, sendo também membro do comitê científico da companhia. Ainda existem alguns aspectos do
fenômeno de acomodação do olho humano a
serem completamente elucidados, e creio que
isto levará ao desenvolvimento de lentes
acomodativas ainda mais eficazes. O desenvolvimento destas lentes também tem estimulado muito a pesquisa sobre prevenção
de qualquer forma de fibrose/opacificação
no saco capsular, o que também representa
uma área de grande interesse para o nosso
trabalho.
JBO- Com qual frequência e o que
gosta de fazer quando vem ao Brasil?
LW-Tenho tido a oportunidade de ser
convidada para participar em diferentes congressos de oftalmologia no Brasil nos últimos anos, o que aprecio imensamente. Além
disso, em geral vou ao Brasil pelo menos uma
vez por ano para visitar minha família, inclusive meus avós maternos e avó paterna,
que já estão com mais de 90 anos, mas ainda
gozam de uma saúde relativamente boa. O
que mais gosto de fazer no Brasil é relaxar na
praia com a minha família, geralmente em
Guarapari no Espírito Santo, aonde sempre
nos encontramos com amigos de vários anos.
Também sempre gosto de passar algum tempo na nossa bonita região de montanhas e
cafezais (minha cidade é Manhuaçu, perto
da serra do Caparaó), visitar Belo Horizonte
onde morei por vários anos, e passear pelas
cidades históricas, como Ouro Preto, etc.
*Professora associada do John A.
Moran Eye Center, University of Utah,
em Salt Lake City, dirige, juntamente
com o Dr. Nick Mamalis, o laborarório
de pesquisas de lentes intraoculares da
instituição.Membro do comitê de
educação médica contínua e membro
do júri do festival de vídeo da
American Society of Cataract and
Refractive Surgery
16
JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia
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Janeiro - Fevereiro - Março - Abril - 2011
Fotos divulgação
Glaucoma, tema do Fórum de Atualização
em Oftalmologia do CBC, com apoio da SBO
Organizado por Miguel Padilha, diretor da Seção de Oftalmologia do Núcleo
Central do Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC), e coordenado por Diogo
Lucena, realizou-se no dia 19 de março o
Fórum de Atualização em Glaucoma com
o apoio institucional da SBO.
O encontro, que teve como convidado
especial Roberto Vessani, professor da
Unifesp, reuniu mais de 100 inscritos e
18 palestrantes dos mais diversos Serviços de Oftalmologia do Rio e de Juiz de
Fora, que abordaram vários aspectos clínicos e cirúrgicos do glaucoma.
O prof. Roberto Vessani abordou temas como combinação de drogas no tratamento do glaucoma, indicações de
trabeculectomia e causas de insucesso e falência deste procedimento.
Os demais palestrantes foram: do Rio
de Janeiro: Claudia Bastos, Cristina
Mathias, Diogo Lucena, Giovanni
Colombini, Larissa M.Doi, Luiza Aguiar,
Marcelo Kac, Marcelo Palis, Marcus
Durante o jantar de confraternização, Flávio
Rezende abraçado a Tadeu Cvintal, sempre
presente aos simpósios de Maringá, e
Emanuel Duque da Bárbara
Edna Almodin, coordenadora do encontro, que
já é um marco no calendário oftalmológico
brasileiro, com Flávio Rezende, também
presença certa nos Simpósios
XII Simpósio Internacional de Atualização
em Oftalmologia de Maringá, no Paraná
Da esquerda para a direita, Diogo Lucena,
Miguel Padilha, Giovanni Colombini. Na
segunda fila: Sérgio Meirelles, Roberto Vessani,
Michael Bethlem, Marcus Safady
Safady, Maria Vitória M. Brasil, Michel
Bethlem, Riuitiro Yamane, Sérgio
Meirelles, De Juiz de Fora compareceram
os palestrantes Ricardo Palleta Guedes e
Vanessa Paletta Guedes.
Steve Arshinoff (Canadá) e Martim Uram
(EUA) foram os dois convidados internacionais do XII Simpósio Internacional de Atualização em Oftalmologia de Maringá (PR),
coordenado por Edna Almodin.
Promovido de 17 a 19 de fevereiro passado pelo Departamento de Oftalmologia
da Sociedade Médica de Maringá, o encontro contou com o apoio da SBO, SBCR,
SBCII, SBAO, Soblec, APO e SMM.
Um dos pontos alto do XII Simpósio,
quando também foi feita uma homena-
gem ao oftalmologista norte-americano
Jack Singer, que faleceu no início do ano,
foi a discussão sobre extração de lente
refrativa, da qual participaram André Gomes, Flávio Rezende, Gilberto Boechat,
Marcelo Fonseca, Paulo Fadel, Sergio
Kandelman e Steve Arshinoff.
Durante o simpósio houve cirurgias
ao vivo com Excimer Laser e de catarata.
Foi oferecido um jantar de confraternização aos participantes, brindados com um
show da Orquestra do Cesumar.
A festa brasileira em San Diego,
durante o congresso da ASCRS
Remo Susanna Jr. premiado com o
International Scholar Award pela American
Glaucoma Society (Sociedade Americana de
Glaucoma)
Contribuição à pesquisa
mundial sobre glaucoma
Professor de Oftalmologia da Faculdade de Medicina da USP,Remo Susanna
Jr. é a segunda personalidade no mundo a
receber o título “Estudioso Internacional”
(em inglês International Scholar Award)
da American Glaucoma Society (ASG).
Segundo a entidade, a premiação é uma
forma de demonstrar o reconhecimento e a
gratidão por “uma vida de contribuições à
pesquisa sobre glaucoma, educação, cuidados
com os pacientes e colaboração internacional”.
A entrega do prêmio será em março
de 2012, durante o 22º encontro anual da
ASG, em Nova York (EUA).
Em 2012, residência
em Aracaju, Sergipe
Mário Ursulino, presidente da Sociedade Brasileira de Administração em
Oftalmologia (SBAO), informou que a
partir de 2012, Aracaju, Sergipe, deixará de ser a única capital nordestina
sem residência em oftalmologia.
Segundo Mário Ursulino, o CBO
credenciou o Hospital de Olhos de
Sergipe, cujo Serviço de Oftalmologia ele
dirige. A coordenação da nova residência
será de Gustavo Melo. E caberá a Allan
Luz a função de preceptor.
A cada ano aumenta o número de participantes brasileiros nos eventos da
ASCRS (American Academy of Cataract
and Refractive Surgery), sempre realizados em abril. O congresso do próximo
ano será em Chicago, o de 2013 em São
Francisco e o de 2014 em Boston. E certamente o número de brasileiros tende a
aumentar na avaliação de vários participantes deste ano, veteranos de muitos
anos.
Eles creditam esse crescimento principalmente ao aumento do número de oftalmologistas que se formam no Brasil, e
No evento da ASCRS em San Diego, Paulo
Nakamura, Armando Crema, 1º secretário da
Sociedade Brasileira de Oftalmologia, com o
ex-presidente Yoshifumi Yamane
a escolha das cirurgias de catarata e implantes intraoculares e refrativa com áreas
de interesse. Com a entrada no mercado
das lentes intraoculares acomodativas, o
campo de atuação cresce ainda mais, na
avaliação “da velha guarda de oftalmologistas brasileiros, que desbravou o terreno para a nova geração”.
Os oftalmologistas mais jovens levaram para o encontro deste ano, em San
Diego, o clima de festa usual nos congressos brasileiros, principalmente depois
da divulgação das premiações. (Leia na
página 18)
Parte da nova geração brasileira de
oftalmologistas, com Cristiane Nakamura,
Celso Takashi Nakano, Ramon Ghanem e Iris
Yamane, em primeiro plano
Eleita dia 6/4, nova diretoria da Cooeso-RJ,
que tem Frederico Pena na presidência
Em assembleia realizada no dia 6
de abril último, tomou posse a nova
diretoria do Cooeso-RJ, para cumprir
mandato de dois anos. Após nove anos
à frente da Cooeso-RJ, Nelson Louzada
passou o cargo para Frederico Pena, um
dos mais importantes colaboradores da
entidade.
A nova diretoria está constituída
por: Frederico Pena- diretor presiden-
te; Oswaldo Moura Brasil- diretor financeiro; Israel Rozenberg-diretor secretário; Armando Crema- diretor administrativo; Beatriz Bandeira- diretora interinstitucional. No conselho
fiscal, efetivos: Samuel Cukierman,
Paulo César Fontes e Nelson Louzada;
suplentes: Renato Ambrósio Jr.,
Carlos Fernando Ferreira e Ruth
Cytrynbaum.
Da esquerda para a direita, Eduardo
Damasceno, Giovanni Colombini, Guilherme
Herzog, Ricardo Reis, Raul Vianna, Armando
Crema, Maurício Pereira e Marcelo Palis
Ricardo Reis defende
tese de mestrado na UFF
“Estudo prospectivo randomizado do
posicionamento palbebral superior pósfacoemulsificação comparação entre
anestesia tópica e peribulbar” foi o tema
da tese de mestrado, aprovada por unanimidade, defendida por Ricardo Reis na
Universidade Federal Fluminense (UFF)
em 29 de janeiro de 2011.
Raul Vianna foi o orientador da tese e
Guilherme Herzog o coorientador. Participaram: Armando Crema, Eduardo
Damasceno, Giovanni Colombini, Guilherme Herzog, Marcelo Palis e Maurício
Pereira.
Conheça o site
da Fundação do Rim
Já está no ar o portal da Fundação do
Rio, entidade multidisciplinar sem fins lucrativos, que funciona na Rua Real Grandeza, 139- salas 605/606- Botafogo- Rio
de Janeiro. O telefone é 55-21-2286-8037.
O portal www.fundacaodorim.com.br
traz informações gerais sobre as atividades desenvolvidas desde 2005. O Dia
Mundial do Rim foi em 15/3, mas comemorado no dia 10/3. O tema deste
ano foi “Proteja seu rim, salve seu coração”. A Fundação do Rim é presidida por:
Lívia Guedes.
18
JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia
SBCII e SBCR brilham no congresso da ASCRS
A estrela do Brasil mais uma vez brilhou no encontro da ASCRS, em março passado na cidade de
San Diego, Califórnia (EUA). Mais de 300 oftalmologistas brasileiros participaram do encontro, repetindo o que vem acontecendo nos últimos anos, quando a delegação brasileira é sempre a maior, depois da
norte-americana.
Neste ano, no Festival de Vídeos do Congresso da
ASCRS, os brasileiros receberam 3 prêmios: 1º lugarRamon Ghanem (SC)- New Producers; Celso Takashi
Nakano (SP)- Runner Up-New Producers, e Renato
Ambrósio Jr.- Runner Up-New Producers. Marcella
Salomão e Frederico Guerra (RJ) receberam os prêmios de melhor Pôster nas categorias de Córnea e Refrativa,
respectivamente.
O curso “O melhor da ASCRS em Português”,
organizado pela Brazilian Society of Cataract and
Refractive Surgery (BRASCRS), forma pela qual as
Sociedades Brasileiras de Catarata e Implantes
Intraoculares e de Cirurgia Refrativa vão ser divulgadas
no exterior, reuniu cerca de 100 participantes.
A partir deste ano, o encontro brasileiro passou a
ser chamado “O melhor da ASCRS pela BRASCRS”
e representa o reconhecimento da importância do
Brasil pela direção da American Society of Cataract
and Refractive Surgery, conforme destaca Carlos
Gabriel de Figueiredo, ex-presidente da SBCII, atualmente diretor de vídeos, organizador do evento
em San Diego.
- Como iniciador dos encontros, em 2001, quando presidi a SBCII, gostaria de deixar o agradecimento de nossas sociedades a duas pessoas fundamentais para que este curso continuasse por todo este
tempo: Flávio Rezende e Renato Ambrósio, destaca
Carlos Gabriel, ressaltando também a contribuição
de Walton Nosé, presidente da SBCR na época.
Para Carlos Gabriel de Figueiredo merece ainda
destaque a colaboração da turma “ASCRS jovem”,
responsável pelo alto padrão atingido pelo curso.
Parte dos 100 brasileiros que participaram do curso “O melhor da ASCRS pela BRASCRS (Brazilian Society of Cataracat and Refractive
Surgery), identidade da SBCII e SBCR no exterior. No total, mais de 300 oftalmologistas brasileiros estiveram no Congresso da ASCRS
em San Diego, na Califórnia. Delegação brasileira foi a maior depois da norte-americana
Renato Ambrósio Jr, um
dos vencedores do
Festival de Vídeos
Carlos Gabriel de Figueiredo, Newton Andrade, presidente
da SBCR, e Armando Crema durante o curso “O melhor
da ASCRS em português”, que começou em 2001
Celso Takashi Nakano e Ramon Ghanem
ladeando Liliana Werner, da ASCRS, uma das
julgadoras do Festival de Vídeos
21
Janeiro - Fevereiro - Março - Abril - 2011
Projeto Prazer em Ver entrega óculos a 296
crianças da rede municipal de Niterói (RJ)
Mário Motta e presidente da Uaderj participam
de programa de TV em prol do jovem diabético
Com o objetivo de divulgar o Projeto Oftalmologista Amigo do Jovem com
Diabetes, o ex-presidente da SBO, Mário
Motta, e a presidente da União das Associações de Diabéticos do Estado do Rio de
Janeiro (Uaderj), Solange Travassos, participaram de uma entrevista com o deputado estadual Nilton Salomão, da comissão da Saúde, na TV ALERJ, da Assembleia
Legislativa do Estado do Rio de Janeiro.
Na entrevista, gravada no dia 3 de
março passado e veiculada no mesmo dia
às 18h20, no dia 5 de março, às 21h, e no
dia 6 de março, às 12h30, Mário Motta e
Solange Travassos apresentaram estatísticas referentes aos casos de jovens com diabetes (estima-se que cerca de 7.200 in-
divíduos tenham dificuldade em conseguir acompanhamento e tratamento
oftalmológico) e o agravo da doença, tendo como um dos resultados a retinopatia
diabética, que pode levar à cegueira..
Solange Travassos detalhou o Projeto
e a forma de como o diabético menor de
30 anos pode ser atendido pelo programa, que prevê consultas gratuitas com oftalmologistas da Sociedade Brasileira de
Oftalmologia. Mário Motta, sob cuja gestão o programa começou a ser delineado,
abordou as dificuldades da fidelização do
jovem diabético na rede hospitalar pública. No final, o deputado estadual Nilton
Salomão reafirmou seu emprenho em prol
do projeto na Assembleia Legislativa.
Solange Travassos e
Mário Motta, à direita,
com o deputado estadual
Nilton Salomão, durante
a entrevista da TV
ALERJ para mostrar a
importância do
diagnóstico precoce
para reduzir a incidência
de casos graves de
retinopatia diabética
Mais uma etapa do Projeto Prazer em Ver,
promovido pela rede municipal de educação
de Niterói (RJ) foi concluída com a entrega de
óculos a 296 alunos de 6 a 8 anos de idade com
dificuldades visuais. O processo foi iniciado
no período letivo de 2010, com uma avaliação
prévia oftalmológica em 8.518 crianças, através da capacitação de profissionais das escolas
pela Sociedade Brasileira de Oftalmologia.
O projeto é resultado de um convênio firmado com a Loteria do Estado do Rio de Janeiro (Loterj) e o Instituto Brasileiro de Assistência e Pesquisa (Ibap).Após 640 atendimentos
em 42 unidades da rede municipal de Niterói,
os alunos foram encaminhados para avaliação
na Clínica Médica Oftalmológica Clinop, vinculada ao Ibap. Em 2011, a previsão é atender
cerca de 1.300 crianças, segundo a coordenadora de Educação em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde de Niterói, Dayse Chicre.
Da direita para a esquerda, Leonardo
Magalhães (Ibap-Cepoa), Jacqueline
Provenzano (Cepoa), João Diniz (SBO),
Rodrigo Pegado (Ibap), Dayse Chicre
(Secretaria Municipal de Saúde de Niterói) e
Sergio Ricardo de Almeida (Loterj) após a
entrega dos óculos às 296 crianças de 42
unidades da rede municipal de Niterói. A
triagem inicial foi feita pelos prórprios docentes
Hiroshi Suzuki, ceo global
da Hoya, passa 3 dias no Rio
Neto do fundador da Hoya e há 10 anos
ceo global da Hoya, que inclui a Hoya Vision
Care, a Hoya Eletronics e a Pentax
Corporation, Hisoshi Suzuki esteve no Rio
de Janeiro durante três dias com o objetivo
de discutir com a Hoya Brasil o planejamento do futuro da empresa no país. Na ocasião,
ele visitou as obras de expansão do Hoya Lab
Brasil no Rio de Janeiro, que devem ficar
prontas em dezembro de 2011. As obras de
expansão adicionarão mais 6 mil m2 à área já
construída.
Em primeiro plano, Hiroshi Suzuki,
Carlos Bessa, diretor geral da Hoya
Brasi, atrás, Luiz Voss, diretor da
Hoya Brasil, e Fernando Casinha,
diretor da Hoya Argentina
22
JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia
Consultor acadêmico da SBO
recebe título de Sócio Honorário
Representando o presidente Aderbal
Alves Jr., Gilberto dos Passos, secretário
geral da SBO, entregou o título de Sócio
Honorário da Sociedade Brasileira de Oftalmologia ao padre João Medeiros, que há
20 anos presta assessoria e consultoria especializada à entidade. A cerimônia foi por
ocasião da posse do padre João Medeiros na
Academia Norte-Riograndense de Letras,
em Natal, no dia 15 de março último.
-Através de seus conhecimentos técnicos e científicos, padre Medeiros tem
conciliado os interesses das diferentes correntes oftalmológicas, unindo saber e
humanismo, dirimindo dúvidas e aniquilando idiossincrasias. Ele nos ajudou a
implantar no Rio de Janeiro um curso de
pós-graduação em oftalmologia de alto
nível, reconhecido pelo MEC, afirmou
Gilberto dos Passos em seu discurso.
Gilberto dos Passos lembrou ainda, a
declaração do prof. Nélson Maculan, exSecretário de Educação Superior do Ministério da Educação, para quem o padre João
Medeiros é um dos poucos conhecedores
da legislação do ensino superior do país.
Sacerdote há 46 anos, padre Medeiros é
potiguar de Jucurutu, bacharel e licenciado em
Filosofia e Teologia pela Universidade de
Louvain, Bélgica. Mestre em Teologia, Ciências Sociais e Comunicação também pela Universidade de Louvain, doutor em Comunicação pela UFRJ. Já ocupou diversos cargos no
serviço público federal, nos Ministérios da
Educação, da Cultura, Ciência e Tecnologia.
Atualmente, a pedido da Conferência Nacional dos Bispos, Regional Nordeste II, implanta cursos de Teologia autorizados e reconhecidos pelo MEC. Possui 22 livros publicados e centenas de artigos científicos. É especialista em legislação educacional, prestando
assessoria até mesmo a magistrados.
Padre João
Medeiros com o
título de Sócio
Honorário da
Sociedade
Brasileira de
Oftalmologia
entregue por
Gilberto dos
Passos, à direita
Jack Singer ( 1956-2011)
Aos 56 anos incompletos, em plena
capacidade de trabalho, faleceu no dia 6
de janeiro de 2011, Jack Singer, o primeiro entrevistado da seção
International Corner, convidado por
Fernando Trindade, do conselho editorial do JBO, e de quem partiu a sugestão da coluna. Sua entrevista foi
publicada na edição 135 do JBO (setembro-outubro 2009).
Jack Singer era uma referência mundial em lentes intraoculares acomodativas,
estudioso da correção cirúrgica da
presbiopia que, na sua opinião, conforme
destacou em entrevista ao International
Corner, exige um misto de arte e ciência.
Profissional de reconhecida ética e competência, que deixou uma grande contribuição para a queda de patente médica nos
Estados Unidos, ele era um apaixonado
pelo Brasil, onde esteve 12 vezes e fez inúmeros amigos.
Nascido em 23 de novembro de
1955, no Brooklyn, Nova York, Jack
Singer faleceu na cidade de
Randolph,Vermont, onde desde 2003
mantinha a sua clínica, a Singer Eye
Center. Ele desenvolveu a “frown
incision” (incisão de sorriso invertido,
parecida com um U de cabeça para baixo) para a cirurgia de catarata. Membro
do conselho editorial de diversas publicações científicas, defensor ardente da
vídeo educação em oftalmologia, Jack
Jack Singer
Singer contribuiu muito para o sucesso
dos festivais de filmes da ASCRS.
Além de viajar, Jack Singer gostava de
praticar windsurf, canoísmo, moutain
bike. Em música era apaixonado por Pink
Floyd e jazz.
A pedido de Warren E. Hill, um dos
amigos mais próximos de Jack Singer,
Fernando Trindade escreveu uma mensagem em nome dos colegas brasileiros, que
foi lida por ocasião da homenagem em sua
memória no Oregon, onde mora sua irmã
Ellen Singer. Além dos inúmeros amigos
e colegas, esteve presente Edna Almodin,
que no último Simpósio de Maringá também o homenageou.
Jack Singer deixou dois filhos: Adam
Singer e Ruthie E. Singer.
Tecnol investe nas Prime Lens
Para a produção da Prime Lens Free Form,
a Tecnol, maior fabricante de armações e óculos de sol do Brasil, investiu em um sistema
fabril de última geração, utilizando a
tecnologia alemã da Satisloh, e firmou parceria com Fabio Zanchetta, fundador e diretor da Cristal Color e da Free Form Solutions.
Mudanças na CooperVision
Sebastian Arias assumiu a gerência geral para a América Latina da CooperVision,
onde atuava desde 2005 como gerente geral do Brasil, cargo agora ocupado por Gerson Crespi, anteriormente responsável pelas
operações das áreas comercial e marketing
da subsidiária brasileira.
Seleciona-se oftalmologistas- clínica de
oftalmologia na Barra da Tijuca (RJ) seleciona
médicos oftalmologistas para atendimento
(consultas e exames).Informações: Stephanny (
das 8 às 17h) pelo celular (21) 8800-7022.
Renomado instituto de visão
de Ribeirão Preto (SP)-tem vaga para
médico
oftalmologista.Informações
e envio de currículos para o e-mail
[email protected]
Vaga para oftalmologista-clínica em
Campo Grande (zona oeste do Rio) precisa
de oftalmologista para atender convênios e
pacientes particulares. Entrar em contato com
Alessandra pelos telefones (21) 7875-8481/
3394-1046/ 2415-1063.
Médico oftalmologista para São João
de Meriti e Tijuca (RJ)-Clínica de Olhos
Matriz, na Rua Antonio Teles de Menezes,
41/sl 305, e Hospital São Victor, na Rua
Uruguai, 231, procuram médico oftalmologista. Contatar Dr. Ribamar pelo celular (21)
7856-2576.
Oftalmologista para Baixada
Fluminense (RJ)- clínica oftalmológica no
centro de Duque de Caxias (Baixada
Fluminense), com grande fluxo de pacientes e exames, contrata oftalmologista. Os interessados devem enviar currículo para
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acompanhado dos pares de lentes auxiliares.
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A coluna Olho Vivo é exclusiva para os associados da SBO. Para anunciar enviar o texto para a Sociedade
Brasileira de Oftalmologia ou pelo fax (21) 2205-2240 ou e-mail: [email protected]. A publicação é gratuita. Os anúncios devem ser concisos e com informações precisas. A SBO não se responsabiliza pelas informações divulgadas, que devem ser conferidas pelas partes interessadas.
23
Janeiro - Fevereiro - Março - Abril - 2011
SBO
Tempo e Memória
João Diniz
Sessões científicas contribuem para o fortalecimento da SBO
As sessões científicas ordinárias, realizadas anualmente pela Sociedade Brasileira de Oftalmologia na última 5ª feira de
cada mês, fazem parte do programa de cada
diretoria e são decididas na primeira reunião dos diretores recém-empossados. As
sessões extraordinárias para palestras não
têm dia determinado.
Esta é uma tradição que começou com
a ideia da criação da SBO pelo prof. Abreu
Fialho em 13/10/1918, só concretizada em
6/9/22 sob o nome de Sociedade Brazileira
de Ophthalmologia e Otorhinolaryngologia, tornando-se depois Sociedade Brasileira de Oftalmologia. No início foi muito
operosa com reuniões bimensais (RBO275:3,1972). Mas houve uma interrupção, só sendo revitalizada em 1932, graças
ao entusiasmo do Dr. Hermínio Conde,
conforme relato do prof. Abreu Fialho
(RBO-1942, pag.104) e do prof. Joviano
de Rezende Filho em ata de 29/09/1979
feita pelo Dr. Evaldo Campos.
A realização dessas sessões científicas
fortaleceu muito a Sociedade Brasileira de
Oftalmologia congregando em suas atividades oftalmologistas de todos os serviços
do Rio de Janeiro, bem como, recebendo
um grande número de oftalmologistas do
Brasil e do exterior que a engrandeceram
com suas magníficas apresentações. As sessões científicas, juntamente com os cursos,
congressos, biblioteca, RBO e JBO, são o
carro chefe da SBO.
Estas sessões eram realizadas no 10o andar, da Policlínica Geral do Rio de Janeiro
(Av. Nilo Peçanha, 38), na Sociedade de
Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro (Av.
Mem de Sá, 197), no 1o andar, Auditório
Nobre do Hospital da Cruz Vermelha (Pra-
ça Cruz Vermelha, 12) e depois de dezembro de 1973 passaram para atual sede situada à Rua São Salvador, 107, Laranjeiras
Estou na Sociedade desde abril de 1956
e vi muitas dezenas de ilustres professores
nacionais e internacionais que a brindaram e brindam com suas extraordinárias
conferências. Cito alguns nomes brasileiros que passaram pela SBO em sessões memoráveis: professores Hilton Rocha,
Joviano de Rezende Filho, Ivo Corrêa
Meyer, Sylvio Abreu Fialho, Antonio Paulo Filho, Paulo Pimentel, José de Almeida
Rebouças,Werther Duque Estrada, Clovis
Paiva, Moacyr E. Alvaro, Renato de Toledo,
Luiz Eurico Ferreira, Paulo Braga Magalhães, Prof. Almiro Azeredo, Prof. Paiva
Gonçalves, Prof. Paiva Gonçalves Filho,
Antonio Giardulli.E também os professores Adalmir Morterá Dantas, Heitor
Marback, Roberto Marback, Humberto
de Castro Lima, Nassim Calixto, Osvaldo
Cardoso de Melo e Carlos Augusto Moreira.
Do exterior, vieram, entre outros, os
professores José Ignácio Barraquer (Colômbia), Alberto Ciância, Alejandro Salleras,
Roberto Sampaolesi, Henrique Malbran
(Argentina), Hermenegildo Arruga, Alfonso Yepes Castañera Pueyo, Alfredo
Muiños (Espanha), Louis Girard, Charles
Schepens, Frank Polack, Robert Sinskey,
Gunter voon Nordem, Lorens Zimermann,
Daniel Kirby (Estados Unidos), Jules
François (Bélgica), John Clarck Mustarde
(Escócia). Miguel Bournier (brasileiro radicado no Canadá), são alguns estrangeiros que aqui estiveram.
Em longo trabalho que já está sendo
elaborado, publicaremos seus nomes e palestras ministradas.
Fotos Arquivo SBO
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Sessão realizada em 1953 posse da diretoria do Dr. Joviano
de Rezende Filho como presidente, no Auditório Nobre da
Policlínica Geral do Rio de Janeiro
1 - Professores Sylvio Abreu Fialho (RJ) e Hilton Rocha
(MG), 2 - Professor Werther Duque Estrada (RJ), 3 Professor Paiva Gonçalves (RJ), 4 - Professor José de
Almeida Rebouças (ES), 5 - Professor Almiro Pinto de
Azeredo (RJ), 6 - Professor Antonio Paulo Filho (RJ), 7 Professor Paulo Pimentel (RJ), 8 - Professor Luiz Eurico
Ferreira (RJ), 9 - Professor Jonas de Arruda (RJ), 10 Professor Carlos Augusto Moreira (PR), 11 - Professor
Joviano de Rezende Filho (RJ), 12 - Professor Paiva
Gonçalves Filho (RJ), 13 - Professor Antonio Giardulli (RJ),
14 - Professor Miguel Burnier (Canadá), 15 - Professor
Osvaldo Cardoso de Melo (RJ), 16 - Professor Nassim
Calixto (MG), 17 - Professor Alberto Ciancia (Argentina), 18
- Professor Heitor Marback (BA)
Posse da diretoria 1955 da diretoria do Dr. Evaldo Campos
como presidente, também no Auditório Nobre da Policlínica
Geral do Rio de Janeiro
Fontes: Livros de Atas da SBO, Revista Brasileira de Oftalmologia, Jornal Brasileiro de Oftalmologia, arquivos iconográficos da Sociedade Brasileira de Oftalmologia.
25
Janeiro - Fevereiro - Março - Abril - 2011
Carteira de sócio da SBO dá direito a desconto
Estabelecimentos comerciais conveniados, em diversos pontos do país, oferecem taxas reduzidas
ócios em dia com a anuidade de 2011 podem usufruir de vários benefícios. Um deles
são os convênios com os estabelecimentos comerciais parceiros da SBO, distribuídos por
vários estados, que oferecem descontos ou taxas reduzidas. Basta apresentar a carteira de
sócio e um documento de identidade.
Periodicamente o JBO publica a relação dos estabelecimentos conveniados à SBO, que
também pode ser acessada no portal www.sboportal.org.br Aproveite mais essa vantagem que
a SBO oferece aos seus associados.
S
BAHIA
Salvador
■ Golden Park Hotel
Av. Manoel Dias e Silva, 979 - Pituba – Salvador – BA
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Reservas: 2201-5613/5621
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Av. Beira Mar, 4530 - Mucuripe - Fortaleza - CE
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■ Ritz Plaza Hotel Ltda.
Barão do Rio Branco, 2000 - Centro
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Comendador Costa, 627 - Centro - São Lourenço - MG
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Tels.: (35) 3332-1500 / Fax: (35) 3332-1600
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Rua: Batista Luzardo, 445 Centro – São Lourenço - MG
CEP 37470-000
Tel.: (35) 3332-1212
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Rua Wenceslau Bráz, 242
CEP37470-000 – Centro – São Lourenço - MG
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Rua Antônio de Souza Teixeira,19 - Praia Grande
CEP 29830-000 – Arraial do Cabo – RJ
Tel.: (22)2622-2335 / Fax: (22) 2622-2335
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■ Pousada Saint Germain Ltda
Rua: Alto do Humaitá, 5
CEP 28950-000 – Arhagão de Búzios – RJ
Tel.: (22) 2623-1044 / Fax (22) 2623-5350
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João Fernandes – Búzios – RJ
CEP 28950-000 - Tel (22)2623-2245 / 2623-2923 (fax)
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■ Hotel Atlântico Búzios Convention & Resort
Estrada da Usina, 294
Armação de Búzios – Rio de Janeiro – RJ
CEP 28950-000
Tel (22)2620-8850 / 2630-8851 (fax)
www.redeatlantico.com.br
[email protected]
Tarifa Especial
Nova Friburgo
Rio Bonito
■ Hotel Fazenda Pedras Negras
Estrada de Lavras – Lavras – Rio Bonito – RJ
CEP 28800-000
Tels.: 21-3634-8855 / Fax 21- 3634-8649
[email protected]
www.pedrasnegras.com.br
Desconto de 10%
Rio de Janeiro
■ Restaurante Turino Ltda.
Av. Armando Lombardi,350
Deck Shopping Barrapoint – Barra da Tijuca
CEP 22640020 – Rio de Janeiro – RJ
Tel.: (21)2491-6462 / Fax: (21) 2491-3429
[email protected]
www.turino.com.br
Desconto de 20%
■ Ipanema Plaza Hotel
Rua Farme de Amoedo, 34
Ipanema - Rio de Janeiro – RJ
Tel.: (21)3687-2000/ Fax: (21) 3687-2001
[email protected]
www.ipanemaplaza.com
Tarifa Especial
■ Windsor Atlantica Hotel
Av. Atlântica 1020 - Copacabana
Tel.(21) 2195.7800
[email protected]
Desconto balcão de 30%
■ Windsor Astúrias
Rua Senador Dantas, 14 - Cinelândia
Tel.: (21) 2195-1500
[email protected]
Desconto balcão de 30%
■ Windsor Barra
Hotel & Congressos
Av. Sernambetiba, 2630 - Barra da Tijuca
Cep: 22620-172
Tel.: (21) 2195-5000 Fax: (21) 2195-5050
[email protected]
Desconto balcão de 30%
■ Windsor Excelsior Hotel
Av. Atlântica, 1800 - Copacabana
CEP: 22021-001
Tel.: (21) 2195-5800 - Fax: (21) 2257-1850
[email protected]
Desconto balcão de 30%
■ Windsor Flórida Hotel
Rua Ferreira Viana, 69 - Flamengo
CEP: 22210 -040
Tel.: (21) 2195-6800 Fax: (21) 2285-5777
[email protected]
Desconto balcão de 30%
■ Windsor Guanabara Hotel
Av. Presidente Vargas, 392 - Centro
CEP: 22071-000
Tel.: (21) 2195-6000 Fax: (21) 2516-1582
[email protected]
Desconto balcão de 30%
■ Windsor Miramar Hotel
Av. Atlântica, 3668 - Copacabana
CEP: 22070-001
Tel.: (21) 2195-6200 Fax: (21) 2521-3294
[email protected]
Desconto balcão de 30%
■ Windsor Plaza Hotel
Av. Princesa Isabel, 263 - Copacabana
CEP: 22011-010
Tel.: (21) 2195-5500 Fax: (21) 2543-8071
[email protected]
Desconto balcão de 30%
■ Windsor Palace Hotel
Rua Domingos Ferreira, 6 - Copacabana
CEP: 22050-010
Tel.: (21) 2195-6600 Fax: (21) 2549-9373
[email protected]
Desconto balcão de 30%
■ Windsor Martinique Hotel
Rua Sá Ferreira, 30 - Copacabana
Cep: 22071-100
Tel.: (21) 2195-5200 Fax: (21) 2195-5222
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Copacabana – Rio de Janeiro – RJ
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Tarifa Especial
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Rua: Barata Ribeiro, 548
Copacabana – Rio de Janeiro – RJ
(21)2548-0011 / 2235-7941 (fax)
www.redeatlantico.com.br
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Tarifa Especial.
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Rua: Siqueira Campos, 90
Copacabana – Rio de Janeiro – RJ
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Tijuca – Rio de Janeiro – RJ
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serviço. Pagamento a prazo: Isenção da taxa
de serviço 10%
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Rua: Francisco Otaviano, 30
Copacabana – Rio de Janeiro – RJ
Cep.: 22080-040
Tels.: (21) 3505-5555 / Fax: (21) 2287-3344
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Rua do Russel, 374 - Glória – Rio de Janeiro – RJ
CEP 22210010
Tel.: (21) 2555-2700 / Fax (21) 2285-6358
[email protected]
www.hotelgoldenparkrio.com.br
Desconto de 10%
■ Hotel Regina
Rua: Ferreira Viana, 29 – Flamengo – Rio de Janeiro – RJ
Cep.: 22210-040
Tel.: (21)3289-9999 Fax: (21)3289-9950
[email protected]
www.hotelregina.com.br
Desconto: 30%
■ Center Hotel S/A
Av. Rio Branco, 33 - Centro – Rio de Janeiro - RJ
CEP 20090-003
Tel(s).: (21) 2296-6677 / 2233-6781 Fax.: 2283-1689
[email protected]
www. centerhotel.com.br
Tarifa Especial
■ Sushimar de Laranjeiras
Rua São Salvador, 72 - Laranjeiras - RJ
CEP 22231-130
(21) 2285-7246 / Fax: (21) 2285-7246
[email protected]
www.sushimar.com.br
Desconto 5%
RIO GRANDE DO SUL
Caxias do Sul
■ Bergson Executive Flat
Os 18 do Forte, 1818
Centro – 95020-472 – Caxias do Sul – RS
Telefax. (54)3214-1122
www.bergsonflat.com.br
[email protected]
Desconto 30%
■ Automil Acessórios Automotivos Ltda.
Rua Marechal Floriano, 119 - Piox – Caxias do Sul - RS
CEP:95020370
Tel.: (54)3221-6766 / Fax (54)3221-6990
[email protected]
www.automilcaxias.com.br
Desconto de 7%
Gramado
■ Hotel Bangalôs da Serra Ltda.
Est. Tapera, 1511 - Casagrande – Gramado – RS
CEP 95670-000
(54) 3286-4004 / 3286-4236 e 3286-1737 (fax)
www.bangalosdaserra.com.br
[email protected]
Desconto: 10%
Continua na página 26
JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia
26
EXPEDIENTE
Sociedade Brasileira
de Oftalmologia
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Biênio 2011-2012
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Aderbal Alves Jr.
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Publicação: Bimestral
Impressão: Gráfica Colorset
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X Simpósio da Sociedade Caipira
VI Congresso Brasileiro de Catarata
e Cirurgia Refrativa
IV Congresso Brasileiro de
Administração em Oftalmologia
De 1 a 4 de junho de 2011, VI Congresso Brasileiro de Catarata e Cirurgia
Refrativa e IV Congresso Brasileiros de
Administração em Oftalmologia, em Porto de Galinhas (PE).
www.catarata-refrativa.com.br/2011
VI Congresso Nacional da SBO
De 14 a 16 de julho de 2011,
VI Congresso Nacional da SBO,
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3º Simpósio Capixaba de Inverno
Centro Oeste de Oftalmologia
De 1 a 3 de julho, a Sociedade
Capixaba de Oftalmologia realiza o 3º
Simpósio de Inverno, em Domingos
Martins (ES).
www.visioneventos.com.br
De 7 a 9 de julho de 2011, X Congresso Centro Oeste de Oftalmologia, em
Brasília (DF).
Informações: Secretaria executiva de A&C
Eventos e Promoções: (61) 3322-2626.
2ª Jornada Paulista
ESCRS
Dias 17 e 18 de junho de 2011, 2ª
Jornada Paulista de Oftalmologia, no
Centro de Convenções de Ribeirão Preto
(SP). Informações: (17) 3235-7017.
www.cenacon.com.br
De 17 a 21 de setembro de 2011, XIX
Congresso da ESCRS (Sociedade Europeia
de Catarata e Cirurgia Refrativa), em Viena, Áustria.
www.escrs.org
De 7 a 9 de outubro de 2011, com o
apoio da SBO, XI Congresso da Sociedade
Caipira de Oftalmologia e X Simpósio da
Sociedade Brasileira de Enfermagem em
Oftalmologia, em Campos de Jordão (SP).
www.cenacon.com.br
Curso Cleber Godinho
De 7 a 12 de outubro de 2011, 15º Curso Cleber Godinho de Lentes de Contato,
com apoio da SBO, no Centro de Convenções Hotel Mercure, Belo Horizonte (MG).
Informações: Consult Eventos
(31) 3291-9899
V Simpósio Sul Mineiro/SBO
Dias 28 e 29 de outubro de 2011, V
Simpósio Sul Mineiro, promovido pela
Sociedade Sul Mineira de Oftalmologia
com a Sociedade Brasileira de Oftalmologia, na Universidade de Alfenas (MG).
Informações: (35) 3826-2827.
Para divulgar eventos científicos oftalmológicos no Jornal Brasileiro de Oftalmologia (JBO), envie as
informações para a SBO, na Rua São Salvador, 107 - Laranjeiras - Rio de Janeiro - RJ - CEP 22231-170 Tel. (21) 3235-9220 - Fax (21) 2205-2240 - e-mails: [email protected] - [email protected]
Continuação da relação de empresas que oferecem descontos para associados
Porto Alegre
■ Hotel Embaixador
Rua Gerônimo Coelho,354
Centro – Porto Alegre - RS
Tel.: (51)3215-6600 / Fax (51)3228-5050
www.embaixador.com.br
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Tarifa Especial
■ Hotel Garibaldi e Apart Hotel Garibaldi
Garibaldi, 652 - Floresta
CEP 90035-050 – Porto Alegre –RS
(51) 3224-7333 / 3224-7489 Fax: (51)3224-2025
[email protected]
www.hotelgaribaldi.com.br
Desconto de 20%
Santa Catarina
■ Ribeirão Grande Eco Resort & SPA
Estrada Ribeirão Grande do Norte, S/N
Nereu Ramos – Jaraguá do Sul - SC
CEP 89250-000
Tel(s).: (47) 3275-1995 / 3274-8700 /
Fax: (47) 3275-1995
[email protected]
www.ribeiraogranderesort.com
Desconto de 10%
SÃO PAULO
São Paulo
■ Loisuites Belgrano Hotel
Rua: Marquês de Paranagua, 88
Consolação – 01303-050 – São Paulo - SP
(11) 3258-0255 Fax: (11) 3257-7803
www.loisuites.com.ar
[email protected]
Desconto de 10%
■ Merak Hotel
Av. Lavandisca, 262 - Moema – São Paulo – SP
CEP 05415-010
(11)5051-6866 / 5051-6279 (fax)
[email protected] e
[email protected]
www.merakhotel.com.br
Desconto: 40%
■ Paulista Center Hotel
Rua Consolação, 25 (Esquima Av. Paulista)
01416-001 - Jardins – São Paulo - SP
Tel/Fax.: (11) 3062-0733
[email protected]
www. paulistacenterhotel.com.br
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■ Hotel Gran Corona LTDA
Rua Basilio da Gama, 101
Centro - São Paulo - SP
Cep : 01046-020
Tel.: (11) 3214-0043 / Fax: (11) 3214-4503
www.grancorona.com.br
[email protected]
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Caraguatatuba
■ Hotel Fazenda 3 Poderes
Estrada da Enseada, 970 – Jaraguá – Caraguatatuba – SP
Cep.: 11667-935
Tel: (11) 3172-5776 / (12) 3887-5565
www.hotel3p.com.br
[email protected]
Desconto 10%
■ Hotel Litoral Norte
Rua Arthur Costa Filho, 315 – Centro –
Caraguatatuba – SP
CEP.: 11660-005
Tel: (11) 3172-5776 / (12) 3883-1655
www.hotellitoralnorte.com.br
[email protected]
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■ Hotel Praia Águas Vivas
Rua Toyo Kamyama, 51 – Massaguassu –
Caraguatatuba – SP
Cep.: 11676-430
Tel: (11) 3172-5776 / (12) 3884-1582
www.hotelaguavivas.com.br
[email protected]
Desconto 10%
■ Hotel Mar
Rua São Joseé dos Campos, 91 – Sumaré –
Caraguatatuba – SP
Cep.: 11661-030
Tel: (11) 3172-5776 / (12) 3883-5669
www.hotelmar.com.br - [email protected]
Desconto 10%
■ Hotel Caraguatatuba
Rua Arthur Costa Filho, 315 – Centro –
Caraguatatuba – SP
Cep.: 11661-030
Tel: (11) 3172-5776 / (12) 3881-1106
www.hotelcaraguatatuba.com.br
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SERGIPE
Aracajú
Aquarios Praia Hotel
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