nº 2416
Sexta-feira, 02 de agosto de 2013
Definidas as áreas de formação para
seleção de Analista do Seguro Social
O Instituto Nacional do Seguro
Social (INSS) definiu as áreas de
formação para o próximo concurso
da instituição. A seleção vai oferecer
300 vagas para o cargo de Analista
do Seguro Social para candidatos
com nível superior de todo o país.
A Fundação de Apoio a Pesquisa,
Ensino e Assistência (Funrio) é a
responsável pela organização da seleção, autorizada pelo Ministério do
Planejamento, Orçamento e Gestão
no início deste mês.
A previsão é que o edital de
abertura seja publicado no Diário
Oficial da União (DOU) na primeira
quinzena de agosto. O cronograma
está em fase de preparação. As vagas
serão distribuídas entre as seguintes
formações: Administração, Ciências
Atuariais, Ciências Contábeis, Direito, Engenharia Civil, Engenharia
Mecânica, Engenharia Elétrica,
Engenharia de Telecomunicações,
Engenharia com especialização em
Segurança do Trabalho, Arquitetura,
Tecnologia da Informação, Terapia
Ocupacional, Pedagogia, Psicologia,
Comunicação Social (Jornalismo),
Comunicação Social (Publicidade e
Propaganda), Fisioterapia e Letras
(Língua Portuguesa).
As vagas do concurso serão distribuídas de acordo com as cinco superintendências regionais do INSS
no país (Sudeste I, Sudeste II, Sul,
Nordeste e Norte/Centro-Oeste). A
remuneração bruta inicial do cargo
é de R$ 7.147,12.
A seleção será realizada por meio
de prova objetiva, que constará de
questões sobre conhecimentos gerais
e específicos. As disciplinas que irão
compor a prova objetiva ainda estão
em fase de definição.
Fonte: Ascom/MPS
Curso sobre análise Físico-Química
e Microbiológicas de Alimentos tem
nova turma
O Curso de Química Industrial
abre 10 vagas para o Curso de Extensão Noções de análise Físico-Química e Microbiológicas de Alimentos.
As inscrições podem ser feitas até o
dia 9 de setembro, desde que hajam
vagas disponíveis, no Pavilhão Tecnológico nos horários de 8h às 12h
e das 14h às 17h ou pelos telefones
3272-8679 e 3272-8675.
O Curso é dirigido a estudantes
e graduados em química, química
industrial, engenharia química,
farmácia, oceanografia, agronomia,
veterinária, nutrição e biologia, o cur-
so tem conteúdo teórico e prático, e
trata da importância da qualidade dos
alimentos para a saúde da população.
Será ministrado pelos professores
doutores Adenilde Ribeiro Nascimento, Victor Elias Mouchrek Filho
e pela especialista Paula Coelho
Everton, que irão prestar orientações
sobre como analisar e a detectar
adulterações dos alimentos. Os participantes estarão capacitados também
a educar a população sobre como
prevenir doenças decorrentes do consumo de alimentos contaminados.
Fonte: UFMA
Pedagogia oferece
cursos de extensão
a professores da
Educação Básica
Nos dias 5, 6, 7 e 9 de agosto, a Universidade Federal do
Maranhão oferecerá atividades
de extensão a professores da
Educação Básica nos formatos
de ateliês e minicursos. Os
conteúdos do evento serão ministrados no turno vespertino
pelos estudantes da disciplina
Estágio Supervisionado em
Formação de Formadores no
Centro de Ciências Sociais
(CCSO), na Cidade Universitária.
Os temas abordados nos
quatro dias abrangem aspectos
pedagógicos do Ensino Infantil,
Ensino Fundamental e Ensino
Médio, por meio de discussões
que envolvem os eixos de Jogos
e Brincadeiras; Leitura e Escrita; Tecnologia Educacional;
Relação Família/Escola; Matemática e Educação Especial.
Para participar das atividades é necessário preencher
o formulário de inscrição e
enviá-lo para o e-mail formacaocontinuadaufma@outlook.
com, indicando, no título da
mensagem, um dos oito cursos
oferecidos, ou ainda pelo Facebook, por meio do endereço
formacaocontinuadaufma@
outlook.com.
Vale lembrar que as vagas
são limitadas a 35 participantes
por turma e ao final serão oferecidos certificados aos inscritos,
com uma carga horária de 20
horas/aula.
Mais informações podem
ser encontradas na página da
UFMA (www.ufma.br).
Ano XII nº 2416 Pag. 02
02 de agosto de 2013
Estado laico esquecido,
religião oficial consagrada
Por Alberto Dines (Editor Chefe do site Observatório da Imprensa)
Parte 02
Estimativas inflacionadas
Foi um discurso rico, estimulante
sob o ponto de vista filosófico e algo
desafiador sob o ponto de vista político
por escancarar a percepção de que o
laicismo dos crentes nunca será absoluto, sempre relativizado: segrega os
descrentes, não lhes oferece o mesmo
espaço-cidadão.
A cobertura do discurso nas edições de domingo (28/7) só agravou a
noção de que nosso país adota uma religião oficial. Apenas a Folha de S.Paulo
tentou valorizar com um subtítulo o
parágrafo sobre laicismo do discurso
pontifical. Os demais se contentaram
em reproduzir burocraticamente a
íntegra. E estamos conversados.
Na segunda-feira (29), nenhum
opinionista deu sequência à opinião
do papa Francisco, exceto o jornalista
Luís Paulo Horta, que dividiu com o
também jornalista Frei Betto o recanto
de opinião do caderno diário do Globo
sobre a Jornada Mundial da Juventude
(JMJ).
A grande verdade é que nossa imprensa não é laicista, nem laica, não se
ocupa/preocupa com secularismo ou a
isonomia no Estado de Direito. Nunca
o fez. Exceto no período 1808-1822,
quando, a exemplo de Hipólito da
Costa, alguns jornalistas-fundadores
assumiam-se como maçons e, mais
tarde, nos albores da República, quando os positivistas defendiam a rigorosa
separação entre Igreja e Estado.
Hoje, a forte penetração do Opus
Dei nos grandes e médios jornais bra-
sileiros, tanto nos comandos intermediários
como na cúpula das
entidades corporativas, não permite nem
permitirá que o debate sobre o laicismo
possa prosperar e ser incorporado à agenda para o aperfeiçoamento democrático.
A prova mais recente foi a cobertura
da visita do papa Francisco não apenas
intensa, extensa e pouquíssimo isenta
como também nada pluralista. Aliás,
assumidamente devocional e engajada.
Quando a mídia não assume os princípios
de tolerância e respeito às diferenças, o
Estado adota o mesmo comportamento
e incorpora os mesmos favorecimentos.
Jornais impressos não são obrigados
a ser equilibrados, mas caso pretendam
uma imagem de credibilidade deveriam
tentar posturas mais naturais, equidistantes. Porém a TV, sobretudo a TV aberta,
é uma concessão pública, do Estado, e,
como tal, não pode estar atrelada a uma
religião, muito menos transmitir cultos
religiosos ao vivo em versão integral.
Não foi o que aconteceu com a cobertura da homilia do papa na quinta-feira
(25/7), pela GloboNews, transmitida ao
vivo de Copacabana com os/as âncoras in
loco, tiritando de frio, porém devidamente
aquecidos pela fé religiosa.
Também a via-crúcis, encenada na
mesma Copacabana, foi transmitida integralmente (sem comerciais) pela Rede
Globo, em TV aberta, ao vivo, na noite de
sexta-feira. O único jornalista a registrar
o pecado foi Nelson de Sá, da Folha (sábado, 27/7). A Rede Globo não ofereceu
explicações. E ninguém cobrou. Nem a
Folha, embora o jornal tenha sido o único
veículo a contestar as estimativas absurdamente inflacionadas divulgadas
pelos organizadores no tocante ao
número de participantes dos diferentes
eventos da Jornada.
Dupla de gigantes
Ao contrário do que aconteceu na
Copa das Confederações permeada
por críticas e questionamentos, o noticiário geral da JMJ foi energizado pela
devoção. Até mesmo as tremendas
falhas de organização e logística da
prefeitura do Rio foram perdoadas. No
balanço final apresentado pelo prefeito
Eduardo Paes na segunda-feira (29)
ele se autoconferiu a nota dez e ficou
por isso mesmo. Assim se constroem
factoides e ilusões.
O natural entusiasmo dos jovens
peregrinos e a emoção dos cariocas extasiados com a figura benevolente do
pontífice foram sutilmente utilizados
para maquiar a imperdoável improvisação. A ausência de acidentes ou
incidentes nas colossais concentrações
humanas nas areias de Copacabana
não pode ser tomada como façanha
das autoridades. Resultaram da índole
de um povo simples, crente, fascinado
pelos espetáculos, atraído por uma
intensa, demorada e perfeita cruzada
motivadora.
Seus autores: a dupla de gigantes
da comunicação devidamente irmanados: a igreja católica e a Rede Globo.
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