UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
A IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DA QUALIDADE DE VIDA E DO
STRESS NO DIA A DIA DOS TRABALHADORES NAS
EMPRESAS
Por: Lícia Cristina de Almeida Félix
Orientadora
Profª. Fabiane Muniz
Niterói
2012
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
A IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DA QUALIDADE DE VIDA E DO
STRESS NO DIA A DIA DOS TRABALHADORES NAS
EMPRESAS
Apresentação de monografia à Universidade
Candido Mendes como requisito parcial para
obtenção do grau de especialista em Gestão de
Recursos Humanos
Por: Lícia Cristina de Almeida Félix
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar agradeço ao meu Deus por ter
permitido a minha trajetória até o final deste trabalho. A
minha professora Fabiane Muniz que me orientou nessa
pesquisa. A minha amiga Andréa, aos funcionários da
secretaria e aos outros professores que contribuíram
para o meu crescimento profissional, e a todos vocês,
meu muito obrigado!
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a minha mãe Yolanda, por
me proporcionar a chegar até aqui. Só posso
dizer muito obrigada! Só você sabe o que é não
ter
que
ter
pra
dar!
RESUMO
Este trabalho tem por finalidade enfatizar a importância da qualidade de
vida no trabalho que consiste na conciliação dos interesses dos indivíduos e
das organizações visando melhoras na satisfação do trabalhador e na
produtividade da empresa. Tem como objeto de estudo desenvolver a ideia
de uma proposta boa de qualidade de vida nos trabalhadores de uma
empresa privada localizada no Estado do Rio de Janeiro, no município de
Niterói e elaborar uma forma de controle para saber lidar diretamente com o
stress.
METODOLOGIA
Trata-se de um estudo descritivo e pesquisa bibliográfica de autores
capacitados na área de Gestão de Recursos Humanos, Qualidade de Vida e
Stress, livros, trabalhos acadêmicos como teses e dissertações publicadas
na língua portuguesa e periódicos científicos brasileiros, utilizando sites
confiáveis como a Google Acadêmico que fornecem os artigos científicos
focalizando o objeto deste estudo.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO..............................................................................................08
CAPÍTULO I
DEFININDO QUALIDADE DE VIDA. E STRESS.........................................11
CAPÍTULO II
A SAÚDE MENTAL DO TRABALHADOR E AS FASES DO STRESS.......16
2.1 . Sofrimento psíquico..............................................................................18
2.2 Saúde mental no trabalho......................................................................22
2.2.1 Síndrome de Burnout..........................................................................22
2.2.2 Lesão por esforço repetitivo (LER ou DORT)......................................25
2.3 Fases do stress......................................................................................28
CAPÍTULO III
QUALIDADE DE VIDA NO AMBIENTE ORGANIZACIONAL COMO
MEIO DE PREVENÇÃO AO STRESS ........................................................31
CONCLUSÃO...............................................................................................35
BIBLIOGRAFIA CITADA..............................................................................36
ANEXOS.......................................................................................................42
Anexo A – Caderno de aplicação.................................................................43
Anexo B – Avaliação Diagnóstico................................................................47
Anexo C- Manual do Inventário de sintomas de Stress para adultos
De Lipp (ISSL)..............................................................................................49
ÍNDICE........................................................................................................53
FOLHA DE AVALIAÇÃO.............................................................................54
8
INTRODUÇÃO
A
realização
deste
trabalho
teve
por interesse
as
questões
concernentes a qualidade de vida e do stress no dia a dia dos trabalhadores
nas empresas, visto que atualmente, vem crescendo exorbitantemente o
desenvolvimento industrial não realizando à priori uma promoção e prevenção
da saúde, pois estes trabalhadores passam grande parte de sua vida em seu
local de trabalho, numa rotina acirrada de produção mental e física,
favorecendo as doenças ocupacionais, dentre eles o stress gerando sofrimento
psicológico e dano físico levando a perda da produtividade e prejuízo das
relações humanas.
Diante deste contexto, a busca da qualidade de vida no trabalho se
tornou fundamental em nossa sociedade, aonde esta, em sua organização
cultural, impunha aos trabalhadores condições desfavoráveis como o stress,
pois, visava apenas e tão somente o lucro através da produtividade nas
organizações.
Esta organização cultural começa a perder importância quando estes
trabalhadores deixam de serem “apenas trabalhadores”, se tornando cada vez
mais elementos estratégicos por excelência, tornando seu desempenho como
parte inerente ao desenvolvimento da organização.
Buscar uma boa qualidade de vida nos trabalhadores não implica
somente nas transformações biopsicossociais, mas também na melhoria
econômica não só da empresa assim como nos cofres públicos devido ao
afastamento das doenças ocupacionais.
Visto que os trabalhadores de empresa têm uma Qualidade de Vida
“zero” e a carga de Stress muito alta, como esses fatores influenciaram nas
dificuldades e necessidades existentes dentro das empresas?
9
Justifica-se a proposta deste trabalho em investigar a Qualidade de
Vida dos trabalhadores, que atuam sobre pressão e tensão, vinda á tona o
stress que é o desencadeador de doenças psicossomáticas.
Para que esses trabalhadores tenham qualidade de vida é essencial
que sejam trabalhadas questões com prevenção no local de trabalho
adequado, obedecer à carga horária, descanso, lazer e praticar alguma
atividade física. Sem este tipo de prevenção, o stress acaba se manifestando
através de dores, traumas, infecções, etc.
Essa pesquisa bibliográfica se faz pertinente, porque dentro dessa
empresa foi observado que as pessoas estão insatisfeitas com o seu trabalho e
desempenho como profissional em suas tarefas. Através desta pesquisa
pretendo buscar uma forma, para que esses profissionais tenham qualidade de
vida e evitem tamanho stress para os funcionários dessa empresa.
Portanto, para melhorar esses problemas a empresa precisa fazer um
bom investimento em seus funcionários, como contratar profissionais
qualificados para dar suporte a esses e ensinando a obter uma excelente
qualidade de vida e assim evitar o stress. Com isso a empresa só terá
rendimentos, a satisfação dos empregados, do cliente e um bom nome no
mercado.
Este estudo contribuirá para o enriquecimento dos cursos de pósgraduação em Gestão de Recursos Humanos servindo como fonte de pesquisa
para alunos, e acadêmicos de gestão focando a qualidade de vida no ambiente
organizacional com uma abordagem teórica com base bibliográfica para a
realização de TCC.
Os métodos de procedimentos a serem utilizados nesta pesquisa foram
basicamente um estudo descritivo de abordagem qualitativa, que atua na
tendência observada e empregada para compreensão. Desenvolveremos o
trabalho mediante pesquisa bibliográfica provenientes de material de livros e
periódicos científicos, brasileiros, monografias e teses publicados, utilizando
10
sites confiáveis como o Google Acadêmico que fornecem os artigos científicos
focalizando o objeto deste estudo.
O trabalho foi desenvolvido em três capítulos. O primeiro consiste na
conceituação de qualidade de vida e de stress. No segundo capítulo
comentaremos a saúde mental do trabalhador e as fases do stress. E por fim,
no terceiro e último capítulo abordaremos qualidade de vida no ambiente
organizacional como meio de prevenção ao stress.
11
CAPÍTULO I
CONCEITUANDO QUALIDADE DE VIDA E STRESS
A preocupação com a qualidade de vida é antiga e está diretamente
ligada ao desenvolvimento econômico nas sociedades e nas teorias que a
fundamentam. Para cada avanço o contexto apresenta-se de uma forma e
características específicas, mas todos visando não somente o bem-estar e a
satisfação desse trabalhador durante seu desempenho nas atividades
laborativas organizacionais (GALEANO, VIEIRA e ARAÚJO, 2011).
Para Alves (2006, p.12),
[...] a qualidade de vida não refere-se somente à prática de exercícios
físicos e cuidados com a saúde, mas também a diversos fatores que
determinam se uma pessoa leva ou não uma vida adequada de
acordo com seus padrões pessoais.
Fatores estes que flui tanto diretamente assim como indiretamente na
vida desses trabalhadores que são obrigados a cumprir e executar as metas de
uma organização. Através de programas participativos que favorecem a
qualidade de vida são despertados fatores favoráveis aos seus padrões
comportamentais.
Silva et al., (2001 apud Gomes, 2006) a qualidade de vida no trabalho
vem sendo discutida atualmente nas organizações e no meio acadêmico pelos
motivos dos altos índices de afastamentos médicos, devido ao stress e
doenças ocupacionais.
Para Tolfo e Piccinn (2001, p 167) enfatizam que: “embora a temática
da qualidade de vida no trabalho tenha recebido considerável atenção nestas
12
duas últimas décadas, ainda existem alguma incerteza com relação ao
sentido exato do termo”.
Geralmente, empresas que não estão enquadradas na qualidade de
vida dos trabalhadores, pode se considerar hoje como inadequada, uma vez
que seus trabalhadores estão insatisfeitos com seu meio organizacional
acarretando assim a desmotivação, desinteresse e reduzindo a produtividade.
Eric Trist e seus cols (1950) denominaram a Qualidade de Vida a partir
de um estudo realizado no Instituto de Tavistock, quando se aplicava uma
técnica nova que organizava o trabalho a partir da relação entre o “indivíduo, o
trabalho e a organização”. Tal técnica era fundamentada na análise de
reestruturação da tarefa, com o foco de objetivo em tornar a vida dos
trabalhadores menos penosa e sacrificante (MACEDO e MATOS, 2007).
Na concepção histórica de qualidade de vida alguns estudiosos
referenciavam aspectos de melhoria de qualidade de vida na saúde do
trabalhador trazendo benefícios não só para este, mas também para as
empresas. Na década de 1960 os Estados Unidos passou por uma crise
financeira e os estudos sobre a qualidade de vida deu uma pequena queda
reduzindo os seus estudos. Contudo, para a sobrevivência, as empresas
deixaram de lado o bem-estar do trabalhador em sua díade da saúde física e
psicológica. Já no final de 1970 a qualidade de vida voltou a ser o centro das
atenções. E atualmente vem sendo destacado até os dias de hoje (SAMPAIO,
1999).
Em 1984 foi estipulado pelo chefe do departamento de condições e
meio ambiente de trabalho (OIT) algumas regras que asseguravam as
melhorias na qualidade de vida no trabalho. Já no ano de 1991, em Portugal o
Decreto Lei n.441/91 estabelecia normas em relação à saúde do trabalhador
expondo o termo “qualidade” como realização profissional e profissional. O
Relatório Final da Comissão Interministerial de Saúde do Trabalhador,
13
realizado em novembro de 1993 empregou a expressão qualidade de vida do
trabalhador como sendo uma nova concepção de saúde. Em 1997, no Estado
de São Paulo a Lei nº 9.505/97, garantiu que a frase “estado de saúde”
passaria a ser passar em “qualidade de vida” (GOMES, 2006).
Atualmente observa-se que o estudo da qualidade de vida no trabalho
tem sido instigado por várias discussões a respeito da qualidade total nos
ambientes organizacionais. Pois quando o trabalhador está desmotivado e
insatisfeito, de fato não poderá prestar produtividade.
Na gestão dos recursos humanos, a qualidade de vida do trabalhador
passa a ser analisada com o maior desvelo. Limongi-França (2004, p. 42)
afirma que há uma “íntima correlação entre melhoria da qualidade de vida das
pessoas e estilo da vida dentro e fora da organização” e que essa melhoria
“causará impacto na excelência e na produtividade dos indivíduos em seu
trabalho”.
A Organização Mundial de Saúde conceituou qualidade de vida numa
vertente de cinco dimensões, são elas: saúde física; psicológica; nível de
independência; relações sociais e meio ambiente (SAMPAIO, 1999).
Para Sampaio (1999, p.24)
[...] a qualidade de vida diz respeito justamente à maneira pela qual o
indivíduo interage (com sua individualidade e subjetividade), com o
mundo externo, portanto a maneira como o sujeito é influenciado e
como influencia. Logo, o acesso de uma “vida com qualidade” é
determinado por uma relação de equilíbrio entre forças internas e
externas.
De acordo com Guimarães e Grubitis (2003, p.72)
Qualidade de Vida no Trabalho é um conjunto de ações de uma
empresa que envolve diagnóstico e implantação de melhorias e
inovações gerenciais, tecnológicas e estruturais dentro e fora do
ambiente de trabalho, visando propiciar condições plenas de
desenvolvimento humano para e durante a realização do trabalho.
14
O stress foi intitulado na década de 1930 pelo médico canadense Hans
Seley que durante uma pesquisa com animais observou um desequilíbrio
orgânico desencadeando uma síndrome geral de adaptação, mais conhecida
hoje popularmente como stress.
No meio cientifico a palavra stress vem sendo estudada e discutida no
meio cientifico, principalmente na área da psicologia e da medicina no qual
quando vem focar os diagnósticos, dentre eles os distúrbios que situam-se na
integração entre mente e corpo (AZEVEDO e KITAMURA, 2001).
Neste período, a chamada teoria do stress foi aperfeiçoada e
desenvolveu-se de tal forma que as relações entre ambiente e
organismo humano, no campo biopsicossocial, passaram a ser lidos
predominantemente através de sua lente. Tal força é tão significativa
que o stress foi incluído recentemente entre as doenças constantes
do Código Internacional das doenças (AZEVEDO e KITAMURA,
2001, p. 131)
.
De acordo com Arantes e Viera (2002, p.35) o estresse é:
[...] um agente externo percebido num espaço de tempo, pelo
indivíduo que põe em jogo de defesas mentais. Os automatismos
biológicos acompanham simultaneamente o jogo das defesas
mentais. A vida psíquica pode se desorganizar, por esta ação,
correndo riscos de somatização, conforme o estado da estrutura
psíquica e do contexto somático e social.
Na concepção de Lipp (2000, p.112)
A resposta de estresse possui componentes emocionais e físicos e,
portanto, existe uma correspondência direta entre a tensão emocional
experimentada por um indivíduo em um dado momento e reações
físicas por ele exibidas.
Assim pode-se concluir que a ação externa e a reação individual
explicita conforme a dinâmica psíquica própria de cada indivíduo, que na
verdade são as vertentes atuais dos estudos sobre o estresse. E que o stress é
15
como um estado intermediário entre a saúde e a doença, passando a ser um
dispositivo indicador das conseqüências do trabalho sobre os trabalhadores,
que podem estar sofrendo em decorrência das condições e características de
sua atividade, sem necessariamente apresentar nenhum quadro patológico
definido.
16
CAPÍTULO II
A SAÚDE MENTAL DO TRABALHADOR E AS FASES
DO STRESS
Quando se comenta na saúde do trabalhador, a mente já direciona na
segurança contra acidentes ocupacionais, medicina do trabalho, promoção e
prevenção das doenças ocupacionais buscando o bem estar psicossocial
desse trabalhador. Hoje, este pensamento está direcionado e focado na
qualidade de vida do trabalhador, atenuando o stress por ele gerado e levando
vários trabalhadores a apresentarem agravos em sua saúde.
Para analisar a saúde do profissional em uma instituição organizacional
é possível verificar as variáveis de sobrecargas que comprometem a saúde
ocasionando riscos ocupacionais. Sarquis, et al., (2004, p.15) citam o termo
saúde do trabalhador como: “visa conhecer as relações entre o trabalho no
processo saúde-doença”.
Desta forma Glina e Rocha (2000), explicam que a jornada de trabalho
diária
gera
nos
trabalhadores
estresse,
cansaço,
angústia,
tensão,
ocasionando assim adoecimento tanto físico quanto psíquico.
A própria origem da palavra ‘trabalho’ encerra sua dupla condição
como atividade que envolve sofrimento e realização, já que a palavra
latina trapalium denomina um instrumento de três peças que era
utilizado tanto como instrumento agrícola como instrumento de tortura
(RAMMINGER, 2002, p.115).
Jaques e Codo (2007, p.80), ressalta ainda que toda a atividade
humana se desenvolve dentro de um quadro temporal: “em um momento dado
(horários) durante um certo tempo (duração da jornada), com uma certa
regularidade e freqüência (ritmo)”.
17
Sabe-se que alguns trabalhadores pode apresentarem habilidades e
desenvolverem estratégias individuais assim como, coletivas na tentativa de
preservar a saúde durante a execução de suas atividades, mesmo enfrentando
as diversas pressões, stress e dificuldades que impõe o próprio trabalho
(CHIAVENTAO, 2010).
Partimos do pressuposto de que o trabalho possui componentes
motores, ideativos e afetivos que, segundo Jacques e Codo (2007),
[...] o homem pensa, sente, atua e o indivíduo, ao agir, pensa sobre o
que faz; ao aprender, pensa sobre o que aprende, forma uma noção
da natureza geral e do significado deste processo, adquire
sentimentos referentes à atividade, podendo apreciá-la ou desprezála, por vezes valorizá-la ou detestá-la, e tanto o pensamento como os
sentimentos e emoções possuem repercussões motoras (JACQUES
e CODO, 2007, p.83).
As pessoas constituem unidades que agem e respondem como um
todo. Ao expor que a atividade humana possui componentes motores, ideativos
e afetivos, Jacques e Codo (2007) referem-se da mesma forma ao dizer que os
padrões comportamentais do indivíduo também se alteram.
Gilbert (2006, p.12) aponta o conceito desgaste mental no grupo das
psicopatologias como: “uma perda da capacidade corporal, psíquica e social,
concreta, potencial ou simbólica, devido a um contexto de trabalho alienado
pelas relações de poder, a respeito do qual ocupam-se as ciências sociais”.
De acordo com a autora, o desgaste psíquico reúne em um só ciclo de
compreensão: o físico, o psíquico e o social:
O físico é desenvolvido a partir de acidentes de trabalho ou a ação de
produtos químicos; os psíquicos são estabelecidos as variáveis do
‘mal-estar’, incluindo fadiga física e mental; o social ao qual o
desgaste afeta a subjetividade do trabalhador e fere sua dignidade
(GILBERT 2006, p.14).
18
Ferreira e Mendes (2001) afirmam que a atividade do sujeito no
trabalho é um processo permanente de regulação em relação aos objetivos da
tarefa, ao contexto do trabalho e a avaliação em que o sujeito faz de seu
estado interno, e a percepção acerca do prazer e do sofrimento como uma
vivência subjetiva do próprio trabalhador. Já Oliveira (2001) foca os fatores de
risco inseridos no ambiente de trabalho, veja a seguir:
A Medicina Social Latino Americana propõe, então, uma visão do
conceito de trabalho que incorpora a idéia de processo de trabalho,
na qual o foco não se restringe à sua composição ambiental
constituída dos vários fatores/agentes de risco e externo ao
trabalhador, mas como uma “categoria” explicativa que se inscreveria
nas relações sociais de produção existentes entre o capital e o
trabalho (LACAZ, 1996 apud OLIVEIRA, 2001, p.22).
Cabe neste momento citar Rocha (2005, p.04) que nos dá uma
importante
contribuição
ao
explicar
que
“as
condições
de
trabalho
inadequadas, baixa remuneração, podem também prejudicar o bem-estar e a
satisfação no ambiente de trabalho, levando-o ao stress” e consequentemente
ao sofrimento psíquico.
2.1 Sofrimento psíquico
O sofrimento psíquico no trabalho tem sido prioritariamente estudado
por alguns autores como Guimarães, Grubits, Dejours, entre outros. A história
desta área selecionou três grandes abordagens mais freqüentes e talvez mais
profundas em Saúde Mental e Trabalho que são a psicodinâmica do trabalho,
epidemiologia do trabalho e o stress, no qual é o foco de nosso tema proposto.
O
trabalhador
deveria
estar
satisfeito
com
o
seu
trabalho,
comprometido com sua instituição privada e não sentir-se pressionado pela
carga de trabalho, porém, não é bem assim que as coisas sempre funcionam,
pois este trabalhador está com sua saúde comprometida devido às “fortes
19
pressões” no ambiente de trabalho, gerando assim um aumento da sobrecarga
física e mental. Jacques e Codo (2007) esclarecem que:
O trabalhador em seu posto, sua categoria profissional comparece ali
como um sujeito. Não são só os seus braços ou o seu cérebro que
são apropriados pelo trabalho, mas é um ser humano que está em
foco, toda a dinâmica entre sua subjetividade e sua objetividade.
Afeto e razão em cada gesto produtivo. (JACQUES e CODO, 2007, p.
179).
Essa constatação coloca-nos a pensar que a saúde do trabalhador fica
comprometida, quando este começa a exercer um papel multifuncional dentro
da instituição de saúde gerando a fadiga muscular e o desgaste profissional.
Atualmente, as doenças como hipertensão arterial, depressão, stress, e
a Lesão por Esforço Repetitivo (L.E.R) ou Distúrbio Osteomuscular relacionado
ao trabalho (DORT), tem demonstrado o nexo da causalidade por serem vistas
pela Previdência como enfermidades do trabalho. A legislação brasileira,
portanto, passa a reconhecer que os esforços no trabalho podem propiciar
desequilíbrio de ordem mental, mais conhecido como sofrimento psíquico
(JACQUES e CODO, 2007).
No âmbito da saúde mental Santini e Molina Neto (2005) se referem
“síndrome do esgotamento profissional” como quadros sintomáticos típicos do
contexto atual. A flexibilização dos postos de trabalho (como capacidade de
realizar diferentes tarefas, maleabilidade de horários e de mudanças, inclusive
geográficas) representa a “captação subjetiva” do trabalhador tão característica
dos modelos organizacionais atuais.
Segue a Lista de Transtornos Mentais Relacionados ao Trabalho de
acordo com a Portaria/MS n.° 1.339/1999, conforme cita Brasil (2008, p.164)
• Demência em outras doenças específicas classificadas em
outros locais;
• Delirium, não-sobreposto à demência, como descrita;
• Transtorno cognitivo leve;
• Transtorno orgânico de personalidade;
20
• Transtorno mental orgânico ou sintomático não especificado;
• Alcoolismo crônico (relacionado ao trabalho);
• Episódios depressivos;
• Estado de estresse pós-traumático;
• Neurastenia (inclui síndrome de fadiga);
• Outros transtornos neuróticos especificados (inclui neurose
profissional);
• Transtorno do ciclo vigília-sono devido a fatores nãoorgânicos;
• Sensação de estar acabado (síndrome de burnout, síndrome
do esgotamento profissional) (BRASIL, 2008, p.164).
Sampaio (2004) cita a Organização Mundial de Saúde ao definir saúde
como uma condição física, psicológica e social. Zanelli, Borges-Andrade e
Bastos (2004), devido citam que os ensinamentos que a psicologia trouxe,
como “saúde mental no trabalho”, têm a significância do trabalhador possuir a
capacidade de amar e trabalhar. Chiavenato (1999) por sua vez demanda que
o meio organizacional envolve sejam elas psicológicas e sociológicas
saudáveis, que possam influenciar positivamente o comportamento dos
trabalhadores, evitando assim os impactos emocionais e possibilitando a
diminuição dos possíveis agentes de estressores.
A saúde mental do trabalhador, conforme proposta por Warr (1987,
apud Akutsu, 2008, p.26), é composta por cinco principais componentes: bemestar afetivo, competência pessoal, autonomia, aspiração e funcionamento
integrado.
•
O bem-estar afetivo ocupa um papel central para averiguar o
grau de saúde mental de uma pessoa. Sua estrutura é composta
de duas dimensões ortogonais entre si, que definem diversos
eixos de medidas manifestos em níveis alto, médio e baixo;
21
•
A competência pessoal é o componente descrito como um dos
recursos mais apropriados para enfrentar as dificuldades. Por
um lado esta competência estaria relacionada à capacidade
cognitiva, resoluções de problemas, habilidades psicomotoras, e
por outro, seria reflexo dos fatores emocionais, tais como uma
boa convivência com limites estabelecidos pelo senso da
realidade. Um baixo nível de competência pessoal não é
sinônimo de deteriorização da saúde mental;
•
A autonomia é a capacidade que a pessoa tem para impor suas
opiniões e ações diante das influências do ambiente. Encontrase implícito na proposição de Warr o binômio liberdaderesponsabilidade, no sentido de que, para sentir-se mentalmente
saudável,
é
necessário
vivenciar
independência
com
responsabilidade pelos atos, preservando a interação com os
fatores externos, principalmente com as pessoas. Considerar os
próprios interesses e também os demais seria também o ponto
de equilíbrio para a saúde mental.
•
Quanto a Aspiração um nível de aspiração elevado é refletido
num comportamento motivado, na agilidade para novas
oportunidades e no esforço para enfrentar desafios que são
pessoalmente significativos. Conduto, quando são exibidos
baixos níveis de aspiração, verificam-se atividade reduzida e
uma aceitação do estado presente, não importando o quão
insatisfatório isso pareça aos outros. É importante manter a
aspiração elevada como uma forma de reforçar a saúde mental,
pois a pessoa mentalmente saudável não está isenta de tensão
ou ansiedade, uma vez que, ao se esforçar para alcançar metas
pessoais identificando e procurando objetivos difíceis, o
indivíduo pode enfrentar muitas situações de estresse.
22
•
E por fim o Funcionamento Integrado que se distingue dos
demais componentes por sua abrangência global em relação ao
ser humano, sendo exatamente por essa distinção que se torna
importante. Pressupõe equilíbrio e harmonia entre os outros
componentes de saúde mental e nas relações entre trabalho,
família e lazer (Warr 1987, apud Akutsu, 2008, p.26).
Podemos concluir que esses cinco componentes podem afetar
intrinsecamente a saúde mental desses trabalhadores no ambiente de trabalho.
2.2. Saúde mental no trabalho
Atualmente tem-se visto a questão da precarização no ambiente de
trabalho que leva muitas vezes, o trabalhador a apresentar um desgaste físico
e psicológico devido suas condições de trabalho e vivências de riscos
ocupacionais.
Observa-se que muitos trabalhadores para complementar a sua renda
e orçamento familiar, devido aos baixos salários, realizam dupla e/ou até tripla
jornada de trabalho. No entanto, todo ato pode vir a causar sérias
conseqüências, dentre elas, o estresse crônico, que é chamada de síndrome
de burnout. Ou até mesmo as lesões por esforço repetitivo (LER) ou Distúrbios
osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT) que podem interferir em
alguns
aspectos
referentes
à
qualidade
de
vida
desse
profissional
(GUIMARÃES e GRUBTS, 2004).
2.2.1 Síndrome de Burnout
Foi nos meados de 1970 nos Estados Unidos que surgiu a conceituação
da síndrome de burnout, para explicar o processo de deteriorização nos
23
cuidados e atenção aos profissionais em relação ao trabalho. Na verdade
síndrome de burnout significa “estar esgotado ou queimado” (FRANÇA e
RODRIGUES, 1997).
Trata-se de uma síndrome multidimensional, caracterizada por três
componentes: exaustão emocional, diminuição da realização profissional e
despersonalização, mais conhecida como a síndrome do desgaste profissional
(BORGES, et al. 2002, p.193).
O primeiro componente a exaustão emocional refere-se a situação em
que o trabalhador percebe que suas energias estão esgotadas e que não
podem dar mais de si mesmo, surgem então, o aparecimento do cansaço,
ficando o mesmo propenso a sofrer acidentes laborais, ansiedade, abuso de
álcool, cigarros e outras drogas ilícitas. O segundo refere-se diminuição da
realização profissional, isto é, afeta a eficiência e a habilidade para a
concretização das tarefas, prejudicando seu desempenho profissional. O
terceiro
e
último
componente
da
síndrome
multidimensional
é
a
despersonalização, isto é, o desenvolvimento de imagens negativas de si
mesmo, junto com um certo cinismo e ironia com as pessoas do seu ambiente
de trabalho (BORGES, et al., 2002).
A Síndrome de Burnout é caracterizada pelas longas jornadas de
trabalho e representa uma forma de adaptação às fontes de estresse, ou seja,
é um processo recorrente aos aspectos do contexto de trabalho e interpessoais
que contribuem efetivamente para o seu desenvolvimento (JACQUES e CODO,
2002).
Segundo pesquisa realizada pela International Stress Management
Association do Brasil – Isma-BR, três em cada dez trabalhadores apresentam
quadro crônico de estresse, caracterizado pela síndrome de burnout (VIANA,
2009).
24
Desta maneira, observa-se que muitos trabalhadores que atuam no
ambiente organizacional acabam manifestando o estresse ocupacional, devido
ao excessivo desgaste físico e emocional realizado pela sobrecarga de
trabalho.
De acordo com Maslach (2002, apud Carlotto e Câmara, 2004, p.500)
“que tem emergido de quase todos os estudos é a conceituação de burnout
como uma síndrome psicossocial surgida como uma resposta crônica aos
estressores interpessoais ocorridos na situação de trabalho”.
Nesse sentido Carlotto e Câmara (2004), deixam claro que a síndrome
de Burnout inicia com o estresse não cuidado e vai gradativamente a fases
estressantes até se tornar crônico e consumar-se na síndrome.
Os profissionais diante do estresse e acúmulo de funções, não
conseguem mais caminhar com uma vida “normal”, ou seja, acabam se
julgando incapazes de lidar com as pressões do dia-a-dia, desenvolvendo no
decorrer de suas rotinas, sentimentos e atitudes negativas, afetando as
habilidades e competências profissionais, além de apresentar irritabilidade e
agressividade (CARLOTTO e CÂMARA, 2004).
Em uma visão biopsicossocial, França e Rodrigues (1997) afirmam que
o estresse se constitui de uma inter-relação entre a pessoa, o ambiente e as
circunstâncias no qual está inserido, e que este desgaste profissional
(estresse) pode ser avaliado como uma ameaça na qual põe em perigo o bem
estar do profissional.
Codo e Vasques-Menezes (1999, p.02) descreve bem a sintomatologia
da síndrome de burnout.
(exaustão emocional) sem perspectivas de crescimento, irritam-se
com facilidade, despersonalizam-se (desenvolvimento de sentimentos
e atitudes negativas e de cinismo às pessoas destinatárias do
trabalho), falta de envolvimento pessoal no trabalho; (tendência a
25
uma ‘evolução negativa’ no trabalho, afetando a habilidade para sua
realização). Sintomas próprios da Síndrome de Burnout.
Na síndrome de burnout, o distúrbio psíquico pode nomear a
concentração e atenção ao realizar as atividades do dia-a-dia, assim como os
lapsos de memória, a ansiedade, as frustrações, a impaciência, a irritabilidade
e a agressividade (CAMPOS, 2008).
Posen (1995 apud Rocha, 2005, p. 06) afirma que: “os sintomas físicos
do estresse mais comuns são: fadiga, dores de cabeça, insônia, dores no
corpo, palpitações, alterações intestinais, náusea, tremores e resfriados
constantes”.
Portanto, cabe aqui salientar que a Síndrome de Burnout pode ser
formada pelas longas jornadas de trabalho representando uma forma de
adaptação às fontes de estresse (GUIMARÃES e GRUBITS, 2004).
2.2.2 Lesões por Esforços Repetitivos (LER) ou Distúrbio
Osteomusculares relacionados com o trabalho (DORT)
A LER/DORT como são conhecidas no Brasil, são um conjunto de
doenças relacionadas no trabalham que afetam os músculos e tendões
principalmente no pescoço e nos membros superiores do trabalhador,
causando sofrimentos e incapacidades.
A Lesão por Esforço Repetitivo ou Distúrbio
Osteomuscular Relacionado ao Trabalho (LER/DORT) é
uma das mais importantes causas de afastamento e
destaca-se entre as maiores repercussões na saúde do
trabalhador decorrentes das transformações do trabalho,
principalmente dos novos modelos organizacionais e de
26
gestão (BRASIL, 2001, apud MENDES e LANCMAN,
2010, p.24).
As lesões por esforços repetitivos no ambiente de trabalho podem
causar no profissional da enfermagem fadiga neuromuscular por estar por
vezes realizando um trabalho estático, ou seja, em posição fixa com
movimentos repetitivos, como por exemplo, o preenchimento dos prontuários,
ou a separação das medicações prescritas. Diante deste quadro prescrito,
muitos dos profissionais de enfermagem queixam-se de formigamentos, dores,
dormências, choque e fadiga precoce (TAINO, 2007).
Diante da precariedade das condições de trabalho, levam os
enfermeiros a listas dos agravos à saúde, dentre eles a lombalgia que são os
problemas músculos esqueléticos. Outros, podemos citar as tendinites,
tenossinovites, sinovite em particular de mãos, punhos, cotovelos e ombros,
causados pela LER/DORT (LACAZ, 2000).
As tendinites, sinovites e tenossinovites são as inflamações dos
tendões e suas bainhas, podendo por vezes evoluir para uma microlesões ou
até mesmo uma ruptura completa do tendão (MUROFUSE e MARZIALE,
2005).
Uma pesquisa realizada pela Fundacentro (2008) relata que a principal
causa do avanço da LER/DORT no mundo é a sobrecarga de esforços
impostos aos trabalhadores para atender as exigências do mercado para o
aumento de produtividade na empresa.
Em 1991, o Ministério da Previdência Social junto com a Norma
Técnica de Avaliação da Incapacidade elaboraram um documento sobre a LER
na qual foi revisado em 1993 no qual passa a incorporar que:
As afecções que podem acometer sinovias, músculos, fáscias,
ligamentos isolada ou associadamente, com ou sem degeneração de
tecidos, atingindo principalmente, porém não somente, os membros
27
superiores, região escapular e pescoço, de origem ocupacional
decorrente de forma combinada ou não de: uso repetitivo de grupos
musculares; uso forçado de grupos musculares; e manutenção de
postura inadequada (TAINO, 2007, p.60)
Foi em 1998 que ocorreu uma nova revisão desta norma, com
mudanças radicais, ou seja, substituiu a sigla LER por DORT, isto é, distúrbios
osteomusculares relacionados ao trabalho, marcando uma abordagem
ergonômica e epidemiológica dos fatores de riscos ocupacionais, sendo agora
apresentados como fatores etiogênicos e patogênicos a tarefas repetitivas,
posturas inadequadas e trabalho interrupto e excessivo (TAINO, 2007).
Segundo as Normas Técnicas do Ministério da Previdência Social
(1993) os DORT apresentam em quatro graus. São eles: a) GRAU I - Sensação
de peso e desconforto no membro afetado. Dor espontânea no local, às vezes
com pontadas ocasionais, durante a jornada de trabalho, que não interferem na
produtividade, é de bom prognóstico para o tratamento; b) GRAU II - Dor mais
persistente, mais intensa e aparece durante a jornada de trabalho de forma
intermitente, os sinais clínicos de modo geral continuam ausentes, o
prognóstico ainda é favorável; c) GRAU III - A dor torna-se mais persistente,
mais forte e tem irradiação mais definida, o repouso em geral só atenua a
intensidade, aparece mais vezes fora da jornada, especialmente à noite, os
sinais clínicos estão presentes, o retorno ao trabalho nessa fase é problemática
e o prognóstico reservado; e d) GRAU IV - Dor forte, contínua, por vezes
insuportável, levando a intenso sofrimento, dói até quando o membro está
imobilizado. A perda de força e controle dos movimentos são constantes. O
inchaço é persistente e podem aparecer deformidades. As atrofias,
principalmente dos dedos, são comuns em função do desuso. A capacidade de
trabalho é anulada e a invalidez se caracteriza pela impossibilidade de um
trabalho produtivo regular. Os atos do cotidiano são também altamente
prejudicados. Nesse estágio, são comuns as alterações psicológicas, com
quadros de depressão, ansiedade e angústia (FREITAS, 2007, p.33-34).
28
De acordo com as estatísticas da Previdência Social (2006) a
LER/DORT representou em torno de 45% das quase 27.000 ocorrências de
doenças registradas no país. Segundo especialistas estes números não
refletem a realidade, já que existem subnotificações de doenças e acidentes
relacionados ao trabalho que chegam perto dos 80% (ANAIS, 2000).
Para se ter uma dimensão do problema no Brasil, o Ministério da
Saúde com apoio técnico da Fundacentro implementou em todo o território
nacional o cumprimento da portaria do MS 777/04 ao sistema de informações
do SUS. Esta portaria se estabeleceu em abril de
2004 que determina
notificação compulsória de várias doenças do trabalho, inclusive a LER/DORT
(DIAS, 2006).
No Brasil, os distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho
(DORT) já é considerado a segunda causa de afastamento do trabalho. De
acordo com a Organização Mundial de Saúde, na região Sudeste, de cada cem
trabalhadores, um é portador de DORT. Dados do INSS (1997) constatou que a
despesa anual do Brasil entre aposentadorias, tratamento médico e
indenizações devido ao DORT geram em torno de cinco bilhões de reais e que
nos últimos cinco anos foram emitidos ao CAT (Centro de Atendimento ao
Trabalhador) mais de quinhentas mil comunicações sobre o DORT (FREITAS,
2007).
2.3
Fases do stress
Lipp (2000, p.13) considera o stress emocional como sendo como “uma
reação complexa e global do organismo, envolvendo componentes físicos,
psicológicos, mentais e hormonais que se desenvolve em etapas, ou fases”.
Esse tipo de manifestação pode ocorrer em qualquer tipo de pessoas, sem
29
restrições de raça, sexo ou idade, pois todo ser humano está sujeito a
incapacidade de suportar a os fatores estressantes física e emocionalmente.
As três fases do stress são constituídas como: alerta, resistência e exaustão.
A fase de alerta ou alarme é considerada como sendo a fase positiva
do stress, ou seja, ele, o alerta, potencializa através da produção de adrenalina
para sobrevivência causando a sensação de plenitude e bem-estar. As
alterações fisiológicas nesta fase podem desencadear desde o aumento da
freqüência cardíaca, pressão arterial alta, aumento da glicose no sangue,
dilatação das pupilas, ansiedade, entre outros.
Na fase de resistência, o trabalhador lida diretamente com seus
estressores de modo a manter o equilíbrio interno. Porém se esses estressores
persistirem ocorrerá uma quebra na sua resistência ocasionando a quaseexaustão. Isto é, essa pessoa passa a fase da quase-exaustão significando o
processo de adoecimento, iniciando uma vulnerabilidade genética ou adquirida
mostrando no decorrer por uma deteriorização. As alterações fisiológicas nesta
fase podem desencadear irritabilidade, insônia, oscilações de humor, gastrite,
doenças de caráter psicossomático, entre outros.
E por último, a fase de exaustão que é quando o trabalhador não
consegue encontrar um meio de alívio ou remoção dos estressores, levando
assim a conseqüências sérias, como doenças graves nos órgãos mais
propensos e vulneráveis como, por exemplo, o enfarte, psoríase, úlceras,
depressão, entre outros (LIPP, 2000).
Além das fases do stress citados acima, eles pode ser subdivido em
dois tipos conforme citam Azevedo e Kitamura (2001, p.140):
•
Eustress – é caracterizado pela tensão com o equilíbrio entre
esforço, tempo, realização e resultados. É o tipo de stress
essencial para o desenvolvimento do indivíduo em várias etapas
de sua vida. Também conhecido como stress positivo (eu em
grego = bom);
30
•
Distress – é caracterizado pela tensão, com o rompimento do
equilíbrio orgânico dinâmico por excesso ou falta de esforço,
incompatível com o tempo, realização e resultados. É o tipo de
stress que é corriqueiramente mencionado somente como
stress, ou seja, stress negativo, equiparável ao sofrimento, á
doença, a incapacidade e que as vezes , pode resultar em
morte.
Para que isso ocorra, a instituição organizacional deve elaborar plano
específico aos cargos e competências de seu quadro de funcionários. O
planejamento para o dimensionamento de turnos também deve compor a pauta
de organização do hospital, no sentido de assegurar não só a melhor prestação
dos serviços, mas principalmente a garantia de que a equipe estará atuando
em conformidade com suas reais possibilidades (MARINHO, 2007). Desse
modo, estará sendo evitado qualquer problema atinente à sobrecarga de
serviços e, conseqüentes, prejuízos à saúde do trabalhador, dentre eles, o
stress.
31
CAPÍTULO III
QUALIDADE DE VIDA NO AMBIENTE
ORGANIZACIONAL COMO MEIO DE PREVENÇÃO AO
STRESS
É importante destacar que a instituição organizacional apresenta uma
série de problemas de findo emocionais e físicos comprometendo a saúde
desse trabalhador. No entanto, é importante incentivar o desenvolvimento de
uma consciência crítica em relação aos efeitos do ambiente de trabalho sobre a
saúde dos mesmos.
Entretanto, como já vimos no capítulo anterior, esses trabalhadores
passam grande parte de sua vida em seu local de trabalho, numa rotina
acirrada de produção mental e física, favorecendo as doenças ocupacionais,
dentre eles o stress. E os impactos de uma melhoria na qualidade de vida pode
gerar doenças, absenteísmo, restrições ao trabalho, afastamentos, dano físico,
perda da produtividade, prejuízo das relações humanas (OLIVEIRA, 2006).
As implantações de melhorias na qualidade de vida desses
trabalhadores incumbiriam um caráter estratégico em face dos prejuízos
advindos
das
doenças
e
riscos
ocupacionais.
Poderíamos
destacar
primeiramente as condições ergonômicas das quais visam oferecer condições
adequadas de trabalho, melhorando assim a sua saúde e proporcionando uma
boa qualidade de vida.
Para que se tenha uma melhoria na qualidade de vida do trabalho, fazse necessário um planejamento dos trabalhadores e da gestão organizacional,
a fim de amenizar o sofrimento psicológico como o estresse, o burnout etc. O
trabalhador junto com a sua organização irá intervir com sua potencialidade,
32
capacidade, criatividade de solucionar os problemas advindos da gestão
organizacional (HELOANI e CAPITÃO, 2003).
Portanto,
seria
importante
que
as
empresas
organizacionais
implantassem programas de qualidade de vida no trabalho, dentre eles, a
ginástica laboral, aliados a programas de treinamentos periódicos e preventivos
em formas de palestras educativas e worshops, cursos de capacitação levando
as considerações ergonômicas a fim de estimular e conscientizar os
profissionais da área organizacional.
A ginástica laboral faz parte desse treinamento e conscientização. É
uma ginástica de curta duração, não sobrecarregando nenhum trabalhador.
Seu objetivo é priorizar a saúde do trabalhador diminuindo o stress causado
pelo trabalho, promovendo adaptações fisiológicas, físicas e psíquicas por meio
de exercícios dirigidos, aumentando assim, o desempenho profissional,
diminuindo as tensões acumuladas e prevenindo as doenças e lesões por
traumas cumulativos, como as LER/DORT (SOUZA e ZIVIANI, 2010).
No entanto, para obter qualidade de vida no trabalho, a empresa
organizacional deveria
procurar sempre estimular a
participação
dos
profissionais; desestimular a competição entre eles; avaliando e melhorando
ergonomicamente
os
sistemas
de
trabalho;
daria
treinamento,
e
psicoeducação, locais de trabalho mais acolhedores, que reine um clima
menos estressante; que os trabalhadores se sintam mais valorizados e
respeitados pensando sempre na satisfação e no bem-estar dos mesmos
(GUIMARÃES e GRUBITIS, 2004).
Na perspectiva de Guimarães e Grubitis (2004) a implantação de
algumas práticas da ergonomia para evitar a LER/DORT no ambiente de
trabalho pode assumir caráter estratégico, em face dos prejuízos advindos das
doenças e acidentes ocupacionais
Para Domborowski (2010) um bom motivo e precaução para evitar o
número de profissionais afastados do ambiente de trabalho é a educação
33
continuada em base de informações e cartilhas explicativas sobre a LER/DORT
e principalmente a aplicação da ergonomia, realizando a ginástica laboral, a fim
de conscientizar os profissionais da área de saúde em relação a postura e
sobre o que isso poderá futuramente acarretar na sua saúde. A ginástica
laboral nada mais é do que oferecer mais conforto, segurança e melhoria na
qualidade de vida desses profissionais.
A ginástica laboral consiste em exercícios realizados no local de
trabalho, atuando de forma preventiva e terapêutica, nos casos de
LER/DORT, enfatizando o alongamento e a compensação das
estruturas musculares envolvidas nas tarefas ocupacionais diárias
(POLITTO e BERGAMASCHI, 2002 apud DOMBOROWSKI, 2010,
p.203).
Message e Almeida (2006) abordam que para ter um controle dos
riscos da LER/DORT existem algumas medidas preventivas que poderiam ser
implantados nos ambientes de trabalho, como por exemplo, alongamento antes
de iniciar as atividades ou realizam pausas durante as tarefas.
Com base nesta ótica Souza e Venditti Junior (2004) diz que o
benefício da ginástica laboral traz para o ambiente de trabalho um aumento da
produtividade; diminuição de incidência de doenças ocupacionais; menores
gastos com despesas médicas; redução do índice de absenteísmo e
rotatividade dos funcionários; redução dos números de erros e falhas, pois os
profissionais ficam mais espertos e motivados.
Já para os profissionais, os benefícios adquiridos são: melhora da autoimagem; redução das dores; redução do stress e alívio das tensões; melhoria
do relacionamento interpessoal; aumento a resistência da fadiga central e
periférica; aumento da disposição e motivação para o trabalho; melhoria da
saúde física e mental.
34
Porém, Polito (2002) afirma que muitas empresas organizacionais seja
ela privada ou não, são vulneráveis quanto a implantação de um programa de
ginástica laboral e citam eles:
•
Convencer a direção da instituição que a pausa de 10 a 15
minutos para a ginástica não prejudica a produtividade;
•
Desconhecimento dos participantes quanto a importância da
ginástica interferindo e sua adesão ao programa;
•
O descrédito quanto aos resultados da ginástica considerando
que são aulas de apenas 10 minutos ( pausa-ativa);
•
Dificuldade em encontrar um local adequado para as aulas,
considerando que a instituição não é uma academia e que os
recursos existentes no local de trabalho deve ser explorados
(POLITO, 2002 apud POLETTO, 2002, p.55).
O autor enfatiza que os objetivos da ginástica laboral nas empresas
organizacionais consistem em reduzir as queixas por lesões de esforços
repetitivos e/ou doenças osteomusculares e a prevenção de doenças
ocupacionais, assim como o stress propriamente dito.
35
CONCLUSÃO
No decorrer desta pesquisa, as exigências que o mercado de trabalho
aplicam fazem com que o trabalhador sejam envolvidos em algumas situações
desagradáveis, levando-o não só ao sofrimento físico, mais também
ao
sofrimento psíquico.
Diante
dessa
dessas
cobranças
constantes
no
ambiente
organizacional, o trabalhador acaba desenvolvendo o stress ocupacional,
levando-o a desempenhar um papel disfuncional, tornando-o o seu trabalho
desmotivado e produtividade insuficiente e adquirindo outras doenças
ocupacionais que possam levá-lo ao afastamento ocupacional com sérios
agravos à sua saúde.
Para que se tenha uma melhoria na qualidade de vida do trabalhador,
faz-se necessário um planejamento dos trabalhadores e da empresa
organizacional, a fim de amenizar o sofrimento psicológico como o stress, por
exemplo.
Atualmente empresas vêm aderindo a qualidade de vida no ambiente
organizacional, prevenindo doenças e promovendo saúde, favorecendo assim
benefícios ao trabalhador, melhorando o seu desempenho profissional.
Este trabalho abordou a qualidade de vida e do stress no dia a dia dos
trabalhadores nas empresas relatando o stress como sendo um agente
catalisador e causador das doenças ocupacionais. E como forma de prevenir e
proporcionar uma melhoria na qualidade de vida abordou programas que visam
compreender o paradigma de um trabalhador saudável livre das doenças
ocupacionais geradas pelo stress.
Conclui-se que devemos focar no trabalhador, medidas preventivas no
ambiente de trabalho, desenvolver programas que incentivem e ofereçam
oportunidades para adoção de estilos de vida ativo, favorecendo o bem-estar
afetivo e a busca de melhores índices de saúde e de qualidade de vida.
36
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ZANELLI, , J. C., BORGES-ANDRADE, J. E.; BASTOS, A. V. B. Psicologia,
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42
ANEXOS
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
53
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO.....................................................................................02
AGRADECIMENTO.....................................................................................03
DEDICATÓRIA............................................................................................04
RESUMO.....................................................................................................05
METODOLOGIA..........................................................................................06
SUMÁRIO....................................................................................................07
INTRODUÇÃO.............................................................................................08
CAPÍTULO I ................................................................................................11
CAPÍTULO II................................................................................................16
CAPÍTULO III................................................................................................31
CONCLUSÃO...............................................................................................35
BIBLIOGRAFIA CITADA ..............................................................................36
ANEXOS......................................................................................................42
ÍNDICE.........................................................................................................53
54
FOLHA DE AVALIAÇÃO
Nome da Instituição: Universidade Candido Mendes
Título: A importância do estudo da qualidade de vida e do stress no dia a
dia dos trabalhadores nas empresas
Autor: Lícia Cristina de Almeida Félix
Data da entrega:
Avaliado por:
Conceito:
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