Ministério da Educação
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Reitoria – Câmpus Medianeira
PROJETO PARA IMPLANTAÇÃO DO
CÂMPUS SANTA HELENA
DA UTFPR
Cursos propostos:
• Bacharelado em Ciência da Computação
• Engenharia Agrícola
• Licenciatura em Ciências Biológicas
Proposta aprovada pelo
Conselho Universitário (Couni) da UTFPR
Deliberação nº. 06/2013, de 28 de junho de 2013
Curitiba - Medianeira, 2013
Reitoria da UTFPR
Carlos Eduardo Cantarelli
Reitor
Luiz Alberto Pilatti
Vice-Reitor
Maurício Alves Mendes
Pró-Reitor de Graduação e Educação
Profissional
Paulo André de Camargo Beltrão
Pró-Reitor de Relações Empresariais e
Comunitárias
Cion Cassiano Basso
Assessor de Desenvolvimento Acadêmico
Fábio Kurt Schineider
Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação
Paulo Ienzura Adriano
Pró-Reitor de Planejamento e Administração
Vilson Ongaratto
Assessor de Desenvolvimento Institucional
Adelaide Strapasson
Diretora de Gestão de Pessoas
Ivantuil Lapuente Garrido
Diretor de Gestão de Tecnologia da
Informação
Cleonice Mendonça Pirolla
Chefe de Gabinete
Aloysio Gomes de Souza Filho
Diretor-Geral do Câmpus Apucarana
Ilda Alberto de Carvalho
Diretora de Gestão da Avaliação Institucional
Devanil Antonio Francisco
Diretor-Geral do Câmpus Cornélio Procópio
Paulo Osmar Dias Barbosa
Diretor-Geral Pró-Tempore do Câmpus Curitiba
Alfredo de Gouveia
Diretor-Geral do Câmpus Dois Vizinhos
Alexandre da Trindade Alfaro
Diretor-Geral do Câmpus Francisco Beltrão
Marcos Massaki Imamura
Diretor-Geral do Câmpus Londrina
Idemir Citadin
Diretor-Geral do Câmpus Pato Branco
Flávio Feix Pauli
Diretor-Geral do Câmpus Medianeira
Antonio Augusto de Paula Xavier
Diretor-Geral do Câmpus Ponta Grossa
Isaura Alberton de Lima
Assessora de Projetos Interinstitucionais
Leslie de Oliveira Bocchino
Procuradora
Heron Oliveira dos Santos Lima
Diretor-Geral do Câmpus Campo Mourão
Viviane da Silva Lobo
Diretora-Geral Pró-Tempore do Câmpus
Toledo
Concepção e Estruturação da Proposta:
Antônio Luiz Baú
Cion Cassiano Basso
Diretor de Relações Empresariais e Comunitárias
Assessor de Desenvolvimento Acadêmico
Câmpus Medianeira – [email protected]
Reitoria – [email protected]
Portal: www.utfpr.edu.br
2
Lista de Figuras
Figura 1 – Localização do Município de Santa Helena no Estado do Paraná. ..................................... 8
Figura 2 – Vista do satélite do município de Santa Helena. ................................................................ 9
Figura 3 – Foto aérea das Instalações Educacionais de Santa Helena............................................... 11
Lista de Tabelas
Tabela 1 – Especificação do quadro de TAEs..................................................................................... 13
Tabela 2 – Especificação do quadro docente para os cursos pretendidos........................................ 13
Tabela 3 – Síntese do quadro de servidores necessários à implementação do projeto................... 13
Tabela 4 – Cronograma de alocação de servidores para a implantação do Câmpus........................ 14
Tabela 5 – Síntese do quadro de Cargos de Direção (CDs) e Funções Gratificadas (FGs). ................ 14
Tabela 6 – Síntese dos recursos financeiros destinados às obras, equipamentos e Assistência
Estudantil. ..................................................................................................................................... 15
Tabela 7 – Recursos de custeio necessários à manutenção do Câmpus Santa Helena para os três
anos iniciais. .................................................................................................................................. 15
Tabela 8 – Composição curricular do núcleo básico do curso de Ciência da Computação............... 18
Tabela 9 – Composição curricular do núcleo profissionalizante. ...................................................... 18
Tabela 10 – Composição curricular do núcleo profissionalizante específico. ................................... 19
Tabela 11 – Relação de disciplinas optativas e carga horária. .......................................................... 20
Tabela 12 – Relação de disciplinas optativas e carga horária. .......................................................... 20
Tabela 13 – Totalização de cargas horárias dos núcleos de conteúdos. ........................................... 21
Tabela 14 – Carga horária dispensada ao trabalho de síntese e integração de conhecimentos. ..... 21
Tabela 15 – Carga horária total do curso........................................................................................... 21
Tabela 16 – Núcleo de Conteúdos Básicos do curso de Engenharia Agrícola. .................................. 24
Tabela 17 – Núcleo de conteúdos específicos do curso de Engenharia Agrícola.............................. 25
Tabela 18 – Núcleo de atividades integradoras do curso de Engenharia agrícola............................ 26
Tabela 19 – Totalização de cargas horárias dos núcleos de conteúdos do curso de Engenharia
Agrícola. ........................................................................................................................................ 27
Tabela 20 – Carga horária das Atividades Complementares e do Estágio Curricular Obrigatório.... 27
Tabela 21 – Carga horária total do curso de Engenharia Agrícola. ................................................... 27
Tabela 22 – Núcleo de conteúdos básicos do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas. .......... 32
Tabela 23 – Núcleo de conteúdos específicos do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas. .... 34
Tabela 24 – Núcleo de Atividades Integradoras do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas. . 34
Tabela 25 – Totalização de cargas horárias dos núcleos de conteúdos do curso de Licenciatura em
Ciências Biológicas. ....................................................................................................................... 35
Tabela 26 – Carga horária das Atividades Complementares e dos Estágios Curriculares
Supervisionados. ........................................................................................................................... 35
Tabela 27 – Carga horária total do curso........................................................................................... 35
3
Lista de Quadros
Quadro 1 - Repasses financeiros dos royalties da Itaipu aos municípios lindeiros do Oeste do
Paraná. .......................................................................................................................................... 10
Quadro 2 – Síntese da identificação do curso de Bacharelado em Ciência da Computação. ........... 15
Quadro 3 – Síntese da identificação do curso de Engenharia Agrícola . ........................................... 22
Quadro 4 – Síntese das informações de identificação do curso de Licenciatura em Ciências
Biológicas. ..................................................................................................................................... 28
Lista de Siglas
AP
APCC
APS
AT
CD
CES/CNE
COEPP
Cogep
CONFEA/CREA
Couni
CP/CNE
Atividade Prática
Atividades Práticas como Componente Curricular
Atividades Práticas Supervisionadas
Atividade Teórica
Cargo de Direção
Câmara de Educação Superior/Conselho Nacional de Educação
Conselho de Ensino, Pesquisa e Pós-Graduação
Conselho de Graduação e Educação Profissional
Conselho Federal de Engenharia e Agronomia/Conselho Regional de
Engenharia e Agronomia
Conselho Universitário
Conselho Pleno/Conselho Nacional de Educação
FCC
Função Comissionada de Coordenação de Curso
FG
IBGE
IFMS
Função Gratificada
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Mato Grosso
do Sul
Produto Interno Bruto
Projeto Pedagógico de Curso
Secretaria de Ensino Superior/Ministério da Educação
Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Estado do
Paraná
Carga horária Total
Técnico-Administrativo em Educação
Trabalho de Conclusão de Curso
Universidade Estadual do Oeste do Paraná
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
PIB
PPC
SESu/MEC
Seti
TA
TAE
TCC
Unioeste
UTFPR
4
SUMÁRIO
I. Apresentação ...................................................................................................................................... 6
II. Objetivos ............................................................................................................................................ 6
II.1. Objetivo Geral ................................................................................................................................. 6
II.2. Objetivos Específicos....................................................................................................................... 6
III. Justificativas ...................................................................................................................................... 6
IV. Contextualização do Município de Santa Helena ............................................................................. 8
IV.1. Os Royalties de Itaipu .................................................................................................................... 9
IV.2. A Origem das Instalações Educacionais de Santa Helena............................................................ 10
V. Proposta de Implantação do Câmpus Santa Helena da UTFPR ....................................................... 11
V.1 Contrapartida do Município de Santa Helena ............................................................................... 12
VI. Condições necessárias à implantação dos cursos pretendidos...................................................... 12
VI.1. Quadro de pessoal ....................................................................................................................... 12
VI.1.1. Servidores Técnico-Administrativos em Educação (TAEs)........................................................ 12
VI.1.2. Servidores Docentes ................................................................................................................. 13
VI.1.3. Cronograma para alocação de servidores ................................................................................ 14
VI.2. Cargos de Direção e Funções Gratificadas................................................................................... 14
VI.3. Recursos financeiros para obras, equipamentos e Assistência Estudantil.................................. 14
VI.4. Recursos de Custeio..................................................................................................................... 15
VII. Concepções curriculares dos cursos .............................................................................................. 15
VII.1. Elementos do Projeto Pedagógico do curso de Bacharelado em Ciência da Computação........ 15
VII.2. Elementos do Projeto Pedagógico do curso de Engenharia Agrícola......................................... 22
VII.3. Elementos do Projeto Pedagógico do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas ................ 28
Anexo 1 – Cópia digitalizada do Ofício da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior
(SETI)..................................................................................................................................................... 36
Anexo 2 – Cópia digitalizada do Ofício 210/2012 – GAB da Prefeitura à Reitoria............................... 37
Anexo 3 – Cópia digitalizada do Anexo ao Ofício 210/2012 – GAB da Prefeitura de Santa
Helena .................................................................................................................................................. 38
Anexo 4 – Fotos das Instalações Educacionais de Santa Helena ......................................................... 39
5
I. Apresentação
Este documento apresenta a Proposta de Projeto para a Implantação do Câmpus
Santa Helena da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), com previsão para a
oferta dos cursos de Bacharelado em Ciência da Computação, Licenciatura em Ciências
Biológicas e Engenharia Agrícola, a ser submetida à apreciação do Conselho Universitário
(Couni) da UTFPR.
A proposta contempla as justificativas e objetivos, as informações relacionadas ao
município de Santa Helena (Paraná) e às instalações educacionais pertencente ao município
que se pretende incorporar; o detalhamento da necessidade de recursos humanos e das
funções gratificadas e cargos diretivos; o financiamento para assistência estudantil; os
investimentos necessários à adequação da infraestrutura administrativa e didática; os recursos
previstos para a manutenção do Câmpus no período de sua implantação; e informações
resumidas dos projetos pedagógicos dos três cursos pretendidos.
Ao final, estão anexados os documentos pertinentes.
II. Objetivos
II.1. Objetivo Geral
Estabelecer as condições necessárias e suficientes para a concepção, implantação e
funcionamento de um novo Câmpus da UTFPR, a ser instalado na cidade de Santa Helena,
região Oeste do Estado do Paraná.
II.2. Objetivos Específicos
(i) Elaborar documento que contemple os elementos essenciais para a implantação
do Câmpus Santa Helena da UTFPR;
(ii) Estabelecer as áreas de atuação do futuro Câmpus da UTFPR nas atividades de
ensino, com a oferta de três cursos de graduação, em consonância com o Projeto PolíticoPedagógico Institucional (PPI) da UTFPR e demais normativas internas;
(iii) Proporcionar as condições necessárias e suficientes para a implantação e
funcionamento do Câmpus Santa Helena da UTFPR; e
(iv) Agir junto às entidades proponentes no sentido de obter a garantia das
condições necessárias à execução do projeto e o cumprimento das responsabilidades
assumidas.
III. Justificativas
A proposta de Projeto de Implantação do Câmpus Santa Helena justifica-se pelas
seguintes considerações:
6
•
o interesse do governo do Estado do Paraná, oficializado por meio da Secretaria
de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI), para a implantação de um novo
Câmpus da UTFPR no município de Santa Helena;
•
as providências já diligenciadas pela Prefeitura de Santa Helena, junto à Câmara
de Vereadores, para a transferência das Instalações Educacionais do município à
UTFPR, bem como o atendimento para melhoria/reparos nas instalações e no
entendimento da necessidade de ampliação da área do Câmpus para futura
expansão;
•
o igual interesse, por parte da Reitoria da UTFPR, já manifestado junto às
entidades e lideranças santa-helenenses, uma vez atendidas e viabilizadas as
condições necessárias a esta implantação;
•
o apoio de deputados federais integrantes da bancada paranaense;
•
as credenciais da UTFPR na implantação de novos Câmpus e Instituições, com a
experiência adquirida e replicada na consolidação dos seus 12 Câmpus, na
integral implantação, em 2002, da Escola Técnica Federal de Palmas, no Estado
do Tocantins, e na implantação do Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia do Mato Grosso do Sul (IFMS);
•
as negociações, em andamento, junto ao Ministério da Educação visando a
garantia do quadro de pessoal, recursos para investimento e custeio do novo
Câmpus;
•
os avanços socioeconômicos, científicos, tecnológicos e culturais que a atuação
da UTFPR proporcionará à região oeste paranaense, por intermédio das suas
atividades de ensino, pesquisa e extensão;
•
a ampliação da oferta de vagas de ensino público de graduação e, futuramente,
de pós-graduação para a comunidade santa-helenense e região;
•
a oferta de cursos de pós-graduação lato sensu nas áreas tecnológicas,
oportunizando aos estudantes graduados a continuidade de estudos. Essa
condição proporcionará ao Câmpus Santa Helena a experiência em pósgraduação e, futuramente, poderá implantar programas stricto sensu,
integrando-se ao princípio da verticalização do ensino da UTFPR;
•
a possibilidade de mobilidade acadêmica entre os Câmpus da UTFPR, como
forma de aproveitamento de vagas, complementação de estudos,
enriquecimento curricular e especialização dos estudantes da Universidade;
•
o apoio ao desenvolvimento regional pela geração de empresas de base
tecnológica a partir de Incubadoras Tecnológicas, fato constatado nos outros
Câmpus da UTFPR;
7
•
o apoio ao segmento empresarial regional pelo desenvolvimento de projetos
cooperativos, consultorias e apoios tecnológicos prestados pela competência
técnica do quadro de servidores da UTFPR.
•
o desenvolvimento de projetos tecnológicos visando à solução de problemas,
demandados pelo segmento produtivo, por intermédio dos trabalhos de
conclusão de curso, que são componentes curriculares obrigatórios nos cursos
de graduação da UTFPR; e
•
o apoio a ser prestado pelo Câmpus Medianeira, localizado a 60 km da cidade de
Santa Helena, na implantação e consolidação do novo Câmpus em todas as suas
etapas.
IV. Contextualização do Município de Santa Helena
O município de Santa Helena teve sua origem em um projeto de apropriação da
Colonizadora Madalozzo de Erechim, Rio Grande do Sul e outros, às margens do Rio Paraná. As
primeiras famílias desembarcaram no Porto de Santa Helena por volta de 1920 e encontraram,
nesta região, um contingente razoável de ingleses que exploravam madeira e erva-mate.
Em 1924, o município foi palco de algumas ações da legendária Coluna Prestes,
que, em sua passagem pela região, expulsou os ingleses deste território. Por meio da Lei
Estadual nº 5.497, de 3 de fevereiro de 1967, é instalado em 29 de dezembro de 1968, o
município de Santa Helena, sendo nesta mesma data desmembrado de Medianeira e Marechal
Cândido Rondon.
O município de Santa Helena está localizado no extremo oeste do estado do
Paraná, conforme apresentado na figura 1, mais especificamente encontra-se no centro da
Costa Oeste do Paraná, às margens do lago de Itaipu e a uma altitude de 258 metros. Sua
população estimada em 2010 é de 23.425 habitantes (Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística - IBGE-2010).
Figura 1 – Localização do Município de Santa Helena no Estado do Paraná.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Parana_Municip_SantaHelena.svg. Acesso em:
18 abr. 2013.
8
Santa Helana está praticamente equidistante das cidades que demarcam
geográfica e politicamente a região oeste do Paraná, situada a 125 km de Guaira (ao norte), 119
km de Foz do Iguaçu (ao sul) e 114 km de Cascavel ao Leste e é polo de uma microrregião
composta por seis municípios: Entre Rios do Oeste, São José das Palmeiras, Diamante do Oeste,
Missal e Itaipulândia, com os serviços de nível estadual e federal, para estes municípios,
disponibilizados em Santa Helena, tais como Ciretran, Instituto Nacional de Seguridade Social,
Caixa Econômica, Receita Federal, entre outros.
O município conta hoje com cerca de 800 alunos cursando o ensino superior que,
em função da inexistência de instituição (privada ou pública) de graduação, são obrigados a se
deslocarem do município para as cidades da região em sua grande maioria. Uma pequena parte
deixa a cidade para morar em outros municípios para cursar a graduação. Este fato é
semelhante nas cidades que formam a microrregião.
Por se localizar as margens do Lago de Itaipu, Santa Helena conta com um grande
potencial turístico, que, em conjunto com a agricultura e a atividade industrial, compõe o
Produto Interno Bruto (PIB) da cidade. A agricultura ainda é a principal fonte de receita do
município, mas na última década as áreas relativas à agroindústria e ao turismo têm ganhado
significativo espaço na economia do município.
Na temporada de verão, a cidade recebe aproximadamente 10 mil pessoas, grande
parte proveniente da região oeste do Paraná e dos países vizinhos, principalmente argentinos e
paraguaios. Os principais pontos turísticos de Santa Helena são: A Praia Artificial, o Memorial da
Coluna Prestes, o Cristo Esplendor e a Base Náutica, conforme imagem do satélite apresentada
na figura 2.
Figura 2 – Vista do satélite do município de Santa Helena.
Fonte: http://www.googleearth.com. Consulta em: 18 abr. 2013.
IV.1. Os Royalties de Itaipu
Como uma das cidades mais afetadas pela formação do lago, Santa Helena recebe
mensalmente royalties da Itaipu Binacional como forma de compensação financeira, pois a
cidade perdeu com o alagamento mais de um terço de seu território. Cada município lindeiro
recebe royalties conforme a área alagada, estando discriminados no quadro 01 em que consta,
9
ainda, o montante acumulado desde 1993. Os royalties são utilizados pelos municípios
conforme seus próprios planos de investimentos nas mais diversas áreas.
Pode-se observar que o município de Santa Helena recebe o maior valor, em razão
da maior área alagada, comparativamente aos municípios que margeiam o lado brasileiro de
Itaipu.
Quadro 1 - Repasses financeiros dos royalties da Itaipu aos municípios lindeiros do Oeste do
Paraná.
Município
Repasse atual
Acumulado
Foz do Iguaçu
US$ 742,6 mil
US$ 277 milhões
Santa Terezinha de Itaipu
US$ 154,1 mil
US$ 57,5 milhões
São Miguel do Iguaçu
US$ 334,5 mil
US$ 137,2 milhões
Itaipulândia
US$ 661,2 mil
US$ 234,2 milhões
Medianeira
US$ 4,3 mil
US$ 1,5 milhão
Missal
US$ 147,4 mil
US$ 55 milhões
Santa Helena
US$ 970,4 mil
US$ 362 milhões
Diamante do Oeste
US$ 20,7 mil
US$ 7,7 milhões
São José das Palmeiras
US$ 7,1 mil
US$ 2,6 milhões
Marechal Cândido Rondon
US$ 206,2 mil
US$ 83,8 milhões
Mercedes
US$ 71,1 mil
US$ 25,1 milhões
Pato Bragado
US$ 173,2 mil
US$ 61,3 milhões
Entre Rios do Oeste
US$ 121 mil
US$ 42,8 milhões
Terra Roxa
US$ 5,8 mil
US$ 2,1 milhões
Guaíra
US$ 187,7 mil
US$ 70 milhões
Mundo Novo (MS)
US$ 54,1 mil
US$ 20,1 milhões
Fonte: http://www.itaipu.gov.br/responsabilidade/royalties. Consulta em: 17 abr. 2013.
Os royalties representam uma boa parcela de arrecadação de Santa Helena e,
como por lei, somente podem ser utilizados para investimentos (não em custeio). Assim, Santa
Helena conta com uma excelente rede viária (100% asfaltada), com 100% de coleta de esgoto
no perímetro urbano, tornando-se uma das cidades com melhor qualidade de vida do Paraná.
Além disso, a área rural é atendida com estradas pavimentadas com pedras irregulares em
quase sua totalidade. Os royalties também foram empregados em programas na área agrícola e
industrial, com ênfase ao setor de produção de aves, o qual conta hoje com mais de 400
aviários espalhados pelo interior e com um matrizeiro de pintainhos e uma fábrica de rações.
IV.2. A Origem das Instalações Educacionais de Santa Helena
O município de Santa Helena é uma cidade em franco desenvolvimento, com a
agricultura, comércio, indústria e, principalmente, o turismo em constante crescimento.
Desde o final dos anos 90, até a atualidade, Santa Helena tem buscado a
implantação de uma universidade pública no município. Com este intuito, entre os anos de
2000 a 2004, o município construiu e equipou, com recursos próprios, um câmpus universitário,
o qual servia como extensão para Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), com
investimentos que chegaram próximos a casa dos R$ 7 milhões.
A extensão da Unioeste, em Santa Helena, chegou a ter quatro cursos de
graduação, compreendendo: Pedagogia e Ciências Biológicas (extensão do Câmpus Cascavel) e
Administração e Educação Física (extensão do Câmpus de Marechal Cândido Rondon). Com os
10
quatro cursos em plena atividade, a extensão da Unioeste alcançou a marca de mais de 500
alunos no final do ano de 2004.
A autorização da criação de um Câmpus da Unioeste foi assinada por dois
governadores do Estado do Paraná, mas este nunca foi implantado oficialmente, devido a
problemas de diferentes ordens, entre elas, a de política. Em 2007, a Unioeste encerrou as
atividades naquela localidade.
As Instalações Educacionais de Santa Helena, apresentadas em foto aérea na
figura 3, foram construídas e equipadas pela prefeitura entre os anos de 2000 a 2004.
Figura 3 – Foto aérea das Instalações Educacionais de Santa Helena.
Fonte: http://www.movelandia.com.br/turismo.htm. Consulta em: 17 abr. 2013.
O Câmpus conta com uma área de terreno de 78.387,54 m2 e área construída de
aproximadamente 1.500 m2, sendo: 10 salas de aula; uma biblioteca com acervos básicos dos
quatro cursos que foram ministrados na extensão da Unioeste; quatro laboratórios de Ciências
Biológicas, equipados com microscópios, vidrarias, entre outros equipamentos; um auditório
com 150 lugares; duas salas reservadas para secretaria e registro acadêmico; um refeitório; três
alojamentos com dois quartos individuais para professores visitantes; uma casa para o vigilante
e um ginásio de esportes.
V. Proposta de Implantação do Câmpus Santa Helena da UTFPR
A partir do ofício OF GS/SETI 0457/12 (Anexo 1), de 11 de maio de 2012, o
Secretário de Estado da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Estado do
Paraná consulta a reitoria da UTFPR sobre a possibilidade de instalação de um Câmpus em
Santa Helena, considerando a demanda manifestada pelo município.
Assim, havendo interesse por parte do Governo Federal e estabelecendo-se a
articulação com o poder Estadual e Municipal e a aprovação pelo Couni da UTFPR deste
projeto, propõe-se a incorporação das Instalações Educacionais existentes para a implantação
do Câmpus Santa Helena da UTFPR, com o apoio do Câmpus Medianeira, distanciados em cerca
de 60 km.
11
Também, para início das atividades acadêmicas, propõe-se a oferta de três cursos
de Graduação, considerando a demanda regional, suas condições socioeconômicas, bem como
a infraestrutura didática disponível nas Instalações Educacionais de Santa Helena, sendo:
• Bacharelado em Ciência da Computação;
• Engenharia Agrícola; e
• Licenciatura em Ciências Biológicas.
V.1 Contrapartida do Município de Santa Helena
Por intermédio do Of. 210/210-GAB (Anexo 2), a Prefeitura Municipal de Santa
Helena informou à Reitoria da UTFPR que foi sancionada e publicada a Lei nº. 2.228, de 13 de
dezembro de 2012 (Anexo 3), na qual a Câmara Municipal de Santa Helena autoriza o Executivo
Municipal a doar bem imóvel e móveis à Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).
A partir deste ato dos poderes legislativo e executivo, o processo de escritura do imóvel em
nome da UTFPR está em trâmite em cartório daquele município. O Anexo 4 apresenta algumas
fotos das Instalações Educacionais que se pretende incorporar à UTFPR.
Há, também, a negociação junto ao Executivo Municipal para que a prefeitura
efetue benfeitorias nas instalações existentes, compreendendo: reparos e reformas e
cercamento do imóvel. Ainda, como contrapartida, o município deverá buscar a ampliação da
área destinada ao Câmpus em, no mínimo, 48.000 m2 (quarenta e oito mil metros quadrados),
com vistas à futura expansão das atividades de ensino, pesquisa e extensão.
VI. Condições necessárias à implantação dos cursos pretendidos
A implantação do Câmpus Santa Helena tem como condicionantes os seguintes
recursos, a serem providos pelo Governo Federal: (i) quadro de pessoal, abrangendo as
categorias dos servidores técnico-administrativos e docentes; (ii) Cargos de Direção (CDs) e
Funções Gratificadas (FGs), destinadas aos gestores; (iv) recursos financeiros para a
adequação/ampliação das instalações físicas; (v) recursos financeiros para investimento em
equipamentos e infraestrutura acadêmica e administrativa; (vi) recursos financeiros para o
programa de assistência estudantil e (vii) recursos de custeio com vistas à manutenção do
Câmpus.
De acordo com decisão do Couni, o cadastramento dos cursos no Sistema de
Seleção Unificada (SiSU) do MEC só deverá ocorrer após a garantia dos recursos orçamentários
para a adaptação das instalações e a aquisição dos equipamentos para o primeiro ano.
VI.1. Quadro de pessoal
VI.1.1. Servidores Técnico-Administrativos em Educação (TAEs)
A necessidade do quadro de TAEs compreende duas classes funcionais: (a)
servidores da Classe “E”; e (b) servidores da Classe “D”.
O Câmpus Santa Helena necessitará, para o apoio as suas atividades
administrativas e acadêmicas, um total de 761 (setenta e seis) TAEs, conforme especificação
apresentada na tabela 1.
1
O quantitativo de TAEs é estabelecido pela Secretaria de Ensino Superior (SESu) do Ministério da Educação (MEC).
12
Tabela 1 – Especificação do quadro de TAEs.
Categoria funcional
Assistente em Administração
Técnico de Laboratório/Área
Técnico de Tecnologia da Informação
Tradutor e Intérprete de Linguagem de Sinais
Médico
Psicólogo
Dentista
Jornalista
Designer
Administrador
Arquiteto
Assistente Social
Bibliotecário
Arquivista
Analista de Tecnologia da Informação
Contador
Engenheiro/Tecnólogo/Área
Pedagogo/Área
Técnico em Assuntos Educacionais
Classe
D
D
D
D
E
E
E
E
E
E
E
E
E
E
E
E
E
E
E
Total de TAEs
Quantitativos
27
6
6
2
1
1
1
1
1
3
2
3
4
2
6
2
3
2
3
76
VI.1.2. Servidores Docentes
O quadro de servidores docentes, pertencentes à carreira de Professor do
Magistério do Ensino Superior, previstos é de 622 (sessenta e dois), conforme apresentado na
tabela 2.
Tabela 2 – Especificação do quadro docente para os cursos pretendidos.
Cursos – Docentes necessários
Quantidade
Bacharelado em Ciência da Computação
Engenharia Agrícola
Licenciatura em Ciências Biológicas
Total de Docentes
20
24
18
62
Em síntese, serão necessários 76 TAEs e 62 docentes para atendimento aos três
cursos previstos, conforme síntese apresentada na tabela 3.
Tabela 3 – Síntese do quadro de servidores necessários à implementação do projeto.
Docentes e TAEs necessários
Servidores TAEs, classe “D”
Servidores TAEs, classe “E”
Docentes – Bacharelado em Ciência da Computação
2
Quantitativo
41
35
20
O quantitativo de docentes é estabelecido pela SESU/MEC. Por decisão do Couni, a UTFPR deverá negociar um
quantitativo maior de docentes, com vistas à futura expansão do Câmpus relacionada à oferta de ensino de pósgraduação stricto sensu.
13
Docentes – Engenharia Agrícola
Docentes – Licenciatura em Ciências Biológicas
24
18
76
62
138
Total de TAEs
Total de docentes
Total do quadro de servidores
VI.1.3. Cronograma para alocação de servidores
A proposta de cronograma para alocação de servidores, docentes e TAEs, para a
implantação do Câmpus Santa Helena está apresentada na tabela 4.
Tabela 4 – Cronograma de alocação de servidores para a implantação do Câmpus.
Janeiro/2014
Docentes TAEs
20
20
Janeiro /15
Docentes TAEs
30
35
Janeiro /16
Docentes TAEs
12
21
Total
Docentes TAEs
62
76
O quantitativo de servidores deverá, ainda, atender ao seguinte cronograma de
implantação/oferta dos cursos:
• em 2014 – oferta dos cursos de Bacharelado em Ciência da Computação e
Licenciatura em Ciências Biológicas; e
• em 2015 – oferta do curso de Engenharia Agrícola.
VI.2. Cargos de Direção e Funções Gratificadas
O quadro de Cargos de Direção (CDs) e Funções Gratificadas (FGs), a ser
implementado aos gestores, está apresentado na tabela 5.
Tabela 5 – Síntese do quadro de Cargos de Direção (CDs) e Funções Gratificadas (FGs).
Cargos de Direção e Função Gratificada
CD-3
CD-4
Subtotal
FG-1
FG-2
FCC (Função Comissionada de Coordenação de Curso)
Subtotal
Total
Quantitativo
1
2
3
3
3
3
9
12
VI.3. Recursos financeiros para obras, equipamentos e Assistência Estudantil
O total de recursos financeiros previsto é de R$ 24.760.000,00 (vinte e quatro
milhões e setecentos e sessenta mil reais) destinados às obras, equipamentos e à Assistência
Estudantil, conforme distribuição apresentada na tabela 6.
14
Tabela 6 – Síntese dos recursos financeiros destinados às obras, equipamentos e Assistência
Estudantil.
Recursos financeiros - Orçamento
Obras
Equipamentos
Assistência Estudantil
Destinação
15.000.000,00
6.100.000,00
3.660.000,00
24.760.000,00
Total (em R$)
VI.4. Recursos de Custeio
Os recursos necessários à manutenção do Câmpus Santa Helena, distribuídos por
três anos, a partir da implantação, estão apresentados na tabela 7.
Tabela 7 – Recursos de custeio necessários à manutenção do Câmpus Santa Helena para os três
anos iniciais.
Custeio por ano
de implantação
Recurso (em R$)
2014
2.800.000,00
2015
2.800.000,00
2016
Total
2.800.000,00
8.400.000,00
VII. Concepções curriculares dos cursos
Os três cursos propostos: Bacharelado em Ciência da Computação, Engenharia
Agrícola e Licenciatura em Ciências Biológicas serão submetidos à aprovação junto ao Conselho
de Graduação e Educação Profissional (Cogep) da UTFPR, uma vez aprovada a implantação do
Câmpus pelo Couni. Para a análise do Cogep, serão elaborados os Projetos Pedagógicos dos
Cursos (PPCs) completos, em conformidade com o estabelecido nas Diretrizes Curriculares para
os Cursos de Graduação da UTFPR, aprovadas pela Resolução Nº 009/12-COGEP, de 01/06/12.
No presente documento, são apresentados elementos destes PPCs, abrangendo,
entre outros, a identificação do curso, o perfil do egresso e a proposta de matriz curricular.
VII.1. Elementos do Projeto Pedagógico do curso de Bacharelado em Ciência da Computação
Identificação do curso
O curso de Bacharelado em Ciência da Computação tem sua identificação
sintetizada no quadro 2.
Quadro 2 – Síntese da identificação do curso de Bacharelado em Ciência da Computação.
Denominação do curso
Titulação conferida
Nível do curso
Modalidade do curso
Duração do curso
Área de conhecimento
Habilitação
Graduação em Ciência da Computação
Bacharel em Ciência da Computação
Graduação
Curso regular de Bacharelado
O tempo normal, mínimo e máximo do curso, seguirá conforme
estabelecido no Regulamento da Organização Didático-Pedagógica
dos Cursos de Graduação da UTFPR
Computação
Bacharel em Ciência da Computação
15
Regime escolar
Processo de seleção
Número de vagas
Turnos previstos
Início do curso
Por meio de pré-requisitos, sendo a matrícula realizada por
disciplinas
Realizada por processo seletivo definido pela UTFPR
O curso terá dois processos seletivos anuais, sendo um a cada
semestre com 44 alunos, totalizando 88 vagas por ano
O curso transcorrerá nos períodos matutino e vespertino
Primeiro semestre de 2014
Fundamentos formativos
O curso de Bacharelado em Ciência da Computação habilita profissionais com
conhecimentos nas áreas da Computação, aptos a desenvolverem soluções inovadoras,
envolvendo a integração de hardware e software.
O curso proposto objetiva uma formação sólida em Matemática, Física e nos
fundamentos de Ciência da Computação. O profissional estará habilitado para atuar nas áreas
em que a computação é essencial, tais como Sistemas Embarcados, Instrumentação e Controle,
Tecnologia de Informação, Comunicação, Fundamentos de Programação, entre outras. Esta
formação se revela inteiramente consistente com as tendências no desenvolvimento de
sistemas computacionais.
Finalidades e objetivos do curso
A proposição do curso de Bacharelado em Ciência da Computação fundamenta-se
no atendimento às necessidades regionais e do contexto nacional, no que tange as inovações
tecnológicas, principalmente do meio empresarial.
O curso tem como objetivo a formação de bacharéis para suprir a demanda de
profissionais na área da Informática, reconhecidamente como de crescente e acelerada
expansão e de intensa demanda de pessoas com habilidades e competências específicas.
Competências, habilidades e atitudes esperadas do egresso
O currículo do curso de Bacharelado em Ciência da Computação estrutura-se de
modo que o egresso adquira as competências, habilidades e atitudes esperadas em sua
formação, sendo integralmente baseado nas Referencias Curriculares Nacionais dos Cursos de
Bacharelado e Licenciatura.
No conjunto de competências e habilidades, destacam-se:
• desenvolvimento de estruturas e soluções computacionais;
• inovação no desenvolvimento, aplicação, suporte e manutenção dos
sistemas computacionais, tais como Redes de Computadores e Internet,
Sistemas Operacionais, Ferramentas de Desenvolvimento de Programas de
Computadores, Sistemas de Gerência de Banco de Dados e Compiladores;
• desenvolvimento de soluções computacionais para problemas de áreas
como automação, medicina, biologia, robótica, música, educação e
construção civil, além de estar habilitado para encontrar novas aplicações
para o uso dos computadores;
• coordenação e supervisão de equipes de trabalho;
• realização de pesquisa científica e tecnológica e estudos de viabilidade
técnico-econômica;
• execução e fiscalização de projetos e serviços técnicos relacionados à área
de Informática; e
• atuação profissional fundamenta na ética, segurança e impactos sócioambientais.
16
Perfil referente à modalidade
De acordo com a estrutura curricular proposta, pretende-se que o egresso do curso
de Bacharelado em Ciência da Computação tenha o seguinte perfil profissional:
• formação científica nas disciplinas básicas, que possibilite absorver e
desenvolver tecnologia;
• embasamento teórico com aprofundamento nas técnicas básicas, na
tecnologia da computação e aplicações multidisciplinares, para prosseguir o
processo de aperfeiçoamento acadêmico por meio da pesquisa e da pósgraduação;
• formação generalista em computação com embasamento matemático, com
aptidão para desenvolver soluções em qualquer área de aplicação da
informática;
• formação orientada pela prática aplicada, em consonância com a realidade
do meio profissional e da dinâmica das organizações;
• embasamento nos diversos conhecimentos que caracterizam o bacharel em
computação, proporcionado nas disciplinas profissionalizantes obrigatórias;
• capacidade crítica e criativa na identificação e resolução de problemas,
considerando seus aspectos políticos, econômicos, sociais, ambientais e
culturais, com visão ética e humanística, em atendimento às demandas da
sociedade;
• capacidade de adaptação, de modo flexível, crítico e criativo, às novas
situações.
• capacidade para acompanhar e assimilar a evolução tecnológica como
profissional já formado;
• formação humanística para que o profissional venha a ter um bom
desempenho no relacionamento humano, facilitando-lhe eventuais
treinamentos para os quais seja escalado como instrutor;
• práticas laboratoriais em todas as disciplinas profissionalizantes, com o
objetivo aumentar a capacidade do futuro profissional em desenvolver
protótipos, validar tecnologias, projetar e implementar soluções e
desenvolver aplicativos em linguagens de baixo, médio e alto nível;
• capacidade de comunicação oral e escrita, desenvolvida nas diversas
disciplinas do curso, visando a capacidade do profissional em documentar,
gerenciar ambientes operacionais e conduzir treinamentos; e
• desempenho de atividades em equipe e em parceria, por meio das diversas
atividades práticas e teóricas propostas nas disciplinas do curso, quase que
em sua totalidade.
Matriz curricular do curso
Apresentam-se, a seguir, as considerações e delineamentos que possibilitam
caracterizar a estruturação da correspondente matriz curricular do curso de Bacharelado em
Ciência da Computação.
A carga horária total do curso é de 3.595 horas, sendo que as disciplinas totalizam
3.015 horas.
O caráter generalista do curso é proporcionado pelas disciplinas que compõem os
conteúdos básicos e profissionalizantes. Neste núcleo, os estudantes adquirem competências
parciais de todas as áreas de aprofundamento futuramente abordadas. Após este núcleo, o
17
discente entra em aprofundamento com os conteúdos profissionalizantes específicos, visando
uma sólida formação em Ciência da Computação. É parte integrante da proposta a oferta de
disciplinas optativas que possibilitem o aprofundamento em áreas de interesse do estudante.
Composição da estrutura curricular
A composição da estrutura curricular, apresentada a seguir, desdobra os conteúdos
exigidos pelas Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Engenharia, conforme
definido pela Câmara de Educação Superior (CES) do Conselho Nacional de Educação (CNE) Resolução 11/2002 CES/CNE. A tabela 8 apresenta a relação de disciplinas que compõem o
núcleo básico do curso de Ciência da Computação.
Tabela 8 – Composição curricular do núcleo básico do curso de Ciência da Computação.
Conteúdos Básicos
Conteúdos
Matemática
Física
Eletrônica
Metodologia Cientifica e
Tecnológica
Comunicação e
Expressão
Informática
Desenvolvimento de
Sistemas e Programação
Administração
Total
Total percentual
Disciplinas
Cálculo Diferencial e Integral 1
Cálculo Diferencial e Integral 2
Cálculo Numérico
Geometria Analítica e Álgebra Linear
Probabilidade e Estatística
Lógica Matemática
Pesquisa Operacional 1
Física
Circuitos Digitais
Fundamentos de Eletricidade
Metodologia da Pesquisa
Comunicação e Lingüística
Introdução à Ciência da
Computação
Fundamentos de Programação
Linguagem de Montagem
Empreendedorismo
AT
102
68
34
102
68
68
34
51
51
17
Carga horária (aulas)
AP
APS
TA
0
6
108
0
4
72
34
4
72
0
6
108
0
4
72
0
4
72
34
4
72
34
5
90
51
6
108
17
2
36
34
0
2
36
34
0
2
36
17
17
2
36
34
34
34
782
72%
34
17
0
238
22%
4
3
2
60
6%
72
54
36
1.080
100%
AT - Atividade Teórica presencial; AP - Atividade Prática presencial, APS - Atividades Práticas Supervisionadas e
TA – Carga horária total (aulas). OBS.: AT e AP devem ser múltiplos de 17.
Na tabela 9 está apresentada a relação de disciplinas que compõem o núcleo
profissionalizante e suas respectivas cargas horárias.
Tabela 9 – Composição curricular do núcleo profissionalizante.
Conteúdos Profissionalizantes
Conteúdos
Banco de Dados
Desenvolvimento de
Sistemas/Programação
Disciplinas
Fundamento de Banco de Dados
Pesquisa e Ordenação de Dados
Paradigmas de Linguagens de
Programação
Linguagem de Estruturação e
Apresentação de Conteúdos
Carga horária (aulas)
AT
AP APS
TA
34
34
4
72
17
34
3
54
34
17
3
54
0
51
3
54
18
Computação Gráfica
Redes de Computadores
Telecomunicações
Sistemas Operacionais
Teoria da Computação
Administração
Ciências Humanas Sociais e
Cidadanias
Linguagem de Programação
Estruturada
Engenharia de Requisitos
Estrutura de Dados
Programação Orientada a Objetos
Computação Gráfica
Redes de Computadores 1
Comunicação de Dados
Sistemas Operacionais
Linguagens Formais e Autômatos
Construção de Compiladores
Gestão da Inovação e Tecnologia
Optativa 1
Optativa 2
Optativa 3
Total
Total percentual
17
34
34
17
34
34
17
51
34
34
34
34
51
17
51
17
34
34
34
34
34
0
17
17
17
17
17
17
510 493
48% 46%
3
54
3
4
4
4
4
4
4
4
4
2
2
2
2
59
6%
54
72
72
72
72
72
72
72
72
36
36
36
36
1.062
100%
A composição curricular das disciplinas profissionalizantes específicas está
apresentada na tabela 10.
Tabela 10 – Composição curricular do núcleo profissionalizante específico.
Conteúdos Profissionalizantes Específicos
Conteúdos
Disciplinas
Arquitetura e Organização de
Arquitetura e Organização de
Computadores 1
Computadores
Arquitetura Avançada de
Hardware
Engenharia de Software 1
Engenharia de Software 2
Aspectos Formais da Computação
Sistemas Distribuídos
Gerenciamento de Projetos
Desenvolvimento de
Tecnologia em Desenvolvimento
Sistemas/Programação
de Sistemas
Tópicos Avançados em
Computação
Interação Ser-Humano
Computador
Redes de Computadores 2
Redes de Computadores
Segurança em Redes de
Computadores
Sistemas Gerenciadores de Banco
Banco de Dados
de Dados
Sistemas Inteligentes Aplicados
Inteligência Artificial
Fundamentos de Sistemas
Inteligentes
Laboratório de Sistemas
Sistemas Operacionais
Operacionais
Disciplinas Optativas
Optativa 1
Optativa 2
Carga horária (aulas)
AT
AP
AP
TA
34
34
4
72
17
34
3
54
17
17
17
17
34
34
34
34
51
17
3
3
3
4
3
54
54
54
72
54
34
51
5
90
34
34
4
72
51
17
4
72
34
34
4
72
17
34
3
54
34
34
4
72
34
34
4
72
34
17
3
54
34
34
4
72
34
34
34
34
4
4
72
72
19
Trabalho de
Conclusão do Curso
Total
Total percentual
Optativa 3
Optativa 4
Trabalho de Conclusão do Curso 1
Trabalho de Conclusão do Curso 2
34
34
4
72
34
34
4
72
34
0
38
72
34
0
38
72
646 680 150 1.476
44% 46% 10% 100%
Em atendimento às Diretrizes Curriculares para os cursos de Graduação da UTFPR
(Resolução nº 13/06 – COEPP, de 24 de março de 2006 e Deliberação nº 07/06 – COUNI, de 26
de maio de 2006, Art. 2º -§3° - As disciplinas do núcleo de conteúdos específicos deverão ter
atividades práticas com carga horária não inferior à metade da carga horária total desse grupo
de disciplinas).
A tabela 11 apresenta a relação de disciplinas optativas. O estudante deverá
obrigatoriamente escolher quatro disciplinas, desde que esteja devidamente matriculado no
quinto período, conforme sua área de aprofundamento.
Tabela 11 – Relação de disciplinas optativas e carga horária.
Disciplinas optativas específicas
Linguagem Procedural para Bando de Dados
Banco de Dados Geográficos
Aplicações com Objetos Distribuídos
Aplicações para Internet e Comercio Eletrônico
Comunicação sem Fio
Realidade Virtual
Sistemas Multimídia e Hipermídia
Web Design
Processamento de Imagens e Reconhecimento de Padrões
Data Warehouse e Data Mining
Teste de Software
Desenvolvimento de Aplicações para Dispositivos Móveis
Desenvolvimento de Aplicações em Ambiente Visual
Total
AT
34
34
34
34
34
34
34
34
34
34
34
34
34
442
Carga horária (aulas)
AP
APS
TA
34
4
72
34
4
72
34
4
72
34
4
72
34
4
72
34
4
72
34
4
72
34
4
72
34
4
72
34
4
72
34
4
72
34
4
72
34
4
72
442
52
936
A tabela 12 apresenta a relação de disciplinas optativas e carga horária de
humanidades.
Tabela 12 – Relação de disciplinas optativas e carga horária.
Disciplinas Optativas - Humanidades
Libras I
Libras II
Fundamentos da Ética
Liderança e Gerenciamento
Relações Humanas e Liderança
Meio Ambiente e Sociedade
Total
AT
17
17
17
17
17
17
102
Carga horária (aulas)
AP
APS
17
2
17
2
17
2
17
2
17
2
17
2
102
12
TA
36
36
36
36
36
36
216
A tabela 13 apresenta as totalizações das cargas horárias para os núcleos
estruturantes do curso.
20
Tabela 13 – Totalização de cargas horárias dos núcleos de conteúdos.
Núcleos
Núcleo de Conteúdos Básicos
Núcleo de Conteúdos Profissionalizantes
Núcleo de Conteúdos Profissionalizantes Específicos
Total
Total geral
AT
799
510
646
1.955
Carga horária (aulas)
AP
APS
221
60
493
59
680
150
1.394
269
TA
1.080
1.062
1.476
3.618
3.618
A tabela 14 apresenta a carga horária necessária ao trabalho de síntese e
integração de conhecimentos
Tabela 14 – Carga horária dispensada ao trabalho de síntese e integração de conhecimentos.
Conteúdos
Atividades Complementares
Estágio Curricular Supervisionado
Total
Carga horária (horas)
180
400
580
A tabela 15 apresenta o resumo das cargas horárias do curso de Bacharelado em
Ciência da Computação.
Tabela 15 – Carga horária total do curso.
Conteúdos
Núcleo de Conteúdos Básicos, Profissionalizantes e Profissionalizantes
Específicos (3.618 aulas)
Atividades Complementares
Estágio Curricular Supervisionado
Total
Carga horária (horas)
3.015
180
400
3.595
O Estágio Curricular é atividade obrigatória e supervisionada que contabilize horas.
Além do estágio curricular, uma série de outras atividades complementares devem ser
estimuladas como estratégia didática para garantir a interação teoria-prática, tais como:
monitoria, iniciação científica, apresentação de trabalhos em congressos e seminários, iniciação
à docência, cursos e atividades de extensão.
21
VII.2. Elementos do Projeto Pedagógico do curso de Engenharia Agrícola
Identificação do curso
A proposta do curso de Engenharia Agrícola tem por finalidade formar profissionais
bacharéis, capazes de gerar, gerir, aplicar e disseminar conhecimentos e tecnologias na área da
Engenharia Agrária , além de outras que estiverem no escopo de suas competências.
O tempo necessário à formação do Bacharel em Engenharia Agrícola é de 10
semestres letivos, com uma carga horária total de 4.350 horas, abrangendo disciplinas
obrigatórias, disciplinas optativas, estágio supervisionado, trabalho de conclusão de curso e
atividades complementares.
O quadro 3 apresenta a síntese de identificação do curso proposto.
Quadro 3 – Síntese da identificação do curso de Engenharia Agrícola .
Denominação do curso
Titulação conferida
Nível do curso
Modalidade de curso
Duração do curso
Área de conhecimento
Habilitação e/ou ênfase
núcleo formador
Curso de Engenharia Agrícola
Bacharel Engenharia Agrícola
Graduação
Curso regular de Bacharelado
O tempo normal, mínimo e máximo do curso, seguirá conforme
estabelecido no Regulamento da Organização DidáticoPedagógica dos Cursos de Graduação da UTFPR
Engenharia Agrária
e/ou Bacharel em Engenharia Agrícola
O curso é presencial e funcionará em regime semestral, contendo
pré-requisitos, sendo a matrícula realizada por disciplina
A admissão dos alunos será feita por processo seletivo definido
Processo seletivo
pela UTFPR
Número de vagas ofertadas por O curso terá dois processos seletivos anuais, sendo um a cada
semestre
semestre com 44 alunos, totalizando 88 vagas por ano
Turno de funcionamento
Integral
Início do curso
Primeiro semestre de 2015
Regime escolar
Concepção do curso
A Engenharia Agrícola é um campo multidisciplinar das ciências agrárias, que
inclui áreas aplicadas das ciências naturais ou biológicas, exatas, sociais e econômicas, que, em
conjunto, visam compreender os aspectos filosóficos e técnicos da engenharia agrícola e
melhorar a prática agrícola, otimizando a produção e proteção ambiental.
Por meio da associação ensino, pesquisa e extensão, articulando às disciplinas, as
Atividades Práticas Supervisionadas (APS), o estágio supervisionado, as atividades
complementares e o trabalho de conclusão de curso, os estudantes serão estimulados a entrar
em contato com a realidade do meio de atuação profissional futura.
As atividades complementares de graduação serão estabelecidas de forma
sistemática e ofertadas aos estudantes. Estas atividades permitirão o aprimoramento da
formação profissional do egresso, sendo já regulamentadas pelo Regulamento das Atividades
Complementares dos Cursos de Graduação da UTFPR, aprovado pela Resolução nº 61/06 COEPP e retificado pela Resolução nº 56/07 - COEPP.
22
Competências e habilidades
O exercício profissional está por ser regulamentada junto ao sistema CONFEA/CREA
e refere-se à aplicação, num contexto de desenvolvimento sustentável, de conhecimentos
científicos e tecnológicos necessários ao avanço da ciência e à solução de problemas
relacionados a sistemas agrícolas, agroindustriais e ao controle da poluição, envolvendo
energia, transporte, sistemas estruturais e equipamentos, nas áreas de solos e águas,
construções rurais e ambiência, eletrificação, máquinas e implementos agrícolas, agricultura de
precisão, processamento e armazenamento de produtos agrícolas, tratamento de resíduos,
saneamento e gestão ambiental. O curso capacita o profissional para:
• exercer atividades relacionadas à concepção, projeto e construção de obras
e estruturas para sistemas agrícolas e agroindustriais, dentro dos princípios
de ambiência adequada e de conservação do meio ambiente;
• otimizar, com base no desenvolvimento sustentável, o uso da água e a sua
conservação em empreendimentos agropecuários e agroindustriais, através
de projetos de hidrologia, obras hidráulicas, irrigação, drenagem, controle
de erosão, tratamento de resíduos e saneamento;
• dimensionar e administrar frota de máquinas e implementos agrícolas com
fins de otimização do uso de energia e preservação do sistema solo-águaplanta-atmosfera;
• elaborar, modificar e executar projetos de máquinas e equipamentos
agrícolas, para atender demandas no campo de ação das diversas áreas da
prática profissional;
• administrar o sistema de produção agrícola, utilizando conceitos de
agricultura de precisão, visando à otimização do uso dos insumos agrícolas
e a minimização dos efeitos advindos da produção agrícola no ambiente;
• elaborar, modificar e executar projetos de instalações elétricas rurais;
• elaborar projetos de unidades armazenadoras visando o pré-processamento
e o processamento de produtos agrícolas;
• racionalizar o uso de energia em processos agrícolas;
• administrar unidades armazenadoras e agroindustriais;
• propor, implementar e monitorar ações direcionadas à conservação, ao
planejamento e à gestão dos recursos hídricos e ambientais;
• analisar a susceptibilidade e as vocações naturais do ambiente; e
• Elaborar estudos visando licenciamento ambiental.
Área de atuação
A área de atuação do engenheiro Agrícola é diversificada, podendo atuar como
autônomo, empresário, empregado ou membro de equipe multidisciplinar no âmbito das áreas
de recursos hídricos e ambientais, construções rurais e ambiência, armazenamento e
processamento de produtos agrícolas, energia na agricultura e mecanização agrícola,
exercendo, entre outras, as seguintes atividades:
• direção, supervisão e coordenação;
• estudo, planejamento e projeto;
• assistência, assessoria e consultoria;
• execução de projeto e serviço técnico;
• representação, desenvolvimento e venda de equipamentos;
• vistoria, perícia, avaliação, laudo e parecer técnico;
23
•
•
•
desempenho de cargo e função técnica;
licenciamento ambiental; e
ensino, pesquisa e extensão.
Matriz curricular do curso
Nessa seção são apresentadas as considerações e delineamentos que possibilitam
caracterizar a estruturação da correspondente matriz curricular do curso de Engenharia
Agrícola do Câmpus Santa Helena da UTFPR.
A carga horária proposta para o curso é de 4350 horas, que permite a coexistência
entre aulas teóricas e práticas e a geração/aquisição necessária dos conhecimentos e
habilidades para o bacharel egresso. Considerou-se para isso as áreas de atuação da profissão e
os conhecimentos necessários para tal, partindo da nomenclatura das disciplinas comuns aos
cursos de Bacharelado da UTFPR e também das demais disciplinas básicas tocantes aos cursos
de Engenharia Agrícola do Brasil, bem como da normatização do Conselho Federal de
Engenharia e Agronomia (CREA). Assim foram definidas as disciplinas que comporão o currículo
do curso, definindo-se também quais seriam básicas ou específicas.
Os conteúdos básicos deverão englobar conhecimentos das áreas das ciências
exatas, da terra e humanas, tendo a evolução como eixo integrador.
Os conteúdos específicos deverão atender as modalidades de formação
profissional específica da área de Engenharia. O núcleo de conteúdos específicos se constitui
em extensões e aprofundamentos dos conteúdos do núcleo de conteúdos profissionalizantes,
bem como de outros conteúdos destinados a caracterizar modalidades. Estes se constituem em
conhecimentos científicos, tecnológicos e instrumentais necessários para a definição das
modalidades de engenharia e devem garantir o desenvolvimento das competências e
habilidades estabelecidas nestas diretrizes.
A tabela 16 apresenta o núcleo de conteúdos básicos para o curso proposto.
Tabela 16 – Núcleo de Conteúdos Básicos do curso de Engenharia Agrícola.
Conteúdos
Biologia
Estatística
Expressão Gráfica
Física
Informática
Matemática
Disciplinas
Citologia
Microbiologia Geral
Botânica Geral
Ecologia Básica
Fundamentos de Estatística
Estatística Experimental
Desenho Técnico
Física 1
Física 2
Física 3
Introdução à Informática
Algoritmo e Programação
Cálculo Diferencial e Integral 1
Cálculo Diferencial e Integral 2
Álgebra Linear
Cálculo Diferencial e Integral 3
Cálculo Numérico
Geometria Analítica
AT
51
34
68
34
34
34
17
51
51
51
17
34
102
68
34
68
34
34
Carga horária (aulas)
AP
APS
17
4
17
3
00
4
00
2
00
2
17
3
34
3
34
5
34
5
34
5
17
2
17
3
00
6
00
4
34
4
00
4
34
4
34
4
TA
72
54
72
36
36
54
54
90
90
90
36
54
108
72
72
72
72
72
24
Metodologia
Científica e
Tecnológica
Química
Optativa 1
Optativa 2
Total (aulas)
Percentual
Metodologia da Pesquisa
34
00
2
36
Química Geral e Orgânica
Bioquímica
Química Analítica
Optativa 1
Optativa 2
68
51
51
34
34
1.088
65%
34
34
34
34
34
493
29%
6
5
5
4
4
93
6%
108
90
90
72
72
1.674
100%
A tabela 17 apresenta o núcleo de conteúdos específicos para o curso proposto.
Tabela 17 – Núcleo de conteúdos específicos do curso de Engenharia Agrícola.
Conteúdos
Automação e Controle de
Sistemas Agrícolas e
Eletricidade, Energia e
Energização em Sistemas
Agrícolas.
Avaliação e Perícias Rurais
Cartografia e
Geoprocessamento
Economia e Administração
Agrária, Gestão Empresarial e
Marketing e
Otimização de Sistemas
Agrícolas, e Comunicação e
Extensão Rural
Estruturas e edificações rurais e
agro-industriais
Fenômenos de Transporte
Hidráulica
Hidrologia
Impactos Ambientais
Mecânica e Motores,
Máquinas, Mecanização e
Transporte Agrícola
Meteorologia e Bioclimatologia
Disciplinas
Eletrotécnica
Instalações Elétricas e
Eletrificação Rural
Utilização de Recursos
Energéticos
Avaliação e Perícia de Imóveis
Rurais
Carga horária (Aulas)
AT
AP
APS
TA
68
00
4
72
34
17
3
54
34
00
2
36
34
00
2
36
Topografia Planimetria
51
17
4
72
Topografia Altimetria
Geoprocessamento
Sociologia e Comunicação
Social
Agronegócio e Economia
Rural
Administração Rural e
Empreendedorismo
Estruturas para Edificações
Rurais
Construções Rurais e
Ambiência
Fenômenos de Transportes
Hidráulica e Irrigação
Hidrologia Aplicada
Perícias, Licenciamento e
Avaliação de Impactos
Ambientais
Máquinas e Implementos
Agrícolas
34
17
17
68
3
5
54
90
51
00
3
54
68
00
4
72
68
00
4
72
34
00
2
36
51
17
4
72
34
34
34
17
34
34
3
4
4
54
72
72
34
34
4
72
34
17
3
54
Mecanização Agrícola
34
17
3
54
Agrometeorologia e
Climatologia
34
34
4
72
25
Poluição Ambiental
Preparatória
Processamento de Produtos
Agrícolas
Saneamento, Gestão e
Legislação Ambiental
Sistema de Produção
Agropecuário
Sistema de Tratamento de
Resíduos
Sistemas de Irrigação e
Drenagem
Solos
Técnicas e Análises
Experimentais
Tecnologia e Resistência dos
Materiais
Optativa 3
Optativa 4
Total (aulas)
Percentual
Poluição Ambiental
Microbiologia Ambiental
Introdução à Engenharia
Agrícola
Armazenamento de Produtos
Agrícolas
Tecnologia Pós Colheita
Saneamento Básico
Gestão e Legislação
Ambiental
Fitotecnia
Criação dos Animais
Domésticos
Sistemas Agroecológicos de
Produção
Planejamento Agroambiental
Integrado
34
34
34
51
4
5
72
90
17
17
2
36
34
17
3
54
34
34
17
17
3
3
54
54
51
00
3
54
51
00
3
54
34
00
2
36
34
00
2
36
17
17
2
36
Tratamento de Resíduos
34
34
4
72
Drenagem de Solos Agrícolas
Manejo de Irrigação
Geologia Aplicada a Solos
Gênese, Morfologia e
Classificação dos Solos
Propriedades e Processos do
Solo
Manejo e Conservação de
Solo e Água
Fertilidade do Solo
34
34
51
17
17
00
3
3
3
54
54
54
34
17
3
54
34
17
3
54
34
17
3
54
34
51
5
90
Experimentação Agrícola
34
34
4
72
34
17
3
54
51
17
4
72
68
34
34
34
1.734
65%
00
00
34
34
799
30%
4
2
4
4
149
5%
72
36
72
72
2.682
100%
Mecânica dos Sólidos Estática
Materiais e Técnicas de
Construção
Resistência dos Materiais
Elementos de Máquinas
Optativa 3
Optativa 4
A tabela 18 apresenta o núcleo de atividades integradoras para o curso proposto.
Tabela 18 – Núcleo de atividades integradoras do curso de Engenharia agrícola.
Conteúdos
Trabalho de
Conclusão do
Disciplinas
Trabalho de Conclusão do Curso 1
Trabalho de Conclusão do Curso 2
AT
34
34
Carga horária (aulas)
AP
APS
TA
0
38
72
0
38
72
26
Curso
Total (aulas)
Percentual
68
47%
0
0%
76
53%
Estágio
Curricular
Supervisionado
Estágio Supervisionado 1
Estágio Supervisionado 2
Estágio Supervisionado 3
Estágio Supervisionado 4
100 horas
100 horas
100 horas
100 horas
Atividades
Complementares
Atividades Complementares
200 horas
144
100%
A tabela 19 apresenta a totalização das cargas horárias dos núcleos que integram o
currículo do curso proposto.
Tabela 19 – Totalização de cargas horárias dos núcleos de conteúdos do curso de Engenharia
Agrícola.
Conteúdos
Núcleo de Conteúdos Básicos
Núcleo de Conteúdos Específicos
Núcleo de Atividades Integradoras
Total (aulas)
Total (horas)
AT
1.088
1.734
68
2.890
Carga horária (aulas)
AP
APS
493
93
799
149
0
76
1.292
318
TA
1.674
2.682
144
4.500
3.750
A tabela 20 apresenta a carga horária dedicada às Atividades Complementares e ao
Estágio Curricular Obrigatório.
Tabela 20 – Carga horária das Atividades Complementares e do Estágio Curricular Obrigatório.
Conteúdos
Atividades Complementares
Estágio Supervisionado em Engenharia Agrícola
Total
Carga horária (horas)
200
400
600
A tabela 21 apresenta a carga horária total para o curso proposto
Tabela 21 – Carga horária total do curso de Engenharia Agrícola.
Conteúdos
Carga horária total das disciplinas
Atividades Complementares
Estágios Curriculares Supervisionados
Total
Carga horária (horas)
3.750
200
400
4.350
O estágio curricular deve ser atividade obrigatória e supervisionada que contabilize
horas. Além do estágio curricular, outras atividades complementares devem ser estimuladas
como estratégia didática para garantir a interação teoria-prática, tais como: monitoria, iniciação
científica, apresentação de trabalhos em congressos e seminários, iniciação à docência, cursos e
atividades de extensão.
27
VII.3. Elementos do Projeto Pedagógico do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas
Identificação do curso
O curso de Licenciatura em Ciências Biológicas proposto tem por finalidade formar
profissionais licenciados, capazes de transmitir conhecimentos aos estudantes de Ensino
Fundamental e Médio, bem como gerar conhecimentos e tecnologias na área de Ciências
Biológicas, além de outras mais que estiverem no escopo de suas competências.
O tempo necessário à formação do Licenciado em Ciências Biológicas é de 8
semestres letivos, com uma carga horária total de 3.465 horas para cumprimento de disciplinas
obrigatórias, disciplinas optativas, estágio curricular supervisionado, trabalho de conclusão de
curso e atividades complementares.
O quadro 3 apresenta a síntese das informações de identificação do curso
proposto.
Quadro 4 – Síntese das informações de identificação do curso de Licenciatura em Ciências
Biológicas.
Denominação do curso
Titulação conferida
Nível do curso
Modalidade de curso
Duração do curso
Área de conhecimento
Habilitação e/ou ênfase
e/ou núcleo formador
Regime escolar
Processo seletivo
Número de vagas
Turno de funcionamento
Início do curso
Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas
Licenciado em Ciências Biológicas
Graduação
Curso regular de Licenciatura
O tempo normal, mínimo e máximo do curso, seguirá conforme
estabelecido no Regulamento da Organização Didático-Pedagógica
dos Cursos de Graduação da UTFPR
Ciências Biológicas
Licenciatura em Ciências Biológicas
O curso é presencial e funcionará em regime semestral, contendo
pré-requisitos, sendo a matrícula realizada por disciplina
A admissão dos alunos será feita por processo seletivo definido pela
UTFPR
O curso terá dois processos seletivos anuais, sendo um a cada
semestre com 44 alunos, totalizando 88 vagas por ano
Noturno
Primeiro semestre de 2014
Concepção do curso
A Biologia é a ciência que estuda os seres vivos, a relação entre eles e o meio
ambiente, além dos processos e mecanismos que regulam a vida. Portanto, os profissionais
formados nesta área do conhecimento têm papel preponderante nas questões que envolvem o
conhecimento da natureza.
O estudo das Ciências Biológicas deve possibilitar a compreensão de que a vida se
organizou no decorrer do tempo, sob a ação de processos evolutivos, tendo resultado numa
diversidade de formas sobre as quais continuam atuando as pressões seletivas. Esses
organismos, incluindo os seres humanos, não estão isolados, ao contrário, constituem sistemas
que estabelecem complexas relações de interdependência. O entendimento dessas interações
envolve a compreensão das condições físicas do meio, do modo de vida e da organização
funcional interna própria das diferentes espécies e sistemas biológicos. Contudo, particular
atenção deve ser dispensada às relações estabelecidas pelos seres humanos, dada a sua
28
especificidade. Em tal abordagem, os conhecimentos biológicos não se dissociam dos sociais,
políticos, econômicos e culturais.
Por meio da associação ensino, pesquisa e extensão, articulando às disciplinas as
Atividades Práticas como Componente Curricular (APCCs), as Atividades Práticas
Supervisionadas (APS), o estágio curricular supervisionado, as atividades complementares e o
trabalho de conclusão de curso, os estudantes serão estimulados a entrar em contato com a
realidade do meio de atuação profissional futura. A participação dos estudantes em projetos de
pesquisa e extensão deverá ser norteada pela UTFPR, de forma a assegurar o papel social desta
junto à comunidade onde a mesma está inserida.
A concepção da grade curricular está baseada no estabelecimento de prérequisitos mínimos, na opção de disciplinas optativas e de atividades complementares de
graduação, as quais oportunizarão aos alunos a busca de uma formação diferenciada,
atendendo aos seus anseios individuais, dentro das possibilidades de formação e atribuição
profissional legal, permitindo também atualização constante.
A realização de trabalhos em grupo, reunindo alunos, professores e inclusive
funcionários, é aspecto fundamental à interdisciplinaridade, congregando áreas que tenham
interesses comuns e que resultem na integração de conhecimentos. Para isso e por isso, é
fundamental que cada docente tenha visão global sobre todas as áreas que compõem o curso,
podendo com isso auxiliar os acadêmicos numa visão de entendimento do curso, como
também direcionar os conteúdos por ele ministrados a essa visão e à continuidade do
conhecimento.
Justificativa, finalidades e objetivos do curso
O curso de Licenciatura em Ciências Biológicas é um curso de graduação da área de
Ciências Biológicas que tem por objetivo formar profissionais que detenham conhecimento na
referida área, sendo denominados Biólogos. Dentre as atribuições profissionais do biólogo são
incluídas a atuação no ensino, pesquisa e prestação de serviços à comunidade. No campo de
ensino, o curso permite o desenvolvimento de habilidades para a formação de docentes
capacitados para o ensino de Ciências (Ensino Fundamental) e Biologia (Ensino Médio). Ainda,
de acordo com o artigo 1º da Lei Federal 6684/79 o exercício da profissão de Biólogo é privativo
dos portadores de diploma devidamente registrado, de bacharel ou licenciado em curso de
História Natural, de Ciências Biológicas, em todas as suas especialidades ou de licenciamento
em Ciências, com habilitação em Biologia, expedido por instituição brasileira oficialmente
reconhecida.
De acordo com o Parecer CNE/CES 1301/2001 a estrutura geral do curso,
compreendendo disciplinas e demais atividades, pode ser variada, admitindo-se a organização
em módulos ou em créditos, num sistema seriado ou não, anual, semestral ou misto, desde que
os conhecimentos biológicos sejam distribuídos ao longo de todo o curso, devidamente
interligados e estudados numa abordagem unificadora. Em conformidade com o Parecer
supracitado, o curso de Licenciatura em Ciências Biológicas está estruturado com base nos
seguintes princípios:
• contemplar as exigências do perfil do profissional em Ciências Biológicas,
levando em consideração a identificação de problemas e necessidades
atuais e prospectivas da sociedade, assim como da legislação vigente;
• garantir uma sólida formação básica inter e multidisciplinar;
• privilegiar atividades obrigatórias de campo, laboratório e adequada
instrumentação técnica;
29
•
•
•
•
•
•
•
•
favorecer a flexibilidade curricular, de forma a contemplar interesses e
necessidades específicas dos alunos;
explicitar o tratamento metodológico no sentido de garantir o equilíbrio
entre a aquisição de conhecimentos, habilidades, atitudes e valores;
garantir um ensino problematizado e contextualizado, assegurando a
indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão;
proporcionar a formação de competência na produção do conhecimento
com atividades que levem o aluno a: procurar, interpretar, analisar e
selecionar informações; identificar problemas relevantes, realizar
experimentos e projetos de pesquisa;
considerar a evolução epistemológica dos modelos explicativos dos
processos biológicos;
estimular atividades que socializem o conhecimento produzido tanto pelo
corpo docente como pelo discente;
estimular outras atividades curriculares e extracurriculares de formação,
como, por exemplo, iniciação científica, monografia, monitoria, atividades
extensionistas, estágios, disciplinas optativas, programas especiais,
atividades associativas e de representação e outras julgadas pertinentes; e
considerar a implantação do currículo como experimental, devendo ser
permanentemente avaliado, a fim de que possam ser feitas, no devido
tempo, os ajustes que se fizerem necessários.
Competências e habilidades
Quanto às competências e habilidades, de acordo com o Parecer CNE/CES
1301/2001, de forma mais abrangente, o currículo do curso de Licenciatura em Ciências
Biológicas deve ser elaborado de maneira a propiciar ao Licenciado:
• pautar-se por princípios da ética democrática: responsabilidade social ,
dignidade humana, direito à vida, justiça, respeito mútuo, participação,
responsabilidade, diálogo e solidariedade;
• reconhecer formas de discriminação racial, social, de gênero, etc. que se
fundem inclusive em alegados pressupostos biológicos, posicionando-se
diante delas de forma crítica, com respaldo em pressupostos
epistemológicos coerentes e na bibliografia de referência;
• atuar em pesquisa básica e aplicada nas diferentes áreas das Ciências
Biológicas, comprometendo-se com a divulgação dos resultados das
pesquisas em veículos adequados para ampliar a difusão e ampliação do
conhecimento;
• portar-se como educador, consciente de seu papel na formação de
cidadãos, inclusive na perspectiva sócio-ambiental;
• utilizar o conhecimento sobre organização, gestão e financiamento de
pesquisas e sobre a legislação e políticas públicas referentes à área;
• estabelecer relações entre Ciência, Tecnologia e Sociedade;
• aplicar a metodologia científica para o planejamento, gerenciamento e
execução de processos e técnicas visando o desenvolvimento de projetos,
perícias, consultorias, emissão de laudos, pareceres, etc. em diferentes
contextos;
30
•
•
•
•
•
•
utilizar os conhecimentos das Ciências Biológicas para compreender e
transformar o contexto sócio-político e as relações nas quais está inserida a
prática profissional, conhecendo a legislação pertinente;
desenvolver ações estratégicas capazes de ampliar e aperfeiçoar as formas
de atuação profissional, preparando-se para a inserção no mercado de
trabalho em contínua transformação;
orientar escolhas e decisões em valores e pressupostos metodológicos
alinhados com a democracia, com o respeito à diversidade étnica e cultural,
às culturas autóctones e à biodiversidade;
atuar multi e interdisciplinarmente, interagindo com diferentes
especialidades e diversos profissionais, de modo a estar preparado à
contínua mudança do mundo produtivo;
avaliar
o
impacto
potencial
ou
real
de
novos
conhecimentos/tecnologias/serviços e produtos resultantes da atividade
profissional, considerando os aspectos éticos, sociais e epistemológicos; e
comprometer-se com o desenvolvimento profissional constante, assumindo
uma postura de flexibilidade e disponibilidade para mudanças contínuas,
esclarecido quanto às opções sindicais e corporativas inerentes ao exercício
profissional.
Perfil referente à modalidade
O perfil dos egressos de Licenciatura em Ciências Biológicas deverá ser o de um
profissional com formação generalista, humanista, reflexiva, crítica, moral e ética, tendo
adequada fundamentação teórica, que inclua o conhecimento da diversidade dos seres vivos,
sua organização e funcionamento, suas relações filogenéticas e evolutivas, suas respectivas
distribuições e relações com o meio em que vivem.
De acordo com o Parecer CNE/CES nº 1301/2001, de 06/11/2001, e demais
orientações regimentais, o curso de Licenciatura em Ciências Biológicas está estruturado de
forma a qualificar os seus graduados para o desenvolvimento do processo ensinoaprendizagem relacionados ao Ensino Fundamental e Médio. Portanto, o currículo do curso de
Licenciatura em Ciências Biológicas foi organizado de modo a formar o egresso:
• generalista, crítico, ético e cidadão, com espírito de solidariedade;
• detentor de adequada fundamentação teórica, como base para uma ação
competente, que inclua o conhecimento profundo da diversidade dos seres
vivos, bem como sua organização e funcionamento em diferentes níveis,
suas relações filogenéticas e evolutivas, suas respectivas distribuições e
relações com o meio em que vivem;
• consciente da necessidade de atuar com qualidade e responsabilidade em
prol da conservação e manejo da biodiversidade, políticas de saúde, meio
ambiente, biotecnologia, bioprospecção, biossegurança, na gestão
ambiental, tanto nos aspectos técnico-científicos, quanto na formulação de
políticas, e de se tornar agente transformador da realidade presente, na
busca de melhoria da qualidade de vida;
• comprometido com os resultados de sua atuação, pautando sua conduta
profissional por critérios humanísticos, compromisso com a cidadania e
rigor científico, bem como por referenciais éticos legais;
• consciente de sua responsabilidade como educador, nos vários contextos
de atuação profissional;
31
•
•
apto a atuar multi e interdisciplinarmente, adaptável à dinâmica do
mercado de trabalho e às situações de mudança contínua do mesmo; e
preparado para desenvolver idéias inovadoras e ações estratégicas, capazes
de ampliar e aperfeiçoar sua área de atuação.
Matriz curricular do curso
A matriz curricular para a proposta de curso de Licenciatura em Ciências Biológicas
do Câmpus Santa Helena é apresentado a seguir.
A carga horária proposta para o curso é de 3.465 horas, que permite a coexistência
entre aulas teóricas e práticas e a geração/aquisição necessária dos conhecimentos e
habilidades para o licenciado egresso.
Pautados na Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e na Resolução CNE/CP nº 1,
de 18 de fevereiro de 2002, que instituiu as Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação
de Professores da Educação Básica, os critérios de organização da matriz curricular, bem como
a alocação de tempos e espaços curriculares deverão se expressar nos seguintes eixos, em
torno dos quais se articulam as dimensões a serem contempladas no desenvolvimento do curso
de Licenciatura em Ciências Biológicas:
• eixo articulador dos diferentes âmbitos de conhecimento profissional;
• eixo articulador da interação e da comunicação, bem como do
desenvolvimento da autonomia intelectual e profissional;
• eixo articulador entre disciplinaridade e interdisciplinaridade;
• eixo articulador da formação comum com a formação específica;
• eixo articulador dos conhecimentos a serem ensinados e dos
conhecimentos filosóficos, educacionais e pedagógicos que fundamentam a
ação educativa;
• eixo articulador das dimensões teóricas e práticas.
• Ainda, de acordo com a Resolução CNE/CP nº 2, de 19 de fevereiro de 2002,
a carga-horária para a organização curricular do curso de Licenciatura em
Ciências Biológicas deverá integralizar um mínimo de 2.800 (duas mil e
oitocentas) horas, nas quais a articulação teoria-prática garanta, nos termos
dos seus projetos pedagógicos, as seguintes dimensões dos componentes
comuns:
• 400 (quatrocentas) horas de prática como componente curricular,
vivenciadas ao longo do curso.
• 400 (quatrocentas) horas de estágio curricular supervisionado a partir do
início da segunda metade do curso.
• 1.800 (mil e oitocentas) horas de aulas para os conteúdos curriculares de
natureza científico-cultural; e
• 200 (duzentas) horas para as outras formas de atividades complementares.
A tabela 22 apresenta o núcleo de disciplinas básicas para o curso proposto.
Tabela 22 – Núcleo de conteúdos básicos do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas.
Conteúdos
Disciplinas
Biologia Celular,
Molecular e
Anatomia Humana
Biofísica
AT
34
34
Carga horária (aulas)
AP
APCC
36
15
9
8
APS
5
3
TA
90
54
32
Evolução
Diversidade
Biológica
Ecologia
Fundamentos
das Ciências
Exatas e da
Terra
Fundamentos
Filosóficos e
Biologia Celular
Biologia Molecular
Bioquímica
Fisiologia Humana
Genética de
Populações e Evolução
Genética Geral e
Humana
Histologia e
Embriologia
Imunologia
Microbiologia
Ambiental
Parasitologia Humana
Biologia de
Microrganismos
Botânica Econômica e
Taxonômica 1
Botânica Econômica e
Taxonômica 2
Botânica Fisiológica
Botânica Morfológica
Fisiologia Animal
Comparada
Zoologia de
Invertebrados
Inferiores
Zoologia de
Invertebrados
Superiores
Zoologia de
Vertebrados
Ecologia de Águas
Continentais
Ecologia Geral
Educação Ambiental
Sistema de Gestão
Ambiental
Bioestatística
Física Aplicada às
Ciências Biológicas
Geologia e Pedologia
Introdução à
Matemática
Paleontologia
Química Analítica
Química Geral e
Orgânica
Comunicação Oral e
Escrita
51
51
51
68
9
11
24
22
8
6
10
12
4
4
5
6
72
72
90
108
64
0
4
4
72
51
8
9
4
72
68
22
12
6
108
32
0
2
2
36
51
9
8
4
72
17
11
6
2
36
68
22
12
6
108
34
24
10
4
72
34
24
10
4
72
68
51
24
22
10
12
6
5
108
90
51
11
6
4
72
51
24
10
5
90
51
24
10
5
90
34
22
12
4
72
51
9
8
4
72
51
47
9
0
8
21
4
4
72
72
49
0
2
3
54
32
0
2
2
36
34
11
6
3
54
51
9
8
4
72
32
0
2
2
36
32
17
0
17
2
0
2
2
36
36
51
9
8
4
72
30
0
4
2
36
33
Sociais
Ética, Profissão e
Cidadania
Filosofia Geral
Metodologia da
Pesquisa em Educação
Total (aulas)
Percentual
32
0
2
2
36
34
0
0
2
36
30
0
4
2
36
1.587
66%
422
17%
269
11%
134
6%
2.412
100%
CONVENÇÃO: AT - Atividade Teórica presencial; AP - Atividade Prática presencial, APCC – Atividade Prática como
Componente Curricular, APS - Atividades Práticas Supervisionadas, TA – Carga horária total (aulas).
A tabela 23 apresenta o núcleo de conteúdos específicos para o curso proposto.
Tabela 23 – Núcleo de conteúdos específicos do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas.
Conteúdos
Disciplinas
Área de Meio
Ambiente
Optativa 1
Optativa 2
Saúde e Higiene
Optativa 3
Optativa 4
Optativa 5
Cultura de Células e
Tecidos Vegetais
Organização do
Trabalho Pedagógico e
Gestão Escolar
Psicologia da
Educação
Teoria e Prática do
Ensino de Ciências e
Biologia 1
Políticas Educacionais
Optativa 5
Teoria e Prática do
Ensino de Ciências e
Biologia 2
Didática Geral
Libras 1
Libras 2
História da Educação
Área de Saúde
Área de
Biotecnologia
Educação
Total (aulas)
Percentual
Carga horária (aulas)
AT
AP
34
11
34
11
68
0
34
11
34
11
34
11
APCC
6
6
17
6
6
6
APS
3
3
5
3
3
3
TA
54
54
90
54
54
54
32
0
2
2
36
30
0
4
2
36
51
0
0
3
54
68
0
17
5
90
34
34
0
0
0
0
2
2
36
36
68
0
17
5
90
24
34
10
34
657
74%
0
0
24
0
79
9%
10
0
0
0
97
11%
2
2
2
2
49
6%
36
36
36
36
882
100%
A tabela 24 apresenta o núcleo de atividades integradoras para o curso proposto.
Tabela 24 – Núcleo de Atividades Integradoras do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas.
Conteúdos
Disciplinas
AT
Carga horária (aulas)
AP
APCC
APS
TA
34
Trabalho de
Conclusão do
Curso
Trabalho de Conclusão do
Curso 1
Trabalho de Conclusão do
Curso 2
Total (aulas)
Percentual
51
0
17
4
72
51
0
17
4
72
102
71%
0
0%
34
24%
8
6%
144
100%
Estagio Curricular
Supervisionado
Estágio em Ciências 1
Estágio em Ciências 2
Estágio em Biologia 1
Estágio em Biologia 2
100 horas
100 horas
100 horas
100 horas
Atividades
Complementares
Atividades Complementares
200 horas
A tabela 25 apresenta a totalização de cargas horárias dos núcleos de conteúdo do
curso proposto.
Tabela 25 – Totalização de cargas horárias dos núcleos de conteúdos do curso de Licenciatura
em Ciências Biológicas.
Conteúdos
Núcleo de Conteúdos Básicos
Núcleo de Conteúdos Específicos
Núcleo de Atividades Integradoras
Total (aulas)
Total (horas)
AT
1.587
657
102
2.346
Carga horária (aulas)
AP
APCC
APS
422
269
134
79
97
49
0
34
8
501
400
191
TA
2.412
882
144
3.438
2.865
A tabela 26 apresenta a totalização de cargas horárias das Atividades
Complementares e Estágios Curriculares Supervisionados do curso proposto.
Tabela 26 – Carga horária das Atividades Complementares e dos Estágios Curriculares
Supervisionados.
Conteúdos
Atividades Complementares
Carga horária (horas)
200
Estágio Curricular Supervisionado em Ciências
Estágio Curricular Supervisionado em Biologia
Total
200
200
600
A tabela 27 apresenta a totalização de cargas horárias dos núcleos de conteúdo do
curso proposto.
Tabela 27 – Carga horária total do curso.
Conteúdos
Carga horária total das disciplinas
Atividades Complementares
Estágios Curriculares Supervisionados
Total
Carga horária (horas)
2.865
200
400
3.465
35
Anexo 1 – Cópia digitalizada do Ofício da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior
(SETI)
36
Anexo 2 – Cópia digitalizada do Ofício 210/2012 – GAB da Prefeitura à Reitoria
37
Anexo 3 – Cópia digitalizada do Anexo ao Ofício 210/2012 – GAB da Prefeitura de Santa
Helena
38
Anexo 4 – Fotos das Instalações Educacionais de Santa Helena
39
40
Download

projeto para implantação do câmpus santa helena da utfpr