FEUC Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra Ana Teresa Ferreira da Costa Nº 20060821 Ficha Técnica Titulo: Pobreza Urbana em Portugal Trabalho realizado por: Ana Teresa Ferreira da Costa, aluna n.º 20060821, em Dezembro de 2006, no âmbito da cadeira de Fontes de Informação Sociológica, do 1º ano do curso de Sociologia leccionada pelo Professor Paulo Peixoto. Imagens da capa retiradas de: http://xafarica.weblog.com.pt/arquivo/pobres-thumb.jpg http://www.therealcuba.com/pobres%20en%20cuba.jpg http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/7/7c/P7032101_s mall2.jpg/300px_P7032101_small2.jpg Índice 1 – Introdução----------------------------------------------------------------1 2 - Estado das Artes---------------------------------------------------------3 2.1- O que é a Pobreza Urbana?---------------------------------------4 2.2 - Domínios onde se manifesta-------------------------------------7 2.3 - Grupos de risco----------------------------------------------------9 2.4 – Pobreza Urbana e exclusão social-----------------------------10 2.5 – Medidas de intervenção-----------------------------------------12 3 – Descrição detalhada do processo de pesquisa----------------------14 4 – Ficha de leitura---------------------------------------------------------15 5 – Avaliação de uma página da Internet-------------------------------17 6 – Conclusão--------------------------------------------------------------18 7 – Bibliografia------------------------------------------------------------19 Anexo I “Idosos”, capitulo da obra Exclusões Sociais de Alfredo Bruto da Costa. Anexo II Página Portal do Governo (Dia Europeu dos Assistentes Sociais) 1- Introdução A Pobreza Urbana é um dos principais problemas da sociedade actual e também um dos mais graves problemas nacionais. Como tal, milhares de portugueses estão em causa, condenados a condições de vida que não se podem tolerar à luz dos direitos humanos mais elementares. Segundo esta situação podemos colocar perguntas tais como: O que é a pobreza urbana?; Domínios onde esta pobreza se manifesta?; Quais os grupos afectados? Quais os indicadores desta pobreza?; Quais as medidas a tomar para combater esta situação? Para realizar este trabalho foi necessário uma pesquisa exaustiva devido à complexidade do tema, sendo este um grave problema da actual sociedade Portuguesa. Tal como disse anteriormente este tema é muito complexo. Sendo assim, optei por uma abordagem teórica do assunto focando cinco aspectos que considero importantes para uma melhor compreensão deste tema, encontrando-se estes sub – capítulos contidos no Estado das Artes. No sub-capitulo 2.1 com o título “O que é a Pobreza Urbana?” podemos encontrar várias definições de pobreza e o que se considera pobreza e pobreza urbana; o sub-capítulo 2.2 com o título “Domínios onde se manifesta” trata das áreas onde esta se encontra; o subcapítulo 2.3 cujo título é “grupos de risco” faz referência aos vários grupos sujeitos a este tipo de pobreza; no 2.4 “Pobreza e exclusão social”, relaciono estas duas distintas realidades; por fim, no 2.5 “Medidas de intervenção” enumero algumas possíveis soluções que possam pôr fim a este problema (pobreza urbana e exclusão social). Os restantes capítulos do trabalho são correspondentes à pesquisa. No ponto 3 refiro-me à descrição pormenorizada da pesquisa efectuada. No 1 ponto 4 a uma ficha de leitura com o titulo “Idosos” de Alfredo Bruto da Costa na obra “Exclusões sociais”. Para finalizar, no ponto 5 a avaliação de uma página de Internet denominada por Portal do Governo (Dia Europeu dos Assistentes Sociais). A minha pesquisa centrou-se essencialmente em livros, recorrendo a jornais, revistas cientificas e Internet apenas como complemento. Com este trabalho pretendo realçar uma análise teórica do tema não analisando com tanto pormenor a parte mais prática (por exemplo, dados estatísticos entre outros). 2 2- Estado das Artes A pobreza urbana é um fenómeno característico da actual sociedade, visto que é um fenómeno crescente não só em Portugal, mas também em todo o mundo. Uma vez que a sociedade se encontra em constante mutação, não existe apenas uma só definição de pobreza urbana, mas sim um conjunto de várias noções e conceitos assentes na subjectividade da sociedade. Contudo, depois desta análise geral da definição (indefinição) de pobreza urbana há ainda que analisar como e onde esta se manifesta, quais os grupos de risco e ainda quais os indicadores desta dita pobreza. Torna-se ainda relevante entender qual a sua relação com a exclusão social, para que seja mais fácil a intervenção, prevenção e erradicação da pobreza urbana. “Pobre é o que, debatendo-se com a privação e a falta de recursos, vive na dependência.” (Fernandes António Teixeira 2000). 3 2.1-O que é a Pobreza Urbana? Segundo Alfredo Bruto da Costa (1998) podemos definir pobreza urbana “como uma situação de privação resultante da falta de recursos. Esta definição tem duas partes que interessa sublinhar: privação e falta de recursos, termos entre os quais existe uma relação entre causa-efeito. A privação traduz-se antes de mais em más condições de vida. Este é por ventura o lado mais visível da privação e da própria pobreza. Normalmente, trata-se da privação múltipla, isto é, em diversos domínios das necessidades básicas: alimentação, vestuário, condições habitacionais, transportes, comunicações, condições de trabalho, possibilidades de escolha, saúde e cuidados de saúde, educação, formação profissional, cultura, participação na vida social e política, etc. No caso de algumas destas carências, é possível verificar que umas suscitam outras, como acontece, por exemplo, com as más condições de salubridade na habitação e o seu reflexo sobre a saúde, ou com o baixo nível de instrução e a sua relação com o acesso á cultura. Noutros casos, é mais difícil identificar a relação causa, mas é empiricamente verificável que uma carência raramente ocorre isoladamente. De modo geral, uma situação de privação é caracterizada por privação múltipla” (Sublinhado do autor). Interessa ainda caracterizar três conceitos mais relevantes sendo estes os seguintes: pobreza absoluta, pobreza subjectiva e pobreza relativa. Então, considera-se pobreza objectiva a pobreza absoluta e a pobreza relativa porque assentam na avaliação das condições de vida concretas das pessoas e famílias indiferentemente do modo como estas (pessoas e famílias) avaliam a sua própria situação. A noção subjectiva da pobreza está ligada à chamada pobreza relativa porque se apoia exclusivamente no juízo que as pessoas e as famílias fazem sobre a sua própria condição, quer satisfaça as suas necessidades e aspirações, quer por comparação com os outros ou com a sociedade em geral. 4 “Neste sentido seriam pobres, os que se vissem «excluídos dos padrões de vida, costumes e actividades correntes» (TOWNSEND, P., et al., 1979) luta contra a pobreza urbana ou segundo a definição adoptada pelo conselho (de Ministros) da CEE, os que são excluídos «do modo de vida mínimo aceitável do Estado membro em que vivem» (CEC, 1981)” “O Conceito de pobreza foi durante muito tempo associado a insuficiência de rendimentos e/ou de consumos (bem-estar material), tendo evoluindo nas últimas décadas em função de um melhor conhecimento das suas manifestações nas sociedades contemporâneas.” Cf. WORLD BANK (2001). Segundo o PNUD, et al., (1997) (…) “a pobreza é a incapacidade de «desenvolver uma vida longa, saudável e criativa e de usufruir de um nível decente de vida, com liberdade, dignidade, respeito por si próprio e respeito dos outros»”. Para Peter Townsend “a pobreza deve ser vista essencialmente como a não disponibilidade para fazer face às condições de vida e de conforto genericamente difundidas (padrão de vida dominante) e participar nas actividades sociais e culturais da sociedade a que se pertence” (sublinhado do autor). “O conceito de pobreza associa-se assim à discussão dos conceitos de cidadania e integração social. Este conceito tem vindo portanto a alargar-se, centrando-se actualmente na ausência de recursos, considerados estes numa perspectiva multidimencional, ou seja os de natureza económica, social, cultural, política e ambiental.” “Nessa linha situa-se já a definição de pobreza adoptada desde 1984 na União Europeia: «Por pobres devem entender-se as pessoas, famílias e grupos de pessoas cujos recursos (materiais culturais e sociais) são tão limitados que 5 os excluem do nível de vida minimamente aceitável do Estado membro onde residem» (Decisão do Concelho de 19 de Dezembro de 1984). Podemos concluir que o conceito de pobreza urbana difere do conceito de pobreza geral tendo em conta que a pobreza urbana é somente a pobreza dos espaços urbanos e suburbanos. 6 2.2- Domínios onde se manifesta Uma vez que a pobreza urbana não é só uma questão financeira, mas também cultural, social, entre outras…podemos verificar que são vários os domínios onde esta se manifesta. Segundo Manuela Silva, et al., (1989) “a pobreza urbana em Portugal é uma realidade muito complexa e pluriforme”, havendo a distinguir, pelo menos, os seguintes tipos de situação: •A degradados; pobreza os característica quais dos compreendem: espaços bairros urbanos de lata, realojamentos, incluindo bairros camarários; zonas antigas e envelhecidas com elevada incidência de casas de dormidas e camaratas; zonas e construção clandestina; novas urbanizações desprovidas de equipamentos; zonas de forte concentração de população idosa e de baixo rendimento; • Idosos de fracos recursos económicos alojados em certo tipo de lares e convivências; • Desalojados das ex-colónias habitando prédios em mau estado ou/e condições de sobreocupação; • Certas minorias étnicas, nomeadamente as de origem africana ou asiática ou de raça cigana, com problemas graves de sobrevivência económica e de habitação; 7 • Certos grupos particularmente vulneráveis (isolados; famílias monoparentais; deficientes; desempregados de longa duração; alcoólicos; etc.); • «novos pobres», i.e., indivíduos e famílias em situação de empobrecimento recente, devido a factores inerentes à crise económica e a políticas adoptadas para a enfrentar (situações de desemprego, de precariedade dos esquemas de segurança social, de erosão do poder de compra dos rendimentos fixos por efeito da inflação, etc.) A todas estas características atrás mencionadas estão ainda associadas as seguintes características: baixo nível de rendimento e de despesa; reduzido grau de instrução; precariedade do nível de saúde; posição muito insatisfatória na actividade económica e no mercado de trabalho; alta propensão à não – participação social; real marginalização e exclusão social. (Silva Manuela, et al., 1989) 8 2.3- Grupos de Risco Não é necessário uma pesquisa muito elaborada para identificar quais os grupos sociais mais afectados pela pobreza urbana, fenómeno crescente não só em Portugal, mas também em todo o mundo. Depois de uma breve reflexão sobre os grupos sociais mais afectados concluímos que são estes que sofrem mais com este grave problema. Podemos começar por mencionar as famílias monoparentais; os idosos; as crianças; os deficientes; os sem-abrigo; as famílias e etnias ciganas, de países de leste ou de descendência africana; as viúvas; os desempregados e os toxicodependentes. Alfredo Bruto da Costa afirma que “estar desempregado não é só estar privado da fonte normal de rendimento; é também perder um dos vincos mais importantes de ligação à sociedade, à rede de relações interpessoais que o emprego proporciona e, ainda, ao sentimento, que do mesmo advêm, de participar na vida económica do país”. Ainda para o mesmo autor (Bruto da Costa, 1998) “o problema social dos idosos, é certamente um dos mais graves problemas da sociedade portuguesa. Quer a sociedade quer o quotidiano das pessoas estão organizados de tal modo que os idosos não têm papel na vida social. Nos casos extremos, que infelizmente não são raros entre nós, essa exclusão social pode tomar a forma de total solidão. É uma forma de exclusão social e de privação que pode não ter qualquer relação com a falta de recursos e portanto com a pobreza (embora, como se disse, possa coexistir com esta). Tenho designado este tipo de sociedade sociedade atomatizada. É um estilo de vida onde o idoso não tem lugar.” 9 2.4- Pobreza Urbana e Exclusão Social «No final do percurso, a noção de excluído está a caminho de sofrer o destino da maior parte dos termos que foram consagrados, nos nossos dias, pela mediocridade dos modos intelectuais e universitários: está saturada de sentidos, de não sentidos de contra sentidos» (Freund Julien, 1996). “A noção de exclusão social surge assim, em Portugal, sobretudo ligada à existência de um contexto de referência do qual se é ou se está excluído. Dele fazem parte cinco sistemas sociais básicos: social, económico, institucional, territorial e simbólico” (Bruto da Costa, 1998). Segundo Robert Castel, et al., (1995) podemos definir «exclusão social» como a fase extrema do processo de «marginalização», entendido este como um percurso «descendente» ao longo do qual se verificam sucessivas rupturas na relação do indivíduo com a sociedade. Um ponto relevante desse percurso corresponde á ruptura em relação ao mercado de trabalho, a qual se traduz em desemprego (sobretudo desemprego prolongado) ou mesmo num «desligamento» irreversível face a esse mercado. A fase extrema _ a da «exclusão social» _ é a caracterizada não só pela ruptura com mercado de trabalho, mas por rupturas familiares afectivas e de amizade. Para Marianela Esteves (2000) “o conceito de exclusão social implica para lá do económico, o seu alargamento ao plano moral, cultural educacional, ético e físico. 10 Por isso falar da exclusão social é falar dos bairros de lata, das barracas, de grupos sociais específicos, como os ciganos, os caboverdianos, os negros. É falar dos deficientes na sua enorme diversidade, dos pedintes e dos que nesta área exploram as crianças. Ainda falar dos jovens com sida, dos homossexuais, dos consumidores de droga, da prostituição, dos presos. Falar da exclusão social é, igualmente, falarmos do trabalho, ao qual, na fase de selecção as mulheres tantas vezes são assediadas para o sexo como «condição surda» de garantir o emprego a que se candidatam (…)” A exclusão social é definida por Luís Capucha (2000) “já não como absurdo isolamento social, mas como limitação do acesso à condição de cidadania, ou como submissão à condição de marginalidade social, se limita nos nossos dias àqueles que o capitalismo não explorou na fábrica no escritório ou no campo, por recusar a sua entrada no sistema a não ser pela porta dos mercados negros? O caso de Portugal mostra que não. (…) a escassez dos recursos económicos; isto é a pobreza, o principal factor da exclusão social nas sociedades modernas.” No entendimento de António Sousa (2000) “a exclusão social define-se como a não participação dos indivíduos no processo produtivo, seja ela provocada pelo desemprego, pela doença, ou por um desajustamento psicossocial, determina condições de carência económica_ pobreza_ que, frequentemente, e por consequência se fazem acompanhar por uma distribuição no campo das trocas culturais e pela erosão do seu estatuto de cidadão”. Depois desta análise realizada do conceito de exclusão social, concluímos que todos estes autores têm uma ideia em comum, a ideia de que a pobreza urbana conduz à exclusão social. 11 2.5- Medidas de Intervenção “Sendo a pobreza uma questão de desenvolvimento, é um problema de responsabilidade colectiva. A sua eliminação passa necessariamente pela intervenção em projectos/ medidas, não só informativos e formativos, como também integrados (de parceria) imobilizadores de capacidades, assentes em princípios como a participação, autonomia, solidariedade e respeito pela diferença”. (Rui Miguel da Silva). “Uma política capaz de erradicar a pobreza e a exclusão social deve ser uma política que aborde um conjunto de factores evocados. (…) A primeira a de que o combate à pobreza é, antes de mais um processo de transformação dos sistemas institucionais de protecção e das restantes políticas sociais (saúde, educação e, se quisermos estender o leque, habitação, urbanismo, justiça etc.) e do funcionamento global dos mercados de trabalho. Os factores que relegam cada pessoa ou cada grupo para as malhas da exclusão são os mesmo que integram os sistemas sociais e económicos, embora funcionando no pólo oposto” (Capucha, 2000). Segundo José Feliciano de Oliveira Ramos (2000) “dir-se-á que o combate à pobreza passa pelo desenvolvimento dos povos. Mas passa, principalmente pela criação de condições que levem ao bemestar dos cidadãos e das suas famílias pelo que não basta criar riqueza a qualquer custo. Começa a ser claro, principalmente na Europa, e ao contrário do que se pensava nas últimas décadas que a pobreza tende a aumentar, que pelo que tem de ser combatida com mais energia, pelo 12 Estado e por todas as pessoas, procurando-se sempre novas soluções e soluções para novos tipos de pobreza”. 13 3 – Descrição detalhada do processo de pesquisa Optei por este tema (Pobreza Urbana em Portugal), visto que é um assunto muito debatido nos dias de hoje, uma vez que afecta milhares de pessoas no nosso país. Comecei então por uma análise teórica do tema onde abordo cinco pontos que me permitiram tornar mais claro o conteúdo do trabalho. Sendo estes os seguintes: “o que é a pobreza urbana?”, “domínios onde esta se manifesta”, “grupos de risco”, “pobreza urbana e exclusão social” e “medidas de intervenção”. A minha pesquisa baseou-se essencialmente em livros (literatura impressa), consultados na Biblioteca da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e Internet, mais propriamente no motor de busca “google”, embora também tenha utilizado o “altavista” e “aeiou”. Os cinco livros mais importantes na pesquisa do meu trabalho titulam-se por: “Pobreza, Exclusão: Horizontes de Intervenção”; “Pobreza em Portugal”; “A Pobreza Urbana em Portugal”; “Exclusões sociais” e “A Luta Contra a Pobreza e a Exclusão Social em Portugal”. Apesar de ter consciência de que o meu trabalho apresenta um número reduzido de fontes, optei por seleccionar os cinco livros já acima referidos devido à credibilidade de informação e também devido ao facto de serem fontes necessárias para uma melhor compreensão do tema abordado, uma vez que este é bastante complexo e pluridimensional. 14 4- Ficha de leitura Titulo da publicação: Exclusões sociais Autores da obra: Alfredo Bruto da Costa Autor do capitulo: Alfredo Bruto da Costa Local onde se encontra: Biblioteca da Faculdade de economia da Universidade de Coimbra Data de Publicação: Edição: Primeira edição Local de edição: Lisboa Editora: Gradiva Titulo do capitulo: Idosos Cota: 304_COS N.º de páginas do capitulo: 1-5 Assunto: Problema social dos idosos, certamente um dos mais graves sociais da sociedade Portuguesa. Palavras-chave: pobreza, idosos, exclusão, família, sociedade Data de leitura: 28 de Dezembro de 2006 Resumo: Neste capítulo a principal preocupação do autor é alertar os leitores para o facto de que os idosos fazem parte do grupo social mais afectado pela pobreza urbana, e por consequente o grupo que mais sofre com este problema. Sendo estes discriminados e excluídos da sociedade. “Tenho designado este tipo de sociedade por sociedade atomizada. É um estilo de vida onde o idoso não cabe, não tem lugar.” Estrutura Depois de uma análise pormenorizada deste capítulo “Idosos” verificamos que a principal preocupação do autor se centra no problema social dos 15 idosos, que este diz ser um dos mais raros problemas da sociedade portuguesa. O autor começa por analisar o lugar do idoso na sociedade, visto que a população idosa é uma parte cada vez mais significativa da população total. O autor fala-nos também em três tipos de envelhecimento: envelhecimento individual, devido à longevidade; envelhecimento populacional, no sentido de que existem mais pessoas nos grupos de idade mais elevada; e envelhecimento activo, associado ao inicio mais tardio da via activa e às reformas precoces. Visto que a população é uma parte cada vez mais significativa da população total o grau de «humanidade» da sociedade é o do lugar do papel que reserva aos idosos na vida social. Segundo o autor ainda hoje se verifica pouco abono a favor desse humanismo. “Quer a sociedade quer o quotidiano das pessoas estão organizadas de tal modo que os idosos não têm lugar nem papel na vida social. Essa exclusão social pode tomar forma de solidão total”. Na minha opinião este texto encontra-se muito explícito e claro tornando possível ao leitor uma maior abordagem do assunto, visto que se encontra apoiado por dados estatísticos (tabelas e gráficos), cuja fonte é o INE (Instituto Nacional De Estatística). È sem dúvida um texto pertinente uma vez que aborda a problemática da pobreza urbana que tanto afecta este grupo social e cuja principal preocupação do autor se foca no lugar e papel do idoso na sociedade actual e na vida social. Para finalizar devemos ficar com a ideia de que o texto se apresenta de forma elaborada apresentando várias perspectivas sobre o papel do idosos na sociedade actual tornando-se por vezes repetitivo. Apesar disso mostranos vários conceitos novos e leva o leitor a pensar e a levantar diferentes questões das habituais acerca do assunto. 16 5- Avaliação de uma página de Internet A fim de melhorar a minha pesquisa achei por bem avaliar a página do Ministério do Trabalho e da segurança social cujo endereço electrónico é http://www.portugal.gov.pt/Portal/PT/Governos/Governos_Constitucionais/ GC17/Ministerios/MTSS/Comunicacao/Intervencoes/20051108_MTSS_Int _Assistentes_Sociais.htm . Optei por esta página, pois sendo ela uma página governamental a sua informação é mais credível, logo o meu estudo torna-se mais fiável. Duas das vantagens desta página são: podermos contactar o responsável pela mesma e poder ainda usufruir de uma versão em Inglês, visto que é considerada uma língua universal torna possível o acesso a maior número de pessoas. Verifiquei que o conteúdo informativo desta página se encontra exposto de forma simples, tendo os leitores mais facilidade em compreender o assunto em estudo podendo colocar perguntas sempre que necessário. È uma página que contém várias hiperligações para vários outros sites (como o site do governo, ministério do trabalho e solidariedade social, entre outros). Apresenta também um leque de informação disponibilizada nos doze menus que podemos encontrar ao lado esquerdo da página. È uma página com actualizações frequentes o que torna a sua informação fiável, tornando ainda disponível toda a sua informação de uma forma gratuita e utilizando um tipo de linguagem acessível a qualquer cidadão. Para concluir, podemos dizer que é uma página muito bem elaborada com uma navegação simples e acessível, avaliando-a assim positivamente. 17 6- Conclusão Ao longo do meu trabalho procurei tornar a informação clara e acessível, focando mais a parte teórica do tema em estudo. Procurei responder a questões que surgem imediatamente quando falamos em pobreza urbana, nomeadamente, o que é a pobreza, como é que esta se manifesta e algumas soluções apontadas para a resolução desta praga social que afecta milhares de portugueses, contudo, tarefa algo difícil sendo este um problema “árduo” de solucionar. De todos os temas que me foram propostos optei pelo tema da Pobreza Urbana em Portugal, pois é um problema da actualidade que tem vindo a aumentar significativamente no nosso país e no resto do mundo. Encontrei alguns obstáculos que me dificultaram o acesso à informação, mas apesar de tudo consegui concluir o meu trabalho e tentei efectuar os objectivos propostos da realização do mesmo. 18 7-Referências Bibliográficas Bruto da Costa, Alfredo (1998), Exclusões Sociais. Lisboa: Gradiva. Bruto da Costa, Alfredo; Silva, Pereirinha Manuela; J., Matos Madalena (1985) A pobreza urbana em Portugal. Lisboa: Caritas. Capucha Luís (2000), “Nós e eles cá dentro: sobre o mito de um Robinson Crusoe ao contrário”, in José Madureira Pinto e António Dornelas (orgs.), Pobreza, Exclusão: Horizontes de Intervenção. Lisboa: Imprensa Nacional – Casa da Moeda, 13 – 33. Esteves, Marianela (2000), “Exclusão social à entrada do século XXI”, in José Madureira Pinto e António Dornelas (orgs.), Pobreza e Exclusão: Horizontes de Intervenção. Lisboa: Imprensa Nacional – Casa da Moeda, 85 – 89. Fernandes, António Teixeira (2000) in José Madureira Pinto e António Dornelas (orgs.), Pobreza e Exclusão: Horizontes de Intervenção. Lisboa: Imprensa Nacional – Casa da Moeda, PNUD, (1997) “Pobreza e exclusão social no Mundo e na Europa nas últimas décadas – mudança de atitude” in A luta contra a pobreza urbana e a exclusão social em Portugal. Genebra: Bureau Internacional do Trabalho, 2003. 19 Portal do Governo (2005),“Dia Europeu dos Assistentes Sociais”. Página Consultada 28 de Dezembro de 2006, http://www.portugal.gov.pt/Portal/PT/Governos/Governos_Constitucionais/ GC17/Ministerios/MTSS/Comunicacao/Intervencoes/20051108_MTSS_Int _Assistentes_Sociais Ramos, José (2000), “ A pobreza na cidade e pobreza no campo como expressões diferentes da inexistência de bem-estar”, in José Madureira Pinto e António (orgs.); Pobreza, Exclusão: Horizontes de Intervenção. Lisboa: Imprensa Nacional – Casa da Moeda, 173 – 175. Robert, Castel (1995), “Os conceitos de pobreza e exclusão social na sua génese e evolução recente – principais formulações” in A luta contra a pobreza urbana e a exclusão social em Portugal. Genebra: Bureau Internacional do Trabalho, 2003. Silva, Rui Miguel da (2000), “Depoimento”, in José Madureira Pinto e António Dornelas (orgs.), Pobreza, Exclusão: Horizontes de Intervenção. Lisboa: Imprensa Nacional – Casa da Moeda, 135 – 138. Silva, Manuela; Bruto da Costa, Alfredo (1989) A pobreza urbana em Portugal. Lisboa: Caritas/CRC Sousa, António (2000), “A pobreza urbana em Coimbra”, in José Madureira Pinto e António Dornelas (orgs.), Pobreza, Exclusão: Horizontes de Intervenção. Lisboa: Imprensa Nacional – Casa da Moeda, 161 – 171. 20 Townsed, Peter, et al., (1979) “Os conceitos de pobreza e exclusão social na sua génese e evolução recente – principais formulações” in a luta contra a pobreza urbana e a exclusão social em Portugal. Genebra: Bureau Internacional do Trabalho, 2003. 21