Caderno do Professor Vamos ao Museu? – Natureza, Educação e Cultura | Caderno do professor 1 PROGRAMA VAMOS AO MUSEU? Natureza, Educação e Cultura, 2013 Pains, MG FICHA TÉCNICA Coordenação Ives de Oliveira Santos Melo Produção Akala Educadoras Adriana Piva Patrícia Marinho de Carvalho Assessoria de Imprensa Marina Queiroz Comunicação Projeto Gráfico e Web Lethos CADERNO DO PROFESSOR Concepção Akala Elaboração Adriana Piva Consultoria Técnica Patrícia Marinho de Carvalho Design e Ilustrações Lethos Revisão de Texto Ives de Oliveira Santos Melo Parceria Apoio MAC Museu Arqueológico do Carste do Alto São Francisco Realização 2 Patrocínio Incentivo Vamos ao Museu? – Natureza, Educação e Cultura | Caderno do professor P688c 2013 AKALA. Caderno do Professor, Programa Vamos ao Museu? – Natureza, Educação e Cultura / AKALA; Adriana Piva. – Belo Horizonte: Dangraf, 2013. 36 p., il. Ilustrador: Tiago Lopo. Inclui Bibliografia: p. 32-33. 1. Museus. 2. Professores - Formação. 3. Educação. 4. Arqueologia. 5. Patrimônio Cultural. 6. Pains (MG) I. Programa Vamos ao Museu? II. Piva, Adriana III. De Bernardi, Andréia Menezes IV. Melo, Ives de Oliveira Santos. V. Carvalho, Patricia Marinho de. VI. Título. CDD: 069 Ficha catalográfica elaborada por Amanda Damasceno de Souza – Bibliotecária CRB6 – 2427 Vamos ao Museu? – Natureza, Educação e Cultura | Caderno do professor 3 ESCOVA Eu tinha vontade de fazer como os dois homens que vi sentados na terra escovando osso. No começo achei que aqueles homens não batiam bem. Porque ficavam sentados na terra o dia inteiro escovando osso. Depois aprendi que aqueles homens eram arqueólogos. E que eles faziam o serviço de escovar osso por amor. E que eles queriam encontrar nos ossos vestígios de antigas civilizações que estariam enterrados por séculos naquele chão. Logo pensei em escovar palavras. Porque eu havia lido em algum lugar que as palavras eram conchas de clamores antigos. Eu queria ir atrás dos clamores antigos que estariam guardados dentro das palavras. Eu já sabia também que as palavras possuem no corpo muitas oralidades remontadas e muitas significâncias remontadas. Eu queria escovar as palavras para escutar o primeiro esgar de cada uma. Para escutar os primeiros sons, mesmo que ainda bígrafos. Manoel de Barros, 2003 Patrimônio. Que patrimônios nos cercam, nos pertencem, nos tocam, nos dizem respeito? Este material foi elaborado com o objetivo de convidar professores e educadores sociais atuantes em Pains a refletirem sobre seu Patrimônio. Partindo de lembranças pessoais, passando por objetos guardados em gavetas, tomando as ruas do bairro e percursos cotidianos na cidade, com seu movimento e seus símbolos, até atingir a paisagem que guarda o imenso potencial arqueológico da Região. Nos vestígios materiais encontrados surgem registros de outras histórias, outros gestos, outros tempos. Histórias que não foram escritas em livros, mas registradas em pedra, cerâmica e em outros materiais, que, como livros, são também lidos e interpretados à luz de diversos conhecimentos. Graças ao trabalho de muitos profissionais, esses objetos têm sido recolhidos e levados a espaços onde é possível identificá-los, conservá-los adequadamente, estudá-los e expô-los para fruição e conhecimento do público. Esses espaços são lugares de Patrimônio, locais em que temos a oportunidade de nos encontrar, de nos reconhecer, de encontrar o outro e compreender o processo de construção identitária de nossa comunidade, olhar para o passado, para o presente e para o futuro. Com o patrocínio da ICAL – Indústria de Calcinação, por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, o Programa Vamos ao Museu? propõe diálogo entre a comunidade e as diversas dimensões do Patrimônio no município de Pains, em Minas Gerais, objetivando, assim, que a promoção do protagonismo cidadão contribua para a transformação da realidade e, sobretudo, para a preservação do Patrimônio Integral. Ives de Oliveira Santos Melo Presidente da Akala Vamos ao Museu? – Natureza, Educação e Cultura | Caderno do professor 5 Caro professor, Este material o acompanhará no processo de formação de educadores do Programa Vamos ao Museu? – Natureza, Educação e Cultura. Sua concepção partiu do entendimento de que a Educação é processo dialógico, motivado pela busca permanente da compreensão dos desafios postos por nossa inserção no mundo. Depreende-se daí pelo menos dois elementos fundamentais do processo educativo que pretendemos inspirar nos educadores participantes, a saber: o espírito crítico, curioso e questionador e a disposição para a pesquisa e a investigação constante de novos conhecimentos. Ancorado nesses fundamentos, o material aborda dimensões que consideramos importantes para o debate sobre Patrimônio, partindo de aspectos pessoais, passando para um olhar expandido para a cidade e para aquilo que lhe é próprio, até alcançar o entorno, ambiente a partir do qual se deu a ocupação humana no território de Pains, desde milhares de anos até os dias de hoje. Este percurso espaço-temporal pretende apresentar definição ampla e integrada do conceito de Patrimônio – entendido em diversas dimensões: natural, cultural, material, imaterial, individual, coletivo –, sugerindo ao educador vivências e reflexões que, uma vez apropriadas pelo constante exercício de registro e avaliação, podem ser adaptadas e estendidas a estudantes de todos os níveis de ensino. 6 Buscou-se explorar também possibilidades educativas a partir de projetos de pesquisa e investigação que utilizem não apenas as fontes constantes nos livros didáticos, mas o conhecimento vivo presente na comunidade: nas lembranças dos velhos, nas manifestações culturais, na observação da realidade, nos registros iconográficos, na contemplação da paisagem, bem como nos acervos dos espaços de memória e cultura do município, como o Centro de Memória Painense e o Museu Arqueológico do Carste do Alto São Francisco, para os quais o Programa Vamos ao Museu, Natureza, Educação e Cultura nos convida. Acreditamos que a concepção de Educação que conduziu a elaboração deste Caderno e que será vivenciada ao longo da formação de educadores proposta pelo Programa Vamos ao Museu? possa contribuir para a revisão crítica e corajosa dos objetivos e dos métodos de ensino empreendidos pela Escola, contribuindo para a renovação constante de sua ação educativa, com vistas à torná-la cada vez mais significativa e prazerosa. Agora, mãos à obra! Adriana Piva Educadora Vamos ao Museu? 2013 Vamos ao Museu? – Natureza, Educação e Cultura | Caderno do professor Vamos ao Museu? – Natureza, Educação e Cultura | Caderno do professor 7 ANTES 8 Vamos ao Museu? – Natureza, Educação e Cultura | Caderno do professor Vamos ao Museu? – Natureza, Educação e Cultura | Caderno do professor 9 Ainda que carreguemos uma herança genética, com algumas características já pré-definidas, nós não nascemos prontos. É ao longo de nossas vidas, de nossas experiências com o mundo e com o outro que nossa história e a nossa identidade pessoal vão sendo constituídas. Pessoas, lembranças, conhecimentos, lugares, imagens, objetos... Tudo isso se acumula e se torna fonte de compreensão sobre quem somos e de onde viemos. Essas fontes podem ser entendidas como nosso patrimônio pessoal. Para saber mais... A palavra patrimônio vem do termo latino “pater” que significa “pai”, “paterno”. Nesse sentido, o termo patrimônio foi inicialmente entendido como os bens de valor que são deixados de pai para filho ou de geração para geração. Atualmente, essa noção está relacionada com os bens culturais ou naturais que marcam a identidade de um grupo social. Segundo nossa Constituição Federal de 1988, no artigo 216: “Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem: as formas de expressão; os modos de criar, fazer e viver; as criações científicas, artísticas e tecnológicas; as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais; os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico.” Ser sujeito implica autoconhecimento (...). Cada pessoa que participa selecionando os temas a estudar, capacitando-se, realizando uma entrevista ou sendo entrevistado, reunindo objetos, tomando fotografias, fazendo desenhos, está conhecendo mais a si mesma e ao mesmo tempo está conhecendo a comunidade à qual pertence. Está elaborando uma interpretação coletiva de sua realidade e de sua história. (LERSH; OCAMPO, s/d) 10 Vamos aoVamos Museu?ao– Museu? Natureza, – Natureza, Educação Educação e Cultura |eCaderno Cultura |do Caderno professor do professor 10 Retome sua história de vida, revisite seu patrimônio pessoal, busque elementos que possam representar suas características mais marcantes, sua identidade. Veja as referências destacadas por seus colegas, ouça seus depoimentos, procure saber dos significados sintetizados ali, discuta sobre as diferenças e convergências existentes entre vocês. Escolha uma fotografia ou letra de música, desenhe ou selecione texto capaz de simbolizar sua história. Use o espaço abaixo para inserir o que escolheu. Vamos ao Museu? – Natureza, Educação e Cultura | Caderno do professor 11 Com seus estudantes... Este trabalho pode ser realizado em sala de aula quando cada estudante contará sua história, trazendo objetos, imagens ou textos que a simbolizem. Monte uma exposição com os elementos reunidos e motive o compartilhamento das histórias da turma. Organize com seus estudantes momentos em que moradores antigos da cidade possam contar suas histórias de vida. Liste pessoas da comunidade que aceitariam o convite, que gostem de contar histórias, de conversar. Elabore roteiro com algumas questões, como, por exemplo: Como foi sua infância? Como era a cidade na época? Quais as brincadeiras mais comuns? E a adolescência? Estimule a imaginação do seu grupo e continue o roteiro. Pense ainda: Onde ocorrerão as entrevistas? Na escola? Na casa do entrevistado? Numa praça ou outro local público? Como serão registrados os depoimentos? Por meio de filmagens, fotografias, notas, desenhos? A atividade ocorrerá no horário de aula ou em outro momento? Se as entrevistas ocorrerem na escola, como será a recepção dos convidados? Para saber mais... Anteriormente, o documento histórico era entendido somente como a fonte escrita, tal como apregoava a escola dita positivista do século XIX. No século XX, com a Escola de Annales, essa ideia passou a ser fortemente questionada. A noção de fonte histórica foi ampliada. A partir dessa mudança de paradigma, a iconografia, a cultura material, as fontes orais e outras fontes passaram a ser tão importantes para a História como o documento escrito. (COSTA; CRUZ, 2012, p. 11) Agora que já olhamos para nós mesmos, retomamos nossas histórias pessoais, buscamos reconhecer os contornos da nossa identidade, que tal olharmos à nossa volta, para o lugar onde vivemos, os caminhos que percorremos cotidianamente em nosso bairro? Que elementos poderíamos destacar nesse percurso? De que forma o local onde vivemos influencia nossa história e a nossa identidade? 12 Vamos ao Museu? – Natureza, Educação e Cultura | Caderno do professor Alguns projetos de recuperação de memória de comunidades e bairros são desenvolvidos em parceria com escolas como forma das crianças e adolescentes conhecerem um pouco mais sobre a história dos locais onde vivem e, assim, se tornarem sujeitos dessa história. São memórias que surgem a partir de fotografias, documentos, cartas e, principalmente, da história das pessoas do lugar. A recuperação da memória de comunidades, bairros e cidades é realizada por meio da história oral, ou seja, da história contada pelas próprias pessoas e permite que essas pessoas apareçam como sujeitos dessa mesma história. Nesse processo, não são mais heróis, “autoridades” e “fatos marcantes” que fazem a história, mas as pessoas comuns e seu cotidiano comum. (SPEGLICH, 2004) ...Para saber mais... Caderno de campo é uma ferramenta de registro das atividades, dados e percepções cotidianas que pode ser adotado por pesquisadores de qualquer área: biólogos, geólogos, geógrafos, paleontólogos, arqueólogos, antropólogos, sociólogos. E também pelo educador. Além de contribuírem para o desenvolvimento da pesquisa, os cadernos de campo se transformam em documentos importantes nos arquivos desses profissionais. Dependendo do valor histórico de suas obras, podem passar para arquivos públicos ou até mesmo serem publicados. Refaça vagarosamente esses caminhos, percebendo-o com um novo olhar, como quem os vê pela primeira vez. Registre em fotografias ou desenhos tudo o que lhe chama a atenção ou o que pareça representativo do trecho percorrido. Fotografe pessoas, animais, plantas, lugares, paisagens, detalhes de fachadas, problemas sociais, placas indicativas... Faça também anotações em seu Caderno de Campo, crie poesias... Aprecie os registros de seus colegas. Observe se a percepção deles é próxima ou diversa da sua. Construa, então, um mapa afetivo dos caminhos que convergem para a escola usando os elementos produzidos e selecionados pelo grupo. Insira também textos que descrevam ou agreguem outros significados ao conjunto. A partir do mapa, discuta com seus colegas sobre sua cidade, seu patrimônio cultural, suas características mais marcantes. Vamos ao Museu? – Natureza, Educação e Cultura | Caderno do professor 13 Insira no espaço abaixo, por meio de palavras, desenhos ou outra forma de expressão, o que mais chamou sua atenção ao observar o mapa pronto. 14 Vamos ao Museu? – Natureza, Educação e Cultura | Caderno do professor Com seus estudantes... A partir do material reunido no mapa afetivo da cidade, estimule o debate entre os estudantes sobre os mais diversos aspectos destacados: questões históricas, culturais, sociais, econômicas, ambientais, curiosidades... Ao final, proponha a elaboração de um texto individual ou coletivo que sintetize os elementos abordados nas imagens e no debate. Vamos partir, então, para os arredores de Pains? Expandindo o nosso olhar, logo perceberemos as formações rochosas, o relevo e a vegetação existentes no entorno da cidade. Você costuma visitar esses arredores? Sabia que a paisagem de Pains apresenta características que a distingue de outros lugares? Você já ouviu falar em “Carste”? Para saber mais... A palavra “carste” vem do idioma esloveno e significa “campo de pedras calcárias”. Sendo rocha solúvel, o calcário origina, pela ação da água e do vento, vários tipos de relevos característicos do carste, como cavernas, dolinas, sumidouros. As regiões cársticas são importantes para as atividades humanas, pois além de abrangerem 20% da superfície terrestre e serem responsáveis pelo abastecimento de água de 25% da população mundial, guardam riquezas de valor científico e cultural, como, por exemplo, enorme acervo arqueológico. Que tal visitarmos uma dessas formações rochosas? Perceba suas características, imagine como suas formas foram se constituindo. Anote em seu Caderno de Campo suas principais descobertas a respeito das rochas calcárias e da paisagem peculiar que elas formam em Pains. Como é esta paisagem? Que cores, formas e aromas você distingue? Como é a vegetação, que tipos de plantas são comuns na região? E a fauna? Que papel possui o carste junto aos reservatórios subterrâneos de água? Como é o clima e como ele impacta a paisagem em diversas épocas do ano? Vamos ao Museu? – Natureza, Educação e Cultura | Caderno do professor 15 Escreva ou desenhe, a seguir, suas principais descobertas a respeito do relevo cárstico. 16 Vamos ao Museu? – Natureza, Educação e Cultura | Caderno do professor Para saber mais... Antigamente, o acesso a médicos e a centros de saúde era muito mais difícil e em diversas comunidades ainda hoje o é. Quem tratava os moradores acometidos por doenças eram os erveiros, exímios conhecedores do poder curativo das plantas. E você, conhece algumas plantas características de sua região? Sabe reconhecer seu uso na medicina ou na alimentação? Conhece algum erveiro ou erveira? Que plantas você identificou durante a caminhada nos arredores de Pains? Você sabe o que é um herbário? Um herbário é uma coleção de amostras de plantas secas, feito com o objetivo de contribuir para a identificação e a pesquisa sobre tais espécies. Que tal criar um herbário com seus estudantes? Em Minas Gerais, podemos destacar 3 principais áreas onde são encontradas formações cársticas: a região de Lagoa Santa, localizada na Região Metropolitana de Belo Horizonte; o Vale do Peruaçu e Cochá, no norte do Estado e a Província Cárstica do Alto São Francisco, onde está localizada Pains, juntamente com outros 8 municípios: Arcos, Doresópolis, Córrego Fundo, Formiga, Iguatama, Bambuí, Pimenta e Piumhí. Nos abrigos, cavernas e sumidouros formados pela ação da água no relevo cárstico, os vestígios arqueológicos podem ser conservados por longo tempo, pois ficam em ambiente básico protegidos da acidez das águas das chuvas. Além disso, devido à presença da calcita, os vestígios acabam por se fossilizar, propiciando que recorrentemente nas regiões cársticas sejam encontrados vestígios de atividades humanas milenares. Portanto, podemos dizer que uma caverna ou sítio arqueológico é um museu natural. Os vestígios arqueológicos trazem informações valiosas sobre a história da Região, considerada de muita relevância por apresentar alguns dos mais antigos registros da ocupação humana no Brasil. São objetos e paisagens que, como nós, também contam histórias. Vamos ao Museu? – Natureza, Educação e Cultura | Caderno do professor 17 Os arqueólogos investigam essas histórias a partir da análise dos artefatos deixados pelas populações antigas, pois revelam seu modo de vida. Muito já foi descoberto sobre nossa pré-história por meio do trabalho de arqueólogos. Você tem conhecimento das descobertas arqueológicas realizadas em nossa região? Conhece a pré-história brasileira? Que tal ouvirmos de um/a arqueólogo/a relatos sobre as principais descobertas? ...Para saber mais... Além de propiciar informações sobre grupos humanos do período pré-colonial, os estudos arqueológicos podem oferecer informações também sobre o período histórico. É o que chamamos de arqueologia histórica, que pode, a partir da análise dos vestígios, oferecer interpretação diversa daquela presente na historiografia. A partir desse relato, preencha o quadro a seguir utilizando imagens e palavras recortáveis na última página do caderno. Se preferir, selecione de outras fontes tais como revistas. O resultado deve enfatizar os principais acontecimentos de nossa história pré-colonial. Outras informações poderão ser encontradas em visita ao Museu Arqueológico do Carste, em Pains, sobre o qual falaremos a seguir. Com seus estudantes... Pesquise com sua turma o que é arqueologia e como se dá o trabalho do arqueólogo. Que tal chamar um profissional dessa área para ser entrevistado em sua escola? Identifique vídeos, sites, livros, notícias de jornais e outros materiais que tratem do assunto. 18 Vamos ao Museu? – Natureza, Educação e Cultura | Caderno do professor Vamos ao Museu? – Natureza, Educação e Cultura | Caderno do professor 19 ... Pleistoceno Holoceno... 10.000 AP* 20 8.000 AP Vamos ao Museu? – Natureza, Educação e Cultura | Caderno do professor 2.000 AP 500 AP *AP é a sigla para anos "antes do presente", que se refere ao ano de 1950. Assim 2.500 anos AP corresponde ao ano de 550 a.C. Vamos ao Museu? – Natureza, Educação e Cultura | Caderno do professor 21 DURANTE 22 Vamos ao Museu? – Natureza, Educação e Cultura | Caderno do professor Agora que você já conheceu a paisagem cárstica e já conversou com um arqueólogo, que tal visitar um lugar onde poderá saber mais sobre aspectos arqueológicos da região? Você já ouviu falar do Museu Arqueológico do Carste do Alto São Francisco, conhecido também como MAC/Pains? Ele está situado em Pains e seu acervo possui muitos dos principais vestígios encontrados na Província Cárstica do Alto São Francisco. Mas... você sabe o que é um museu, para que ele serve, quais suas principais ações? Para saber mais... Um museu é uma instituição permanente, sem fins lucrativos, a serviço da sociedade e de seu desenvolvimento, aberta ao público, que adquire, conserva, estuda, expõe e transmite o patrimônio material e imaterial da humanidade e de seu meio ambiente para fins de estudo, educação e fruição. Conselho Internacional de Museus/ICOM, 2007. As três principais ações realizadas pelos museus são: conservação e restauro do acervo sob sua guarda; investigação e pesquisa acerca dos significados dessas peças; e difusão desse acervo para o público local e outros visitantes. Com seus estudantes... Vamos experimentar um processo museológico? Identifique todo o material produzido e/ou reunido durante o estudo realizado com sua turma selecionando os mais significativos. Organize exposição do material para que outras turmas possam acompanhar e também aprender com o trabalho de vocês. Essa atividade ajudará o grupo a relembrar o processo percorrido, mobilizando e consolidando todo o conhecimento construído até o momento. Vamos ao Museu? – Natureza, Educação e Cultura | Caderno do professor 23 Estar num museu pode ser uma experiência extremamente rica. Mas, para isso, precisamos deixar de lado nossa ansiedade por respostas prontas e nos comportar como verdadeiros investigadores, em busca de informações acessíveis por meio da observação atenta do acervo. É também importante permitir a imaginação, a invenção... pois cada um de nós tem uma bagagem, um repertório, que será sempre nosso ponto de partida para estabelecer conexões, elaborar perguntas e construir conhecimento. Então, Vamos ao Museu? Para que possamos aproveitar bem a visita, coloque na bolsa este Caderno do Professor, o Caderno de Campo, lápis ou caneta, muita curiosidade, olhos bem atentos e, por que não, um bocado de espírito de aventura... No MAC/Pains, além das legendas, textos de apresentação e mediadores bem informados, temos o privilégio de nos depararmos com os objetos originais, muitas vezes só vistos até então por meio de livros e fotografias. Que diferença isso faz? O que o contato direto com os objetos pode nos ensinar? Os artefatos não são meramente fotos impressas nos livros; eles são tridimensionais, têm forma, cor, cheiro, tamanho, função, idade. As mesmas perguntas que o historiador faz ao objeto, o professor deve instigar os alunos a fazerem a ele. A função do professor ao utilizar a cultura material é demonstrar aos alunos o potencial comunicativo dos objetos e instruir a formulação conjunta de possíveis perguntas que se pode fazer aos objetos. (COSTA; CRUZ, 2012, p. 15) Para não perder nenhum detalhe dessa experiência, anote no Caderno de Campo tudo o que chamar sua atenção, dúvidas, hipóteses, sensações. Desenhe também tudo aquilo que considerar importante ou útil para investigações posteriores. Muitas informações que temos sobre nossa história chegaram até nós graças aos relatos de viajantes que estiveram por aqui em séculos passados. Eles registravam tudo, mas como a fotografia ainda não havia sido inventada, além de anotações, faziam desenhos detalhados de tudo que pudesse caracterizar a paisagem, os habitantes e seus modos de vida. Que tal nos inspirarmos nestes procedimentos? 24 Vamos ao Museu? – Natureza, Educação e Cultura | Caderno do professor Relate aqui sua experiência de visitação ao MAC/Pains: o que lhe agradou, o que desagradou, o que lhe trouxe de novo, que práticas poderão ser aproveitadas quando levar sua turma de estudantes ao museu? Vamos ao Museu? – Natureza, Educação e Cultura | Caderno do professor 25 DEPOIS 26 Vamos ao Museu? – Natureza, Educação e Cultura | Caderno do professor É na inconclusão do ser, que se sabe como tal, que se funda a educação como processo permanente. (...) Não foi a educação que fez mulheres e homens educáveis, mas a consciência de sua inconclusão de que nos tornamos conscientes e que nos insere no movimento permanente de procura que se alicerça a esperança. (FREIRE, 1996, p. 64) Estamos chegando à conclusão de nosso trabalho. Neste momento, nada melhor que fazer uma revisão de tudo o que foi visto, pensado, debatido, produzido... Retome também seu Caderno de Campo, reveja suas anotações e reflita sobre como esta formação pôde ajudá-lo/a a se apropriar ainda mais de sua identidade pessoal e da história do lugar onde vive. Mais ainda, em como poderá contribuir com sua prática cotidiana como professor/a: que conceitos e práticas podem ser aplicados com sua turma de estudantes? A Educação Patrimonial pode ser definida como: (...) um processo permanente e sistemático de trabalho educacional centrado no Patrimônio Cultural como fonte primária de conhecimento individual e coletivo. A partir da experiência e do contato direto com as evidências e manifestações da cultura, em todos os seus múltiplos aspectos, sentidos e significados, o trabalho de Educação Patrimonial busca levar crianças e adultos a um processo ativo de conhecimento, apropriação e valorização de sua herança cultural, capacitando-os para um melhor usufruto destes bens, e propiciando a geração e produção de novos conhecimentos, num processo contínuo de criação cultural. (HORTA; GRUNBERG; MONTEIRO, 1999, p. 6) Vamos ao Museu? – Natureza, Educação e Cultura | Caderno do professor 27 Buscamos trazer para este Caderno e para nossos encontros de formação dimensões que consideramos valorosas para o trabalho educativo realizado a partir do patrimônio local. Liste a seguir alguns dos procedimentos utilizados durante esta formação que foram significativos para você: 28 Vamos ao Museu? – Natureza, Educação e Cultura | Caderno do professor Feita a revisão, que tal transformar a experiência adquirida em proposta de estudo para realizar com sua turma de estudantes? Você já escreveu projetos? Sabe como elaborar um projeto? Em entrevista concedida à Secretaria de Educação de Santo André, em 2004, Fernando Hernández define os projetos de trabalho “não como uma metodologia, mas como uma concepção de ensino, uma maneira diferente de suscitar a compreensão dos alunos sobre os conhecimentos que circulam fora da escola e de ajudá-los a construir sua própria identidade”. Embora pareça complicado, o segredo de um bom projeto é a clareza de sua proposta, do que se quer fazer e de onde se pretende chegar. Responder às perguntas a seguir é o primeiro passo para quem tiver uma ideia e quiser coloca-la em prática. O QUE? Que tema você gostaria de trabalhar com seus estudantes? O tema do projeto pode ser esboçado a partir de estudos realizados anteriormente em sua escola, de acordo com proposições curriculares ou ser escolhido a partir de consulta aos interesses dos estudantes. O importante é eleger um tema que seja instigante. PARA QUE? Quais os objetivos curriculares e extracurriculares deste projeto? Essa pergunta deve ser respondida considerando o que você pretende alcançar com sua proposta. Que habilidades, conteúdos, valores e atitudes você quer desenvolver? Vamos ao Museu? – Natureza, Educação e Cultura | Caderno do professor 29 POR QUE? Qual a justificativa e relevância deste projeto? Esta pergunta explicitará os motivos pelos quais o tema foi escolhido. Ao longo da formação de educadores, recorremos a vários saberes, utilizamos diversos recursos e visitamos muitos espaços. Por que não desenvolver estudo que também contemple a transdisciplinaridade e o uso de outros territórios educativos com sua turma? Para isso, você deverá estruturar uma metodologia de trabalho que preveja a diversidade de recursos didáticos, de linguagens, de espaços, saberes e de fontes tendo em vista o alcance dos objetivos propostos. Agora que já sabe o que, para que e por que, vamos pensar como o projeto será desenvolvido? COMO? Que procedimentos e que recursos didáticos utilizar? Para responder esta pergunta, pergunte-se sobre quais disciplinas e conteúdos serão mobilizados. Outros professores serão envolvidos? Que saberes, que fontes serão consultadas: acadêmica, popular, tradicional, pessoal, coletiva? Este será também o momento de desenhar toda a ação, pensar nas questões operacionais e metodológicas que darão suporte à elaboração das respostas para as próximas perguntas. QUANDO? Quanto tempo será necessário para o projeto? O tempo a ser disponibilizado para o estudo dependerá da metodologia escolhida. Você realizará o projeto no dia a dia das aulas ou no contra turno? Trabalhará o tema diariamente ou em dias específicos da semana? Por quanto tempo? Lembre-se de que o nível de aprofundamento do estudo dependerá do maior ou menor tempo disponibilizado para o trabalho e de sua maior ou menor integração à rotina diária da turma. 30 Vamos ao Museu? – Natureza, Educação e Cultura | Caderno do professor ONDE? Que espaços serão utilizados? Além da sala de aula há outros espaços na escola que possam ser utilizados? Qual o envolvimento de sua turma quando atividades são propostas fora da sala de aula? Que espaços da cidade ou mesmo fora dela podem ser visitados com vistas a tornar o estudo mais significativo para os estudantes? Que parceiros podem ser mobilizados? QUE MATERIAIS PODEM SER CRIADOS COMO PRODUTO DA AÇÃO? Ao elaborar projetos, você pode incluir a criação de produtos como materiais didáticos, exposições etc. Cadernos de campo coletivos, exposições, produção de texto, álbuns de fotografias, músicas, peça teatrais, feira de arte, desenvolvimento de um blog, de um vídeo... Que produtos podem ser desenvolvidos a partir do projeto e que sejam ao mesmo tempo registro e via de difusão dos resultados para a comunidade? Ouça a voz da turma, elenque possibilidades que sejam compatíveis com a faixa etária e com os interesses dos estudantes, alimente sua imaginação e mãos à obra! Lembre-se de que o projeto é um plano construído previamente e, como tal, pode ser alterado ao longo de sua execução. Deve-se cuidar, no entanto, para não perder o fio condutor e os objetivos que levaram à sua elaboração. É justamente esta a utilidade de se elaborar projetos e/ou planejamentos. Sua função, portanto, não pode ser a de enrijecer o trabalho, impedindo a reflexão-na-ação. Nesse sentido, a execução de um projeto exige atitudes que destacamos a seguir. Vamos ao Museu? – Natureza, Educação e Cultura | Caderno do professor 31 Registro constante das ações realizadas. Tudo deve ser registrado por você e sua turma em fotografias, vídeos, anotações, registro em áudio, produção de textos, desenhos, colagens. Avaliação continuada do projeto. Recorrentemente você deve se perguntar como está o andamento do projeto. Responda às seguintes perguntas: O cronograma inicial está sendo cumprido? As atividades propostas estão sendo bem sucedidas? Outras ações não previstas são necessárias? Os objetivos propostos estão sendo alcançados? Recapitule e avalie as etapas já percorridas também com sua turma para que eles se mantenham conscientes do processo. Adequação do projeto. Dificilmente um projeto é realizado tal qual o planejamento inicial. É natural, e até positivo, que sua execução nos surpreenda e exija que façamos adequações. Isso ocorre com frequencia, pois lidamos com seres humanos, com conhecimentos vivos. Nenhuma mente, por mais exímia que seja, pode controlar todas as variáveis. Muitas vezes, forçar o encaminhamento de alguma ação como havia sido planejada pode gerar o fracasso da proposta e a frustração dos envolvidos. Por isso, precisamos ser flexíveis a ponto de traçarmos novas diretrizes quando isso for necessário. Socialização do projeto e de seus resultados. É importante que o projeto tenha efeito multiplicador, ou seja, suas etapas devem ser divulgadas para outras turmas, para a comunidade escolar e – por que não? – para toda a cidade. Os diversos materiais gerados ao longo do estudo, bem como seus produtos finais podem ser selecionados e apresentados numa exposição, por exemplo. Fotografias podem ser projetadas, oficinas podem ser oferecidas a outros grupos... Enfim, são múltiplas as formas de socialização das principais etapas e dos resultados do projeto. 32 Vamos ao Museu? – Natureza, Educação e Cultura | Caderno do professor A tematização da prática, o compartilhar de conhecimentos são ações que, conduzidas com intencionalidade, formam o coletivo criando condições para que o trabalho desenvolvido seja debatido por todos. (...) Esse processo tece a unidade do projeto educativo que embora traduzida pelos diferentes indivíduos do coletivo, parte de princípios comuns. (BRASIL, 1998, p. 67) Agora que aprendeu um pouco mais sobre elaboração e execução de projetos, que tal elaborar a proposta que desenvolverá com sua turma de estudantes? Elaboramos material complementar que chamamos Cartas Patrimoniais. As Cartas Patrimoniais abordam temas relacionados ao Patrimônio de Pains e podem ser utilizadas de diversas maneiras. Pode-se, por exemplo: retirar aleatoriamente uma das cartas e a partir do tema destacado elaborar novo projeto de Educação Patrimonial; espalhar as cartas e trabalhar com os estudantes as três dimensões do Patrimônio trabalhadas no jogo: Material, Imaterial e Natural; uma única carta pode gerar estudos para toda a turma ou grupos menores podem escolher cartas distintas; entre várias outras possibilidades. Por hora, sugerimos que cada professor retire uma Carta e elabore projeto a ser desenvolvido com sua turma lançando mão das experiências vividas na formação e utilizando-se das dicas deste Caderno. Após elaborar a primeira versão, apresente sua proposta aos colegas, observe atentamente os projetos apresentados, receba com atenção as sugestões e críticas trocadas entre todos, faça anotações, e, com isso, adapte o que julgar pertinente. O projeto será resultado do seu processo de formação junto ao Programa Vamos ao Museu? Natureza, Educação e Cultura, síntese do que foi significativo para você ao longo dos encontros, e, por isso, merecedor de seu cuidado e dedicação. Desejamos a todos um bom trabalho! Vamos ao Museu? – Natureza, Educação e Cultura | Caderno do professor 33 Referências Bibliográficas BARROS, M. In: Memórias Inventadas: A infância. São Paulo: Planeta, 2003. ao Museu de Arqueologia e Etnologia – USP. São Paulo, 2006. BERNARDI, A. M. Dimensões do processo de apropriação cultural: a educação na cidade. 2011. 200f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Federal de Minas Gerais, Faculdade de Educação, Belo Horizonte, 2011. HORTA, M. L. P.; GRUNBERG, E.; MONTEIRO, A. Q. Guia Básico de Educação Patrimonial. Brasília: IPHAN/Museu Imperial. 1999. BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil. Vol 1. Brasília: MEC/SEF, 1998. CARVALHO, P. M. 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Agradecemos à ICAL – Indústria de Calcinação, representada por Giovana Mai, Gustavo Carvalho, Natália Ticiana Abreu, André Teixeira e Tamiris Castro; à Secretaria de Estado de Cultura de Minas Gerais, por meio da Superintendência de Fomento e Incentivo à Cultura; ao Banco Bonsucesso, representado por Luísa Rubião Resende; à Prefeitura de Pains; ao Museu Arqueológico do Carste do Alto São Francisco/MAC-Pains; ao Centro de Memória Painense; ao Núcleo Vida Saudável; ao Rotaract Club de Pains; ao Hotel Vale das Pedras e a todos os parceiros, colaboradores, fornecedores e pessoas que direta ou indiretamente participaram desta jornada. Agradecemos especialmente à Adriana Piva e Patrícia Marinho, educadoras do Programa e aos professores, estudantes e membros da comunidade que participam da edição Natureza, Educação e Cultura. Adelton Silveira Alberico Alessandro Álvaro Antônio Alves Amir Otoni de Oliveira Ana Maria Resende Rabelo André Onofre Limírio Chaves André Prous Andrei Isnardis Antônio Lucas de Souza Aryane Cristina de Faria Bruna Ribeiro Camila Jácome Célio Almeida Cirlene Costa Cristiana Carneiro Cyro José Soares Delmar de Paula Costa Deusdédit Alves André Divina Natico Edward Koole Elaine Martins Eliza Rosa Arantes de Paula Emiliana Silva Ercione Costa Teixeira Flávia Melo Flaviane Pedroso Gabriel Sena Ribeiro Grupo EPA Iago Castro Coutinho 36 Jesus Divino de Paiva Joana Braga Reis José Wilson Neves Luanna Oliveira Márcia Rabelo Margarida Moreira Martins Maria Conceição Resende Oliveira Maria do Carmo Gomes Maria Jacqueline Rodet Mário da Silva Oliveira Mayulle Cristhina Mozar Manoel Gomes Neander Resende Rabelo Nelson Alves de Oliveira Pablo Hendrigo Alves de Melo Poliana da Costa Fernandes Rachel Rocha Raquel Isidoro Raquel Melo Renata de Paulo Rogério Rodrigues Rosa Maria de Mendonça Goulart Rubens Castro Sandro Ribeiro Monteiro Sérgio Arruda Warney Rider Wilba Alves da Silva Zulmira Gonçalves Rodrigues de Melo Vamos ao Museu? – Natureza, Educação e Cultura | Caderno do professor ©Todos os direitos reservados. 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