Caderno do
Professor
Vamos ao Museu? – Natureza, Educação e Cultura | Caderno do professor
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PROGRAMA VAMOS AO MUSEU?
Natureza, Educação e Cultura, 2013
Pains, MG
FICHA TÉCNICA
Coordenação
Ives de Oliveira Santos Melo
Produção
Akala
Educadoras
Adriana Piva
Patrícia Marinho de Carvalho
Assessoria de Imprensa
Marina Queiroz Comunicação
Projeto Gráfico e Web
Lethos
CADERNO DO PROFESSOR
Concepção
Akala
Elaboração
Adriana Piva
Consultoria Técnica
Patrícia Marinho de Carvalho
Design e Ilustrações
Lethos
Revisão de Texto
Ives de Oliveira Santos Melo
Parceria
Apoio
MAC
Museu Arqueológico do Carste do Alto São Francisco
Realização
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Patrocínio
Incentivo
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P688c
2013
AKALA.
Caderno do Professor, Programa Vamos ao Museu? – Natureza, Educação e Cultura / AKALA; Adriana Piva. – Belo Horizonte: Dangraf,
2013.
36 p., il.
Ilustrador: Tiago Lopo.
Inclui Bibliografia: p. 32-33.
1. Museus. 2. Professores - Formação. 3. Educação. 4. Arqueologia. 5. Patrimônio Cultural. 6. Pains (MG) I. Programa Vamos ao
Museu? II. Piva, Adriana III. De Bernardi, Andréia Menezes IV. Melo,
Ives de Oliveira Santos. V. Carvalho, Patricia Marinho de. VI. Título.
CDD: 069
Ficha catalográfica elaborada por Amanda Damasceno de Souza – Bibliotecária CRB6 – 2427
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ESCOVA
Eu tinha vontade de fazer como os dois homens que vi sentados na terra escovando osso. No começo achei que aqueles homens não batiam bem. Porque ficavam sentados na terra o dia
inteiro escovando osso. Depois aprendi que aqueles homens
eram arqueólogos. E que eles faziam o serviço de escovar osso
por amor. E que eles queriam encontrar nos ossos vestígios de
antigas civilizações que estariam enterrados por séculos naquele chão. Logo pensei em escovar palavras. Porque eu havia
lido em algum lugar que as palavras eram conchas de clamores antigos. Eu queria ir atrás dos clamores antigos que estariam guardados dentro das palavras. Eu já sabia também que
as palavras possuem no corpo muitas oralidades remontadas
e muitas significâncias remontadas. Eu queria escovar as palavras para escutar o primeiro esgar de cada uma. Para escutar
os primeiros sons, mesmo que ainda bígrafos.
Manoel de Barros, 2003
Patrimônio.
Que patrimônios nos cercam,
nos pertencem, nos tocam,
nos dizem respeito?
Este material foi elaborado com o objetivo de convidar professores
e educadores sociais atuantes em Pains a refletirem sobre seu
Patrimônio. Partindo de lembranças pessoais, passando por objetos
guardados em gavetas, tomando as ruas do bairro e percursos
cotidianos na cidade, com seu movimento e seus símbolos, até atingir
a paisagem que guarda o imenso potencial arqueológico da Região.
Nos vestígios materiais encontrados surgem registros de outras
histórias, outros gestos, outros tempos. Histórias que não foram
escritas em livros, mas registradas em pedra, cerâmica e em outros
materiais, que, como livros, são também lidos e interpretados à luz
de diversos conhecimentos.
Graças ao trabalho de muitos profissionais, esses objetos têm
sido recolhidos e levados a espaços onde é possível identificá-los,
conservá-los adequadamente, estudá-los e expô-los para fruição e
conhecimento do público. Esses espaços são lugares de Patrimônio,
locais em que temos a oportunidade de nos encontrar, de nos
reconhecer, de encontrar o outro e compreender o processo de
construção identitária de nossa comunidade, olhar para o passado,
para o presente e para o futuro.
Com o patrocínio da ICAL – Indústria de Calcinação, por meio da
Lei Estadual de Incentivo à Cultura, o Programa Vamos ao Museu?
propõe diálogo entre a comunidade e as diversas dimensões do
Patrimônio no município de Pains, em Minas Gerais, objetivando,
assim, que a promoção do protagonismo cidadão contribua para
a transformação da realidade e, sobretudo, para a preservação do
Patrimônio Integral.
Ives de Oliveira Santos Melo
Presidente da Akala
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Caro professor,
Este material o acompanhará no processo de formação de educadores do
Programa Vamos ao Museu? – Natureza, Educação e Cultura.
Sua concepção partiu do entendimento
de que a Educação é processo dialógico, motivado pela busca permanente
da compreensão dos desafios postos
por nossa inserção no mundo.
Depreende-se daí pelo menos dois
elementos fundamentais do processo
educativo que pretendemos inspirar
nos educadores participantes, a saber:
o espírito crítico, curioso e questionador e a disposição para a pesquisa
e a investigação constante de novos
conhecimentos.
Ancorado nesses fundamentos, o
material aborda dimensões que consideramos importantes para o debate
sobre Patrimônio, partindo de aspectos pessoais, passando para um olhar
expandido para a cidade e para aquilo
que lhe é próprio, até alcançar o entorno, ambiente a partir do qual se deu
a ocupação humana no território de
Pains, desde milhares de anos até os
dias de hoje.
Este percurso espaço-temporal pretende apresentar definição ampla e
integrada do conceito de Patrimônio
– entendido em diversas dimensões:
natural, cultural, material, imaterial,
individual, coletivo –, sugerindo ao
educador vivências e reflexões que,
uma vez apropriadas pelo constante exercício de registro e avaliação,
podem ser adaptadas e estendidas
a estudantes de todos os níveis de
ensino.
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Buscou-se explorar também possibilidades educativas a partir de projetos
de pesquisa e investigação que utilizem
não apenas as fontes constantes nos
livros didáticos, mas o conhecimento
vivo presente na comunidade: nas lembranças dos velhos, nas manifestações
culturais, na observação da realidade,
nos registros iconográficos, na contemplação da paisagem, bem como
nos acervos dos espaços de memória e
cultura do município, como o Centro de
Memória Painense e o Museu Arqueológico do Carste do Alto São Francisco,
para os quais o Programa Vamos ao
Museu, Natureza, Educação e Cultura
nos convida.
Acreditamos que a concepção de
Educação que conduziu a elaboração
deste Caderno e que será vivenciada
ao longo da formação de educadores
proposta pelo Programa Vamos ao
Museu? possa contribuir para a revisão
crítica e corajosa dos objetivos e dos
métodos de ensino empreendidos pela
Escola, contribuindo para a renovação
constante de sua ação educativa, com
vistas à torná-la cada vez mais significativa e prazerosa.
Agora, mãos à obra!
Adriana Piva
Educadora
Vamos ao Museu? 2013
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ANTES
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Ainda que carreguemos uma herança genética, com algumas características já pré-definidas, nós não nascemos
prontos. É ao longo de nossas vidas, de nossas experiências
com o mundo e com o outro que nossa história e a nossa
identidade pessoal vão sendo constituídas. Pessoas, lembranças, conhecimentos, lugares, imagens, objetos... Tudo
isso se acumula e se torna fonte de compreensão sobre
quem somos e de onde viemos. Essas fontes podem ser
entendidas como nosso patrimônio pessoal.
Para saber mais...
A palavra patrimônio vem do termo latino “pater” que significa “pai”, “paterno”.
Nesse sentido, o termo patrimônio foi inicialmente entendido como os bens de
valor que são deixados de pai para filho ou de geração para geração. Atualmente,
essa noção está relacionada com os bens culturais ou naturais que marcam a
identidade de um grupo social. Segundo nossa Constituição Federal de 1988,
no artigo 216: “Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza
material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de
referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da
sociedade brasileira, nos quais se incluem: as formas de expressão; os modos
de criar, fazer e viver; as criações científicas, artísticas e tecnológicas; as obras,
objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações
artístico-culturais; os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico,
artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico.”
Ser sujeito implica autoconhecimento (...). Cada pessoa que
participa selecionando os temas a estudar, capacitando-se, realizando uma entrevista ou sendo entrevistado, reunindo objetos,
tomando fotografias, fazendo desenhos, está conhecendo mais
a si mesma e ao mesmo tempo está conhecendo a comunidade
à qual pertence. Está elaborando uma interpretação coletiva de
sua realidade e de sua história.
(LERSH; OCAMPO, s/d)
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Vamos aoVamos
Museu?ao– Museu?
Natureza,
– Natureza,
Educação Educação
e Cultura |eCaderno
Cultura |do
Caderno
professor
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Retome sua história de vida, revisite seu patrimônio pessoal, busque
elementos que possam representar suas características mais marcantes,
sua identidade. Veja as referências destacadas por seus colegas, ouça seus
depoimentos, procure saber dos significados sintetizados ali, discuta sobre
as diferenças e convergências existentes entre vocês. Escolha uma fotografia
ou letra de música, desenhe ou selecione texto capaz de simbolizar sua
história. Use o espaço abaixo para inserir o que escolheu.
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Com seus estudantes...
Este trabalho pode ser realizado em sala de aula quando cada estudante contará
sua história, trazendo objetos, imagens ou textos que a simbolizem. Monte uma
exposição com os elementos reunidos e motive o compartilhamento das histórias
da turma.
Organize com seus estudantes momentos em que moradores antigos da
cidade possam contar suas histórias de vida. Liste pessoas da comunidade que
aceitariam o convite, que gostem de contar histórias, de conversar. Elabore
roteiro com algumas questões, como, por exemplo: Como foi sua infância? Como
era a cidade na época? Quais as brincadeiras mais comuns? E a adolescência?
Estimule a imaginação do seu grupo e continue o roteiro.
Pense ainda: Onde ocorrerão as entrevistas? Na escola? Na casa do entrevistado?
Numa praça ou outro local público? Como serão registrados os depoimentos? Por
meio de filmagens, fotografias, notas, desenhos? A atividade ocorrerá no horário
de aula ou em outro momento? Se as entrevistas ocorrerem na escola, como será
a recepção dos convidados?
Para saber mais...
Anteriormente, o documento histórico era entendido somente como a fonte escrita,
tal como apregoava a escola dita positivista do século XIX. No século XX, com a
Escola de Annales, essa ideia passou a ser fortemente questionada. A noção de
fonte histórica foi ampliada. A partir dessa mudança de paradigma, a iconografia,
a cultura material, as fontes orais e outras fontes passaram a ser tão importantes
para a História como o documento escrito.
(COSTA; CRUZ, 2012, p. 11)
Agora que já olhamos para nós mesmos, retomamos nossas histórias pessoais,
buscamos reconhecer os contornos da nossa identidade, que tal olharmos à nossa
volta, para o lugar onde vivemos, os caminhos que percorremos cotidianamente
em nosso bairro? Que elementos poderíamos destacar nesse percurso? De que
forma o local onde vivemos influencia nossa história e a nossa identidade?
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Alguns projetos de recuperação de
memória de comunidades e bairros são
desenvolvidos em parceria com escolas
como forma das crianças e adolescentes
conhecerem um pouco mais sobre a história dos locais onde vivem e, assim, se
tornarem sujeitos dessa história. São memórias que surgem a partir de fotografias,
documentos, cartas e, principalmente, da
história das pessoas do lugar. A recuperação da memória de comunidades, bairros
e cidades é realizada por meio da história
oral, ou seja, da história contada pelas
próprias pessoas e permite que essas
pessoas apareçam como sujeitos dessa
mesma história. Nesse processo, não
são mais heróis, “autoridades” e “fatos
marcantes” que fazem a história, mas as
pessoas comuns e seu cotidiano comum.
(SPEGLICH, 2004)
...Para saber mais...
Caderno de campo é uma
ferramenta de registro das
atividades, dados e percepções
cotidianas que pode ser adotado
por pesquisadores de qualquer
área: biólogos, geólogos,
geógrafos, paleontólogos,
arqueólogos, antropólogos,
sociólogos. E também pelo
educador. Além de contribuírem
para o desenvolvimento da
pesquisa, os cadernos de campo
se transformam em documentos
importantes nos arquivos desses
profissionais. Dependendo do valor
histórico de suas obras, podem
passar para arquivos públicos ou
até mesmo serem publicados.
Refaça vagarosamente esses caminhos, percebendo-o com um novo olhar, como quem os vê
pela primeira vez. Registre em fotografias ou
desenhos tudo o que lhe chama a atenção ou o
que pareça representativo do trecho percorrido.
Fotografe pessoas, animais, plantas, lugares, paisagens, detalhes de fachadas, problemas sociais,
placas indicativas... Faça também anotações em
seu Caderno de Campo, crie poesias... Aprecie os
registros de seus colegas. Observe se a percepção deles é próxima ou diversa da sua.
Construa, então, um mapa afetivo
dos caminhos que convergem para
a escola usando os elementos produzidos e selecionados pelo grupo.
Insira também textos que descrevam
ou agreguem outros significados ao
conjunto. A partir do mapa, discuta
com seus colegas sobre sua cidade,
seu patrimônio cultural, suas características mais marcantes.
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Insira no espaço abaixo, por meio de
palavras, desenhos ou outra forma de
expressão, o que mais chamou sua atenção
ao observar o mapa pronto.
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Com seus estudantes...
A partir do material reunido no mapa afetivo
da cidade, estimule o debate entre os
estudantes sobre os mais diversos aspectos
destacados: questões históricas, culturais,
sociais, econômicas, ambientais, curiosidades...
Ao final, proponha a elaboração de um texto
individual ou coletivo que sintetize os elementos
abordados nas imagens e no debate.
Vamos partir, então, para os arredores de Pains?
Expandindo o nosso olhar, logo perceberemos as
formações rochosas, o relevo e a vegetação existentes no entorno da cidade. Você costuma visitar esses
arredores? Sabia que a paisagem de Pains apresenta
características que a distingue de outros lugares?
Você já ouviu falar em “Carste”?
Para saber mais...
A palavra “carste” vem do idioma esloveno e significa “campo de pedras
calcárias”. Sendo rocha solúvel, o calcário origina, pela ação da água e do
vento, vários tipos de relevos característicos do carste, como cavernas, dolinas,
sumidouros. As regiões cársticas são importantes para as atividades humanas,
pois além de abrangerem 20% da superfície terrestre e serem responsáveis pelo
abastecimento de água de 25% da população mundial, guardam riquezas de
valor científico e cultural, como, por exemplo, enorme acervo arqueológico.
Que tal visitarmos uma dessas formações rochosas? Perceba suas características, imagine como suas formas foram se constituindo. Anote
em seu Caderno de Campo suas principais descobertas a respeito das
rochas calcárias e da paisagem peculiar que elas formam em Pains.
Como é esta paisagem? Que cores, formas e aromas você distingue?
Como é a vegetação, que tipos de plantas são comuns na região? E a
fauna? Que papel possui o carste junto aos reservatórios subterrâneos
de água? Como é o clima e como ele impacta a paisagem em diversas
épocas do ano?
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Escreva ou desenhe, a seguir, suas principais
descobertas a respeito do relevo cárstico.
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Para saber mais...
Antigamente, o acesso a médicos e a centros de saúde era muito mais difícil e em
diversas comunidades ainda hoje o é. Quem tratava os moradores acometidos por
doenças eram os erveiros, exímios conhecedores do poder curativo das plantas.
E você, conhece algumas plantas características de sua região? Sabe reconhecer
seu uso na medicina ou na alimentação? Conhece algum erveiro ou erveira? Que
plantas você identificou durante a caminhada nos arredores de Pains?
Você sabe o que é um herbário? Um herbário é uma coleção de amostras de
plantas secas, feito com o objetivo de contribuir para a identificação e a pesquisa
sobre tais espécies. Que tal criar um herbário com seus estudantes?
Em Minas Gerais, podemos destacar 3 principais
áreas onde são encontradas formações cársticas:
a região de Lagoa Santa, localizada na Região
Metropolitana de Belo Horizonte; o Vale do
Peruaçu e Cochá, no norte do Estado
e a Província Cárstica do Alto
São Francisco, onde está localizada Pains, juntamente com
outros 8 municípios: Arcos,
Doresópolis, Córrego Fundo,
Formiga, Iguatama, Bambuí,
Pimenta e Piumhí.
Nos abrigos, cavernas e sumidouros formados
pela ação da água no relevo cárstico, os vestígios arqueológicos podem ser conservados por
longo tempo, pois ficam em ambiente básico
protegidos da acidez das águas das chuvas. Além disso,
devido à presença da calcita, os vestígios acabam por se
fossilizar, propiciando que recorrentemente nas regiões
cársticas sejam encontrados vestígios de atividades humanas milenares. Portanto, podemos dizer que uma caverna
ou sítio arqueológico é um museu natural.
Os vestígios arqueológicos trazem informações valiosas
sobre a história da Região, considerada de muita relevância
por apresentar alguns dos mais antigos registros da ocupação humana no Brasil. São objetos e paisagens que, como
nós, também contam histórias.
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Os arqueólogos investigam essas histórias a partir da análise dos artefatos
deixados pelas populações antigas,
pois revelam seu modo de vida. Muito
já foi descoberto sobre nossa pré-história por meio do trabalho de arqueólogos. Você tem conhecimento das
descobertas arqueológicas realizadas
em nossa região? Conhece a pré-história brasileira? Que tal ouvirmos de
um/a arqueólogo/a relatos sobre as
principais descobertas?
...Para saber mais...
Além de propiciar informações
sobre grupos humanos do
período pré-colonial, os estudos
arqueológicos podem oferecer
informações também sobre
o período histórico. É o que
chamamos de arqueologia
histórica, que pode, a partir da
análise dos vestígios, oferecer
interpretação diversa daquela
presente na historiografia.
A partir desse relato, preencha o quadro a seguir utilizando imagens e
palavras recortáveis na última página do caderno. Se preferir, selecione de outras fontes tais como revistas. O resultado deve enfatizar os
principais acontecimentos de nossa história pré-colonial. Outras informações poderão ser encontradas em visita ao Museu Arqueológico do
Carste, em Pains, sobre o qual falaremos a seguir.
Com seus estudantes...
Pesquise com sua turma o que é arqueologia e como se dá o trabalho do
arqueólogo. Que tal chamar um profissional dessa área para ser entrevistado em
sua escola? Identifique vídeos, sites, livros, notícias de jornais e outros materiais
que tratem do assunto.
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... Pleistoceno
Holoceno...
10.000 AP*
20
8.000 AP
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2.000 AP
500 AP
*AP é a sigla para anos "antes do presente", que se refere ao ano de 1950. Assim 2.500 anos AP
corresponde ao ano de 550 a.C.
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DURANTE
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Vamos ao Museu? – Natureza, Educação e Cultura | Caderno do professor
Agora que você já conheceu a paisagem cárstica e já conversou com
um arqueólogo, que tal visitar um lugar onde poderá saber mais
sobre aspectos arqueológicos da região?
Você já ouviu falar do Museu Arqueológico do Carste do Alto São
Francisco, conhecido também como MAC/Pains? Ele está situado em
Pains e seu acervo possui muitos dos principais vestígios encontrados
na Província Cárstica do Alto São Francisco.
Mas... você sabe o que é um museu, para que ele serve, quais suas
principais ações?
Para saber mais...
Um museu é uma instituição permanente, sem fins lucrativos, a serviço da
sociedade e de seu desenvolvimento, aberta ao público, que adquire, conserva,
estuda, expõe e transmite o patrimônio material e imaterial da humanidade e de
seu meio ambiente para fins de estudo, educação e fruição.
Conselho Internacional de Museus/ICOM, 2007.
As três principais ações realizadas pelos museus são:
conservação e restauro do acervo sob sua guarda;
investigação e pesquisa acerca dos significados dessas peças;
e difusão desse acervo para o público local e outros visitantes.
Com seus estudantes...
Vamos experimentar um processo museológico? Identifique todo o material
produzido e/ou reunido durante o estudo realizado com sua turma selecionando
os mais significativos. Organize exposição do material para que outras turmas
possam acompanhar e também aprender com o trabalho de vocês. Essa atividade
ajudará o grupo a relembrar o processo percorrido, mobilizando e consolidando
todo o conhecimento construído até o momento.
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Estar num museu pode ser uma experiência extremamente rica. Mas, para isso,
precisamos deixar de lado nossa ansiedade por respostas prontas e nos comportar como verdadeiros investigadores, em busca de informações acessíveis por
meio da observação atenta do acervo. É também importante permitir a imaginação, a invenção... pois cada um de nós tem uma bagagem, um repertório,
que será sempre nosso ponto de partida para estabelecer conexões, elaborar
perguntas e construir conhecimento.
Então, Vamos ao Museu? Para que possamos aproveitar bem a visita, coloque
na bolsa este Caderno do Professor, o Caderno de Campo, lápis ou caneta,
muita curiosidade, olhos bem atentos e, por que não, um bocado de espírito
de aventura...
No MAC/Pains, além das legendas, textos de apresentação e mediadores bem
informados, temos o privilégio de nos depararmos com os objetos originais,
muitas vezes só vistos até então por meio de livros e fotografias. Que diferença
isso faz? O que o contato direto com os objetos pode nos ensinar?
Os artefatos não são meramente fotos impressas nos
livros; eles são tridimensionais, têm forma, cor, cheiro,
tamanho, função, idade. As mesmas perguntas que o
historiador faz ao objeto, o professor deve instigar os
alunos a fazerem a ele. A função do professor ao utilizar
a cultura material é demonstrar aos alunos o potencial
comunicativo dos objetos e instruir a formulação conjunta
de possíveis perguntas que se pode fazer aos objetos.
(COSTA; CRUZ, 2012, p. 15)
Para não perder nenhum detalhe dessa experiência, anote no Caderno de Campo tudo o que chamar sua atenção, dúvidas, hipóteses,
sensações. Desenhe também tudo aquilo que considerar
importante ou útil para investigações posteriores.
Muitas informações que temos sobre nossa história
chegaram até nós graças aos relatos de viajantes
que estiveram por aqui em séculos passados. Eles
registravam tudo, mas como a fotografia ainda
não havia sido inventada, além de anotações,
faziam desenhos detalhados de tudo que pudesse caracterizar a paisagem, os habitantes
e seus modos de vida. Que tal nos inspirarmos nestes procedimentos?
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Vamos ao Museu? – Natureza, Educação e Cultura | Caderno do professor
Relate aqui sua experiência de visitação ao MAC/Pains:
o que lhe agradou, o que desagradou, o que lhe trouxe
de novo, que práticas poderão ser aproveitadas quando
levar sua turma de estudantes ao museu?
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DEPOIS
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Vamos ao Museu? – Natureza, Educação e Cultura | Caderno do professor
É na inconclusão do ser, que se sabe
como tal, que se funda a educação como processo
permanente. (...) Não foi a educação que fez mulheres e homens educáveis, mas a consciência de
sua inconclusão de que nos tornamos conscientes
e que nos insere no movimento permanente de
procura que se alicerça a esperança.
(FREIRE, 1996, p. 64)
Estamos chegando à conclusão de nosso trabalho. Neste momento, nada melhor que fazer uma
revisão de tudo o que foi visto, pensado, debatido, produzido... Retome também seu Caderno
de Campo, reveja suas anotações e reflita sobre
como esta formação pôde ajudá-lo/a a se apropriar ainda mais de sua identidade pessoal e da
história do lugar onde vive. Mais ainda, em como
poderá contribuir com sua prática cotidiana como
professor/a: que conceitos e práticas podem ser
aplicados com sua turma de estudantes?
A Educação Patrimonial pode ser definida como:
(...) um processo permanente e sistemático de trabalho educacional
centrado no Patrimônio Cultural como fonte primária de conhecimento
individual e coletivo. A partir da experiência e do contato direto com
as evidências e manifestações da cultura, em todos os seus múltiplos
aspectos, sentidos e significados, o trabalho de Educação Patrimonial
busca levar crianças e adultos a um processo ativo de conhecimento,
apropriação e valorização de sua herança cultural, capacitando-os para
um melhor usufruto destes bens, e propiciando a geração e produção
de novos conhecimentos, num processo contínuo de criação cultural.
(HORTA; GRUNBERG; MONTEIRO, 1999, p. 6)
Vamos ao Museu? – Natureza, Educação e Cultura | Caderno do professor
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Buscamos trazer para este Caderno e para nossos
encontros de formação dimensões que consideramos
valorosas para o trabalho educativo realizado a
partir do patrimônio local. Liste a seguir alguns dos
procedimentos utilizados durante esta formação que
foram significativos para você:
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Vamos ao Museu? – Natureza, Educação e Cultura | Caderno do professor
Feita a revisão, que tal transformar a experiência adquirida em proposta de estudo para realizar com sua turma de estudantes?
Você já escreveu projetos? Sabe como elaborar um projeto?
Em entrevista concedida à Secretaria de Educação de Santo André,
em 2004, Fernando Hernández define os projetos de trabalho “não
como uma metodologia, mas como uma concepção de ensino, uma
maneira diferente de suscitar a compreensão dos alunos sobre os
conhecimentos que circulam fora da escola e de ajudá-los a construir sua própria identidade”.
Embora pareça complicado, o segredo de um bom projeto é a clareza
de sua proposta, do que se quer fazer e de onde se pretende chegar.
Responder às perguntas a seguir é o primeiro passo para quem tiver
uma ideia e quiser coloca-la em prática.
O QUE?
Que tema você gostaria de trabalhar com seus estudantes?
O tema do projeto pode ser esboçado a partir de estudos realizados anteriormente em sua escola, de acordo com proposições curriculares ou ser escolhido
a partir de consulta aos interesses dos estudantes. O importante é eleger um
tema que seja instigante.
PARA QUE?
Quais os objetivos curriculares e extracurriculares deste projeto?
Essa pergunta deve ser respondida considerando o que você pretende alcançar
com sua proposta. Que habilidades, conteúdos, valores e atitudes você quer
desenvolver?
Vamos ao Museu? – Natureza, Educação e Cultura | Caderno do professor
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POR QUE?
Qual a justificativa e relevância deste projeto?
Esta pergunta explicitará os motivos pelos quais o tema foi escolhido.
Ao longo da formação de educadores, recorremos a vários saberes, utilizamos diversos recursos e visitamos muitos espaços. Por que não desenvolver estudo que
também contemple a transdisciplinaridade e o uso de outros territórios educativos
com sua turma? Para isso, você deverá estruturar uma metodologia de trabalho
que preveja a diversidade de recursos didáticos, de linguagens, de espaços, saberes e de fontes tendo em vista o alcance dos objetivos propostos.
Agora que já sabe o que, para que e por que, vamos pensar como o projeto
será desenvolvido?
COMO?
Que procedimentos e que recursos didáticos utilizar?
Para responder esta pergunta, pergunte-se sobre quais disciplinas e conteúdos
serão mobilizados. Outros professores serão envolvidos? Que saberes, que fontes
serão consultadas: acadêmica, popular, tradicional, pessoal, coletiva?
Este será também o momento de desenhar toda a ação, pensar nas questões
operacionais e metodológicas que darão suporte à elaboração das respostas para
as próximas perguntas.
QUANDO?
Quanto tempo será necessário para o projeto?
O tempo a ser disponibilizado para o estudo dependerá da metodologia escolhida.
Você realizará o projeto no dia a dia das aulas ou no contra turno? Trabalhará o
tema diariamente ou em dias específicos da semana? Por quanto tempo?
Lembre-se de que o nível de aprofundamento do estudo dependerá do maior ou
menor tempo disponibilizado para o trabalho e de sua maior ou menor integração
à rotina diária da turma.
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Vamos ao Museu? – Natureza, Educação e Cultura | Caderno do professor
ONDE?
Que espaços serão utilizados?
Além da sala de aula há outros espaços na escola que possam ser utilizados?
Qual o envolvimento de sua turma quando atividades são propostas fora da sala
de aula? Que espaços da cidade ou mesmo fora dela podem ser visitados com
vistas a tornar o estudo mais significativo para os estudantes? Que parceiros
podem ser mobilizados?
QUE MATERIAIS PODEM SER
CRIADOS COMO PRODUTO
DA AÇÃO?
Ao elaborar projetos, você pode incluir a criação de produtos como materiais didáticos, exposições etc.
Cadernos de campo coletivos, exposições, produção de texto, álbuns de fotografias, músicas, peça teatrais, feira de arte, desenvolvimento de um blog, de um
vídeo... Que produtos podem ser desenvolvidos a partir do projeto e que sejam ao
mesmo tempo registro e via de difusão dos resultados para a comunidade? Ouça
a voz da turma, elenque possibilidades que sejam compatíveis com a faixa etária
e com os interesses dos estudantes, alimente sua imaginação e mãos à obra!
Lembre-se de que o projeto é um plano construído previamente e,
como tal, pode ser alterado ao longo de sua execução. Deve-se cuidar,
no entanto, para não perder o fio condutor e os objetivos que levaram
à sua elaboração. É justamente esta a utilidade de se elaborar projetos
e/ou planejamentos. Sua função, portanto, não pode ser a de enrijecer
o trabalho, impedindo a reflexão-na-ação. Nesse sentido, a execução
de um projeto exige atitudes que destacamos a seguir.
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Registro constante das ações realizadas. Tudo deve ser registrado
por você e sua turma em fotografias, vídeos, anotações, registro
em áudio, produção de textos, desenhos, colagens.
Avaliação continuada do projeto. Recorrentemente você deve
se perguntar como está o andamento do projeto. Responda às
seguintes perguntas: O cronograma inicial está sendo cumprido? As atividades propostas estão sendo bem sucedidas? Outras
ações não previstas são necessárias? Os objetivos propostos estão
sendo alcançados? Recapitule e avalie as etapas já percorridas
também com sua turma para que eles se mantenham conscientes
do processo.
Adequação do projeto. Dificilmente um projeto é realizado tal qual
o planejamento inicial. É natural, e até positivo, que sua execução
nos surpreenda e exija que façamos adequações. Isso ocorre com
frequencia, pois lidamos com seres humanos, com conhecimentos
vivos. Nenhuma mente, por mais exímia que seja, pode controlar
todas as variáveis. Muitas vezes, forçar o encaminhamento de
alguma ação como havia sido planejada pode gerar o fracasso da proposta e a frustração dos envolvidos. Por isso,
precisamos ser flexíveis a ponto de traçarmos novas
diretrizes quando isso for necessário.
Socialização do projeto e de seus resultados.
É importante que o projeto tenha efeito multiplicador, ou seja, suas etapas devem ser divulgadas para outras turmas, para a comunidade escolar e – por que não? – para toda a cidade.
Os diversos materiais gerados ao longo do
estudo, bem como seus produtos finais
podem ser selecionados e apresentados numa exposição, por exemplo.
Fotografias podem ser projetadas,
oficinas podem ser oferecidas a outros
grupos... Enfim, são múltiplas as
formas de socialização das principais
etapas e dos resultados do projeto.
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Vamos ao Museu? – Natureza, Educação e Cultura | Caderno do professor
A tematização da prática, o compartilhar de conhecimentos são ações que, conduzidas com intencionalidade, formam o coletivo criando condições para que o
trabalho desenvolvido seja debatido por todos. (...) Esse processo tece a unidade
do projeto educativo que embora traduzida pelos diferentes indivíduos do coletivo,
parte de princípios comuns.
(BRASIL, 1998, p. 67)
Agora que aprendeu um pouco mais
sobre elaboração e execução de projetos,
que tal elaborar a proposta que desenvolverá com sua turma de estudantes?
Elaboramos material complementar
que chamamos Cartas Patrimoniais.
As Cartas Patrimoniais abordam temas
relacionados ao Patrimônio de Pains
e podem ser utilizadas de diversas
maneiras. Pode-se, por exemplo: retirar
aleatoriamente uma das cartas e a
partir do tema destacado elaborar novo
projeto de Educação Patrimonial; espalhar as cartas e trabalhar com os estudantes as três dimensões do Patrimônio
trabalhadas no jogo: Material, Imaterial
e Natural; uma única carta pode gerar
estudos para toda a turma ou grupos
menores podem escolher cartas distintas; entre várias outras possibilidades.
Por hora, sugerimos que cada professor
retire uma Carta e elabore projeto a ser
desenvolvido com sua turma lançando mão
das experiências vividas na formação e utilizando-se das dicas deste Caderno.
Após elaborar a primeira versão, apresente sua proposta aos colegas, observe
atentamente os projetos apresentados, receba com atenção as sugestões e críticas
trocadas entre todos, faça anotações, e, com isso, adapte o que julgar pertinente.
O projeto será resultado do seu processo de formação junto ao Programa Vamos
ao Museu? Natureza, Educação e Cultura, síntese do que foi significativo para
você ao longo dos encontros, e, por isso, merecedor de seu cuidado e dedicação.
Desejamos a todos um bom trabalho!
Vamos ao Museu? – Natureza, Educação e Cultura | Caderno do professor
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Vamos ao Museu? – Natureza, Educação e Cultura | Caderno do professor
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Agradecimentos
O nosso reconhecimento a todos que contribuíram para que esta edição do Vamos ao Museu? se tornasse realidade. Agradecemos à ICAL – Indústria de Calcinação, representada por
Giovana Mai, Gustavo Carvalho, Natália Ticiana Abreu, André Teixeira e Tamiris Castro; à
Secretaria de Estado de Cultura de Minas Gerais, por meio da Superintendência de Fomento e Incentivo à Cultura; ao Banco Bonsucesso, representado por Luísa Rubião Resende; à
Prefeitura de Pains; ao Museu Arqueológico do Carste do Alto São Francisco/MAC-Pains; ao
Centro de Memória Painense; ao Núcleo Vida Saudável; ao Rotaract Club de Pains; ao Hotel
Vale das Pedras e a todos os parceiros, colaboradores, fornecedores e pessoas que direta ou
indiretamente participaram desta jornada.
Agradecemos especialmente à Adriana Piva e Patrícia Marinho, educadoras do Programa e
aos professores, estudantes e membros da comunidade que participam da edição Natureza,
Educação e Cultura.
Adelton Silveira
Alberico Alessandro
Álvaro Antônio Alves
Amir Otoni de Oliveira
Ana Maria Resende Rabelo
André Onofre Limírio Chaves
André Prous
Andrei Isnardis
Antônio Lucas de Souza
Aryane Cristina de Faria
Bruna Ribeiro
Camila Jácome
Célio Almeida
Cirlene Costa
Cristiana Carneiro
Cyro José Soares
Delmar de Paula Costa
Deusdédit Alves André
Divina Natico
Edward Koole
Elaine Martins
Eliza Rosa Arantes de Paula
Emiliana Silva
Ercione Costa Teixeira
Flávia Melo
Flaviane Pedroso
Gabriel Sena Ribeiro
Grupo EPA
Iago Castro Coutinho
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Jesus Divino de Paiva
Joana Braga Reis
José Wilson Neves
Luanna Oliveira
Márcia Rabelo
Margarida Moreira Martins
Maria Conceição Resende Oliveira
Maria do Carmo Gomes
Maria Jacqueline Rodet
Mário da Silva Oliveira
Mayulle Cristhina
Mozar Manoel Gomes
Neander Resende Rabelo
Nelson Alves de Oliveira
Pablo Hendrigo Alves de Melo
Poliana da Costa Fernandes
Rachel Rocha
Raquel Isidoro
Raquel Melo
Renata de Paulo
Rogério Rodrigues
Rosa Maria de Mendonça Goulart
Rubens Castro
Sandro Ribeiro Monteiro
Sérgio Arruda
Warney Rider
Wilba Alves da Silva
Zulmira Gonçalves Rodrigues de Melo
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