Física
Frente III – Prof Markito
CAPITULO 2 – CALORIMETRIA
Vimos no capítulo anterior os conceitos de
Calor, Equilíbrio Térmico e a Lei Zero da
Termodinâmica. É imprescindível dominar esses
conceitos para o estudo deste 2° Capítulo, então vale
a pena dar uma revisada rápida nas folhinhas antes de
prosseguir! 
Calor é a energia térmica transferida de um corpo
para outro devido exclusivamente à diferença de
temperatura entre eles.
Calor Sensível
Quando um corpo cede ou recebe calor, variando
apenas a sua temperatura, sem mudar o seu estado
físico, dizemos que ele recebeu ou cedeu calor
sensível.
Verificamos experimentalmente que a quantidade
de calor sensível (Q) recebida ou cedida por um corpo
apenas para variar sua temperatura (sem ocorrer
mudança de fase) é diretamente proporcional à sua
massa (m) e à variação da sua temperatura (∆T).
0,11
0,20
0,093
0,58
Ferro
Vidro
Cobre
Álcool
Aulas 05 a 07
Capacidade Térmica (C)
Definimos a capacidade térmica (C) de um corpo
como sendo o produto da massa pelo calor específico
do material que o constitui. Assim, a capacidade
térmica é característica do objeto e não da substância.
Da definição obtemos:
C = m.c
e
Q = C.∆Ti
Unidade de C → cal/°C ou J/°C
* Equivalente em Água (E)
O equivalente em água de um corpo é a massa de
água cuja capacidade térmica é igual à capacidade
térmica do corpo considerado. Assim:
E=C
Exemplo: A capacidade térmica de 100g de álcool é: C
= 100.0,58 = 58 cal/°C. Assim, sabendo que o calor
específico da água é de 1 cal/gºC, o equivalente em
água dessa quantidade de álcool é: E = 58g. Isto quer
dizer que 58g de água possuem a mesma capacidade
térmica que o objeto em questão (100 g de álcool).
Calor Latente
Desse resultado obtemos a Equação Fundamental
da Calorimetria:
Q = m.c.∆T
∆T = TF – Ti → variação da temperatura
c → calor específico
m → massa do corpo
Unidades usuais: Q → caloria (cal)
m → grama (g)
Unidades no SI: Q → joule (J)
m → quilograma (kg)
Sinal:
Q > 0 → corpo recebe calor
Q < 0 → corpo cede calor
Calor Específico (c)
O calor específico (c) é uma grandeza
característica de cada substância e seu valor depende
da temperatura e do estado físico do corpo. Sua
unidade mais comum é a cal/g°C. No SI devemos usar
J/kg°C.
Calores específicos de algumas substâncias:
Calor específico
Substância
(cal/g°C)
1,00
Água
0,55
Gelo
0,48
Vapor d´água
0,033
Mercúrio
208
Durante as mudanças de estado físico, as
substâncias podem receber ou ceder calor sem que
sua temperatura se altere. Se desejarmos, por
exemplo, transformar um bloco de gelo de 10g a
0°C em 10g de água líquida a 0°C devemos através
de uma fonte de calor transferir 800 calorias para o
gelo. Isso quer dizer que cada grama de gelo, para
se transformar em água líquida, necessita 80
calorias.
Assim, a quantidade de calor latente (QL) é dada por:
QL = m.L
L→ calor específico latente ou calor latente
Unidades de L → cal/g ou J/kg
Calores latentes da água:
Mudança de Fase
Fusão
Vaporização
Solidificação
Condensação
Calorimetria
Calor latente
LF = 80 cal/g
LV = 540 cal/g
LS = - 80 cal/g
LC = - 540 cal/g
CASD Vestibulares
Exercícios de Sala
01. Uma barra de ferro com 300g de massa é
aquecida de 20°C até 170°C. Sendo 0,11 cal/g°C o
calor específico do ferro, calcule:
a) A capacidade térmica da barra
b) A quantidade de calor que ela recebe
Trocas de Calor
Corpos, a temperaturas diferentes, quando
colocados em um Calorímetro, trocam calor entre si
até atingirem o equilíbrio térmico.
Calorímetro ideal
O Calorímetro ideal é um sistema termicamente
isolado do ambiente, cujas paredes são adiabáticas,
ou seja, não permitem nem que o calor saia nem que
ele entre. Ele pode ou não participar das trocas
energéticas com os corpos colocados dentro dele. Se
isso ocorrer, então o calorímetro possui uma
capacidade térmica. Como exemplos de calorímetros
que se aproximam do comportamento ideal, temos a
garrafa térmica e a caixa de isopor.
Lei Geral das Trocas de Calor
A soma algébrica das quantidades de calor,
sensível ou latente, trocadas entre os corpos é nula.
Assim:
∑Q = 0
ou
Qrecebido = Qcedido
Equivalência entre Calor e Energia
O físico inglês James Joule demonstrou a
equivalência entre as unidades de calor e de energia
mecânica, isto é, entre caloria e joule. Através da
famosa experiência de Joule, demonstrou-se que:
02. Uma panela de vidro de 500g é aquecida de 30°C
até 100°C. Ela recebe um total de 7000 calorias
durante o processo.Determine:
a) O calor específico do vidro
b) A capacidade térmica da panela
c) O equivalente em água da panela de vidro
03. Determine a quantidade de calor necessária para:
a) Fundir 400g de gelo a 0°C
b) Condensar 200g de vapor d´água a 100°C
04. Em um calorímetro de capacidade térmica
40cal/°C, com 600g de água, a 20°C, introduzimos um
pedaço de ferro (c = 0,1cal/g°C) de massa 1200g a
300°C. Determine a temperatura de equilíbrio térmico.
05. Tem-se uma massa de 200g de uma substância,
inicialmente a -5°C.
a) Calcule a quantidade total de calor que se deve
fornecer para se atingir 90°C
b) Trace a curva de aquecimento do processo
c) Se o fluxo de calor é constante e vale 130 cal/s
determine o tempo necessário para a temperatura
atingir 90°C.
Dados: TF: 5°C
TV: 80°C
Calor específico na fase sólida: cs = 2 cal/g°C
Calor específico na fase líquida: cl = 0,8cal/g°C
Calor específico na fase gasosa: cv = 1,5cal/g°C
Calor latente de fusão: LF = 10 cal/g
Calor latente de vaporização: LV = 25 cal/g
Exercícios Resolvidos
1 cal = 4,19 Jt
Curvas de Aquecimento
Fornecendo-se continuamente calor a uma massa
de uma substância qualquer, inicialmente sólida,
ocorrerão as seguintes etapas, pela ordem:
1 - Aquecimento na fase sólida até T F (Q1)
2 - Fusão da substância (TF cte) (Q2)
3 - Aquecimento da fase líquida até TV (Q3)
4 - Vaporização da substância (T V cte) (Q4)
5 - Aquecimento na fase gasosa (Q5)
01. Um vaporizador contínuo possui um bico pelo qual
entra água a 20ºC, de tal maneira que o nível da água
no vaporizador permanece constante. O vaporizador
utiliza 800W de potência, consumida no aquecimento
da água até 100ºC e na sua vaporização a 100°C. A
vazão da água pelo bico é?
3
Dados: c = 1,0 cal/gºC ; Lvap = 540 cal/g ; H20=1.10
3
kg/m
Resolução:
O calor necessário para aquecer e vaporizar a água é
dado por:
Q  m.c.T  m.L  m.  c.T  L 
(I)
Sendo a densidade da água dada por  e seu volume
por V, temos que m   .V
Como é fornecida a potência (P) do vaporizador,
devemos dividir a equação (I) por ∆t, pois da definição
de potência, temos que:
CASD Vestibulares
Calorimetria
209
P
Q
t
A energia (calor) consumida pelo derretimento de
parte do gelo é dada por:
Assim, a equação (I) fica:
Q  m.L  25.80  Q  2000 cal
Q
 .V

.  c.T  L 
t
t
A vazão (Z) é quanto o volume varia no tempo e é
definida por:
Z
V
t
Colocando em joules:
Igualando a energia gerada pelo atrito com a
consumida pela fusão do gelo, temos:
Q    8400  10000 c
Assim, a equação acima se torna:
 c  0,84
P   .Z.( c.T  L)
Explicitando a vazão Z, obtemos:
Exercícios
P
 .( c.T  L )
Z 
Substituindo os dados do problema e colocando todas
as grandezas no SI, temos:
3
(Lembrando que 1 cal/g = 4,2.10 J/kg)
Z
800
1.10 .( 4,2.10 .80  540.4,2.10 3 )
3
3
Z  3,1.10 7 m3 / s  Z  0,31ml / s
02. Um bloco de gelo, de massa igual a 50 kg e a 0ºC,
é empurrado por uma força horizontal, sobre um piso
também horizontal e a 0ºC. O bloco é empurrado com
velocidade constante, percorrendo uma distância de
20m. Observa-se que 25 gramas do gelo se fundem.
Admitindo-se que todo o calor gerado pelo atrito foi
absorvido pelo gelo, calcule o coeficiente de atrito
cinético entre o bloco e o piso.
2
Considere g = 10 m/s e 1cal = 4,2 J
Resolução:
Iremos utilizar nossos conhecimentos de Mecânica
para resolver este problema.
Este problema poderia ser bastante complicado caso
não façamos algumas considerações:
1) Consideramos que todo o sistema está a 0ºC,
incluindo o solo, ar, quem empurra o bloco, etc. Assim,
tudo está em equilíbrio térmico e não haverá fluxo de
calor sensível. O único tipo de calor gerado é pelo
atrito, que será inteiramente consumido como calor
latente para derretimento de parte do gelo.
2) Consideraremos que a força exercida em todo o
percurso é constante, não variando, em função de um
gradual derretimento do gelo (O peso do bloco diminui
muito pouco).
A energia gerada pelo atrito é medida pelo trabalho
realizado pela força de atrito cinético.
  Fatrito .d  c .N.d  c .m.g.d
Substituindo os dados disponíveis, obtemos:
  c .50.10.20    10000 c
210
Q  8400 J
 Nível 1
01. (UEBA) O calor específico sensível de uma
substância indica o valor:
a) do seu ponto de ebulição ao nível do mar
b) da capacidade térmica de um corpo feito com essa
substância
c) da quantidade de calor necessária para elevar de
um grau Celsius a temperatura de um grama dessa
substância
d) de sua condutividade térmica no estado sólido
e) da quantidade de calor necessária para fundir um
grama dessa substância
02. (UFPR) Dois corpos de massas diferentes estão
inicialmente em contato térmico, de modo que suas
temperaturas são iguais. Em seguida isola-se um do
outro e ambos recebem a mesma quantidade de calor
de uma fonte térmica. A respeito de suas temperaturas
imediatamente após esta operação, é correto afirmar
que:
01) Devem ser iguais
02) Serão iguais se os dois corpos tiverem igual
volume
04) Seriam iguais de suas capacidades caloríficas
fossem iguais.
08) Somente seriam iguais se o calor específico
sensível de um corpo fosse igual ao outro.
16) Seriam as mesmas se os corpos tivessem a
mesma massa e o mesmo calor específico sensível.
03. (MED. POUSO ALEGRE-MG) O calor específico
o
sensível do chumbo é 0,030 cal/g C enquanto que o
o
do ferro é 0,10cal/g C. Isso significa que:
a) Se fornecemos a mesma energia calorífica a 1kg de
ferro e a 1kg de chumbo, o chumbo aquecerá mais.
o
o
b) Se 1kg de chumbo a 100 C e 1 kg de ferro a 100 C
são colocados para esfriar até atingirem a temperatura
ambiente, o chumbo liberará maior quantidade de
energia calorífica para o ambiente
c) Para a mesma quantidade desses materiais, é mais
fácil (menor gasto de energia) aquecer o ferro do que
aquecer o chumbo até uma determinada temperatura.
d) Para efeitos de aquecimento podemos dizer que
100g de ferro equivalem a 30g de chumbo.
e) Se o calor específico sensível do ferro é maior do
que o do chumbo, a capacidade térmica do ferro
também será maior do que a do chumbo.
Calorimetria
CASD Vestibulares
d) 33 joules/s
e) 42 joules/s
o
Dado: calor específico da água = 4.2 J/g C
04. (UFPR) Durante o eclipse, em uma das cidades na
zona de totalidade, Criciúma-SC, ocorreu uma queda
o
de temperatura de 8,0 C (Zero Hora – 04/11/94).
Sabendo que o calor específico sensível da água é 1,0
o
cal/g C, a quantidade de calor liberada por 1000g de
o
água, ao reduzir sua temperatura de 8,0 C, em cal, é:
a) 8
b) 125
c) 4000
d) 8000
e) 64000
05. (MACK) Um corpo de certo material com 200g, ao
o
receber 1000 cal aumenta sua temperatura de 10 C.
Outro corpo de 500g, constituído do mesmo material,
terá capacidade térmica de:
o
o
o
a) 50cal/ C
b) 250cal/ C
c) 150cal/ C
o
o
d) 100cal/ C
e) 300cal/ C
06. (UFSE) A tabela abaixo apresenta a massa m de
cinco objetos de metal, com seus respectivos calores
específicos sensíveis c.
o
Metal
c (cal/g C)
m (g)
Alumínio
0,217
100
Ferro
0,113
200
Cobre
0,093
300
Prata
0,056
400
Chumbo
0,031
500
O objeto que tem maior capacidade térmica é de:
a) alumínio b) prata c) chumbo d) ferro e) cobre
07. (UNISA-SP) O gráfico representa a temperatura de
uma amostra, de massa 100g, de uma substância em
função da quantidade de calor por ela absorvida. O
calor específico sensível dessa substância, em
o
cal/g C, é:
a) 0,10
b) 0,20
c) 0,40
d) 0,60
e) 0,80
08. (MACK) Uma fonte calorífica fornece calor
continuamente, à razão de 150cal/s, a uma
determinada massa de água. Se a temperatura da
º
º
água aumenta de 20 C para 60 C em 4 minutos, podese concluir que a massa de água aquecida, em
gramas, é:
a) 500
b) 600
c) 700
d) 800
e) 900
09. (FUVEST) Um ser humano adulto e saudável
consome em média, uma potência de 120J/s. Uma
“caloria
alimentar”
(1kcal)
corresponde,
3
aproximadamente, a 4,0.10 J. Para nos mantermos
saudáveis, quantas “calorias alimentares” devemos
utilizar, por dia, a partir dos alimentos que ingerimos?
3
3
5
a) 33
b) 120
c)2.6.10 d) 4,0.10
e) 4,8.10
10. (FGV-SP) Colocam-se 500 gramas de água a
º
100 C dentro de uma garrafa térmica. O gráfico mostra
a variação da temperatura da água no decorrer do
tempo. Podemos afirmar que, entre os instantes
T1 = 1000s e T2 = 2000s, a água perdeu calor à razão
média de, aproximadamente:
a) 0,85 joules/s
b) 2,4 joules/s c) 10 joules/s
CASD Vestibulares
0
0
11.(FUVEST) Dispõe-se de água a 80 C e gelo a 0 C.
Deseja-se obter 100 gramas de água a uma
0
temperatura de 40 C (após o equilíbrio), misturando
água e gelo em um recipiente isolante e com
capacidade térmica desprezível. Sabe-se que o calor
específico latente de fusão do gelo é 80cal/g e o calor
o
específico sensível da água é 1,0cal/g C. A massa de
gelo a ser utilizada é:
a) 5g b) 12,5
c) 25g
d) 33g
e) 50g
0
12. (UFRJ) Misturam-se 100g de gelo a 0 C com 100g
0
0
de água a 0 C, em 1000g de água a 14 C em um
recipiente de capacidade térmica desprezível.
Sabendo que o calor específico latente de fusão do
gelo vale 80cal/g e que o calor específico sensível da
0
água vale 1,0cal/g C, calcule a temperatura de
equilíbrio dessa mistura.
13. (ITA ) Num dia de calor, em que a temperatura
0
ambiente era de 30 C, João pegou um copo com
3
volume de 200cm de refrigerante à temperatura
ambiente e mergulhou nele dois cubos de gelo de
massa 15g cada um. Se o gelo estava à temperatura
0
de – 4 C e derreteu-se por completo e supondo que o
refrigerante tem o mesmo calor específico sensível
que a água, a temperatura final da bebida de João
ficou sendo aproximadamente de:
3
Dado: densidade absoluta da água = 1,0 g/cm
0
0
0
0
0
a) 0 C b) 12 C c) 15 C d) 20 C e) 25 C
14. (UFC) O gráfico representa a variação de
temperatura de uma amostra de 20g de um líquido, a
partir de 0ºC, em função do calor por ela absorvido. O
calor específico cL do líquido e seu calor específico c G
na fase gasosa guardam a seguinte relação:
a) cL = cG
b) cL = cG/2
c) cL = 2.cG
d) cL = 2.cG/3
e) cL = 3.cG
15. (PUC-PR) No interior de um calorímetro adiabático
contendo 500g de água a 20ºC, são colocados 100g
de chumbo a 200ºC. O calor específico da água é 1
cal/gºC e o do chumbo é 0,031 cal/gºC. A temperatura
final de equilíbrio é aproximadamente:
a)31ºC b)28,4ºC c)25,3ºC d) 23,5ºC
e) 21,1ºC
Calorimetria
211
16. (ITA ) Um bloco de massa m 1 e calor específico
sensível c1, à temperatura T1, é posto em contato com
um bloco de outro material, com massa, calor
específico sensível e temperatura respectivamente m 2,
c2 e T2. Depois de estabelecido o equilíbrio térmico
entre os dois blocos, sendo c1 e c2 constantes e
supondo que as trocas de calor com o resto do
universo sejam desprezíveis, a temperatura final T
deverá ser igual a:
m1T1  m2T1
m1  m2
c T  c 2T2
c) 1 1
c1  c 2
a)
m1c 1  m 2 c 2
T2  T1 
m1c 1  m 2 c 2
m c T  m2c 2T2
d) 1 1 1
m1c1  m2c 2
b)
17. (FATEC - SP) O calor específico da água é 1,0
g/ºC e o seu calor latente de vaporização é 540 cal/g.
Sob pressão normal, uma chama constante gasta 1
minuto para elevar a temperatura de certa massa de
água de 40ºC a 100ºC. Desde o início da vaporização
até o seu final, decorrem:
a) 6 min b) 9 min
c) 12 min d)15 min e) 30 min
18. (Mack) Colocam-se, num mesmo recipiente, 0,3 kg
de gelo a 0°C, 1,8kg de água a 10°C e 0,15 kg de
vapor d’água a 100°C. Calcular a temperatura de
equilíbrio. Dados: Calor de fusão do gelo: 80 cal/g.
Calor de vaporização: 540 cal/g.
 Nível 2 – Aprofundamento
01. (FUVEST) Um recipiente de isopor, que é um bom
isolante térmico, tem em seu interior água e gelo em
equilíbrio térmico. Num dia quente, a passagem de
calor por suas paredes pode ser estimada, medindo-se
a massa de gelo Q presente no interior do isopor, ao
longo de algumas horas, como representado no
gráfico. Esses dados permitem estimar a transferência
de calor (em kJ/h) pelo isopor, como sendo,
aproximadamente de:
Calor latente de fusão do gelo ≈ 320 kJ/kg
02. (VUNESP) Massas iguais de água e óleo foram
aquecidas num calorímetro, separadamente, por meio
de uma resistência elétrica que forneceu energia
térmica com a mesma potência constante, ou seja, em
intervalos de tempo iguais cada uma das massas
recebeu a mesma quantidade de calor. Os gráficos na
figura representam a temperatura desses líquidos no
calorímetro em função do tempo, a partir do instante
em que se iniciou o aquecimento.
212
a) Qual das retas, I ou II, é a da água, sabendo-se que
seu calor específico sensível é maior que o do óleo?
Justifique sua resposta.
b) Determine a razão entre calores específicos
sensíveis da água e do óleo, usando os dados do
gráfico.
03. (Unesp 2011) Foi realizada uma experiência em
que se utilizava uma lâmpada de incandescência para,
ao mesmo tempo, aquecer 100 g de água e 100 g de
areia. Sabe-se que, aproximadamente, 1 cal = 4 J e
que o calor específico da água é de 1 cal/g ºC e o da
areia é 0,2 cal/g ºC. Durante 1 hora, a água e a areia
receberam a mesma quantidade de energia da
lâmpada, 3,6 kJ, e verificou-se que a água variou sua
temperatura em 8 ºC e a areia em 30 ºC. Podemos
afirmar que a água e a areia, durante
essa hora, perderam, respectivamente, a quantidade
de energia para o meio, em kJ, igual a
(A) 0,4 e 3,0.
(B) 2,4 e 3,6.
(C) 0,4 e 1,2.
(D) 1,2 e 0,4.
(E) 3,6 e 2,4.
04. (Unesp 2012) Clarice colocou em uma xícara 50
mL de café a 80 °C, 100 mL de leite a 50 °C e, para
cuidar de sua forma física, adoçou com
2 mL de adoçante líquido a 20 °C. Sabe-se que o calor
específico do café vale 1 cal/(g.°C), do leite vale 0,9
cal/(g.°C), do adoçante vale 2 cal/(g.°C) e que a
capacidade térmica da xícara é desprezível.
Considerando que as densidades do leite, do café e do
adoçante sejam iguais e que a perda de calor para a
atmosfera é desprezível, depois de atingido o equilíbrio
térmico, a temperatura final da bebida de Clarice, em
°C, estava entre
(A) 75,0 e 85,0.
(B) 65,0 e 74,9.
(C) 55,0 e 64,9.
(D) 45,0 e 54,9.
(E) 35,0 e 44,9.
05. (UNICAMP) Um aluno simplesmente sentado
numa sala de aula dissipa uma quantidade de energia
equivalente à de uma lâmpada de 100W.
O valor energético da gordura é de 9,0kcal/g. Para
simplificar adote 1,0 cal = 4,0 J.
a) Qual o mínimo de kcal que o aluno deve ingerir por
dia para repor a energia dissipada?
b) Em média, quantas calorias por segundo a água
transferiu para o ambiente?
Calorimetria
CASD Vestibulares
06. (FUVEST) Um recipiente contendo 3600g de água
º
à temperatura inicial de 80 C é posto num local onde a
temperatura ambiente permanece sempre igual a
º
20 C. Após 5 horas, o recipiente e a água entram em
equilíbrio térmico com o meio ambiente. Durante esse
período, ao final de cada hora, as seguintes
0
temperaturas foram registradas para a água: 55 C,
0
0
0
0
40 C, 30 C, 24 C e 20 C. Pede-se:
o
Dado: calor específico da água = 1,0 cal/ C.
a) um esboço indicando valores nos eixos do gráfico
da temperatura da água em função do tempo;
b) em média quantas calorias por segundo a água
transferiu para o ambiente.
07. (FUVEST) O calor específico de um sólido, a
pressão constante, varia linearmente com a
temperatura, de acordo com o gráfico abaixo:
Qual a quantidade de calor, em calorias, necessária
0
0
para aquecer 1,0g desse sólido de 10 C até 20 C?
08. (EN – RJ) Uma barra de gelo de massa 100g a
0
-20 C é colocada num recipiente com 15g de água
0
liquida a 10 C. Sabe-se que o calor específico sensível
0
do gelo vale 0,55 cal/g C, o calor específico latente de
fusão do gelo, 80cal/g e o calor específico sensível da
0
água líquida, 1,0 cal/g C. Qual a temperatura de
equilíbrio?
09. (UnB) Um pedaço de 100g de gelo, inicialmente à
0
temperatura de -30 C, é imerso em 400g de água cuja
0
temperatura é de 25 C. A mistura é agitada até que um
estado final de equilíbrio seja alcançado. Supondo que
não haja troca de energia térmica entre o sistema e o
seu recipiente, qual a temperatura final de equilíbrio?
Dados:
0
calor específico sensível da água: 1,0cal/g C
0
calor específico sensível do gelo: 0,50cal/g C
calor específico latente de fusão do gelo: 80cal/g
a) Determine o valor do calor latente de fusão LB da
substância B.
b) Determine a temperatura de equilíbrio do conjunto no
final do experimento.
c) Se a temperatura final corresponder à mudança de
fase de uma das substâncias, determine a quantidade
da mesma em cada uma das fases.
11. (Desafio) Um calorímetro cujo vaso de alumínio
tem massa de 200g, contém 500g de água, tudo a
20ºC. Uma amostra de granalha de alumínio, com
300g, é aquecida a 100ºC e depois transferida para o
calorímetro.
a) Sendo o calor específico do alumínio dado por
0,900 kJ/kg.K, determine a temperatura final do
sistema, admitindo que não haja perdas térmicas para
o ambiente.
b) O erro provocado pela transferência de calor entre o
calorímetro e suas vizinhanças pode ser minimizado
se a temperatura inicial do calorímetro estiver ΔTW/2
abaixo da temperatura ambiente, sendo ΔTW a
variação de temperatura da água do calorímetro
durante a medida calorimétrica. A temperatura final de
equilíbrio, nestas circunstâncias, estará ΔTW/2 acima
do ambiente. Qual deve ser a temperatura inicial do
vaso e da água do calorímetro, sendo 20ºC a
temperatura ambiente?
Gabarito
10. (FUVEST) As curvas A e B na figura representam
a variação da temperatura (T) em função do tempo (t)
de duas substâncias A e B, quando 50 g de cada uma
são aquecidas separadamente, a partir da temperatura
inicial de 20ºC, na fase sólida, recebendo calor a uma
taxa constante de 20 cal/s. Considere agora um
experimento em que 50 g de cada uma das
substâncias são colocadas em contato térmico num
recipiente termicamente isolado, com a substância A
na temperatura inicial TA = 280ºC e a substância B na
temperatura inicial TB = 20ºC.
CASD Vestibulares
Calorimetria
Nível 1
1. c
2. 20 (04 + 16)
3. a
4. d
5. b
6. e
7. b
8. e
9. c
10. e
11. c
12. 5ºC
13. c
14. b
15. e
16. d
17. b
18. θE = 40°C
Nível 2
1. 160 kJ/h
2. a) II é água
b) 2
3. c
4. c
3
5. a) 2,16.10 kcal
b) 108
6. b) 12 cal/s
7. 5,50 cal
8. 0ºC
9. 1ºC
10. a) LB = 24 cal/g
b) T = 80ºC
c) ms = 33,3 g
ml = 16,7 g
11. a) 28,5ºC
b) 15,5ºC
213
Download

Ap 2 - FIS III_Cap 1 - Revisada