CADERNO TEMÁTICO DA PEDAGOGIA VOL 2. – N 02 – ABRIL DE 2010 METODOLOGIAS DE ENSINO PARA EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL ISSN 1984-6843 DOIS VIZINHOS – PR 2010 CADERNO TEMÁTICO DA PEDAGOGIA é uma publicação anual do Curso de Pedagogia da Faculdade Vizinhança Vale do Iguaçu – VIZIVALI, que visa divulgar trabalhos desenvolvidos por professores e acadêmicos. Diretor Geral Paulo Fernando Diel Coordenador Pedagógico Ailson Teixeira Coordenadora do Curso de Pedagogia Mariza Rotta Comitê Científico Prof.Malvina do Amaral Dorneles – Dra. UFRG Prof. Solange Todero Von Onçay – Ms. ASSESOAR Prof. Franciele Soares dos Santos – Ms. UNIOESTE Prof. Iara Cardoso – Ms. VIZIVALI Conselho de Editores Prof.Eliane Dutra – Ms - VIZIVALI Prof. Everton Marcos Batistela – Dr. VIZIVALI Prof. Leandro Turmena – MSc. IFPR Prof. Geraldo Macagnan – Ms. VIZIVALI C122 Caderno temático da pedagogia / Faculdade Vizinhança Vale do Iguaçu. v.2, n. 2 – Dois Vizinhos: CPEA, 2010 Anual ISSN: 1.Produção de textos - oficinas. 2.Educação ambiental -escolas . 3. Geografia. 4. Psicopedagogia. CDD: 370 Bibliotecária responsável: Alda Cristina Facion Menolli CRB 9/1498 ORGANIZADORAS Mariza Rotta Rosangela Maria Boeno COLABORADORES César Claudino Franciele Soares dos Santos Iara Cardoso da Silva ACADÊMICOS Adriana Varal de Lima Cácia Cristina de Mora Célia Maria dos Santos Célia Ribeiro Pereira Ribeiro Chirleane Zílio Cristina Aguiar Rocha Débora Castanha Derner Edenilce Beline Eliane Cristina Machado Fabiana Ronsani Fabiola Marangoni Fernanda Cristiane Ilkiu Francieli Valmorbida Indiara Ogliari Ballmann Jaqueline Dartora Biezus Juliane Deysi Cagnini Dartora Lidiane Galvan Micheli Portugal Micheli Tassiana Schmitz Narciele Dalberto Bertoglio Neuza de Andrade Noeli Rozinha Gavasso Rafaela Fátima Rizzon Rita Catarina de Marck Suelin Reffatti Varlei Vieira APRESENTAÇÃO Considerar que as teorias da educação referem-se ao processo de formação humana e a pedagogia, como ciência da e para a educação, referese à compreensão teórica e prática desses processos educativos-formativos, ou seja, refere-se aos saberes e modos da ação voltados para a formação humana. A teoria crítica da educação e a pedagogia crítica, então, referem-se a determinadas formas de pensar o ato educativo e a prática educativa concreta (LIBÂNEO), tendo as relações entre a educação e a sociedade como problematização permanente. Neste sentido, a pedagogia crítica diz respeito à teoria e a prática do processo de apropriação de conhecimentos, ideias, conceitos, valores, símbolos, habilidades, hábitos, procedimentos e atitudes para a emancipação dos sujeitos e a transformação das relações sociais por meio do processo de formação. Considerando esses aspectos o estudo sobre os fundamentos teóricos metodológicos de ensino fazem parte do processo de busca de inovação nas diversas áreas de conhecimentos que os docentes das séries de base habilitam-se durante a vida acadêmica e pós essa em sua constante busca de formação. Servindo esse conhecimento de base para o direcionamento como irão desenvolver os diferentes níveis de consciência prática que venham a facilitar o processo mediativo nas diferentes áreas do saber. Sendo a metodologia de ensino um aporte que apresenta roteiros para diferentes situações didáticas, conforme a corrente pedagógica adotada pelo professor ou pela instituição, de forma que o aluno se aproprie dos conhecimentos propostos em suas pesquisas e demais atividades pedagógicas. A análise da prática pedagógica tem demonstrado que só serão possíveis mudanças significativas na educação brasileira, à medida que o professor tiver uma compreensão profunda da razão de ser da sua prática e uma clara opção política acerca do seu ato pedagógico. No entanto, muitos professores sintam que têm um papel importante na determinação de mudanças significativas no processo de ensino, frustram-se quando, na busca de alternativas, nem sempre conseguem bons resultados. Se na prática cotidiana o professor percebe que a metodologia adotada favorece apenas alguns alunos, em detrimento de outros ou da maioria, é preciso que ele compreenda e tenha claro o porquê disso, a que alunos este método favorece e porque os favorece. Sem essa compreensão, dificilmente conseguirá mudanças que levam a resultados significativos. Diante desse contexto, trazer propostas de aplicabilidade prática que servirá de apoio aos docentes nos diferentes contextos, torna-se um desafio dado às atuais circunstâncias do ensino em face das inconstantes proposições de políticas educacionais que demandam a necessidade do professor ser um agente que alternativo para consolidar sua proposta de formação. SUMÁRIO I. OFICINAS DE PRODUÇÃO DE TEXTOS OFICINA 01 – Descrevendo em câmera lenta OFICINA 02 – Um boneco diferente OFICINA 03 – Carta enigmática OFICINA 04 – Uma criança em forma de gente OFICINA 05 – Um automóvel especial II. EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA ESCOLA Trabalhando com o lixo Importância do ar e suas propriedades Caracterização do solo Aquecimento global Preservação do bem natural: água a tecnologia e a nossa vida III. ATIVIDADES PARA O ENSINO DE GEOGRAFIA NAS SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL IV. DESENVOLVENDO A ÁREA COGNITIVA E DA LINGUAGEM Aspectos biológicos Coordenação motora fina e ampla Área sensório perceptiva Adaptação social na infância I. OFICINAS DE PRODUÇÃO DE TEXTOS Ao levar em conta os estudos dos últimos anos, que destacam a importância do trabalho com gêneros textuais na escola e, ao considerar que estamos inseridos numa sociedade repleta de informações, buscou-se fundamentos teóricos que embasassem o trabalho com gêneros textuais em sala de aula, bem como a diferenciação entre informação e conhecimento. Outra grande habilidade estimulada através desse trabalho é o desenvolvimento da escrita, pois por meio das oficinas desenvolveu-se a produção de textos poéticos, descritivos, cartas enigmáticas, produção de livros envolvendo as formas geométricas, anúncios publicitários, destacando-se nessas produções as seqüências narrativas e descritivas. Os gêneros textuais na visão do pensador russo Bakthin são “tipos ‘relativamente estáveis’ de enunciados elaborados pelas mais diversas esferas da atividade humana” (BAKTHIN, 1997 in BEZERRA, DIONÍSIO e MACHADO, 2005). Para Macuschi apud Bezerra, Dionísio e Machado (2005, p. 19): Já se tornou trivial a idéia de que os gêneros textuais são fenômenos históricos, profundamente vinculados à vida cultural e social. Fruto de trabalho coletivo, os gêneros contribuem para ordenar e estabilizar as atividades comunicativas do dia-a-dia. São entidades sócio-discursivas e formas de ação social incontornáveis em qualquer situação comunicativa [...] Caracterizam-se como eventos textuais altamente maleáveis, dinâmicos e plásticos. Surgem emparelhados a necessidades e atividades sócio-culturais, bem como na relação com inovações tecnológicas, o que é facilmente perceptível ao se considerar a quantidade de gêneros textuais hoje existentes em relação a sociedades anteriores à comunicação escrita. Neste sentido, Almeida (2006) defende o trabalho com gêneros textuais desde a educação infantil, pois acredita que a escrita só adquire significado quando está envolvida em práticas sociais de letramento. Será impossível desenvolver um bom trabalho centrando as práticas de escrita apenas no código. É imprescindível que o profissional possa ter condições de alargar o uso da escrita estendendo-a para o uso social dela, compreendido entre aquilo que é possível garantir, para efeitos de socialização e interação com os outros, e aquilo que se busca, a partir do então elaborado. É o espaço relacional da língua. Não deixar a escrita morrer em si só já seria um grande avanço dentro da sala de aula das séries iniciais. Compreender sempre que a escrita é para nós, homens brancos ou não, um conjunto de práticas sociais, antes de ser um conjunto de signos (ALMEIDA, 2006, p. 14). Almeida (2006) defende ainda que o processo de produção de textos envolve o desenvolvimento de algumas competências imprescindíveis ao processo de escrita: contextualização, estrutura textual, transcrição, editoração, retextualização, intervenção e criatividade. a) Contextualização: é o trabalho que antecede a produção do texto gráfico. É o momento em que o professor, informando sobre os preliminares, consegue compor uma referência de informações ou de fatos capazes de, no momento da tessitura da trama, serem usados pelos alunos. b) Estrutura textual: é a atividade que irá garantir o desenvolvimento da noção de texto. É o momento em que as frases dão lugar aos períodos, as ideias dão lugar as seqüências e a imprecisão dá lugar à objetividade. Uma estruturação tem a ver com parágrafos, com coerência, com coesão e com pontuação, elementos básicos no encaminhamento da produção gráfica do texto ou da produção textual como um organismo múltiplo, de concatenação e de facetas infinitas. c) Transcrição: é uma atividade que requer muito cuidado por parte dos professores que querem e gostam de trabalhar com o texto coletivo, pois é rico e envolve a participação de toda a sala de aula, porém a produção de texto coletiva é marcada pelos gêneros da fala. Neste caso, o cuidado deve ser no sentido de valorização das idéias do grupo. Após a produção oral, se o professor e os alunos quiserem dar uma cara nova, ou diferente, e essa opção for pelo texto escrito, o professor poderá conduzir uma retextualização. d) Editoração: deve ser uma atividade feita coletivamente e na sequência de uma transcrição ou transcodificação. É uma atividade que requer uma participação política e, portanto, posicional do grupo. É o momento em que os alunos podem opinar sobre quais elementos podem e devem figurar na versão final de um registro. e) Retextualização: é uma atividade que traduz o texto falado em texto escrito. Deve ser conduzida de forma que não se descaracterize tanto um quanto ao outro texto. É a passagem de uma ordem para outra ordem (MARCUSCHI, 2000). Já para Fiad e Mayrink-Sabison (1991) pode ser compreendida como refacção ou reescrita. f) Intervenção: é uma prática do professor. É um comportamento que deve ser dosado para não provocar uma limitação ou medo nos alunos. A intervenção só faz sentido, se o professor perceber que não há como o grupo ou o aluno resolver o problema, sempre tomando cuidado para não criar uma dependência do aluno em relação ao professor. g) Criatividade: é parte intrínseca da atividade humana. Criamos para nos manter vivos. Criamos porque é por meio da criatividade que vamos encontrando o sentido das coisas, nas nossas práticas e nas nossas dúvidas. A criatividade é uma das dimensões de nossa existência. Assim sendo, iremos encontrar indivíduos com mais ou menos atividades criativas. Quanto maiores forem as necessidades, maiores serão as oportunidades de se chegar as atividades criativas. Também é possível encontrar em um mesmo indivíduo períodos mais ou menos criativos. Além disso, é necessário que o professor compreenda de fato esta definição, pois a criatividade é um conceito que pode levar muitos educadores a uma definição errônea sobre o potencial dos alunos ou da turma. Almeida diz ainda que os educadores precisam estimular um pouco de magia que há em cada indivíduo que lida com as palavras por meio da escrita. Vale ressaltar que a conquista efetiva da cidadania no século XXI, está intrinsecamente ligada à questão do acesso a cultura escrita. Assim sendo, “quanto maior for o acesso da criança aos diversos tipos de textos e quanto mais cedo puder desenvolver as habilidades primárias para tal, maiores serão as possibilidades reais dela conquistar os horizontes possíveis por meio da escrita” (ALMEIDA, 2006, p 77). Sabendo da importância que a escrita representa na atualidade, acredita-se que o trabalho com a produção de texto vai a cada dia ganhando espaço nas salas de aula da educação infantil e do ensino fundamental principalmente, pois são nestes espaços que de fato se inicia a formação do escritor. Dessa forma, o professor destas duas etapas da educação básica tem um importante desafio, o de estimular nos educandos o gosto pela produção escrita. REFERÊNCIAS ALMEIDA, Geraldo Peçanha de. A produção de textos nas séries iniciais: desenvolvendo as competências da escrita. Rio de Janeiro: Wak Ed., 2005. BEZERRA, Maria Auxiliadora; DIONÍSIO, Angela Paiva; MACHADO, Anna Rachel. Gêneros Textuais & Ensino. 4 Ed. Rio de Janeiro: Lucerna, 2005. OFICINA 01 – DESCREVENDO EM CÂMERA LENTA INTRODUÇÃO Levando em conta os estudos dos últimos anos, que destacam a importância do trabalho com gêneros textuais na escola, aproveitando os textos que circulam socialmente, buscou-se estudar fundamentos teóricos que embasassem o trabalho com gêneros textuais em sala de aula. Tendo em vista que todos os textos se manifestam sempre em um ou em outro gênero textual, um maior conhecimento do funcionamento dos gêneros textuais é importante tanto para a produção quanto para a compreensão (Marcuschi, apud Bezerra, Dionísio e Machado, 2005). Além do estudo teórico, as oficinas possibilitam a prática das produções escritas, envolvendo a descrição, ou seja, o predomínio das seqüências tipológicas descritivas na produção de texto dos acadêmicos. OBJETIVOS Ser capaz de produzir um texto descritivo; Criar um texto atrativo, com base nas informações que podem ser observadas na paisagem/figura; Perceber a estrutura de um texto descritivo. METODOLOGIA Os acadêmicos do 2º ano de Pedagogia, da Faculdade Vizinhança Vale do Iguaçu – VIZIVALI, foram organizados em grupos para o desenvolvimento da oficina. Inicialmente foram analisadas algumas descrições de livros e revistas, procurando descobrir seus principais elementos. Na seqüência os elementos foram registrados. A seguir a professora apresentou figuras ampliadas no quadro e solicitou que cada grupo iniciasse a produção do texto descritivo, registrando o que conseguia observar, estando os grupos posicionados no final da sala de aula. Assim sucessivamente os acadêmicos iam se aproximando da figura, sempre registrando por etapas o que conseguiam visualizar. Nessa dinâmica, observaram os elementos integrantes dessa descrição, confirmando ou negando as hipóteses que levantaram no início da produção, encerrando-se a descrição em frente a figura. Após a produção, a professora e os acadêmicos realizaram a revisão da produção. Para finalizar o trabalho, o texto foi exposto na sala de aula, juntamente com a figura. CONSIDERAÇÕES FINAIS O desenvolvimento da oficina foi de grande importância para os acadêmicos, pois proporcionou conhecimento dessa técnica de produção de texto, possibilitando a reflexão sobre os elementos que compõem a descrição, bem como a apropriação de uma estratégia de produção de texto que viabiliza a construção do texto de forma agradável. REFERÊNCIAS: ALMEIDA, Geraldo Peçanha de. A produção de textos nas séries iniciais: desenvolvendo as competências da escrita. Rio de Janeiro: Wak Ed., 2005. BEZERRA, Maria Auxiliadora; DIONÍSIO, Angela Paiva; MACHADO, Anna Rachel. Gêneros Textuais & Ensino. 4 . Ed. \Rio de Janeiro: Lucerna, 2005. MOSTRA DE TEXTO PRODUZIDO A CONFUSÃO Ao visualizar de longe a figura exposta acreditamos que sejam parafusos, chaminés, latarias antigas como se fosse um ferro velho, e ao fundo compondo a figura, um céu nublado. Ao nos aproximarmos mais um pouco, percebemos que mostra na figura rodas de carro, calotas, rodas de carroça, pilhas e bala de revólver. Quando chegamos mais perto visualizamos cadeados, escovas de cabelo, bobs, batom e ao fundo, muito entulho. No momento em que ficamos cara à cara com a imagem, percebemos que os ferros que havíamos visto anteriormente, as rodas de carro e a bala de revólver nada mais era que escovas e secadores de cabelo. Para completar a imagem, abaixo das figuras está escrito a seguinte frase: “Um mundo onde a imagem não tivesse importância?”. Fotos dos trabalhos realizados durante a oficina 1. OFICINA 02 – UM BONECO DIFERENTE INTRODUÇÃO Levando em conta os estudos dos últimos anos, que destacam a importância do trabalho com gêneros textuais na escola, aproveitando os textos que circulam socialmente, buscou-se estudar fundamentos teóricos que embasassem o trabalho com gêneros textuais em sala de aula. Tendo em vista que todos os textos se manifestam sempre em um ou outro gênero textual, um maior conhecimento do funcionamento dos gêneros textuais é importante tanto para a produção quanto para a compreensão (Marcuschi, apud Bezerra, Dionísio e Machado, 2005). Além do aprofundamento teórico, as oficinas possibilitam o desenvolvimento prático das produções escritas, envolvendo o texto poético com predomínio de seqüências descritivas. OBJETIVOS Ter noção de texto descritivo e poético; Interpretação de texto; Produção de texto poético com predomínio de seqüências descritivas. METODOLOGIA Para atingir os objetivos propostos, os acadêmicos do 2º ano de Pedagogia, da Faculdade Vizinhança Vale do Iguaçu – VIZIVALI, foram organizados em grupos para o desenvolvimento da oficina. Inicialmente foram analisados alguns textos poéticos com seqüência descritiva, destacando-se a leitura e análise do texto de Ziraldo “O menino Maluquinho”. Na seqüência, a professora propôs aos acadêmicos a construção de um boneco diferente. Na confecção do boneco, os acadêmicos utilizaram dentre outros materiais: jornal para encher o corpo, papel bobina, cola quente, tecido, lã/barbante, etc. De posse do material, confeccionaram um boneco pensando num temperamento humano o que caracterizou o boneco. Após a confecção, produziram um texto poético com seqüências descritivas. CONSIDERAÇÕES FINAIS O desenvolvimento da oficina foi de grande importância para os acadêmicos, pois proporcionou conhecimento dessa técnica de produção de texto, possibilitando a reflexão sobre o gênero textual “poesia”, bem como a apropriação de uma técnica de produção de texto que envolve o lúdico em sala de aula. REFERÊNCIAS ALMEIDA, Geraldo Peçanha de. A produção de textos nas séries iniciais: desenvolvendo as competências da escrita. Rio de Janeiro: Wak Ed., 2005. BERNAL, Alexandra Prasinos; DIONÍSIO, Angela Paiva; MACHADO, Anna Rachel. Gêneros Textuais & Ensino. 4 . Ed. Rio de Janeiro: Lucerna, 2005. ZIRALDO. Um bebê em forma de gente. Coleção Bebê Maluquinho. 15ª ed. MOSTRA DE TEXTOS PRODUZIDOS A MENINA REBELDE Era uma vez uma menina rebelde... Ela tinha seu próprio estilo: Tinha pircing no nariz, Tinha pircing no olho, Mas era feliz, Pois, sempre foi o que quis. Por trás de todo aquele estilo incrível Existia seu lado sensível. Quando ela vinha vindo As pessoas iam saindo, Mas ela sempre sorrindo Como se carinho estivesse pedindo, O que queria era atenção, Um pouco mais de compreensão Para assim alegrar mais seu coração. Fotos dos acadêmicos no desenvolvimento da oficina 2. Fotos dos trabalhos realizados durante a oficina 2. OFICINA 03 – CARTA ENIGMÁTICA INTRODUÇÃO Levando em conta os estudos dos últimos anos, que destacam a importância do trabalho com gêneros textuais na escola, aproveitando os textos que circulam socialmente, buscou-se estudar fundamentos teóricos que embasassem o trabalho com gêneros textuais em sala de aula. Tendo em vista que todos os textos se manifestam sempre em um ou outro gênero textual, um maior conhecimento do funcionamento dos gêneros textuais é importante tanto para a produção quanto para a compreensão (Marcuschi, apud Bezerra, Dionísio e Machado, 2005). Além do aprofundamento teórico, as oficinas possibilitam a prática das produções escritas, neste caso, cartas enigmáticas, destacando-se nessas produções as seqüências narrativas e algumas seqüências descritivas. OBJETIVOS Conhecer um pouco da história da escrita, sendo capazes de perceber o importante papel que o desenho representou no processo de escrita; Elaborar um texto em forma de carta enigmática, envolvendo seqüências narrativas e descritivas. METODOLOGIA Para atingir os objetivos propostos, os acadêmicos do 2º ano de Pedagogia, da Faculdade Vizinhança Vale do Iguaçu – VIZIVALI, foram organizados em grupos para o desenvolvimento da oficina. Inicialmente a professora comentou sobre a história da escrita. Na seqüência, os acadêmicos analisaram algumas cartas enigmáticas. A seguir, os acadêmicos recortaram figuras de livros e revistas, referentes ao assunto escolhido pelo grupo e produziram cartas enigmáticas. CONSIDERAÇÕES FINAIS O desenvolvimento da oficina foi de grande importância para os acadêmicos, pois proporcionou resgatar a história da escrita, bem como o conhecimento de mais uma técnica de produção de texto, possibilitando a reflexão sobre o gênero textual “carta enigmática”. REFERÊNCIAS ALMEIDA, Geraldo Peçanha de. A produção de textos nas séries iniciais: desenvolvendo as competências da escrita. Rio de Janeiro: Wak Ed., 2005. BEZERRA, Maria Auxiliadora; DIONÍSIO, Angela Paiva; MACHADO, Anna Rachel. Gêneros Textuais & Ensino. 4 . Ed. \Rio de Janeiro: Lucerna, 2005. MOSTRA DE TEXTOS PRODUZIDOS ENCANTADA Num lugar muito distante existe uma encantada. O guardião desta + Num lugar muito distante existe uma ESTA é o que conta com a ajuda de alguns para preservá-la. Lá existe muitas Na uma forma ou de Cuidando dela. e uma grande variedade de tem bastante ,mas sempre tem alguém querendo , por isso o + NOEL sempre está de . de abertos OFICINA 04 – UMA CRIANÇA EM FORMA DE GENTE INTRODUÇÃO Levando em conta os estudos dos últimos anos, que destacam a importância do trabalho com gêneros textuais na escola, aproveitando os textos que circulam socialmente, buscou-se estudar fundamentos teóricos que embasassem o trabalho com gêneros textuais em sala de aula. Tendo em vista que todos os textos se manifestam sempre em um ou outro gênero textual, um maior conhecimento do funcionamento dos gêneros textuais é importante tanto para a produção quanto para a compreensão (Marcuschi, apud Bezerra, Dionísio e Machado, 2005). Além do aprofundamento teórico, as oficinas possibilitam a prática das produções escritas, produção do livro linguiça, destacando-se nessas produções o texto não verbal com predomínio de imagens. OBJETIVOS Proporcionar o contato com as principais formas geométricas; Confeccionar um livro lingüiça, utilizando-se das formas geométricas. METODOLOGIA Para atingir os objetivos propostos, os acadêmicos do 2º ano de Pedagogia, da Faculdade Vizinhança Vale do Iguaçu – VIZIVALI, foram organizados em grupos para o desenvolvimento da oficina. Inicialmente a professora trabalhou o livro do ZIRALDO “Um bebê em forma de gente”. A seguir trabalhou a “História do quadradinho” de Alexandra Prasinos Bernal. Na seqüência, cada grupo, de posse dos blocos lógicos, confeccionou um livro linguiça, conforme orientações a seguir: - 5 folhas sulfite divididas ao meio, sendo que cada parte correspondia a uma página do livro; - Em cada página, os acadêmicos contornavam uma forma geométrica, devendo criar uma figura, a partir desta. EX: ROTEIRO • Páginas do livro: 1- CAPA: Uma criança em forma de gente 2- A----------------------------------resolveu desenhar. 3- Com um círculo ela fez------------------------------; 4- Com meio círculo ela fez---------------------------; 5- Com um quadrado ela fez--------------------------; 6- Com um retângulo ela fez--------------------------; 7- Com um triângulo ela fez---------------------------; 8- Com dois triângulos ela fez------------------------; 9- A brincadeira terminou quando a tinta derramou. 10- Então ela resolveu descobrir as formas que as roupas têm. CONSIDERAÇÕES FINAIS O desenvolvimento da oficina foi de grande importância para os acadêmicos, pois proporcionou o contato com as principais formas geométricas, bem como o conhecimento de mais uma técnica de produção de texto, possibilitando a reflexão sobre o texto não verbal, além de desenvolver a imaginação e a criatividade na elaboração dos desenhos. REFERÊNCIAS ALMEIDA, Geraldo Peçanha de. A produção de textos nas séries iniciais: desenvolvendo as competências da escrita. Rio de Janeiro: Wak Ed., 2005. BERNAL, Alexandra Prasinos. A história do quadradinho. BEZERRA, Maria Auxiliadora; DIONÍSIO, Angela Paiva; MACHADO, Anna Rachel. Gêneros Textuais & Ensino. 4 . Ed. Rio de Janeiro: Lucerna, 2005. ZIRALDO. Um bebê em forma de gente. Coleção Bebê Maluquinho. 15ª ed. 2005. MOSTRA DE TEXTOS PRODUZIDOS 1 6 2 7 3 8 4 9 5 10 OFICINA 05 – UM AUTOMÓVEL ESPECIAL INTRODUÇÃO Levando em conta os estudos dos últimos anos, que destacam a importância do trabalho com gêneros textuais na escola, aproveitando os textos que circulam socialmente, buscou-se estudar fundamentos teóricos que embasassem o trabalho com gêneros textuais em sala de aula. Tendo em vista que todos os textos se manifestam sempre em um ou outro gênero textual, um maior conhecimento do funcionamento dos gêneros textuais é importante tanto para a produção quanto para a compreensão (Marcuschi, apud Bezerra, Dionísio e Machado, 2005). Além do aprofundamento teórico, as oficinas possibilitam a prática das produções escritas, os anúncios publicitários, além da criatividade e imaginação. OBJETIVOS Expressar a criatividade; Perceber a importância de um carro para o ser humano, mas conscientizarse dos males que o veículo pode causar ao meio ambiente e ao próprio homem se este não tomar os devidos cuidados; Contato com anúncios publicitários. METODOLOGIA Para atingir os objetivos propostos, os acadêmicos do 2º ano de Pedagogia, da Faculdade Vizinhança Vale do Iguaçu – VIZIVALI, foram organizados em grupos para o desenvolvimento da oficina. Inicialmente a professora trabalhou um texto informativo e uma poesia que tratavam do assunto “Trânsito”. Na seqüência, os acadêmicos analisaram alguns anúncios. A seguir, de posse dos materiais, os acadêmicos confeccionaram um automóvel especial que não tivesse compromisso com a realidade. O automóvel deveria ser construído utilizando apenas um tipo de material (jornal, algodão, EVA, tecido) e o nome do veículo tinha que estar relacionado ao material utilizado em sua confecção. Após, cada grupo deveria produzir um anúncio objetivando a venda do carro. Para tanto, enfatizou-se a importância dos recursos argumentativos presentes neste gênero textual. CONSIDERAÇÕES FINAIS O desenvolvimento da oficina foi de grande importância para os acadêmicos, pois proporcionou o contato com o gênero textual anúncio publicitário, bem como o conhecimento de mais uma técnica de produção de texto, possibilitando a reflexão sobre o texto argumentativo, bem como a noção de hibridismo presente nos textos publicitários. Além disso, a oficina possibilitou o desenvolvimento da imaginação e da criatividade na confecção dos desenhos dos carros e na produção do anúncio. REFERÊNCIAS ALMEIDA, Geraldo Peçanha de. A produção de textos nas séries iniciais: desenvolvendo as competências da escrita. Rio de Janeiro: Wak Ed., 2005. BEZERRA, Maria Auxiliadora; DIONÍSIO, Angela Paiva; MACHADO, Anna Rachel. Gêneros Textuais & Ensino. 4 . Ed. \Rio de Janeiro: Lucerna, 2005. MOSTRA DE TEXTOS PRODUZIDOS CARROJOÇÃO Vem aí o novo lançamento, o CARROJOÇÃO. Vai abalar as Estruturas do seu coração! Sou feito de jornal, mas causo emoção. Quando mais apaixonado você estiver Mais longe levarei você! Use sua emoção e entre no CARROJOÇÃO. Você não tem noção O que será da sua vida Com o CARROJOÇÃO!!! Fotos dos trabalhos realizados durante a oficina 5. FINALIZANDO As oficinas de produção de textos desenvolvidas com o 2º ano do curso de Pedagogia são de autoria da professora Rosangela Maria Boeno e estão embasadas em aportes teóricos dos autores Geraldo Peçanha de Almeida, Maria Auxiliadora Bezerra; Angela Paiva Dionizio e Anna Rachel Machado, os quais escreveram sobre a importância do trabalho com os gêneros textuais, a partir dos estudos do filósofo e linguista russo Bakhtin e seus colaboradores. II. EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA ESCOLA Os projetos pedagógicos relativos à educação ambiental caracterizam-se, principalmente, pela participação e interação dos acadêmicos. A participação é um aprendizado, cabendo à educação ambiental resgatar valores humanos como solidariedade, ética, respeito pela vida, honestidade, responsabilidade, entre outros. Desta forma, favorecerá uma participação responsável nas decisões de melhoria da qualidade de vida, do meio natural, social e cultural. As atividades de educação ambiental devem possibilitar aos educandos oportunidades para desenvolver uma sensibilização aos problemas ambientais, propiciando uma reflexão a respeito desses problemas e a busca de soluções. Essas atividades de sensibilização devem ser um caminho para tornar as pessoas conscientes de quão importantes são as suas atitudes. Sensibilizar é cativar os participantes para que suas mentes se tornem receptivas às informações a serem transmitidas. Pode se considerar, na prática de educação ambiental, em acordo com Neves & Tostes (1992, p. 10), que meio ambiente tem a ver com as condições de vida das pessoas: lixo, água encanada, lazer, educação, saúde e que envolve toda a nossa concepção atual de sociedade e desenvolvimento. Desta forma, como citado por Mauro Guimarães (1995: p. 14), a educação ambiental apresentase como um processo educativo que requer a participação das pessoas na construção de uma melhor qualidade de vida, podendo ser um agente dos processos de transformação social, promovendo conhecimento dos problemas ligados ao ambiente, vinculando-os a uma visão global. No contexto atual ocorrem intensificações com as preocupações inerentes à temática ambiental e, concomitantemente, as iniciativas dos variados setores da sociedade para o desenvolvimento de atividades, projetos e congêneres no intuito de educar as comunidades, procurando sensibilizá-las para as questões ambientais, e mobilizá-las para a modificação de atitudes nocivas e a apropriação de posturas benéficas ao equilíbrio ambiental. As idéias ligadas à temática ambiental não surgiram de um dia para outro. Numerosos fatos de âmbito internacional foram delineando o que conhecemos hoje por Educação Ambiental (EA). Ilustrativamente, podemos citar alguns desses acontecimentos: - Considerado um clássico na história do movimento ambientalista mundial, o livro “Primavera Silenciosa”, lançado em 1962 pela jornalista Rachel Carson, alertava para a crescente perda da qualidade de vida produzida pelo uso indiscriminado e excessivo dos produtos químicos e os efeitos dessa utilização sobre os recursos ambientais (DIAS, 1992) – esse livro teve grande repercussão, favorecendo o crescimento dos movimentos ambientalistas mundiais; - A Carta de Belgrado (1975) preconizou que as fundações de um programa mundial de Educação Ambiental fossem lançadas; - A Declaração da Conferência Intergovernamental de Tbilisi sobre Educação Ambiental (1977) atentou para o fato de que, nos últimos decênios, o homem, utilizando o poder de transformar o meio ambiente, modificou rapidamente o equilíbrio da natureza. Como resultado, as espécies ficaram freqüentemente expostas a perigos que poderiam ser irreversíveis (DIAS 1992); - No Congresso de Moscou (1987), chegou-se à concordância de que a EA deveria objetivar modificações comportamentais nos campos cognitivos e afetivos (DIAS 1992); Segundo Vasconcelos (1997): a presença, em todas as práticas educativas, da reflexão sobre as relações dos seres entre si, do ser humano com ele mesmo e do ser humano com seus semelhantes é condição imprescindível para que a Educação Ambiental ocorra. Dentro desse contexto, sobressaem-se as escolas, como espaços privilegiados na implementação de atividades que propiciem essa reflexão, pois isso necessita de atividades de sala de aula e atividades de campo, com ações orientadas em projetos e em processos de participação que levem à autoconfiança, à atitudes positivas e ao comprometimento pessoal com a proteção ambiental implementados de modo interdisciplinar. Entretanto, não raramente a escola atua como mantenedora e reprodutora de uma cultura que é predatória ao ambiente. Nesse caso, as reflexões que dão início à implementação da Educação Ambiental devem contemplar aspectos que não apenas possam gerar alternativas para a superação desse quadro, mas que o invertam, de modo a produzir conseqüências benéficas (ANDRADE 2000), favorecendo a paulatina compreensão global da fundamental importância de todas as formas de vida coexistentes em nosso planeta, do meio em que estão inseridas, e o desenvolvimento do respeito mútuo entre todos os diferentes membros de nossa espécie (CURRIE1998). O objetivo de qualquer iniciativa de conscientização ambiental é atingir a toda comunidade Esse processo de sensibilização da comunidade escolar pode fomentar iniciativas que transcendam o ambiente escolar, atingindo tanto o bairro no qual a escola está inserida como comunidades mais afastadas nas quais residam alunos, professores e funcionários, potenciais multiplicadores de informações e atividades relacionadas à Educação Ambiental implementada na escola. Souza (2000) afirma, inclusive, que o estreitamento das relações intra e extra-escolar é bastante útil na conservação do ambiente, principalmente o ambiente da escola. Os participantes do Encontro Nacional de Políticas e Metodologias para a EA (MEC/SEMAM, 1991) sugeriram, entre outras propostas, que os trabalhos relacionados à EA na devem ter, como objetivos, a sensibilização e a conscientização; buscar uma mudança comportamental; formar um cidadão mais atuante; (...) sensibilizar o professor, principal agente promotor da EA; (...) criar condições para que, no ensino formal, a EA seja um processo contínuo e permanente, através de ações interdisciplinares globalizantes e da instrumentação dos professores; procurar a integração entre escola e comunidade, objetivando a proteção ambiental em harmonia com o desenvolvimento sustentável (DIAS 1992). PROCESSO DE IMPLEMENTAÇÃO Implementar a Educação Ambiental nas escolas tem se mostrado uma tarefa exaustiva. Existem grandes dificuldades nas atividades de sensibilização e formação, na implantação de atividades e projetos e, principalmente, na manutenção e continuidade dos já existentes. Segundo ANDRADE (2000), “ [...] fatores como o tamanho da escola, número de alunos e de professores, predisposição destes professores em passar por um processo de treinamento, vontade da diretoria de realmente implementar um projeto ambiental que vá alterar a rotina na escola, etc, além de fatores resultantes da integração dos acima citados e ainda outros, podem servir como obstáculos à implementação da Educação Ambiental”. Dado que a Educação Ambiental não se dá por atividades pontuais, mas por toda uma mudança de paradigmas que exige uma contínua reflexão e apropriação dos valores que remetem a ela, as dificuldades enfrentadas assumem características ainda mais contundentes. A Conferência de Tbilisi (1977) já demonstrava as preocupações existentes a esse respeito, mencionando, em um dos pontos da recomendação nº 21, que deveriam ser efetuadas pesquisas sobre os obstáculos, inerentes ao comportamento ambiental, que se opõem às modificações dos conceitos, valores e atitudes das pessoas (DIAS 1992). Diante de tantas pistas para uma implementação efetiva da EA nas escolas, evidentemente, “posicionamo-nos por um processo de implementação que não seja hierárquico, agressivo, competitivo e exclusivista, mas que seja levado adiante fundamentado pela cooperação, participação e pela geração de autonomia dos atores envolvidos” (ANDRADE 2000). Projetos impostos por pequenos grupos ou atividades isoladas, gerenciadas por apenas alguns indivíduos da comunidade escolar – como um projeto de coleta seletiva no qual a única participação dos discentes seja jogar o lixo em latões separados, envolvendo apenas um professor coordenador – não são capazes de produzir a mudança de mentalidade necessária para que a atitude de reduzir o consumo, reutilizar e reciclar resíduos sólidos se estabeleça e transcenda para além do ambiente escolar. Portanto, devem-se buscar alternativas que promovam uma contínua reflexão que culmine na metanóia (mudança de mentalidade); apenas dessa forma, se conseguirá implementar na escola, a verdadeira Educação Ambiental, com atividades e projetos não meramente ilustrativos, mas fruto da ânsia de toda a comunidade escolar em construir um futuro no qual possamos viver em um ambiente equilibrado, em harmonia com o meio, com os outros seres vivos e com nossos semelhantes. Diante dessa temática e polêmica ambiental, desenvolve-se um trabalho com projetos educativos envolvendo temas dentro da Educação Ambiental, levando até a escola conhecimentos diversos e atuais através dos acadêmicos do curso de Pedagogia. REFERÊNCIAS ANDRADE, D. F. Implementação da Educação Ambiental em escolas: uma reflexão. In: Fundação Universidade Federal do Rio Grande. Revista Eletrônica do Mestrado em Educação Ambiental, v. 4.out/nov/dez 2000. CURRIE, K. L. Meio ambiente, interdisplinaridade na prática. Campinas, Papirus, 1998. DIAS, G. F. Educação Ambiental: princípios e práticas. São Paulo, Gaia, 1992. GUIMARÃES, Mauro. A Dimensão Ambiental na Educação. Campinas, SP: Papirus, 1995 GUERRA, R. T. GUSMÃO, C. R. C. A implantação da Educação Ambiental numa escola pública de Ensino Fundamental: teoria versus prática. João Pessoa, Anais do Encontro Paraibano de Educação Ambiental 2000 – Novos Tempos. 08-10 nov 2000. NEVES, E. & TOSTES, A.. Meio Ambiente: A Lei em Suas Mãos. Petrópolis: Vozes, 1992. SATO, M. Educação Ambiental. São Carlos, Rima, 2002. SOUZA, A. K. A relação escola-comunidade e a conservação ambiental. Monografia. João Pessoa, Universidade Federal da Paraíba, 2000. VASCONCELLOS, H. S. R. A pesquisa-ação em projetos de Educação Ambiental. In: PEDRINI, A. G. (org). Educação Ambiental: reflexões e práticas contemporâneas. Petrópolis, Vozes, 1997. TRABALHANDO COM O LIXO INTRODUÇÃO A preocupação com a degradação ambiental deve-se, principalmente, ao desejo de utilização dos recursos naturais de forma eficiente, à necessidade de manter o planeta habitável. Várias destas preocupações têm sido transformadas no meio escolar, as quais têm direcionado o processo de tomada de decisão relativo ao meio ambiente. Estas medidas abordam a recuperação com o ambiente natural levando em consideração, primeiramente, o bem estar das pessoas em relação ao ambiente onde vivem. Devido a essa necessidade de preservar o meio natural, reutilizar e reciclar é que se desenvolve o presente projeto dentro dos Fundamentos Teóricos e Metodológicos do ensino de Ciências com o principal objetivo de sensibilizar as crianças da importância de cuidar do destino final do lixo, principalmente dos reciclados que eles utilizam em casa com o propósito de transformá-los em brinquedos. TEMA: Lixo, reciclagem; reaproveitamento; brinquedos. OBJETIVOS Despertar nos alunos a consciência de que o lixo pode ser reaproveitado, podendo inclusive, ser usado na confecção de materiais didáticos alternativos; Ensinar a criança a separação e destino correto do lixo reciclável; Utilização do lixo orgânico para adubação; Sensibilizar para a destinação correta dos detritos domésticos. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS O projeto foi aplicado em uma escola do Município de Dois Vizinhos-PR. As acadêmicas do 2º ano de Pedagogia sob orientação da professora foram até o ambiente escolar para apresentar e trabalhar da seguinte forma: Através das crianças e professores, recolher diversos materiais recicláveis como: garrafa pet, tampinhas, caixinhas de papelão de produtos como xampu ou cremes, corda, garrafas de amaciante de roupa, potes de produto como margarina, sorvete, copo de plástico, latinha de refrigerante, caixinhas de leite, latas como de leite. Para desenvolver brincadeiras e brinquedos a serem utilizados pelas crianças que sejam confeccionados com material de sucata. 1ª Boliche: Os educandos com a ajuda da professora fazem montes de latas, recebem uma bola e de um determinado local tentam acertar e derrubar a pilha de latas rolando a bola. 2ª Pé de lata: A professora fará dois furos no fundo de duas latas de tamanhos iguais e prenderá o barbante, de modo que dê altura aos braços da criança. O aluno terá que se equilibrar sobre as latas e cumprir um percurso. 3ª Bandinha: Cada grupo terá que formar uma banda e apresentar música com ritmos, com instrumentos que confeccionaram anteriormente (chocalhos com diferentes tipos de grãos dentro, pandeiro, latas como tambor, bateria, bumbo com lata de tinta e uma baqueta grande, xilofone com várias latas cada uma com uma quantidade de água, pratos com tampas de panela). 4ª A boneca de lata: Primeiro dançar a música fazendo os movimentos pedidos; Incentivar as crianças a construírem sua própria boneca. (esquema: cabeça: lata de molho ou atum, corpo: lata de leite ou Nescau, pernas e braços barbante e lã para os cabelos). 5ª Faz de conta: O professor confeccionará com latas para os alunos: Mesa, cadeira, armário, sofá e carrinhos que enriquecerão o jogo de faz de conta. 6º Montar meios de transporte com sucata. Assim foi desenvolvido o projeto, aplicando as práticas citadas acima, lembrando e informando sempre aos alunos que não há como não produzir lixo. Podemos, no entanto, reduzir essa produção reutilizando, sempre que possível os materiais recicláveis. Mas ainda hoje grande parte reutilizável do lixo doméstico é desperdiçada por um descuido com a coleta seletiva de materiais diferentes. A coleta seletiva é uma alternativa politicamente correta que desviam dos aterros sanitários os resíduos sólidos que poderiam ser reaproveitados. Jogar o lixo no seu devido lugar não polui o ambiente, proporciona a reciclagem e conscientiza os alunos de sua responsabilidade social. CONSIDERAÇÕES FINAIS A realização desse projeto foi de suma importância, pois trouxe grande contribuição para os alunos e escola, no que tange a destinação correta dos resíduos sólidos, como também para despertar em nossos alunos a consciência de que praticamente todo o lixo pode ser reaproveitado, podendo inclusive, ser usado na confecção de ricos e criativos materiais didáticos, que servirão de instrumentos para enriquecer as aulas, facilitando assim, o processo ensino/aprendizagem. A avaliação do projeto quanto ao ensino-aprendizagem deu-se durante a sua realização, momentos através dos quais as crianças puderam discutir e entender a importância da reciclagem para a preservação do meio ambiente, com oportunidade de construir seus próprios brinquedos, estimulando sua criatividade e capacidade de invenção. REFERÊNCIAS DIAS, G. F. Educação Ambiental: princípios e práticas. São Paulo, Gaia, 1992. GUIMARÃES, Mauro. A Dimensão Ambiental na Educação. Campinas, SP: Papirus, 1998. TRABALHOS ILUSTRATIVOS COM SUCATA Brinquedos e instrumentos confeccionados com sucatas. Bonecos e instrumentos confeccionados com sucatas. IMPORTÂNCIA DO AR E SUAS PROPRIEDADES INTRODUÇÃO O ar é fundamental para a sobrevivência do planeta. O nosso ar modifica-se dependendo dos lugares. Comparando o ar que circula em matas, parques e praias como os do centro de uma grande cidade, podemos perceber facilmente como são diferentes. O ar das cidades grandes é impregnado de gases tóxicos e de fuligem, que saem das chaminés das fábricas e do escapamento de veículos automotores. A poluição do ar trás diversas conseqüências que podemos ver no nosso dia-a-dia.O aumento da temperatura global e conseqüentes incêndios,derretimentos da calota polar e conseqüências enchentes alagamentos, mudanças de clima e desertificação Os poluentes atmosféricos podem afetar a vegetação por duas vias: via direta e via indireta. Os efeitos diretos resultam da destruição de tecidos das folhas das plantas provocados pela deposição seca do CO2, pelas chuvas acidas ou pelo ozônio, refletindo-se na redução da área fotossintética Os efeitos indiretos são provocados pela acidificação dos solos com a conseqüência redução de nutrientes e liberta o de substancia prejudicial às plantas, resultando numa menor produtividade e numa maior susceptibilidade a pragas e doenças. O ar puro e fresco, em respiração profunda, elimina as excreções dos pulmões, facilita a circulação, produzindo mais conforto e melhor reação ao frio, contribui para a digestão, regulariza a pressão arterial, beneficia o coração,diminui a fadiga, pois elimina as matérias tóxicas,adia ou evita doenças, uma vez que conserva o sangue mais puro e isento de matérias mórbidas,fortalece os nervos, refresca o cérebro, renova as energia,age como Tonico brando e inofensivo, mas poderoso e certo,sobre todo o organismo. Por isso, este projeto se justifica na disciplina de Fundamentos Teóricos e Metodológicos do Ensino de Ciências, ressaltando a realização de práticas pela importância do ar para os alunos visando repassar as informações e esclarecer as funções e destino final do lixo, principalmente dos reciclados que eles utilizam em casa trabalhando com o propósito de transformá-los em brinquedos. TEMA: AR - a importância de qualidade do ar, a existência do ar, a formação do vento as propriedades do ar. OBJETIVOS Mostrar a importância do ar e suas propriedades; Demonstrar que o ar esta presente em todo lugar sobre a superfície da Terra; Sensibilizar os alunos de sua importância para a manutenção da maioria das formas de vidas, tanto animais quanto vegetais; Mostrar aos alunos que não podemos vê-lo, mas podemos senti-lo percebendo sua importância; Demonstrar que o ar ocupa espaço. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS O projeto foi aplicado em uma escola do Município de Dois Vizinhos-Pr, pelas acadêmicas do 2º ano de Pedagogia sob orientação da professora foram até o ambiente escolar para apresentar e trabalhar da seguinte forma: Através de uma breve explanação foi trabalhando de maneira informativa com os alunos a importância do ar e de que forma esta presente em nossas vidas. Passando aos alunos um vídeo educativo que é apresentado de forma recreativa as formas do ar, sendo assim um facilitador para o entendimento das propriedades que o ar possui. Foi também trabalhado com imagens para despertar-lhes o interesse sobre o assunto como, por exemplo, fabricas e carros que poluem o ar, prejudicando o meio onde vivemos. Em seguida foram realizadas algumas experiências para constatar a presença do ar presença do ar; 1ª Experiência: Foram distribuídos balões para os alunos, pedindo que observem o tamanho e a forma que tem o balão vazio e em seguida orientados para que eles, assoprando, enchessem o balão e fossem observando o que acontece, o tamanho que fica percebendo a presença do ar dentro dele e a forma que o ar vai tomando. 2ª Experiência: Foi desenvolvido um esquema corporal, de modo a explorar o próprio corpo do aluno mostrando como respiramos e para onde vai o ar quando entra em nosso corpo, para esta atividade foi utilizado litro descartável, balão e fita durex. 3ª Experiência: Construção de cata-ventos com as crianças, utilizando folha de papel, palitinho de churrasco, alfinete, canudinho, cola, tesoura e lápis de cor, para que, através da brincadeira percebam que o ar provoca movimentos. 4ª Experiência: Utilizando uma vela, um fósforo e um copo foi mostrado a importância do ar para nossas vidas, comparando o fogo da vela que consome o oxigênio dentro do copo, com a poluição do ar, como os seres vivos que necessitam do ar para sobreviver, devemos cuidar do meio ambiente para ter um ar puro. A experiência se dá quando termina o oxigênio dentro do copo, apagando o fogo da vela, isso também tem relação com a nossa sobrevivência onde dependemos exclusivamente de oxigênio para mantermos vivos. CONSIDERAÇÕES FINAIS Os resultados desse projeto foram muito importantes e surpreendentes. Pois mostrou a grande contribuição para os alunos e escola, no contexto aprendizagem, onde ocorreu o processo de constatar na prática as propriedades do ar e também o que estamos fazendo e podemos também evitar para controlar a poluição atmosférica. A avaliação do projeto quanto ao ensino-aprendizagem deu-se durante a sua realização, momentos através dos quais as crianças puderam discutir e entender a importância do ar para a respiração humana e para o meio ambiente, com oportunidade de realizar as experiências levantar hipóteses e constatar os resultados. REFERÊNCIAS CURRIE, K. L. Meio ambiente, interdisplinaridade na prática. Campinas, Papirus, 1998. DIAS, G. F. Educação Ambiental: princípios e práticas. São Paulo, Gaia, 1992. GUIMARÃES, Mauro. A Dimensão Ambiental na Educação. Campinas, SP: Papirus, 1995 TRABALHOS ILUSTRATIVOS - EXPERIÊNCIA SOBRE O AR Experiência com o balão- comprovando a existência do ar e as formas. Cata-vento- mostrando a movimentação do ar (Construção e brincadeira). Experiência da vela, e o copo sobre a existência do ar. CARACTERIZAÇÃO DO SOLO INTRODUÇÃO No Brasil existem muitos solos utilizados para a agricultura, porém se faz necessário o uso adequado destes para conservá-los Um dos maiores problemas da atualidade é a quantidade de lixo gerado pela humanidade, bem como o seu descarte na natureza,pois é grande o impacto ambiental causado por estes matérias, que são eliminados no solo, alguns são tóxicos e outros demoram grande tempo para se decompor no ambiente Existem espécies diferentes em cada solo, as quais variam conforme a sua composição. Entretanto, alguns elementos estão presentes em toda o solo. São eles a argila,areia,húmus, e o calcário misturado. Conforme variam as quantidades dessas substancias, o tipo de solo varia também. Solo arenoso, por exemplo, possuem mais areia na sua composição. Esses são muito permeáveis, pois como os grãos de areia são relativamente grandes, deixam a água e o ar passarem com facilidade. Para conferir, basta colocar um pouco de areia em uma peneira e colocá-la debaixo de uma fonte de água corrente como uma torneira aberta, por exemplo. A água ira atravessar a areia com a maior facilidade. Os solos que contém mais argila são chamados argilosos. Ao contrário da areia, a argila possui grãos bem pequeninos e achatados. Isso faz com que o solo argiloso’’segure “a água, e não permite que ela o atravesse esse tipo de solo é denominado impermeável. Por isso a argila “encharca” com facilidade. A partir desses encaminhamentos, o presente projeto visou fazer com que as crianças reconhecem a importância que o solo tem para nossas vidas,.Além delas conhecerem como se constitui a formação do solo,quais os riscos que os próprios seres humanos fornece. Para elas percebam o que poderão ajudar a proteger além de fiscalizar quando alguém próximo fazer algo que agrida o solo. Sendo elas portadoras da conscientização para o mundo adulto. Todos os seres vivos do planeta Terra dependem direta ou indiretamente do solo para a sobrevivência, que é utilizado para obter alimentos, matérias-primas e desenvolver atividades pecuárias. TEMA: Solo, poluição, habitação. OBJETIVOS Fazer com que as crianças reconheçam a importância do solo; Entender e identificar a formação do solo; Identificar os tipos de solo, pela sua composição; Compreender a importância da água e do ar para solo; Despertar na criança a curiosidade sobre a produtividade do solo. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS O projeto foi aplicado em uma escola do Município de Dois Vizinhos-Pr. Pelas acadêmicas do 2º ano de Pedagogia sob orientação da professora foram até o ambiente escolar para apresentar e trabalhar da seguinte forma: 1º Momento: Conhecimento da turma, do ambiente escolar, para esquematizar o projeto. Em primeiro momento, foi realizada uma mini-palestra informando sobre as propriedades, composição e importância do solo para a população humana. 2º Momento: Foi realizada uma saída de campo na própria escola para fazer um levantamento das condições do solo, diferença na cor e consistência. Também foram analisadas as plantas que estavam presentes ao redor da escola, ressaltando a importância de da vegetação. 3º Momento: Experiência abordando a questão de eliminação de diferentes tipos de matérias no solo e a decomposição dos mesmos utilizando os seguintes materiais: 01 pote de plástico de boca larga, com tampa. Terra vegetal 01 pá de jardinagem. 02 pedaços e pão ou de fruta. 01 pequeno inseto morto. 01 folha de um vegetal 01 pedaço de papel. 02 clipes. 4º Momento: Construção de uma mini-horta, em uma garrafa peti, onde foram colocada terra, a terra em decomposição preparada no item acima, e plantadas mudas de pequenas plantas. Os alunos ficaram com as experiências na escola e como rotina diária junto com a professora regente iriam acompanhar os processos de mudança na mini-horta. Lembrando de regála. CONSIDERAÇÕES FINAIS A participação nas atividades propostas foi muito boa, todos compreenderam o que foi explicado desde o inicio das explicações e ficaram ansiosos para a parte da saída de campo e experimentos. Os quais foram realizados com grande sucesso e bons resultados, compartilhando os conhecimentos que eles já tinham sobre o assunto, analisando o ambiente escolar e o próprio ambiente em que eles vivenciam em casa. Para o processo ensino aprendizagem foi bem recebido pela escola e pelos alunos que ficaram comprometidos em repassar as informações e também para cuidar do ambiente em que vivem, pensando nos benefícios retirados do solo. REFERÊNCIAS CURRIE, K. L. Meio ambiente, interdisplinaridade na prática. Campinas, Papirus, 1998. DIAS, G. F. Educação Ambiental: princípios e práticas. São Paulo, Gaia, 1992. GUIMARÃES, Mauro. A Dimensão Ambiental na Educação. Campinas, SP: Papirus, TRABALHOS ILUSTRATIVOS SOBRE O SOLO Material trabalhado sobre a composição e importância do solo e vegetação. Tipos de solo mostrados e identificados. Montagem das mini-hortas com sucata. AQUECIMENTO GLOBAL INTRODUÇÃO Sendo a escola um espaço social onde a aluno dá sequência ao seu processo de socialização é importante que desde os primeiros anos da iniciação escolar, elas compreendem e aprendam comportamentos corretos sobre como perceber junto ao meio ambiente, onde a pratica, associada com orientação e a efetivação de algumas atividades elas podem ter mudanças de hábitos que vem de encontro ao processo de Educação Ambiental que deve ser um processo cíclico e continuo com interdisciplinaridade abrangendo todos os conteúdos. A escola deve ainda sensibilizar, alertar, fazer compreender os mecanismos que regem a natureza, tornando a educação ambiental permanente numa atitude de vida onde o aluno sinta que ele faz parte integrante desta natureza. É o que desejamos com este trabalho. O aquecimento global é um fenômeno climático, nunca se viu mudanças tão rápidas e com efeitos devastadores com tem ocorrido nos últimos anos, o clima mundial esta mudando. Está ocorrendo em função do aumento da emissão de gases poluentes, como a queima de combustíveis, o desmatamento, e as queimadas, estes gases absorvem grande parte da radiação infravermelha emitida pela Terra, dificultando a dispersão do calor. Com efeito, do aquecimento, a temperatura e os níveis das águas dos oceanos estão aumentando, bem como verões mais quentes, invernos mais curtos e menos frios, derretimento de geleiras, os desastres naturais como grandes inundações, secas de longa duração, tufões, alterando ainda os ciclos das estações do ano e das chuvas, isso tudo desequilibra a natureza afetando animais e vegetais de todo o planeta e também os humanos. Diante desta temática se torna necessário, despertar a informação do que está ocorrendo com o planeta e a partir disto instigá-los a possuir atitudes concretas e transformadoras, perante conteúdos e práticas trabalhadas na disciplina de Fundamentos Teóricos e Metodológicos de Ciências, foi que houve o interesse pelo tema. TEMA: Seres humanos; aquecimento global educação ambiental. OBJETIVOS Fazer a ligação entre o mundo real e ações antrópicas; Perceber a diferença entre a paisagem natural e a modificada pelo homem; Conscientizar que o homem é o único responsável pelas transformações acorridas na natureza; Contribuir com ações concretas, e praticas diárias que reflitam nas suas vidas. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS A aplicação ocorreu em uma escola do Município de Dois Vizinhos-Pr, realizado pelas acadêmicas do 2º ano de Pedagogia sob orientação da professora foram até o ambiente escolar para apresentar e trabalhar da seguinte forma: 1º Passo: Conhecimento da escola e turma a ser trabalhada realizando uma aula expositiva, que trabalhou com informações sobre o tema e também com análise e classificação de figuras com paisagens naturais e transformadas pelo homem, a partir do que foi trabalhando e também do conhecimento que eles já possuíam. 2º Passo: Após a seleção das figuras foi feita uma confecção de painéis, selecionando as figuras para o meio natural e o modificado pelo homem. 3º Passo: Representar através de desenho, o aprendizado sobre o tema e a importância das ações humanas para com o meio onde vivemos. Os desenhos foram expostos na escola. 4º Passo: Distribuição de mudas de arvores para as crianças levarem para casa incentivando a plantarem e cuidarem do meio onde vivem, ressaltando a importância das plantas e da fotossíntese na produção de oxigênio. 5 ºPasso: Realização de uma experiência, onde foram utilizados os seguintes materiais: duas jarras vazias e água. Procedimento: colocar uma colher de chá de água em cada jarra. Tampar somente uma jarra. Deixar ambas ao sol. Algumas horas depois, voltar e olhar as jarras. A jarra aberta estará igual. Já a fechada estará com seu interior bem quente. O calor do Sol entrou, mas não pode escapar. Dessa forma as crianças colocam a mão no interior da jarra fechada e sentem o calor, compreendendo o efeito estufa, e conseqüentemente o aquecimento global. 6º Passo: Exposição sobre o tema Aquecimento Global (fechamento), avaliação formando grupos para analisar as diversas figuras e a experiência, ressaltando para a prática de atitudes simples que podem ajudar a melhorar as condições de vida e do planeta. CONSIDERAÇÕES FINAIS Com o desenvolvimento deste projeto, sobre o tema aquecimento global, foi possível despertar a curiosidade e o interesse por esta questão tão importante e significativa para a humanidade, além disso, despertar para que eles sensibilizemse com práticas simples como a reciclagem, banhos mais rápidos plantar uma árvore, que estarão contribuindo para o fundo da espécie humana que não esta isolada e não existe apenas para usufruir o que natureza dispõe, mas sim é um todo integrado a este planeta. Também ensinar-lhes que o futuro do planeta e da nossa espécie depende de atitudes simples, e das atitudes que cada um tomará para sua vida e de seus semelhantes onde mais tarde ira refletir no modo de vida de cada uma destas crianças. Esperamos desta intervenção, passar e plantar uma semente de esperança. As crianças classificaram com muita distinção as paisagens naturais e as modificadas pelos homens. Elas conseguem identificar a poluição produzida pelo homem e suas conseqüências Ficaram animadas e orgulhosas na montagem dos painéis e o resultado final. A experiência feita teve resultados concretos onde todos puderam constatar o aquecimento da água dentro dos vidros. A comparação com o aquecimento global assim ficou claro para eles. A árvore levada por eles foi plantada e todos estão cuidando dela e acompanhando seu crescimento. Eles contaram a aula para os pais e falaram da poluição para eles. O projeto foi válido tanto para a experiência pedagógica como também para os alunos na questão de conhecer e entrar em contato com temas polêmicos da atualidade. REFERÊNCIAS CURRIE, K. L. Meio ambiente, interdisplinaridade na prática. Campinas, Papirus, 1998. DIAS, G. F. Educação Ambiental: princípios e práticas. São Paulo, Gaia, 1992. GUIMARÃES, Mauro. A Dimensão Ambiental na Educação. Campinas, SP: Papirus, 1995 PAINÉIS ILUSTRATIVOS PRESERVAÇÃO DO BEM NATURAL: ÁGUA INTRODUÇÃO O presente projeto visou ajudar aos professores e alunos no trabalho de sensibilização em relação à cultura de preservação da água, mostrando suas múltiplas formas de uso, os ciclos da mesma, sua importância para a vida e para a história dos povos, destacando as conseqüências que surgem devido à má utilização dos recursos que a natureza nos proporciona. O trabalho com o tema “água”, fonte de “vida” que se propôs apresentou para as crianças uma visão ampla que envolve inúmeros problemas que o mundo atual vem enfrentando com relação à falta de água. O projeto foi desenvolvido visando proporcionar aos alunos uma grande diversidade de experiências, com participação ativa, para que possam ampliar a consciência sobre as questões relativas à água no meio ambiente, e assumir de forma independente e autônomo atitudes e valores voltados à sua proteção e conservação. TEMA: Recursos naturais, água, educação ambiental. OBJETIVOS Ajudar os alunos a descobri em os sintomas e as causas reais dos problemas que o Brasil vem enfrentando com a poluição e a falta de água; Perceber a interferência negativa e positiva que o homem pode fazer na natureza, a partir de sua realidade social; Reconhecer que a qualidade de vida esta ligada às condições de higiene e saneamento básico, à qualidade do ar e do espaço; Adotar, por meio de atitudes cotidianas, medidas de valorização de água, a partir de uma postura critica; Levar os alunos a entenderem que o equilíbrio e o futuro do nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos; Conscientizar que a água não deve ser desperdiçada, nem poluída. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Através das experiências já vividas pelos alunos no seu âmbito familiar, a principal função desse projeto foi de contribuir para a formação de cidadãos conscientes, aptos para decidirem e atuantes diante da realidade em que o mundo vê enfrentando com a poluição e a escassez de água. Para isso, é necessário que mais do que informações e conceitos, mas atitudes e formação de valores, que serão apreendidos na pratica do dia-a-dia, no meio social. O projeto foi aplicado em uma escola do Município de Dois Vizinhos-Pr, pelas acadêmicas do 2º ano de Pedagogia sob orientação da professora foram até o ambiente escolar para apresentar e trabalhar da seguinte forma: 1ª Etapa: conversar os alunos sobre a importância da água para o nosso organismo e o meio em que vivemos. Contando uma história associada ao tema. 2ª Etapa: pesquisa em sala de aula sobre o tema, de materiais levados pelas crianças, pesquisa em casa, e análise dos mesmos; 3ª Etapa: cada aluno após as pesquisas e dados coleados confeccionarão um livro com figuras e produções de texto individuais. 4ª Etapa: utilização das matérias restantes para a montagem de um mural sobre o assunto, em lugar visível a toda comunidade escolar; 5ª Etapa: montagem de uma peça teatral sobre o tema, onde os alunos montarão os diálogos, e esta apresentada para outras turmas; 6ª Etapa: trabalho com a música “Planeta Água”, de Guilherme Arantes, onde as crianças irão elaborar cartazes em grupo retratando o que entenderam da mesma; 7ª Etapa: visita a uma estação de tratamento de água e discussões sobre a realidade da poluição dos rios. 8ª etapa: trabalhar com experiências concretas, mostrando a importância da água para nossa vida, para as plantações, bem como os estados físicos. São todas as matérias, atividades e soluções utilizadas durante a realização do projeto, como revistas, jornais, livros, passeios, entrevistas com pessoas da família e da sociedade, cola, tesoura, papeis para o mural, enfeites, gravuras, etc. CONSIDERAÇÕES FINAIS A avaliação do projeto aconteceu de forma continua, com relatórios descritivos de cada etapa, das discussões do grupo, das atitudes diante do projeto. Foi avaliada também a participação e o envolvimento de cada aluno, de forma individual, bem com o desenvolvimento de seu trabalho de forma critica e construtiva. Ao término do projeto as crianças estavam em processo de socialização dos conhecimentos aprendidos sobre a importância da água tanto para a vida animal como para a vegetal, sabendo como utilizá-la sem desperdício e sem poluíla, levando para seu meio social todos esses aprendizados. Lembrando que as atividades contribuíram para a experiência enquanto professores e acadêmicos expressando os conhecimentos adquiridos em sala de aula. REFERÊNCIAS CRESPO, T. Planeta Água. Editora Virtual, 1998. CRUZ, F. C., Código de Água Anotado. Palpite Editora, 1998. MAGOSSI, L.R.; BONACELLA P.H. Poluição das Águas. Editora Moderna, 1997. NEIMAN, Z.; MOTTA, C. P. da, Educação Ambiental 1 - Planeta Terra. Atual Editora,1995. TRABALHOS ILUSTRATIVOS SOBRE ÁGUA Cartazes trabalhados. Livro confeccionado. Painéis sobre o uso da água. Trabalhando os estados físicos da água. A TECNOLOGIA E A NOSSA VIDA INTRODUÇÃO A tecnologia nos traz conforto, comodidade, segurança, facilidade, menos mão-de-obra, mais eficiente, agilidade, mas é preciso saber como usar, saber que ela também é prejudicial a nossa saúde e ao meio de ambiente pelo tempo que demora a se decompor os resíduos que sobram dela. Os aparelhos dos meios tecnológicos são muitos, e em dias de hoje dependemos dos mesmos como a internet, TV, eletricidade, aparelhos hospitalares e muitos outros que convivemos e dependemos muitas vezes para nossa sobrevivência, e dia após dia estes vão se aperfeiçoando fazendo com que cada vez mais dependemos deles, apesar de que, por exemplo, a internet faz com que deixamos muitas vezes de visitar um parente mais longe, pois usamos dela para nos comunicar por email de um lugar para o outro deixando de lado os vínculos afetivos de família e passando muito tempo sem nem mesmo nos visitarmos. Podemos perceber como a tecnologia mudou nosso modo de vida, deixando de lado a parte afetiva, emocional e passando a nos comunicar apenas por meios tecnológicos que nos ajudam a ter facilidade, mas tiram nossas culturas e laços de família. A tecnologia prejudica também muito nossa ambiente, pois as fumaças das indústrias estão prejudicando muito nosso ar, trazendo assim mais doenças nesses últimos anos. Assim o presente projeto quer mostrar os benefícios e malefícios que a tecnologia nos traz. TEMA: Tecnologia, efeitos ambientais; lixo tecnológico. OBJETIVOS Mostrar a realidade e o efeito da tecnologia na natureza, confrontando com o bem estar da população; Identificar a qualidade de vida com a tecnologia; Possibilitar o uso correto deste meio para que se tenham bons resultados; Informar como a tecnologia traz benefícios para o homem e natureza; Valorizar a tecnologia informando sobre o que prejudica os seres vivos e seu habitat. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Este projeto foi aplicado em uma escola do Município de Dois Vizinhos-PR, onde as acadêmicas do 2º ano de Pedagogia sob orientação da professora foram até o ambiente escolar para apresentar e trabalhar da seguinte forma: 1º Momento: O método utilizado foi informativo mostrando que a tecnologia seja utilizada como meio benéfico para a população na questão da saúde e meio ambiente, mostrando o lado bom e o lado ruim que ela pode causar aos seres vivos. Mostrando os benefícios da tecnologia e no que ela pode ajudar o ser humano para o auxilio de um melhor ambiente para vivermos, mostrando figuras do lado prejudicial e do lado bom da tecnologia para nós e fazer com que os alunos montem um pequeno texto do que é a tecnologia para eles. 2º Momento: Trabalhando o assunto com a prática conhecendo a reciclagem em uma indústria e saber como funciona e os benefícios que ela transmite ao meio ambiente. Fazendo um passeio com os alunos mostrando a realidade das indústrias, do avanço tecnológico e como podemos ajudar a fazer com que a tecnologia seja um meio de ajuda para todos nós. 3º Momento: Utilização dos recursos tecnológicos para que assim os alunos manuseiem os aparelhos tecnológicos e saibam usá-los, identificando os aparelhos mais utilizados no dia-a-dia do aluno. Como o computador, televisão, rádio, celular entre outros. Avaliando de que material é feito e qual o destino dessa matéria tecnológico. CONSIDERAÇÕES FINAIS A avaliação foi feita de forma oral, e também trabalhado um pequeno texto onde os alunos possam pensar como iram ajudar o meio ambiente. Fazendo que o aluno compreenda que com o avanço tecnológico esperamos usá-la para a ajuda do meio ambiente, pois é um dos maiores prejudicados por ela, e passarmos aos futuros homens que são as crianças que podem ajudar para que o avanço tecnológico seja um auxilio para o bem da humanidade não se tornando uma arma prejudicial à saúde do homem e do meio ambiente. Observamos que os alunos se sensibilizaram a partir das novas informações e que não irão usar a tecnologia como uma arma para o meio ambiente, mas que ela vem para ter facilidade, agilidade, conforto para o bem de todos. REFERÊNCIAS NEIMAN, Z.; MOTTA, C. P. da. Educação Ambiental 1 - Planeta Terra. Atual Editora,1995. DIAS, G. F. Educação Ambiental: princípios e práticas. São Paulo, Gaia, 1992. GUIMARÃES, Mauro. A Dimensão Ambiental na Educação. Campinas, SP: Papirus, 1998. TRABALHOS ILUSTRATIVOS – TECNOLOGIA Produtos tecnológicos que podem ser reciclados. Lixo tecnológico produzido pelos humanos. História trabalhada sobre tecnologia. ATIVIDADES PARA O ENSINO DE GEOGRAFIA NAS SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL O ensino de geografia nas series iniciais do ensino fundamental, deve possibilitar a criança a discussão de determinados conceitos que são fundamentais, tanto para dar as bases do aprendizado da geografia, quanto para que ela aprenda a se situar no mundo, por meio de conceitos de espaço, tempo, grupos sociais, identidade, dentre outros. Para Oliveira (2008), a geografia como outras ciências que fazem parte do currículo escolar, possibilita o aluno pensar, analisar, compreender criticamente a realidade tendo em vista sua transformação. Assim: Cabe à geografia levar a compreender o espaço produzido pela sociedade em que vivemos hoje, suas desigualdades e contradições, as relações de produção que nela se desenvolvem e a apropriação que essa sociedade faz da natureza [...] a geografia explica como as sociedades produzem o espaço, conforme seus interesses em determinados momentos históricos e que esse processo implica uma transformação contínua (OLIVEIRA, 2008, p.142). Nesse sentido, cabe ao professor ensinar e desenvolver, por meio da geografia, a visão de totalidade no educando, ou seja, aprender a pensar o espaço. No entanto, a noção de espaço que a criança desenvolve não é um processo natural, ela é construída socialmente. Para Almeida (1992), a psicogênese da noção de espaço na criança passa por níveis de evolução: do espaço vivido, percebido para o concebido. O espaço vivido refere-se ao espaço físico, vivenciado pela criança por meio do movimento e do deslocamento, o espaço percebido permite a criança a ampliação do campo empírico dela, como a análise do espaço por meio da observação. Por volta dos 11-12 anos a criança começa a compreender o espaço concebido, estabelece relações espaciais entre elementos apenas pela representação. É certo que, a exploração do espaço pela criança se dá desde o seu nascimento, por meio das experiências, sendo o esquema corporal a base cognitiva “sobre a qual se delineia a exploração do espaço que depende tanto de funções motoras, quanto da percepção do espaço imediato” (ALMEIDA, 1992, p.28). Aos poucos, a criança adquire a consciência do corpo, conquista o espaço progressivamente, por meio de alterações quantitativas de sua percepção espacial e posteriormente transformação qualitativa em sua concepção de espaço. O ensino de geografia nas séries iniciais tem papel fundamental na formação e construção dessas noções. Desde o início da escolaridade, o professor deve levar os alunos a compreender e estruturar o espaço , localizandose, fazendo abstrações mais complexas. Portanto, o trabalho docente na educação básica exige o domínio do conhecimento científico, transposição didática do conteúdo curricular, e metodologias de ensinar. A clareza teórico-metodológica é fundamental para que o professor tenha uma prática pedagógica comprometida com a formação humana, pois o professor é o mediador do processo de aquisição e compreensão do conhecimento científico historicamente construído. No exercício de investigar metodologias para o ensino de geografia nas séries iniciais do ensino fundamental, é que foram desenvolvidas as oficinas de metodologia com os acadêmicos do 2º ano de Pedagogia da Faculdade Vizinhança Vale do Iguaçu- VIZIVALI. A seguir a descrição de algumas propostas e atividades realizadas. ATIVIDADE 1: MAPEAR O EU Os acadêmicos do 2º ano de Pedagogia da Faculdade Vizinhança Vale do Iguaçu -VIZIVALI, foram organizados em grupos para o desenvolvimento da atividade. Segundo Almeida (1992), ao mapear o seu corpo a criança toma consciência de sua estatura, da posição de seus membros, dos lados do corpo, ou seja, noções de lateralidade. Os materiais utilizados foram: papel embrulho do tamanho do aluno, giz, caneta hidrocor, papel sulfite, tesoura, barbante. Em pares os alunos se alternaram para fazer o mapa do seu corpo. Um aluno deitava sobre a folha de papel, enquanto o outro riscava o contorno de seu corpo, depois se invertia os papéis. Num segundo momento, eles nomeavam as partes do corpo, escrevendo-as ou fazendo etiquetas. Essa atividade tem como objetivo trabalhar noções de lateralidade e proporcionalidade por meio do mapa do próprio corpo, além de possibilitar a criança construir o entendimento do concreto versus representação, para que futuramente ela se utilize dessas noções em outras representações. Fotos ilustrativas : Disponível em http://prejaqueline.blogspot.com/2009/07/trabalhando-com-o-esquemacorporal.html. Acesso em 16 de fevereiro de 2010. ATIVIDADE 2 : A SALA DE AULA - DA MAQUETE À PLANTA OBJETIVO: Essa atividade tem como objetivo permitir ao aluno a construção de noções espaciais por meio de ações no espaço conhecido, como por exemplo, a sala de aula para localizar o eu. De acordo com Almeida (1992, p.52) “a maquete servirá de base para se explorar a projeção dos elementos do espaço vivido (a sala de aula) para o espaço representado (planta); as relações espaciais topológicas desses objetos em função de um ponto de referência; desses objetos entre si; e dos mesmos em relação aos sujeitos (alunos)”. Os acadêmicos do 2º ano de Pedagogia da Faculdade Vizinhança Vale do Iguaçu -VIZIVALI, foram organizados em grupos para o desenvolvimento da atividade. Os materiais utilizados foram sucatas, caixas de fósforo vazias, retalhos, copos de iogurte, caixas de remédios, réguas, lápis e materiais de pintura, tesoura e cola. Primeiramente, os alunos observaram a sala de aula para identificarem os objetos e suas localizações, posteriormente, confeccionaram a maquete. Com a maquete pronta, exploram-se os elementos de localização, a partir da localização da posição do aluno na sala de aula, dos seus colegas, podem ser utilizados outros referenciais de localização, descentralizados. A planta da sala de aula é desenhada a partir da observação da maquete vista de cima. A confecção da planta permite ao professor trabalhar as noções de projeção e de representação simbólica. Para o desenho da planta os materiais utilizados são: papel sulfite, lápis e material de pintura, régua. Para o aluno perceber a continuidade espacial, sugere-se dar iniício ao processo de mapeamento da escola, com objetivo de que a criança construa noções de inclusão (de um espaço em um espaço maior),de continuidade e vizinhança (ALMEIDA, 1992). Foto meramente ilustrativa: Disponível em http://laisinha-caixinhadesurpresas.blogspot.com/2009_04_01_archive.html. Acesso em 16 de fevereiro de 2010. Fotos ilustrativas: Dsponíveis em www.institutoniciamacieira.com.br/imgproj2009/.../saladeaula.htm. Acesso em 16 de fevereiro de 2010. ATIVIDADE 3: O QUARTEIRÃO DA ESCOLA Essa atividade permite explorar o espaço topológico: vizinhos e não vizinhos da escola, e também as noções de ordem e sequência, como antes, depois, frente e atrás. Os materiais que foram utilizados são o xérox da planta que contém o quarteirão da escola, croquis da quadra, lápis e matéria de pintura. Fizemos passeio para reconhecer os nomes das ruas, casas, lojas comerciais, ou seja, o espaço que a escola ocupa. Por meio dessa atividade, pode-se encaminhar outra atividade que é o caminho casa-escola que permite que o aluno se localize, o professor orientará os alunos para elaborarem símbolos para informações e legenda para compreensão do mapa. Essa atividade permite ao aluno explorar sua localização, o reconhecimento espacial do bairro, a dinâmica do espaço e a ocupação humana deste. Os acadêmicos do 2º ano de Pedagogia da Faculdade Vizinhança Vale do Iguaçu-VIZIVALI, foram organizados em grupos para o desenvolvimento da atividade. Foto ilustrativa: Disponível em www.mariabjorn.com/contact.htm. Acesso em 16 de fevereiro de 2010. REFERÊNCIAS ALMEIDA, R. D.; PASSINI, E. Y. O espaço geográfico: ensino e representação. São Paulo: Contexto, 1992. OLIVEIRA, A. U.(org. ) Para onde vai o ensino de geografia? 9 ed. São Paulo: Contexto, 2008. IV. ADAPTAÇÃO SOCIAL NA INFÂNCIA INTRODUÇÃO A construção da personalidade da criança depende do ambiente onde ela vive. Ambiente onde as restringem as oportunidades atrasa seu desenvolvimento e onde houver incentivo e estímulos as crianças promovem seu conhecimento. A criança por ser um ser humano faz parte da sociedade histórica e familiar que esta inserida do meio social, cada uma com sua cultura, possuem uma natureza única porque estão descobrindo tudo aos poucos, pois sentem e pensam e sentem o mundo de um jeito próprio. Nessa perspectiva constroem o conhecimento a partir das interações que estabelecem com as outras pessoas e com o meio que vivem, construindo um trabalho de criação significativa e ressignificativa. A socialização se constrói na interação com outras crianças da mesma idade e de idades diferentes em situações diversas, promovendo sua aprendizagem e a capacidade de realizar- se. Nas quais conflitos e negociação de sentimentos, idéias e soluções são elementos indispensáveis. Desde seu nascimento a criança, através do amadurecimento do sistema nervoso e de atividades realizadas com vários companheiros no cotidiano, desenvolve seu corpo e os movimentos realizados por ele. A motricidade é desenvolvida pela manipulação de variados objetos de diferentes cores, volumes, formas, texturas e pesos. O mundo onde a criança está inserida é cercado por diversos sistemas simbólicos criados socialmente, especialmente o sistema lingüístico, que permite uma apropriação de experiências das gerações precedentes. A linguagem é adquirida conforme o meio onde a criança está inserida é um processo sócio-histórico, que depende de sua interação com o meio social. Nos primeiros anos de vida a criança se comunica de várias formas com as outras, porém é importante a convivência com as outras pessoas além do seu grupo familiar, participando de eventos coletivos em instituição de recreação e de educação, em igreja, festa, rituais, celebrações populares e outros. O QUE AS CRIANÇAS PEQUENAS (ENTRE UM E TRÊS ANOS DE IDADE) APRENDEM COM AS BRINCADEIRAS? Brincar com bolas e bloquinhos ensina o seu filho como o mundo funciona. O interesse de uma criança pequena, porém, irá além de empilhar os brinquedos (e na verdade tudo o que estiver ao seu alcance) do seu jeito. Neste sentido, vale um lembrete aos pais e educadores, segundo Cynthia Ramnarace: Quando seu filho pega o seu telefone celular e começa a tagarelar (imitando você!) como se estivesse realmente falando com alguém, você saberá que suas habilidades mudaram novamente de nível, como é o caso de assumir novas tarefas e de imitar pessoas importantes na vida dele. Entre 18 meses e 3 anos de idade, brincar é na maior parte das vezes imitar - estejam as crianças fazendo mímicas de seus pais ou responsáveis em suas tarefas diárias ou reproduzindo as falas de personagens que vêem nas novelas. Eventualmente, o mundo do faz-de-conta da criança, de imitar e reproduzir virá realmente de sua imaginação, ainda que acompanhado de roupas e acessórios improvisados. Neste contexto, é importante que os pais e professores observem que “quando seu filho começar a fingir que uma banana é um telefone, usualmente por volta de 2 e 3 anos, tenha certeza de que seu pequeno já é capaz de pensar através do uso de símbolos” (Cynthia Ramnarace). E por que isso é tão importante? Isso, na verdade, significa que seu filho está desenvolvendo a capacidade de pensar abstratamente, preparando o terreno para habilidades como a leitura, o raciocínio matemático e a solução de problemas, além de outras habilidades que serão importantes para a obtenção de sucesso na vida escolar, e também além dela. MATERIAIS E ATIVIDADES UTILIZADAS PARA A ESTIMULAÇÃO O brinquedo é a ferramenta que a criança usa para transformar os seus sonhos em realidade e despertar sua imaginação. É através dele que o futuro adulto entrará no “jogo” das relações humanas e esse “jogo” segui-lo-á pela vida fora. O brinquedo faz parte da cultura da civilização humana. É através da brincadeira que a criança experimenta o mundo, os movimentos e as reações, tendo assim elementos para desenvolver atividades mais elaboradas no futuro. O uso de utensílios para cozinhar e comer é uma das práticas culturais que a criança pequena estará aprendendo em seus primeiros anos de vida, utilizando os brinquedos nesta prática a criança imita o adulto e vai se desenvolvendo. Como por exemplo, brincar com panelinhas, fogõezinhos, colheres fazendo comidinhas em suas brincadeiras de casinha. As famosas brincadeiras de faz-de-conta, além de exercitarem a imaginação, são uma espécie de demonstração de como a criança enxerga o mundo. Ao brincar de casinha, ela exercita os papéis sociais de pai, mãe, irmão, etc., da maneira como observa esses papéis sendo exercidos na realidade. Brincar de casinha é uma atividade que os pequenos gostam muito, é entrar no mundo do faz-de-conta, onde a criança elabora significados para sua realidade e os expressa. Uma ótima maneira de estimular a imaginação e a construção do pensamento através do jogo simbólico. Muitas crianças se divertem no mundo do faz de conta. É normal que ninem suas bonecas ou ursinhos para dormir, que falem no telefone de mentirinha ou tenham conversas animadas com amigos imaginários. Essas brincadeiras também mostram os estereótipos sexuais presentes na cultura da criança, quando ela mesma define que tipo de brincadeira é de menino e qual brincadeira é permitida para a menina. Pode-se dizer que a brincadeira é o "trabalho" da criança. É pela brincadeira que ela aprende a lidar com algumas de suas emoções, desempenham de forma lúdica papéis sociais e exercita o complicado mundo de regras, típico da nossa cultura. Cabe ao adulto lhes proporcionar oportunidades de variadas brincadeiras, não só comprando montanhas de brinquedos, mas participando dos momentos lúdicos da vida da garotada, interagindo com eles e incentivando-os a sair da frente da TV para brincar mais. Brincar de boneca é um exercício saudável e fundamental para o desenvolvimento das crianças. Durante a brincadeira, meninos e meninas podem tratar a boneca como uma amiga, descarregar suas frustrações ou cuidar dela como se fosse um bebê. As crianças começam a reconhecer qualidades humanas em uma boneca e elas se tornam reais: as meninas normalmente imitam as atitudes da mãe - brincando de mamãe e filhinha - enquanto os meninos tendem a transformar a boneca em um segundo eu. Brincar com cartelas de zíperes, botões, colchetes, fivelas é importante para que a criança possa aprender a desenvolver a coordenação motora fina ao fechar e abrir botões, por exemplo, ela está desenvolvendo a sua coordenação, noção de ordem e seqüência e aprendendo para seu dia-a-dia. O quadro representando atividades de rotina diária é importante para que a criança desenvolva noção de tempo, noção de sequência e ordem. FOTOS ILUSTRATIVAS DE BRINCADEIRAS INFANTIS REFERÊNCIAS OLIVEIRA, Zilma Ramos. Educação infantil: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2005. (coleção Docência em formação). LIMA, Elvira Souza. Como a criança pequena se desenvolve. São Paulo, SP. Editora Sobradinho 107, 2001. FIGURAS Disponível em: http://ondeestaaoli.blogspot.com/2008/11/o-aprender-e-obrincar.html. Autora: Cynthia Ramnarace. Tradução de: Luana Menezes. Disponível em: http://www.elfinha.com/category/arrumacoes/. Disponível em: http://www.brplay.com.br/octopus/?sid=21&m=B&-casinhas-cm128&mi=DTL&-casinha+pic-nic-cg-208. Disponível em: http://www.rainhasdolar.com/index.php?catid=7&blogid=1&archive=2006-05. Disponível em: http://saladala.blogspot.com/2009/07/brincando-de-casinha.html. ÁREA SENSÓRIO PERCEPTIVA Desenvolve as diferentes percepções explorando o espaço, substâncias e materiais diversos, visando à integração dos estímulos e a compreensão do ambiente onde vive. A percepção surge a partir da experiência sensorial. Perceber é um processo abrangente, implica na capacidade de organizar e interpretar as impressões sensoriais. Envolve o sistema nervoso central, isto é, o cérebro deve ser capaz de receber o estímulo (através dos órgãos dos sentidos: visão, audição, tato, olfato, sentido cinestésico, labiríntico, etc) e em seguida processá-lo. O sentido cinestésico registra a posição do corpo e ajuda a equilibrar todos os movimentos. O labirinto situa-se no ouvido interno e a partir dele se originam diversos reflexos que influenciam o tono muscular e os reflexos posturais de todo corpo e servem para orientar os movimentos da cabeça e registrar alterações na direção e na velocidade. Se os receptores necessários para perceber o mundo "exterior ou interior" não começam a operar, a criança apresentará muitas dificuldades e certamente não poderá viver uma vida normal. A percepção requer amadurecimento neurológico e aprendizagem. Mas ao nascer, a criança é dotada praticamente de todos os sentidos e está "biologicamente pronta para experimentar a maioria das sensações básicas de sua espécie". Durante as primeiras semanas e os primeiros meses de vida, o bebê não distingue o que é de seu corpo e o que é do meio exterior. Embora não identifique qualquer objeto, pode ver e distingue luz e sombra, reconhece a voz da mãe, acompanha os movimentos de uma luz, etc. O recém-nascido é capaz de efetuar uma quantidade enorme de reações motoras que não dependem da aprendizagem ou treinamento prévio. Estas reações são chamadas de reflexos hereditários, uma espécie de respostas prontas e estereotipadas que irá lhe permitir a sobrevivência e adaptação fora do útero materno. Tanto do ponto de vista fisiológico como do ponto de vista psicológico, o bebê que acaba de nascer é muito dependente e pode contar apenas com esse conjunto de reflexos - (reflexo de Moro, andar automático, sucção, preensão, etc). Reflexo de moro - consiste numa resposta de abrir os braços, esticar os dedos e pernas em resposta a um som intenso ou qualquer estímulo repentino e forte. Andar - segurando o bebê na posição ereta, ele dará alguns passos. Preensão - consiste em fechar a mão quando nela colocamos qualquer objeto, como o dedo por exemplo. Sucção - vira a cabeça para o lado quando sua face for estimulada e suga qualquer objeto que for colocado em sua boca. A maioria dos reflexos desaparece no primeiro semestre e volta aparecer mais tarde como comportamento voluntário. Pouco a pouco o bebê toma consciência de seu poder de agir e de influência sobre o meio que o rodeia, gritando para fazer cessar um estado de desconforto como a fome, defecação, dor, etc. O desenvolvimento motor se relaciona com a coordenação de movimentos amplos e finos. Movimentos que envolvem os músculos grandes do corpo são chamados de habilidades motoras amplas. Por exemplo: arrastar, engatinhar, andar, saltar, correr, chutar, arremessar bola, etc. As atividades motoras finas envolvem o uso das mãos e dedos. Por exemplo: preensão, encaixe, enfiagem, empilhamento, caneta, lápis, cola, tesoura, etc. À medida que a criança cresce, sua habilidade motora vai-se aprimorando e a capacidade de controlar seus músculos e mover-se com desenvoltura aumenta consideravelmente. Os estímulos são importantes, mas é necessário tomar o cuidado e não forçar este processo de maturação. É preciso que músculos, ossos e sistema nervoso tenham atingido determinado estágio de desenvolvimento para que, naturalmente, a criança possa desempenhar atividades específicas. A experiência do indivíduo no mundo depende fundamentalmente da sua percepção. A percepção é um processo cognitivo, uma forma de conhecer o mundo. Embora todos os processos cognitivos estejam interconectados, a percepção é o ponto em que cognição e realidade encontram-se e, talvez, a atividade cognitiva mais básica da qual surgem todas as outras. É necessário levar informações para a mente antes que se possa fazer alguma coisa com elas. A percepção é um processo complexo que depende tanto do meio ambiente como da pessoa que o percebe, e a essência desse processo é a experiência sensorial, a vivência da realidade por meio do Mundo dos Sentidos. Como sujeito da percepção é possível recuperar, por meio dos sentidos, as propriedades válidas do mundo que os rodeia. Sem se dar conta, o ser humano analisa os padrões que vão mudando à medida que se movimenta. De certa forma, estuda-se o que ocorre com formas, texturas, cores, sons, e iluminação sob todos os tipos de condições. Além disso, “examina-se” os padrões fixos. Tais estudos pessoais constroem o conhecimento das propriedades reais do mundo. Durante o exercício de perceber o mundo, o conhecimento surge de uma combinação entre as habilidades construtivas, a fisiologia e as experiências que se acumulam. As Habilidades construtivas são certas operações cognitivas que ocupam lugar de destaque na percepção. Conforme os indivíduos se movimentam, olham aqui e ali e registram informações. Como sujeito da percepção, continuamente antecipa-se o que ocorrerá depois, com base no que acaba de reunir. As informações de cada ato perceptivo precisam ser armazenadas momentaneamente na memória, caso contrário, serão perdidas. O ser humano está sempre redirecionando seus esforços de detecção e registrando novos conteúdos. Pouco a pouco, vai combinando os dados das sucessivas explorações. É claro que não percebe que vê apenas uma amostra da cena diante dele. Tampouco tem consciência de que absorve apenas uma pequena parte dos detalhes e indícios disponíveis. Quando se fala de habilidade construtiva, está, portanto, referindo-se a essas operações de teste de hipótese, antecipação, amostragem, armazenamento e integração. A Fisiologia ajuda a saber algo do funcionamento do corpo que possibilita coletar informações (o aparelho sensorial). Precisa também conhecer algo do processamento dessas informações pelos sistemas sensorial e nervoso. Animais diferentes vivem em mundos extremamente diferentes porque seus aparelhos perceptivos variam muito. Por exemplo, as pessoas não podem ouvir os sons altos registrados pelos morcegos. Tampouco podem sentir o cheiro de suor que exala da sola dos calçados, embora os cães o sintam. Poucas pessoas reagem a forças magnéticas ou elétricas como reagem os golfinhos, as baleias, peixes e os insetos. Até os membros de uma mesma espécie têm percepções diferentes. As pessoas têm alguma variação em termos de como vêem cores e discriminam sons e sentem cheiros e gostos. Durante a gravidez e na terceira idade, por exemplo, as sensibilidades sensoriais mudam. As Experiências criam expectativas e motivos. ÁREA OLFATIVA E GUSTATIVA Os sentidos da olfação e da gustação são considerados químicos, pois dependem do estímulo de substâncias químicas sobre receptores especiais. O olfato é o sentido que permite sentir os odores. As substâncias têm cheiro quando desprendem partículas que, levadas pelo ar, impressionam as terminações das células nervosas olfativas, localizadas na região superior da mucosa que reveste as fossas nasais. Estimuladas, as células olfativas transmitem impulsos nervosos ao nervo olfativo, que, por sua vez, os transmite à área cerebral responsável pela olfação. Aliás, muito do que geralmente chama-se paladar, é realmente olfato. O paladar é o sentido que permite sentir os sabores. Os sabores básicos são quatro: doce, salgado, azedo e amargo. Todos os outros são considerações dos quatro. As impressões gustativas são percebidas por terminações de células nervosas presentes nas papilas linguais, também chamadas papilas gustativas. Essas papilas estão localizadas na mucosa que recobre a língua. Os diferentes sabores são percebidos em diferentes regiões da língua. Para que se possa sentir o sabor de uma substância, é preciso que ela se dissolva em água ou na saliva. Assim, as células gustativas, são estimuladas, e os impulsos nervosos são conduzidos pelos nervos gustativos às áreas cerebrais responsáveis pela gustação. O asseio da boca, dos dentes e da língua, preserva o sentido do gosto. O fumo, as bebidas alcoólicas e outras substâncias irritantes prejudicam-no. SUGESTÕES DE ATIVIDADES PARA SE TRABALHAR ESTA ÁREA: - Pode-se usar amostras de perfumes, que existem em todas as lojas de perfumes, e desenvolva uma “ prova de odores”; - Fazer chás de diferentes ervas para que as crianças conheçam o perfume de cada uma delas; - Levar os alunos aos parques para que eles sintam os perfumes que exalam de cada flor, principalmente se for primavera; - Levar as crianças a um mercado onde há uma quantidade boa de frutas para que elas possam fazer o mesmo. Os mercados municipais são elementos importantes para esta atividade, pois lá se encontra quase tudo; - Provar, cheirar e reconhecer várias substâncias de olhos fechados: sal, açúcar, vinagre, água, café, álcool, perfumes etc. TÁTIL Quanto aos nenês, o gesto de segurar e carregá-los são repetidos diariamente e são muito importantes no desenvolvimento deles, pois eles se sentem seguros e eles começam a sentir o corpo deles ser tocado, ou seja, a parte tátil tem mais segurança. É na faixa etária do 0 a 3 anos que a criança aprende os movimentos de preensão das mãos, a engatinhar e a andar assim como o controle dos esfíncteres. Exploram as propriedades dos objetos e descobrem sua autonomia de locomover-se. Tudo o que vê, quer pegar, explorar com suas mãos. Para Lleixá Arribas, 2004, o tato não é a única sensação que chega por meio da pele. Diferentes receptores dispersos por toda a superfície cutânea (não igualitariamente) proporcionam a regulação da temperatura e a sensação de frio, ou, de calor, de dor, de pressão de vibrações. Essas sensações são captadas em determinações nervosas específicas para cada uma delas e se dirigem por suas respectivas fibras sensíveis à medula espinhal e do encéfalo. A divisão pelas diferentes regiões do corpo não é igualitária. A face e os dedos da mão contam com os limites de detecção e discriminação mais baixos. É necessário que a criança reconheça todas as sensações. Assim, pode-se fazer atividades direcionadas a pôr em ação todos os receptores. As atividades citadas logo a seguir, constam no livro: “Educação Infantil desenvolvimento, currículo e organização escolar”, de Teresa Lleixá Arribas, editora Artmed, 2004. ATIVIDADES 1- Apalpar a criança (0 a 2 anos) - Quem toca é o adulto. Quem apalpa fixa-se nas formas e texturas e vai mudando a pressão. O que é tocado verbaliza a parte que lhe tocam fazendo apreciação do tipo: “forte/frouxo/cócegas/frio/quente”. 2- Diferenciando partes moles e partes duras (3 a 5 anos) - Quem apalpa está com os olhos vendados e deve reconhecer a parte que está tocando. O que é tocado diz se está correto ou não. 3- Reconhecimento de objetos (4 a 6 anos) Olhos abertos, mais adiante olhos fechados. Se toca, se aperta, se ergue, se examina, se chupa. Objetos de texturas, formas, pesos, dimensões e temperaturas diferentes. 4-Grupos de (5 a 6 anos) Com os olhos abertos, tocam-se com as mãos por um tempo. Imediatamente, tapam-se os olhos de um de cada grupo e este tem que adivinhar a quem pertencem as mãos que lhe tocam (quatro colegas). Pode-se ampliar o exercício e apalpar todo o corpo. Tendo mais referencias, é mais fácil adivinhar. 5- Reconhecer temperaturas Utilizar diferentes partes do corpo para reconhecer temperaturas. As mesmas atividades podem ser propostas com diferentes objetos: - peças vestimentas; - frutas e sementes; - moedas; - lixas (diferentes números); - módulos de volumes; 6- Galinha cega (5 a 6 anos) Material: uma venda para um dos alunos; Descrição: o grupo se coloca em círculo e um fica no centro com os olhos vendados. Cantando dizem: “galinhazinha cega, o que foi que você perdeu? Uma agulha e um dedal. Então dê 3 voltas e o encontrará.” Ao terminar a música, tenta-se pegar um colega e identificá-lo apenas pelo tato. Se acertar, o que foi pego passa a ser a galinhazinha. Se não, volta para dentro do círculo. 7- Corrida de Sapatos Material: um sapato de cada um dos alunos e uma venda. Descrição: com os olhos abertos, cada criança apalpa seu sapato para tentar encontrar alguma característica diferenciadora. Colocam-se todos os sapatos em um círculo e marca-se uma linha de saída. Com os olhos tapados, e pulando num pé só, saem todos ao mesmo tempo para procurar o respectivo sapato. Quando o encontram, calçam-no e voltam ao ponto de partida. 8- O maquinista Matéria: vendas para os olhos; Descrição: Repartidos em dois ou mais grupos, em função do número de participantes, todos com os olhos vendados (exceto o último), colocados em uma coluna e segurando o da frente pelos ombros. O maquinista toca suavemente o ombro do quem está na frente, o que vai passando o toque até o primeiro que, em função dos toques, marcará a direção do trem. “Ombro direito, para a direita Ombro esquerdo, para a esquerda Meio das costas, seguir reto”. REFERÊNCIAS ABRAMOWICZ, Anete. Creches: atividades para crianças de zero a seis anos. São Paulo: Moderna, 1995. ARRIBAS, T. L. Educação Infantil: desenvolvimento, currículo e organização escolar. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2004. ASPECTOS BIOLÓGICOS INTRODUÇÃO Tendo uma vista a necessidade de compreender o desenvolvimento que ocorre com a criança, desde o nascimento até a idade escolar, tem-se por objetivo explorar os aspectos biológicos da criança, os quais se integram em físico, psicológico e social. Segundo Lima: “A criança nasce e cresce em um grupo e é através do contado que existe no grupo que ela aprenderá muito sobre si próprio e sobre as que a rodeia”. (2001, p.5). O desenvolvimento da criança está relacionado ao meio em que vive. Isso depende da maturação e da instrumentalização que recebe, por isso é importante a contribuição dos pais, dos professores e de todos que convivem com a criança no processo de desenvolvimento, pois é através do contato que ela encontrará formas de lidar com os desafios com os quais se defrontará na sociedade em seu dia-a-dia. É importante destacar que já em seu primeiro ano de vida a criança vai aprender muitas coisas, tanto sozinha como com outras pessoas, dependendo da cultura em que está inserida. É importante lembrarmos de que cada criança tem um ritmo de desenvolvimento e crescimento que devem ser respeitados e monitorados, avaliando se cada etapa foi ou não atingida, de acordo com o esperado em cada fase. Como ex: Se aos três meses a criança não segura a cabecinha com firmeza, algo está errado, devendo a família procurar um especialista. De acordo com Lima (2001, p.7): Para crescer e se desenvolver bem, a criança depende de varias coisas. O crescimento físico adequado depende da alimentação, do sono, da movimentação livre desde bebezinho, de exercício ao ar livre, de brincadeira de correr, trepar, de brincadeiras na água. Dependera, igualmente, de cuidados básicos de higiene com as crianças, que ela devera inclusive ir aprendendo vem ser respeitados, pouco á pouco: lavar as mãos antes de comer, escovar os dentes, após comer, tomar banho diariamente [...]. Até a fase adulta, a criança passa por várias fases, as quais devem ser respeitadas, para que não haja problemas quando crescer. No entanto, para que ocorra um desenvolvimento completo é preciso que o aspecto físico esteja relacionado ao desenvolvimento psicológico e cultural, ou seja, a criança se constitui em um sujeito com personalidade própria. A partir do nascimento são ativadas várias áreas do cérebro, desta forma no terceiro ano de vida a figuração do cérebro de uma criança está muito próxima do cérebro adulto. A atividade se percebe nos primeiros dois anos, ou seja, isso permite que a criança desenvolva a noção de si mesmo como um corpo diferenciado e como um individuo independente. Segue assim na formação de sua identidade e personalidades. Desde, os primeiros anos de vida, a criança deve se situar no meio em que vive, pois é importante a convivência com pessoas além de seu grupo familiar, através da participação em eventos coletivos, proporcionando a integração com a sociedade e sua cultura. Pois, como sugere Lima (2001, p. 13): Muitas coisas acontecem nos primeiros anos de vida sabemos hoje que este é um período decisivo para formação humana, pois parte importante da realização da herança da espécie vai acontecer nesse período. Sabemos também, que o desenvolvimento desse período da base para determinados comportamentos aquisições futuras. Através da construção da identidade da noção do eu a criança vai se tornando simultaneamente um sujeito da cultura e uma personalidade única. Nos primeiros anos ela vai desenvolver as formas de relação social no grupo, estabelecer laços efetivos e as formas de expressar suas emoções. É na fase de criança que se desenvolve a base tanto do físico, do psicológico e social do sujeito adulto do futuro. SUGESTÕES DE ATIVIDADES As atividades citadas neste trabalho fazem parte de um conjunto aplicado pelas acadêmicas de Pedagogia, durante seus estágios. Pode-se dizer que os objetivos em relação a cada uma delas foram testados, sendo alcançados em seus resultados finais. Existem várias atividades que possibilitam o desenvolvimento físico, cognitivo e social da criança, como cantiga de roda, jogos, quebra cabeça, ping pong, dentre elas a brincadeira de “passar o anel”, que desenvolve área cognitiva, social, a criatividade, a área afetiva e física – motora. Esta última atividade se desenvolve da seguinte maneira: - As crianças sentadas e uma delas em pé, vai passar o anel; - Ficam todas com as mãos fechadas e postas no colo; - A que coordena a brincadeira também conserva as mãos fechadas em idêntica posição escondendo o anel; - Então a pessoa que está em pé e com o anel começa a passá-lo; - Vai fingindo deixar o anel cair entre as mãos das crianças que escondem; - Depois de deixar o anel nas mãos de uma das crianças, se afasta abre as mãos e mostra que o anel não está mais com ela (desapareceu). Depois sai perguntando: “quem tem o anel?” Se a criança interroganda responde, adivinhando quem tem o anel, irá passar o anel em seguida. Se não acertar recebe tantos tapas na mão quanto desejar a criança que tinha o anel. ILUSTRAÇÕES DE ATIVIDADES LÚDICAS Crianças realizando atividades lúdicas. Crianças realizando atividades lúdicas. REFERÊNCIAS LIMA, E. S., Como a Criança Pequena se Desenvolve. São Paulo: Sobradinho 107. 2001. LIMA,E. S. Conhecendo a Criança Pequena. São Paulo: Sobradinho 107. 2002. COORDENAÇÃO MOORA FINA E AMPLA O DESENVOLVIMENTO DA MOTRICIDADE A criança é um ser social que já nasce com capacidades afetivas, emocionais e cognitivas, tem desejo de estar próximo às pessoas e é capaz de interagir e aprender com elas de forma que possa compreender e influenciar seu ambiente, ampliando suas relações sociais, interações e formas de comunicação, as crianças sentem-se mais seguras para se expressar, podendo aprender nas trocas sociais, com diferentes crianças e adultos cujas participações e compreensões da realidade também são adversas. O indivíduo vive imerso em um espaço em que tanto ele quanto aos objetos que rodeiam formam um conjunto de relações que se estruturam com grande complexidade: daí a necessidade de percebê-las, reconhecê-las e representá-las mentalmente. Graças à maturação do sistema nervoso e a realização de tarefas variadas com diferentes parceiros em situações cotidianas, a criança desenvolve seu corpo e os movimentos com que ele pode realizar. Os mecanismos que ela usa para orientar o tronco e as mãos em relação ao estímulo visual, por exemplo, são complexos e acionados à medida que ela manipula e encaixa objetos, lança-os longe e os recupera, os empurra e puxa, prende e solta, locomove-se, assume posturas e se expressa por gestos que cada vez mais são ampliados. Desde que nasce o indivíduo pode diferenciar seu próprio corpo do mundo que o rodeia, pois ao movimentar seu corpo no espaço, recebe informações próprias (sinestésicas) e externo perceptivas especialmente visuais necessárias para interpretar e organizar as relações entre os elementos, formulando uma representação daquele espaço. A motricidade também se desenvolve por meio da manipulação de objetos de diferentes formas, cores, volumes, pesos e texturas. O ESQUEMA CORPORAL O esquema corporal é um elemento básico necessário para a formação da personalidade da criança, é uma representação relativamente global, científica e diferenciada que a criança tem de seu próprio corpo. A criança percebe os seres e as coisas que a cercam em função de sua pessoa. A sua personalidade se desenvolverá graças a uma progressiva tomada de consciência do seu corpo, de suas possibilidades de agir e transformar o mundo à sua volta. Conforme explica Wallon, apud Meur e Staes (1991), a criança vai se sentir bem na medida em que seu corpo lhe obedece, em que o conhece bem, em que pode utilizá-lo não somente para movimentar-se, mas também para agir. É uma etapa onde a criança passa a exercitar todas as suas possibilidades corporais, conhece as partes do corpo, a disposição e as posições, ela vai movimentar-se de forma analítica e chegará a um domínio corporal. CORDENAÇÃO MOTORA AMPLA São atividades a ser desenvolvidas na prática onde dizem a respeito à organização geral do ritmo, ao desenvolvimento e às percepções gerais da criança. A coordenação motora global é a condição que deve ser desenvolvida primeiramente no espaço infantil. Segundo Almeida, 2007 p.43, é por meio do trabalho de movimentos dos membros superiores (braços, pescoço, ombro, cabeça) e também, os membros inferiores (pernas, pés, quadris entre outros). Pois salientamos a grande organização corporal que deve ser construída a partir do trabalho de coordenação motora geral. Seguindo com danças, expressões corporais, exercícios combinados e dissociados são os melhores trabalhos para que a criança possa ter um bom desenvolvimento. LATERALIDADE Durante o crescimento, naturalmente se define uma dominância lateral na criança: será forte, mais ágil do lado direito ou do lado esquerdo. A lateralidade corresponde a dados neurológicos, mas também é influenciada por certos hábitos sociais. São capacidades onde a criança pode olhar e agir para todas as direções. Para descobrir a dominância lateral do nível dos membros inferiores pedese a criança que percorra um trajeto com um pé, depois com o outro; o lado escolhido para o primeiro trajeto é muitas vezes o lado e para descobrir o nível dos membros superiores pede-se à criança que faça diversos gestos do dia-a-dia e observa-se qual a mão utilizada. Para Le Boulch (1982), a lateralidade é a função da dominância, tendo um dos hemisférios à iniciativa da organização do ato motor, que incidirá no aprendizado e na consolidação das praxias. Esta capacidade funcional, suporte da intencionalidade, será desenvolvida de maneira fundamental nessa época da atividade de investigação durante a qual a criança vai confrontar se com seu meio... Permitir à criança organizar suas atividades motoras globais é a ação educativa fundamental. Desse modo, coloca-se a criança em melhores condições para constituir uma lateralidade homogênea e coerente. Através da lateralidade e da praxias permitirá a criança a conhecer os espaços geográficos e confrontar com os meios onde vive ainda, sabendo percorrer as atividades coerentes a organização da lateralidade. Pois ressalta o modo em que a criança conduzirá melhor as condições da lateralidade, de onde as ações serão idênticas para seu rendimento escolar e pessoal. Diferenças entre lateralidade e o conhecimento “esquerda direita” Não podemos confundir lateralidade e conhecimento “esquerda direita”. Como explica A.de Meur e L. Staes: O conhecimento “esquerda direita” vem da noção de dominância lateral. É a generalização, da percepção do eixo corporal, a tudo que cerca a criança; esse conhecimento será mais facilmente aprendido quanto mais acentuada e homogênea for a lateralidade da criança. Com efeito se a criança percebe que trabalha naturalmente “com aquela mão”, guardará sem dificuldade que “aquela mão” é a esquerda ou a direita. A ESTRUTURAÇÃO ESPACIAL A tomada de consciência da situação de seu próprio corpo em um meio ambiente, isto é, do lugar e da orientação que pode ter em relação às pessoa e coisas. Para Meur e Staes, a todo instante a criança encontra-se em um espaço bem preciso onde lhe é solicitado. Portanto a estruturação espacial é a parte integrante de nossa vida; aliás é difícil dissociar os três elementos fundamentais da psicomotricidade: corpo – espaço – tempo, e quando esperamos com toda esta dissociação, limitamo-nos a um aspectos bem preciso e restrito da realidade. ETAPAS DA ESTRUTURAÇÃO ESPACIAL Pede-se à criança que se desloque em seu espaço habitual, que vá para o seu quarto, que leve um papel na mesa do professor. Solicita-lhe que situe objetos, assim avalia-se e melhora-se seu conhecimento de termos espaciais. A criança deverá perceber as diversas formas, grandezas, quantidades. Quando a criança domina os diversos termos espaciais, ensina-se a orientar-se como: - poder virar-se, ir para frente, para trás, para a direita, para a esquerda, para o alto etc; - poder ficar em fila. Não se trata mais de apenas estar ao lado da carteira, mas de estar ao lado da cadeira e virada pra frente. Nesta etapa a criança: - aprende a orientar os objetos: deverá colar um triângulo adesivo no alto da folha, ficando a ponta do triângulo virada para a direita; - deve perceber, nas discriminações visuais, o que se encontra orientado na mesma direção; - deve adquirir direção gráfica; deve situar um objeto segundo a colocação ordinal. A importância dessa etapa nas aprendizagens escolares dispensa comentários. Organizar é combinar, dispor para funcionar, a criança disporá os objetos para ocupar um espaço delimitado (folha, quadro), para atingir um objetivo (labirintos, jogos de trajetos). Ela escolherá seus próprios pontos de referência e os colocará segundo diversas orientações, para encontrar a solução: - guiando uma outra criança que se faz de “cega”; - em um exercício de simetria; - em um conjunto de formas para compor uma silhueta. A ORIENTAÇÃO TEMPORAL A estruturação temporal é a capacidade de situar-se em função da sucessão dos acontecimentos; antes, pós, durante e da duração dos intervalos, da renovação cíclica de certos períodos: os dias da semana, os meses, as estações. As noções temporais são muito abstratas, muitas vezes bem difíceis de serem adquiridas por nossas crianças Para Meur e Staes (1991 p.15), a criança também vive uma série de atividades, mas devem chegar aos quatro ou cinco anos para situá-las segundo a ordem “antes depois”. Percebe-se muito nitidamente na maneira que a criancinha conta uma história: mistura os conhecimentos. Poder orientar-se no tempo é importante na vida cotidiana, pois a maioria das atividades são reguladas pelo tempo objetivo: entra-se na escola às nove horas; o recreio começa às dez e meia; almoça-se ao meio dia. Quando a criança tiver adquirido algumas noções de duração e rapidez, poderá organizar-se. A criança poderá também dispor de mais tempo para lazer, caso reflita sobre a ordem em que deve desenvolver suas atividades. Exemplos: deve comprar pão, passar na farmácia e terminar suas lições antes de poder brincar. Por que não fazer suas compras na volta da escola, passando primeiro pela farmácia perto da escola, depois pela panificadora situada a dois passos de sua casa? Evitará um trajeto inútil e ganhará tempo para brincar. ETAPAS DA ORIENTAÇÃO TEMPORAL ORDEM E SUCESSÃO Para a criança, trata-se de perceber e memorizar: o que se passa antes, depois, e agora, em ordem os gestos foram feitos; “primeiro você ganhou a garrafa, depois o lápis e por fim o papel”, o que foi feito primeiro e por último. Poderá também classificar imagens segundo uma ordem lógica ou cronológica. DURAÇÃO DOS INTERVALOS A criança deverá perceber depressa, o que dura muito tempo, as noções de tempo decorrido, a diferença entre uma hora e um dia etc. RENOVAÇÃO CÍCLICA DE CERTOS PERÍODOS São os dias (manhã, tarde e noite), as semanas, as estações, as quais associaram determinadas atividades ou um material. Exemplos: uma lâmpada associada à noite, a natação associada à quarta-feira , uma echarpe associada ao inverno. Durante esta etapa será introduzida a questão “quando”? RITMO O ritmo abrange a noção de ordem, de sucessão, de duração, de alternância; é por essa razão que lhe consagramos uma etapa inteiramente à parte na educação das crianças e que muitas vezes o professor não consegue realizar tais atividades por desconhecer a fundo seus pressupostos. CORDENAÇÃO MOTORA FINA É a capacidade de usar de forma eficiente e precisa os pequenos músculos, produzindo assim movimentos delicados e específicos. Este tipo de coordenação permite dominar o ambiente, propiciando manuseio dos objetos. Ex; Recortar, lançar em um alvo, costurar, etc. Para que haja um trabalho de coordenação é necessário que se tenha um canal de entrada de informações (input) e um canal de saída para execução (output) dos comandos vindos do cérebro. O canal input é preenchido pelo sistema receptor, ou seja, os sentidos visual, tátil, sinestésico, auditivo, e vestibular. Enquanto que o canal output é composto pelo Sistema locomotor completo (membros superiores, membros inferiores e troncos). PRÉ-ESCRITA a) Por que exercícios de pré-escrita? Domínio de gesto, estruturação espacial e orientação temporal são os três fundamentos da escrita e supõe: - uma direção gráfica: escrevemos horizontalmente da esquerda para a direita; - as noções de em cima e embaixo, de esquerda e direita. No lugar correto; por exemplo, para escrever, a criança traçará (a linha da direita antes de formar o circulo) e, na formação das palavras, escreverá inicialmente a segunda letra antes da primeira (“ap “ para “pa “) mesmo que tenha decomposto as sílabas corretamente. - a noção de antes e depois, sem o que a criança não inicia seu gesto. Portanto os exercícios de pré-escrita e de grafismo são necessários para a aprendizagem das letras e dos números: sua finalidade é fazer com que a criança atina o domínio do gesto e do instrumento, a percepção e a compreensão da imagem a reproduzir. Esses exercícios dividem-se em: - exercícios puramente motores; - exercícios de grafismo: exercícios preparatórios para a escrita na lousa e no papel. Contudo eles não devem reprimir o trabalho espontâneo de expressão gráfica da criança; esta criança cria seu próprio desenho que lhe possibilita a expressão de sua visão do mundo, a passagem do sonho à realidade, conformação ou não aos ensinamentos recebidos. Reveladores para nós e liberadores para a criança, esses exercícios constituirão igualmente uma aprendizagem real da manipulação do lápis, conforme afirma Meur e Staes, 1991 p.17. EXERCÍCIOS MOTORES E GRAFISMO a) Exercícios motores O que é necessário para a criança dominar o gesto da escrita? Equilíbrio entre as forças musculares, flexibilidade e agilidade de cada articulação do membro superior. Portanto é indispensável fixar as bases motoras da escrita antes de ensinar a criança a dominar seu lápis. Com efeito, caso não se tenha atingido a motricidade, o desenho não corresponderá à expectativa da criança que se desinteressará dessa forma de expressão dizendo; “desenhe-o para mim; eu não consigo fazê-lo. O programa dos exercícios motores tem por base: - uma mobilização do ombro, do pulso, de cada um dos dedos; - um trabalho de plasticina; esta brincadeira, atraente para a criança, fortalece os músculos de cada dedo e desenvolve a destreza manual. b) Grafismo Por meio de diferentes gestos em um plano vertical (ou pelo menos inclinado), a criança aprende a segurar corretamente o giz e o lápis. Para que a criança adquira um traço regular, precisará trabalhar, com certa rapidez, sobre uma grande superfície colocada a sua altura. A criança que não domina bem seu gesto será solicitada a trabalhar sobretudo com o ombro e o cotovelo: fará então desenhos grandes. Somente mais tarde, quando os movimentos à altura do ombro e do cotovelo se tornarem desenvolvidos, faremos diminuir as proporções dos desenhos, exigindo assim da criança um trabalho mais específico do punho e dos dedos. É evidente que sempre faremos a criança trabalhar da esquerda para a direita. Portanto, afirma Meur e Staes, 1991,p.18 que quando adquirir o hábito de começar da esquerda e de ir para a direita, a criança poderá praticar exercícios mais variados, por exemplo: desenhar um quadrado sem levantar o lápis, portanto ir uma vez da esquerda para a direita e uma vez da direita para a esquerda. A PSICOMOTRICIDADE NA VIDA AFETIVA E SOCIAL DA CRIANÇA Nessa parte da vida da criança a impressão de dominar seu corpo, o bem estar à vontade, assim como utilizá-lo com desenvoltura e eficácia, o que lhe proporciona bem-estar, tornando fáceis e equilibrados seus contatos com os outros. Ainda o desenvolvimento psicomotor ocorre harmoniosamente estará equipada para uma vida social próspera. O caso da criança geralmente bem sucedida em suas realizações materiais (deslocamentos, corridas, jogos de bola, trabalhos manuais, etc.) ela se sentirá à vontade, em si própria e perante as outras crianças, poderá exprimir-se com o corpo, ousará tomar a palavra. Pois vamos perceber o hábito da criança brincar explorando seu corpo, conforme foi lhe repassado, mas também o modo ensinado referente ao espaço que a cerca, assim utilizando a forma do seu entendimento diante e através da face em que se encontra. A psicomotricidade ajuda a viver em grupo. Nos exercícios psicomotores as crianças devem respeitar as regras dos jogos. Cada uma compreende rapidamente que o desrespeito às regras torna o jogo impossível ou injusto e, por esse meio, aceita mais facilmente as regras da vida social. Exemplo: em nosso país, dirigimos no lado direito e lemos da esquerda para a direita. Os jogos coletivos ensinam a viver em sociedade. As crianças descobrem bem depressa que existem “fracas” e “fortes”: trata-se de fazer com que admitam no grupo cada uma em particular e de provar-lhes que toda criança é forte em alguma coisa. Os exercícios motores, executados todos em conjunto, habituam as crianças a se respeitarem mutuamente: devem guardar as distâncias necessárias para que cada pessoa possa executar o exercício dispondo do espaço necessário. Esses são os valores sociais e afetivos vinculados à educação psicomotora. As sugestões de atividades a seguir, fazem parte da coletânea dos autores citados neste trabalho e que foram selecionadas para enriquecer a pesquisa. SUGESTÕES DE EXERCÍCIOS DE COORDENAÇÃO MOTORA AMPLA - Amarelinha; - Pular corda; - Alternância de membros ( exemplo, perna direita, braço esquerdo). - Exercícios com bola; - Dança; - Dobraduras gigantes; - Exercícios sobre o rolo. MOSTRAS DE ATIVIDADES DESENVOLVIDAS SUGESTÕES DE ATIVIDADES DE COORDENAÇÃO MOTORA FINA - Desenhar em volta das mãos; - Escrever; - Pintar; - Modelar com massa e argila; - Escovar os dentes; - Pentear os cabelos. MOSTRAS DE ATIVIDADES DESENVOLVIDAS REFERÊNCIAS ALMEIDA, Geraldo Peçanha de. Teoria e prática em psicomotricidade: jogos, atividades lúdicas, expressão corporal e brincadeiras infantis. 3.ed. Rio de Janeiro: Wak Ed.,2007. MEUR, A. de. Psicomotricidade: educação e reeducação: níveis maternal e infantil. São Paulo: Manole, 1989 DESENVOLVENDO A ÁREA COGNITIVA E DA LINGUAGEM INTRODUÇÃO A criança está inserida num meio onde o as relações se constroem e se estruturam de forma complexa, rodeada por objetos, sendo que mentalmente tenta reconhecê-los e representá-los. Segundo Oliveira, o desenvolvimento cognitivo dar-se-á pela apropriação da linguagem em torno da cultura que esta envolvida. O desenvolvimento lingüístico consiste em uma soma de fatores que vai muito além da motricidade, nele estão envolvidos os órgãos periféricos e o sistema nervoso central, sendo esta uma característica da espécie humana, mas para que a criança obtenha a aquisição da linguagem é preciso também um processo sócio histórico. A natureza do desenvolvimento humano é sempre biológica. Isto quer dizer entre outras coisas que a espécie humana tem determina característica em seu desenvolvimento físico que inclui não só o que percebem externamente [...] O cérebro não é só o órgão onde ficam gravadas as experiências dos indivíduos as aprendizagens, as experiências afetivas, como também é um órgão que controla varias funções físicas, alem de ter como componente o sistema límbico, no qual se original as emoções. O cérebro coordena a vida do individuo, pois é ele que recebe o processa as informações colhidas do meio ambiente através dos sentidos e nele que esta contida a nossa memória (LIMA, 2001,p.5). O córtex cerebral é de grande plasticidade funcional durante os primeiros anos de vida. É no hemisfério esquerdo que se desenvolve a linguagem, mas isso só será possível com a interação da criança com outras pessoas que usem a linguagem, ou seja, ela vai aprender a falar se for estimulada através do convívio em ambientes lingüísticos, pai, mãe, irmãos e educadores. A criança bem antes de ir para a escola, já convive com todo tipo de situação oral e escrita, portanto a linguagem faz parte do cotidiano das crianças. Quando entram para a instituição escolar, apenas irão ampliar suas capacidades de compreensão e produção de textos orais e escritos, aonde irão se deparar com a diferença entre estes e a forma como são produzidos. O papel fundamental da escola é o de ampliar e tornar possível a todas as crianças os meios para que estas possam se apossar da aprendizagem escrita alfabética, oportunizando a todos, especialmente aqueles desprovidos do acesso aos meios acima descritos. COMO SE DÁ O DESENVOLVIMENTO De zero aos seis anos, o cérebro tem o que chamamos de plasticidade, que é uma facilidade maior de estabelecer conexões entre as células nervosas. Assim, a criança pode fazer e aprender muito mais sobre tudo, e não somente sobre conhecimentos escolares. Em torno de oito a dez meses surgem as habilidades emergenciais da competência lingüística. Dos onze aos treze meses produz as primeiras palavras. Dos dezoito aos vinte meses surge uma explosão no vocabulário. E a partir dos vinte meses combina palavras com criações próprias, mas conjuga os verbos. O desenvolvimento físico é o mais fácil percebido na criança, porém os movimentos que ela realiza tais como: rir, falar, desenhar, é desenvolvimento cognitivo. Tudo isso tem relação com seu amadurecimento nervoso, e tentar fazer uma antecipação pode trazer grandes prejuízos. Desde o nascimento o individuo ativa várias áreas do cérebro. Por volta dos três anos as configurações cerebrais já estão praticamente como as dos adultos. É neste período da vida que o individuo se apropria da linguagem, essa pode ser oral ou não oral. Sendo uma das primeiras formas de linguagem, a expressão corporal, que ele produz para dialogar com o outro. A comunicação visual é muito importante na primeira infância que vai dos três aos seis anos de vida, pois é através do contado visual que ele convida o outro a interagir. A música é uma das possibilidades de desenvolver no individuo a oralidade e o movimento. Nas brincadeiras do faz de conta, a criança exercita as atividades necessárias para o desenvolvimento e a prática cultural onde constrói significados pela ação de expressar-se. Em torno de 4 a 5 anos já domina o sistema fonológico, conhece o sentido das palavras. A partir dos 5 anos, surgem novos progressos as estruturas lingüísticas serão mais complexas, esta fase é as das frases e brincadeiras com a linguagem, rompem propositalmente as regras e convenções (OLIVEIRA,2005,p.151). Portanto o processo de aprendizagem evolui de uma participação imitativa onde cabe ao professor ou a um aluno mais experiente que empreste suas funções psicológicas. De inicio, pensamento e linguagem têm origens diversas. Há o pensar sensório-motor e a linguagem não cognitiva, por exemplo, os balbucios. No entanto, ambos os elementos convergem no desenvolvimento para a formação do pensamento discursivo. A habilidade da criança para refletir sobre a definição de uma palavra é uma capacidade multifacetada e de lento desenvolvimento com percussores cognitivos e lingüísticos (OLIVEIRA, 2005, p152). Quando a criança vai crescendo algo requer que coordene as próprias impressões e processos mentais, implica ainda processo gestual e ideomotor. O ambiente linguístico em que o individuo está inserido tem desempenho fundamental na superação das confusões em que a fase apresenta. Os discursos dos professores, dos pais, e da mídia interagem com as condições psicológicas das crianças em cada idade. Controlar respostas incluí-las em moldes, compartilhar o sentido, e o que desafia constantemente a criança para superar essas barreiras, deve-se transformar em práticas educativas, considerar a interação social como elemento mais importante no desenvolvimento da aprendizagem. METODOLOGIA Materiais utilizados para estimulação cognitiva e da linguagem: - Língua de sogra; - Apito; - Vela; - Tambor; - Chocalho; - Flanelógrafo; - Livros de historia; - Fantoches; - Quebra cabeça; - Blocos lógicos; - Músicas; - Espelho. Sugestões de atividades: Brincando,Estimulando e Recreando Crianças Objetivo: Através de atividades lúdicas, estimular a criança para reconhecer seu corpo, desenvolver a lateralidade e ampliar seu vocabulário. Para a criança o que vale é estar fazendo, explorando, descobrindo. Atividades: - Usar músicas que falem do esquema corporal, onde a criança cante e reconheça o seu corpo; - O primeiro passo é selecionar a música (sugestão: “Cabeça, ombro, joelho, e pé”). - Deixar as crianças ouvirem várias vezes a música, pedir para que elas cantem também. - Em frente a um espelho ensinar a coreografia. (cada parte do corpo cantada será tocada pelas mãos da criança). Classificação de Formas Geométricas Objetivo: Instigar as crianças para que sejam capazes de reconhecer e nomear as formas geométricas, bem como se relacionar com seus colegas, aumentando sua capacidade cognitiva e de linguagem. Atividades: - A criança receberá várias formas geométricas em madeira, essas peças deverão ser coloridas; - No primeiro momento a criança pode brincar com as peças livremente, montando o que quiser; - Começa a brincadeira quando o educador pedir para que elas agrupem as formas geométricas através de semelhanças. O educador deve ir apresentando o nome das formas; - Para maior fixação o educador pode dizer o nome de uma forma e os alunos encontram a figura solicitada; - Em dupla, um dos alunos diz uma forma e o outros mostra, e vice e versa. Contação de História Objetivo: Desenvolver a memória seqüencial, e a expressão linguística. Atividades: - As crianças devem estar dispostas em circulo; - No primeiro momento o professor pega um livro faz com que as crianças analisem a capa, pedindo do que deve falar o livro, quem são seus personagens, etc; - Na sequência abre a primeira página e, de maneira aleatória cada criança na sua vez, deverá contar a história que há no livro; - posteriormente o professor pede para que de maneira sucinta comentem sobre o que “leram” no livro, e a partir daí, o professor lê exatamente o que está escrito; - Após a leitura os alunos enumerarão o que aconteceu de diferente, ou seja, o que eles não previam e aconteceu na história. História com Fantoches Objetivo: Aumentar a capacidade de memorização e diminuir a inibição das crianças perante seus colegas. Atividade: - O professor deve relembrar uma história bem conhecida dos alunos e então dividir a sala em vários grupos, sendo que cada grupo ganhará todos os personagens (fantoches) da história; - Com o auxílio do professor as crianças recontarão a história; -Depois que terminar o primeiro grupo, irá o segundo, até que todos os alunos tenham participado da mini apresentação. História com flanelógrafo Objetivo: desenvolver a criatividade e explorar a oralidade da criança. Atividade: - O professor colocará no flanelógrafo figuras variadas uma de cada vez; - As crianças contarão uma história (inventanda); - De preferência que as figuras não sejam de personagens conhecidos; - A atividade pode ser feita em grupos ou coletivamente; - Uma idéia é repetir as figuras, mas não a ordem e combinar com as crianças que a história não deve ser a mesma. Bandinha Objetivo: Desenvolver ritmo e atenção bem como socializar a criança, e fazer com que ela divirta-se ao mesmo tempo em que desenvolve sua linguagem. - Distribuir objetos como: apito, tambor, chocalho e outros instrumentos que produzem sons; - Levar as crianças a imaginar que tocam em uma banda; - Deixar que elas próprias criem músicas; - Fazer com que elas acompanhem a música escolhida pelo professor, ou então que seus colegas cantem e outros toquem. Festinha de Aniversário Objetivo: Desenvolver a imaginação e a criatividade da criança, melhorando a sua linguagem. - Fazer com que as crianças preparem uma festinha, mesmo que ninguém esteja de aniversário; - Elas terão que encher balões e decorar a sala da melhor maneira possível; - Poderão simular um bolo e apagar velas; - Também podem brincar com língua de sogra. Quebra cabeça Objetivo: Desenvolver o raciocínio, a cooperação e demonstrar a importância do trabalho em equipe. - A partir de uma imagem conhecida (por exemplo personagens de uma história que as crianças conheçam) o professor deve confeccionar um quebra cabeças em dupla; - A primeira etapa é escolher a figura; (trabalho a cargo de cada dupla) - Depois colar em um papelão; - Quando estiver seca a cola, as crianças recortarão em vários pedaços. (o professor poderá dar os comando, tais como: cortem ao meio, peguem a outra parte e cortem na diagonal) - Depois é só se divertir montando o quebra cabeça. REFERÊNCIAS LIMA, E. S. Como a Criança Pequena se Desenvolve. São Paulo: Sobradinho 107, 2001. OLIVEIRA, Z .R. Educação Infantil: fundamentos e métodos. 2 ed. São Paulo: Cortez, 2005 – (Coleção Docência em Formação).