AGRONEGÓCIO
& TECNOLOGIA
SANTA CATARINA - ANUÁRIO 2015
Sumário
03 Apresentação
05 A força do agronegócio
25 Uma aliada do desenvolvimento
33 Desafios compartilhados
41 Inovação para crescer
03
AGRONEGÓCIO & TECNOLOGIA 2015
Apresentação
A Associação Catarinense de Empresas de
Tecnologia (Acate) tem o orgulho de apresentar a segunda edição do Anuário Agronegócio
& Tecnologia. Iniciativa da Vertical Agronegócios da entidade, esta publicação se propõe
a compilar informações que demonstrem a
importância desses dois setores para o desen-
Responsável por cerca de 23% do Produto
volvimento socioeconômico de Santa Catarina
Interno Bruto (PIB) do país em 2014 , o agro-
e do Brasil.
negócio constitui um segmento essencial à
economia brasileira. Nas últimas décadas, a
agricultura e a pecuária registraram saltos
importantes de desempenho, ampliando sua
competitividade. Além da competência das
famílias e dos profissionais que atuam na área,
a tecnologia tem sido uma importante aliada
dessa revolução no campo, hoje marcada
pela inclusão digital.
A P R E S E N TA Ç Ã 0
As soluções desenvolvidas por empresas ca-
Para contribuir com a superação desses e ou-
tarinenses mostram que a integração entre a
tros gargalos é que esta publicação foi criada.
atividade produtiva e a tecnologia transforma
Estamos certos de que o êxito de qualquer
tanto as propriedades rurais quanto a agroin-
ação para a melhoria do ambiente de negó-
dústria em negócios cada vez mais atrativos e
cios depende de informação qualificada, que
rentáveis. Apesar dessa evolução, os dois seto-
permita a análise de cenários e a tomada de
res ainda têm desafios comuns a superar, tais
decisão. Conforme revelam as próximas pági-
como formação de recursos humanos, acesso
nas, o caminho do desenvolvimento de Santa
a recursos e políticas públicas adequadas.
Catarina e do Brasil passa pelo agronegócio e
pela tecnologia. Mais uma vez, a Acate reitera
sua disposição em percorrer esse caminho, de
forma cooperativa e agregadora.
Guilherme Stark Bernard
Presidente da Acate
Clóvis Rossi
Diretor da Vertical Agronegócios
04
A FORÇA DO
AGRONEGÓCIO
Segundo dados da Organização das
Nações Unidas para a Alimentação
e a Agricultura (FAO), quase metade
da população mundial – cerca de
3 bilhões de pessoas – vive em áreas
rurais.
07
AGRONEGÓCIO & TECNOLOGIA 2015
Desse total, cerca de 2,5 bilhões obtêm seu
Cerca de 75% do valor adicionado pela ativi-
sustento da agricultura, o que torna a ativida-
dade agrícola no mundo provêm de países em
de uma força motriz da economia, especial-
desenvolvimento, onde a agricultura repre-
mente nos países em desenvolvimento, onde
senta até 30% do PIB nacional.
é precursora do crescimento da indústria e do
setor de serviços.
Distribuição da população no mundo
(Urbana X Rural - em %)
50,1%
50,6%
51,1%
51,6%
52,1%
52,6%
53,6%
49,6%
53,1%
49,1%
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
49,9%
49,4%
48,9%
48,4%
47,9%
47,4%
46,9%
46,4%
50,9% 50,4%
População
Urbana
População
Rural
Fonte: ONU.
A FORÇA DO AGRONEGÓCIO
Nos últimos 50 anos a produção agrícola
somando terras aráveis e terras com culturas
mundial tem aumentado, em média, de 2%
permanentes. Embora a expansão da área de
a 4% ao ano, enquanto a área cultivada (ará-
terra destinada à agricultura seja difícil atual-
vel e permanente) tem crescido anualmente
mente, os investimentos em fertilizantes, ma-
apenas 1%. Atualmente, mais de 1,5 bilhão de
quinário, irrigação e em pesquisa e desenvol-
hectares – cerca de 12% da área de terra no
vimento no campo têm aumentado os índices
mundo – são usados para produção vegetal,
de produtividade.
Participação da agricultura
no PIB global
Fonte: ONU.
Ano
PIB global
(trilhões de US$)
Participação da agricultura
no PIB global (%)
2009
59,5
3,0
2010
65,2
3,0
2011
72,1
3,1
2012
73,5
3,1
2013
75,6
-
08
09
AGRONEGÓCIO & TECNOLOGIA 2015
Comércio internacional
de mercadorias agrícolas
Ano
Volume de
exportações globais de
mercadorias agrícolas
(bilhões de US$)
Volume total de
exportações globais
de mercadorias
(milhões de US$)
Participação das mercadorias
agrícolas nas exportações
globais de mercadorias
(%)
2009
1.182
12.554
9
2010
1.365
15.300
9
2011
1.662
18.328
9
2012
1.653
18.404
9
2013
1.745
18.816
9
Fonte: Organização Mundial do Comércio.
Cadeia de valor
A cadeia de valor do agronegócio, que com-
leva à maior produtividade e geração de
preende desde os insumos até o consumi-
renda. Um estudo publicado pela FAO em
dor final, teve seu valor total estimado em
2009 revelou que no Brasil, por exemplo,
US$ 5 trilhões no ano de 2013. Quanto mais
o agronegócio é 3,75 vezes mais relevante
elevado o nível de desenvolvimento de um
para a economia nacional do que a agricul-
país, maior é a importância do agronegócio
tura – nos Estados Unidos, esse índice é de
em relação à agricultura, um cenário que
13 vezes.
A FORÇA DO AGRONEGÓCIO
Cadeia de valor do agronegócio (vendas anuais)
Insumos
US$ 0,4 trilhão
Traders
Agricultores
Empresas de alimentos
US$ 1 trilhão
US$ 3 trilhões
US$ 3,5 trilhões
US$ 5,4 trilhões
Varejistas
Fonte: KPMG (The agricultural and food value chain: Entering a new era of cooperation).
Importância relativa do agronegócio
sobre a agricultura para o PIB dos países
País
Razão entre a participação do agronegócio
e da agricultura no PIB (em vezes)
Países de base agrícola
0,57
Países em transformação
1,98
Países urbanizados
3,32
Fonte: Faostat, 2012.
Argentina
2,64
México
3,00
Brasil
3,75
Chile
3,78
Estados Unidos
13,00
10
11
AGRONEGÓCIO & TECNOLOGIA 2015
Ranking da produção – as 10 principais
commodities do mundo
Produto
Valor da produção
(milhões US$)
Produção mundial
(mil toneladas)
Posição do
Brasil entre os
produtores
Países líderes em
produção
Leite bovino
187.277
625.753
4º
EUA (1º), Índia (2º)
Arroz
185.579
738.187
9º
China (1º), Índia (2º)
Carne
bovina
169.476
62.737
2º
EUA (1º), China (3º)
Carne suína
166.801
108.506
5º
China (1º), EUA (2º)
Carne de
frango
132.085
92.730
3º
EUA (1º), China (2º)
Trigo
79.285
671.496
-
Índia (1º), China (2º)
Grão de
soja
60.692
241.142
2º
EUA (1º), Argentina (3º)
Tomate
59.108
161.793
8º
China (1º), Índia (2º)
Cana-deaçúcar
57.858
1.842.266
1º
Índia (2º), China (3º)
Ovos
54.987
66.372
7º
China (1º), EUA (2º)
Dados: Faostat, 2012.
A FORÇA DO AGRONEGÓCIO
Brasil, o país
do agronegócio
Responsável por cerca de 23% do Produto In-
agropecuária, incluindo os fornecedores de
terno Bruto (PIB) do Brasil em 20141, o agrone-
equipamentos e serviços para a zona rural, a
gócio constitui um segmento fundamental à
industrialização e a comercialização de pro-
economia nacional. Compreende o conjunto
dutos com origem no campo.
de atividades econômicas ligadas à produção
Segmentos do agronegócio
Agricultura
Pecuária
Equipamentos
Serviços
Indústria
Comércio
1 Segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
12
13
AGRONEGÓCIO & TECNOLOGIA 2015
Em 2014, a relevância do setor para o desen-
primeira fechou 2014 com queda de 0,75%,
volvimento do país se confirmou. Enquanto o
a segunda alcançou 6,91% de crescimento,
PIB nacional amargou crescimento de apenas
puxada pela alta nas cotações de suínos e
0,1%, o PIB gerado pelo agronegócio encer-
bovinos – frango vivo e leite cru seguiram
rou o ano com expansão de 1,59%, conforme
em desvalorização. Ao divulgar o PIB do ano,
dados do Centro de Estudos Avançados em
o IBGE reportou que a agropecuária cresceu
Economia Aplicada (Cepea). Embora inferior
0,4%, puxada pelas taxas positivas de soja
ao crescimento registrado no ano anterior
(5,8%) e de mandioca (8,8%), ainda que a
(5,22%), o resultado do setor se mostra ex-
produção tenha desacelerado. Acumulan-
pressivo diante da desaceleração generaliza-
do variações mensais pouco expressivas ou
da da economia brasileira em 2014.
negativas, a agroindústria nacional acumulou
baixa de 0,32% em 2014.
O ano também foi marcado pelo descompasso entre o crescimento da agricultura e
da pecuária. Enquanto, conforme o Cepea, a
A FORÇA DO AGRONEGÓCIO
Variação do PIB 2014
AGRONEGÓCIO
1,59%
BRASIL
0,1%
Agricultura
-0,75%
Pecuária
6,91%
Insumos
2,12%
Agroindústria
-0,32%
Histórico da variação do PIB
7,6%
6%
5,7%
5%
4%
3,1%
1,3%
3,9%
3,1%
1,8%
1,2%
- 0,2%
2001 2002
2003 2004 2005 2006 2007 2008
Fontes: IBGE e Cepea.
2009
2,7%
0,1%
2010 2011 2012 2013 2014
14
15
AGRONEGÓCIO & TECNOLOGIA 2015
Variação do PIB em 2014
por setores, pela ótica da oferta
Serviços
Indústria
Agropecuária
7,9%
0,4%
2,4%
2,5%
0,7%
1,8%
0,1%
-1,2%
2012
2013
2014
2012
2013
2014
-2,5%
2012
2013
2014
Fonte: IBGE.
Novo PIB
A metodologia de cálculo do PIB brasilei-
cálculo do PIB foi aperfeiçoado para se-
ro mudou em 2014. Novos dados foram
guir padrões internacionais recomendados
inclusos, informações foram deslocadas e
por órgãos como ONU, OCDE e Banco
a classificação de alguns itens foi alterada,
Mundial e que devem ser adotados pelos
a fim de revelar números mais precisos. As
países até 2016. A mudança serve para ga-
mudanças geraram uma revisão de toda a
rantir uma comparação e calibragem mais
série, desde 1995. Segundo o IBGE, o novo
apurada entre as economias.
A FORÇA DO AGRONEGÓCIO
Participação da agropecuária no PIB do Brasil
5,5
2005
2006
2007
5,3
3,3
3,1
2,7
2,4
2,2
5,4
5,2
5,1
2008
PIB do Brasil (trilhões de R$)
2009
3,8
4,9
2010
4,4
5,1
2011
4,7
5,3
2012
5,2 5,6
5,5 5,6
2013
2014
Participação da agropecuária no PIB do Brasil (%)
Fonte: IBGE.
Variação do PIB do Brasil e da agropecuária
7,6
4,0
3,1
4,8
6,0
5,0
3,9
3,2
2,7
1,8
-0,2 -3,8
2006
2007
2008
PIB do Brasil (%)
0,1 0,4
-2,5
2010
2009
Fonte: IBGE.
5,6
5,5
0,7
2005
7,9
6,8
PIB da agropecuária (%)
2011
2013
2012
2014
16
17
AGRONEGÓCIO & TECNOLOGIA 2015
PIB do agronegócio brasileiro
Ano
Valor (bilhões de R$)
Variação (%)
Participação no PIB total (%)
2010
1.079,59
7,5
22,5
2011
1.135,56
5,2
23,1
2012
1.102,88
-2,9
22,2
2013
1.160,43
5,2
22,5
2014
1.178,87
1,6
-
Fonte: Cepea (Relatório PIBAgro – Brasil – Dezembro 2014 e PIB do Agronegócio – Dados de 1994 a 2013).
Decomposição do PIB do
agronegócio brasileiro (bilhões de R$)
Ano
Agricultura
Pecuária
Insumo
Básico
Indústria
Distribuição
2010
769,81
309,78
115,80
283,63
334,83
345,33
2011
802,78
332,78
130,17
317,13
330,23
358,03
2012
790,43
312,45
129,75
308,12
317,45
347,55
2013
806,59
353,84
134,95
335,69
328,15
361,63
2014
800,57
378,30
137,82
348,21
327,10
365,74
Fonte: Cepea (Relatório PIBAgro – Brasil – Dezembro 2014 e PIB do Agronegócio – Dados de 1994 a 2013).
A FORÇA DO AGRONEGÓCIO
Mercado externo
A balança comercial brasileira encerrou o ano
dezembro de 2014, as exportações dos pro-
de 2014 com saldo negativo pela primeira vez
dutos do agronegócio brasileiro alcançaram
desde 2000. Segundo o Ministério do De-
US$ 96,75 bilhões e as importações somaram
senvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
US$ 16,61 bilhões. Dessa forma, o saldo da
(MDIC), foram registrados US$ 3,9 bilhões
balança comercial do agronegócio foi supera-
de déficit, o maior desde 1998. Enquanto as
vitário em US$ 80,13 bilhões.
importações somaram US$ 229,0 bilhões ao
longo dos 12 meses do ano, as exportações
No período, o setor que mais exportou foi o
totalizaram cerca de US$ 225,0 bilhões. A
complexo soja, com US$ 31,40 bilhões, in-
corrente de comércio do país, resultante da
cremento de 1,4%. Em segundo, está o setor
soma de exportações e importações alcançou
de carnes, com US$ 17,43 bilhões em vendas
US$ 454 bilhões, um decréscimo de 5,77% em
externas, aumento de 3,7%. Já o complexo
relação a 2013.
sucroalcooleiro ficou em terceiro, com
US$ 10,37 bilhões; os produtos florestais em
Responsável por 43% das exportações bra-
quarto, com US$ 9,95 bilhões e em seguida o
sileiras, o agronegócio também registrou
setor cafeeiro, com US$ 6,66 bilhões. Confor-
queda, embora menos acentuada: -3,2%,
me dados do MDIC, das 10 principais empresas
conforme o Ministério da Agricultura, Pecuária
exportadoras brasileiras, cinco são vinculadas
e Abastecimento (MAPA). Entre janeiro e
ao agronegócio.
18
19
AGRONEGÓCIO & TECNOLOGIA 2015
Principais destinos dos
produtos agrícolas brasileiros - 2014
3°
Países
Baixos
4°
Rússia
1°
China
5°
2°
Alemanha
EUA
Total Importado
Principal produto
China .................... US$ 22,07 bilhões
China: soja, com US$ 17,01 bilhões.
EUA ................................. US$ 7 bilhões
EUA: produtos florestais, com US$ 2,15 bilhões, com destaque para a celulose.
Em seguida, veio o café, com US$ 1,30 bilhão.
Países Baixos ......... US$ 6,13 bilhões
Rússia ....................... US$ 3,65 bilhões
Alemanha ............... US$ 3,48 bilhões
Países Baixos: soja, US$ 2,90 bilhões, seguido de produtos florestais.
Rússia: carnes, com US$ 2,44 bilhões – US$ 1,31 bilhão foi de carne bovina,
US$ 811 milhões de carne suína e US$ 303 milhões de carne de frango.
Alemanha: café, com US$ 1,30 bilhão.
Fonte: MDIC.
A FORÇA DO AGRONEGÓCIO
Base no campo
Brasil tinha, em 2013, cerca de 30 milhões de
A população rural representa a base do
pessoas habitando a Zona Rural, a maior parte
agronegócio brasileiro. Segundo o IBGE, o
delas na Região Nordeste.
Distribuição da população - Brasil
(Urbana X Rural - em %)
17,2
2005
16,9
2006
84
83,7
83,4
83,1
82,8
16,6
2007
16,3
2008
Porcentagem da população
no campo, por região (%)
16
2009
14,1
85,4
85,2
84,9
84,6
84,3
48,6
4,9
15,7
2010
15,4
2011
15,1
2012
14,8
2013
18,9
14,6
2014
13,6
População Urbana
Fonte: ONU.
População Rural
Fonte: IBGE (PNAD).
20
21
AGRONEGÓCIO & TECNOLOGIA 2015
Santa Catarina
Santa Catarina é o segundo estado brasileiro
Agronegócio, que considera seis quesitos – in-
mais competitivo quando se trata de agronegó-
fraestrutura, educação, saúde, ambiente macro-
cio. É o que mostra a pesquisa da Confederação
econômico, inovação e mercado de trabalho –,
da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), que
o estado obteve a marca de 0,611 e ficou atrás
criou um ranking estadual para analisar o setor
apenas de São Paulo.
no país. No Índice de Competitividade do
Participação da agropecuária
no PIB de Santa Catarina (%)
Fonte: IBGE.
Ano
PIB de Santa Catarina
(bilhões de US$)
Participação da agropecuária
no PIB de Santa Catarina (%)
2008
123,3
8,0
2009
129,8
8,2
2010
152,5
6,7
2011
169,1
6,0
2012
177,3
4,3
A FORÇA DO AGRONEGÓCIO
O estado também foi destaque em infraestrutura,
o segundo de arroz, alho e fumo. Na produção
quando foram analisados a movimentação portu-
animal, ocupa o primeiro lugar na produção
ária, qualidade de rodovias e densidade ferroviá-
de carne suína e de pescado, e o terceiro em
ria. Nesse quesito, santa Catarina aparece em ter-
abate de frangos.
ceiro lugar, depois de São Paulo e Rio de Janeiro.
Já no quesito inovação, o estado aparece em
De janeiro a dezembro de 2014 as exportações
quinto lugar, alcançando nota máxima no quesito
catarinenses alcançaram o valor acumulado
número de registro de patentes registrados.
de US$ 8,9 bilhões. Os valores exportados por
Santa Catarina corresponderam a 4% das ex-
Na produção agrícola, Santa Catarina é o
portações brasileiras. O estado ocupa a déci-
maior produtor nacional de maçã e cebola, e
ma colocação no ranking nacional.
Os principais
mercados de destino
dos produtos catarinenses
em 2014 foram Estados
Unidos, China, Japão,
Rússia, Argentina e Países
Baixos (Holanda).
22
23
AGRONEGÓCIO & TECNOLOGIA 2015
Mapa do agronegócio catarinense
1 - Araranguá
6 - Chapecó
34,20% - Arroz
7,60% - Fumo
7,30% - C. de frango
6,60% - Banana
5,80% - Mandioca
25,60% - Leite
20% - Trigo
17,10% - C. de frango
15,30% - C. bovina
13,30% - C. suína
13,10% - Mandioca
11,80% - Soja
10,60% Milho
7,90% - Feijão
6,10% - Fumo
2 - Blumenau
19,70% - Banana
8,80% - Mandioca
6,30% - Arroz
13
4
15
6
18
5
12
14
8
10
2
11
16
9
3
7
17
3 - Campos de
Lages
7 - Criciúma
69,60% - Maça
21,60% - Tomate
13,60% Feijão
13,60% - C. bovina
8,20% - Cebola
7,40% - Milho
4,20% - Leite
8 - Curitibanos
12 - Joaçaba
14 - Rio do Sul
16 - Tabuleiro
68,10% - Alho
24,10% - Feijão
16,50% - Soja
14,10% - Trigo
9,40% - Milho
6,70% - Maçã
5,70% - Cebola
5,20% - C. bovina
52,50% - Tomate
28,80% - Alho
21,60% - Maçã
21,50% - C. de frango
20,50% - C. suína
16,80% - Milho
11,10% - Feijão
8,80% - Cebola
8,70% - C. bovina
7,90% - Trigo
7,80% - Soja
5,50% - Leite
18,70% - Fumo
9,60% - Mandioca
8,20% - Cebola
8,20% - Arroz
5,20% - C. bovina
5,10% - C. suína
4,30% - Leite
19,10% - Cebola
9,30% - C. suína
7,20% - Tomate
6,70% - C. bovina
4 - Canoinhas
29,10% - Fumo
27,40% - Soja
19,40% - Milho
17,10% - Trigo
12,10% - Feijão
5,40% - C. de frango
5,20% - C. bovina
5,20% - C. suína
5 - Concórdia
22,30 - C. suína
14,70% - C. de frango
12,90% - Leite
6,40% - Milho
6,30% - C. bovina
Fonte: Epagri.
1
12,8% - Arroz
5,10% - Fumo
4,10% - C. de frango
9 - Florianópolis
5,10% - Tomate
3,60% - C. de frango
10 - Itajaí
12,50% - Banana
6,5% - Arroz
11 - Ituporanga
40,20% - Cebola
11,70% - Fumo
13 - Joinville
55,60% - Banana
13,90% - Arroz
8,40% - Mandioca
15 - São Miguel
do Oeste
20,60% - Leite
11,80% - C. bovina
9,30% - C. suína
8,30% - Trigo
7,30% - Milho
6,80% - Mandioca
6,50% - C. de frango
5,10% - Fumo
4,40% - Soja
17 - Tubarão
26,70% - Mandioca
14,10% - Arroz
8,30% - Fumo
5,40% - Leite
18 - Xanxerê
25,80% - Trigo
23,70% - Soja
12,10% - Feijão
9,30% - Leite
8,10% - Milho
7,80% - C. suína
6,20% - C. de frango
6% - C. bovina
A FORÇA DO AGRONEGÓCIO
Em Santa Catarina, 16% do total de
habitantes do estado estão no campo.
Superam essa média o Oeste catarinense,
com população rural de 28%, o Sul, com
19% e o Planalto Serrano com 18%.
O estado tem o terceiro maior Índice
de Desenvolvimento Humano (IDH)
do Brasil: 0,77, atrás apenas de São
Paulo (0,78) e Distrito Federal (0,82).
Infelizmente, os municípios com maior
concentração de pessoas na área rural
ainda apresentam IDH inferior ao que
registram maioria da população urbana
– 0,68 contra 0,78, respectivamente.
24
UMA ALIADA DO
DESENVOLVIMENTO
Produzir mais e melhor. Essa tem
sido a meta do agronegócio brasileiro
nas últimas décadas, alcançada
com êxito por diversos segmentos,
nas diferentes regiões do país. O
crescimento da produtividade pode
ser atribuído à uma combinação de
fatores, que vão da qualificação da
mão de obra até condições climáticas
favoráveis, passando por políticas
públicas assertivas. Entre todos
os aliados da produtividade, um é
inquestionável: o uso de tecnologia.
27
AGRONEGÓCIO & TECNOLOGIA 2015
No Brasil e no mundo, a melhoria na eficiên-
tes e adaptadas e investimentos em pesquisa
cia de máquinas, equipamentos e softwares,
possibilitaram aumentos extraordinários da
a utilização crescente de novos processos de
produtividade da terra por meio de novas prá-
execução e monitoramento das operações, o
ticas agropecuárias.
desenvolvimento de linhagens mais resisten-
Evolução da produtividade total
dos fatores da agricultura brasileira*
100
1975
124
141
150
1980
1985
1990
180
1995
227
2000
333
347
353
2010
2011
2012
260
2005
* A produtividade total dos fatores corresponde à relação entre o índice agregado de produto e o índice agregado de insumos.
Fonte: “Produtividade da agricultura: resultados para o Brasil e estados selecionados”, por José Garcia Gasques, Eliana Teles Bastos,
Constanza Valdes, Mirian Rumenos Piedade Bacchi. Revista de Política Agrícola (Edição julho/agosto/setembro 2014).
A ampla definição de tecnologia – e a conse-
centenas de segmentos envolvidos, um tem
quente segmentação do setor – dificulta a ob-
se destacado por garantir a melhoria de pro-
tenção de dados precisos sobre o real aparato
cessos de gestão do agronegócio: a Tecnolo-
que hoje apoia o agronegócio. Mas, entre as
gia da Informação e Comunicação (TIC).
U M A A L I A D A D O D E S E N V O LV I M E N T O
Mercado total de TIC no Brasil
(doméstico + exportação) – em US$ bilhões
Segmento
2010
2011
2012
2013
Software
5,5
6,3
9,7
10,9
Serviços
13,5
15,1
17,5
15
Hardware
20,0
23,2
35,5
36,8
Telecom
80,6
95,0
109
101,0
TI In-House
39,5
46,1
54
53,4
Outros serviços
6,5
6,1
6,4
8,5
Fonte: Relatórios “Mercado Brasileiro de Software – Panorama e Tendências”, edições 2011 a 2014
Número de empresas de indústria
de software e serviços no Brasil
52.934
57.480
54.786
56.783
2005
2006
2007
2008
* Projeção
Fonte: Softex.
65.771
2009
76.387
81.199
2010
2011*
88.315
91.753
2012*
2013*
97.533
2014*
28
29
AGRONEGÓCIO & TECNOLOGIA 2015
Número de empresas e de empregos em TIC
em Santa Catarina e distribuição por segmento
113
228
1.276
3.780
3.547
24.606
Total de
empresas
Total de
empregos
1,6 mil
32 mil
Segmentos
Indústria
Telecom
Software e serviços de TI
Fonte: Fiesc.
O setor de TIC representa
0,42% das empresas catarinenses
e 1,55% dos empregos gerados
no Estado. Em todo o Brasil,
estima-se que cerca de 570 mil
pessoas atuem no setor – com
vínculo empregatício formal.
U M A A L I A D A D O D E S E N V O LV I M E N T O
O campo conectado
As TIC também são responsáveis pela revo-
e smartphones. Ao garantir o acesso à infor-
lução tecnológica vivenciada no campo em
mação qualificada e o rápido contato com
meio ao século XXI: a conectividade. Gradu-
o mundo, esse movimento leva à inclusão
almente, o espaço ocupado por décadas com
digital e confere maior competitividade ao
exclusividade por rádio e televisão, especial-
agronegócio, que passa de local a global em
mente para a aquisição de conhecimento,
um clique.
vem sendo tomado por computadores, tablets
Percentual de domicílios que possuem
equipamentos de TIC no Brasil
Área Urbana
Área Rural
98%
Televisão
95%
92%
Celular
78%
79%
Rádio
77%
39%
Telefone fixo
10%
27%
Antena parabólica
62%
34%
Computador de mesa
12%
30%
Computador portátil
12%
30%
TV por assinatura
7%
21%
Video Game
6%
7%
Tablet
2%
Fonte: TIC Domicílios e Usuários 2013 (pesquisa feita entre setembro/2013 e fevereiro/2014).
30
31
AGRONEGÓCIO & TECNOLOGIA 2015
Percentual de domicílios com acesso à internet
48%
Sim
15%
Sim
52%
Não
85%
Não
Área Urbana
Área Rural
10%
66%
21%
6%
7%
60%
27%
6%
Acesso
discado
Banda
larga fixa
Banda larga
móvel (3G)
Não
sabe
Acesso
discado
Banda
larga fixa
Banda larga
móvel (3G)
Não
sabe
Fonte: TIC Domicílios e Usuários 2013 (pesquisa feita entre setembro/2013 e fevereiro/2014)
Suporte para crescer
Não há estudos conclusivos em relação à
têm sido essenciais para tornar o agronegócio
contribuição efetiva da tecnologia para a pro-
mais competitivo, colaborando para a efici-
dutividade. No entanto, pode-se afirmar com
ência de processos, a redução de custos e a
segurança que as inovações tecnológicas
ampliação de ganhos.
U M A A L I A D A D O D E S E N V O LV I M E N T O
Tecnologias aplicadas ao agronegócio
Estação
metereológica
Veículos auto-guiados
e colheita robótica
Rádio e
Satélites
Sistema de informação
(hardware-software)
Controle de
irrigação
Telefonia fixa
e móvel
Controle de estufas
e ambientes
Controle, monitoramento e
robótica
Administração
e gestão
Telecomunicações
e internet
Fonte: “Estudo do mercado brasileiro de software para o agronegócio” (2011), da Embrapa.
Tipos de software ofertados para o agronegócio
41% Administração/gerenciamento
21% Manejo animal
13% Cultivo vegetal
25% Controle de processo e/ou de atividades rurais
Fonte: “Estudo do mercado brasileiro de software para o agronegócio” (2011), da Embrapa.
32
DESAFIOS
COMPARTILHADOS
Garantir o crescimento sustentável dos
negócios, permitindo gerar e distribuir
riquezas de forma justa e equilibrada.
Esse é o desafio compartilhado pelos
setores de agronegócio e tecnologia.
A superação depende, especialmente,
de três fatores: educação, recursos e
políticas públicas voltadas à promoção
do desenvolvimento.
35
AGRONEGÓCIO & TECNOLOGIA 2015
Educação
Número de programas, estudantes matriculados e concluintes em
cursos de interesse das áreas de tecnologia e agronegócio no Brasil
Número de
programas e cursos
Área
Número de
matriculados
Número de
concluintes
2005
2013
2005
2013
2005
2013
Ciências da computação
745
1.168
108.973
160.640
15.604
20.469
Processamento da
informação
693
703
100.584
103.810
14.050
13.413
Engenharia eletrônica e
automação
228
535
36.085
83.467
3.609
7.601
Agricultura e veterinária
455
894
97.280
178.413
11.874
19.111
Os números de 2005 incluem apenas cursos presenciais, enquanto os de 2013 consideram cursos presenciais e à distância.
Fonte: Sinopses Estatísticas da Educação Superior (Graduação) do Inep.
Projeções indicam que em 2022
haverá um déficit de cerca de
410 mil profissionais para as áreas
de desenvolvimento de software e
prestação de serviços em TI.
D E S A F I O S C O M PA R T I L H A D O S
Recursos para o agronegócio
Saldo da carteira de crédito rural no Brasil (em R$ milhões)
218.045
65.958
77.681
89.923
2005
2006
2007
123.915
103.121 112.280
140.980
2009
2011
2008
2010
257.748
167.529
2012
2013
2014
Fonte: Ipeadata
Quantidade e valor dos contratos de crédito rural por região
Região
2013
2014
Quantidade
Valor (R$ bilhões)
Quantidade
Valor (R$ bilhões)
Sul
1.015.351
52,1
911.906
60,9
Santa Catarina
215.337
9,1
187.337
10,8
Sudeste
521.597
39,5
505.052
45,1
Centro-Oeste
179.722
30,4
186.181
36,6
Nordeste
1.025.924
12,5
878.050
14,1
Norte
132.574
5,9
133.187
8,3
Brasil
2.875.168
140,5
2.614.376
165,1
Fonte: Banco Central.
36
37
AGRONEGÓCIO & TECNOLOGIA 2015
Financimento à inovação
Valor dos desembolsos do BNDES para inovação (em R$ bilhões)
6,0
5,2
2,7
3,3
1,4
0,6
2009
2010
2011
2012
2013
2014
Fonte: BNDES (Relatório Anual de 2013 + Balanço de 2014)
Valor das operações de crédito
reembolsáveis contratadas
junto à Finep (em R$ bilhões)
Valor das operações de
subvenção contratadas junto à
Finep (em R$ milhões)
6,3
432
1,7
2009
1,5
2010
2,0
523
2,6
183
64
2011
2012
2013
Fonte: Finep (Relatório de Gestão do Exercício de 2013).
2009
2010
2011
2012
120
2013
Fonte: Mobilização Empresarial pela Inovação (Apresentação
“Financiamento à Inovação”).
D E S A F I O S C O M PA R T I L H A D O S
Políticas Públicas
Principais programas federais voltados ao desenvolvimento
rural sustentável
Plano Agrícola e Pecuário (PAP)
O PAP 2014/2015, anunciado em junho de 2014,
são apoio estratégico aos médios produtores,
soma R$ 156 bilhões, sendo R$ 112 bilhões para
à inovação tecnológica, ao fortalecimento do
custeio e comercialização e R$ 44 bilhões para
setor de florestas comerciais e à pecuária de
investimento. Os principais eixos do programa
corte.
O Programa Inovagro, inserido no
PAP, prevê melhores condições de
financiamento para incentivar a
inovação tecnológica na avicultura,
suinocultura, agricultura de precisão,
hortigranjeiros e pecuária de leite.
Estão programados R$ 1,7 bilhão em
recursos.
38
39
AGRONEGÓCIO & TECNOLOGIA 2015
Plano Safra da Agricultura Familiar
Programa de Aquisição de Alimentos (PAA)
A edição 2014/2015 do plano prevê
Criado em 2003, visa combater a fome e
R$ 24 bilhões para custeio e investimento na
a pobreza no Brasil. Usa mecanismos de
agricultura familiar, volume recorde desde a
comercialização para aquisição direta de
sua criação, há 12 anos.
produtos de agricultores familiares. Até 2013,
R$ 5,3 bilhões tinham sido destinados à com-
Agência Nacional de Assistência Técnica e
pra de 4 milhões de toneladas de produtos
Extensão Rural (Anater)
da agricultura familiar. Na safra 2014/15, o
No lançamento do Plano Safra 2014/2015, foi
governo fixou o valor de R$ 1,2 bilhão para
instituída a Agência Nacional de Assistência
o programa.
Técnica e Extensão Rural (Anater), um serviço
social e sem fins lucrativos que tem como objetivo garantir o acesso dos produtores rurais
a tecnologias e pesquisas desenvolvidas para
o setor agropecuário brasileiro – em especial,
os agricultores familiares e médios produtores.
Fonte: Síntese Anual da Agricultura de Santa Catarina 2013/2014.
D E S A F I O S C O M PA R T I L H A D O S
Políticas públicas e programas federais voltados ao
desenvolvimento tecnológico e do setor de TI
Programa Nacional de Banda Larga (PNBL)
nista global no setor. Entre as metas, a serem
Criado em 2010, o PNBL pretende massificar
alcançadas até 2022, estão elevar o PIB da TI
o acesso à internet em banda larga no país,
para US$ 200 bilhões, alcançar uma partici-
principalmente nas regiões carentes da tec-
pação de 6% no PIB nacional e ser o quinto
nologia. A primeira meta é conectar 35 mi-
maior mercado do segmento no mundo.
lhões de domicílios com acessos de Internet
em banda larga. Segundo a última Pesquisa
Brasil Mais TI
Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD),
O programa oferece 30 cursos gratuitos à
de 2013, 31,2 milhões dos domicílios brasileiros
distância com mais de 1,5 mil horas de capaci-
possuíam acesso à Internet por meio de com-
tação. Criado pelo Ministério da Ciência, Tec-
putadores ou outros equipamentos.
nologia e Inovação (MCTI), o Brasil Mais TI tem
por objetivo capacitar jovens com potencial a
Programa Estratégico de Software e Serviços
serem futuros profissionais do segmento de TI.
em TI (TI Maior)
Os cursos são gratuitos e voltados para pesso-
O programa integra a Estratégia Nacional
as de 16 a 23 anos e escolas de segundo grau.
de Ciência, Tecnologia e Inovação (ENCTI
– 2012/2015) e se articula com outras políticas públicas já existentes, como a Estratégia
Nacional de Defesa (END), o Plano de Aceleração do Crescimento 2 (PAC2), entre outras.
O objetivo é posicionar o Brasil como protago-
40
INOVAÇÃO
PARA CRESCER
O caminho para tornar o agronegócio
cada vez mais competitivo e sustentável
passa por soluções que permitam não
apenas ampliar a produtividade, mas
também agregar valor ao resultado do
trabalho de milhões de pessoas que
se dedicam ao setor. Nas páginas a
seguir, você conhecerá quatro empresas
de tecnologia que têm no apoio ao
agronegócio sua principal motivação
rumo ao desenvolvimento.
43
AGRONEGÓCIO & TECNOLOGIA 2015
Agriness
Desde que foi fundada, em 2001, a Agriness se
dedica a desenvolver soluções tecnológicas
e de gestão para ampliar a produtividade e a
competitividade da suinocultura. A empresa
catarinense lidera o mercado nacional de
sistemas de informação e modelo de gestão
Consolidada no setor tecnológico, a Agriness
dedicados ao setor, contabilizando cerca de
vem ampliando seu potencial de contribuição
1,8 mil clientes, entre suinocultores, integra-
à suinocultura por meio do Pensamento+1,
doras, cooperativas, agroindústrias,
metodologia de gestão que busca impul-
associações e empresas de nutrição, genéti-
sionar as granjas a atingirem seu máximo
ca e sanidade. Além do Brasil, seus produtos
potencial produtivo. Trabalhar com base em
e serviços estão presentes em quase uma
informações, conhecer a produção em deta-
dezena de países da América Latina e da Eu-
lhes, engajar e motivar as pessoas, eliminar a
ropa. Ao todo, cerca de 1,3 milhão de matrizes
variabilidade em todos os processos e comba-
suínas são gerenciadas atualmente por meio
ter o desperdício são alguns dos princípios da
dos sistemas oferecidos pela Agriness.
metodologia, apresentada nos cursos e programas de formação oferecidos pela empresa
e também no livro Suíno.Cultura – Como o
Pensamento+1 pode transformar o seu negócio, lançado pela Agriness em 2014.
www.agriness.com
I N O VA Ç Ã O PA R A C R E S C E R
“Nosso objetivo é promover uma
cultura de excelência em gestão da
produção de suínos, por meio do
conhecimento e da disseminação
de boas práticas”.
Everton Gubert
Diretor da Agriness
44
45
AGRONEGÓCIO & TECNOLOGIA 2015
Boreste
A Boreste desenvolve, fabrica e comercia-
Entre as soluções que a Boreste oferece para
liza equipamentos e sistemas embarcados,
o segmento do agronegócio estão os produtos
além de prestar serviços de implantação em
da marca Igbi, voltados à irrigação automa-
grandes clientes e oferecer suporte técnico.
tizada e eficiente, podendo ser utilizados em
O foco da empresa são sistemas inovadores
praticamente qualquer cultura produzida no
para os mercados agrícolas, de manufatura
país. O desenvolvimento de um controlador
e de distribuição de energia. Foi fundada em
de irrigação inteligente – baseado em previ-
2004, a partir de quando se tornou uma das
são meteorológica e batizado PointForecast
incubadas do MIDI Tecnológico, incubadora
– recebeu apoio da Financiadora de Estudos
mantida pelo Sebrae de Santa Catarina e ge-
e Projetos (Finep) entre 2010 e 2014. Basica-
rida pela Associação Catarinense de Empresas
mente, o produto ajuda a poupar água no
de Tecnologia (Acate). A Boreste é certificada
processo de irrigação e a aumentar a produ-
pela Organização Nacional das Indústrias do
tividade das lavouras, com consumo reduzido
Petróleo (Onip) desde 2005, o que lhe permi-
de energia elétrica, aditivos e defensivos agrí-
te atuar em parceria com empresas do setor
colas. Desde 2014, o desenvolvimento dessa
de petróleo e gás.
tecnologia também conta com financiamento
do programa BRDE Inova, linha de crédito do
Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) para inovação em ambientes
produtivos.
www.boreste.com
I N O VA Ç Ã O PA R A C R E S C E R
“O agronegócio poderá sempre
contar com a tecnologia para superar
gargalos e limitações que o impeçam
de crescer. Estamos focados em
contribuir nessa direção”.
Adrián Fritz
Diretor da Boreste
46
47
AGRONEGÓCIO & TECNOLOGIA 2015
Khor
A Khor Tecnologia da Informação nasceu
Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina
em 2003, fundada por três programadores
(Cidasc). Aquela primeira experiência com
de sistemas – o catarinense Clóvis Rossi, o
o setor agropecuário resultaria, anos depois,
gaúcho Samuel Walter Gauer e o mineiro
em uma empresa de tecnologia 100% focada
Fernando Marino Nascimento – para atender
no agronegócio, com clientes no sul do Brasil
a um único cliente. A missão inicial daqueles
relevantes para o segmento – como Seara,
jovens colegas de trabalho, todos na casa dos
Aurora Alimentos e Pamplona Alimentos,
20 anos, era desenvolver o sistema corpora-
além da própria Cidasc – e um faturamento
tivo utilizado pela Companhia Integrada de
que já ultrapassa os R$ 2 milhões.
“A Khor Tecnologia da Informação
se tornou uma empresa voltada para
o mercado, com o desenvolvimento
de soluções que beneficiam o
agronegócio de forma efetiva”.
Clóvis Rossi
Sócio da Khor Tecnologia da Informação
I N O VA Ç Ã O PA R A C R E S C E R
Um dos produtos mais populares desenvol-
Animal Eletrônica, documento obrigatório
vidos pela empresa é o sistema RSui, que
tanto para realizar o transporte interestadual
permite rastrear informações da produção da
de animais quanto para estabelecimentos sob
carne suína desde o nascimento dos animais
inspeção federal. Fora isso, a Khor também
até a expedição do contêiner para o mercado
oferece o Controlle, software que permite
de destino. A tecnologia facilita a realização
identificar, documentar, organizar e rastrear
de auditorias e inspeções, além do trâmite de
requisitos e artefatos produzidos durante o
documentos oficiais previstos nos protocolos
desenvolvimento de um projeto de tecnolo-
de exportação. Já o Salus contempla o con-
gia da informação, o que demanda menos
trole de saldos e movimentações de animais,
esforço e resulta em maior eficiência para as
possibilitando a emissão da Guia de Trânsito
equipes de gerência e desenvolvimento.
www.khor.com.br
48
49
AGRONEGÓCIO & TECNOLOGIA 2015
PariPassu
Nos idos de 2005, as tecnologias de rastre-
empresa se resume a uma frase: organizar
abilidade de alimentos já não eram coisa
as informações da cadeia global de alimentos
desconhecida no exterior – na Europa, por
para torná-las acessíveis e úteis. Já os efeitos
exemplo, há anos a lei obriga que constem
dessa missão são enormes. O rastreamento
informações de origem dos produtos até
dá confiança aos consumidores quanto a ori-
nas gôndolas dos supermercados. Mas no
gem, qualidade e segurança do que comem.
Brasil, documentar esse passo a passo era
Por isso, os maiores varejistas do país – como
novidade, em especial para produtos como
Pão de Açúcar, Carrefour e Cencosud – são
frutas, legumes e verduras. Cinco jovens, em
clientes da Paripassu, assim como alguns dos
Florianópolis, enxergaram nisso uma oportu-
grandes produtores de alimentos, a exemplo
nidade e fundaram a PariPassu. A missão da
do frigorífico JBS.
www.paripassu.com.br
INOVAÇÃO PARA CRESCER
O serviço pioneiro da PariPassu é, ainda hoje,
Controle de Qualidade, que permite checar,
seu cartão de visitas. O Sistema Rastreador
de forma automatizada, o padrão de quali-
PariPassu é um software que permite registrar
dade de produtos. Já o Caderno de Campo
dados sobre a origem e o destino dos alimen-
prevê o registro diário dos apontamentos
tos perecíveis em um código de rastreabilida-
da lavoura, de modo que o produtor possa
de único e exclusivo para cada lote comercia-
acompanhar indicadores do status da safra
lizado. O código acompanha o alimento pela
e emitir relatórios. As soluções geradas
cadeia produtiva, podendo ser consultado a
pela empresa permitem a qualquer pessoa
qualquer momento. Além das frutas, legumes
que tenha um leitor de QR Code em seu
e verduras, já é usado em mais uma dezena
smartphone conhecer a origem dos alimentos
de setores alimentícios. Outros serviços do
rastreados - o que leva a um consumo mais
portfólio da empresa incluem o aplicativo
consciente e seguro.
“Buscamos por soluções que
garantam a qualidade dos produtos
que saem do campo e chegam ao
consumidor final. Queremos inspirar
as pessoas para uma alimentação
cada vez mais consciente”.
Andre Donadel
Diretor da PariPassu
50
Fontes consultadas
• Associação Brasileira de Software (Abes)
• Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro (Softex)
• Banco Central do Brasil - Anuário Estatístico do Crédito Rural, 2013
• Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalqusp)
• Embrapa - Estudo do mercado brasileiro de software para o agronegócio, 2011
• Epagri - Síntese Anual da Agricultura de Santa Catarina 2013/2014
• Finep - Relatório de Gestão do Exercício de 2013
• Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
• Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc)
• KPMG - The agricultural and food value chain: Entering a new era of cooperation
• Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA)
• Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC/Secex)
• Ministério da Educação (MEC)
• Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA)
• Ministério do Trabalho e Emprego
• Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO/ONU)
• Organização Mundial do Comércio
Expediente
Agronegócio e Tecnologia – Anuário 2014
Supervisão: Vertical Agronegócios da Acate – Adrián Fritz (Boreste); André Donadel (Paripassu);
Camila Ferreira (Acate); Clovis Rossi (Khor) e Everton Gubert (Agriness)
Produção editorial: Relata Comunicação + Sustentabilidade
Projeto gráfico e diagramação: Cohoo
Imagens: Shutterstock
Patrocínio:
Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia
Centro de Inovação ACATE Primavera - Rodovia SC 401, Km 4 | Bairro Saco Grande
Florianópolis - SC | CEP 88032-000 | Telefone: (48) 2107-2700
agronegocios.acate.com.br
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Anuário Agronegócio & Tecnologia