PA R Q U E S T E C N O L Ó G I C O S
Agropolis International, uma estrutura
de coordenação para o desenvolvimento
CAMPUS
F
RANCE
campusfrance.org
Criada em 1986 por iniciativa dos Ministérios da Pesquisa,
da Cooperação e da Agricultura, a Associação Agropolis
10 de agosto de 2007
International agrupa os estabelecimentos agronômicos de
imprimir este artigo
pesquisa, de ensino superior e as universidades que trabalham
enviar por e-mail
contato FF
nas áreas da agricultura, alimentação e meio ambiente
A Agropolis International conta com financia-
• o projeto Duras, cujo objetivo é incrementar a
mento do Estado, da Região Languedoc-Roussillon, do
participação dos parceiros do Sul na pesquisa interna-
departamento de Hérault e da Comunidade de Agglo-
cional e promover o potencial científico do Sul sobre o
mération. Tem como objetivo inicial auxiliar na
desenvolvimento sustentável;
coordenação das atividades de seus membros. Com
• EchelEau, sobre as ferramentas de gestão
sete campi notavelmente equipados, 2.200 pesqui-
integrada dos recursos hídricos, com aplicações nas
sadores e docentes e mais de 7 mil estudantes e
bacias do Limpopo, do Mekong e do Níger.
estagiários, essa comunidade científica e de formação
Tanto Duras como EchelEau são projetos do Fundo
constitui, nas áreas da agronomia, do desenvol-
de Solidariedade Prioritária – FSP, do Ministério das
vimento sustentável e do meio ambiente, uma das
Relações Exteriores. Além disso, a Associação atua
maiores concentrações mundiais de especialistas em
como operador técnico e interface para a cooperação
desenvolvimento econômico das regiões mediterrâ-
descentralizada do Conselho Geral de Hérault, princi-
neas e tropicais. Essa reunião de recursos e de qualifi-
palmente com o Chile e Marrocos.
cações atraiu equipes internacionais e estrangeiras
CSFD: Comité Scientifique
Français de la Désertification
MEDA-ISIIM: Innovations
Sociales et Institutionnelles
dans la gestion de l’Irrigation
en Méditérranée
FSP: Fonds de Solidarité
Prioritaire
EPSCP: Etablissement Public à
que reforçam a capacidade de pesquisa e portanto de
O PÓLO CIENTÍFICO DE MONTPELLIER
obtenção de resultados utilizáveis pelas empresas.
E A CRIAÇÃO DE MONTPELLIER SUPAGRO
É um portal de acesso para a comunidade cien-
Após ampla consulta coletiva em 2005, teve início
tífica e uma ferramenta de visibilidade, bem como um
um trabalho de estruturação do dispositivo regional de
espaço especial para os projetos coletivos dos
pesquisa e ensino superior em “Agricultura, alimen-
estabelecimentos participantes.
tação, meio ambiente, biodiversidade”. Com estatuto
Atualmente a Associação acolhe várias estruturas,
de Estabelecimento Público de caráter Científico,
tais como: o LABoratório EXterior – LABEX, da Em-
Cultural e Profissional – EPSCP, foi criado um estabe-
brapa - Instituto Brasileiro de Pesquisa Agrícola; a
lecimento único, Montpellier SupAgro, ligado por
extensão francesa do programa europeu PROTA, cujo
convenções às universidades de Montpellier e agru-
objetivo é sintetizar a informação sobre plantas úteis
pando todos os estabelecimentos de ensino superior
da África tropical; o Comitê Científico Francês da
em agronomia presentes na região.
Desertificação – CSFD. Também é responsável pela
gestão dos seguintes projetos coletivos:
Paralelamente, a estruturação prosseguiu, englobando a pesquisa. Em março de 2006 uma carta cons-
caractère Scientifique, culturel
• o projeto europeu MEDA-ISIIM – Inovações Sociais
titutiva do pólo científico de Montpellier “Agricultura,
et professionnel
e Institucionais na gestão da Irrigação no Mediterrâneo;
alimentação, meio ambiente, biodiversidade” foi assi-
Política dos “parques de atividades” é ampliada em escala regional
Para atender às demandas das empresas, independentemente
de idade, porte ou área de atuação, 18 parques de
atividades comunitárias estão espalhados pela Montpellier
Agglomération1. Eles representam mais de 600 hectares
com 1.500 empresas e 30 mil empregos. São:
• parques tecnológicos e terciários, como Agropolis,
Euromédecine etc;
• parques com vocação industrial, artesanal ou logística,
como Clément Ader, Marcel Dassault e outros;
• um parque em Zona Franca Urbana, o Parc 2000;
• um grande parque em projeto, Via Domitia, para
atividades industriais e de logística urbana.
Duas incubadoras de empresas são gerenciadas pelo Centro
Europeu de Empresas e de Inovação – CEEI de Montpellier
Agglomération, atendendo às vocações de pesquisa da
região: Cap Alpha (empresas tecnológicas e saúde), Cap
Omega (tecnologias da informação e da comunicação). O
CEEI de Montpellier Agglomération foi declarado
Incubador do Ano 2007 pela National Business Incubation
Association – NBIA, em abril de 2007.
Essa infra-estrutura de apoio compreende ainda três hotéis
empresariais, dois grupos de instalações temporárias
comunitárias e duas Vilas de Empresas Artesanais e de
Serviços – VEAS.
Até o final de 2007 a sinalização e o mobiliário urbano
desses parques exibirão um design específico, integrado no
espaço público.
Artisanales et de Services
O modelo de incubadoras de empresas adotado em
Montpellier está sendo duplicado em escala regional (ver
ilustração). Os parques regionais de atividades econômicas
certamente contribuíram para que as estatísticas de 2006
destacassem a região Languedoc-Roussillon como a região
francesa que mais gerou empregos.
Mais informações
• Site Montpellier Agglomération
• Revista Vivre en Languedoc Roussillon n. 31
Nessa área, a situação francesa em termos de
potencial científico e de multiplicidade das estruturas
A Agropolis International viu-se naturalmente no
não tem equivalente no mundo. O papel da Agropolis
centro desses procedimentos estruturantes e foi
International é contribuir para a coerência e a
escolhida como estrutura responsável pelo pólo. A fim
promoção dessa comunidade científica, sempre
de acompanhar com mais eficiência essa dinâmica, em
pautando-se pelos “objetivos do milênio para o
maio de 2006 submeteu seus estatutos a avaliação e
desenvolvimento” definidos pelas Nações Unidas e
assumiu o nome de Agropolis International.
ratificados pela França.
tação e meio ambiente, com um efetivo científico de
municipais.
VEAS: Villages d’Entreprises
internacionais de pesquisa agronômica reunidos.
A Associação constitui incontestavelmente a pri-
prefeitos e conselheiros
d’Entreprises et d’Innovation
2.200 pessoas – ou seja, o equivalente dos 15 centros
meira concentração mundial em agricultura, alimen-
eleito, composto de 90
CEEI: Centre Européen
Agropolis International, para construção de um pólo
“agriambiental”.
administrada por um Conselho
Siglas
nada por todos os estabelecimentos membros da
científico regional centrado na ampla temática
1 A Communauté d’Agglomération de Montpellier é
Texto extraído de entrevista com Henri
Carsalade, presidente da Agropolis International,
para a revista agro Mag, abril-maio-junho de 2007
anterior
próximo
Download

Agropolis Internacional, uma estrutura de