ORGANIZAÇÃO SETE DE SETEMBRO DE CULTURA E ENSINO - LTDA
FACULDADE SETE DE SETEMBRO - FASETE
CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO
DAYANA BEZERRA DOS SANTOS
A IMPORTANCIA DO ASSOCIATIVISMO PARA O
DESENVOLVIMENTO LOCAL: Um Estudo de Caso na Associação
dos Artesãos em Couro de Tilápia na cidade de Piranhas-AL
Paulo Afonso - BA
JUN/ 2012
1
DAYANA BEZERRA DOS SANTOS
A IMPORTANCIA DO ASSOCIATIVISMO PARA O
DESENVOLVIMENTO LOCAL: Um Estudo de Caso na Associação
dos Artesãos em Couro de Tilápia na cidade de Piranhas-AL
Monografia apresentada ao Curso de Bacharelado em
Administração da Faculdade Sete de Setembro –
FASETE, como requisito para obtenção do grau de
Bacharel em Administração, sob a orientação da
professora MSc. Renata Pedrosa.
Paulo Afonso - BA
JUN/ 2012
2
Dedico aos meus pais, Maria Aparecida e Jose Moreira, que são
as pessoas mais importantes da minha vida, agradeço pela
paciência, dedicação, força, compreensão e amor que sempre
demonstraram ter comigo, e por toda força e apoio prestado durante
a realização deste trabalho. Amo muito vocês.
3
AGRADECIMENTOS
Esta monografia correspondeu a um período de muitas mudanças, e que varias
pessoas estiveram envolvidas, e que fazem diferença na minha vida.
Primeiramente, agradecer infinitamente a Deus, por ter me dado uma família
maravilhosa; pela realização deste projeto e por sempre estar comigo, ao meu lado,
me dando força e coragem pra lutar pelos meus objetivos.
A família Maravilhosa que eu tenho que sempre me incentivou e acreditou em mim.
Aos meus pais, Maria Aparecida Bezerra dos Santos e Jose Moreira dos santos,
obrigada pela criação, pelos ensinamentos, pelos exemplos de vida. Minha
admiração por vocês nunca acaba, e tudo o que eu sou , e o que eu tenho, agradeço
a vocês. Amo muito muito vocês!
Agradecer também aos meus irmãos: Daniela e Daniel por sempre estarem ao meu
lado me apoiando, sempre torcendo pelo meu sucesso. E eles sabem o quanto torço
pela felicidade de cada um. Obrigada por fazerem parte da minha vida, meus dois
queridos irmãos, e amigos.
Aos meus amados sobrinhos, Riquelme, kelvin e Ana Laura, que com a inocência
de cada um deles, me ensinaram a ama-los cada dia mais. Posso dizer que sou a
segunda mãe de cada um deles, e vão ser sempre meus eternos bebezinhos que
titia ama.
Queria agradecer também ao meu futuro marido Adriano Sabino, que sempre
demonstrou ter paciência, nos momentos mais difíceis da minha vida. Na maioria
das vezes sempre distante de mim, mais me apoiando em tudo que eu decidia fazer.
Obrigada pela cumplicidade, sinceridade, confiança, e pelo amor depositado em
mim, te amo.
Não poderia de agradecer também a minha segunda mãe, minha vozinha, dona Rita
Bezerra, por todas as histórias contadas quando eu era criança, e que nunca vou
esquecer. Admiro pelo exemplo de vida que a senhora tem uma mulher guerreira,
4
cheia de amor, brincalhona e de bom coração. E mesmo pelo que esta passando
hoje, nunca vejo ela triste. Obrigada por nunca me abandonar, meu amor.
Não posso esquecer-me das pessoas que torcem pela minha felicidade, Meu vovô
Tuta, meu tio Aderlan, minha vó Joaquina, minha cunhada Tica, meu cunhado
Fagner, minhas tias: Ângela, Andrea, Adriana e Sinha; minha sogra Geni e minha
cunhada Adriana. Obrigada por sempre estarem na torcida pela minha vitória.
Aos mestres, meus professores, com quem aprendi bastante em sala de aula e
também fora da sala, através das viagens, que aconteceram. Jacques, Cinthya,
Poliana, Renata, Paulo Araujo, Salomão, Reny e Eloy, a todos os professores, o
meu muito obrigada.
Agradecer a minha Orientadora Renata Pedrosa, mesmo cheia de compromisso,
mais me ajudando sempre que eu precisava, obrigada por: me atente nos dias de
domingo; por ter confiado em mim, que mesmo mudando de tema disse que eu iria
conseguir, Obrigada por tudo.
Queria agradecer, em especial a minha amiga Suzana Machado, que admiro muito
como pessoa, filha e amiga, que me ensinou a nunca desistir dos meus objetivos, e
que durante a realização desse trabalho sempre esteve comigo, ou na biblioteca, ou
no telefone, mais sempre presente o tempo todo, amiga eu te amo, e pode sempre
contar comigo. Não posso esquecer também de Cris (Cristiane), minha mãezinha na
faculdade, que estava sempre me colocando pra cima, com seu exemplo de vida.
Nunca vou esquecer de vocês amo muito muito vocês, e obrigada por sempre terem
me ajudado.
A todos da minha turma de ADM, onde foi formado uma linda família, obrigada por
tudo: Vanessa, Cecilia, Carla, Fran, Manoel, Wagner, Edilma, Cassiane, Denia,
Cris, Suzana, e todos que fazem parte dessa família.
Agradecer a todos que participam da Associação, onde me ajudaram muito.
Em, fim a todos meus sinceros agradecimentos!!!
5
“Mais importante que a vontade de vencer é a coragem de
começar.”
(Josh Billings)
6
SANTOS, Dayana Bezerra dos. A IMPORTANCIA DO ASSOCIATIVISMO PARA O
DESENVOLVIMENTO LOCAL: Um Estudo de Caso na Associação dos Artesãos
em Couro de Tilápia na cidade de Piranhas-AL 90 p. Monografia – Curso de
Bacharelado em Administração. Paulo Afonso – BA: Faculdade Sete de Setembro –
FASETE, 2012.
RESUMO
O presente trabalho teve como objetivo principal analisar a importância do
associativismo para os artesãos da cidade de Piranhas-AL, favorecendo o
desenvolvimento local. Para a elaboração deste estudo foi utilizada inicialmente uma
pesquisa bibliográfica visando descrever sobre o associativismo. O estudo teve uma
abordagem com a pesquisa qualitativa onde o instrumento aplicado foi a entrevista
realizada com a presidente da associação e também com a prefeitura. E com a
pesquisa quantitativa aplicada os questionários aos associados para obter as
informações sobre o funcionamento da Associação dos Artesãos em Couro de
Tilápia. Na busca de respostas e soluções do problema de pesquisa, com a
participação dos artesões da cidade de piranhas foi de grande importância, através
da colaboração e participação neste instrumento de trabalho. Foram identificadas as
principais dificuldades enfrentadas na associação. Conclui-se que o incentivo dado a
essa associação seja uma importante opção de crescimento e oportunidade no
favorecimento para os artesões, já que essa atividade é um exemplo de geração de
renda e trabalho. No entanto, investir no Associativismo pode prover avanços no
Desenvolvimento Local da Cidade.
Palavras-chave: Associativismo, Artesanato e Desenvolvimento Local.
7
Santos, Dayana Bezerra dos. A IMPORTANCIA DO ASSOCIATIVISMO: Um
Estudo de Caso na Associação de Artesões em Couro de Tilápia na cidade de
Piranhas-AL 90p. Monograph – Bachelor in Administration Course. Paulo Afonso –
BA: Faculdade Sete de Setembro – FASETE, 2012.
ABSTRACT
This study aimed to analyze the importance of associations for the artisans of the city
of Piranhas-AL, promoting local development. To prepare this study was initially used
a literature search in order to describe the meaning of the subject association. The
study was a qualitative research approach with the president of the association also
with the city. And with quantitative research associates applied to obtain information
about the functioning of the Association of Craftsmen in Leather Tilapia. In seeking
answers and solutions to the problem of research, with the participation of artisans
from the city of piranhas was of great importance, through collaboration and
participation in this working tool. We identified the main difficulties faced in the
association. We conclude that the encouragement given to this association is an
important option in fostering growth and opportunity for the artisans, as this activity is
an example of generating income and employment. However, investing in
Associations can provide advances in the Local Development of the City.
Word-key: Associations, Crafts and local Development.
8
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Gráfico n°.1 – Sobre o sexo dos associados ........ ..................................................... 57
Gráfico n°.2 – Quanto a idade dos pesquisados ..... .................................................. 58
Gráfico n°.3 – Estado civil dos artesãos .......... .......................................................... 59
Gráfico n°.4 – Grau de escolaridade dos pesquisados ............................................. 60
Gráfico n°.5 – Sobre o tempo que os associados estã o na associação.................... 61
Gráfico n°.6– Visão dos artesãos sobre a contribuiç ão da associação para a
melhoria da sua qualidade de vida ............................................................................ 63
Gráfico n°.7 – Visão dos associados sobre as dificu ldades enfrentadas .................. 64
Gráfico n°.8 – Visão dos associados sobre a atual s ituação da associação............. 65
Gráfico n°.9 – Visão dos associados sobre o relacio namento com a Presidente ...... 66
Gráfico n°.10 – Visão dos artesãos sobre a importân cia da participação na
associação ............................................................................................................... 67
Gráfico n°.11 – Visão dos artesãos sobre a contribu ição da associação para o seu
negocio ...................................................................................................................... 68
9
SUMÁRIO
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS............................................................................ 11
1.1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 11
1.2 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA...................................................................... 13
1.3 OBJETIVOS................................................................................................ 14
1.3.1 Objetivo Geral .................................................................................... 14
1.3.2 Objetivos Específicos......................................................................... 14
1.4 JUSTIFICATIVA .......................................................................................... 15
1.5 Estrutura do Trabalho .................................................................................. 16
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ....................................................................... 18
2.1 AGRONEGOCIO ............................................................................................... 18
2.1.1 Desenvolvimento Local...................................................................... 19
2.1.2 Piscicultura ........................................................................................ 20
2.1.2.1 Tilápia do Nilo ...................................................................... 22
2.2 TERCEIRO SETOR .......................................................................................... 23
2.2.1 OCIP’s .............................................................................................. 24
2.2.2 Fundação........................................................................................... 25
2.2.3 Cooperativa ....................................................................................... 25
2.2.4 Associação ........................................................................................ 27
2.3 ARTESANATO .................................................................................................. 30
2.3.1 Artesanato da Tilápia ......................................................................... 30
2.4 CONCLUSAO DO REFERENCIAL TEORICO .................................................. 31
3. METODOLOGIA .............................................................................................. 32
3.1 METODOLOGIA DE PESQUISA ............................................................ ......... 32
3.2 DEFINIÇAO DE PESQUISA ................................................................... ......... 32
3.2.1Quanto à sua natureza ........................................................................ .... 33
3.2.2 Do ponto de vista da forma de abordagem do problema .................... .... 33
3.2.3 Do ponto de vista de seus objetivos ................................................... .... 34
3.2.4 Do ponto de vista dos procedimentos técnicos ................................... .... 35
3.3 AS TECNICAS DE PESQUISA .................................................................... .... 36
10
3.4 INSTRUMENTOS DA PESQUISA .............................................................. .... 37
3.5 UNIVERSO ................................................................................................. .... 38
3.6 ANALISE E TRATAMENTO DE DADOS .................................................... .... 38
4. ESTUDO DE CASO ......................................................................................... 39
4.1 HISTORIA DA CIDADE DE PIRANHAS ...................................................... .... 41
4.1.1 Dados Importantes .............................................................................. .... 41
4.1.2 O cangaço........................................................................................... .... 41
4.1.3 O Turismo ........................................................................................... .... 42
4.2 CARACTERIZAÇOES DA ORGANIZAÇAO................................................... .... 43
4.3 HISTORIA DA ASSOCIAÇAO ........................................................................ .... 43
4.3.1Missão.................................................................................................. .... 44
4.3.2 Visão ................................................................................................... .... 44
4.3.3 Funcionamento da Associação .......................................................... .... 44
4.4 DESIGNER DAS PEÇAS .............................................................................. .... 44
4.5 ENTREVISTA REALIZADA COM A ASSITENTE DE DESENVOLVIMENTO
SOCIAL ................................................................................................................ .... 45
4.6 ANALISE DE DADOS COLETADOS NA ENTREVISTA COM A PRESIDENTE
DA ASSOCIAÇAO................................................................................................ .... 48
4.7 PESQUISA REALIZADA COM OS ASSOCIADOS ........................................ .... 56
4.8 CONCLUSOES DA PESQUISA ..................................................................... .... 69
5.0 CONSIDERAÇOES FINAIS ........................................................................... .... 70
RECOMENDAÇOES ............................................................................................ .... 72
REFERENCIAS .................................................................................................... .... 73
APENDICE ........................................................................................................... .... 79
ANEXO ................................................................................................................ .... 85
11
1 CONSIDERAÇOES INICIAIS
O tema central deste trabalho é a importância que a Associação dos Artesões em
Couro de Tilápia tem para a cidade de Piranhas - AL. Neste capitulo, serão
apresentadas a definição do problema da pesquisa, seguido dos objetivos,
justificativa de escolha do tema e estrutura do trabalho.
1.1 INTRODUÇÃO
Na era da globalização de um mercado competitivo, surge a necessidade de um
Brasil de empreendedores que acreditem, percebam e valorizem a importância dos
agentes da construção de uma sociedade de resultados. A sociedade já se mostra
bastante decidida para suprir as carências, como o desemprego, baixa renda, falta
de acesso a educação de boa qualidade, surgindo grupos de pessoas que agem
isoladamente na formação de uma nova ética social em beneficio da sociedade em
que estão inseridas (PAES, 2000).
De acordo com o SEBRAE (2009, p. 1):
Para saber se uma empresa é competitiva, é preciso analisa uma
série de indicadores de produtividade e competitividade, como
faturamento bruto, relação entre faturamento e numero de
funcionários e relação entre faturamento e área ocupada. São
indicadores financeiros, não financeiros, setoriais e regionais, entre
outros.
Alem disso, é necessário identificar os que mais se apliquem ao seu
negocio como ferramentas de analise e avaliação. Alta qualidade,
bom serviço, inovação e preço são fatores-chaves para o sucesso
em um ambiente competitivo, sem eles, a empresa esta fadada ao
fracasso, mas eles são apenas o primeiro passo para o caminho do
sucesso.
12
A sociedade tem que criar possibilidades reais de geração de emprego e renda, para
minimizar os conflitos gerados pelo desemprego. Através da competitividade, os
pequenos negócios precisam estar atentos as mudanças.
O agronegócio é uma atividade que gera renda para as famílias carentes e com isso
oferece oportunidades a todos os envolvidos. O agronegócio representa 30% da
economia brasileira. Deste total, cerca de 10% estão relacionados a agricultura
familiar. São milhares de pequenos e micro empreendimentos que geram ocupação
e renda no interior do país. Em Alagoas, o SEBRAE trabalha para desenvolver onze
segmentos do agronegócio: aquicultura orgânica, aquicultura e pesca, apicultura,
biodiesel, cultura do inhame, flores tropicais, fruticultura, ovinocaprinocultura, leite e
derivados, mandiocultura e horticultura (SEBRAE, 2009).
A piscicultura é uma atividade gerada do agronegócio, diante disso é uma
alternativa efetiva de oportunidade de negócio para as micro e pequenas empresas.
Atualmente, ela se destaca por contribuir com a preservação ambiental, uma vez
que a boa qualidade do ambiente é o que a viabiliza. Em seu processo produtivo,
trabalha da reprodução ao mercado, desenvolvendo técnicas modernas no cultivo
em cativeiro, nutrição, engorda beneficiamento e comercialização do pescado
produtivo (CASTAGNOLLI, 1992).
A associação dos Artesões em Couro de Tilápia é um exemplo de piscicultura, por
utilizar o couro do pescado para produzir as peças.
A associação é formada pela união de pessoas que se organizam para a realização
de atividades não econômicas. E ela surge da necessidade de defesa e promoção
dos interesses das pessoas que participam; por parte dos interesses dos próprios
associados sem objetivo de lucro; de realização de uma obra estranha ao interesse
pessoal dos associados e por fim, ficam subordinadas a uma obra dirigida
autonomamente por terceiras pessoas (SEBRAE, 2009).
13
Neste sentido, como forma de produção, trabalho e renda, tem os ramos de
pequenos empreendimentos populares como as cooperativas de trabalho e
produção, associação de trabalhadores, entre outras.
Fica então evidente que a associação é uma oportunidade de geração de renda para
os pequenos produtores. Sendo assim, este trabalho visa observar o impacto da
associação de artesões em couro de tilápia para as famílias envolvidas e na cidade
de Piranhas- AL.
1.2 DEFINIÇAO DO PROBLEMA
Até o final do século XIX, existiam poucas organizações de algum porte ou
importância, nenhum sindicato ou associações comerciais, poucas grandes
empresas, organizações sem fins lucrativos ou ministérios governamentais. Quantas
mudanças ocorreram desde então. A revolução industrial e o desenvolvimento de
grandes organizações transformaram toda a sociedade. Pouco a pouco, as
organizações se tornaram centrais à vida das pessoas e hoje exercem uma enorme
influencia em nossa sociedade (DAFT, 2002).
De acordo com Weber (2002, p. 95):
Uma empresa é um sistema de atividade continua perseguindo um
fim de uma espécie definida. Uma associação empresarial é uma
sociedade caracterizada por um quadro administrativo, cuja atividade
se orienta exclusivamente e continuamente a alcançar os fins da
organização. Uma associação voluntaria (união) é uma associação
baseada em acordo voluntario, cujos estatutos são validos apenas
para membros que se associaram por livre decisão pessoal. Uma
associação compulsória (instituição) é uma associação cujos
estatutos podem ser impostos com sucesso, dentro de uma dada
jurisdição especifica sobre toda a ação individual que conforma a
certos critérios distintos.
Atualmente, o desenvolvimento das comunidades tradicionais requer estratégias
para o uso diversificado dos recursos naturais nos ecossistemas em que vivem.
14
Assim, a produção de artesanato surge como uma forma de geração de renda a
partir do uso de um recurso natural. A importância de tais ações contribui de forma
significativa para o desenvolvimento local das regiões onde a associação atua
(CARVALHO, 2001).
As pessoas, na associação, são as principais responsáveis para que as mudanças
ocorram, principalmente, no aspecto do desenvolvimento de ideias. Entretanto, essa
afirmação reforça ainda mais a ideia de que, trabalhar de forma associativa envolve
os problemas de forma mais eficiente gerando benefícios comuns.
Segundo Drucker, (2002) o ser humano precisa de três coisas: oportunidade,
competência e compromisso. Todo cidadão deve refletir as três, ou não conseguirá
alcançar suas metas.
Diante do mercado competitivo que obriga as empresas a se movimentar numa
velocidade muito grande as associações não podem passar despercebidas, visto
que o desafio é lançado diariamente para a Associação dos artesãos em Couro de
Tilápia.
O artesanato é valorizado pela originalidade, inovação e criatividade dos associados,
onde as peças são elaboradas a Mão e com características próprias e
individualizadas tendo como resultado peças que demonstram e representam a
cultura da região, e com isso encantam os clientes. A partir deste tocante, toma-se
como problema: Qual a importância do Associativismo para os artesões da cidade
de Piranhas – AL e como influencia no Desenvolvimento Local?
1.3 OBJETIVOS
Com a finalidade de obter as repostas necessárias em relação ao problema de
pesquisa, ficam estabelecidos os objetivos, geral e específico, que correspondem
respectivamente à definição mais ampla do que se deseja estudar e pontos mais
15
minuciosos a serem trabalhados em relação ao objeto em estudo, com o intuito de
obter os resultados desejados.
1.3.1 Objetivo Geral
Analisar a importância do Associativismo para a Associação dos artesões em Couro
de Tilápia da cidade de Piranhas e para o Desenvolvimento Local.
1.3.2 Objetivos Específicos
•
Apresentar a importância do associativismo para o Desenvolvimento Local;
•
Descrever o funcionamento da AACT – Associação dos artesãos em couro de
Tilápia;
•
Identificar as principais dificuldades encontradas no associativismo, na visão
dos associados da AACT;
•
Analisar a participação do poder público para melhoria/benefício da AACT.
1.4 JUSTIFICATIVA
O desenvolvimento local pode ser definido como uma estratégia pela qual os
representantes locais dos setores privados, público ou associativo, trabalham para a
valorização dos recursos que envolvam a sociedade como um todo, e através disso
consegue incentivar o crescimento e valorizar todos que estão inseridos na
associação oferecendo oportunidade de emprego e renda, gerando oportunidade a
todos os associados JOYAL,citado por, SILVA, (2009).
Associação é qualquer iniciativa formal ou informal que reúne pessoas físicas ou
outras sociedades jurídicas com objetivos comuns, para alcançar as meta
determinadas pela associação, visando superar as dificuldades que são enfrentadas
diariamente, e gerar benefícios para os seus associados. A associação é uma forma
16
jurídica de legalizar a união de pessoas em torno de seus interesses (SEBRAE,
2009).
Neste tocante, o trabalho em questão, que tem como foco a Associação dos
artesões em couro de tilápia onde surgiu dos conjuntos de ideias entre o APL
piscicultura, e conta com o apoio do SEBRAE e parcerias com a prefeitura de
piranhas e instituições de apoio. A associação é um exemplo de criatividade,
sustentabilidade e parceria, onde os produtos são confeccionados a partir do couro
do peixe, o design das peças é de acordo com a cultura da região e com isso é
inspirado no cangaço e no Rio São Francisco, oferecendo geração de renda e
trabalho para as famílias, com o objetivo de alcançar seus ideais e realizar suas
ações. A justificativa se faz pelo fato deste trabalho não ser tão divulgado, e com
isso acredita-se que o incentivo a essa associação seja uma importante opção de
fomento ao desenvolvimento da associação, já que essa atividade é um exemplo de
geração de renda e de trabalho e assim conseguir alavancar as oportunidades para
a associação no favorecimento para os artesões. O mesmo também se consolidará
como um documento local onde demonstrara a realidade da associação na cidade
de Piranhas, onde poderá ser reaplicado para outras entidades que possam
desenvolver novos projetos, e o estudo terá grande relevância para a comunidade
acadêmica, onde poderá contribuir com estudos relevantes na área.
1.5 Estrutura do trabalho
Este presente trabalho esta estruturado em 5 capítulos, que serão descritos abaixo:
•
O primeiro capítulo é formado pela introdução, definição do problema,
objetivos e a justificativa.
•
No segundo capítulo, é composto pela fundamentação teórica que foi
formulada através da pesquisa bibliográfica sobre o tema em estudo. As
pesquisas foram realizadas através de livros, sites e artigos, que serviram de
base para a formação do referencial teórico.
17
•
O terceiro capítulo consta as técnicas metodológicas, onde apresenta os
instrumentos da metodologia da pesquisa que foram utilizados para obter os
levantamentos dos dados obtidos e com isso alcançar os objetivos da
pesquisa.
•
O quarto capítulo apresenta o estudo de caso realizado na Associação dos
Artesãos em Couro de Tilápia na cidade de Piranhas e mostra o levantamento
dos resultados e analise da pesquisa, obtidos através da entrevista realizada
com a Presidente da associação e também com a Prefeitura.
•
O quinto e ultimo capítulo, menciona as considerações finais, onde
apresenta a conclusão do estudo, junto com as recomendações e
contribuições, sugestões para futuras pesquisas e as limitações do estudo.
Compõe também o presente trabalho monográfico os elementos pós-textuais, que
constam as referências, os apêndices e os anexos.
18
CAPÍTULO 2 – Referencial Teórico
2.1 AGRONEGÓCIO
A gestão empreendedora no agronegócio é um diferencial para quem quer ter
excelência empresarial. Hoje o agronegócio é entendido como a soma dos setores
produtivos; o de processamento do produto final e os de fabricação de insumos, o
agronegócio é fundamental para a economia do Brasil, pois responde por quase um
terço do PIB brasileiro e por valor semelhante das exportações totais do país. O
Brasil Caminha para se tornar uma liderança mundial no agronegócio exportando
para cerca de 180 países (GUANZIROLI, 2010).
Para não ter duvidas, é importante definir o conceito de agronegócio. Que de acordo
com o Portal de Agronegócio (2001):
O conceito de agribusiness foi proposto pela primeira vez em
1957, por Davis e Goldberg, como a soma das operações de
produção
e
distribuição
de
suprimentos
agrícolas,
processamentos e distribuição dos produtos agrícolas e itens
produzidos a partir deles, assim de acordo com o conceito de
agronegócio, a agricultura passa a ser abordada de maneira
associada aos outros agentes responsáveis por todas as
atividades, que garantem a produção, transformação,
distribuição e consumo de alimentos, considerando assim, a
agricultura como parte de uma extensa rede de agentes
econômicos.
O Brasil caminha para se tornar uma liderança mundial no agronegócio e para
consolidar nessa atividade é preciso ampliar sua competência para atuar de modo
eficiente no controle das cadeias de produção agropecuária de modo a garantir
qualidade e segurança dos produtos e das cadeias de produção. Hoje o agronegócio
é visto com um novo olhar, pois a agricultura é sinônimo de crescimento do país e
de inclusão social. A melhoria na competitividade da agricultura e pecuária do Brasil,
sobretudo nos últimos dez anos e o próprio empenho do governo e da iniciativa
privada em estimular e divulgar o produto agrícola brasileiro no exterior gerou um
aumento expressivo das exportações (GUANZIROLI, 2010, p. 18).
19
Um dos fatores do sucesso do agronegócio é a modernização das políticas agrícolas
realizadas durantes os anos 90, onde as mudanças ocorridas em uma política
focada em credito subsidiado para uma política de regulação da produção via
mercado e de inclusão da agricultura familiar e nas políticas agrícolas, concluído que
o sucesso do agronegócio pode ser acompanhado por um desenvolvimento rural
socialmente sustentável (GUANZIROLI, 2010, p. 18).
Nos dias de hoje o agronegócio representa uns dos fatores mais importantes na
economia brasileira. O agronegócio, de acordo com o GeoMundo, (2004, p. 1):
É responsável, por 33% do produto interno bruto (PIB), 42% das
exportações totais e 37% dos empregos brasileiros. Estima-se que
o PIB do setor chegue a US$ 180,2 bilhões em 2004, contra US$
165,5 bilhões alcançados no ano passado. Entre 1998 e 2003, a
taxa de crescimento do PIB agropecuário foi de 4,67% ao ano. No
ano passado, as vendas externas de produtos agropecuários
renderam ao Brasil US$ 36 bilhões, com superávit de US$ 25, 8
bilhões.
Conclui-se que o agronegócio é de grande importância para o Brasil, onde incentiva
e oferece oportunidade para o cidadão, podendo atuar de várias maneiras as
atividades e incentivando a geração de renda para todos os cidadãos. Referindo-se
a todas as atividades de comércio com produtos agrícolas.
2.1.1 Desenvolvimento Local
O desenvolvimento local não se direciona somente ao desenvolvimento econômico,
se refere também ao desenvolvimento social, cultural, ambiental, político e
principalmente humano.
Será apresentado o significado de Desenvolvimento e local para que possa ser
entendido melhor.
20
A palavra desenvolvimento significa, de acordo com, Houaiss, (citado por, Silva,
2009, p. 27):
“Uma ação ou efeito de desenvolver-se[...] aumento da capacidade
ou das possibilidades de algo; progresso; adiantamento[...]
crescimento econômico, social e político de um pais, região,
comunidade[...]”
O local é entendido segundo Joyal , (citado por, Brito, 2006, p.2):
Como um meio de pertença que permite a uma
reconhecer em si traços característicos, e mesmo
solidariedade, que exercem certas influencia sobre as
socioeconômicas em favor das formas de intervenção
pelas instituições governamentais e associativas.
população
laços de
mudanças
oferecidas
Com isso pode-se concluir que Desenvolvimento local pode ser entendido como
desenvolver a população. Pode ser entendida também como uma construção politica
que reclama modificações em um modelo atual de gestão local e em concepção e
comportamento da própria sociedade local (BORGES, 2007, p. 36).
Diante disto é de grande importância que a sociedade lute sempre pelo crescimento
pessoal, e da comunidade em geral.
2.1.2 Piscicultura
A prática da piscicultura teve sua origem na Europa, inicialmente em mosteiro para a
produção de peixes para o consumo próprio. No Brasil a piscicultura penetrou mais
tarde por volta de 1987, porem, aqui seus estudos somente adquiriram profundidade
por volta de 1927 (FALONE, 2007).
A piscicultura é um agronegócio que movimenta milhões de dólares em todo o país,
e desperta o interesse nos produtores.
21
Para Arana (citado por, Falone, 2007, p.10), a agricultura continua sendo a mais
importante fonte econômica de países em desenvolvimento. Com o surgimento de
uma nova atividade agroindustrial, a aqüicultura, surgiu também grandes problemas
ambientais, a destruição da mata ciliar, a utilização de praguicidas, hormônios e
outros insumos. O manejo inadequado da aquicultura propicia o aumento de
nutrientes na água dos tanques de criação de peixes, promovendo a eutrofização
artificial dos mesmos.
Hoje em dia observa-se um crescente aumento do número de pesquisadores e
interessados em geral, com publicações e projetos tratando de temas como
aquicultura, principalmente a piscicultura de tilápia.
De acordo com Falone (2007), a piscicultura pode ser dividida em três tipos:
Extensiva: quando utiliza grandes reservatórios naturais ou artificiais, onde a
densidade populacional de peixes é baixa e a sua alimentação e reprodução
não é controlada.
Intensiva: quando utiliza tanques e reservatórios construídos para obter um
Maximo de peixes por unidades de área, neste caso, é controlada a
alimentação e reprodução.
Semi-extensiva: onde tem um controle maior da alimentação e da reprodução,
mas apenas complementando os meios naturais, alem disso, aplicam a
despesca que consiste na retirada do meio, apenas dos exemplares com
tamanho próprios para o consumo.
Através disso conclui-se que é amplo o ramo de atividades onde a piscicultura pode
ser inserida, na agropecuária, no turismo, no artesanato entre outros.
A piscicultura é uma oportunidade de negocio que gera emprego e renda. Descobrir
e desenvolver a arte de criar peixes, de aproveitar os recursos hídricos, de respeitar
a natureza, é desenvolver o perfil empreendedor do administrador no agronegócio.
22
2.1.2.1 Tilápias do Nilo (Oreochromis niloticus)
Na historia da humanidade registros da ocorrência de tilápias em pintura egípcias de
2500 a.C. Criações de tilápias para o consumo humano teve inicio no Quênia em
1924, expandindo-se pelo Congo em 1937. Depois desse período, soldados
japoneses introduziram a Oreochromis mossambicus na ilha de Java e dessa forma
a tilápia se popularizou na Indonésia e Filipinas. Alcançado, dessa forma, grande
projeção de cultivo e desenvolvimentos em águas tropicas após a Segunda Guerra
Mundial (FALONE, 2007).
Para Boscolo, (citado por, Falone, 2007, p.15), no Brasil, a espécie foi introduzida
em 1971.a tilápia do Nilo encontra-se disseminada por todo o Brasil, desde a bacia
do Rio Amazonas ate o Rio grande do Sul.
Vale descrever as qualidades que tornam a tilápia um dos peixes com maior
potencial: SEBRAE, (2003)
•
Alimentam-se dos itens básicos da cadeia trófica;
•
Aceitam uma grande variedade de alimentos;
•
Respondem com a mesma eficiência a ingestão de proteínas de origem
vegetal e animal;
•
Apresenta resposta positiva a fertilização (adubação) dos viveiros;
•
São bastante resistentes as doenças, superpovoamentos e baixos teores de
oxigênio dissolvido.
Desta forma a tilápia vem ocupando um lugar de destaque no desenvolvimento da
região, por ser uma espécie precoce, de rápido crescimento e apresentar excelente
desempenho em sistemas intensivos de produção. Além de produzir um prato
saboroso, os associados descobriram que a pele da tilápia, poderia produzir peças
lindas, e criativas, de acordo com a cultura da região, onde o design é o cangaço,
onde representa o município de Piranhas.
23
2.2 TERCEIRO SETOR
Com a utilização do termo terceiro setor faz necessário definir o primeiro setor que é
o Estado onde é responsável pelas questões sociais. O segundo Setor, que é o
Mercado, onde é responsável pelas questões individuais.
Algumas teorias
relacionam o surgimento e a atuação do terceiro setor a falência do Estado, onde as
organizações sem fins lucrativos seriam uma alternativa quando o Estado não
cumprir com o seu dever. A relação entre o primeiro, o segundo e a origem do
terceiro Setor vai depender da realidade do país (ANJOS, 2006).
.
O Terceiro setor que é definido de acordo com Alves, (citado por, Pereira 2005, p.
2):
É um espaço institucional que abriga um conjunto de ações de
caráter privado, associativo e voluntarista, geralmente estruturadas
informalmente, voltadas para a geração de bens e serviços públicos
de consumo coletivos; se ocorrer excedentes econômicos neste
processo, estes devem ser reinvestidos nos meios para a
consecução dos fins estipulados.
A lei conhecida como a nova lei do terceiro setor é a 9.790/99, onde essa lei
regulariza as relações entre o Estado e a Sociedade Civil no Brasil. Com a Lei o
terceiro setor, se desenvolve e com isso fortalece a sociedade provocando o
crescimento e desenvolvimento do país (FERRAREZI, 2001, p. 6).
De acordo com Souza, (2010, p. 58):
O papel das organizações do Terceiro Setor como instrumento de
efetivação das necessidades sociais é patente, e toma contornos de
imprescindibilidade, sobretudo em face da chamada globalização
(...).
É o Terceiro Setor, portanto, realidade que vem a reboque das novas
noções de Estado, ou Seja, da própria evolução o conceito de
participação e interferência estatais.
24
Ainda de acordo com Eduardo Szazi (citado por, Souza, 2010, p. 58) Mostra os números
bastante expressivos da participação do terceiro setor no Brasil, que pesquisas recentes
apontam:
Que o terceiro setor gastou no Brasil cerca de 10,9 bilhões de reais
em despesas operacionais no ano de 1995, o que corresponde a
1,5% do PIB DAQUELE ANO. Parcela significativa dos recursos
(61,1%) foi gerada pelas próprias entidades: o governo contribuiu
com 12,8% e os Doadores Privados, com os restantes 26, 1%,
computadas as doações em moedas e bens de pessoas físicas e
jurídicas e o valor do trabalho voluntario.
Toda a sociedade que atua nesse mercado está diariamente enfrentando desafios. É
importante definir como o terceiro setor é composto, de acordo com Fernandes
1995, citado por, Ioschpe, (1997, p.27):
O terceiro setor é composto de organizações sem fins lucrativos,
criadas e mantidas pela ênfase na participação voluntaria, num
âmbito não governamental, dando continuidade as praticas
tradicionais da caridade, da filantropia e do mecenato e expandido o
seu sentido para outros domínios, graças, sobretudo, a
incorporações do conceito de cidadania e de suas múltiplas
manifestações na sociedade civil.
Diante do exposto o terceiro setor é formado por organizações sem fins lucrativos e
não governamentais que tem como objetivo principal a geração de bens e serviços
públicos. Onde essas organizações são as associações, sociedade sem fins
lucrativos e fundações.
2.2.1 OSCIP’s
São as organizações sem fins lucrativos. E sua característica são pessoas jurídicas
de direto privado, e não tem lucro como objetivo e celebram parcerias com os
governos na realização das ações governamentais, prestando serviços de interesse
coletivo que estejam relacionados com os seus objetivos sociais. O patrimônio
25
líquido das OSCIPs não pertence a nenhum dos seus membros e colaboradores
(AZEVEDO E ARAUJO, 2004, p.6).
De acordo com SEBRAE (2009, p.1) a definição de OSCIPs:
Organização da Sociedade Civil de Interesse Público,
normalmente são sociedades civis, sem fins lucrativos, de
direito privado e de interesse publico.
A instituição que tem interesse para se qualifica como OSCIP, precisa ter algumas
das finalidades. E pode ser constituídas por um numero ilimitado de pessoas físicas.
Para o SEBRAE (2009) O previsto na legislação (lei 9.790) é que deverá ser
composta por no mínimo 10 pessoas, para que se possam preencher todos os
cargos.
2.2.2 Fundação
Todas as constituições de pessoas jurídicas de direto privado, possuem a reunião de
pessoas que tem objetivo de trabalhar juntas, onde um ajuda o outro. A fundação
pode ser constituída por um só individuo, onde o mesmo poderá tomar decisões. De
acordo com Szazi, (2003, p. 35):
Fundação é um patrimônio destinado a servir, sem intuito de lucro, a
uma causa de interesse publico determinada, que adquire
personificação jurídica por iniciativa de seu instituidor.
As fundações podem ser constituídas pelo Estado, por individuo ou empresas, pela
reunião de bens e a sua destinação de acordo com um objetivo determinado pelo
Instituidor.
2.2.3 Cooperativa
26
A cooperativa é formada para melhorar a situação econômica de um grupo da
sociedade, onde esse grupo de pessoas consiga obter os objetivos específicos, por
meio de um acordo voluntario para cooperação recíproca. O bom funcionamento de
uma cooperativa esta diretamente ligada à participação de seu quadro social na
rotina da empresa (SEBRAE, 2009)
O conceito de Cooperativa, também de acordo com o SEBRAE, (2009, p. 8):
É uma associação autônoma de pessoas que se unem,
voluntariamente, para satisfazer aspirações e necessidades
econômicas, sociais e culturais comuns, por meio de um
empreendimento de propriedade coletiva e democraticamente gerido.
A cooperativa diferencia de outros tipos de associações de pessoas devido o
objetivo,
que
é
melhorar
a
situação
financeira
do
grupo
de
Esquematicamente podem-se representar as cooperativas como sendo:
Figura nº 1 – Esquema representativo:
Mercado
Benefícios
COOPERATIVA
Agrega Valor
Indivíduos
Fonte: SEBRAE, (2009)
Necessidades
Comuns
pessoas.
27
Diante disto a cooperativa é um procedimento onde a sociedade se organiza, e se
unem para ajuda a satisfazer as necessidades que surge devido os problemas,
econômicos, sociais e culturais, mais todos por meio da ajuda mútua.
2.2.4 Associação
Uma associação pode ser definida como uma pessoa jurídica criada a partir da
união de ideias e esforços de pessoas em torno de um propósito que não tenha
finalidade lucrativa. As pessoas que organizam, determinam os fins a serem
alcançados pela entidade e agregam esforços para que tais objetivos sejam
alcançados, permitindo assim, a construção de condições maiores e melhores do
que os indivíduos teriam isoladamente para a realização dos seus objetivos. (SZAZI,
2003).
Os associados são pessoas que tem força de fazer acontecer, que geram resultados
positivos, através das peças delicadas e que requer bastante dedicação para a
execução das peças.
Segundo Szazi, (2003, p. 29) para criar uma associação, basta reunir em
assembleia pessoas com maioridade civil que tenha o propósito de associar-se para
uma finalidade lícita e não lucrativa. Essa assembleia poderá ser realizada em
qualquer lugar que se preste a tal, fim, não querendo convocação pela imprensa ou
mesmo escrita. Reunidos os convidados, deverão ser expostos pelo anfitrião, ou por
qualquer pessoa por ele indicada, o objetivo da reunião e os propósitos que se
pretende alcançar com a criação da associação. Deverá ser formada uma mesa
diretora, destinada a conduzir com maior eficiência o processo de troca de idéias e
apreciação de propostas. E devera ser composta, no mínimo, de um presidente em
votação simples, mas é usual que se faça por aclamação.
O associativismo expressa a crença de que unidos podemos descobrir soluções
melhores para os conflitos que a vida em sociedade oferece. A esse respeito Frantz
(2008, p.1) destaca:
28
O associativismo é um fenômeno que pode ser detectado nos mais
diferentes lugares sociais: no trabalho, na família, na escola etc. No
entanto, predominantemente, a organização associativa, é entendida
com sentido econômico e envolve a produção e a distribuição dos
bens necessários à vida.
Existem diversas forma de agrupamentos de pessoas ou organizações, é um
exemplo disso é o Arranjo Produtivo Local – APL´s, Cassiolato e Lastre (2003)
definiram os APL’s como aglomerações territoriais de agentes econômicos, políticos
e sociais, focados em um conjunto especifico de atividades econômicas, e
apresentando vínculos mesmo que incipientes. Os APLs envolvem o entrosamento
de empresas produtoras de bens e serviços e suas variadas formas de
representação e associação.
O estatuto social deverá ser simples e claro, com as seguintes previsões, segundo
Szazi (2003, pg.30):
•
•
•
•
•
•
•
•
A denominação, os fins, a sede e o tempo de duração da associação;
As condições para admissão, demissão e exclusão do quadro social
e eventualmente, as categorias de associados;
Os diretos e deveres dos associados;
As fontes de recursos financeiros para a manutenção da entidade e
seus objetivos, que poderão contemplar mensalidades;
As atribuições e a forma de composição e funcionamento dos órgãos
de direção, com a recomendação de números impares de
participantes, a deliberação em voto unitário e a eleição para
mandatos de no Maximo três anos;
A representação ativa e passiva da entidade em juízo e fora dele, em
geral assumidas pela associação;
As condições para alteração do estatuto;
As causas para dissolução da entidade e o destino a ser dado ao
patrimônio social.
O estatuto aprovado deverá ser procedido a eleição dos integrantes do corpo
diretivo da entidade para cumprir o primeiro mandato, de acordo com o previsto no
referido estatuto.
29
As associações podem assumir varias formas como; OCIPs, cooperativas,
sindicatos, fundações, organizações, clubes. O que diferencia é a forma jurídica de
cada tipo de associação e os objetivos que pretende alcançar.
O associativismo representa uma reação a um estado de coisas, e continua
crescendo por vários motivos, tais como: aumento do desemprego nos mais diversos
setores da economia, necessidade das pessoas se organizarem para ter mais força
pra enfrentar o mercado, propiciar um ambiente de trabalho menos competitivo e
mais solidário. A relevância esta exatamente no fato do associativismo trazer uma
nova ideia de organização, a ideia de uma grande família trabalhando em prol de
todos os membros (DAL RI, 1999, p. 64).
A visão da associação é superar as dificuldades e gerar benefícios para seus
associados.
A finalidade da associação de acordo com o Sebrae, (2009):
•
Defesa e promoção dos interesses das pessoas (físicas e/ou
jurídicas) que a constituíram;
•
As associações, de acordo com a sua finalidade, podem ser
classificadas em 3 grupos principais:
1) Aquelas que tem por fim o interesse pessoal dos próprios
associados, sem objetivo de lucro, como as sociedades recreativas
ou literárias.
2) As que tem objeto principal a realização de uma obra estranha ao
interesse pessoal dos associados, e que fique sob a dependência da
associação ou se torne dela autônoma, por exemplo, as associações
beneficentes. Embora seus associados possam visar interesse
pessoal, sua finalidade primordial é a de prover uma obra de
caridade em beneficio de terceiros.
3) As associações que tem por finalidade principal ficarem
subordinadas a uma obra dirigida autonomamente por terceiras
pessoas.
Diante do exposto, a associação é a ferramenta mais básica para se organizar,
forma, juridicamente uma grupo de pessoas, onde a visão da associação é superar
as dificuldades e gerar benefícios para seus associados.
30
2.3 ARTESANATO
De modo geral, artesanato é definido como a técnica de manejo da matéria prima ou
o próprio objeto produzido por meio de tal técnica. Arte é definida como o conjunto
de regras, técnicas, habilidades e destrezas necessárias para a execução de
qualquer atividade criadora do espírito humano, sem objetivo prático, que busca
representar as experiências coletivas ou individuais, através de uma expressão
estética, sensorial, emocional, como tal apreendida por seu observador (AULETE E
VALENTE, citado por, FABRETTI, 2011 p.).
A produção artesanal é de grande importância na geração de ocupação e renda no
Brasil, com especial destaque em comunidades carentes (SEBRAE, 2008).
O Artesanato tem custo de investimento relativamente baixo, o artesanato utiliza
matéria-prima natural, promove a inserção da mulher e do adolescente em
atividades produtivas, estimula a pratica do associativismo e fixa o artesão no local
de origem, atenuando o crescimento desordenado dos centros urbanos (SEBRAE,
2008).
O artesanato se transformou em uma atividade econômica e cultural, onde se
apresentam uma ferramenta de grande eficiência para a geração de ocupação e
renda e melhoria de qualidade de vida em todo o país.
2.3.1 Artesanato da Tilápia
Para a fabricação dos produtos os seres humanos já utilizaram varias peles de
animais que se mostrem mais apropriada para as diversas aplicações. Na ultima
década, a pele de peixes como a tilápia invadiu a indústria global de moda
sofisticada. Onde são confeccionadas as peças de vestuário e acessórios. As peles
de peixe são consideradas o principal subproduto residual da aquicultura (CASTRO,
2005).
31
para usar o couro do peixe nos produtos artesanais, não é fácil, pois requer uma
técnica chamada curtimento, onde são retiradas da pela as escamas e todo e
qualquer resíduo de carne. a pele molhada é firmemente esticada sobre o tambor,
utilizando uma gominha para prende-la e secada ao sol durante um dia. depois de
seca a pele fica igual a argila, onde é retirada a gominha, depois desse processo a
pele não fica mais com cheiro de peixe e esta pronta para ser usada nas produção
das peças (CASTRO, 2005).
Diante do exposto o artesanato de tilápia, merece atenção por se trata de um
produto onde é reaproveitado o couro do peixe, que de outra forma, seria
descartado.
2.4 Conclusão do Referencial Teórico
Nesta parte do trabalho foi apresentado a revisão sobre os temas: Agronegócio;
Terceiro Setor e Artesanato, que são as partes que compõem o tema do estudo.
Onde teve como meta reunir, assimilar e analisar o conhecimento disponível até o
presente momento. E foi baseado na pesquisa bibliográfica através dos artigos,
teses, encontrados em sites, e em livros específicos sobre o tema estudado.
32
CAPÍTULO 3 – METODOLOGIA
3.1 METODOLOGIA DE PESQUISA
Com o auxílio da metodologia é possível estudar de forma mais detalhada, o método
de construção e desenvolvimento do trabalho.
Método, segundo Lakatos e Marconi (2001, p. 83) é o conjunto das atividades
sistemáticas e racionais que, com maior segurança e economia, permite alcançar o
objetivo, conhecimentos validos e verdadeiros, traçando o caminho a ser seguido,
detectando erros e auxiliando as decisões do cientista.
O esclarecimento, a definição da metodologia é um processo importante para a
realização da pesquisa, onde deve descrever todas as ações passo a passo para a
construção do trabalho cientifico, desde como serão levantados os dados, até as
análises dos resultados. Portanto é uma ferramenta importante para obter as
respostas da problemática e alcance dos objetivos traçados.
3.2 DEFINIÇÃO DE PESQUISA
A metodologia a seguir traça um percurso para o alcance de uma pesquisa, é
importante definir as características da pesquisa, selecionando aquelas que
estiverem relacionados aos objetivos buscados.
De acordo com Ruiz (2011, p. 48), pesquisa cientifica é a realização concreta de
uma investigação planejada, desenvolvida e redigida de acordo com as normas da
metodologia consagradas pela ciência, é o método de abordagem de um problema
em estudo que caracteriza o aspecto cientifico de uma pesquisa.
33
Para Prestes (2002, p. 24), o conceito de pesquisa cientifica é investigação feita com
a finalidade de obter conhecimento específico e estruturado a respeito de
determinado assunto, resultante da observação dos fatos, do registro de variáveis
presumivelmente relevantes para futuras analises. Ela é um processo reflexível,
sistemático, controlado e critico que leva a descobrir novos fatos e a perceber as
relações estabelecidas entre as leis que determinam o surgimento desses fatos ou a
sua ausência.
3.2.1 Quanto a sua natureza
Quanto a natureza a pesquisa pode ser de duas formas, original ou em resumo de
assunto. De acordo com Andrade, (1999, p. 105):
•
A original entende-se uma pesquisa realizada pela primeira vez, que
venha contribuir com novas conquistas e descobertas para a
evolução do conhecimento cientifico.
•
O resumo de assunto é um tipo de pesquisa que dispensa a
originalidade, mas não o rigor cientifico. Trata-se de pesquisa
fundamentada em trabalhos mais avançados, publicados por
autoridades nos assuntos, e que não se limita à simples copia das
ideias.
Nesta pesquisa foi utilizada a de resumo de assunto que é uma pesquisa onde
contribuiu para o crescimento do autor preparando para o desenvolvimento de
pesquisas mais complexas e de trabalhos originais.
3.2.2 Do ponto de vista da forma de abordagem do problema
A forma de abordagem do problema, dependendo da abordagem pretendida, podese optar por:
34
•
Pesquisa quantitativa de acordo com Malhotra, citado por, Barros, (2010,
p.22):
“Procura quantificar os dados, ampliar alguma forma de analise
estatística, é estruturada e possui um grande numero de casos
representativos[...]”
Para a realização da pesquisa quantitativa, foi aplicado um questionário com
perguntas fechadas de múltipla escolha aos associados.
•
Pesquisa qualitativa de acordo com Minayo (2003, p. 16):
Trata-se de uma atividade da ciência, que a construção da realidade,
mas que se preocupa com as ciências sociais em um nível de
realidade que não pode ser quantificado, trabalhando com o universo
de crenças, valores, significados e outros construto profundos das
relações que não podem ser reduzidos à operacionalização de
variáveis.
Na pesquisa qualitativa foi realizada uma entrevista não estruturada com perguntas
abertas, onde foi aplicada a Presidente da associação, e a prefeitura.
3.2.3 Do ponto de vista de seus objetivos
Para iniciar este estudo foi realizada uma pesquisa exploratória, onde auxiliou o
pesquisador a ter maior embasamento sobre o assunto em estudo, e assim obteve
um maior aprofundamento do tema.
•
A exploratória que de acordo com Andrade (1999, p.106), a pesquisa
exploratória é o primeiro passo de todo trabalho científico. Através da
pesquisa exploratória avalia-se a possibilidade de desenvolver uma boa
pesquisa sobre determinado assunto.
35
Foi utilizado logo em seguida a pesquisa descritiva, que para Andrade, (1999, p.
106) na pesquisa descritiva:
Os fatos são observados, registrados, analisados, classificados e
interpretados, sem que o pesquisador interfira neles. Isto significa
que os fenômenos do mundo físico e humano são estudados, mas
não manipulados pelo pesquisador. Uma das características da
pesquisa descritiva é a técnica padronizada da coleta de dados,
realizada principalmente através de questionários e da observação
sistemática.
Para a construção da pesquisa foi utilizada também a pesquisa descritiva, onde se
descreveu as percepções dos artesãos em relação a Associação dos Artesões em
Couro de Tilápia.
3.2.4 Do ponto de vista dos procedimentos técnicos
Foi realizada uma pesquisa de campo, que através dela foi observado os
acontecimentos de perto, como os fatos ocorrem espontaneamente. Através do
questionário e a entrevista. A pesquisa de campo é aquela utilizada com o objetivo
de conseguir informações ou conhecimentos acerca de um problema, para o qual se
procura uma resposta, ou de uma hipótese, que se queira comprovar, ou, ainda
descobrir novos fenômenos ou as relações entre eles (LAKATOS E MARCONI,
2001, p. 186).
Com o uso da pesquisa bibliográfica, obteve informações através de livros, teses,
artigos e internet, a fim de enriquecer o estudo. De acordo com Severino (2007, p.
122):
Pesquisa bibliográfica é aquela que se realiza a partir do registro
disponível, decorrente de pesquisas anteriores, em documentos
impressos, como livros, artigos, teses etc. utiliza-se de dados ou de
categorias teóricas já trabalhados por outros pesquisadores e
devidamente registrados.
36
Com a pesquisa bibliográfica buscou oferecer um referencial teórico que abrangesse
o tema sobre a importância do associativismo para o desenvolvimento local.
Desenvolveu-se um estudo de caso, que segundo Rodrigo, (2008, p.1), é uma
pesquisa cujo objetivo é uma unidade que se analisa profundamente. É uma
investigação que visa descobrir o que há nela de mais essencial e característico.
Teve a intenção de desenvolver um estudo mais aprofundado e especifico em
relação a um objeto (Associação dos Artesãos em Couro de Tilápia na cidade de
Piranhas- AL.) para se viabilizar um amplo conhecimento sobre o objeto em questão.
3.3 AS TECNICAS DE PESQUISA
A técnica de pesquisa utilizada foi a documentação direta intensiva e a observação
direta extensiva
Segundo Andrade, (1999, p. 118), A Observação direta intensiva: a técnica utilizada
foi a entrevista, que é uma técnica muito utilizada na pesquisa, nos Vários ramos
das ciências sociais. Embora a entrevista não seja a técnica mais fácil de ser
aplicada, talvez seja a mais eficiente para a obtenção das informações,
conhecimentos ou opiniões sobre um assunto.
O instrumento de coleta de dados, utilizado foi à entrevista aplicada a presidente,
onde segundo Severino (2007, p. 124), entrevista pode-se definir como a técnica de
coleta de informações sobre um determinado assunto, diretamente solicitadas aos
sujeitos pesquisados, portanto é uma interação entre pesquisador e pesquisado,
onde o pesquisador visa apreender o que os sujeitos pensam, sabem, representam,
fazem e argumentam.
Para obter informações por meio da entrevista, existem diferentes tipos, que variam
de acordo com o propósito do entrevistador (LAKATOS e MARCONI, 2001, p. 197):
Padronizada ou Estruturada: é aquela em que o entrevistador segue
um roteiro previamente estabelecido. Despadronizada ou não-
37
estruturada: o entrevistador tem liberdade para desenvolver cada
situação em qualquer direção que considere adequada. Em geral, as
perguntas são abertas e podem ser respondidas dentro de uma
conversação informal. Painel: consiste na repetição de perguntas, de
tempo em tempo, as mesmas pessoas, a fim de estudar a evolução
das opiniões em períodos curtos.
A técnica escolhida pelo o entrevistador foi a Despadronizada onde a presidente
teve liberdade para responder as perguntas dentro de uma conversação informal.
Segundo Andrade, (1999, p. 118), Observação direta extensiva: com essa técnica foi
utilizado
aplicação
do
questionário,
onde
essa
técnica
são
empregadas,
principalmente, na coleta de dados das pesquisas de campo.
Foi aplicado neste estudo um questionário aos associados, com o intuito de absorver
informações para o referente estudo. Segundo Lakatos e Marconi (2001, p. 201)
questionário é um instrumento de coleta de dados, constituído por uma série
ordenada de perguntas, que devem ser respondidas por escrito e sem a presença
do entrevistador.
Conclui-se, que o pesquisador emite o questionário aos associados, com perguntas
fechadas, para obter respostas diretas e objetivas. E de acordo com Richardson
(1999, p. 191), perguntas fechadas são aquelas em que as perguntas ou afirmações
apresentam a responder com frases ou orações.
Através disto ficaram sob a
responsabilidade da pesquisadora para analisá-las e tabula os dados, de acordo
com as repostas dos associados.
3.4 INSTRUMENTOS DA PESQUISA
A entrevista aplicada a Presidente da Associação, foi realizada no dia 30 de abril, na
segunda feira. A abordagem aconteceu na sede da associação, onde foi aplicado as
dezesseis perguntas abertas, todas atenciosamente elaboradas, para obter as
informações necessárias.
38
No mesmo dia 30 de abril, foi entregue os questionários aos associados, onde todos
se encontravam na associação onde facilitou ainda mas a pesquisa,
E a etapa final foi a entrevista realizada no dia 25 de maio, a Assistente Social da
cidade de Piranhas, onde a entrevista foi aplicada na prefeitura. Foi de grande
importância sua colaboração para obter informações oficiais do município sobre a
atuação da Associação dos Artesãos em Couro de Tilápia.
3.5 UNIVERSO
Segundo, Andrade (1999, p. 126):
O universo da pesquisa é constituído por todos os elementos de uma
classe, ou toda a população. População é o conjunto total e não se
refere apenas a pessoas, pode abranger qualquer tipo de elemento:
pessoas, pássaros, amebas, espécies vegetais etc.
Foi uma pesquisa censitária, porque abrange a totalidade dos componentes do
universo. Onde a quantidade de pessoas que participa da associação é pequena,
representando por seis associados e um Presidente. Por esse motivo todos da
associação colaboraram.
3.6 ANÁLISE E TRATAMENTO DE DADOS
Buscou definir todas as ferramentas metodológicas utilizada neste estudo. Com os
resultados dos dados, foram analisados e interpretados para verificar se os mesmos
estão de acordo com o que foi proposto no trabalho e se realmente vão responder
aos objetivos da pesquisa, através dos resultados foi dado inicio a tabulação,
buscando dar interpretações baseadas nos dados coletados, e através das
informações teóricas e das observações.
39
Esse trabalho de pesquisa teve como principal objetivo de analisar a importância do
Associativismo para a Associação dos artesões em Couro de Tilápia da cidade de
Piranhas.
40
_______________
ESTUDO DE CASO
41
4.1 HISTÓRIA DA CIDADE DE PIRANHAS1
A origem da cidade de Piranhas. Surgiu no século XVIII e foi emancipada em 03 de
junho de 1887. O nome da Cidade de Piranhas foi dado, devido a um caboclo que
pescou uma grande piranha, no riacho da Tapera (como era chamado antigamente)
e quando chegou em casa, lembrou que tinha esquecido a faca, ele pediu para o
filho ir ate ao porto da piranha e pegar o cutelo.
4.1.1 Dados Importantes
Distancia da Capital (Maceió): 298km;
Área: 547,0 Km²;
Altitude: 12 metros;
População: 22.706 habitantes (Censo: 2010)
Temperatura Media Anual: 28º C;
Meses de maior incidência de chuvas: Abril a Agosto.
4.1.2 O cangaço
Piranhas tem uma forte ligação com o cangaço, devido à morte de Lampião e seu
bando. Onde em 28 de julho de 1938, o bando teve suas cabeças cortadas e
exibidas na escadaria do antigo Palácio Provincial de Piranhas, onde hoje é a
1
Site da cidade de Piranhas: http://piranhas.al.gov.br/cidade/.
42
Prefeitura da cidade. Ocorreu também outro fato inusitado, onde os comparsas de
lampião, Corisco e Gato, invadiram a cidade causando terror pela cidade.
Devido todos esses fatos, a cidade de Piranhas tem uma forte historia referente ao
cangaço, onde a exposição das cabeças de Lampião, Maria Bonita e de nove
cangaceiros, marcou o fim do maior fenômeno brasileiro: o cangaço.
4.1.3 O Turismo
A cidade de piranhas é a 4ª cidade mais visitada de Alagoas. Os pontos turísticos da
cidade são representados pelo:
•
O centro Histórico, representado pelos casarios dos séculos XVIII e XIX, com
arquitetura em estilo colonial inglês e português, tombado com Patrimônio
Histórico da União, ainda no museu da cidade pode ser visto varias fotos dos
fatos que ocorreram com Lampião;
•
Cânions do São Francisco, onde são ocorridos os passeios na parte
represada do rio São Francisco, com paradas para mergulhos. O Canyon do
são Francisco é considerado um dos quatros cânions mais profundos do
planeta;
•
Hidrelétrica de Xingo; é considerada a mais moderna do brasil, gerando 25%
da energia consumida no Nordeste;
•
O Mirante e o ponto mais visitado, porque é o que apresentar a cidade de
Piranhas, por ter uma vista privilegiada de todo o centro histórico de Piranhas.
43
•
Museu do Sertão: foi criado em 1983, onde podem ser encontradas as peças,
a cultura e a historia do município. Onde também registra todos os
acontecimentos dos cangaceiros em fotografia.
4.2 CARACTERIZAÇÕES DA ORGANIZAÇÃO
Razão Social: Associações dos Artesões em Couro de Tilápia
Sigla: AACT
Sede: Avenida Paulo Jancinto nº 02/ Bairro nossa senhora da Saúde/ Piranhas - AL.
Telefone: (82) 3686-3348 / (82) 8896-4806
Ramo de Atividade: Associação
Data da Constituição: 2007
E-mail: estacaocangaç[email protected]
4.3 HISTÓRIA DA ASSOCIAÇÃO2
A associação dos artesões em couro de tilápia foi fundada em 2007, há seis anos.
Através de uma iniciativa do governo do Estado, desenvolvido pelo APL Piscicultura
e com parcerias do SEBRAE e a prefeitura de Piranhas e instituições de apoio.
2
Site
sertão
24
horas:http://sertao24horas.com.br/site/index.php?option=com_content&view=article&id=1112:artesanato-emcouro-de-tilapia-e-alternativa-para-sertanejos&catid=85:sertao&Itemid=301.
44
Foi oferecido curso para o aprendizado, manuseio e aperfeiçoamento do couro ate a
produção das peças. Alem, disso o Sebrae realizou uma consultoria, que incentivou
ainda mais o desenvolvimento da associação.
4.3.1 Missão
Combater a falta de trabalho e renda, e aprimora cada vez mais o crescimento
nesse setor contribuindo para a melhoria de vida de todos os associados.
4.3.2 Visão
Ser reconhecido pelo Brasil, por transformar o couro de peixe em peças com
designer criativo e encantador, e obter o fortalecimento da capacidade produtiva e a
comercialização das peças, refletindo no crescimento da associação.
4.3.3Funcionamento da Associação
A associação hoje conta com sete artesões, sendo uma presidente, uma tesoureira
e uma secretaria. O horário de funcionamento é de segunda a sexta, de 08:00 as
18:00 horas, onde cada pessoa tem liberdade para trabalhar o horário que achar
necessário.
4.4 Designer das peças
O designer das peças, como Piranhas é banhado pelo Rio São Francisco, e teve os
acontecimentos do cangaço, as peças foram inspiradas em temas sertanejos, como
o cangaço e o Rio São Francisco.
45
O couro fornecido para a associação chega fresco e os artesões, fazem o processo
de curtimento do couro na casa de um dos associados. Como pode ser visto na
figura a seguir onde mostra o processo final do couro da tilápia.
Figura 01: Couro curtido na associação.
Fonte: próprio autor
4.5 ENTREVISTA REALIZADA COM A ASSISTENTE DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL
Nesta etapa, buscou-se ouvir a Assistente Social Alyne Meire Fernandes Souza,
Trabalha desenvolvendo projetos na prefeitura, de 35 anos, para obter informações
oficiais do município sobre a atuação da Associação dos Artesões em Couro de
Tilápia, e a importância desta sob a perspectiva governamental.
Realizou-se uma entrevista estruturada, contando com o apoio de roteiro de quatro
perguntas, a fim de obter as informações necessárias.
Na primeira pergunta indagou-se como a gestão municipal enxerga a Associação
dos Artesãos em Couro de Tilápia, e qual a importância da mesma.
É vista como um espaço de qualificação profissional, bem como, uma
oportunidade de geração de emprego e renda no município. Tem
uma grande importância na economia local por disponibilizar as
famílias envolvidas uma renda para complementar o sustento de
todos sem falar da valorização e do beneficiamento que é dado á
matéria prima do couro do pescado. (Alyne Meire Fernandes Souza,
pesquisa de campo em 25/05/2012).
46
Esta questão levou em consideração como a associação é vista pela gestão
municipal. Analisando a resposta da Assistente Social, percebe-se que a Associação
dos Artesãos em Couro de Tilápia é bem vista, e tem grande importância na
economia local, por gerar emprego e renda para as famílias envolvidas.
Na segunda pergunta foi questionado como a gestão municipal analisa o papel
desempenhado da associação.
As formas de organização comunitária são de grande relevância para
o fortalecimento da sociedade civil, principalmente no que diz
respeito à busca de recursos para a economia e mais ainda para a
representatividade dos indivíduos. Vale destacar a presença da
sociedade civil nos conselhos de direitos das políticas publicas,
através das associações sejam: comunitárias, de artesões, de
agricultores, entre outras. A associação de artesanato de couro da
tilápia tem um papel importante na emancipação econômica e
produtiva de seus associados. (Alyne Meire Fernandes Souza,
pesquisa de campo em 25/05/2012).
Constatou-se que o papel que a associação desempenha, é de grande relevância,
pois os associados estão em busca de recursos para o fortalecimento da sociedade
civil, e com isso a associação representa um papel importante na emancipação
econômica.
A importância de uma associação, para Camargo (2010, p.1) pode ser visto pelo
meio do qual o individuo pode participar e ter voz ativa nas decisões da sociedade
em que vive. Associa-se a um objetivo em comum é unir forças e tonar publica a
vontade, visando o bem estar comum, sem qualquer tipo de beneficio próprio.
Na terceira pergunta buscou-se identificar se a prefeitura apoia a associação e
como é a forma desse apoio.
Sim. Segundo informações de um de seus associados a prefeitura
apoia através do pagamento do aluguel da sede da associação, bem
como, garante transporte e ajuda de custo para a participação dos
associados à capacitação e eventos culturais(Alyne Meire Fernandes
Souza, pesquisa de campo em 25/05/2012).
47
Conclui-se que a forma de apoio que é oferecido a associação é importante para
incentivar o grupo, onde esse incentivo é dado como uma forma de investimento
para melhor atender a população local inserida, que é oferecido através de cursos
para os artesões se profissionalizarem nos designer das peças, palestras onde
apreendem como comercializar as peças capacitando para realizar a venda dos
produtos.
Na quarta e última pergunta, buscou-se verificar qual o papel da associação na
economia da cidade.
A associação contribui com o desenvolvimento da economia local,
uma vez que, gera renda, oportuniza o aperfeiçoamento e
comercialização peças fabricadas. A organização dos indivíduos em
busca de um mesmo objetivo fortalece a associação e essa contribui
para diminuir os índices de vulnerabilidade e risco por todo o país
(Alyne Meire Fernandes Souza, pesquisa de campo em 25/05/2012).
Observa-se que o papel da associação na economia da cidade contribui com o
desenvolvimento da economia local, pelo fato dos associados conseguirem ter uma
renda mensal. A associação oferece dignidade e coragem e com isso tenta
minimizar as necessidades das famílias envolvidas, para que os artesãos possam
enfrentar os desafios que são lançados diariamente. Para o Sebrae (2008, p. 15).
muitas cidades não conseguem oferecer empregos para toda a população, por esse
fato a associação é um exemplo de pequeno negocio para se iniciar o processo de
fixação da riqueza local em todos os segmentos, fazendo com que seja gerado
emprego, melhor atendimento a população e com isso todos ganham.
Analisando a leitura e interpretação de todas as respostas obtidas, durante a
entrevista, conclui-se que a prefeitura de Piranhas reconhece que a associação é de
grande importância para as famílias envolvidas, e que os envolvidos não tem
emprego fixo, e dessa forma é uma oportunidade de geração de renda. Além de
contribuir com o desenvolvimento da economia local. E que o incentivo dado é
fundamental nas viagens que são marcadas, para os eventos e feiras artesanais,
fora da cidade. Segundo Santos, (1996, p. 1) as associações de pequenas cidades
originadas da espontânea participação e organização dos moradores são de grande
48
importância para a melhoria de vida dos associados, e consequentemente da
cidade, pois representam uma força associativa que pode provocar as autoridades
na tomada de atitudes concretas em prol das comunidades.
4.6 ANÁLISE DE DADOS COLETADOS NA ENTREVISTA COM A PRESIDENTE DA
ASSOCIAÇAO.
Nesta etapa, buscou-se ouvir a Presidente da Associação, a senhora Adriana Leite
dos Santos, com idade de 36 anos e participa da associação há 6 anos, para obter
informações sobre a Associação, desde o surgimento da AACT, as dificuldades
enfrentadas e até os dias de hoje.
As informações foram obtidas através da entrevista estruturada, onde contava com
dezesseis perguntas abertas, todas atenciosamente elaboradas, para obter as
informações necessárias para atingir os objetivos.
As questões de 01 a 15 da entrevista aplicada referem-se a dados da associação,
identificando como surgiu a associação, data de fundação, o que entende sobre
associação, de onde vem o couro da tilápia, quais são os peças confeccionados,
como aprenderam a confeccionar as peças, escolha e entrada de novos associados,
dificuldades enfrentadas, quantas pessoas tinham e quantas têm hoje, a atuação na
cidade de piranhas, a importância da associação para os associados, a imagem da
associação, satisfação da presidente, os pontos de venda, as vantagens da
associação, o valor das peças, a quantidade produzida por mês, a distribuição de
lucro. Esses dados são de grande importância para a pesquisa, onde tem como
função conseguir alcançar os objetivos e ter influência direta na pesquisa através
dos dados.
Sobre como surgiu a associação a entrevistada respondeu que:
A associação foi fundada há seis anos pelo governo do Estado,
através da parceria entre o APL Piscicultura, SEBRAE e com a
prefeitura de Piranhas e instituições de apoio onde ofereceram
49
cursos para as pessoas que tinham interesse a apreender a curti o
couro. (Adriana Leite, pesquisa de campo em 30/04/2012).
A Presidente ressalta ainda que a associação surgiu mediante o curso que foi
oferecido de curtimento do couro de tilápia, que no início quem participou desse
processo, foi o marido da tesoureira da associação, o Sr Manoel, e mais quatros
pessoas que participaram da associação. Mas foi o Sr Manoel quem ensinou as
associadas a fazer as peças. Foi então que o gestor Miguel do APL Piscicultura
convidou essas pessoas para formar a associação. Como não tinha nenhum
trabalho em vista, e com o incentivo das parcerias foi criada a associação de
artesões em couro de tilápia.
Sobre o tempo de atuação, a presidente respondeu que:
A associação atua na cidade de piranhas durante seis anos. Onde
iniciou em 2007. (Adriana Leite, pesquisa de campo em 30/04/2012).
Segundo a entrevistada a associação foi fundada em 2007, onde hoje ela atua
durante 6 anos, no espaço alugado, quem paga esse aluguel é a prefeitura, o
espaço é próximo das casas dos associados, onde funcionam todos os dias, menos
nos finais de semana.
Sobre a visão de associação, a senhora Adriana Leite respondeu que:
O que entendendo sobre associação, é um grupo onde todos
se ajudam, em torno de um só objetivo. (Adriana Leite, pesquisa
de campo em 30/04/2012).
Partindo da resposta da entrevistada verifica-se que a visão da Presidente sobre o
termo associação, não é muito completa, ela tem uma visão básica. Porque pelo
fato de ser uma presidente da associação é importante que saiba o significado do
segmento que esta participando, que no caso é a associação. E com isso sabe das
regras que deve ser seguida,e cumpridas na Associação dos Artesãos em Couro de
Tilápia, para poder atuar da melhor forma o cargo de Presidente.
50
O local onde o material é fornecido para confeccionar as peças, de acordo com a
presidente:
O material antes era fornecido da cidade de Paulo Afonso, no ano de
2010, parou de fornecer esse material. E hoje em dia o material é
fornecido pelo Programa Xingó. (Adriana Leite, pesquisa de campo
em 30/04/2012).
Através da resposta da Sr Adriana, verifica-se que o couro, no inicio da associação
vinha da cidade de Paulo Afonso, que era uma parceria com a fábrica de ração para
peixes, e que garantia o estoque da matéria-prima mensalmente. No decorrer de 2
anos a associação perdeu o contato com essa ração de peixe, e passou a ter uma
parceria com o Programa xingo, que mensalmente é fornecido o couro fresco para a
associação.
Sobre os produtos confeccionados, segundo a presidente da associação:
É uma variedade de produtos produzidos na associação, entre eles
estão as bolsas, sandálias, cintos, carteiras, capa para agendas,
bijuterias e acessórios para o cabelo, chaveiros. (Adriana Leite,
pesquisa de campo em 30/04/2012).
Através da resposta da Presidente foi identificado que os associados, produzem
cerca de onze variedades de peças onde são produzidas com muita delicadeza,
cuidado e concentração. As peças são, bolsas de vários tamanhos; cintos; colares
com vários tamanhos de flores; chaveiros em diversos formatos, pulseiras; anéis,
brincos, capa para agenda; acessórios para o cabelo; sandálias femininas e
masculinas e imas de geladeira em vários formatos e tamanhos. Nos Apêndices, tem
fotos de todas as peças produzidas na associação.
Sobre os critérios de escolha e entrada de novos associados, a presidente
respondeu que:
A associação esta aberta para receber mais associados, e para
poder participa da AACT, tem que passar por um processo de
aprendizagem, durante 15 dias, para ver se identifica na produção do
produto. (Adriana Leite, pesquisa de campo em 30/04/2012).
51
Analisando a resposta da Sr Adriana, a pessoa que tem interesse a participar da
associação, passa por um processo de aprendizagem, onde é ensinado como é
curtido o couro, como são produzidas as peças, durante quinze dias, se a pessoa,
depois do processo de aprendizagem, não se identificou com o processo, não terá
chance de participar. A presidente resalva também que é difícil alguém procurar para
participar da associação, até já chamou várias pessoas para participar, por que é
importante que aumentasse o numero de associados, só que não teve o retorno. Por
esse fato hoje ela não faz mais esse convite.
Associação apresentaria ainda mais resultados positivos, se ela aumentasse o
numero dos artesãos, porque iria ser um conjunto onde todos conseguiriam produzir
mais peças, e divulgando ainda mais esses produtos pela cidade de Piranhas e as
cidades vizinhas.
As dificuldades enfrentadas pela a associação, segundo a senhora Adriana:
As principais dificuldades enfrentadas atualmente é a falta de uma
sede própria, falta de divulgação, poucos associados, e motivação
dos associados. (Adriana Leite, pesquisa de campo em 30/04/2012).
Diante da resposta da Presidente é notório que as principais dificuldades
enfrentadas pela associação são: uma a falta de uma sede própria, com espaço
suficiente para que os associados possam fazer o processo de curtimento do couro.
Pois esse processo é realizado na casa de uma das associadas, por falta de espaço.
Outra dificuldade apontada é o fato da associação não ser tão divulgada na cidade,
e com isso resulta não ter saída dos produtos na cidade. A outra dificuldade
apontada é a questão de possuir poucos associados, que ate para manter esses
associados é difícil pelo fato de não ter saída suficiente dos produtos, e com isso os
associados se sentem desmotivados pelo fato de não ter entrada e saída todo mês,
porque tem mês que a associação não vende nada.
A associação deveria investir em divulgação, na cidade de Piranhas e nas cidades
vizinhas, com feiras artesanais, onde iriam expor os diversos produtos. Era
interessante realizar um trabalho de marketing. Para Carneiro (2008, p.1) o
52
marketing é um conjunto de processos que envolvem a comunicação, e o
relacionamento com os clientes, onde a organização se beneficia.
Sobre a quantidade de pessoas que existiam no inicio da associação e a quantidade
que participam nos dias de hoje da associação. A entrevistada respondeu que:
No inicio da associação tinha 18 pessoas, nos dias de hoje só restou
7 associados (Adriana Leite, pesquisa de campo em 30/04/2012).
Segundo a entrevistada a Sra Adriana, até quando legalizou a associação,
participavam 18 pessoas, mas depois essas pessoas foram saindo pelo fato de
terem conseguido um trabalho na cidade.
Percebe-se que desde 2007 que foi o inicio da associação ate hoje o numero de
associados vem caindo, isso é ruim para a associação, que esse fato ocorre devido
as dificuldades que vem existindo durante esse tempo.
Sobre a atuação da associação na cidade de Piranhas, segundo a entrevistada:
Os produtos não são muito valorizados na cidade de Piranhas. A
imagem da associação é que os produtos são caros, e que a
população não valoriza, pelo fato de ser um produto artesanal, onde
as peças são elaboradas com delicadeza, onde requer tempo para
que as peças fiquem prontas para a venda (Adriana Leite, pesquisa
de campo em 30/04/2012).
A presidente afirma que os produtos não são muitos valorizados pelos os moradores
da cidade, pelo fato das peças serem caras, e assim não tem saída, em relação aos
moradores. Mas existem pontos na cidade que os produtos são vendidos, mais
quem compra as peças são os turistas.
A associação para se torna mais conhecida, tem que realizar a divulgação na cidade
de Piranhas e nas cidades vizinhas, através das feiras de artesanato, que não existe
na cidade, com essa feira irá incentivar ainda mais o grupo, onde consequentemente
a produção das peças irá aumentar junto com as vendas.
Sobre a importância da associação para os artesões da cidade de Piranhas, a
Presidente respondeu que:
53
É de grande importância, pois com a associação pude obter grande
aprendizado, onde servirá para vida toda, e hoje tenho outra visão de
empreendimento (Adriana Leite, pesquisa de campo em 30/04/2012).
Diante da resposta da presidente, é importante ressaltar que mesmo com as
dificuldades enfrentadas diariamente, esses associados aprenderam lições que
foram vivenciadas e nunca serão esquecidas. A presidente também deixou claro que
gosta muito da associação, mais pelo fato de não ter motivação, em relação ao
dinheiro, e se conseguir algum emprego ela deixa a associação. Através desta
resposta, percebe-se que a Presidente reconhece a importância que a associação
representa para esses associados inseridos.
Sobre a satisfação enquanto presidenta da associação, a presidente respondeu que:
Sou Presidenta a pouco tempo, e pelo fato de ter pouco associados,
não ocorreu o voto, como participo da associação há 6 anos, assumir
o cargo de presidenta. Mais estou muito satisfeita, pois é um cargo
de responsabilidade, confiança e consigo apreender a cada dia
(Adriana Leite, pesquisa de campo em 30/04/2012).
Para a Sr Adriana, o cargo de presidenta, não ocorreu pelo voto. Como na
associação participam sete pessoas, onde a tesoureira é a Sr Jilvaneide Correia dos
Anjos, a secretaria é a Jessica Biserra Pereira, sobraram os quatros associados,
onde eles não queriam participar de nenhum cargo, dessa forma assim ficou
definido. Mas diante da resposta da presidenta, identifica-se que esta satisfeita com
o cargo que está assumindo.
Mais é importante resaltar que a Presidente esta satisfeita com o cargo que esta
assumindo na associação, mais existe a falta de motivação em relação as venda,
que
tem
mês
que
a
associação
não
consegue
vender
os
peças,
e
consequentemente a associação não consegue obter a renda.
Sobre os pontos de venda dos produtos, a entrevistada respondeu que:
Os produtos são vendidos no Carrancas; Marx na Chesf; Casa do
Mel; Centro Cultural Histórico; Casa de Artesanato; feiras e eventos
(Adriana Leite, pesquisa de campo em 30/04/2012).
54
Verifica-se que os pontos de venda na cidade de piranhas, são os pontos turísticos
da cidade. Mais o ponto de venda que gera mais renda para a associação são as
feiras e eventos que acontecem fora da cidade, e não acontecem todos os meses.
As feiras realizadas fora da cidade exercem um papel fundamental nas vendas dos
produtos. Já a comercialização nos pontos turísticos da cidade, não representa um
valor tão expressivo. O que dificulta ainda mais as vendas nesses locais.
O custo das peças produzidas na associação, a senhora Adriana respondeu que:
São em cerca de 12 produtos produzidos na associação, de
diferentes preços e tamanhos. (Adriana Leite, pesquisa de campo em
30/04/2012).
Identificou-se que a associação produz cerca de 12 produtos e o preço depender do
tamanho das peças. As tiaras custam R$ 10,00 A R$ 22,00 reais; Os ímas de
geladeira estão por R$ 2,50 reais; Os colares estão na faixa de R$ 22,00 ate R$
45,00 reais, O acessório para cabelo custa de R$ 8,00 ate R$15,00 reais; As
pulseiras estão na faixa de R$9,00 ate R$ 35,00 reais; Os Chaveiros de R$ 6,00 ate
R$ 25,00; Os brincos custam R$ 9,00 ate R$ 25,00 reais, Os cintos custam por R$
50,00; as Bolsas de R$ 50,00 ate R$125,00; Os anéis custam R$25,00; As Agendas
tem preço de R$70,00 e as Sandálias tem preços entre R$30,00 ate R$85,00.
Conclui-se que as peças produzidas na associação têm preços em algumas peças
um pouco elevado, mais como são peças produzidas a mãos, merece todo o
incentivo, dos moradores da cidade de Piranhas.
Percebe-se que na associação há uma grande diversificação de peças artesanais. E
que todos esses associados ainda participam de cursos para o aprimoramento das
técnicas.
Sobre a quantidade de peças vendidas por mês, a presidente respondeu que:
Vai depender muito dos eventos que acontecem no mês. O mês com
evento é vendido 60 peças. O mês sem evento são vendidas 25
peças (Adriana Leite, pesquisa de campo em 30/04/2012).
55
Diante da resposta da Presidenta, verifica-se que o mês que a associação participa
de algum feira ou evento, aumenta a quantidade de peças vendidas no mês, mais
quando a associação não participa de nenhum evento, as peças somente são
vendidas nos pontos turístico da cidade, e com isso diminui a quantidade de peças
vendidas no mês.
Percebe-se que a quantidade de peças só aumenta no mês que a associação
participa das feiras fora da cidade, mais a associação não pode depender somente
das feiras em outra localidade, por esse motivo a divulgação tem que ocorre na
cidade, através das feiras artesanais realizada na cidade de Piranhas, e as venda
realizadas nas residências onde os artesãos terá uma clientela fixa, o que indica
uma segurança da rena mensal.
Sobre a distribuição dos lucros entre os associados, a entrevistada respondeu que:
O método que é utilizado na associação, para a distribuição de lucro,
é o horas trabalhadas (Adriana Leite, pesquisa de campo em
30/04/2012).
A presidente ainda afirma que no início da associação, eram separados as peças
por grupos. Existia um grupo de bolsa, outro de sandália e o último que era de
bijuteria, o dinheiro era divido pelo grupo. Com isso sempre um grupo vendia mais
que o outro, porque as tinham peças que era aceita com mais facilidades pelas
pessoas, e o outro grupo que não conseguia vender, ficava desmotivado. Por esse
motivo mudou o método na associação, e hoje é caracterizado pelo método das
horas trabalhadas, aonde o associado na hora que chega e sai da associação,
marca o seu nome e o horário em um livro. No final do mês é fechado a as horas de
cada sócio. Dependendo do valor vendido no mês, 10% são para os gastos da
associação, tira também os materiais, e o que sobra é dividido entre os sócios
dependendo da quantidade de dias trabalhados.
Percebe-se que essa divisão é justa, porque dessa forma esta motivando o artesão
a participar e a se dedicar na produção das peças, porque se caso esse artesão falta
uns dias ele já vai saber que vai receber menos dos que os outros associados.
56
4.7 PESQUISA REALIZADA COM OS ASSOCIADOS
Esta é a etapa final, onde foi aplicado o questionário a todos que participam da
associação. Atualmente a associação conta com seis associados, e todos os seis
responderam ao questionário, onde foi verificada a disponibilidade dos envolvidos
em fornecer as informações.
4.9.1 Sobre o sexo dos Pesquisados
MASCULINO
FEMININO
17%
83%
Gráfico 01: Sexo.
Fonte: Pesquisa realizada no período de 10/04/2012 a 30/04/2012
A questão 1 buscou identificar como se dá a formação da associação, de acordo
com o gráfico 1, 83% dos entrevistados são do sexo feminino, 17% são do sexo
masculino. Mostrando assim que os artesões que participam da associação são na
maioria representados pelo sexo feminino, o que indica que a sociedade considera o
artesanato como uma atividade feminina, pelo fato de ser reflexo de trabalhos
manuais mais detalhados, em que mulheres podem ter mais habilidade na produção
das peças.
57
Portanto, a Associação dos Artesãos em Couro da Tilápia da cidade de Piranhas, é
uma associação para todos aqueles que têm interesse de participar, e que tenham
criatividade, originalidade, para produzirem as peças que expressem admiração das
pessoas que observam os produtos.
4.9.2 Sobre a idade dos Pesquisados
Menos de 20 anos
De 20 ate 30 anos
De 30 ate 40 anos
De 40 ate 50 anos
De 50 ate 60 anos
Mais de 60 anos
33%
67%
Gráfico 02: Idade.
Fonte: Pesquisa realizada no período de 10/04/2012 a 30/04/2012
Na questão 02, o objetivo foi identificar a idade dos artesões, que formam a
Associação dos Artesãos em Couro de Tilápia. O gráfico 02, mostra que 67% dos
entrevistados tem idade entre 30 e 40 anos, e 33% tem menos de 20 anos.
Pode-se observar que a associação é formada pelos artesões na sua maioria,
adultos com idade entre 30 até 40 anos. O importante é que todos participem, seja
jovem, adulto ou idoso, tendo como objetivo incentivar a prática do artesanato como
58
uma alternativa de geração de renda, a todos que se sintam interessados a
participar da associação.
4.9.3 Sobre o Estado Civil dos Pesquisados
Casado
Solteiro
Divorciado
Viúvo
33%
67%
Gráfico 03: Estado Civil.
Fonte: Pesquisa realizada no período de 10/04/2012 a 30/04/2012.
Na questão 03, teve como objetivo verificar qual o estado civil dos artesões, que
participam da associação.
De acordo com o gráfico 03, percebe-se que 67% dos artesões são casados, e 33%
são solteiros, o que demonstra que a maioria dos associados, são casados, e com
isso se pode notar que forma a Associação dos Artesãos em Couro de Tilápia,
representantes de família, na sua grande maioria.
59
4.9.4 Sobre o grau de escolaridade dos Pesquisados
Ensino primário incompleto
Ensino primário completo
Ensino médio incompleto
Ensino médio completo
Ensino superior
Ensino superior incompleto
Sem escolaridade
17%
33%
50%
Gráfico 04: Grau de escolaridade.
Fonte: Pesquisa realizada no período de 10/04/2012 a 30/04/2012
Na questão 04, buscou-se identificar, qual a escolaridades dos artesões. O resultado
apontado de acordo com o gráfico 04, verifica-se que 50% tem o ensino médio
incompleto, 33% tem o ensino primário incompleto e que apenas 17% tem o ensino
médio completo.
Observa-se que o grau de escolaridade dos associados esta equilibrada, vários
artesãos pretendem concluir e fazer faculdade, isso mostra que nem toda as
associações são formadas por pessoas carentes e analfabetas.
De acordo com Manfredi e Bastos (1997) salientam que a sociedade que queremos
construir antecipa-se na escola como possibilidade desejável e realizável através de
iniciativas de solidariedade, participação e de exercício de governo compartilhado.
60
4.9.5 Sobre o tempo de associação
Menos de 3 anos
Durante 3 anos
Durante 4 anos
Durante 5 anos
Durante 6 anos
33%
67%
Gráfico 05: Quanto tempo esta na associação.
Fonte: Pesquisa realizada no período de 10/04/2012 a 30/04/2012
Na questão 05, o objetivo foi identificar qual o tempo que os artesões participam da
associação.
Analisando-se o gráfico 05, pode-se observar que, entre os entrevistados 67% que
responderam que participam da associação desde o inicio, durante seis anos, e 33%
estão a menos de três anos na associação.
A pesquisa detectou que em todos esses anos não tem aumentado a quantidade de
artesãos que participam da associação. Isso se deve ao fato de que os associados
não estão muito satisfeito, e assim que aparece outra oportunidade, eles
abandonam a associação. Verifica-se que no período de 2006 a 2012, houve um
aumento muito pouco de novos participantes da associação. Através disso os
artesãos precisaram trabalhar a motivação pessoal, para que cada um possa está
motivado pra dar continuidade do trabalho.
61
De acordo com as Teorias Motivacionais (2010, p.2) Motivação pessoal é uma
ferramenta que gera iniciativa e que cria motivação e entusiasmo na vida de uma
pessoa. E contribui para realização de um determinado desejo, sendo o motivo de
entusiasmos na realização de algum objetivo. É fundamental para a pessoa que
deseja ter sucesso na vida em geral.
4.9.6 Os pesquisados trabalham em outro local
Na questão 06, teve como objetivo identificar através dos entrevistados, se eles
trabalham em outro local. Foi identificado que todos os entrevistados responderam
que não tem outro trabalho, e com isso conclui-se que a associação é o único meio
de geração de renda para esses artesões.
Conclui-se que a associação é uma forma de incentivo as pessoas envolvidas, e
através da união das pessoas são alcançados os objetivos, onde todos se ajudam
ensinam e aprendem uns com os outros fortalecendo a relações e com isso
favorecendo o grupo. E com isso acarreta resultados positivos para a economia da
família inserida.
62
4.9.7 Sobre o nível de contribuição da associação para a melhoria de vida dos
entrevistados
Contribui muito
Contribui razoavelmente
Contribui pouco
Não contribui
33%
67%
Gráfico 06: Qual o nível de contribuição da associação para a melhoria da sua qualidade de vida?
Fonte: Pesquisa realizada no período de 10/04/2012 a 30/04/2012
Na questão 07 buscou-se analisar a contribuição que a associação oferece para a
melhoria de vida desses artesões. Analisando o gráfico 06 verifica-se que 67% dos
artesões entrevistados responderam que a associação contribui pouco para a sua
melhoria de vida, outra parte dos entrevistados responderam que a associação
contribui razoavelmente (33%).
Observa-se que a maioria dos artesãos responderam que a associação contribui
pouco para a sua melhoria de vida, pelo fato deles não conseguirem obter uma
renda mensal boa, onde não são todos o mês que consegue vender uma quantidade
grande
de produtos. Através das dificuldades é gerado a desmotivação dos
artesãos. Boog (1999), citado por, Alcalde (2007, p.88) diz que o trabalho em grupo
é um desafio para uma comunidade. Dessa forma a formação de um grupo,
motivado, e interagindo um com outro depende do objetivo comum e do
desenvolvimento de competências.
63
4.9.8 Sobre as dificuldades que a associação enfrenta
Desistencia dos Associados
Divulgaçao
Falta de equipamento
Falta de sede própria
Falta de apoio
Outros
33%
33%
17%
17%
Gráfico 07: em sua opinião, quais as dificuldades que a associação enfrenta?
Fonte: Pesquisa realizada no período de 10/04/2012 a 30/04/2012
Na questão 08 buscou-se levantar as principais dificuldades que a associação
enfrenta nos dias atuais. O resultado apontado no gráfico 07 identifica que as
principais
dificuldades
enfrentadas
atualmente
pela
associação
são,
33%
responderam que é a desistência dos associados, o motivo dessas desistências, foi
dado como exemplo, que as pessoas consegue um trabalho e com isso deixa a
associação; outro motivo também com 33% segundo os entrevistados é a falta de
uma sede própria com um espaço grande, para que possa ser feito o processo do
curtimento do couro na própria associação; 17% responderam que é falta de
divulgação, onde eles acreditam que deveriam divulgam mais as peças; e 17% dos
entrevistados responderam que é pela falta de equipamento.
Analisando a questão percebe-se que a desistência dos associados e a falta de uma
sede própria é o maior obstáculo declarado pelos entrevistados, é importante
destacar que a cidade de Piranhas se caracteriza como uma cidade turística e a
64
comunidade local não é motivada para continuar na associação, o que acarreta na
desistência dos associados.
4.9.9 Sobre a atual situação da associação
Otima
Boa
Regular
Ruim
Pessimo
33%
67%
Gráfico 08: Como você avalia a atual situação da associação?
Fonte: Pesquisa realizada no período de 10/04/2012 a 30/04/2012
Na questão 09, teve como objetivo verificar como esta a situação da associação, na
opinião dos entrevistados.
No gráfico 08, pode-se observar que, de acordo com a visão dos entrevistados, 67%
responderam que a atual situação da associação é regular, deram como exemplo as
dificuldades que estão sendo enfrentadas atualmente na associação, e 33% dos
entrevistados responderam que esta ruim situação da associação.
65
4.9.10 Sobre o relacionamento entre a Presidente e os associados
Otima
Boa
Regular
Ruim
Pessima
33%
67%
Gráfico 09: Como é o relacionamento entre a presidente e os associados?
Fonte: Pesquisa realizada no período de 10/04/2012 a 30/04/2012
Na questão 10, teve como objetivo descobrir como é o relacionamento entre a
presidente e os associados.
No gráfico 09, percebe-se que 67% dos entrevistados responderam que a relação é
ótima, e 33% responderam que a relação é boa. Pode ser concluído que um bom
relacionamento é fundamental, e que existe essa relação entre eles.
O relacionamento é fundamental em uma associação, onde se respeitem e se
valorizem, respeitando o espaço do outro, para que o bom relacionamento possa se
refletir no trabalho.
Michaan (2011), afirma que saber se relacionar é muito importante porque todo ser
humano sente necessidade básica de se sentir aceito, valoroso e importante.nossas
escolhas são baseadas em nossas crenças em atingir estes objetivos, e o que
fortalece uma pessoa é fazer parte de um grupo.
66
4.9.11 Sobre a importância a participação dos entrevistados, na associação.
Tenho vantagens para comercializar o produto
Tenho uma fonte de renda confiavel
Tenho mais agilidade na produçao das peças
Outros
33%
67%
Gráfico 10: Qual a importância da sua participação na associação?
Fonte: Pesquisa realizada no período de 10/04/2012 a 30/04/2012
Na questão 11 buscou-se identificar a opinião dos associados sobre a importância
da sua participação na associação. O resultado apontado no gráfico 10 identifica que
67% dos associados responderam que é importante a sua participação na
associação por ter mais agilidade na produção e 33% responderam que a sua
participação se dar por ter uma fonte de renda confiável.
A importância de participar de uma associação depende do ponto de vista de cada
associado. A associação proporciona a eles novas formas de manter suas famílias,
tendo como objetivos suprir as necessidades mais urgentes dos envolvidos.
Fazendo com que aconteçam as mudanças significativas na comunidade, desde que
ela aceite e esteja aberta para mudança.
67
4.9.12 Sobre a contribuição da associação ao pequeno negocio do entrevistado
Contribui muito
Contribui razoavelmente
Contribui pouco
50%
Não contribui
50%
Gráfico 11: Qual o nível de contribuição que a associação traz ao seu negocio enquanto pequeno
produtor?
Fonte: Pesquisa realizada no período de 10/04/2012 a 30/04/2012
A questão 12 teve como objetivo identificar a forma que a associação contribui para
o esse pequeno negócio.
Analisando o gráfico 11, pode-se observar que 50% dos entrevistados responderam
que a associação contribui muito para o seu pequeno negocio, e 50% responderam
que contribui razoavelmente. Através dessas respostas, pode-se perceber que a
associação
é
de
fato
importante
negocio,contribuindo para sua valorização.
para
a
contribuição
ao
pequeno
68
4.9.13 Sobre o significado da palavra associação para os entrevistados
Na pergunta 13, o objetivo é saber se os associados conhecem o que significa o
termo associação. Analisando as respostas dos entrevistados, Pode-se identificar
que todos, sabe o que significa o termo associação, onde cada um expressou o
significado da sua maneira, e com suas palavras, mais sendo o mesmo significado.
É de grande importância os associados saber o significado de associação, para ter
conhecimento sobre a área de atuação que eles participam. Para o SEBRAE (2009,
p.3) associação é um grupo de pessoa que se organiza para realizar um objetivo
comum.
4.9.14 Sobre o motivo dos artesãos de participar da associação
A questão 14 teve como objetivo analisar porque os entrevistados participam da
Associação dos Artesãos em Couro de Tilápia.
Foi identificado que todos dos associados entrevistados, responderam que
participam dessa associação porque é uma maneira de geração de renda, pelo fato
deles não terem um trabalho.
A importância dessa questão é mostra que os artesãos proporcionam a sua família
condições de ter uma vida mais digna, porque mesmo com a situação de pouca
oportunidade de trabalho na cidade, essas pessoas optaram pelo associativismo,
como alternativa de geração de renda. Que de acordo com Rodrigues, (2008, p.1)
geração de renda, é quando se consegue criar um produto e comercializa-lo,
fazendo com que haja retorno financeiro.
69
4.10 CONCLUSAO DA PESQUISA
Através da pesquisa aplicada a prefeitura, pode-se observa que essa associação
contribui para o desenvolvimento local da cidade, uma fez que não tenham emprego
na cidade. A Associação dos Artesãos em couro de tilápia tem uma grande
importância na economia local, devido oportunidade que é dada aos interessados,
de ter um emprego e renda para as famílias envolvidas. Onde a prefeitura incentiva,
através dos cursos e capacitações, que é oferecido para os artesãos se
aprofundarem cada vez mais no designer das peças. Observa-se que a associação
oferece dignidade e coragem aos associados, e dessa forma contribui para o
desenvolvimento local.
Analisado a pesquisa realizada com a Presidente da associação. a Associação dos
Artesãos de Couro de Tilápia teve inicio devido aos incentivos entre parcerias
públicas que deu certo. Teve inicio em 2006. O couro de tilápia vem do programa
xingó, onde são produzidas uma variedade de peças.
A associação apresenta
dificuldades, em relação a uma sede própria para o curtimento do couro, desistência
dos artesãos, divulgação não esta ocorrendo na cidade e com isso os associados se
sentem desmotivados. Pode-se notar que desde 2006 o numero de associado vem
diminuindo devido as dificuldades existentes. Mas a presidente deixa claro que a
associação é de grande importância a associação para esse artesãos, por mais que
as dificuldades existam, a associação ajuda essas famílias.
E por fim a pesquisa aplicada aos associados, Percebe-se que a associação é forma
pela maioria de mulheres de 30 a 40 anos, tendo ensino médio incompleto, casadas
onde são representantes de família. Observa-se que a associação é o único meio de
renda que esses artesãos possuem. Mais se nota que a associação tem mês que
não consegue vender os produtos em grande quantidade, o que dificulta e
desmotiva os associados, além de não ter um sede própria, desistência dos
associados e a fala de divulgação, esses são as principais dificuldades encontradas
diante da visão dos associados.
70
_______________
CONSIDERAÇÕES FINAIS
71
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A seguir serão apresentadas as considerações finais deste estudo, que tem como
objetivo apresentar as conclusões alcançadas através das pesquisas, e apresentar
algumas recomendações para pesquisas futuras.
Este trabalho teve como foco analisar a importância do Associativismo para a
Associação dos Artesãos em Couro de Tilápia da cidade de Piranhas. O estudo
apresentou conceitos sobre: Agronegócio; Terceiro Setor e Artesanato.
O estudo foi de grande importância, porque se buscou analisar a Associação, com o
auxilio do estudo de caso e com as entrevistas, realizadas com a Prefeitura e a
Presidente da associação, e com os questionários aplicados aos associados.
Através disto foi detectado as principais dificuldades, descrever o seu funcionamento
e apresentar a importância dela para o desenvolvimento local.
Verificou se a participação da gestão municipal, na contribuição e incentivo dado a
associação. Identificou-se que a associação desempenha um papel importante na
emancipação econômica e produtiva de seus associados.
Como a entrevista realizada a presidente da associação e os questionários
aplicados aos artesãos, permitiu constatar que a maior dificuldade da Associação
esta na ausência de associados e na falta de divulgação.
Com o propósito de responder a problemática da pesquisa constatou-se que o
Associativismo é de grande importância, por ser uma opção de geração de renda e
trabalho para os artesãos da cidade de piranhas, que não tem outro meio de
geração de renda. Conclui-se, portanto que o associativismo é sim de grande
importância para a associação e por esse motivo devem ser criadas outras
associações, pois contribui positivamente para o desenvolvimento da cidade de
Piranhas.
72
RECOMENDAÇÕES
Diante das dificuldades que foram percebidas e investigadas, a pesquisadora sugere
as seguintes ações listadas abaixo, para que a associação consiga superar essas
dificuldades.
•
Promover feiras artesanais na cidade de Piranhas, para que todos os
moradores possam conhecer os trabalhos desses Artesãos.
•
Iniciar a comercialização nas residências, onde representa uma ferramenta
significativa, onde esses mesmos clientes conseguem indicam os produtos
para os todos os conhecidos e com isso aumentando o potencial de venda da
associação.
•
Incentivar a auto estima das pessoas para que elas valorizem seu trabalho e
invistam mais na associação. Este investimento não significa investir
somente na parte financeira, mais também na dedicação, nos treinamentos,
aperfeiçoamentos para que desenvolva a criatividade para a produção das
novas peças.
•
Fazer divulgações da Associação, nas cidades vizinhas, com a exposição
das feiras;
•
Fazer convite a comunidade para que os interessados possam participar da
associação, e assim pode aumentar o numero de associados;
•
Informa a comunidade da importância da associação para os artesãos;
•
Oferecer as peças produzidas em lojas da cidade de Piranhas e nas cidades
vizinhas.
É importante também que a associação realize pesquisas de satisfação com os
artesãos, para que não aconteça o desligamento da Associação dos Artesãos em
Couro de Tilápia na cidade de Piranhas.
73
REFERÊNCIAS
ALCALDE, Elisangela de Aguiar. O papel dos agentes na comunidade de
artesãos em três Lagoas-Ms como instrumentos impulsionadores do
desenvolvimento local. 2007. Dissertação. Mestrado Acadêmico. 2007. Disponível
em:
http://www.tede.ucdb.br/tde_arquivos/2/TDE-2008-10-21T071748Z-
299/Publico/Elisangela.pdf. Acessado em 19 de junho de 2012.
ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à metodologia do trabalho
cientifico:elaboração de trabalhos na graduação. 4.ed. São Paulo;ATLAS,1999.
AZEVEDO. Tânia Cristina. ARAUJO, Fabiano da Silva. A evidenciação das
informações contábeis das OCIPs (Organizações da Sociedade Civil de
Interesse Publico) Instaladas em feira de Santana/ BA. 2004. Disponivel em:
http://www.crcba.org.br/boletim/artigos/a_evidenciacao_das_informacoes_contabeis_das_osc
ips.pdf. Acesso em: 28 de abril de 2012.
Barros, Janilda Maria Moraes. Um analise Motivacional dos gestores e
colaboradores: Um estudo na empresa Multicor em Paulo Afonso-BA: 2010. 64f.
Monografia (graduação) – Faculdade Sete de Setembro - FASETE.
BORGES, Claudia Moreira. Desenvolvimento Local e Avaliação de Politica
Publicas: analise da viabilidade para construção de um índice de desenvolvimento
local para o município de São Jose do Rio Preto. Dissertação (Mestrado). Ribeirão
Preto, 2007. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/96/96132/tde23072007-094047/. Acesso em: 15 de junho de 2012.
BRITO,
Lydia
Maria
Pinto.
Desenvolvimento
local
–
alternativa
de
desenvolvimento sustentável no capitalismo? XXVI ENEGEP – Fortaleza, CE,
Brasil,2006.
Artigo.
Disponível
em:
www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP2006_TR560372_6797.pdf. Acessado em: 15
de junho. 2012.
74
CAMARGO, Rodrigo Moreira. A importância das associações na sociedade.
Artigos,
2010.
Disponível
em:
http://www.ilhasolteira.net/inet/index.php?option=com_content&view=article&id=82:aimportancia-das-associacoes-na-sociedade&catid=33:rodrigo-moreiracamargo&Itemid=16. Acessado em: 19 de junho de 2012.
CARNEIRO, André. Mas afinal, o que é Marketing. Artigo. 2008. Disponível em:
http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/mas-afinal-o-que-emarketing/25831/. Acessado em: 21 de junho de 2012.
CARVALHO, Heidi Crostina Buzato de. Artesanato de Caixeta em São Sebastião São Paulo. Dissertação de Mestrado – Escola Superior de Agricultura Luiz de
Queiroz.
Piracicaba,
2001.
Disponível
em:
www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11142/tde-09052002-.../heidi.pdf acesso em:
11 de março 2012.
CASTAGNOLLI, N. Criação de peixes de água doce. Jaboticabal: FUNEPE, 1992.
CASTRO, Célia Lucia de. Opções de valor agregado: pesquisa para o
desenvolvimento de adaptações apropriadas para os pesqueiros artesanais da área
de
três
Marias,
Brasil.
2005.
Disponível
http://www.worldfish.org/PPA/PDFs/Semi-Annual%20V%20Portuguese/5th
em:
%20s.a.
%20port_D.5.pdf. Acessado em: 20 de abril de 2012.
DAFT, Richard L. Organizações: teorias e projetos. 7ª Ed. São Paulo: Pioneira
Thomson Learning, 2002.
DAL RI, Neusa Maria. Economia solidaria: o desafio da democratização das
relações de trabalho. São Paulo: Arte & Ciencia, 1999.
DURCKER. Ferdinard Peter. A administração. São Paulo: Nobel, 2002.
FABRETTI, Lydiane Regina Pereira. A frente e o verso da trama: grupos vivenciais
junguianos com mulheres que cuidam, esperam e criam nas rodas de
75
artesanato,dissertação,mestrado, programa de pós-graduação em psicologia. São
Paulo:
2011.
Disponível
em:
www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47131/tde.../fabretti_me.pdf. Acesso em: 11
de março de 2012.
FALONE, Sandra Zago. Desenvolvimento de métodos para a determinação do
hormônio 17 – metiltestosterona em amostra de água e de sedimentos de
piscicultura ensaios ecotoxicologicos com cladoceros 2007. Tese Doutorado –
programa de pós-graduaçao e área de concentração: ciência da engenharia de são
Carlos.
Universidade
de
São
Paulo,
2007.
Disponível
em
:www.teses.usp.br/teses/disponíveis/18/.../tde.../TeseSandrazagoFalone.pdf. Acesso
em: 11 de março, 2012.
FERRAREZI, Elisabete, Organização da sociedade civil de interesse publico –
Oscip: a lei 9.790 como alternativa para o terceiro setor. Brasília: comunidade
solidaria,
2001.
Disponível
http://www.senadoralvarodias.com/arquivo/2007_10_01_manual_oscip.pdf.
em:
Acesso
em: 25 de abril, 2012.
FRANTZ, Walter. Desenvolvimento local, associativismo e cooperação, 2008.
Diponivel em: <htt:www.unijui.tche.br/~dcre/frantz.html>. Acesso em 11 de março,
2012.
GEOMUNDO. Agronegócio Brasileiro: uma oportunidade de investimento.
2004, Web-site pessoal do professor Washignton Luiz da Silva. Disponível em:
HTTP://www.geomundo.com.br/geografia-30105.htm. Acesso em 27 de abril, 2012.
GUANZIROLI, Carlos. Experiências recentes bem-sucedidas no Brasil em
agronegócio e desenvolvimento rural sustentável. Brasília: 2010. Disponível em:
HTTP/www.agrosoft.org.bragropag216171.htm. Acessado em 25 de março de 2012.
LAKATOS, Eva Maria e MARCONI, Mariana de Andrade. Fundamentos de
Metodologia Cientifica 4. Ed. São Paulo: Atlas 2001.
76
MANFREDI, Silva Maria; BASTOS, Solange. Experiências e projetos de formação
profissional entre trabalhadores brasilerios. Educação & Sociedade, 1997.
MICHAAN, Léa. Relacionamento humano – Por que é tão importante saber se
relacionar
bem?
artigo,
2011.
Disponível
em:
http://psicologaresponde.wordpress.com/2011/03/01/relacionamento-humano/.
Acessado em: 17 de junho de 2012.
MINAYO, M.C. de S. (Org.) Pesquisa social: teoria, método e criatividade, 22 ed.
Rio de Janeiro: Vozes, 2003.
PAES, Jose Eduardo Sabo. Fundações e entidades de interesse social: Aspectos
jurídicos, administrativos, contábeis e tributários. 2ª. Ed. Brasília Jurídica, 2000.
PEREIRA, Rodrigo Mendes. Conceitos, características e desacordos no
terceiros
setor.
2005.
Disponível
em:
http://www2.oabsp.org.br/asp/esa/comunicacao/artigos/conceitoscaracteristicas.pdf.
Acessado em: 20 de Abril de 2012.
PORTAL
DO
AGRONEGOCIO.
2001.
Disponível
em:
htpp://www.portaldoagronegocio.com.br/texto.php¿p=oquee. Acessado em: 12 de
abril, 2012.
PRESTES, Maria Luci de Mesquita. A pesquisa e a construção do conhecimento
cientifico. 1ª Ed. São Paulo: Respel, 2002.
RICHARDSON, Roberto Jarry. Pesquisa Social: métodos e técnicas. – 3ª Ed. – São
Paulo: Atlas , 1999.
RODRIGUES, Thiago Izidorio, Geração de renda. Texto, 2008. Disponível em:
http://artebrasilecbf.blogspot.com.br/2008/04/o-arte-brasil-para-mim-um-projetoonde.html. Acessado em: 17 de junho de 2012.
77
RUIZ, Joao Álvaro. Metodologia cientifica: guia para eficiência nos estudos, 6ª Ed.
São Paulo: Atlas, 2011.
SANTOS, Silveira Ribeiro dos. Importância da associações de bairro – texto.1996
Disponível
em:
http://www.aultimaarcadenoe.com.br/associacoes-de-bairro-2/.
Acessado em: 15 de junho de 2012.
SEBRAE. Dicas para estimular o desenvolvimento local a partir dos pequenos
negócios.
2008.
Disponível
em:
http://www.desenvolvimento.gov.br/portalmdic/arquivos/dwnl_1255545143.pdf.
Acessado em: 19 de junho de 2012.
SEBRAE. Estratégia para competir no mercado. Artigo, 2009. Disponível em:
http://www2.rj.sebrae.com.br/boletim/estrategias-para-competir-no-mercado/.
Acessado em: 10 de abril 2012.
SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. Panorama
da
Ovinocaprinocultura
no
Brasil.
2009
Disponível
em
www.SEBRAE.com.br/setor/ovino-e-caprino/o.../mercado. Acesso em 10 de Abril.
2012.
SEBRAE, Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. Cooperativa/
conteúdo e texto versão original Univaldo Coelho Cardoso, Vânia Lucia
Nogueira Carneiro. Brasília: 2009.
SEBRAE – OSCIP. Organização da Sociedade Civil de Interesse Público. 2002
Disponível em: http://www.sebraemg.com.br/culturadacooperacao/oscip/03.htm. Acesso
em: 28 de abril de 2012.
SEVERINO, Antonio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 23 Ed. São
Paulo: Cortez, 2007.
SILVA, Giuliano Alves Borges e. Desenvolvimento local e gestão municipal: um
estudo sobre as políticas para atração de empresas no município de Araxá-MG.
78
Ribeirão Preto, 2009. 164p. Dissertação de Mestrado apresentada à faculdade de
economia, administração e contabilidade de Ribeirão Preto, da Universidade de São
Paulo.
Disponível
em:
www.teses.usp.br/teses/disponiveis/96/.../GiulianoAlvesBorgeseSilva.pdf. Acessado
em 01 de abril, 2012.
SOUZA, Leandro Marins. Parcerias entre a Administração Publica e o Terceiro
Setor: sistematização e regulação.Tese de Pós-graduação em Direito. São Paulo:
2010.
Disponível
em:
www.teses.usp.br/teses/disponiveis/2/2134/tde.../TESE-
FINAL.pdf. Acesso em: 27 de abril de 2012.
SZAZI, Eduardo. Terceiro setor: regulação no Brasil. 3ª Ed. – São Paulo:
peirópolis, 2003.
TEORIAS MOTIVACIONAIS. Motivação nas empresas. Artigo. 2010. Disponível
em:
http://pt.scribd.com/doc/24701497/MOTIVACAO-NAS-ORGANIZACOES.
Acessado em: 21 de junho de 2012.
79
_______________
APÊNDICE
80
APÊNDICE A
Faculdade Sete de Setembro – FASETE
Credenciada pela Portaria MEC – 206/2002 – DOU 29/01/2002
Av. Vereador José Moreira, 1000 – Centro
Paulo Afonso – BA
PESQUISA PARA TRABALHO MONOGRÁFICO
Aluna: Dayana Bezerra dos Santos
Orientadora: Prof. MSC, Renata Pedrosa
ENTREVISTA A SER APLICADA NA PREFEITURA
Dados pessoais do respondente:
•
Nome:
•
Idade:
1. Como a gestão municipal enxerga a associação de artesanato de Couro de
Tilápia em Piranhas? Qual o grau de importância?
2. Como você analisa o papel desempenhado da associação?
3. A prefeitura de alguma forma apoia a associação? Como?
4. Qual o papel da associação na economia da cidade?
81
APÊNDICE B
Faculdade Sete de Setembro – FASETE
Credenciada pela Portaria MEC – 206/2002 – DOU 29/01/2002
Av. Vereador José Moreira, 1000 – Centro
Paulo Afonso – BA
PESQUISA PARA TRABALHO MONOGRÁFICO
Aluna: Dayana Bezerra dos Santos
Orientadora: Prof. MSC, Renata Pedrosa
ENTREVISTA A SER APLICADA COM A PRESIDENTE DA ASSOCIAÇAO
Dados pessoais do respondente:
•
Nome:
•
Idade:
•
Tempo de empresa:
1. Como surgiu a ideia da associação?
2. Há quanto tempo à associação atua na cidade de Piranhas?
3. Qual a sua visão de associação?
4. De onde vem o material, utilizado para confeccionar as peças?
5. Quais são os produtos confeccionados?
6. Quais os critérios de escolha e entrada dos associados?
7. Quais os critérios de escolha e entrada dos associados?
8. Quais são as dificuldades que a associação enfrenta atualmente?
9. Quantas pessoas tinham no inicio da associação e quantas têm hoje?
10. Como a Senhora avalia a atuação da associação na cidade de piranhas?
11. Qual a importância da associação para os artesões da cidade de piranhas?
12. A senhora esta satisfeita enquanto presidenta da associação?
13. Quais são os pontos de venda dos produtos?
14. Quanto custa as peças produzidas na associação?
82
15. Quantas peças são vendidas por mês?
16. Como acontece a distribuição do lucro entre os associados? E quanto é o
lucro de cada associado?
83
APÊNDICE C
Faculdade Sete de Setembro – FASETE
Credenciada pela Portaria MEC – 206/2002 – DOU 29/01/2002
Av. Vereador José Moreira, 1000 – Centro
Paulo Afonso – BA
PESQUISA PARA TRABALHO MONOGRÁFICO
Aluna: Dayana Bezerra dos Santos
Orientadora: Prof. MSC, Renata Pedrosa
QUESTIONARIO A SER APLICADA COM OS ASSOCIADOS
1. Sexo:
( ) Masculino
( ) Feminino
2. Idade:
( ) Menos de 20anos ( ) De 20 ate 30 anos ( ) De 30 ate 40 ( ) De 40 ate 50
( ) De 50 ate 60 ( ) Mais de 60 anos
3. Estado civil:
( ) Casado ( ) Solteiro ( ) Divorciado
( ) Viúvo
4. Grau de escolaridade:
( ) Ensino primário incompleto
( ) Ensino primário completo.
( ) Ensino médio incompleto
( ) Ensino médio completo.
( ) Ensino superior.
( ) Sem escolaridade
( ) Ensino superior incompleto.
5. Quanto tempo esta na associação?
(
) Menos de 3 anos (
) Durante 3 anos
(
) Durante 4 ano
) Durante 5 anos
(
(
) Mais de 5 anos.
6. Além da associação trabalha em outro local?
( ) Sim, em qual:________________________ ( ) Não
84
7. Qual o nível de contribuição da associação para a melhoria da sua qualidade
de vida?
( ) Contribui muito ( ) Contribui razoavelmente
( ) Contribui pouco ( )
Não contribui
8. Em sua opinião, quais as dificuldades que a associação enfrenta?
( ) Desistência dos Associados
( ) Divulgação
( ) Falta de equipamento
( ) Falta de uma Sede Própria
( ) Falta de apoio
( ) Outros_________________________________________________
9. Como você avalia a atual situação da associação?
( ) Ótima (
) Boa (
) Regular (
) Ruim ( ) Péssima
10. Como é o relacionamento entre a Presidente e os associados?
( ) Ótima (
) Boa (
) Regular (
) Ruim (
) Péssima
11. Qual a importância da sua participação na associação?
( ) Tenho vantagens para comercializar o produto
( ) Tenho uma fonte de renda confiável
( ) Tenho mais agilidade na produção das peças
( ) Outros_________________________________________________
12. Qual o nível de contribuição que a associação traz ao seu negócio enquanto
pequeno produtor?
( ) Contribui muito ( ) Contribui razoavelmente
( ) Contribui pouco
( ) Não contribui
13. Você sabe o que significa associação?
(
) Sim, significa:___________________________________________
(
) Não
14. Por que você participa dessa associação?
( ) Porque é uma maneira de geração de renda, já que não tenho emprego.
( ) Porque gosto de produzir as peças, pois já tenho um outro emprego.
( ) outra___________________________________________________
85
_______________
ANEXOS
86
Figura 02: Sandálias produzidas na
associação
Fonte: próprio autor
Figura 04: Cintos produzidos na
associação
Fonte: próprio autor
Figura 03: Bolsas produzidas na
associação
Fonte: próprio autor
Figura 05: imas produzidos na associação
Fonte: próprio autor
87
Figura 06: Chaveiros produzidos na
associação
Fonte: próprio autor
Figura 08: Pulseiras produzidas na associação
Fonte: próprio autor
Figura 07: Brincos produzidos na
associação
Fonte: próprio autor
Figura 09: Colares produzidos
na associação
Fonte: próprio autor
88
Figura 10: Anéis produzidos na associação
Fonte: próprio autor
Figura 11: Agendas produzidas na
associação
Fonte: próprio autor
Figura 12: acessórios para cabelos produzidos
na associação
Fonte: próprio autor
89
Figura 13: Sede da associação
Fonte: próprio autor
Figura 14: Sede da associação
Fonte: próprio autor
90
Download

Monografia de Dayana Bezerra dos Santos