18º Fórum Paraense de Letras - 2012
LETRAMENTO e EDUCAÇÃO
por una (trans) formação poética
da escola, do professor e do aluno
18 a 20 de setembro de 2012
Campus Alcindo Cacela
REALIZAÇÃO
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E EDUCAÇÃO
PROMOÇÃO
Curso de LETRAS
Curso de PEDAGOGIA
PARCERIAS
NÚCLEO CULTURAL UNAMA
PROGRAMA de MESTRADO em COMUNICAÇÃO, LINGUAGEM e CULTURA da UNAMA
ASPED - ASSESSORIA PEDAGÓGICA UNAMA
ANPGL Associação Nacional de Pesquisa na Graduação em Letras
http:/www.anpgl.org.br/
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Patrona do 18º Fórum de Letras - Ano 2012
Profª Josse Fares
Como Patronos, já foram homenageados os seguintes notáveis educadores, responsáveis
pela formação de leitores, intelectuais da nossa terra:
Albeniza Chaves
Francisco Paulo Mendes
Machado Coelho
Benedito Nunes
Raimundo Jurandy Wanghan
Maria de Belém Menezes
Vicente Salles
Max Martins
Pedrina Silva
Maria Lúcia Medeiros
Ápio Campos
Sérgio Antonio Sapucahy da Silva
Norma Barata
Marlene Coeli Vianna
Juruema Bastos
Leopoldina Araújo
João de Jesus Paes Loureiro
Therezinha Gueiros
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18º Fórum Paraense de Letras - 2012
Sumário
PROGRAMAÇÃO DE ABERTURA
COMUNICAÇÕES
COMUNICAÇÕES
Dia 19/09
Dia 20/09
SESSÃO DE PÔSTER
Dia 20/09
CURSOS/RESUMOS
Dia 19 /09
Dia 20/09
ORGANIZADORES:
Daniela Fiorentini
Maria célia Jacob
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18º Fórum Paraense de Letras - 2012
18 de setembro, terça-feira
SESSÃO DE ABERTURA
Auditório David Mufarrej
18h00
19h00
Credenciamento (Foyer do Aud.)
Palavra da Reitora
Profa.Dr. Ana Célia Bahia Silva
19h15
Apresentação do Coro Cênico da UNAMA
19h30
Homenagem Patrona do 18º. Fórum
Paraense de Letras
Professora Josse Fares
Conferência de abertura
POR UMA FORMAÇÃO POÉTICA DO PROFESSOR
E DO ALUNO
Prof Dr. Luiz Percival Leme Britto (UFPOPA )
19h45
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18º Fórum Paraense de Letras - 2012
COMUNICAÇÕES
19 de setembro
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SALA A 301 09h00
Coordenação: Prof. Dr. Antônio Máximo FERRAZ ( UFPA)
NÚCLEO INTERDISCIPLINAR KAIRÓS (NIK)
A OBRA DE ARTE E O PENSAMENTO POÉTICO ORIGINÁRIO
RESUMO
As comunicações coordenadas ora propostas, e cujos resumos se encontram abaixo,
se inserem no projeto de pesquisa intitulado “A obra de arte e o pensamento poéticooriginário”, coordenado pelo proponente no âmbito do Núcleo Interdisciplinar Kairós
– Pensamento da Arte e da Linguagem (NIK), grupo de pesquisa em atuação junto à
Faculdade de Letras e ao Programa de Pós-Graduação em Letras da UFPA. No projeto de
pesquisa, a obra de arte não é vista como o ficcional contraposto ao real e à verdade,
mas como o acontecer de questões. Tal modo de pensar a arte é poético-originário, pois
vê a obra como doação da poiésis, a qual não tem origem no homem, mas a ele se dirige
por ação originária da verdade (alétheia), compreendida em uma dimensão manifestativa.
Além da presente comunicação, mais dez comunicações serão apresentadas, divididas
em três Mesas, perfazendo um total de onze comunicações. Elas dialogam entre si, pois
partem de uma perspectiva poético-ontológica da obra de arte. O proponente será o
mediador das Mesas.
PALAVRAS-CHAVE: Obra de arte; Pensamento; Poiésis; verdade.
Mesa: A REALIDADE COMO FICÇÃO
A QUESTÃO DO DESDOBRAMENTO DO EU NO CONTO “O ESPELHO” DE MACHADO DE
ASSIS
Cássia COSTA (UFPA)
Graduada em Filosofia pela Universidade Federal do Pará – UFPA.
E-mail. [email protected]
Alberto AMARAL (UFPA)
Mestre em Psicologia Social pela Universidade Federal do Pará ( UFPA). Professor da
Escola Superior Madre Celeste (ESMAC). E-mail. [email protected].
Orientador: Prof. Dr. Antonio Máximo Ferraz ( UFPA)
Prof. Adjunto da Graduação e do Programa de Pós-graduação em Letras da Universidade
Federal do Pará ( UFPA.) E-mail: [email protected]
RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo interpretar o desdobramento do eu no conto “O
espelho”, de Machado de Assis. O desdobramento será interpretado através da manifestação
do logos. Pelo heterodiálogo – o diálogo com o outro – o personagem Jacobina sustenta
a idéia de um status social. O autodialogo – o diálogo consigo mesmo – passa a ser a
incorporação das opiniões alheias. Optamos por desenvolver na comunicação a questão
do desdobramento do eu, ao invés do conceito do duplo, com o qual se costuma descrever
a dinâmica de realização humana. O duplo constitui uma compreensão dicotômica do
mundo: o eu ou o outro, o bem ou mal. O conto supera a tradição metafísica do verdadeiro
contraposto ao falso, e nos sugere a dobra: o homem se vê (autodiálogo) ao mesmo tempo
em que vê a partir do olhar do outro (heterodiálogo). A dobra é pensada como um jogo
de identidades, que coloca o homem como um desdobramento dele mesmo, a partir do
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18º Fórum Paraense de Letras - 2012
logos. Nas duas temporalidades em que se articula o conto – Jacobina nomeado alferes,
com vinte e poucos anos, e Jacobina narrador, já com cinquenta –, dão-se a experiência
vivida e o relato da mesma, apontando para a dinâmica metafísica originária do homem,
que é a do questionamento de si mesmo e do mundo.
PALAVRAS-CHAVE: Eu; Desdobramento; Dobra; Alferes
AVALOVARA E O ACONTECER DA VERDADE
Harley Farias DOLZANE
Mestrando em Estudos Literários. Universidade Federal do Pará( UFPA).
E-mail: [email protected]
Orientador: Prof. Dr. Antônio Máximo FERRAZ (UFPA)
Prof. Adjunto da Graduação e do Programa de Pós- graduação em Letras da Universidade
Federal do Pará – UFPA. E-mail: [email protected]
RESUMO
A narrativa Avalovara (1973), de Osman Lins, resgata a referência essencial entre arte e
verdade, questionando a tradição mimética baseada na concepção de arte como cópia
do real. No romance, o ficcional não se opõe ao real: a arte é o próprio acontecer da
verdade. Neste sentido, pretende-se discutir o que são o real e o ficcional, compreendidos
na dinâmica manifestativa da verdade tomada como questão (alétheia), e verificar de
que modo Avalovara articula tal questão. Esta comunicação reflete o andamento do
projeto de dissertação “O voo da criação literária: a tessitura dos elementos da narrativa
em Avalovara de Osman Lins”, em que se pretendem percorrer questões fundamentais
subjacentes ao revestimento conceitual instaurado ao longo da modernidade, sempre
buscando uma abertura para compreender o sentido da obra literária, no modo específico
pelo qual são tecidos os elementos da narrativa em Avalovara.
PALAVRAS - CHAVE: Verdade; Ficção; Mímesis; Osman Lins
A BUSCA DO SER NO CONTO “O OVO E A GALINHA”, DE CLARICE LISPECTOR, EM DIÁLOGO
COM O EXISTENCIALISMO DE JEAN- PAUL SARTRE.
Amanda Ariana Silva da SILVA (UFPA)
Bolsista de Iniciação Científica PIBIC/AF. Graduanda em Letras Língua Portuguesa pela
Universidade Federal do Pará ( UFPA) E-mail: [email protected]
Orientador: Prof. Dr. Antonio Máximo FERRAZ (UFPA)
Prof. Adjunto da Graduação e do Programa de Pós-graduação em Letras da Universidade
Federal do Pará ( UFPA). E-mail: [email protected]
RESUMO
O presente trabalho pretende estabelecer um diálogo entre o conto “O ovo e a galinha”,
de Clarice Lispector, e o Existencialismo de Jean-Paul Sartre. Nesta perspectiva, o homem
primeiro existe, se descobre, surge no mundo, e só depois se define. Por isso, se pode
considerá-lo um projeto, o qual se baseia na busca do ser, mesmo que este seja subjetivo,
de onde provém o paradoxo que nos apresenta entre o que somos para outrem e o que
somos para nós mesmos. Baseado neste subjetivismo, considera-se que o homem não
tem a capacidade de ultrapassar a sua própria subjetividade. Partindo dessa concepção,
interpretaremos o conto “O ovo e a Galinha”, de Clarice Lispector, no sentido de observar
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como, nele, se dá a procura do eu. Este tema, tão presente no conto, também é caro
ao existencialismo, uma vez que a formulação proposta por Sartre tem como objetivo
justamente a procura do eu.
PALAVRAS-CHAVE: Clarice Lispector; Existencialismo; Jean-Paul Sartre; Essência
A QUESTÃO DO REAL NA NARRATIVA FANTÁSTICA
Alan COSTA (UFPA)
Mestrando em Estudos Literários. Universidade Federal do Pará (UFPA)
E-mail: [email protected]
Orientador: Prof. Dr. Antônio Máximo FERRAZ (UFPA)
Prof. Adjunto da Graduação e do Programa de Pós-graduação em Letras da Universidade
Federal do Pará ( UFPA). E-mail: [email protected]
RESUMO
Com o progresso da educação tecnocientífica, houve uma grande mudança na forma de
o indivíduo conceber o mundo e a si mesmo. Tal indivíduo move inconscientemente a
sociedade como uma máquina, dispondo somente de uma técnica. Mas a inquietude do
homem sobrevive frente ao desconhecido, que carrega dentro de si uma instabilidade
essencial: não há um abismo entre o real e o irreal, mas, sim, elos. Tal visão se reflete
imediatamente nas artes, como, por exemplo, no gênero fantástico, que destaca a
hesitação diante de um acontecimento, entre uma explicação do mundo real, científico, e
do mundo sobrenatural. Mas acreditar se algo é ou não real nos leva a questionar o que
é esse real. Proponho, com este trabalho, pensar na narrativa fantástica para além das
limitações dos gêneros literários, trazendo para a cena questões inerentes à arte: o que
são o homem, o mundo e o real?
PALAVRAS- CHAVE : Narrativa fantástica; Real; Insólito
SALA A 302 . 09h00
Coordenação: Prof. Dr. Paulo NUNES (UNAMA)
PONTA DE PEDRAS MARAJÓ: PERSPECTIVAS SOBRE O CAMPO E OS SUJEITOS DE
PESQUISA
Eleni Bonifácio RABELO (UNAMA)
Mestranda do Curso de Comunicação Linguagem
e Cultura da Universidade da Amazônia – [email protected]
RESUMO
Este artigo faz parte de uma pesquisa bibliográfica realizada, a partir do estudo da obra
Marajó de Dalcídio Jurandir (2008) e, agora, tem como objetivo discutir a respeito de
perspectivas de abordagem analítica discursiva, do pesquisador, em relação ao campo e
sujeitos de pesquisa. Neste sentido, busquei como referência teórica para a análise do
discurso, os dizeres de Michel Foucault, Judith Butler e Margareth Rago, além de outros
autores que aliados à memória crítica de Dalcídio Jurandir, contribuirão precisamente para
que esta pesquisa possa cruzar os discursos, sobre a trajetória da personagem Orminda,
enquanto prostituta, do romance Marajó, a qual viveu em uma sociedade do século XX,
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18º Fórum Paraense de Letras - 2012
com discursos, em relação, as mulheres prostitutas que vivem, hoje, no município de
Ponta de Pedras no Arquipélago do Marajó.
PALAVRAS-CHAVE: sociedade; discurso; relação de poder; prostituição.
A PERSONAGEM FEMININA EM LINHA DO PARQUE, DE DALCÍDIO JURANDIR
Alinnie SANTOS (UFPA)
Mestranda em Letras – Estudos Literários. Universidade
ederal do Pará. [email protected]
Marlí FURTADO (UFPA)
Doutora em Teoria Literária e História da Literatura.
Universidade Federal do Pará. [email protected]
RESUMO
O romance Linha do Parque foi publicado, sob o enfoque da estética do Realismo socialista, no ano de 1959 e narra a trajetória de duas gerações do movimento operário que atuou
na cidade de Rio Grande, no Estado do Rio Grande do Sul, durante a primeira metade do
século XX. Nesse livro, de autoria do escritor paraense Dalcídio Jurandir, membro ativo do
Partido Comunista Brasileiro (PCB), é perceptível o destaque dado pelo autor às personagens femininas, pois tais são apresentadas, no decorrer da história, como operárias que
trabalham intensamente em prol dos ideais do movimento, como também de melhores
condições de trabalho nas fábricas. Esse trabalho objetiva, portanto, discutir a representação do feminino no referido romance, dedicando-se principalmente à análise das personagens Julieta e Maria, a fim de investigar a sua importância para o desenvolvimento de
tal narrativa, bem como refletir sobre as manifestações ideológicas presentes nessa obra.
PALAVRAS-CHAVE: Dalcídio Jurandir; personagens femininas; movimento operário; manifestações ideológicas
DALCÍDIO JURANDIR: O JORNALISTA DE DIRETRIZES E CULTURA POLÍTICA
Alex MOREIRA (MAC)
Prof. Movimento Acadêmico de Castanhal – MAC.
Email: [email protected]
RESUMO
O romancista paraense Dalcídio Jurandir (1909 – 1979) teve a vida marcada pelo ato de
escrever, além de ter escrito um conjunto de dez romances, de um ciclo denominado
ciclo do Extremo Norte, e mais uma obra, resultado da encomenda do Partido Comunista
Brasileiro (PCB), ao qual era filiado, ele contribuiu significativamente com a imprensa
paraense e com a carioca. No Rio de Janeiro, foi colaborador de vários periódicos. Entre
esses periódicos, ele contribuiu com as revistas Diretrizes e Cultura Política, ambas
circularam no país durante o Estado Novo, porém com propostas jornalísticas diferentes.
Diretrizes tinha uma linha editorial centralizada no combate ao fascismo e ao nazismo.
Cultura Política era o principal expoente doutrinário do regime autoritário varguista. A
partir disso, o presente trabalho analisa os artigos “Alguns aspectos da ilha de Marajó”
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e “Alguns aspectos da ilha de Marajó II”, assinados pelo autor e publicados na revista
getulista e as reportagens “A seca no sertão e as inundações na Amazônia” e “Mais de um
milhão de cruzeiros por andar” publicadas em Diretrizes. Com a análise, observou-se a
postura do escritor e jornalista ao escrever para dois periódicos cariocas.
Palavras-chave: Dalcídio Jurandir; Estado Novo; Diretrizes; Cultura Política.
UMA NOVA RECEPÇÃO DA OBRA DALCÍDIANA
Almir RODRIGUES (UFRA)
Mestre em Estudos Literários pela
Universidade Federal do Pará(UFPA).
Professor da Universidade
Federal Rural da Amazônia (UFRA), e-mail: [email protected]
RESUMO
De acordo com Pacheco (2009), Dalcídio Jurandir é um dos maiores literatos paraenses
nascidos no início do século XX. Sem dúvida, é inquestionável a importância que a produção
literária do marajoara tem não somente para a área dos Estudos literários, mas também para
a Antropologia e Sociologia, por exemplo. Dalcídio utiliza-se da arte literária para mostrar
sua indignação social em relação à Amazônia, em particular o Marajó. Mesmo diante disso,
nota-se que sua produção romanesca foi por um longo período, injustamente esquecida
e até desvalorizada, algumas vezes. A própria crítica e a historiografia literária brasileira
pouco fazem referência do escritor em seus livros de Crítica e História Literária. No entanto,
a partir de 1984, conforme informa Pressler (1994), surge o primeiro trabalho acadêmico
sobre o autor. A partir deste marco inicial, aparecem sucedidas pesquisas sobre esse escritor,
além de congressos e simpósios realizados por instituições de ensino superior paraense
que contribuem para uma nova recepção da obra dalcidiana. Considerando esta trajetória,
a presente comunicação objetiva mostrar como se deu está nova recepção da romance
marajoara e qual sua importância para o meio acadêmico e diversas áreas do conhecimento.
PALAVRAS-CHAVE: Dalcídio Jurandir; obra literária; recepção.
TRAVESSIAS E CRUZAMENTOS IDENTITÁRIOS: O LUGAR DO IMIGRANTE EM RELATOS DE
UM CERTO ORIENTE
Aida Suellen Galvão LIMA (UNAMA)
Mestranda do curso Comunicação Linguagem
e Cultura da Universidade da Amazônia - UNAMA-PA,
email: [email protected].
RESUMO
Este ensaio desenvolve algumas considerações teórico-críticas sobre o romance Relatos
de um certo Oriente, de Milton Hatoum (2008). Focalizando-se nas relações entre os
estudos culturais, identidade e imigração, busca-se evidenciar como o romance realiza,
tematiza e estrutura, uma apresentação da insuficiência e instabilidade de cada uma
dessas instâncias. Serão discutidos alguns temas sobre os estudos culturais, a partir de
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18º Fórum Paraense de Letras - 2012
seu conceito expresso por meio do trabalho de autores que incluem esta temática em
seus itinerários. Partindo de algumas revisões teóricas, perpassando pela concepção
de identidade cultural e, também, por reflexões que norteiam o processo de imigração,
associando essas leituras teóricas a uma análise feita a partir da obra de Milton Hatoum.
O estudo literário debruçado sobre essas temáticas e o atual fenômeno da globalização,
como objeto de estudos das ciências sociais, ocupa uma função norteadora, por estar
diretamente relacionada à questão das identidades.
PALAVRAS-CHAVES: Estudos culturais; Identidade; Imigração.
POÉTICAS ORAIS EM DALCÍDIO JURANDIR E MILTON HATOUM: ARQUÉTIPOS LITERÁRIOS
NA AMAZÔNIA
Danieli dos Santos PIMENTEL (UEPA)
Mestranda. Universidade do Estado do Pará ( UEPA ) [email protected]
Luiz Guilherme dos SANTOS JÚNIOR (UFPA)
Prof. Msc. Universidade Federal do Pará( UFPA) [email protected]
RESUMO
A referida comunicação de pesquisa estuda as relações entre as obras Marajó (1947),
de Dalcídio Jurandir e Órfãos do Eldorado (2008), de Milton Hatoum. O diálogo entre os
dois autores em questão se refere ao conjunto de narrativas orais de matrizes variadas
presentes em ambos os livros, o que possibilita entender a cultura amazônica a partir de
diversas vertentes orais provenientes de outros signos culturais. Para referenciar o estudo,
buscamos embasamento na semiótica russa que tem como representantes Iuri Lotman
(2006) e Eleazar Meletínski (2002), e no Brasil os estudos de Irene Machado (2003) e Jerusa
Pires Ferreira (1999), no intuito de compreender os arquétipos literários e a movência dos
signos da oralidade no contexto do imaginário amazônico.
PALAVRAS-CHAVE: Literatura; Poéticas; Oralidade; Semiótica russa.
DALCÍDIO JURANDIR E ALINA PAIM: DIÁLOGOS ENTRE LITERATURA E
MILITÂNCIA E A PERSPECTIVA FEMININA
Luciana SANTOS (UFPA)
Bolsista PIBIC/CNPq ( Universidade Federal do Pará
– UFPA) [email protected]
Orientadora: Profa. Dra. Marlí FURTADO (UFPA)
(Universidade Federal do Pará – UFPA) [email protected]
RESUMO
O presente trabalho objetiva apresentar os resultados do estudo comparativo das obras
Linha do Parque (1959), de Dalcídio Jurandir, e A Hora Próxima (1955), de Alina Paim, sob
a perspectiva da militância feminina, em razão destes romances se destacarem enquanto
obras literárias que retratam a participação proletária feminina em greves importantes do
final da década de 1940 e início da década de 1950. Para tanto, houve a leitura e análise
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das personagens femininas e do contexto histórico da década de 50, pois, neste período,
o Partido Comunista Brasileiro (PCB) intervém na produção cultural de seus intelectuais
filiados com uma política cultural partidária. No entanto, esta nem sempre foi seguida à
risca, pois, de acordo com Moraes (1994), os romances em estudo foram barrados pela
censura do próprio Partido, apontando para o fato de que os intelectuais mesmo filiados
ao PCB não aceitavam atuar como meros propagadores de uma ideologia partidária.
PALAVRAS-CHAVE: Dalcídio Jurandir; Alina Paim; Militância feminina.
GURUPÁ: ITÁ OU RIBANCEIRA? UMA CIDADE NARRADA EM ETNOGRAFIA E ROMANCE.
Thamirys Di Paula Cassiano de MATOS (IFPA)
[email protected]
RESUMO
Este artigo é resultado das reflexões e leituras direcionadas e realizadas no decorrer da
disciplina Literatura e Antropologia que foi ministrada pelo professor doutor Ernani Chaves, no
curso de Mestrado em Antropologia da UFPA, como disciplina complementar do currículo. Nele
buscamos fazer uma leitura comparativa entre a escrita romanesca do romance Ribanceira, do
escritor Dalcídio Jurandir com as pesquisas etnográficas de Charles Wagley e Eduardo Galvão
na cidade de Gurupá. Neste ensaio de defrontar-se com a reflexão em torno das proximidades
e relação entre Antropologia e Literatura, observamos o diálogo e complementação de
informações de um mesmo período histórico nas escritas de diferentes áreas de conhecimento.
Além de reafirmarmos o quanto as produções literárias são importantes fontes de informações
que conversam com as ciências sociais, a exemplo da Antropologia.
PALAVRAS-CHAVE: Literatura; Antropologia; Etnografia; Escrita.
SALA A 303 . 09h00
Coordenação: Prof. Dr. Ivone Xavier ALMEIDA (UNAMA)
AS CONTRIBUIÇÕES DA LITERATURA MODERNISTA PARA O DESENVOLVIMENTO DE UMA
CONSCIÊNCIA CRÍTICA NA SOCIEDADE.
Antônio Carlos Pires MAIA (UNAMA)
Sociólogo, Mestrando em Desenvolvimento
e Meio Ambiente Urbano. (UNAMA) - [email protected]
Rosinele da Silva de OLIVEIRA (SEMA-PA)
Mestre em Administração, Doutoranda
em Administração. (SEMA-PA) - [email protected]
Brissa Maria Ramos de OLIVEIRA (UNAMA)
Socióloga, Bolsista de Pesquisa CNPQ – (UNAMA) [email protected]
Orientador: Prof. Dr. Paulo NUNES (UNAMA)
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18º Fórum Paraense de Letras - 2012
RESUMO
Este trabalho tem a finalidade de ressaltar a importância de grandes autores da literatura
modernista e suas respectivas obras, em especial Dalcidio Jurandir que não se calou
frente as desigualdades de sua época, desigualdades essas que perduram na atualidade
amazonida, e demonstrar que a literatura tem em muito a somar forças com a sociologia
e historia de modo a desenvolver uma consciência crítica através de uma educação
formadora e não reproducionista cartesiana, com a esperança que os alunos de hoje,
tornem-se os cidadãos que nossa sociedade tanto anseia, aptos de realizar mudanças em
nossa sociedade.
Palavras-chave: Modernismo; Consciência crítica; educação transformadora.
LITERATURA E IDENTIDADE NACIONAL
Márcia PINHEIRO (UFPA)
Graduanda do 6ª semestre em Letras
(língua portuguesa) pela Universidade
Federal do Pará (UFPA). [email protected]
Orientadora: Germana SALES (UFPA/CNPq)
Doutora em Teoria e História da
Literatura, pela Universidade Estadual
de Campinas-UNICAMP. Professora Associado I,
da Universidade Federal do Pará-UFPA.
Bolsista de produtividade CNPq.- [email protected].
RESUMO
O presente trabalho apresentará reflexões de Almeida Garrett (1799- 1854), acerca do
conceito de literatura e de identidade nacional, no prefácio da obra Adozinda (1828).
Os prefácios foram compilados no acervo da Biblioteca do Grêmio Literário Português, e
foram apreciados os prólogos das obras garrettianas, em seus mais variados gêneros como:
romances, teatro, poesia e crônicas. Garrett pretendia rememorar o passado português e
demonstrar a importância da literatura na formação da nação. Os prefácios representam
um espaço de validação das intenções do autor e de guia de leitura do leitor, mais do que o
texto que precede, deve ser visto como texto que acompanha a obra literária. Na leitura do
referido prefácio, é consensual a persistência do autor em valorizar a cultura e as tradições
literárias do passado português, desse modo, a literatura deveria ser portadora de uma
função moralizadora suprindo uma grande falta na formação da literatura lusitana.
PALAVRAS- CHAVE: Prefácio; Almeida Garrett; Literatura.
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A FORMAÇÃO EDUCACIONAL E CULTURAL COMO TEMA E ENREDO DE
PRODUÇÕES LITERÁRIAS
Thamirys Di Paula Cassiano de MATOS (IFPA)
[email protected]
RESUMO
Este trabalho tem o objetivo de desenvolver reflexões e críticas sobre como a temática
da formação educacional e cultural vem se apresentando como tema e enredo de
produções literárias, a partir do estudo de caso de dois exemplos, com base na leitura
e análise comparada dos romances Belém do Grão Pará, do escritor paraense, Dalcídio
Jurandir, e A menina que roubava livros, do escritor australiano, Markus Zusak. Para tanto,
vamos considerar algumas críticas sobre os romances e uma fundamentação teórica
interdisciplinar que se pautará nas considerações de alguns autores, como Stuart Hall, Eric
Hobsbawm e Michel Foucault. Buscaremos, também, investigar e gerar reflexões sobre
algumas questões, como: qual a importância da escola, da escrita e do conhecimento de
mundo para a formação das identidades representadas pelos personagens dos romances?
Dentre outras.
PALAVRAS-CHAVE: Formação educacional; Formação cultural; Escola.
A FUNÇÃO MORALIZADORA DO ROMANCE EM PREFÁCIOS DO SÉC. XIX
(DE 1862 A 1877)
Lorena Mena Barreto RODRIGUES (UFPA)
Graduanda do curso de Letras, Língua Portuguesa. Universidade
Federal do Pará - UFPA- [email protected]
Maria Gabriella Flores SEVERO (UFPA)
Graduanda do curso de Letras, Língua Portuguesa. Universidade
Federal do Pará - UFPA- [email protected]
RESUMO
Os romances cumpriam de forma mais eficaz o papel de propagadores dos bons
costumes do que os guias de conduta, pois obras daquele gênero possibilitavam uma
proximidade entre a realidade dos leitores com as “vidas” dos personagens dos romances.
Ao analisarmos os prefácios dos romances: Lucíola (1862) e Diva (1864) de José de
Alencar; O culto do dever (1865) e A misteriosa (1872) de Joaquim Manuel de Macedo;
Marába: romance brasileiro (1877) de Salvador de Mendonça, nós percebemos que os
autores buscavam dar uma função moralizadora para seus romances, acreditando que
isso valorizaria as obras e atenderia a exigência da crítica especializada, que considerava
de fundamental importância que o gênero tivesse alguma utilidade para seus leitores. A
partir da análise dos prefácios apresentados buscaremos compreender como os autores
apresentavam suas obras segundo os moldes da moralidade, e como eles dialogavam com
a crítica e o público acerca dessa importante função.
PALAVRAS-CHAVE: Função; Moralizadora; Romance; Prefácio; Romantismo.
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18º Fórum Paraense de Letras - 2012
O SENHOR BARROCO DE LEZAMA LIMA: COMBINAÇÕES BASTARDAS DE MOLÉCULAS
CULTURAIS
Hiran de Moura POSSAS (PUC/SP)
Profª Ms. em Comunicação, Linguagens e Cultura pela UNAMA
(Universidade da Amazônia); e doutorando em Comunicação e
Semiótica pela PUC/SP ( Pontifícia Universidade Católica de São
Paulo) / [email protected].
Marlúcia Martins CARNEIRO (SEDUC/PA)
Profª Ms. Em Comunicação, Linguagens e Cultura pela UNAMA
(Universidade da Amazônia) / [email protected].
RESUMO
Fazendo parte de um universo teórico se propondo a examinar as fricções culturais e
intersemióticas em algumas experimentações artísticas de poetas latinoamericanos,
Lezama Lima - poeta e ensaísta cubano - entende a paisagem cultural desses artífices como
o locus fundador da quinta raça, desenhando nossos contornos culturais pelo signo da
mestiçagem. O pensador cubano percebe na verba crioula o resultado de um processo de
incorporações e transformações de culturas placentárias, cena perfeitamente apropriada
para os fenômenos de estranhezas recíprocas existentes nas culturas e no trabalho de
alguns artistas das Amazônias. Essas aderências de códigos múltiplos são percebidas em
processos criatórios gestados pela sutura de signagens com o propósito de escavar e
reabilitar matrizes culturais aderidas a um tecido arabesco multiforme. Essas copulações
sígnicas dão vida a corpúsculos multicultutais de natureza “estranha”, quando comparados
a algumas representações assépticas e geometrizáveis impostas para as Amazônias.
PALAVRAS-CHAVE: Copulações sígnicas; barroquismo lezâmico; devorações.
A LINGUAGEM COMO CONSCIÊNCIA CRÍTICA EM MÁRIO FAUSTINO
Thiago VERÍSSIMO (UFPA)
Mestrando em Estudos Literários Universidade Federal do Pará (
UFPA).Bolsista da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do
Pará ( FAPESPA).Email: [email protected]
RESUMO
Esta comunicação tem por objetivo verificar a partir das contribuições do poeta-crítico
Mário Faustino para o Suplemento “Arte-Literatura”, do jornal A Folha do Norte, a sua
formação tanto como poeta e tradutor, no sentido de compreender a sua linguagem crítica
e poética. Para tanto abordaremos a noção de crítica a partir do Romantismo Alemão,
para que possamos engendrar este primeiro percurso de Faustino como “poeta-crítico”
enquanto colaborador d’A Folha do Norte; para com a sua intensa atividade desenvolvida
no Jornal do Brasil, através de sua página “Poesia-Experiência” (1956-59), fase esta que o
constitui como “crítico-poeta”, perfazendo assim uma dupla condição. Essa dupla condição
é expressa numa práxis da poesia relacionada ao fazer poético, que é feito através da
crítica como poiesis (criação) ou como tradução.
Palavras- chave: Mário Faustino; Crítica; Tradução; Romantismo Alemão
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MAN AND HIS TIME: A RECEPÇÃO DE MÁRIO FAUSTINO NOS EUA E INGLATERRA
Dayana Crystina Barbosa de ALMEIDA (UFPA)
Mestranda em Letras e bolsista pela FAPESPA. Universidade Federal do Pará – UFPA – [email protected].
RESUMO
O presente resumo trata-se do primeiro capítulo de minha dissertação de mestrado,
a qual está em andamento, sobre a recepção de Mário Faustino nos EUA E Inglaterra.
Com o objetivo de explicar as escolhas dos poetas e de suas poesias traduzidas dentro
das antologias Brazilian Poetry (1950-1980), Modern Poetry from Brazil, e Lies About
the Truth: 14 Brazilian Poets, busco definir o perfil destas antologias. No que se refere
a Mário Faustino, encontrei dezoito poesias distribuídas ao longo destas três antologias.
Entre os autores trabalhados neste capítulo destaco André Lefevere (2003; 2007) e Anne
Ferry (2001). Buscando entrar em contato com o que já se produziu e registrou a respeito
deste tema de pesquisa a metodologia utilizada será bibliográfica. Ao longo da pesquisa,
definirei o perfil das antologias, buscando compreender qual é o “lugar” de Mário Faustino
nas antologias americanas, nas quais seus poemas foram traduzidos.
PALAVRAS-CHAVE: Recepção; Mário Faustino; Antologias.
LEITURA DA CAPA E DA ÚLTIMA CAPA DO LIVRO IMAGENS QUE PASSAIS PELA RETINA:
REINVENÇÃO DO CHALÉ, DE AMARÍLIS TUPIASSÚ
Ana Karolina Bulhões PINHEIRO (UNAMA)
Mestranda do Programa de Mestrado em Comunicação, Linguagens e Cultura, da Universidade da Amazônia (UNAMA). E-mail:
[email protected]
Orientador: Prof Dr. Paulo Jorge NUNES (UNAMA)
Professor e Pesquisador da Universidade da Amazônia E-mail:
[email protected]
RESUMO
O presente artigo tem como objetivo mostrar uma análise da capa e da última capa da 1ª
reimpressão da 1ª ed. do livro Imagens que passais pela retina: Reinvenção do chalé, da
escritora paraense Amarílis Tupiassú. Trata-se de um estudo com enfoque bibliográfico,
reunindo documentos científicos, tais como, livros e artigos que versam sobre o assunto. Os
resultados obtidos demonstram que cada elemento que compõem a capa e a contra capa,
do livro estudado, estão envoltos em uma teia significativa que auxilia na compreensão do
Imagens que passais pela retina...
PALAVRAS- CHAVE: Literatura Paraense; Amarílis Tupiassú; Chalé.
18
18º Fórum Paraense de Letras - 2012
SALA A 304 09h00
Coordenação: Prof. Dr. José Guilherme de Oliveira CASTRO (UNAMA)
ALGUMAS REFLEXÕES SOBRE OS TRAÇOS ESTILÍSTICOS NA POÉTICA DE LAVOURA
ARCAICA
Raphael BESSA FERREIRA (UEPA)
Prof. Assistente- Universidade do Estado do Pará – UEPA. Email:
[email protected]
RESUMO
O presente artigo propõe-se a analisar alguns aspectos estilísticos na estrutura narrativa
do romance Lavoura Arcaica (1975), do escritor paulista Raduan Nassar. Assim, é pela
união entre prosa e poesia que as figuras de harmonia (aliterações, assonâncias, ecos,
paralelismos e sinestesias) e as figuras de transposição (hipérbatos, anástrofes e sínquises)
jungem-se a elementos musicais (ritmo, andamento, dissonâncias e consonâncias
harmônicas), de forma a que o autor explore as potencialidades expressivas das palavras.
Desse modo, é pelas contribuições teóricas de Cláudio Cezar Henriques (2011), José Lemos
Monteiro (2005), Nilce Sant’anna Martins (1989) e de Pierre Guiraud (1978) que a análise
dos elementos de estilo na obra de Nassar far-se-á aqui possível de estudo.
PALAVRAS-CHAVE: Raduan Nassar; Lavoura Arcaica; Estilo; Estilística.
O SIMBÓLICO-RELIGIOSO N’O PRECIPÍCIO: UMA ABORDAGEM HERMENÊUTICA SOBRE
UMA DAS SETE NARRATIVAS D’O CARRO DOS MILAGRES, DE BENEDICTO MONTEIRO
Marcel Franco da SILVA (UEPA)
Licenciado pleno em Letras/Português pela Universidade do
Estado do Pará – UEPA e mestrando em Ciências da Religião na
referida instituição. E-mail: [email protected]
RESUMO
Este artigo tem como objetivo apresentar as análises hermenêuticas sobre os elementos
simbólico-religiosos presentes no conto O Precipício, do livro O Carro dos Milagres, do
escritor paraense Benedicto Wilfred Monteiro (1924-2008). Nessa pesquisa são observados
os valores semântico-religiosos dos personagens e dos elementos que constituem o
espaço da narrativa em questão. Em outras palavras, esse estudo busca compreender
e tornar compreensível as representações simbólicas e religiosas sobre a figura paterna
(Pai de Miguel), sobre o animal-personagem (o Precipício), sobre o elemento aquático
(o molhado) e sobre o desfecho do conto (Miguel versus Precipício), o qual remonta à
batalha do Juízo Final, presente no livro do Apocalipse (Novo Testamento). As observações
desse trabalho não contribuem somente para um estudo entre literatura e religião, mas
também permitem uma interdiscursividade com outras áreas da ciência humanas (Letras,
Sociologia, Antropologia, História, Ciências da Religião etc.).
Palavras-chave: O Precipício, Hermenêutica, Religião, Literatura Amazônica, Benedicto
Monteiro.
19
FOGO FÁTUO: IMAGINÁRIO E SIMBOLISMO DA APARIÇÃO DO BODE NAS NARRATIVAS
MÍTICAS
Fernando Alves da SILVA JÚNIOR (PPGLS-UFPA)
Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Linguagens e
Saberes na Amazônia. Universidade Federal do Pará-UFPA. Email:
[email protected]
RESUMO
Este trabalho visa analisar os aspectos comuns que ligam as narrativas orais míticas em
torno da figura do bode e encontrar na simbologia algumas respostas que elucidem a figura
nefasta deste caprino no imaginário bragantino. Pois, para Maffesoli o imaginário seria o
estado de espírito que sublima o pensamento do povo, algo misterioso e não racional que
transcende os limites do corpo e que envolve uma coletividade. Trata-se de uma pesquisa
de campo e bibliográfica. Assim, será feita uma leitura simbólica (Chevalier & Gheerbrant)
da narrativa oral do bode dialogada com as imagens que os bestiários apresentam deste
animal (Varandas) e, por fim, tecer considerações sobre o imaginário nesta narrativa
(Maffesoli; Durand). Pois, este artigo pretende pensar justamente os termos que mantém
o aspecto comum entre a aparição do bode desde os bestiários medievais, passando da
mitologia greco-romana até culminar na narrativa deste animal como elemento mítico
comum em algumas comunidades bragantinas.
Palavras-chave: Imaginário; Simbolismo; Bode; Narrativa Oral Mítica.
O PROCESSO DA MEMORIA NA CONSTRUÇÃO DO SUJEITO FRANKESTE
Alessandra VASCONCELOS (UFPA)
Docente de Letras (habilitação em língua portuguesa).
Universidade Federal do Pará- UFPA- literaturasempre2009@
hotmail.com
Amanda VASCONCELOS (UFPA) Docente de Letras (habilitação em
língua portuguesa). Universidade Federal do Pará- UFPA-wiche.
[email protected].
RESUMO
O tempo é lacunoso e fragmentado, portanto, a memória deve ser entendida como
um trabalho, uma construção. Para Castelo Branco (1994) a memória é descontinua e
expõem a relatividade temporal. Esse trabalho tem como objetivo entender o processo
da memória na construção do sujeito. Para tal analisa-se o processo memorialista na
construção do sujeito Frankenstein. Essa narrativa foi escolhida por ser um clássico da
literatura universal cuja história se baseia em uma visão negativa da ciência, em que o
sujeito físico e psicológico do personagem frankensteiniano é construído através de várias
partes desconexas. Nesse sentido, esse trabalho é relevante para discorremos sobre tais
conceitos e definições, introduzidas na obra de Frankenstein de Mary Shelley que, além
de ser um clássico da literatura de terror, tornou-se, para nós, um clássico que transmite o
papel da memória como base constitutiva do sujeito.
Palavras-chave: Memória; Processo; Sujeito.
20
18º Fórum Paraense de Letras - 2012
MELANCOLIA E NARRATIVA DE RESISTÊNCIA: UM ESTUDO SOBRE A ESTÉTICA NA OBRA
TRISTESSA.
Neuton V. MARTINS FILHO (UFPA)
Mestrando Universidade Federal do Pará – UFPa. [email protected]
RESUMO
Nossa proposta consiste em uma análise sobre a obra Tristessa de Jack Kerouac – romance
Beatnik, dos anos de 1960. Questiona-se como foram trabalhadas as personagens da obra,
destacando a principal Tristessa – que dá nome ao texto – enquanto elemento estético. O
objetivo consiste em destacar esta personagem, e teorizar sua construção, principalmente
no tocante a seu comportamento melancólico em relação ao mundo circundante, a fim de
comprovar que a obra estudada constitui uma narrativa de resistência. Aplicaremos também
uma análise paralela com as outras personagens da trama. Para isso desenvolvemos uma
análise literária, na qual, destacamos a descrição física e psicológica das personagens,
comparada com a visão de autores da psicologia e da filosofia que abordam em seus textos
a temática da melancolia; e que dialoguem com a literatura. Nossas conclusões apontam
a personagem Tristessa como eixo ordenador de todo um processo de afastamento e
resistência para com uma sociedade repressora.
Palavras-Chave: Tristessa; Melancolia; Beatnik; Narrativa de Resistência.
O SURGIMENTO DE UMA VIDA SINGULAR: UM ESTUDO SOBRE A INFÂMIA EM ENEIDA DE MORAES E LYGIA FAGUNDES TELLES
Lilian Lobato DO CARMO (UFPA)
Mestranda em Estudos Literários. Universidade Federal do Pará
(UFPA) – Email: [email protected]
RESUMO
Este trabalho pretende discutir sobre a construção narrativa do “discurso da infâmia”. Para
isso serão expostos os conflitos entre gerações nas relações familiares e os dispositivos
de hierarquia social mostrados por Michel Foucault, que estão presentes nos textos “A
Confissão de Leontina”, de Lygia Fagundes Telles e “Tanta Gente”, de Eneida de Moraes,
bem como o conceito de discurso monológico, de Mikhail Bakhtin para melhor categorizar
a infâmia. Nestes textos as personagens teriam uma vida dentro das condutas sociais
de seu tempo, mas foram marcadas por uma atitude considerada indigna para a época,
tornaram-se infames por ir de encontro a um padrão social. A infâmia surgiria como forma
de fuga à repressão, tanto política ou religiosa, quanto sexual. Logo, este trabalho também
vislumbra o discurso da literatura sobre a infâmia como forma de resistência social a
questionar a moral e a conduta imposta por dispositivos de poder e discursos autoritários.
Palavras- chave: Discurso; Poder; Autoridade; Resistência.
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SALA A 305 - 09h00
Coordenação: Prof. Dr. Lucilinda TEIXEIRA(UNAMA)
A INTRODUÇÃO DO ROMANCE BRASILEIRO E A PROSA DE FICÇÃO DO SÉCULO XIX.
Thais SILVA (UFPA/CNPq)
Universidade Federal do Pará (UFPa) – [email protected].
Orientadora: Prof.ª Dr.ª Germana SALES (UFPA/CNPq)
Doutora em Teoria e História da Literatura, pela UNICAMP. Professora Associada I, da Universidade Federal do Pará (UFPA). Bolsista
de produtividade CNPq. [email protected]
RESUMO
A referida comunicação parte do princípio de que já existiam no Brasil prosas de ficções,
escritas por autores locais, anteriores a 1844, ano de publicação de A Moreninha, de
Joaquim Manoel de Macedo. Este trabalho tem como objetivo identificar e relacionar
as mudanças nos elementos da narrativa, como enredo, tempo, espaço e personagem,
diferenciando, assim, a prosa de ficção novelística do gênero romance brasileiro, através
da comparação entre a obra Statira, e Zoroastes (1826), de Lucas José d’Alvarenga e A
Moreninha, de Joaquim Manoel de Macedo, este considerado o primeiro romance
brasileiro. A investigação que pretende ser apresentada é vinculada ao plano de trabalho
Romances, Novelas e Folhetins: A Trajetória do Romance Brasileiro, desenvolvido com
bolsa do CNPq.
PALAVRAS-CHAVE: Prosa de ficção; Aspectos narrativos; Státira e Zoroastes; Romance
brasileiro.
A CIRCULAÇÃO OBRAS E AUTORES PORTUGUESES NA SEÇÃO FOLHETIM DO JORNAL A
PROVÍNCIA DO PARÁ (1880-1889)
Sara Vasconcelos FERREIRA (UFPA/PIBIC/CNPq)
Graduanda em Letras com Habilitação em Língua Portuguesa.
Universidade Federal do Pará (UFPA). Email: vasc_sarah@hotmail.
com
Orientadora: Prof.ª Dr.ª Germana SALES (UFPA/CNPq)
Doutora em Teoria e História da Literatura, pela UNICAMP. Professora Associada I, da Universidade Federal do Pará (UFPA). Bolsista
de produtividade CNPq. [email protected]
RESUMO
Este trabalho tem por objetivo verificar a circulação de prosas ficcionais de autores
portugueses divulgada na seção Folhetim do periódico A Província do Pará. A partir de
uma pesquisa feita em jornais microfilmados disponíveis no Laboratório de Linguagem da
Universidade Federal do Pará (UFPA) e no setor de microfilmes da Biblioteca Pública Arthur
Vianna, constatou-se que durante a década de 80 houve a publicação de textos de diversos
22
18º Fórum Paraense de Letras - 2012
gêneros narrativos assinados por autores portugueses como Eça de Queiroz, Maria Amália
Vaz de Carvalho, Rebelo da Silva e Pinheiro Chagas, entre outros que ocuparam as páginas
dessa folha. Esse estudo constitui parte dos resultados dos projetos de pesquisa Trajetória
literária: a constituição da história cultural em Belém no século XIX (CNPq) e Memória em
periódicos: a constituição de um acervo literário (CNPq).
Palavras-chave: A Província do Pará; Autores portugueses; Prosas ficcionais.
CAMILO CASTELO BRANCO NO PARÁ DO OITOCENTOS: UM ESTUDO
EM FONTES PRIMÁRIAS
Cláudia Gizelle Teles PAIVA (UFPA)
Aluna de graduação do curso de Letras. Habilitação em Língua
Portuguesa pela Universidade Federal do Pará-UFPA - gizelle.
[email protected].
Orientadora: Profa. Dra. Germana Maria Araújo SALES (UFPA)
Doutora em Teoria e História da Literatura, pela Universidade
Estadual de Campinas-UNICAMP. Professora Associado I, da Universidade Federal do Pará-UFPA. Bolsista de produtividade [email protected].
RESUMO
Camilo Castelo Branco (1825-1890) foi um autor de grande versatilidade, ora escrevia
como crítico literário, ora como jornalista, polêmico, contista, entre outros. No entanto,
foi como escritor de prosa de ficção que este versátil lusitano conseguiu estimado sucesso,
especialmente com os romances, que constituem a maior parte de sua produção literária.
As obras desse autor circularam na Belém oitocentista, em jornais e em espaços destinados
a leitura. Desta forma, este trabalho objetiva apresentar, a partir das análises feitas nas
fontes primárias, jornais e livros, alguns romances que circularam no século XIX no jornal
Diário do Gram-Pará e que também estiveram presentes no Grêmio Literário Português,
compondo o acervo das Camilianas. Entendemos que trabalhar com fontes primárias é
retornar a um período importante de nossa literatura, é mergulhar na história de nossa
cultura e recuperar o valor de nossa identidade, que ganhou raízes no passado.
PALAVRAS-CHAVE: Camilo Castelo Branco; Fontes Primárias; Romances.
A PRESENÇA DE AUTORIA FEMININA NO JORNAL DIÁRIO DE NOTÍCIAS NO SÉCULO XIX.
Camila Néo CORRÊA (UFPA)
Universidade Federal do Pará-UFPA. Email: [email protected]
Orientadora: Profa. Dra. Germana Araújo SALES (UFPA/CNPq)
Doutora em Teoria e História da Literatura, pela Universidade Estadual de
Campinas-UNICAMP. Professora Associado I, da Universidade Federal do
Pará-UFPA. Bolsista de produtividade CNPq.- [email protected].
23
RESUMO
No jornal Diário de Notícias, há seções que apresentam prosas de ficção em seriados, uma
dessas é o espaço folhetim, fixado, geralmente no rodapé do periódico. Entre os textos
divulgados encontramos textos de autoria feminina, como os de Júlia Lopes de Almeida,
os quais cito: In Extremis,publicado em 12 de agosto de 1894; A Caôlha, divulgado em 28
de Outubro de 1894; Pela Pátria,publicado em 03 de março de 1895 e Concessões para a
Felicidade , lançado em 23 de junho de 1895.Este estudo é resultado da catalogação do
jornal Diário de Notícias,realizada no acervo de microfilmes no Laboratório de Linguagem
da UFPA e na Biblioteca pública Arthur Vianna, do CENTUR ,Fundação Cultural do Pará
Tancredo Neves (FCPTN).
Palavras-chave: Diário de Notícias; Romance-folhetim; Autoria feminina.
LUTAS DO CORAÇÃO: PÁGINAS DE ESCRITA FEMININA NO BRASIL
Denise Araújo LOBATO (UFPA)
Aluna de graduação do Curso de Letras, Habilitação em Língua
Portuguesa, pela Universidade Federal do Pará (UFPA). denise.
[email protected]
Orientadora: Prof.ª Dra. Germana Maria Araújo SALES (UFPA)
Doutora em Teoria e História da Literatura, pela UNICAMP. Professora Associado I, da Universidade Federal do Pará (UFPA). Bolsista
de produtividade CNPq. [email protected]
RESUMO
O cânone literário brasileiro é constituído, na quase totalidade, por homens. Todavia, as
páginas de escrita feminina no Brasil há muito são criadas e registraram nomes de mulheres que ousaram passar para o papel o pusilânime talento para as letras, mesmo num
período no qual a elas era grande o cerceamento de voz, de espaço, de autonomia e de
instrução letrada. É dentro desse contexto que a escritora brasileira Inês Sabino se insere. Destarte, este trabalho tem por objetivo apresentar a obra Lutas do Coração (1898),
primeira da sua carreira como romancista. O livro desvela a história de três mulheres diferentes entre si que veem suas vidas envolvidas com a do protagonista. Neste ínterim,
há o estudo psicológico das três personagens femininas principais à luz das tomadas de
decisões do final do século XIX. Demonstrar-se-á que a escrita feminina, desta época, é
permeada por imagens femininas ultrajadas e estereotipadas por uma sociedade majoritariamente masculina.
PALAVRAS- CHAVE: Romance feminino; Inês Sabino; Século XIX.
24
18º Fórum Paraense de Letras - 2012
SALA B 301 09h00
Coordenação: Prof. MsC Ionelli da Silva Bessa Ferreira (UEPA)
A TRADUÇÃO COMENTADA EM LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS: BALANÇOS E
PERSPECTIVAS
Ozivan Perdigão SANTOS (UEPA/CAPES)
Mestrando em Educação pela Universidade do Estado do Pará – UEPA/
CCSE. Bolsista da CAPES. E-mail: [email protected]
Maria do Perpétuo Socorro Cardoso da SILVA (UEPA/UNAMA)
Universidade da Amazônia (UNAMA) Universidade do Estado do
Pará(UEPA). Email: [email protected]
José Anchieta BENTES (UEPA/SEMEC)
Doutor em Educação Especial pela Universidade Federal de São Carlos
– UFSCAR. Professor e pesquisador da UEPA e pertencente ao Centro
Gabriel Lima Mendes – SEMEC. E-mail: [email protected]
Resumo
Esta pesquisa exploratória visa analisar traduções comentadas em Reis (2007) e Masutti;
Santos (2008). É um estudo de caso e bibliográfico dos Estudos de Tradução, tendo como
objeto as filmagens em Libras dos textos citados anteriormente, cujo traslado se deu em
Língua Portuguesa escrita para Libras. As sistematizações e analise dos dados atentou para
perdas, ganhos e omissões presentes no vídeo no momento de traslado. Os pressupostos
teóricos utilizados foram: Guerini (2008), Holmes (1972), Robinson; Brown (1996), Aubert
(1993), Jakobson (1975); Pires; Nobre (2004) e Travaglia (2003). Em relação as glosas em
Libras: Quadros; Karnopp (2004), Felipe (2001) e Ferreira-Brito (1997) e as considerações
da Linguística textual em Marcuschi (2001). Nas considerações finais pontuam-se os
intérpretes de Libras frente às políticas que fomentem o respeito com a profissão e novas
perspectivas acerca da tradução de Libras, uma ação pouco difundida no Brasil.
Palavras-chave: Tradução comentada; Estudos de tradução; Libras.
A LÍNGUA DE SINAIS E A LÍNGUA PORTUGUESA EM SALA DE AULA
Leilane Fernanda Oliveira das DORES (UEPA)
Cursando Letras/Libras na Universidade do Estado do Pará, Graduada em Letras-Língua Portuguesa/UEPA; Especialista em Libras
pelas Faculdades Integradas Ipiranga. Email: leilanedasdores@
hotmail.com
Márcia Maria Vasconcelos SAMPAIO (UEPA)
Graduada em Letras pela Universidade Federal do Pará,
Especialista em Língua Portuguesa: uma abordagem textual/
UFPA e em Libras pelas Faculdades Integradas Ipiranga. Email:
[email protected]
25
RESUMO
Objetivou-se com este artigo verificar como a LIBRAS é trabalhada ou ao menos
mencionada em algumas universidades e faculdades de Belém. É importante que questões
como inclusão e democracia; língua e identidade; cultura surda; diferenças entre libras e
língua portuguesa; diferenças entre língua de sinais e mímica, e situações interativas entre
a pessoa surda e a ouvinte sejam discutidas para que de fato a educação para os direitos
humanos aconteça. E é pensando nessas questões que foi produzido este artigo.
PALAVRAS-CHAVE: Educação Inclusiva; Libras; Língua Portuguesa.
A BONITEZA DO ENSINO DE LÍNGUA MATERNA: do silêncio ao diálogo, e quem tem
medo do discurso?
Maurício Ramos LINDEMEYER (SEDUC)
Prof. Esp. Secretaria Estadual de Educação do Pará - [email protected]
RESUMO
Como ensinar com textos sem reduzi-los a Texto Frase? Na tentativa de responder em
minha prática docente tal questão, produzi com minha turma do ensino fundamental uma
sequência com base no estudo do gênero Charge em que se contemplou, os usos-reflexãousos PCN´s (1997, p.35), por meio de leituras-reflexões-produções de charges pelos
alunos, cujos focos foram: a) a leitura para a percepção da Vontade de Verdade FOUCAULT
(1996,p.14)e b) a produção de charges (culminou em livro). Essa experiência relatada,
levou- nos a concluir que a sala de aula aberta ao diálogo estimula a construção do leitor
crítico que trata o texto como TEXTO MUNDO o que de algum modo vai de encontro aos
sistemas de exclusão. Assim: Quem teme o discurso no Ensino de Língua Materna?
Palavras-chave: Ensino; Leitura; Análise do Discurso.
CARTOGRAFIA LINGUÍSTICA: UMA ANÁLISE SEMÂNTICO-LEXICAL NA
MICORREGIÃO DE MARAPANIM/PA
Thamy Saraiva ALVES (UEPA)
Universidade do Estado do Pará (UEPA).
Email: [email protected]
Orientadora Prof. Dr. Maria do Perpétuo Socorro Cardoso da SILVA
(UNAMA/UEPA)
Universidade da Amazônia (UNAMA) e Universidade do Estado do
Pará(UEPA). Email: [email protected]
Resumo
O trabalho trata em apresenta uma análise semântico-lexical dos dados iniciais resultantes
do levantamento realizado, in lócus, com os instrumentos de pesquisa norteado pelo
ALiB/2001. Esta investigação se justifica por cartografar um léxico ainda não descrito, o
da Microrregião Marapanim/PA, sob a hipótese de que o acervo semântico-lexical, falado
26
18º Fórum Paraense de Letras - 2012
pelos moradores dessa região é diferente comparado ao proposto pelo Questionário
Semântico-Lexical, (ALiB, 2001). O objetivo geral é analisar a evolução das significações
da fala/semântico-lexicais (objeto de estudo), de natureza diatópica e diastrática,
encontradas na fala dos moradores dessa região do salgado, situado no Nordeste
Paraense. O levantamento de dados se inicia, com um piloto para avaliar a produtividade
ou não dos instrumentos selecionados, com base nos campos semânticos e nas variáveis
sociais: sexo, faixa etária e classe social, sujeitos com menor e maior nível de escolaridade;
registrar, em tabelas, as lexias cuja frequência for igual ou superior as das propostas feitas
pelo QSL, por campo semântico, documentar cartograficamente esse corpus e analisá-lo,
de acordo com um recorte geográfico, e uma abordagem qualiquantitativa. O estudo em
questão se pauta na Geolinguística, método cartográfico utilizado em estudos de caráter
Dialetológico. Portanto, insere nos estudos de Ferreira & Cardoso (1994), Labov (1983),
Tarallo (1988), Pottier (1978), Coseriu (1982) entre outros. A pesquisa é relevante para
as práticas educacionais que se processam na região amazônica/dialeto paraense, além
de contribuir para o Atlas Linguístico do Brasil (ALiB) e o Atlas Linguístico do Pará (ALIPA).
Palavras-chave: Diversidade cultural; Variação semântico-lexical; Saberes linguísticos.
DITOS RACIAIS
Rosa Maria Coelho de ASSIS (UNAMA)
Prof. Dr. docente da graduação do curso de Letras. Universidade
da Amazônia– [email protected]
RESUMO
Nossa comunicação abordará ditos racistas comuns em todo o Brasil, analisando, por
exemplo, ‘tiras’ com dizeres ou, simplesmente, só com imagens, mas que mostram de
forma contundente a presença do racismo no Brasil. Ao lado dessas imagens comentaremos
alguns ditados populares que apresentam um estudo, digamos, histórico, pois envolve a
questão da abolição dos escravos. Basta lembrar o que nos ensinou a professora Eliane
Mendonça quando afirma que o trabalho braçal e mesmo de remuneração irrisória
é destinado aos negros. Por outro lado o uso de diminutivos pode traduzir marca de
inferioridade ao homem negro.
Palavras-chave: Ditos; Negro; Racismo.
SALA B 302- 09h00
Coordenação: Prof. Dr. Amarílis TUPIASSÚ ( UNAMA)
O SURGIMENTO DE UMA VIDA SINGULAR: UM ESTUDO SOBRE A INFÂMIA EM ENEIDA DE MORAES E LYGIA FAGUNDES TELLES
Lilian Lobato DO CARMO (UFPA)
Mestranda em Estudos Literários. Universidade Federal do Pará
(UFPA).Email: [email protected]
27
RESUMO
Este trabalho pretende discutir sobre a construção narrativa do “discurso da infâmia”. Para
isso serão expostos os conflitos entre gerações nas relações familiares e os dispositivos
de hierarquia social mostrados por Michel Foucault, que estão presentes nos textos “A
Confissão de Leontina”, de Lygia Fagundes Telles e “Tanta Gente”, de Eneida de Moraes,
bem como o conceito de discurso monológico, de Mikhail Bakhtin para melhor categorizar
a infâmia. Nestes textos as personagens teriam uma vida dentro das condutas sociais
de seu tempo, mas foram marcadas por uma atitude considerada indigna para a época,
tornaram-se infames por ir de encontro a um padrão social. A infâmia surgiria como forma
de fuga à repressão, tanto política ou religiosa, quanto sexual. Logo, este trabalho também
vislumbra o discurso da literatura sobre a infâmia como forma de resistência social a
questionar a moral e a conduta imposta por dispositivos de poder e discursos autoritários.
Palavras- chave: Discurso. Poder. Autoridade. Resistência.
A RELIGIOSIDADE EM MACUNAÍMA: O SAGRADO POR MEIO DAS MANIFESTAÇÕES
RELIGIOSAS PRESENTES NA RAPSÓDIA DE MÁRIO DE ANDRADE
Paula MARINHO (UEPA)
Mestranda do curso de Ciências da Religião da Universidade do
Estado do Pará (UEPA), [email protected]
RESUMO
Este trabalho tem o intuito de apresentar o sagrado por meio das manifestações religiosas
presentes na obra Macunaíma (1928) de Mário de Andrade. Em função das três principais
matrizes culturais brasileiras– indígena, europeia e africana – presentes na narrativa
andradiana, é possível perceber a maneira pela qual a religiosidade manifesta-se em
virtude das linguagens que a compõe (símbolo, mito e rito) e que conferem à obra uma
multiplicidade de sentidos que giram em torno de uma concepção de mundo calcada na
religião, a qual necessita ser melhor compreendida, interpretada e analisada no contexto
da rapsódia de Andrade.
PALAVRAS-CHAVE: Sagrado; Linguagens; Religião; Modernismo.
CRENDICES E MITOS RELIGIOSOS NO AMBIENTE HOSPITALAR: UMA REPRESENTAÇÂO
FANTASMAGORICA E/OU REALISMO MÀGICO, SOB UM OLHAR ANTROPOLOGICO.
Maria de Fátima Miranda Lopes de CARVALHO (UEPA)
Pós-graduada em letras – Universidade Estadual do Pará-UEPA.
Email: [email protected]
ResumO
O trabalho busca uma análise antropológica acerca dos contos de hospitais, mitos
e crendices religiosas por meio do fantástico e/ou realismo mágico de forma oral e
expressionista. Um dos recortes de uma obra em fase de extensão sobre narrativas
orais de contos fantasmagóricos e suas místicas religiosas. Objetivando a retomada da
importância das Sherazades, bem como de demonstrar a cultura dentro dos hospitais da
28
18º Fórum Paraense de Letras - 2012
rede pública. Ocorreu por intermédio de coleta de dados e gravações direta da oralidade
dos narradores, e fotos deixadas pelos fiéis. O resultado parcial revela que contar histórias
ou representar por meio expressionista é uma excelente didática, pois influenciará o
ouvinte, e de todos que os cerca por toda vida, não só dele mais como de todos que não
somente têm fé, como, tentam repassar cultura moralizante.
Palavras-Chave: Crendices; Mitos religiosos; Hospitais; Contos fantasmagóricos.
O VESTIDO NA LITERATURA: UM ELEMENTO ALEGÓRICO DE TRANSITORIEDADE DA
REALIDADE À FANTASIA
Anderson Ribeiro DIAS (UEPA)
Pós-Graduando em Estudos Linguísticos e Análise Literária.
Universidade do Estado do Pará (UEPa). Departamento de
Linguística e Literatura – DLLT.
E-mail: [email protected]
RESUMO
Discorrer sobre o vestido na Literatura é abordar um universo de possibilidades significativas
para a interpretação e análise deste objeto de estudo, pois este, dificilmente, transcorre
nos enredos literários como uma mera vestimenta a passar despercebida. Dessa maneira,
esta pesquisa tem como objetivo investigar as suas várias ocorrências, em especial, o
modo representativo como essa indumentária apresenta-se de maneira figurativa na
representação da fantasia como sinonímia do devaneio, para tanto, serão utilizados como
pontos de análise os contos: “Promessa em azul e branco” de Eneida de Moraes, e “Restos
de Carnaval” de Clarice Lispector. Este estudo está pautado em referenciais teóricos como:
BARTHES (2009), IANNACE (2001), RAINHO (2010) e SANTAELLA (2002).
PALAVRAS- CHAVE: Vestido; Fantasia; Devaneio.
A tradução de Duineser Elegien como formação e memória literária
na Amazônia
Jairo VANSILER (UFPA)
Graduado em língua e literatura alemã pela Universidade Federal
do Pará - UFPA e Mestrando em Estudos Literários no Programa
de Pós-graduação em Letras - PPGL, na mesma Instituição, sob
a orientação da profª Drª Izabela Leal; com bolsa CAPES, E-mail:
[email protected].
Orientadora: Izabela LEAL (UFPA)
Doutora em Letras Vernáculas pela UFRJ e Professora na
Universidade Federal do Pará - UFPA na graduação e no Programa
de pós-graduação em Letras – PPGL. Coordena o grupo de
pesquisa em tradução literária e o Projeto “Poetas em tradução
no jornal A Folha do Norte”; E-mail: [email protected].
29
Resumo
O objetivo deste trabalho é apresentar algumas considerações sobre a tradução de
Duineser Elegien [Elegias de Duino] de Rilke pelo poeta paraense Paulo Plínio Abreu,
conjuntamente com o antropólogo alemão Peter Paul Hilbert na década de 1950. Evento
que contribui para a atualização da memória literária na Amazônia por ter sido um ato de
abertura espiritual da chamada Geração dos Novos. A articulação teórica será por meio das
considerações de Walter Benjamin e Antoine Berman sobre tradução, formação e crítica
feita a partir da leitura dos Frühromantiker [primeiros românticos alemães]. Acreditamos
que se intensifica a reflexão filosófica de Walter Benjamin diante do conceito de “forma”
da linguagem, em que a tradução seria a matriz exemplar de Reflexionsmedium [médiumde-reflexão] crítica, capaz de penetrar no sistema da linguagem, movimentando tanto o
seu meio de produção quanto o seu modo de representação.
Palavras-chave: Tradução. Memória. Rilke. Paulo Plínio Abreu. Amazônia
POR UM ÉTHOS DA VOZ DO ATOR-CANTOR NA TRAGÉDIA GREGA
Willian Cristhofile da Silva PEREIRA (I RF Presbiteral, da CNBB)
Licenciado pleno em Letras, habilitado em Língua Inglesa pela
UFPA. Mestrando do Programa de Mestrado Acadêmico em Artes
do PPGARTES, UFPA, com a pesquisa “Arkháia Lýra: Reconstrução
e Subversão da Performance Vocal do Ator-cantor na Tragédia
Grega em Estilo Antigo”. Professor de Latim do Instituto Regional
para Formação Presbiteral, da CNBB - Regional Norte II.
Email: [email protected]
RESUMO
O presente trabalho objetiva investigar hipóteses que arrolam características de fenômenos
da performance vocal do trabalho do ator-cantor na tragédia grega em estilo antigo. Para
tanto, descrever-se-ão elementos do sistema fonético da língua grega clássica. Do mesmo
modo, empreender-se-á uma análise de elementos exemplares do sistema poético grego,
no que tange ao ritmo marcado pelos pés poéticos, bem como descrição sobre os tipos
possíveis de elocução (katálogos, parakatálogos e mélos). Serão tomados excertos do corpus
das tragédias remanescentes como exemplo de aplicação das hipóteses das características
da performance vocal. Outrossim, analisar-se-á o papel da voz nas encenações à luz de
evidências como relatos do público de época e referências literárias, a fim de delinear a
pertinência da performance da voz do ator-cantor na tragédia grega.
Palavras-chave: Performance Vocal; Tragédia Grega; Ator-cantor.
O GROTESCO E INSÓLITO NAS ILUSTRAÇÕES DE GUSTAVE DO DORÉ NAS FÁBULAS DE LA
FONTAINE
Viviane Dantas MORAES (UNAMA/UFPA)
Profa Msc – UNAMA/UFPA.. Email: [email protected]
30
18º Fórum Paraense de Letras - 2012
RESUMO
Este trabalho propõe uma análise do grotesco, a partir da concepção modernista de
Kayser, como expressão do insólito, nas ilustrações do artista francês Gustave Doré a
partir das fábulas do escritor La Fontaine. O universo da fábula tem como objetivo uma
mensagem moral que é passada de maneira sutil por meio da representação animal. O
insólito na fábula já se estabelece pelo fato de os personagens serem seres representativos
do universo humano. Nas ilustrações de Doré, esse universo humano já se representa
como tal traçando um diálogo com as mensagens transmitidas pelas fábulas. O realce
está na reflexão pela qual as ilustrações transmitem a decadência humana expressa na
necessidade moral da fábula.
PALAVRAS-CHAVES: Grotesco. Insólito. Fábula. Moral.
SALA B 303 . 09h00
Coordenação: Prof. MsC Jorge Haber Resque (UNAMA)
TRAJETÓRIA DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NA UFPA
Almir RODRIGUES (UFRA)
Mestre em Estudos Literários pela Universidade Federal do Pará
UFPA, Professor da Universidade Federal Rural da Amazônia
(UFRA) e aluno do Curso de Especialização em Planejamento, Implementação e Gestão da Educação a Distância, pela Universidade
Federal Fluminense, e-mail: [email protected]
RESUMO
Esta comunicação tem a finalidade de apresentar os caminhos traçados pela Educação a
Distância na Universidade Federal do Pará, apresentando seus avanços e dificuldades a
partir de informações obtidas na Secretaria de Educação a Distância da citada Universidade.
Além disso, as informações descritas também fazem parte da minha vivência na Secretaria
de Educação a distância no Curso de Letras da UFPA, no período compreendido entre
2011 - 2012, quando exerci no referido curso a função de tutor a distância. Seus principais
objetivos são mostrar as concepções e práticas sobre esta nova modalidade de ensino,
traçar um perfil de sua gênese, organização e ampliação, além de mostrar a contribuição da
instituição para o acesso à democratização da educação numa região de grande extensão
territorial que, na maioria das vezes, é marcada pelo isolamento geográfico.
PALAVRAS-CHAVE: Educação a Distância; Trajetória; Universidade Federal do Pará.
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NA AMAZÔNIA: POSSIBILIDADES E LIMITES
Joelma RODRIGUES (UFF)
Especialista em Psicopedagogia e Educação Inclusiva pela Faculdade Ipiranga (IDEPA) e aluna do Curso de Especialização em Planejamento, Implementação e Gestão da Educação a Distância pela
Universidade Federal Fluminense (UFF),
e-mail: [email protected]
RESUMO
Quando nos referimos a Educação a Distância, no contexto contemporâneo, em particular,
na Amazônia, é necessário que seja feita uma reflexão sobre o conceito de Educação,
tecnologia e ensino aprendizagem. A EAD é temática de discussão no cenário educacional
brasileiro e nos últimos anos vem tomando espaço no contexto amazônico. Trata-se
de uma nova modalidade de ensino que por meio dos avanços tecnológicos apresenta
uma comunicação bilateral entre os atores da Educação a Distância: formadores, tutores
e alunos, além de intentar proporcionar a construção do conhecimento de maneira
independente e criativa. Isso representa a exigência de criação de novas estratégias
pedagógicas institucionalizadas que garantam o processo de ensino aprendizagem.
Nesse sentido os conceitos de tempo e distância passam a ter novas acepções uma vez
que é possível ter ações imediatas, a exemplo do chat, que possibilita a comunicação
em tempo real. Diante disso, comunicação objetiva fazer uma reflexão a respeito das
novas abordagens nas práticas pedagógicas para poder, de forma segura, analisar as
possibilidades e limites desta modalidade de ensino na região.
PALAVRAS -CHAVE: Educação a distância; Amazônia, Possibilidades e limites
O PAPEL DO TUTOR A DISTANCIA NA AMAZONIA PARAENSE: OS DESAFIOS DO CURSO DE
ESPECIALIZAÇÃO EM EDUCAÇÃO DO CAMPO A DISTÂNCIA SECADI/MEC/UAB/IFPA
Maria Eliane de OLIVEIRA (SEDUC/UFPA)
Tutora a distancia do Curso de Letras UFPA, aluna do Curso de
Especialização em Planejamento, Implementação e Gestão da
Educação a Distância pela Universidade Federal Fluminense (UFF)
e Professora e Coordenadora do Projeto Letramento Digital, da
EEEFP João Renato Franco SEDUC/PA,
e-mail: [email protected]
RESUMO
O presente artigo está constituído em um relato de experiência acerca da atuação
pedagógica do tutor a distancia no âmbito de execução do Curso de Especialização em
Educação do Campo, desenvolvido pelo IFPA em parceria com as prefeituras locais de
dez municípios no estado do Pará. Os eixos temáticos, disciplinas, metodologia utilizados
no curso foram provenientes de discussões do comitê editorial da SECADI, e de todas as
Universidades e Institutos que realizavam o curso, como também o produto de discussões
coletivas com os profissionais envolvidos no IFPA. No curso de formação de professores
que atuam no campo, houve muitas perspectivas e desafios, dentre estes, os dados
aqui apresentados demonstram que as maiores desafios encontrados pelos tutores a
distancia em sua prática educativa estão relacionadas às questões como: deficiência no
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18º Fórum Paraense de Letras - 2012
letramento digital, dificuldade de interatividade e desmotivação por parte dos cursistas,
problemas de infraestrutura, e ainda, limitação e/ou inadequação dos recursos disponíveis
à metodologia utilizada.
PALAVRAS-CHAVE: Modalidade à distância; Educação do campo; Formação de professores;
Tutoria a distância.
RECURSOS E ATIVIDADES EM AMBIENTES VIRTUAIS
Shirlene Betrice do AMARAL (UFPA)
Licenciada em Letras pela Universidade Federal do Pará,
Especialista em Educação para as Relações Étnico- Raciais pelo
Instituto Federal de Ciência, Tecnologia e Educação do Pará
(IFPA) e aluna do Curso de Especialização em Planejamento,
Implementação e Gestão da Educação a Distância pela
Universidade Federal Fluminense,
e-mail: [email protected]
RESUMO
Esta comunicação intitulada Recursos e Atividades em Ambientes Virtuais objetiva
mostrar as possibilidades que o Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) oferece para
a criação e condução de atividades via plataforma MOODLE. Os recursos disponíveis
no AVA, tais como: chat, fórum, glossário, diário, questionário, wiki, etc., proporcionam
mais dinamicidade no ensino aprendizagem em EAD. Vale ressaltar que a utilização das
mídias como: vídeos, áudio, animação e os hipertextos exercem um papel importante na
construção de material didático na EAD, tornando as atividades a distância mais sugestivas,
desafiadoras e motivadoras, na qual irá contribuir para aprendizagem autônoma de uma
aluno da EAD.
PALAVRAS-CHAVE: Atividades e recursos em ambientes virtuais; Plataforma Moodle;
Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA).
A INTELIGÊNCIA COLETIVA COMO PROCESSO DE INTERAÇÃO E FORMAÇÃO NO
LETRAMENTO DIGITAL NOS CURSOS DE TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO (MEC)
Thiago VERÍSSIMO (UFPA)
Mestrando em Estudos Literários pela Universidade Federal do
Pará – UFPA. Atuou como professor
Tutor-Formador do PROINFO Integrado, pelo MEC,
e-mail: [email protected]
RESUMO
Na contemporaneidade, onde a tecnologia já condiciona novos costumes culturais, sociais
e econômicos, fala-se dos possíveis “impactos” das novas tecnologias da informação
sobre as sociedades e culturas. Mas esquecemos de que, como nos fala Lévy (1999) que
esta metáfora do impacto é equivocada, porque compara as tecnologias da informação
e comunicação aos artefatos bélicos. Isto é, como se a tecnologia fosse um projétil
33
e a cultura e sociedade um alvo. O autor destaca, ainda, que “as verdadeiras relações,
portanto, não são criadas entre a tecnologia (que seria da ordem da causa) e a cultura (que
sofreria os efeitos), mas sim entre um grande número de atores humanos que inventam,
produzem, utilizam e interpretam diferentes formas de técnicas” (Lévy, 1999) – ou seja, a
tecnologia em questão seria posto sob uma inteligência coletiva, através das tecnologias
da inteligência, donde inferimos a grande rede virtual – a internet – objeto da nossa
comunicação. Dessa forma, esta comunicação tem por objetivo relatar a minha experiência
enquanto Tutor-Formador (MEC) do curso “Tecnologias na Educação”, ministrado no
munícipio de Capitão Poço, PA, pensando de que forma a internet funciona como um meio
de interação e colaboração inteligente na formação de letramento digital dos professores
municipais daquela cidade, por meio, principalmente, da Educação a Distância.
PALAVRAS CHAVE: Internet; Inteligência coletiva; Letramento digital. EAD.
DISCURSO E IDENTIDADE NAS REDES SOCIAIS: O EXIBICIONISMO DENTRO DAS NOVAS
MÍDIAS COMO MEIO DE EXISTÊNCIA PÓS-MODERNA.
Paulo Rafael Bezerra CARDOSO (IFPA)
Graduado em Letras/Língua Portuguesa pelo Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia do Pará. (IFPA)
e-mail: [email protected]
RESUMO
Esta comunicação tem como objetivo expor as primeiras reflexões acerca de um projeto
de pesquisa cujo objetivo é avaliar os efeitos no cotidiano dos usuários das novas mídias
sociais, em especial as redes sociais. Para tanto recorrer-se-á a um aporte teórico contendo
autores como Marshal Mc Luhan e Anthony Giddens, buscando entender como o tempo
pós-moderno é marcado por uma existência repleta de fragmentação no eixo tempo/
espaço e como isso afeta o processo de identidade dos indivíduos no tempo presente, em
especial dentro dos meios de comunicação presente na rede mundial de computadores.
A pesquisa é de cunho qualitativo e tenta observar de modo crítico e analítico as formas
de relação na web e como elas afetam e interagem a vida social no chamado mundo real
dos internautas.
PALAVRAS-CHAVE: Identidade; redes sociais; discurso; pós-modernidade.
RAGE COMICS: DAS REDES SOCIAIS PARA SALA DE AULA
Dayana Crystina Barbosa de ALMEIDA (UFPA/FAPESPA)
Mestranda em Letras e bolsista pela FAPESPA. Universidade Federal do Pará – UFPA - [email protected]
Graça Helena Barbosa de ALMEIDA (SEMEC PMB)
Profª Licenciada Plena MAG. 04 e Esp. Em Docência do Ensino
Superior. Secretaria Municipal de Educação em Belém – SEMEC
PMB - [email protected]
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18º Fórum Paraense de Letras - 2012
RESUMO
O presente trabalho trata-se de uma proposta sobre o uso do gênero textual Rage Comics,
um tipo de quadrinhos muito populares em redes sociais. Assim, objetiva analisar este
gênero como uma ferramenta que pode motivar alunos adolescentes, de uma escola
pública, em aulas de produção textual de Línguas Portuguesa e Inglesa, por meio de uma
abordagem instrumental. Como orientação teórica, são utilizadas as leituras de teorias
sobre gênero de Swales (1990) e Marcuschi (2000). Na metodologia, será desenvolvida
uma pesquisa de campo de cunho quanti-qualitativo, que será utilizada para a análise
do corpus por meio de questionários e atividade de leitura e escrita. Espera-se que o
uso das imagens dos Rage Comics na interpretação das cenas atue como facilitador na
contextualização da história.
PALAVRAS-CHAVE: Gênero Rage Comics; Língua Portuguesa; Língua Inglesa; Motivação.
USO DE ESTEREÓTIPOS NAS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS E NOS MEMES DE INTERNET.
Paulo Rafael Bezerra CARDOSO (IFPA)
Graduado em Letras/Língua Portuguesa pelo Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia do Pará. (IFPA)
e-mail: [email protected]
RESUMO
Este trabalho irá abordar o modo como são construídos personagens e situações dentro
das histórias em quadrinhos e seus formatos mais recentes e simplistas, os memes
virtuais de internet. Além disso, os memes mais conhecidos que não são necessariamente
tirinhas gráficas, também serão citados, pois possuem um processo similar de construção,
mais próximos das charges contudo. O referencial teórico utilizará os trabalhos de
Eisner (Narrativas Gráficas e Quadrinhos e Arte Sequencial), McCloud (Descobrindo os
Quadrinhos e Reinventando os Quadrinhos), etc. A pesquisa é de cunho qualitativo e seu
corpus de análise são os memes produzidos em redes sociais como Facebook e Tumblr.
PALAVRAS-CHAVE: Histórias em quadrinhos; Memes; Leitura; Estereótipos; discurso.
SALA B 304. 09h00
Coordenação: Prof. Dr. Ivânia Neves (UNAMA)
LICENCIATURA INTERCULTURAL INDÍGENA: metodologias e práticas diferenciadas
Eliete de Jesus Bararuá SOLANO ( UEPA/LALI UNB)
Doutora em Linguística (UNB) e pesquisadora associada ao Laboratório de Línguas Indígenas (LALI/UNB). Professora do Curso de
Letras e do Curso de Pós-Graduação em Ciências da Religião da
Universidade do Estado do Pará-UEPa;
e-mail: [email protected]
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RESUMO
Nesta comunicação apresento alguns questionamentos referentes à existência de modos
e práticas próprios e particulares do sistema indígena de educação, no que concerne à
implantação de Licenciaturas Interculturais Indígenas, com foco especial para a Licenciatura
Intercultural da Universidade do Estado do Pará, criada neste ano de 2012. As Licenciaturas
Interculturais - implantadas a partir de 2001 e que tiveram como universidade pioneira a
Universidade do Estado do Mato Grosso (UNEMAT) – foram pensadas e elaboradas, de
forma coletiva (por meio de debates, fóruns, seminários, reuniões com as diversas etnias
envolvidas) a partir da experiência com cursos de formação de professores indígenas
em nível de magistério, em diversos Estados brasileiros, e com projetos alternativos de
revitalização de línguas e culturas indígenas. As discussões sobre as referidas licenciaturas
visam refletir sobre o termo interculturalidade e as metodologias e práticas diferenciadas
que são/serão usadas no processo de ensino aprendizagem, tanto no que se refere ao
professor não-índio e seu discente índio (no caso das licenciaturas interculturais), quanto
ao professor índio e seus discentes também índios (educação de ensino médio nas aldeias).
PALAVRAS-CHAVE: Licenciatura Intercultural, índios, educação.
RELATOS PESSOAIS E RETRATOS DA IDENTIDADE APURINÃ
Patricia do Nascimento da COSTA (UFPA)
Graduanda em Letras, Língua Portuguesa). Universidade Federal do Pará – UFPA.
[email protected]
RESUMO
O povo Apurinã fala a língua de mesmo nome, da família linguística Aruák, e vive em
comunidades espalhadas em afluentes do Rio Purus, no sudeste do estado do Amazonas.
A língua e cultura tradicionais Apurinã estão em processo de obsolescência sob a pressão
da língua portuguesa e da sociedade dominante. Neste trabalho examinamos relatos
pessoais feitos pelos Apurinã. Mostramos que tais relatos apresentam, entre outros
aspectos, valores tradicionais que se mesclam com valores mais contemporâneos que
retratam a consciência que os Apurinã têm sobre o que representa pertencer a essa etnia
e qual a significação da língua na afirmação de seus hábitos e crenças, como fatores que
os agregam como grupo. Tais resultados constituem importante informação sobre o que
o discurso Apurinã sugere sobre o estado atual da identidade desse povo. A relevância
desse estudo é contribuir para legitimar políticas públicas e a garantia de direitos para as
populações indígenas.
PALAVRAS-CHAVE: Identidade; Apurinã; Língua indígena.
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18º Fórum Paraense de Letras - 2012
ANÁLISE DO DISCURSO NA MÍDIA SOCIAL: CONTRIBUIÇÕES DE MICHEL FOUCAULT
Karen dos Santos CORREIA (UNAMA)
Mestranda do Programa de Mestrado em Comunicação, Linguagens e Cultura. Universidade da Amazônia- UNAMA.
Email: [email protected]
Resumo
Este artigo, com a proposta de ser apresentado no 18º Fórum de Letras da Universidade
da Amazônia, é resultado de pesquisas e discussões realizadas na disciplina Análise
do Discurso do Mestrado em Comunicação, Linguagens e Cultura da Universidade da
Amazônia (UNAMA). Dessa forma, se propõe a discutir sobre a análise do discurso na
mídia social facebook da indígena Xavante Guerreira, tendo como pressuposto teórico as
ideias de Michel Foucault no que concerne ao discurso, de modo a compreender como as
produções de sentidos são materializadas na linguagem, neste caso na virtual, bem como
entender como esses discursos produzem verdades, contribuindo para uma formação
identitária indígena. Assim, as discussões sobre as relações de poder, práticas identitárias
e as relações entre discurso, serão contempladas apoiadas nas teorias de Michel Foucault
e contribuições teóricas de Maria do Rosário Gregolin, pesquisadora da Universidade
Estadual de São Paulo do Campus Araraquara.
Palavras-Chave: Análise; discurso; mídia; identidade.
A POLÊMICA NO DISCURSO DA RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL
Laura Daniela Miranda de QUEIROZ (UFPA)
[email protected]
Orientador: Profa Dra Fátima Cristina da Costa PESSOA (UFPA)
RESUMO
Na intenção de auxiliar as MPE a desenvolverem ações de responsabilidade social, SEBRAE
e Instituto Ethos elaboraram um manual intitulado Responsabilidade Social Empresarial
para Micro e Pequenas Empresas – Passo a Passo. O discurso da responsabilidade
social empresarial (RSE) prima pelo cuidado com o bem comum, mas com vistas a
garantir às empresas condições de competir no mercado. Postula-se como hipótese
para o desenvolvimento desta pesquisa que o discurso da RSE se constitui de formações
discursivas antagônicas, uma que aponta para a solidariedade entre cidadãos e outra
que aponta para a competitividade entre empresas. Essa dissimetria entre formações
discursivas cria uma polêmica; Assim, busca-se investigar as relações interdiscursivas que
constituem o discurso da RSE, utilizando-se o manual como corpus para análise, e tendo-se
como base teórico-metodológica a Análise do Discurso como os postulados de Dominique
Maingueneau sobre interdiscurso e o conceito de polêmica.
PALAVRAS-CHAVE: responsabilidade social empresarial; interdiscurso; polêmica.
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DIÁLOGO ENTRE DISCURSO E RELAÇÕES DE GÊNERO NO UNIVERSO DE TRABALHO DOS
CATADORES DE MATERIAIS RECICLÁVEIS
Teresinha Rosa de MESCOUTO (PPGL-UFPA)
Mestranda. Universidade Federal do Pará-UFPA - teresinha.
[email protected]
Fátima Cristina da Costa PESSOA (PPGL-UFPA)
Profa. Dra. Universidade Federal do Pará-UFPA - [email protected]
RESUMO
A comunicação “Diálogo entre discurso e relações de gênero no universo de trabalho dos
catadores de materiais recicláveis” pretende apresentar uma abordagem da teoria da
análise do Discurso e das concepções que fundamentam a as relações de gênero e trabalho
focalizando no contexto das práticas discursivas dos catadores de materiais recicláveis.
Trata-se de um recorte de uma proposta de pesquisa de mestrado em curso que tem
buscado analisar como o discurso de gênero atravessa as relações sociais de trabalho das
organizações de catadores de Belém. A investigação fundamenta-se sob a teoria da Análise
do Discurso (AD) e sob a concepção de gênero e relações sociais abordadas no campo das
Ciências Sociais e pelos Movimentos Sociais.
PALAVRAS-CHAVE: Discurso; Gênero; Catadores de Materiais Recicláveis
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18º Fórum Paraense de Letras - 2012
SALA B 305 . 09h00
Coordenação: Prof. MsC Elaine OLIVEIRA ( UNAMA)
OFICINA DE LEITURA
IMAGENS POÉTICAS: UM CONVITE À LEITURA
Nathália da Costa CRUZ ( UEPA)
PPGED/ UEPA – bolsista de Mestrado CNPQ.
Email: [email protected]
RESUMO
A teoria do imaginário inaugura uma nova maneira de abordar e penetrar na essência de
um texto, através do estudo das imagens poéticas. Estudar as imagens desenhadas pela
palavra poética dentro de uma obra literária é uma forma de adentrar no misterioso e
fecundo universo da imaginação simbólica. Centrado nessa teoria é que se desenvolveu
este projeto que pretende, em linhas gerais, utilizar a imagem poética como um convite à
imaginação e à leitura.
PALAVRAS-CHAVE: Imagens Poéticas. Literatura. Imaginação. Leitura. Educação Literária.
A VISÃO CRÍTICA DA PROPAGANDA SOCIAL EM SALA DE AULA
Bruno Ricardo Santos MACHADO (UNAMA)
Licenciado em Letras pela Universidade da Amazônia (UNAMA)
- especializado em Estudos Avançados em Textos pela Faculdade
Ipiranga, ([email protected])
José Raimundo Borges COSTA (UVA)
Licenciado em Letras pela Universidade Estadual Vale do Acaraú
(UVA) - especializado em Estudos Avançados em Textos pela
Faculdade Ipiranga, ([email protected])
RESUMO
Este artigo apresenta a importância e/ou necessidade de uma análise crítica da propaganda social na sala de aula com alunos do ensino médio. Inicialmente mostraram-se os
estudos baseados em pesquisa exploratória com o apoio de pesquisa bibliográfica dando
ênfase aos conceitos de comunicação, propaganda e publicidade, assim como, sobre o ato
de ler. Apresentou-se, uma proposta de análise de propaganda social, levando o aluno à
função de receptor e a uma leitura mais crítica, observando-se a “tentativa de manipulação” das propagandas em geral. Foi selecionada a propaganda social da campanha de carnaval da fundação “Hemopa” (Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará)
no ano de 2008, com objetivo de promover a doação de sangue no período da folia do
carnaval. Exposta a análise da propaganda social eminente, ficou evidente que ela poderá
ser uma excelente ferramenta de contribuição para uma melhor leitura crítica de gêneros
textuais diversos, bem como a do gênero do discurso em questão.
Palavras-Chave: Propaganda social; Leitura; Comunicação.
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POÉTICAS ORAIS E EDUCAÇÃO: POSSIBILIDADES PARA O ENSINO DE LITERATURA
Danieli dos Santos PIMENTEL (UEPA) .
Mestranda. Universidade do Estado do Pará – UEPA –
[email protected]
RESUMO
A comunicação de pesquisa problematiza o ensino de literatura por meio da oralidade e
suas experimentações estéticas no campo da educação. O referido trabalho se ancora no
veio teórico e metodológico dos estudos de oralidade cunhados por Paul Zumthor (2010),
pois, compreende-se que sua abordagem designou uma nova epistemologia para o campo
da “ciência da voz”, dessa forma, surge nos estudos literários a imersão das poéticas da
oralidade como formas de manifestação artística a serem estudadas, tais quais a escrita
grafocêntrica. A partir da mudança dos paradigmas científicos se assistiu a introdução dos
estudos de oralidade no campo da ciência. Com isso, o ensino de literatura incorporou as
poéticas orais como modalidade de ensino como bem se observará durante a presente
comunicação.
PALAVRAS-CHAVE: Poéticas Orais; Literatura; Ensino.
O CINEMA COMO FERRAMENTA PARA O ENSINO DE LITERATURA: UMAABORDAGEM DA
PEÇA VESTIDO DE NOIVA, DE NELSON RODRIGUES.
Clarice Palheta da SILVA (Méson Pí)
Profa do Sistema de Ensino Méson Pí.
email: [email protected]
José Victor NETO (FAAM)
Prof. Ms. da Faculdade da Amazônia – FAAM.
email: [email protected]
RESUMO
O presente trabalho visa demonstrar a viabilidade da utilização de obras cinematográficas
quando da abordagem de obras dramáticas em sala de aula. Vários vestibulares, a exemplo
do certame da UFPA, vêm adotando como leituras obrigatórias peças teatrais, a exemplo
da obra aqui abordada. As marcações cênicas, utilizadas nos textos dramáticos, têm
gerado dificuldades de compreensão junto aos alunos do Ensino Médio, devido a sua
pouca familiaridade com esse gênero textual. Ademais, tais textos não foram inicialmente
confeccionados para a leitura, mas para a dramatização. Portanto, nossa proposta visa
utilizar a obra cinematográfica Vestido de Noiva, de Joffre Rodrigues, como auxiliar na
abordagem da peça homônima, de Nelson Rodrigues, apontando, evidentemente, as
diferenças entre as mesmas, mesmo que seja a primeira uma adaptação da segunda. O
objetivo almejado é que os alunos possam obter um melhor aproveitamento das aulas de
Literatura quando da abordagem de textos teatrais.
PALAVRAS-CHAVE: Cinema; Literatura; Teatro; Ensino-aprendizagem; Ensino Médio.
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18º Fórum Paraense de Letras - 2012
ANTES DO FILÓSOFO, EXISTIA O POETA. ELEMENTOS DIDÁTICOS PARA
O ENSINO DE FILOSOFIA NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
Flávio Valentim de OLIVEIRA (UNAMA / SEDUC-Pa.)
Mestre em Filosofia. Email: [email protected]
RESUMO
No ano de 2010 o ensino de filosofia foi implantado no Centro de Educação de Jovens e
Adultos (CES) como atendimento personalizado e por intermédio da utilização de módulos
para ajudar didaticamente os alunos em sua formação no ensino médio. De um modo
geral, nossos alunos tem uma média de idade acima dos quarenta anos e muitos deles já
estão há quase uma década longe de instituições escolares e às vezes com a autoestima
em baixa. O primeiro módulo elaborado para essa experiência docente se intitula Antes do
filósofo, existia o poeta e seu objetivo é refletir com os alunos as temáticas do trágico, do
heroísmo, da memória e da astúcia em Ésquilo e Homero e, por conseguinte, a importância
da palavra, a maiêutica, o sentido de Eros, a distinção entre o homem e o animal nos
filósofos sofistas, em Sócrates, em Platão e Aristóteles.
Palavras-chave: Filosofia; educação; poesia.
FORMAÇÃO DO LEITOR: CONTRIBUIÇÕES DA BIBLIOTECA DA UNAMA
Francisca Magnólia de Oliveira REGO (UNAMA)
Profa. Msc. da Universidade da Amazônia-UNAMA; magnifika_@
hotmail.com; magnó[email protected]
Resumo
Criada em 1974, a biblioteca da UNAMA ultrapassou os limites de seu principal objetivo
social – a veiculação da informação e do conhecimento – ampliando, sobremaneira, suas
ações de apoio às necessidades dos alunos, professores e funcionários, ao criar projetos
de incentivo à leitura como: A Semana do Livro e da Biblioteca, Literatura nas Férias, Verão
Literário, Semana Literária dos enamorados, Trocando Literatura e a Semana da Biblioteca
e Comunidade. Considerando a importância da formação do leitor, em especial, no âmbito
universitário, a análise dos resultados dessa empreitada subsidiará este trabalho que pretende traçar um perfil dos principais usuários beneficiados com essa iniciativa.
PALAVRAS-CHAVE: Leitura; Leitor; Biblioteca da UNAMA.
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LITERATURA, CONTOS, BRINCADEIRAS E DIVERSIDADE
Graça FERNANDES (UFPA)
Profa Esp. Graça Maria Fernandes Lima. Universidade Federal do
Pará UFPA. Email: [email protected]
RESUMO
A brincadeira constitui-se como uma possibilidade educativa fundamental para a criança.
Brincar é imaginar e comunicar de uma forma específica que uma coisa pode ser outra,
que uma pessoa pode ser um personagem .A fantasia e imaginação são elementos
fundamentais para que a criança aprenda mais entre o eu e o outro.Os contos e as histórias
povoam o universo infantil.Principalmente com relação aos contos, sempre enfatizam
aqueles de tradição europeia, como branca de neve, chapeuzinho vermelho, Rapunzel
e outros.Não trazemos para a cultura escolar os contos africanos, indígenas, latinoamericanos e orientais. Para uma educação que respeite a diversidade, é fundamental
contemplar a riqueza cultural de outros povos, e, nesse sentido, vale a pena pesquisar e
trabalhar com outras possibilidades.
Palavras-chave: Educação; Literatura; Diversidade
O ENSINO DE “LÍNGUA PORTUGUESA” NA EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL E
UMA PROPOSTA DE LETRAMENTO LITERÁRIO
Edi Franco Pantoja ALMEIDA(UEPA)
[email protected]
Juliana Miranda de VASCONCELOS (UEPA)
RESUMO
O presente artigo partiu da reunião de dados colhidos em escolas públicas acerca de
aulas de Língua Portuguesa ministradas em turmas de ensino fundamental, os quais
foram analisados, e juntamente com nossas pesquisas, serviram de embasamento
para a construção de uma proposta, a qual visa a prática do ensino de letramento que
proporcione a formação de um leitor efetivo, de modo a oportunizar a habilidade não
somente de decodificar, mas atribuir à leitura seus conhecimentos prévios e interligá-los
ao seu cotidiano, para tanto, apresentamos aqui uma proposta de aplicação do letramento
literário ao ensino fundamental, bem como um recorte das atuais realidades do ensino
fundamental na educação literária, a fim de oportunizar um novo prisma quanto a
educação e as possíveis alternativas de melhoria e ainda propiciar a reflexão quanto a
importância do papel do educador e, sobretudo ao que pode repercutir cada falha no
processo de letramento, principalmente o letramento literário que tanto tem a contribuir
para a formação do ser crítico.
PALAVRAS-CHAVE: Letramento; formação; ensino fundamental; literário.
42
18º Fórum Paraense de Letras - 2012
SALA B 306 . 09h00
Coordenação: Prof. Dr. Sílvio HOLANDA (UFPA)
CORPO DE BAILE E A CRÍTICA HERMENÊUTICA
Prof. Dr. Sílvio HOLANDA (UFPA)
Professor doutor, Universidade Federal do Pará (UFPA),
email: [email protected].
RESUMO
Esta comunicação visa a discutir a recepção crítica de Corpo de baile, de Guimarães
Rosa, à luz do conceito de experiência estética formulado por Jauss (1979). Com base
na hermenêutica literária proposta pelo pensador alemão, pode-se interpretar o ciclo
novelesco como exaltação à literatura e ao corpo da linguagem. É possível pensar o
elenco narrativo como ciclo poético e, simultaneamente, refletir sobre a dimensão
estética humana. Buscar a hermenêutica para compreender a obra literária conduz-nos a
perceber distinções fundamentais, tais como entre livro e mundo, objeto interpretado e
sujeito interpretante. Assim, para a compreensão do projeto rosiano, deve-se minimizar
as manifestações implícitas de Guimarães Rosa, a fim de superar uma estética centrada no
autor. Pensando a experiência estética em Corpo de baile, não se visa somente examinar
a recepção crítica de Guimarães Rosa, mas, sobretudo, compreender como, no interior
mesmo da obra, se coloca a questão da dimensão estética.
Palavras-chave: Guimarães Rosa; Corpo de baile; Crítica hermenêutica.
INTERPRETAÇAO E RECEPÇAO CRÍTICA NA PRÁTICA COMPARATISTADAS ESTÓRIAS:
“PÁRAMO” DE GUIMARAES ROSA E “O ADIVINHADOR DAS MORTES” DE MIA COUTO
Karla Alessandra Nobre LUCAS
(Mestranda/UFPA) [email protected]
Orientador: Prof. Dr. Sílvio Augusto de Oliveira HOLANDA (UFPA)
RESUMO
O presente estudo volta-se para a proposição de um diálogo entre as narrativas de João
Guimarães Rosa (“Páramo”) e do escritor moçambicano Mia Couto (“O adivinhador
das mortes”) que integram, respectivamente, os livros: Estas estórias (1969) e Estórias
abensonhadas (1996) na perspectiva da aproximação dos estudos estético-recepcionais
aos comparatistas. Ao passo que a novela rosiana (“Páramo”) encerra em si uma
simbologia que aponta para a alternância entre um narrar orientado pelo pendor reflexivo
e os desdobramentos do Leitmotiv da morte na cisão do ser; o conto (“O adivinhador
das mortes”) discorre acerca do processo de tomada de consciência do sujeito e da
experimentação da morte que transforma sua existência íntima. A dialética entre morte
e vida, permite-nos pensar a alteridade ― se considerados os elementos extrínsecos e
intrínsecos às respectivas obras ― que os estudos comparatistas atuais adotam como
expoente de seu método, a partir das questões de identidade e do fator político, no diálogo
43
transcultural calcado na aceitação das diferenças, conforme pontuado por Coutinho
(1991, p. 73). Assim, a repercussão de um autor e de sua produção artística em dado
período histórico e seu alcance ao público leitor é determinante para que, nos termos
de Jauss (1983, p. 312), as interpretações sejam capazes de renovar o sentido da obra,
constituindo uma verdadeira cadeia dialógica que integra, no eixo dos estudos estéticorecepcionais, a experiência pessoal do leitor ao complexo de experiências mediadas pelo
objeto; com base não na anulação do passado, mas em sua alteridade para com o presente
que o reinventa e possibilita a reconstrução do horizonte, ou o limite de possibilidades de
experiência estética.
Palavras-chave: Interpretação e recepção crítica; Guimarães Rosa; Mia Couto.
TRANSMUTAÇÃO DO PARAÍSO: O “ENFEITE” E O BELO POÇO PARADO DE BURITI BOM
Francisco das Chagas RIBEIRO JÚNIOR (UFPA/PIBIC –
VOLUNTÁRIO) [email protected]
Orientador: Prof. Dr. Sílvio Augusto de Oliveira HOLANDA (UFPA)
RESUMO
Está comunicação tem por finalidade analisar as transformações a partir da chegada da
personagem Lalinha na fazenda de Buriti Bom. Sobre “Buriti”, sabe-se que está inclusa em
Noites do sertão (1956), cujo compõe o ciclo de novelas Corpo de baile (1956), junto com
dois outros títulos, Manuelzão e Miguilim (1964) e No Urubuquaquá, no Pinhém (1965).
Para dar da finalidade supracitada, visa-se as análises empreendida por Sarah Diogo,
sobretudo, no texto O mundo que perdeu suas paredes: Lalinha e o belo poço parado
em “buriti”, para interpretação a respeito das mudanças na ambiência, considerada
paradisíaca, na fazenda já mencionada, onde é imposta o poder patriarcal de Liodoro,
porém, é Lalinha, quem promove o movimento em “Buriti”, que passa a ofuscar a presença
dos actantes masculinos. Pretende-se, também, oportunizar, os fundamentos da estética
da recepção, pensada segundo Hans-Robert Jauß (1921-1997), principalmente, acerca do
conceito de quebra de horizonte de expectativa.
PALAVRAS-CHAVE: Guimarães Rosa,“Buriti”,Lalinha, transformações em Buriti Bom.
A OBRA THE DEVIL TO PAY IN THE BACKLANDS (1963) DE GUIMARÃES ROSA (1908-1967)
Suellen Cordovil da SILVA (UFPA)
Mestranda em letras com concentração de estudos literários na
Universidade Federal do Pará- UFPA. Atualmente trabalho na
SEMED/ Marituba, como professora de língua Inglesa.
Email: [email protected]
Sílvio Augusto de Oliveira de HOLANDA (UFPA)
Professor doutor da Universidade Federal do Pará.
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18º Fórum Paraense de Letras - 2012
RESUMO
Nesta presente comunicação propõe-se discutir alguns trechos da tradução norteamericana do romance Grande sertão: veredas (1956), como corpus de análise, os quais
se seguem às contribuições da estética da recepção do alemão Hans Robert Jauss (19211997). E estuda-se o conceito da tradução do autor francês Antoine Berman (19421991) e sua compreensão em relação à tradução etnocêntrica. Neste caso, procura-se
entender a tradução como um movimento crítico e filosófico. Com a perspectiva de
Berman de que uma tradução etnocêntrica é aquela trata de uma apropriação do Outro
ou estrangeiro, verifica-se que a cultura do autor do texto original fazia parte da cultura
do texto de chegada. Os tradutores da obra norte-americana de Grande sertão: veredas
foram Harriet de Onís (1899-1968) e James Taylor (1892-1982), a primeira foi tradutora da
língua portuguesa e espanhola para a língua inglesa e o segundo tradutor foi lexicógrafo e
professor da Universidade de Stanford na Califórnia.
PALAVRA-CHAVE: Guimarães Rosa. Recepção. Tradução etnocêntrica.
O UMBRAL DO SERTÃO: LEITURAS DO ERÓTICO,NO LIMIAR DO ANTIPATRIARCAL
Brenno da Costa Carriço OLIVEIRA (UFPA/PIBIC – CNPq)
Graduando do Curso de Letras pela Universidade Federal do Pará
(UFPA) e bolsista Pibic-CNPq. Email: [email protected].
br
Orientador: Prof. Dr. Sílvio Augusto de Oliveira HOLANDA (UFPA)
RESUMO
A novela “Buriti” (1965), de Guimarães Rosa (1908-1967), será o objeto de análise desta
comunicação, cujo escopo é tratar as configurações do ethos sertanejo na trama. Em
complemento aos estudos que já se têm feito acerca do caráter sensual da linguagem na
narrativa, abordar a cultura, sob a perspectiva do erotismo, se faz necessário porquanto é
somente o entendimento da relação intrínseca existente entre o interdito, regulamentado
pelas injunções convencionadas, e o ato de transgredir, ao qual o pathos amoroso se
vincula, que permite apreender a dinâmica sócio-antropológica inerente ao habitus dos
indivíduos no microcosmo que a fazenda do Buriti Bom encerra. Apoiado nessa premissa,
e em conformidade com a noção jaussiana de distanciamento estético, formular-se-á
uma hipótese de leitura para a citada obra, segundo a qual o seu autor se serve de uma
representação de cultura que a experiência social brasileira encena — o patriarcalismo —
para, com base nela, contradizê-la.
PALAVRAS-CHAVE: Guimarães Rosa. Ethos sertanejo. Erotismo. Distanciamento estético.
45
TEMPO DE AFÃ: CONVENÇÃO E MUDANÇA EM “A ESTÓRIA DE LÉLIO E LINA”, DE
GUIMARÃES ROSA
Pablo RAMOS (UFPA)
Graduando em Letras / bolsista de Iniciação Científica,
Universidade Federal do Pará (UFPA),
email: [email protected].
Orientador: Prof. Dr. Sílvio HOLANDA (UFPA)
RESUMO
Lançada por Guimarães Rosa (1908-1967) em 1956, “A estória de Lélio e Lina” é uma das
sete narrativas que compõem Corpo de baile. Numa consideração inicial acerca da referida
novela rosiana, pode-se afirmar que o autor mineiro descreve um sertão tensionado e
situado no limiar da convenção e da mudança e onde ocorrem transformações do espaço
e das personagens presentes na narrativa. Diante dessa polarização entre convenção e
transformação e da crítica mais recente sobre o autor (BORGES & ROCHA, sem data),
propõe-se evidenciar aspectos modernos subjacentes à obra literária, tais como a inserção
de elementos citadinos (a casa de Conceição Tomázia, simbolicamente representado como
um bordel), o papel particular desempenhado por Rosalina e o erotismo, que promove a
transgressão dos limites estabelecidos e materializados principalmente na personagem
Jiní, que comete adultério sem se preocupar com as consequências do ato, ao se envolver
com Lélio, entre outras situações.
PALAVRAS-CHAVE: Guimarães Rosa; “A estória de Lélio e Lina”; convenção e mudança.
SALA A 403 . 09h00
Prof. Msc Maria das Graças Alves SALIM ( UNAMA)
VELOCIDADE E PRECISÃO NA LEITURA DE ALUNOS DO 6º E DO 7º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL.
Cintia Magalhães CORRÊA (UFPA)
Bolsista de Iniciação a Pesquisa (PIP). Universidade Federal do
Pará (UFPA). Email: [email protected]
Denize Roberta Del-Teto RAMOS (UFPA)
Bolsista de Iniciação a Pesquisa. Universidade
Federal do Pará (UFPA).
Email:
[email protected]
Orientadora: Profª. Dra. Gessiane PICANÇO ( UFPA)
RESUMO
A fluência em leitura faz referência à habilidade de ler um texto com precisão, velocidade
e expressão oral adequadas. O presente trabalho visa avaliar o desempenho quanto à
precisão e a velocidade na leitura de alunos do 6º e 7º ano do Ensino Fundamental em
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18º Fórum Paraense de Letras - 2012
duas escolas públicas de Belém. A hipótese é que a dificuldade em leitura enfrentada
pelos alunos tem uma relação direta com o seu baixo desempenho escolar. A pesquisa foi
iniciada em maio deste ano e está sendo desenvolvida através de visitas mensais nas duas
escolas. Para a avaliação, utiliza-se o teste Curriculum-based Measurement (“Medição com
base no Currículo”.), o qual se caracteriza como um método simples de leitura em voz alta
para medir o nível de leitura e o seu progresso durante a instrução. O trabalho apresenta
os resultados da pesquisa realizada com 72 alunos que estão sendo monitorados, através
de amostragens padronizadas de leitura.
Palavras-chave: Leitura; Ensino fundamental; Precisão; Velocidade.
ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA NOS NÍVEIS FUNDAMENTAL E MÉDIO E EM
CURSOS PREPARATÓRIOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS: práticas e desafios
Mateus Maia REZENDE (UNAMA)
Revisor de textos e consultor ortográfico. Professor do Ensino
Básico Federal – Aeronáutica, Belém. Especialista em Língua
Portuguesa (UFPA). Mestrando do curso de Comunicação,
Linguagens e Cultura da Universidade da Amazônia ( UNAMA)
2012. Email: [email protected]
RESUMO
Este trabalho tem o intuito de discutir as práticas educacionais e os diferentes desafios
dos professores de língua portuguesa nos níveis fundamental e médio, assim como em
cursos preparatórios para concursos públicos. Na atualidade, é indiscutível o grau de
complexidade presente nos distintos níveis de ensino da língua portuguesa, juntamente
com a diversidade de conteúdos didáticos que abrange – leitura, produção e interpretação
de textos, gêneros textuais, linguagem, gramática, dentre muitos outros. Desse modo,
é necessário para o professor saber como administrar com competência os conteúdos,
adequando-os às necessidades e anseios do seu público, sem perder de vista a, muitas
vezes desleal, competição da atenção com as novas mídias e o sem-número de atrativos
presentes na internet. Grandes são os desafios em sala de aula, e cada nível de ensino
apresenta suas peculiaridades; desse modo, discutem-se aqui as diferentes práticas que
auxiliam o professor de língua portuguesa a enfrentar as dificuldades do labor docente
nesses três níveis de ensino.
Palavras-chave: Ensino de Língua Portuguesa; Ensino Fundamental; Ensino Médio;
Concursos Públicos.
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COMO OS LIVROS DO PNLD TRATAM GÊNERO E TEXTO?
Raquel Wanzeler PINTO (UFPA)
Professora - Universidade Federal do Pará. Email: raqwanzeler@
yahoo.com.br
RESUMO
A proposta é analisar como o os livros didáticos do Ensino Fundamental II referentes ao
Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) que o Ministério da Educação distribui às
escolas públicas de todo país, por intermédio do Fundo Nacional de Desenvolvimento
da Educação (FNDE) abordam os gêneros e o texto. Buscarei responder às seguintes
perguntas: 1) Os livros didáticos diferenciam de alguma maneira o que é “ler um texto” e
o que é “reconhecer o gênero” do texto?; 2) Como são as atividades propostas a partir do
texto pelos LDs?; 3) Que textos aparecem nos LDs?; 4) Quantos textos por unidade e quais
as fontes?; 5) Eles aparecem inteiros ou em fragmentos?; 6) Esses textos ou fragmentos
foram escritos pelo próprio autor do livro didático ou não?
Palavras-chave: Gêneros; Texto; Livro didático; Ensino.
GÊNERO PIADA: UM ESTUDO DA COERÊNCIA TEXTUAL
Anderson Gomes TEIXEIRA (FIBRA)
Estudante de pós-graduação em Língua Portuguesa e Literaturas.
Faculdade Integrada Brasil-Amazônia – FIBRA
– [email protected]
RESUMO
Que atire a primeira pedra quem nunca contou ou ouviu uma piada. As de loira, de
sogra, e de bêbado são algumas das mais conhecidas pelo público leitor/ouvinte. Esse
gênero textual está presente no cotidiano de muitas pessoas que, no entanto, não a
compreendem. Sob a perspectiva da Linguística Textual, buscou-se estudar a Coerência no
gênero Piada e demonstrar porque uns entendem e outros não. Tal pesquisa bibliográfica
é baseada, primeiramente, na coleta de dados e, posteriormente, em análise de diferentes
tipos de piada. Koch e Travaglia (1999) e Possenti (2010) são os autores de referência para
a produção deste artigo. Ora, entendendo que a piada faz parte do discurso de muitos
estudantes, por que não levá-la para sala de aula? As piadas analisadas abordam questões
do cotidiano da sociedade em geral e de grupos específicos, considerando vários fatores
de ordem cognitiva, temporal, situacional, sociocultural e interacional.
PALAVRAS-CHAVE: Piada; Coerência; Gênero; Esteriótipos.
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18º Fórum Paraense de Letras - 2012
IDEOLOGIA, SUJEITO E INTERTEXTUALIDADE NO ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA
Paulo Arthur Pantoja de Moraes FRANCO (UEPA)
Universidade do Estado do Pará. Email: [email protected]
RESUMO
Quando se analisa a diversidade das formas de ensino, vemos a grande lacuna na formação dos jovens em Língua Portuguesa, principalmente no que tange aos conceitos “básicos” de sujeito, ideologia e intertextualidade nas séries iniciais do sexto ao nono ano
- conceitos esses interdisciplinares, porém de responsabilidade dos professores de letramento. Com esse pensamento, houve a preocupação que levou ao desenvolvimento desse
trabalho; viu-se a necessidade de se discutir e desenvolver novas metodologias que relacionassem os estudos de Análise do Discurso (AD) e letramento, com foco nos conceitos
referentes a sujeito, ideologia e intertextualidade, mostrando seu uso prático na relação
com o entendimento de gêneros, sendo esses tanto textuais como falados. Recorremos
a teóricos como Koch, Brandão e Possenti para apresentarmos os conceitos de sujeito,
ideologia e intertextualidade, partindo das premissas comuns e indo até as cientificas,
bem como suas práticas dentro do letramento, observando seus possíveis usos em sala
de aula. Ao falarmos também da compreensão no estudo com gêneros e da análise do
discurso no ensino de Língua Portuguesa, utilizamos Marcushi, Fiorin, Guimarães e Voese,
recorrendo a conceitos tanto da linguística textual quanto da Análise do Discurso (AD) e
explorando os respectivos campos de conhecimento para propiciar novas abordagens para
o ensino Língua Portuguesa. A pesquisa foi desenvolvido no modelo de oficinas de produção e interpretação textuais na Escola Estadual de Ensino Fundamental Paulo Maranhão,
com alunos do sexto ao nono ano, onde se observou o entendimento deles com o uso
de diversas formas de gêneros e os exemplos neles intrínsecos dos conceitos de sujeito,
ideologia e intertextualidade. Como resultado, levamos os alunos, conforme acreditamos,
a uma melhor compreensão de conteúdos diversos, graças às metodologias que visavam
(visam) a construção de um conhecimento mais abrangente e completo com relação a
esses conceitos, usando recursos textuais e gêneros diferenciados.
Palavras-chave: Sujeito; Ideologia; Intertextualidade; Análise do Discurso; Letramento.
AUDITÓRIO D 200 . 09h00
Coordenação: Prof. MsC David do Vale Lima (UNAMA)
CAPITÃES DA AREIA E O NASCER DO SOL: UMA APROXIMAÇÃO PELO FEMININO
Luciana de Moraes RAYOL (SEDUC)
Mestre em Literaturas de Língua Portuguesa pela Pontifícia
Universidade Católica de Minas Gerais, Professora de Língua
Portuguesa e Literatura Luso-brasileira da Secretaria de Educação
do Estado do Pará-SEDUC) e-mail: [email protected]
Resumo
A produção do autor brasileiro Jorge Amado exerceu influência literária na obra do
escritor angolano José Luandino Vieira. O livro Capitães da Areia (1937), de Amado, e
49
o conto “ O nascer do Sol” – do livro A cidade e a infância (1957) –, de Vieira, servem
como objeto de estudo para a análise do viés feminino abordado pelos autores, como
também as transformações de universos exclusivamente masculinos em função da
chegada de personagens femininas. O estudo se fundamentará em reflexões sobre as
Literaturas Africanas de Língua Portuguesa e a Literatura Brasileira, visando à comparação
dos recursos literários utilizados por Jorge Amado e José Luandino Vieira.
Palavras-chave: Adolescência; Feminino; Memória.
“CANTAR DE AMIGO DE GABRIELA”: UMA PROPOSTA DE LEITURA DA
POÉTICA AMADIANA
Francisca Magnólia de Oliveira REGO (UNAMA)
Profa. Msc. da Universidade da Amazônia-UNAMA; magnifika_@
hotmail.com; magnó[email protected]
Resumo
Em que pese ter sido um best seller de singular sucesso internacional, a biografia de Jorge
Amado revela que a literatura dele sempre foi vista com certa reserva, especialmente no
meio acadêmico, onde predomina a leitura de autores canonizados. Diante dessa inquietante
realidade, são profícuas as palavras de Bosi (1970), ao afirmar que “bastou a passagem do
tempo para desfazer o engano”, ou seja, aos poucos, a arte desse baiano foi conquistando
seu devido respeito, seduzindo e formando número expressivo de leitores, graças ao
reconhecimento do valor literário do conjunto de sua obra. Essa importante constatação
pode ser reafirmada na proposta deste trabalho, cujo objetivo é analisar o poema “Cantar de
amigo de Gabriela”, com o propósito de desvelar os meandros de que se reveste a tessitura
dessa poesia para finalmente flagrar a força-motriz da poética amadiana.
PALAVRAS-CHAVE: Literatura; Leitor; Poética; Força-motriz.
AS VÁRIAS MORTES DE QUINCAS BERRO D’ÁGUA DE JORGE AMADO
Kezya Thalita Cordovil LIMA (UEPA/UNAMA)
Mestranda da Universidade do Estado do Pará- UEPA e aluna
da Pós-graduação em Língua Portuguesa e Análise Literária da
Universidade da Amazônia-UNAMA.
Email: [email protected]
RESUMO
A Morte e a Morte de Quincas Berro D’Água é uma crítica bem humorada aos
comportamentos burgueses da década de 60; é uma reflexão sobre a morte, ou melhor, as
várias mortes de um tranqüilo funcionário público baiano chamado de Joaquim Soares da
Cunha, que outrora fora um cidadão venerável, que aos cinqüenta anos abandonou esposa
e filha, para transforma-se em Quincas Berro d’Água. A par disso, Jorge Amado soube
colocar sua imaginação a serviço do humor e da ironia: criou, nos 12 capítulos da novela,
um homem, que, mesmo morto, vai ter sua noite de boêmia. Mas do que polêmicas sobre
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18º Fórum Paraense de Letras - 2012
o momento da morte há uma intrigante e cômica análise que um único homem pode ter
várias mortes, destacando as três mortes de Quincas; sendo a primeira como a morte
moral; a segunda como a morte carnal e a terceira como a morte por redenção nas águas
baianas.
PALAVRAS-CHAVE: Morte; Novela; Humor; Crítica.
ORGANIZAÇÃO SOCIAL NA OBRA CAPITÃES DA AREIA DE JORGE AMADO
Marcio HOMCI (UNAMA)
Marcio Homci, Pós Graduando.
Universidade da Amazônia – UNAMA
[email protected]
RESUMO
Este artigo trata sobre um problema social, com um breve enfoque sociolinguístico,
mostrado na obra de Jorge Amado, Capitães da Areia. Abrangendo a pequena visão de
mundo das crianças, que em face desta e demais faltas que a infância é caracterizada,
conseguem os personagens desenvolverem uma organização social, mesmo que para
exercerem o mal. Vivem com sentimentos corriqueiros de um grupo familiar e acabam por
adquirirem experiências que os levarão a destinos diferentes.
PALAVRAS-CHAVE: Organização social; Jorge Amado; Capitães da Areia.
A Chapeuzinho Amarelo de Chico Buarque de Holanda: A superação do
medo a partir do poder transformador da palavra.
Hamilton NOGUEIRA
Graduado em Letras pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia do Pará – IFPA
E- mail: [email protected]
RESUMO
O presente trabalho trata sobre questões relativas ao sentimento de medo no que concerne a Literatura infantil. Para isso fez-se necessário direcionarmos nossa investigação sobre
uma obra que versa sobre o assunto: Chapeuzinho Amarelo de Chico Buarque de Holanda.
O presente estudo se fez necessário ao percebermos que a Literatura Infantil é fundamental no processo de formação da criança, seja no que concerne a seu desenvolvimento
frente a questões existenciais, seja em sua relação com a estética literária, com o belo.
Logo, a investigação é válida, no sentido de contribuir com a teoria da Literatura Infantil,
além de proporcionar uma nova dinâmica nos setores educacionais no que diz respeito ao
uso dos livros infantis enquanto arte literária atrelada à pedagogia escolar.
PALAVRAS-CHAVE: Literatura Infantil; Medo; Chapeuzinho Amarelo; Chico Buarque.
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AVENTURAS E DESVENTURAS DA INFÂNCIA: UMA LEITURA DE O GATO
E O ESCURO E O BEIJO DA PALAVRINHA DE MIA COUTO
Thaís POMPEU (ESAMAZ)
Profª. Msc. Escola Superior da Amazônia – ESAMAZ.
E-mail: [email protected]
RESUMO
O presente trabalho faz uma análise das obras infantis O gato e o escuro e O beijo da
palavrinha de autoria do escritor moçambicano Mia Couto (1955). Assim, alguns aspectos
serão ressaltados como: as diversas visões sobre a infância, o conhecimento sobre o
universo infantil, o medo, a fantasia, as ilustrações e a veia militante implícita e explícita na
escritura do referido autor. Essa análise visa, em especial, enfatizar a contribuição visual
e artística das ilustrações de Marilda Castanha e Malangatana nas obras estudadas. Em
suma, consiste em um estudo literário e visual das obras escolhidas.
PALAVRAS-CHAVE: Literatura Africana; Literatura infanto juvenil; Infância; Medo;
Ilustrações.
CONTO MODERNO EM MARIA LÚCIA MEDEIROS
Leomir Silva de CARVALHO (UFPA/ CAPES)
Universidade Federal do Pará – UFPA
[email protected]
RESUMO
Esta comunicação tem como objetivo analisar os contos “Casa que já foste minha” e
“Céu caótico” de Maria Lúcia Medeiros (1942 – 2005), quanto ao caráter moderno
que apresentam, a partir de Nádia Gotlib (1990) e Massaud Moisés (2006). Tal caráter
compreende a ruptura com a estrutura tradicional do gênero utilizado por Medeiros que de
acordo com Moisés passa a apresentar os seguintes aspectos inerentes ao conto moderno:
situa a escrita na interseção entre a prosa e a poesia, lança mão do fluxo de consciência,
que alcança os acontecimentos interiores dos personagens, e rompe com a linearidade
da estrutura início – meio – fim. Os contos que serão utilizados nesta comunicação fazem
parte da publicação póstuma Céu Caótico (2005) na qual a escritora mantém seu estilo
singular que situa a própria escrita no íntimo dos personagens, de modo a remetê-los aos
labirintos da consciência de onde jamais retornam imunes.
PALAVRAS-CHAVE: Maria Lúcia Medeiros; Conto moderno; Céu Caótico.
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18º Fórum Paraense de Letras - 2012
Infância Amarela e Branca: Notas e anotações em torno de O
Meu Amigo Pintor, de Lygia Bojunga
Ivone dos Santos VELOSO (UFPA)
Profa. Msc.Ivone dos Santos Veloso (Universidade Federal do
Pará/UFPA). Email: [email protected]
Resumo
A presente comunicação pretente discutir algumas questões a respeito da representação da
criança na chamada Literatura infanto juvenil, pondo em evidência a produção literária de
Lygia Bojunga, especialmente do livro O meu amigo Pintor, escrito no ano de 1978. Nesta
narrativa observa-se que um distanciamento do caráter pedagógico e moralizante de que
se revestiu a literatura direcionada para crianças, apresentando um redimensionamento
da relação adulto/criança, muito embora, seja perceptível na narrativa pelo menos duas
imagens da infância: a do ser dependente e obediente das regras; a do ser questionador
e criativo. Além disso, a narrativa evoca a voz da criança, com uma linguagem que traz
a sintaxe infantil, bem como o seu modo de ver e sentir o mundo. Marisa Lajolo (2008),
Cadermatori (2007), Coelho(1997), Ariés (2011) são alguns autores que nos ajudam a
debater as questões em torno do tema.
Palavras-chave: Infância; Literatura; Representação
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18º Fórum Paraense de Letras - 2012
COMUNICAÇÕES
20 de setembro, quarta-feira
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18º Fórum Paraense de Letras - 2012
Auditório D 200 . 09h00
Coordenação: Prof. Dr . Maria do Perpétuo Socorro Cardoso da SILVA (UNAMA/ UEPA )
educação FUNDAMENTAL e IDEB: resultados de Belém no contexto das
capitais brasileiras
Maria Stella Faciola Pessôa Guimarães (UFPA/SEMEC)
Escritora. Engenheira Civil e Mestre de Planejamento em
Desenvolvimento pela Universidade Federal do Pará(UFPA).
Assessora da Secretaria Municipal de Educação de Belém
(SEMEC).E-mail: [email protected]
RESUMO
O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) foi criado pelo Governo Federal
em 2005, visando a promover avaliação educacional de alunos e correspondentes escolas,
municípios e estados. Com número de 0 a 10, combina dois conceitos de qualidade da
educação: rendimento (a situação ideal é todos os alunos de uma série progredirem
para a série seguinte) e desempenho (média das notas resultantes da aplicação bienal da
Prova Brasil em Língua Portuguesa e Matemática). O objetivo da sessão de comunicação
é apresentar e contextualizar os resultados do IDEB obtidos em 2005 (medição inicial)
e 2011 (quarta e última medição realizada até o momento), na 4ª série (ou 5º ano) do
ensino fundamental, pelas escolas públicas que compõem a rede da Secretaria Municipal
de Educação de Belém (SEMEC), com foco especial nas comparações da capital do Pará
com as demais capitais brasileiras.
Palavras-chave: Avaliação educacional; IDEB; Prova Brasil; Belém.
FORMAÇÃO DE PROFESSORES PARA A APRENDIZAGEM DOS ALUNOS: UMA ESTRATÉGIA
DE BELÉM COM REFLEXOS POSITIVOS NA PROVA BRASIL
Maria Isabela Faciola PESSÔA (SEMEC)
Doutoranda em Educação Matemática pela PUC-SP, professora da
Universidade do Estado do Pará (UEPA) e da Secretaria de Estado
de Educação (SEDUC), coordenadora do Núcleo de Informática
Educativa (NIED) da Secretaria Municipal de Educação (SEMEC) –
E-mail: [email protected]
Resumo
Partindo da premissa que o direito à educação não se restringe ao direito à matrícula em
uma escola, mas ao direito à aprendizagem, o Ministério da Educação (MEC) vem fazendo
uso da aplicação de um instrumento, intitulado Prova Brasil, para verificar se o direito
ao aprendizado das competências leitora e matemática está sendo garantido para cada
um dos estudantes brasileiros. A Secretaria Municipal de Educação (SEMEC), pretendendo
melhorar as notas nas séries iniciais do Ensino Fundamental da Rede de Ensino de Belém na
57
referida prova e ciente de que a escola responde majoritariamente pelo eventual fracasso
de seus alunos no aprendizado de experiências cognitivas, implementou, em 2009, um
programa de formação continuada para os professores com vistas à aprendizagem de seus
estudantes em língua portuguesa e matemática. O objetivo da sessão de comunicação é
apresentar os resultados da Prova Brasil como possíveis reflexos dessa ação de formação
de professores.
Palavras-chave: Avaliação educacional; IDEB; Prova Brasil; Formação continuada de
professores; Aprendizagem em Língua Portuguesa e Matemática.
CRITÉRIOS PARA A ELABORAÇÃO DE UMA SEQUÊNCIA DIDÁTICA COM O GÊNERO
DEBATE REGRADO
Tiago Sousa SANTOS (UEPA)
Graduando do terceiro ano de Letras da Universidade do Estado
do Pará (UEPA). Bolsista de Iniciação Científica na qualidade
de PIBIC/CNPQ, com a pesquisa intitulada de “A construção do
objeto ensinado em sala de aula: o trabalho docente a partir
do gênero debate regrado”, orientada pelo professor Dr. José
Anchieta de Oliveira Bentes – e-mail: [email protected]
José Anchieta de Oliveira BENTES (UEPA)
Doutor em Educação Especial pela Universidade Federal de São
Carlos (UFSCAR). Professor Adjunto I da Universidade do Estado
do Pará (UEPA). Orientador de Iniciação Científica na qualidade de
PIBIC/CNPQ, com a pesquisa “A construção do objeto ensinado
em sala de aula: o trabalho docente a partir do gênero debate
regrado”, a qual está em fase de execução
e-mail: [email protected]
RESUMO
A (trans)formação escolar é almejada pela sociedade. Uma das maneiras de alcançar
isso, é formar alunos aptos ao desenvolvimento da cidadania nas práticas sociais. Para
isso, faz-se necessário analisar objetos que são efetivamente ensinados em sala de aula,
obtendo informações do alunado. A partir dessa compreensão, constituída na observação
do trabalho docente de uma professora de língua portuguesa de uma escola pública
tecnológica em um bairro de periferia em Belém, será realizada uma proposta parcial de
sequência didática com o gênero debate regrado, planejada para ser implementada em
comum acordo com o plano de ensino. Nesta comunicação, as necessidades e interesses
dos alunos serão apresentados e critérios serão estabelecidos para a elaboração de uma
SD. Tal empreendimento converge com pesquisas desenvolvidas por Gomes-Santos
(2010), Antunes (2003), Plantin (2008), Pietro; Schnewuly (2006), Dolz; Schnewuly (2010).
Vale salientar que o debate regrado serve para atender necessidades e resolver problemas
da classe.
PALAVRAS-CHAVE: Gênero debate regrado; objetos; critérios; sequência didática.
58
18º Fórum Paraense de Letras - 2012
O ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA NA EDUCAÇÃO INDÍGENA: UMA ANÁLISE TEÓRICA
/PRÁTICA.
Autora: Kárytha de Paula NASCIMENTO (UEPA)
Aluna do 3°ano do Curso de Licenciatura em Letras. Universidade
do Estado do Pará –. E-mail: [email protected]
Coautor: Byron Bruno Braga BRASIL (UEPA)
Aluno do 3º ano do Curso de Licenciatura em Letras. Universidade
do Estado do Pará
. E-mail: [email protected].
Coautor: Paulo Arthur de Moraes FRANCO (UEPA)
Aluno do 3°ano do Curso de Licenciatura em Letras. Universidade
do Estado do Pará – UEPA. E-mail: [email protected].
RESUMO
O presente trabalho visa expor como é realizado o ensino de Língua Portuguesa para
indígenas, tendo por base o relato de uma professora que atua nesta área desde 1991. A partir
disto, foi realizado um estudo de caso, no qual são discutidos os aspectos da organização
social indígena, para que o ensino de Língua Portuguesa seja efetivado respeitando sua
língua nativa, suas tradições e seus processos de constituição de saberes e transmissão
cultural para as gerações futuras. Nesta pesquisa, também é feita uma análise sobre os
valores desenvolvidos na prática do ensino de Português e no fazer docente do professor,
considerando a forma estabelecida pelo governo no que consiste “a língua oficial do estado”
e que ferramentas são utilizadas na manutenção da língua falada pelo povo nativo indígena.
Os resultados incididos constataram a necessidade da manutenção dos processos culturais
específicos, dando ênfase na prática do ensino de Português como L2.
Palavras-chave: Língua Portuguesa, Educação Indígena, Teoria/Prática e Ensino.
LIVRO DIDÁTICO: POSSIBILIDADES DE LEITURA
Dione Márcia Alves de MORAES (UFPA)
Graduada em Letras. Universidade Federal do Pará (UFPA) Email: [email protected]
Márcia Cristina Greco OHUSCHI (UFPA)
Docente da Universidade Federal do Pará (UFPA) - Doutoranda em
Estudos da Linguagem- Universidade de Londrina)
Email: [email protected]
RESUMO
Este artigo, vinculado ao Projeto de Pesquisa “Diagnóstico do trabalho com os gêneros discursivos
na escola”, trata das etapas de leitura presentes no livro didático de Língua Portuguesa (LDP) do
9º ano do Ensino Fundamental. Embasado em Menegassi (1995), Menegassi e Angelo (2005),
PCN’s (2008), objetiva: a) refletir sobre o ensino e aprendizagem da leitura em sala de aula;
b) analisar os conceitos que têm sido aplicados no LDP; c) identificar se a etapa de leitura
predominante tem contribuído para a constituição de um leitor competente e; d) auxiliar
na formação de um docente mais crítico em relação ao LDP. Para esse fim, escolhemos dois
textos do capítulo 2 do referido material. Identificamos as etapas de leitura, nesse recorte,
59
e analisamos qual é preponderante, especificamente, nas atividades correspondentes. A
pesquisa caracteriza-se como qualitativo-interpretativa, de natureza aplicada, que intenciona
auxiliar o professor na mediação do desenvolvimento do leitor crítico.
PALAVRAS-CHAVE: Ensino e Aprendizagem; Livro didático; Leitura em Sala de Aula.
SALA A 301 . 09h00
Coordenação: Prof. Dr . Antônio Máximo FERRAZ ( UFPA)
A OBRA DE ARTE E O PENSAMENTO POÉTICO ORIGINÁRIO
Antônio Máximo FERRAZ (UFPA)
Professor Doutor. Professor da Faculdade de Letras e do Programa
de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal do Pará –
UFPA. E-mail: [email protected]
RESUMO
As comunicações coordenadas ora propostas, e cujos resumos se encontram abaixo, se
inserem no projeto de pesquisa intitulado “A obra de arte e o pensamento poético-originário”,
coordenado pelo proponente no âmbito do Núcleo Interdisciplinar Kairós – Pensamento da
Arte e da Linguagem (NIK), grupo de pesquisa em atuação junto à Faculdade de Letras e ao
Programa de Pós-Graduação em Letras da UFPA. No projeto de pesquisa, a obra de arte não
é vista como o ficcional contraposto ao real e à verdade, mas como o acontecer de questões.
Tal modo de pensar a arte é poético-originário, pois vê a obra como doação da poiésis, a qual
não tem origem no homem, mas a ele se dirige por ação originária da verdade (alétheia),
compreendida em uma dimensão manifestativa. Além da presente comunicação, mais dez
comunicações serão apresentadas, divididas em três Mesas, perfazendo um total de onze
comunicações. Elas dialogam entre si, pois partem de uma perspectiva poético-ontológica
da obra de arte. O proponente será o mediador das Mesas.
PALAVRAS-CHAVE: Obra de arte; Pensamento; Poiésis; verdade.
Mesa ARTE E EXISTÊNCIA: A ANGÚSTIA DO EU NA PROCURA DO PRÓPRIO EM KAFKA,
CLARICE LISPECTOR E GUIMARÃES ROSA.
A ANGÚSTIA COMO REPRESENTAÇÃO DO INSETO DE KAFKA
Marco Felipe de Oliveira PEIXOTO (UFPA)
Graduando em Letras Habilitação em Língua Alemã. Universidade
Federal do Pará – UFPA. E-mail: [email protected]
Orientador: Prof. Dr. Antônio Máximo FERRAZ (UFPA)
Professor Doutor. Prof. Adjunto da Graduação e do
Programa de Pós-graduação em Letras da Universidade Federal
do Pará – UFPA. E-mail: [email protected]
60
18º Fórum Paraense de Letras - 2012
RESUMO
A presente comunicação tem o objetivo de interpretar, sob a perspectiva existencialista da
angústia, a figura do inseto em que Gregor Sasma se transforma, no conto “A metamorfose”,
escrito em 1912 pelo tcheco Franz Kafka. Tentar-se-á expor como os indivíduos do conto
são agredidos psicologicamente ao serem colocados em situações de impasse, fazendo
a angústia ser elemento decisivo na trama. No texto, a angústia não só transforma o
homem e o modela, como também o categoriza, dando-lhe forma e intenção, ou seja,
uma representação. No centro destas transformações, encontramos a figura do inseto,
o qual é, sem dúvida, não somente a personificação do ser angustiado, como também a
metáfora da mudança que assola não só a si, como os demais a sua volta.
PALAVRAS-CHAVE: Metamorfose; Angústia; Kafka; Existencialismo
NO LIMIAR DA EXISTÊNCIA: ROSAS E ANGÚSTIA NA POÉTICA DE CLARICE LISPECTOR.
Alberto AMARAL (UFPA)
Mestre em Psicologia Social pela Universidade Federal do Pará
– UFPA. Professor da Escola Superior Madre Celeste – ESMAC.
E-mail. [email protected].
Cássia COSTA (UFPA)
Graduada em Filosofia pela Universidade Federal do Pará – UFPA.
E-mail. [email protected]
Orientador: Prof. Dr. Antonio Máximo Ferraz (UFPA)
Professor Doutor. Prof. Adjunto da Graduação e do Programa de
Pós-graduação em Letras da Universidade Federal do Pará – UFPA.
E-mail: [email protected]
RESUMO
A Literatura, como arte da palavra, pode ser entendida como um acontecimento da
linguagem, tomando o homem como questão. Do mesmo modo, a Filosofia reflete um
acontecimento do pensar. Ambas mostram que é possível o caminho do saber e, assim,
revelam-se como duas perspectivas que podem ser cogitadas, sustentando-se no próprio
homem. A presente comunicação propõe o diálogo entre Literatura e Filosofia. Tomamos
como ponto de partida o conto “A imitação da rosa”, pertencente à coletânea Laços de
Família, de Clarice Lispector. Para tanto, recorremos ao diálogo com o pensador alemão
Martin Heidegger e suas reflexões acerca do Ser. No conto, o sentimento de estranheza
que perpassa o Ser da personagem Laura encontra ressonâncias com o que Heidegger
concebeu como angústia. Transitando pela confluência de tais leituras, pretendemos trazer
à luz um caminho interdisciplinar para a interpretação do conto clariciano, destacando
suas possíveis aproximações com o pensamento de Martin Heidegger.
PALAVRAS-CHAVE: Clarice Lispector, “A imitação da rosa”, Martin Heidegger, angústia
61
“A VOLTA DO MARIDO PRÓDIGO”, DE JOÃO GUIMARÃES ROSA:A TEATRALIZAÇÃO DE
UM DRAMA
Afonso Rian Moreira da COSTA (UEPA)
Graduando em letras- Língua Portuguesa na Universidade do
Estado do Pará – UEPA. E-mail: [email protected]
Orientador: Prof. Dr. Antônio Máximo FERRAZ (UFPA)
Professor Doutor. Prof. Adjunto da Graduação e do Programa de
Pós-graduação em Letras da Universidade Federal do Pará – UFPA.
E-mail: [email protected]
RESUMO
A narrativa “A volta do Marido Pródigo”, de João Guimarães Rosa, é conduzida por uma
estrutura teatral, em que o autor dá diversas indicações do rompimento de uma narração
convencional, tais como os “à parte” (cochichos entre os personagens) da indicação de
fechamento do primeiro ato, bem como o encerramento do conto, ao estilo de uma
farsa (com tom burlesco e, ao mesmo tempo, decadente). Além disso, o titulo alude à
parábola bíblica do “O filho pródigo”. Esta parábola perpassa a temática o conto: Lalino
Salathiel (O laio) deixa a sua mulher com um espanhol (Ramires), para viver uma vida de
aventuras sonhadas, as quais contava para todos como verdadeiras. Ao desiludir-se, volta
à localidade e pretende retomar sua esposa, do mesmo modo como o filho da parábola,
que deixa seu pai e retorna arrependido. Desse modo, o presente trabalho pretender
realizar uma interpretação sobre a questão na qual todos os homens estão imersos: “A
busca da felicidade”.
PALAVRAS-CHAVE: Guimarães Rosa; teatro; liberdade; felicidade; drama
Mesa : DIÁLOGO E ABERTURAS A PARTIR DA POESIA DE ALBERTO CAEIRO, OLGA SAVARY,
DULCINÉA PARAENSE E MAX MARTINS.
POR UMA EDUCAÇÃO PELO FOGO: O ARQUÉTIPO ÍGNEO NA POESIA DE ALBERTO
CAIEIRO
Maria Madalena Felinto PINHO (UFPA)
Aluna especial de Mestrado em Letras. Universidade Federal do
Pará – UFPA. E-mail: [email protected]
Orientador: Prof. Dr. Antônio Máximo FERRAZ (UFPA)
Professor Doutor. Prof. Adjunto da Graduação e do Programa de
Pós-graduação em Letras da Universidade Federal do Pará – UFPA.
E-mail: [email protected]
62
18º Fórum Paraense de Letras - 2012
RESUMO
A epistemologia não-cartesiana de Bachelard (1979) instaura a concepção de uma nova
perspectiva científica e filosófica aos elementos tradicionalmente inseridos no âmbito
das ciências clássicas. Para além do filósofo, há o estudioso do imaginário poético. Em
consonância com o horizonte desse “novo espírito científico” (BACHELARD,1934),
propomos um diálogo com o autor da “psicanálise dos elementos” (La Psychanalyse du
Feu, 1938) e o poema “O Guardador de Rebanhos”, de Alberto Caieiro (Fernando Pessoa).
A pesquisa, de caráter exploratório, centrou-se na dimensão metafórica do fogo que atiça
e apaga lembranças, o qual queima a matéria superficial para que brote a via poética que
leva o coração do homem ao coração das coisas. O fogo seria, deste modo, “a essência
da vida poética em direção à unidade primordial” (CESAR, 1996). Como Caieiro, quem
experimentou o pasmo diante da eterna novidade do mundo.
PALAVRAS-CHAVE: Fogo; Símbolo; Essência
AS FIGURAÇÕES DO CORPO NA POESIA DE DULCINÉA PARAENSE E OLGA SAVARY
Andréa Jamilly Rodrigues LEITÃO (UFPA)
Graduada em Letras. Universidade Federal do Pará – UFPA.
[email protected]
Orientador: Prof. Dr. Antônio Máximo FERRAZ (UFPA)
Professor Doutor. Prof. Adjunto da Graduação e do Programa de
Pós-graduação em Letras da Universidade Federal do Pará – UFPA.
E-mail: [email protected]
RESUMO
O presente trabalho constitui uma nova compreensão acerca do corpo e suas inter-relações
com a sexualidade e a experiência amorosa, em diálogo com os poemas “Inquietude”, de
Dulcinéa Paraense, e “Acomodação do Desejo I”, de Olga Savary. O percurso interpretativo
pretende explorar a referência à sacralidade primordial da cópula ritual e do acontecimento
da hierogamia Céu-Terra (ELIADE, 2001), cujos elementos simbólicos da água e da terra
encenam o próprio envolvimento carnal dos amantes. Neste sentido, a comunhão
amorosa opera uma aproximação entre o ser humano e a sua origem, como uma legítima
possibilidade de reconciliação com a natureza (PAZ, 1994). Em meio à dinâmica cíclica
e incessante da natureza, a experenciação do amor, a partir da sexualidade, reconduz o
homem às suas raízes telúricas, à sua morada originária, na medida em que reconhece e
ressalta o seu próprio corpo enquanto humus, “terra”, transfigurando-se nas forças vitais
do mundo natural.
PALAVRAS-CHAVE: Corpo; Sexualidade; Origem
63
DIÁLOGO ORIENTE-OCIDENTE NA POESIA DE MAX MARTINS:UMA CONVOCAÇÃO AO
SILÊNCIO
Thiago de Melo BARBOSA (UFPA)
Mestrando em Letras – Estudos Literários. Universidade Federal
do Pará – UFPA. E-mail: [email protected]
Orientador: Prof. Dr. Antônio Máximo FERRAZ (UFPA)
Professor Doutor. Prof. Adjunto da Graduação e do Programa de
Pós-graduação em Letras da Universidade Federal do Pará – UFPA.
E-mail: [email protected]
RESUMO
A conversa, ou melhor, o “diálogo antropofágico” entre a poesia e o pensamento orientais
e a obra de Max Martins é um fato, um tema palpável dentro da poesia deste autor,
vide, por exemplo, as várias referências ao Zen Budismo presentes nos seus poemas. É
notório, ainda, quando nos pomos à escuta desta poesia, o quanto tal conversa deságua
num entendimento do silêncio como questão, i.é, não apenas como ausência de som,
mas como algo que é essencial ao pensamento e à própria linguagem. Diante disso,
procuram-se, nesta comunicação, verificar, nas intersecções entre a poesia de Max
Martins e o pensamento oriental, os momentos em que este serve como base para o
acontecer, naquela, do silêncio. Em suma, pretende-se discorrer sobre de que forma o
diálogo Oriente-Ocidente auxilia no autoconhecimento da importância do silêncio para o
dizer poético evidenciado nos textos de Max Martins.
PALAVRAS-CHAVE : Max Martins; Pensamento Oriental; Silêncio; Poesia
SALA A 302 . 09h00
Coordenação: Prof. Msc Maria Ermelinda BAEZ ( UNAMA)
PANORAMA LITERARIO DE LA GENERACIÓN DEL 27
Iris BARBOSA (UFPA/UNAMA)
Prof.ª Msc. Universidade Federal do Pará-UFPA, Universidade da
Amazônia-UNAMA. [email protected]
Resumo
En este trabajo vamos hacer un panorama literario de la Generación del 27 que comprende
el grupo de escritores, en su mayoria poetas, nacidos entre el final del siglo XIX y principio
del siglo XX. Fue por medio de esta generación de poetas españoles, que empezó con el
homenaje a Luis de Góngora en Sevilla por el tercer centenario de su muerte, que se dio
a conocer el aspecto histórico, político, literario y cultural de España alrededor del año
1927. Estudiaremos también sus miembros y sus obras para tenermos la idea de como
las nuevas fórmulas poéticas de estos escritores no rompen con las tradiciones literárias
y culturales que se encuentran presentes en sus escritos, una vez que esta generación
caracteriza uma nueva edad de oro para la poesia española.
Palabras-Clave: Generación del 27; Literatura; Poesía.
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18º Fórum Paraense de Letras - 2012
POESIAS DE NERUDA: LITERATURA COMO MÉTODO DE ENSINO DE LÍNGUA ESPANHOLA
Wellingson Valente dos REIS (UEPA/UNAMA)
Pós-Graduação em Estudos Linguísticos e Análise Literária – UEPA;
Graduado em Letras – Língua Espanhola – UNAMA; Graduado em
Letras – Língua Portuguesa – UEPA. Professor SEMED – Ananindeua. [email protected]
Cristiane de MESQUITA Alves (UEPA/UNAMA)
Pós-Graduação em Língua Portuguesa e Análise Literária – UNAMA; Graduada em Letras – Língua Espanhola – UNAMA; Graduada em Letras – Língua Portuguesa – UEPA. Professora e Tutora
UEPA/UAB. [email protected]
RESUMO
Tendo como base os pressupostos dos Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN’S, que
privilegiam o trabalho com os gêneros textuais no ensino de língua estrangeira, este
trabalho abordará a relação literatura e ensino de Língua Espanhola, com o objetivo
de apresentar uma proposta de trabalho didático na oralidade, por meio da literatura,
mostrando o quanto é profícuo uni-las para aprendizagem mais significativa. A escolha
de Neruda se deu pelo fato do autor ser um dos principais autores da Literatura HispanoAmericana e seus poemas trazem como características: a densidade, a unidade de efeito
e a versatilidade do gênero. Busca-se também desmistificar a ideia de que no ensino de
língua estrangeira, nesse caso, a Espanhola, deve ser priorizado o estudo de regras e
formas gramaticais. No que se refere à oralidade no ensino dessa língua, percebe-se que,
em geral, os alunos apresentam facilidade com a leitura, no entanto, apresentam diversas
dificuldades quando se trata da comunicação oral, espontânea, talvez por timidez ou pelo
encaminhamento metodológico dos docentes.
TRABALHANDO OS GÊNEROS TEXTUAIS (FÁBULAS E QUADRINHOS) NO ENSINO DE LÍNGUA MATERNA.
Maria Waldiléia do E. S. BENTO (UEPA)
Graduação em Letras, Universidade do Estado do Pará- UEPA,
email: [email protected]
Carla Melo de VASCONCELOS (UEPA)
Graduação em Letras, Universidade do Estado do Pará-UEPA,
email: [email protected]
RESUMO
Abordando uma nova maneira de ensinar língua materna procurou-se adaptar os gêneros
textuais nas aulas de Língua Portuguesa, colocando em foco as orientações obtidas a partir
da leitura dos PCNs, o qual foi de total importância para o bom andamento da temática
aplicada. Com essa forma mostrou-se como pode ser feita a transformação de um gênero em outro e ao mesmo tempo trabalhando a gramática através da criação de texto. A
65
utilização de gêneros como fábulas, quadrinhos e a orientação do uso e finalidades dos
mesmos permitiu um retorno satisfatório por parte dos alunos da Escola Centro Educacional Batista do Bengui, que cursam o 5° ano (4ª série) do ensino fundamental, o qual será
apresentado no presente trabalho.
Palavras-Chave: Gêneros; Ensino de Língua Materna.
REPENSANDO O ENSINO DE LÍNGUA A PARTIR DE UMA ANÁLISE LINGUÍSTICA
Florência PINTO (UEPA)
Graduanda do Curso de Licenciatura em Letras. Universidade do
Estado do Pará – UEPA- [email protected]
Vanessa Cristina Dias PINHEIRO ( UEPA)
Graduanda do Curso de Licenciatura em letras. Universidade do
Estado do Pará– [email protected])
Resumo
O uso repetido de pronomes em uma mesma frase é considerado como um erro gramatical
capaz de desqualificar o falante e suas produções orais e escritas. No desfecho deste estudo
temos como objetivo mostrar que fator como esse é um fenômeno linguístico oriundo
de uma intenção semântica coerente e precisa para o falante. Trataremos de alguns
textos, resultados de gravações em pesquisa de campo, dos quais percebemos o quanto
as repetições dos pronomes intencionam a fala do sujeito. Desta forma, objetivamos
despertar o repensar do ensino de língua portuguesa no que se refere à aplicação da
gramática.
PALAVRAS-CHAVE: Pronomes; Gramática; Fenômeno linguístico.
SALA A 303 . 09h00
Coordenação: Prof. Msc Jader FERREIRA ( UNAMA)
O ENSINO DA GEOGRAFIA NA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL: Um estudo de caso do
IFPA – Campus Belém
Maria Fernanda Ribeiro SANTOS (IFPA)
Acadêmica do curso de Geografia Licenciatura , bolsista PIBICTI do
projeto “A geografia e seu ensino no contexto do médio integrado
do IFPA campus Belém” Email: [email protected]
Orientadora Professora Msc. Aline REIS. Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia do Pará - IFPA.
RESUMO
A obra em questão visa analisar o ensino da geografia na educação profissionalizante no
Brasil, uma vez que esta modalidade de ensino possui mais de cem anos de existência no
País. O debate do ensino médio integrado da educação profissional, que consiste no ensino
de disciplinas do ensino secular paralelas ao ensino de disciplinas técnicas, será feito na
66
18º Fórum Paraense de Letras - 2012
proposta de um debate acerca de educação e trabalho, sendo a educação um meio para
a emancipação do trabalhador. Será identificada ao longo da obra a abordagem que é
atribuída a geografia pelos professores com vistas a atender as especificidades dos cursos
de educação profissional, e também a visão dos alunos, dessa modalidade de ensino,
acerca da geografia e de seus conceitos elementares IFPA – campus Belém. Objetivamos,
com isso, propor o debate acerca dessa modalidade de educação, e com isso contribuir
para a transformação do processo ensino e aprendizagem no Brasil.
PALAVRAS-CHAVE: Ensino; Geografia; Trabalho; Educação; Profissionalizante.
ANALFABETISMO GEOGRÁFICO NA ESCOLA ISABEL DOS SANTOS DIAS: UMA REALIDADE
Silvia Simone Barbosa de ALMEIDA (IFPA)
Estudante do Curso de Licenciatura Plena em Geografia do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Pará - IFPA e Bolsista do Projeto PARI PASSU – E-mail: [email protected]
Márcio Cristiano dos SANTOS (IFPA)
Estudante do Curso de Licenciatura Plena em Geografia do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Pará - IFPA
E-mail: [email protected]
RESUMO
O presente trabalho resultou da pesquisa realizada na escola Estadual de Ensino Médio Izabel
dos Santos Dias, localizada no bairro da Campina, situado no Distrito de Icoaraci, Belém-PA.
A pesquisa se realizou em turmas do Ensino Médio e visa identificar possíveis metodologias
que facilite a aprendizagem e o entendimento de geografia por parte dos alunos entre
17 e 18 anos. Através de observações durante as ministração das aulas de geografia, foi
constatado que as metodologias empregadas não são suficientes para cumprir com o ensino
da referida disciplina, em outras palavras os estudantes mostraram que tem dificuldades
em compreender muitos assuntos de Geografia, e para outros são verdadeiros “analfabetos
geográficos” e se declaram não gostarem da matéria, também foram realizadas algumas
entrevistas com professores, alunos além do corpo docente da escola.
Palavras-chave: Analfabetismo geográfico; Escola Pública; Metodologia.
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A MÚSICA BREGA COMO POSSIBLIDADE SUPORTE A APRENDIZAGEM DO ESPAÇO
AMAZÔNICO
Marcos Maia SANTOS (IFPA)
Estudante do Curso de Licenciatura em Geografia e bolsista do
PIBID. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará
– IFPA, E-mail: [email protected].
Cátia Oliveira MACEDO (IFPA)
Profa. Dra. em Geografia pela Universidade de São Paulo e professora da Universidade do Estado do Pará-UEPA e Instituto Federal
de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará – IFPA,
E-mail: [email protected].
Resumo
O principal objetivo desta contribuição é apresentar a música brega como possibilidade de
ser um recurso ao Ensino de Geografia em escolas paraenses. Embora tenha sido construída
uma preconceituosa designação de música cafona, ela possui um rico conteúdo regional
que pode ser abordado em sala de aula por docentes de variadas áreas do conhecimento.
Na Geografia, a música brega pode possibilitar uma visão introdutória de Amazônico
de modo a deixar a ministração deste assunto mais interessante aos educandos. Nesse
sentido, selecionamos canções pertencentes ao chamado “segundo movimento brega”
que ocorreu nos Estados do Amapá e Pará em meados da década de 1990, tais produções
foram coletadas para analises, por meio de compra de discos no centro comercial de
Belém (PA), também denominado de Bairro comércio.
Palavras-chave: Música Brega; Ensino de Geografia; Amazônia; Comércio.
SALA A 304 . 09h00
Coordenação: Prof. MsC Lourdes Márcia NOGUEIRA( UNAMA)
O INGLÊS COMO LÍNGUA ESTRANGEIRA E COM “STATUS” DE LÍNGUA FRANCA DO SÉCULO
21 E SUA FUNÇÃO DIDÁTICO- PEDAGÓGICA NOS CAMPOS PROFISSIONAIS ESPECÍFICOS
NA CIDADE DE BELÉM – PARÁ
Aline do Socorro Chaves MIRANDA
Lorena Cardoso Dantas de SOUSA
Lorena Moura Viana COSTA
Luiz Euclydes Pinheiro COELHO
Rita de Cassia Pinheiro Oliveira dos SANTOS
Alunos do curso de Letras – Universidade da Amazônia-UNAMA.
Orientador Prof. Ms. Jorge Haber RESQUE (UNAMA)
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18º Fórum Paraense de Letras - 2012
RESUMO
Dando continuidade ao projeto de iniciação científica intitulado “O inglês, como língua
estrangeira e com ‘status’ de língua franca do século XXI, e sua função didático-pedagógica
nos campos profissionais, específicos na cidade de Belém- Pará”, onde o resultado da
primeira etapa, verificado no decorrer do ano de 2011, foi positivo. Visto que, de acordo
com os entrevistados, seria de grande importância, a publicação de um material específico
para cada área de atuação profissional.
Nesta segunda etapa do projeto, estão sendo elaboradas quatro unidades direcionadas,
especificamente, para cada grupo profissional, que são: pesquisadores, web designers,
técnicos de informática, diretores, secretários e funcionários públicos.
Objetivamos facilitar o uso da língua inglesa para esses profissionais, colocando textos,
atividades e práticas da língua, de acordo com seu nível de conhecimento e sua área de
trabalho. Textos, atividades e práticas da língua, relacionados, diretamente, com o seu
campo de atuação. As unidades também envolvem as seguintes habilidades da Língua
Inglesa: “reading”, “writing”, “listening” e “speaking”.
Palavras-chave: Língua franca; Língua estrangeira; Inglês; Grupo Profissional; Material
didático.
SALA A 305 . 09h00
Coordenação: Prof. Dr . Erasmo BORGES ( UNAMA)
DIÁLOGO SÍGNICO: O TEXTO FÍLMICO A PARTIR DO LITERÁRIO
Alan Martins da Silva (IFPA)
Graduando do Curso de Letras do Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia do Pará – IFPA – [email protected]
RESUMO
O trabalho em questão tem como proposta analisar, sucintamente, o diálogo existente
entre cinema e literatura, focando a adaptação fílmica produzida a partir de obras
literárias. Cinema e literatura constituem-se enquanto manifestações artísticas diferentes
e que se expressam por meios distintos, consequentemente apresentam em seus
discursos comunicativos predominâncias sígnicas dissonantes, isto é, enquanto no texto
literário a palavra é o elemento sígnico preponderante, no cinematográfico prevalecem
os elementos imagéticos. Contudo, essas duas vertentes artísticas compartilham de
um mesmo propósito, o de narrar histórias valendo-se das falas de personagens, o que
facilita e promove a interrelação cinema/literatura. Tal relação foi sendo concretizada
desde meados do século XIX, mas ganha contornos mais íntimos e notórios a partir das
últimas décadas do século XX. Neste trabalho, realizar-se-á pesquisa bibliográfica e análise
documental a partir dos estudos desenvolvidos no campo historiográfico e da semiótica, a
exemplo de Julio Plaza (2003) e Verônica Daniel (2007).
Palavras-chave: Diálogo; Signo; Artes.
69
EROTISMO E PORNOGRAFIA: QUAL A DIFERENÇA?
Ingrid da Silva MARINHO (UFPA)
Graduanda em Letras Hab. Língua Portuguesa. Universidade
Federal do Pará- UFPA- [email protected]
Suellainy Vieira da CRUZ (UFPA)²
Graduanda em Letras Hab. Língua Portuguesa. Universidade
Federal do Pará- UFPA- [email protected]
Orientador: Prof. Dr. Luis Heleno Montoril del CASTILO (UFPA)
RESUMO
A presente proposta de comunicação tem por objetivo abordar questões, como “o que é
erotismo?” e “o que é pornografia?”. Partindo desse pressuposto, busca-se estabelecer
diferenças entre ambos, a partir das concepções dos teóricos Lucia Castelo Branco,
Jesus Durigan e Francesco Alberoni. Além disso, investigar o erótico e o pornográfico
estabelecendo um diálogo entre poesia, prosa e cinema. Através de imagens poéticas que
denotam o universo erótico e/ou pornográfico, observa-se a predominância de alguns
elementos, no âmbito da literatura erótica/pornográfica. Seja erotismo ou pornografia, a
característica desses conceitos é a sexualidade, que será refletida com base nas teorias de
Freud, Reich e Foucault. Dessa forma, o estudo faz-se relevante devido a um pressuposto
que é o de igualar o sexo e nudez à pornografia, logo propõe estabelecer as diferenças
entre os dois fenômenos- erotismo e pornografia- de forma que possamos discutir, por
meio da exposição oral, o que os caracteriza.
Palavras- chave: Erotismo; Pornografia; Poesia; Prosa; Cinema.
UMA LEITURA DA CAMPANHA UNHATE, DA BENETTON: O BEIJO CARNAVALIZADO COMO
DISCURSO UTÓPICO CRÍTICO
Daniel Prestes da SILVA (UFPA)
Graduando. Universidade Federal do Pará.
E-mail: [email protected]
RESUMO
O presente trabalho entende os beijos veiculados na Campanha UNHATE, da marca italiana
de roupas United Colors of Benetton, como beijos que devem ser lidos como um agir
carnavalesco, sob o conceito de carnaval abordado por Bakhtin, haja vista que propõe uma
nova postura comportamental das instituições ali representadas, deslocando a Ideologia
Oficial, temporariamente. Também percebe esse discurso carnavalizado configurado como
um discurso utópico crítico, já que busca, por meio da conscientização ‘dos consumidores’
da marca italiana, uma transformação social real, o que os insere, ainda, no contexto de
práticas discursivas concretas. Assim, ao final, conclui-se que, tais eventos que tentam
uma transformação social encontram-se muito próximos da vida dos alunos e devem,
por serem textos reais, ser trabalhados em sala de aula, a fim de perceber-se não só o
70
18º Fórum Paraense de Letras - 2012
modo como a linguagem aparece operando, mas, principalmente, para desenvolver o
pensamento crítico.
PALAVRAS-CHAVE: Campanha UNHATE; Carnaval; Utopia Crítica.
SALA B 301 . 09h00
Coordenação:
Prof. Msc . Ms Maria das Graças Alves SALIM ( UNAMA)
O PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO EM FOCO: UMA EXPERIÊNCIA INTERSSUBJETIVA
Belly Elimy Tavares HONÓRIO (UFPA)
Graduanda. Universidade Federal do Pará- UFPA
[email protected]
Alana Clemente LIMA (UFPA)
Graduanda. Universidade Federal do Pará- UFPA
[email protected]
RESUMO
O presente trabalho apresenta resultados preliminares do projeto “O desafio de ensinar a
leitura e a escrita no contexto do Ensino Fundamental de 9 anos e da inserção do laptop na
escola pública brasileira” produzidos pela equipe sediada em Belém/PA. Tem por objetivo
discutir a relação entre os sujeitos psíquicos e cognoscentes presentes no processo
de alfabetização. O trabalho centra-se na análise do desempenho de duas turmas das
séries iniciais do EF/9, documentado por meio de diário de campo e de instrumentos de
diagnóstico. As análises mostram que as posições assumidas pelas crianças na relação com
professores e colegas podem conduzir à elaboração de resistências que as levam a evitar
as tarefas propostas e, consequentemente, têm um impacto direto no desenvolvimento
de competências.
PALAVRAS-CHAVE: Alfabetização; Sujeito Psíquico; Sujeito Cognitivo.
LITERATURA E ENSINO: UMA NOVA ABORDAGEM PARA O ENSINO MÉDIO
Adriana LAMEIRA (UFPA)
Graduanda do curso de Letras. Universidade Federal do Pará –
UFPA – [email protected]
Sílvia SANTOS (UFPA)
Graduanda do curso de Letras. Universidade Federal do Pará –
UFPA – [email protected]
71
RESUMO
O propósito deste trabalho é refletir a respeito do ensino da literatura, e a maneira em
que esta arte é abordada no ensino médio. Temos o objetivo de verificar as dificuldades
enfrentadas pelo profissional da área, além de propor possíveis alternativas de ensino
para a literatura, partimos de questionamentos do tipo: como devo motivar o aluno a
ler? Que método de ensino adotar em sala de aula, para que meus alunos se interessem
mais por Literatura? Como diversificar a forma de abordagem do texto literário? São as
respostas para tais questionamentos, que tentaremos buscar no decorrer da pesquisa,
tendo como base os textos de Maria Inês Batista Campos, Regina Zilberman, entre outros.
PALAVRAS-CHAVE: Literatura; Ensino Médio; Aluno.
ESTUDO SEMÂNTICO-LEXICAL DA ILHA DE CARATATEUA (OUTEIRO)
Anastácia Yves da SILVA (UEPA)
Graduanda do Curso de Licenciatura em Letras-Língua Portuguesa
da Universidade do Estado do Pará- (UEPA)
[email protected].
Orientadora: Profª. Drª. Maria do Perpétuo Socorro Cardoso
( EPA/UNAMA)
RESUMO
Este trabalho apresenta resultados iniciais de um estudo que objetiva analisar, segundo a
Dialetologia e aos pressupostos teóricos metodológicos da Sociolinguística, o fenômeno
de variação e mudança na língua portuguesa falada na ilha de Caratateua (Outeiro), em
Belém/PA. Tem como objeto de pesquisa usos semântico-lexicais da língua portuguesa
falada na ilha. Os instrumentos de produção de dados são o Questionário SemânticoLexical – QSL (ALiB, 2001) e um gravador de voz. A presente etapa desse estudo conta com a
composição da ficha da localidade, a qual apresenta dados sócio-históricos de Caratateua.
Posteriormente, pretende-se averiguar possíveis influências diatópicas, construir um
banco de dados semântico-lexicais, documentar cartograficamente a variação lexical, por
Questões e por Campo Semântico, selecionar as variantes lexicais de maior frequência no
corpus, analisar quantitativamente a frequência e a distribuição das lexias no mesmo e
correlacionar às variantes das questões propostas pelo projeto ALiB.
PALAVRAS-CHAVE: Dialetologia; Sociolinguística; Ilha de Caratateua; Variação Lexical.
O livro didático do ensino médio: um novo público?
Aline Tainá Martins de ARAÚJO (UEPA)
Renata Michelle Martins REAL (UEPA)
Acadêmicas de Letras Língua Portuguesa pela
Universidade do Estado do Pará.
[email protected]/ [email protected]
72
18º Fórum Paraense de Letras - 2012
Resumo
O livro didático, doravante LD, é o ponto central quando se fala em recursos didáticos
escolares. Muito se discute acerca de sua utilização e composição principalmente por
que ele é o instrumento que mais circula no ambiente escolar devido a sua veiculação
legal. Este artigo objetiva averiguar o LD do ensino médio baseando-se nos estudos de
Soares (2006), Freitag (1997) e, especialmente, em Buzen (2006), grande estudioso do
tema em questão. Faremos a análise de dois livros didáticos do ensino médio – por meio
da observação e descrição destes suportes – a fim de revelar sua estrutura, específica
deste nível de ensino, tendo como parâmetro avaliativo o material didático do ensino
fundamental. Os dados apontam para a direção de que o LD do ensino médio apresentase como um recurso diferente daquele usado no nível anterior, pois apresenta uma
abordagem teórica, prioritariamente, textual e não estrutural; os textos, por exemplo,
são mais longos e mais complexos e os temas gramaticais são pouco ressaltados. Tal
constatação leva-nos a novos questionamentos: Para quem este livro é produzido? Por
que ele se configura diferentemente do LD do ensino fundamental? Estes livros exigem dos
alunos maior competência linguística devido à sua abordagem literária e sua valorização
textual. Entendemos que essa mudança do LD do ensino médio direciona-se a um público
mais maduro, uma vez que os alunos deste nível já percorreram um caminho maior do
que os alunos do ensino fundamental, já tiveram mais contato com a língua e suas práticas
textuais e, teoricamente, já alcançaram um maior nível de letramento.
Palavras-chave: Livro didático; ensino médio; Estrutura; Público-alvo;
UMA ANÁLISE DA FLEXÃO VERBAL NOS MUNICÍPIOS DE SANTA BÁRBARA E MARAPANIM
Princila SANTOS (UEPA)
Graduando do curso de Licenciatura Plena em Letras. Universidade do Estado do Pará- UEPA- [email protected]
Karina de ALMEIDA (UEPA)
Resumo
A utilização do verbo mostra-se muito recorrente em todos os falares, independente
de classe, posição ou condição, pois faz parte da estrutura morfossintática da língua
portuguesa divergindo os tipos de usos flexionais desta classe gramatical. O estudo a
seguir é uma pesquisa de campo realizada em dois municípios do território paraense,
Santa Bárbara e Marapanim que versa sobre a colocação verbal no tempo pretérito.
Delimitamos sujeitos que possuem o mesmo grau de escolaridade e faixa etária entre 55 e
60 anos. O objetivo é mostrar que a pesar da limitação geográfica, a flexão verbal presente
na fala dos entrevistados não sofre relevante diferença entre elas, mas revela variações
semelhantes, no que apresentaremos teóricos que reforçam os dados obtidos em campo
concernentes a questão da naturalidade e inerência da fala.
PALAVRAS-CHAVE: Verbo; Flexão verbal; Fala; Variação.
73
ANÁLISE VARIACIONISTA DO PRONOME PESSOAL MIM ANTES DO VERBO NO INFINITIVO
Carla MELO (UEPA) (Graduanda em Letras –Língua Portuguesa
Plena). Universidade do Estado do Pará
[email protected]
Carlos Roberto OLIVEIRA (UEPA)
Graduando em Letras –Língua Portuguesa Plena. Universidade do
Estado do Pará[email protected]
Edilson Peixoto MORAES (UEPA)
Graduando em Letras –Língua Portuguesa Plena. Universidade do
Estado do Pará- [email protected]
Maria Waldiléia do ESPIRITO SANTO (UEPA)
Graduanda em Letras –Língua Portuguesa Plena. Universidade do
Estado do Pará- [email protected]
Orientadora: Profª. Drª. Maria do Perpétuo Socorro CARDOSO
(UEPA/UNAMA)
RESUMO
O propósito do presente trabalho é analisar o uso das variantes do pronome pessoal
mim, através de uma pesquisa tendo como sujeitos dois falantes do português brasileiro
residentes na ilha do Marajó, município de Curralinho, estado do Pará, de mesmo
contexto e faixa etária, com diferenças de classe social e grau de escolaridade. A partir
de uma entrevista, esta pesquisa constata dados cada vez mais recorrentes que apontam
para a inserção da variante pronominal e os possíveis motivos que levam os falantes a
tal variação. O referencial teórico baseia-se nos estudos da sociolinguística de Calvet
(2002), Bagno(2009) e Tarallo(1995), autores que explanam assuntos concernentes a
sociolinguística.
Palavras-chave: Variação; Sociolinguística; Pronome.
O GÊNERO PEÇA DE TEATRO: UMA PROPOSTA PARA A MELHORIA
NA LEITURA DE CRIANÇAS DE 5ª ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
Andressa de Jesus Araújo RAMOS (UFPA)
Graduanda de Letras. Bolsista PIBIC. Universidade Federal do
Pará-Email: [email protected]
Dione Márcia Alves de MORAES (UFPA)
Graduada em Letras. Universidade Federal do Pará
Email: [email protected]
Orientadora: Márcia Cristina Greco OHUSCHI (UFPA)
Profª Doutoranda da Universidade Federal do Pará (UFPA)
Email: [email protected]
74
18º Fórum Paraense de Letras - 2012
RESUMO
Este trabalho, a partir de discussões do Projeto de Pesquisa: “Diagnóstico do Trabalho
com gêneros discursivos na escola”, foi desenvolvido em uma Escola Pública de Castanhal,
no 5º ano do Ensino Fundamental. Este artigo possui como objetivos: a) refletir sobre o
trabalho com o gênero peça de teatro no ensino e aprendizagem de Língua Materna; b)
observar como a leitura e a oralidade de alunos do 5º ano podem ser abordadas por meio
deste gênero; c) proporcionar reflexões sobre as normas linguísticas e suas variações. A
pesquisa caracteriza-se como qualitativa-interpretativa, de natureza aplicada, embasada
em teóricos como Bakhtin (2003), Bakhtin/Volochínov (1992), Menegassi e Angelo (2005),
dentre outros. A metodologia do trabalho consistiu na elaboração e aplicação de plano de
trabalho, seguida pelas análises das habilidades desenvolvidas pelos alunos. Os resultados
apresentam-se satisfatórios, pois houve melhoria na leitura dos alunos e desenvolvimento
de competências linguísticas e discursivas necessárias à interação.
PALAVRAS-CHAVE: Ensino e Aprendizagem; Peça de Teatro; Leitura e Oralidade.
SALA A B 302 . 09h00
CoordenaçãoProf. Ms Welton Diego Carmim LAVAREDA ( UNAMA)
Os gêneros discursivos como traços de posicionamentos
sociohistóricos
Bruna PONTES (UFPA)
Graduanda. UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ – UFPA
[email protected]
RESUMO
O presente trabalho trata de uma pesquisa sobre os gêneros que servem de incentivo
ao consumo em uma abordagem discursiva. Trata-se de uma pesquisa em Análise do
Discurso de linha francesa, que consiste em reconhecer as relações entre a estrutura e o
funcionamento dos gêneros discursivos que servem ao incentivo ao consumo. Entendê-los
em uma perspectiva discursiva implica definir lugares institucionais, reconhecer o processo
de legitimação dos enunciados que derivam desses lugares, a cenografia e a prática
discursiva que constituem a prática de fazer consumir. Deter-me-ei nesta apresentação
nos seguintes gêneros que servem ao incentivo ao consumo: propaganda a internet,
propaganda na TV, propaganda na revista e panfleto. Constatou-se perante a análise
desses materiais que os gêneros que servem ao incentivo ao consumo são elementos
integrantes da prática de fazer consumir, que atualmente define para os sujeitos sociais
inúmeras identidades, gerando nos sujeitos sociais novas necessidades de consumo.
PALAVRAS-CHAVE: Gênero discursivo; Cenografia; Prática discursiva.
75
TEMA E SIGNIFICAÇÃO: A PLURIVALÊNCIA SEMÂNTICA DE PALAVRASE EXPRESSÕES
SEGUNDO O CONTEXTO COMUNICACIONAL
Josué Leonardo LISBOA (UEPA)
Graduando. Universidade do Estado do Pará – UEPA –
[email protected]
RESUMO
O presente trabalho tem por objetivo analisar os sentidos de algumas palavras e
expressões proferidas nos últimos anos, nos meios de comunicação e no dia a dia no
diálogo familiar, influenciadas pelo contexto social, histórico, cultural, político, ideológico.
Pode-se entender que as inúmeras significações e sentidos de palavras e expressões
existentes, e o surgimento de diversas expressões que expõem a realidade sociocultural
num determinado momento, ocorrem porque a linguagem está indissoluvelmente ligada
às estruturas sociais. A mudança de hábitos sociais remete à mudança semântica dos
enunciados, os falantes necessitam buscar expressões e palavras que designam novos
objetos, novos comportamentos, novas formas de relação social. Para a constatação deste
fato enunciativo, utilizam-se os pressupostos teóricos bakhtinianos de tema e significação,
dialogismo, enunciado, em Bakhtin (1994), Braith (2010, 2012), Cereja (2010). Portanto,
as palavras isoladas do seu contexto nada significam, o que determina os seus sentidos é
o contexto.
PALAVRAS-CHAVE: Bakhtin; Palavras; Sentidos; Contexto.
HIPERTEXTO: NOVAS PERSPECTIVAS PARA O ENSINO – APRENDIZAGEM DE LÍNGUA
PORTUGUESA.
Flávia SANTOS
Graduanda em Letras Língua Portuguesa.
Universidade Federal do Pará -UFPA
E-mail: [email protected]
Resumo
Hoje o mundo moderno nos impõe um formato de texto sobre o qual os discursos estão
(hiper) textualizados. O hipertexto, como ficou conhecido, nos apresenta uma forma, no
mínimo diferente, de ler textos e interpretar o mundo no universo da internet. Neste
contexto, este trabalho pretende discutir as mudanças no processo de leitura, causadas
pelas novas tecnologias de comunicação, especialmente no que diz respeito ao hipertexto.
A partir dos estudos de Antonio Carlos Xavier e Luiz Antonio Marcuschi, serão apresentadas
novas perspectivas para o Ensino-Aprendizagem em Língua Portuguesa, com o intuito
de utilizar o hipertexto como um instrumento facilitador nas aulas de português. Assim,
conhecendo a realidade das escolas brasileiras, este trabalho busca aproximar o “virtual”
do “real”, pois acreditamos que a comunidade escolar não deve estar à margem destas
mudanças e por isso precisa dialogar com elas.
Palavras-chave: Hipertexto; Ensino-aprendizagem; Concepções de leitura.
76
18º Fórum Paraense de Letras - 2012
DA LINGUÍSTICA À POLÍTICA: UMA REFLEXÃO SOBRE A “NORMA”
Alana Clemente LIMA (UFPA)
Graduanda. Universidade Federal do Pará- UFPA
[email protected]
RESUMO
Falar de linguística pressupõe uma ampla discussão política que não tem sido feita pela
maioria das pessoas. Vivemos em um país linguisticamente constituído pela variação
e diversidade, no entanto cheio de um preconceito ocasionado, em grande parte, pela
confusão criada em torno da expressão “norma culta”. Levando em conta o preconceito
linguístico e a polissemia da palavra “norma”, propõe-se aqui uma reflexão sobre os
sentidos contidos e atribuídos a esta, no que tange ao seu papel nos debates sobre a
língua. A partir disso, será feita uma análise de possíveis causas das divergências de opinião
acerca da palavra “norma” e da caracterização desta como “culta”. Neste trabalho, mostrarse-á que por trás de uma expressão aparentemente corriqueira, há muitos significados
carregados de ideologias que, se não forem debatidas e esclarecidas, continuarão sendo
fonte principal do preconceito linguístico.
PALAVRAS-CHAVE: Discussão política; Preconceito; Norma culta.
UMA REFLEXÃO SOBRE O ESTUDO DA SEMÂNTICA NAS AULAS DE PORTUGUÊS
Maria Adriana da Silva AZEVEDO (UNAMA)
Aluna do curso de Letras- Universidade da Amazônia
[email protected]
Gleice AMARAL (UNAMA)
Aluna do curso de Letras- Universidade da Amazônia
[email protected]
Resumo
Este trabalho tem o objetivo de fazer uma reflexão sobre os estudos da semântica em
sala de aula, mais precisamente no 1° ano do ensino médio. Sabemos que há uma
grande preocupação em ensinar ao aluno regras gramaticais, em fazê-lo um repetidor de
“rótulos” contidos na gramática e para isso é dedicado muito tempo de aula à Sintaxe,
entretanto o tempo dedicado ao estudo semântico é insignificante. Por essa razão temos
como proposta de ensino, o uso de poemas em sala. Eles estimulam os alunos a terem o
gosto pela literatura e fazer análise semântica de figuras de linguagem do texto. A partir
de considerações de Marques (1999) e Geraldi (2000) que planejaremos uma aula de
semântica para o ensino médio.
Palavras-chave: Semântica; Modernismo; Oswald de Andrade; Erro de Português.
77
AS TIRINHAS DE MAURÍCIO DE SOUSA COMO ESTRATÉGIA DE ENSINO DAS VARIEDADES
LINGUÍSTICAS DA LÍNGUA PORTUGUESA
Luciana Gomes dos SANTOS (IFPA)
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará .
[email protected]
RESUMO
O presente trabalho objetiva apontar o gênero tirinhas, do autor Maurício de Sousa,
como um possível instrumento articulador e dialógico nas aulas de Língua Portuguesa da
Educação Básica, apontando a variedade linguística e os fatores que a condicionam. Por
tratar-se de um gênero comumente inserido no cotidiano do aluno, o mesmo possibilita
um suporte para estratégias de leitura, e, consequentemente, para formação de cidadãos
conscientes acerca da dinâmica de sua língua, que segundo Possenti (2011), é um
fenômeno social e seu debate não deve restringir- se às universidades. Bakhtin (1997)
aponta que o caráter e os modos da utilização da língua são tão amplos e diversos quanto
às inúmeras atividades humanas. Desta forma, torna-se necessário instigar os discentes
a realizar uma leitura reflexiva que possibilite uma postura crítica e responsiva sobre a
linguagem e suas práticas sociais.
Palavras- chave: Ensino; Variedade linguística; Tirinhas; Maurício de Sousa.
SALA A B 303 . 09h00
Coordenação: Prof Dr . Lucilinda TEIXEIRA ( UNAMA)
NO PAPEL, O BRASIL É CANTADO EM CORDEL: DO REPENTE AO JORNAL
Cristiane Helena Silva de OLIVEIRA (UFPA)
Graduanda. Universidade Federal do Pará- UFPA
[email protected] .
RESUMO
Com três séculos de antecedência, o cordel foi a principal fonte de informação do
povo nordestino antes da chegada da imprensa no Brasil – sec. XIX. Assumiu o papel
de disseminação das noticias e fatos ocorridos na época caracterizando-se como jornal
popular. Partindo desta afirmação, buscamos um meio de desvendá-lo não como um
gênero inferior de literatura, mas mostrar o lado midiático que este gênero adotou por
muitos anos no sertão baiano. Revelou cultura, dialeto e costume do povo nordestino,
além de tratar temas nacionais de grande relevância para o Brasil de uma maneira simples
e abrangedora, conseguindo mais credibilidade que a própria imprensa oficial da época.
Este trabalho pretende ser uma fonte de divulgação da literatura de cordel, enfatizando
o seu valor informacional de credibilidade e passando pelas suas fases oral – repentes
- e impressa – folhetos –, mostrando o cordel como ferramenta de registro histórico e
principalmente de jornal popular.
PALAVRAS- CHAVE: Cordel; Informação; Jornal Popular.
78
18º Fórum Paraense de Letras - 2012
ENSINO DE PORTUGUÊS DA FORMAÇÃO ACADÊMICA DO JORNALISTA: UMA PROPOSTA
DE ANÁLISE À LUZ DA SOCIOLINGUÍSTICA.
Raimundo Silva Neto (UEPA)
Graduando do curso de Letras – Língua Portuguesa. Universidade
do Estado do Pará (UEPA). E-mail: [email protected]
RESUMO
O jornalista exerce o direito de informar a partir de um discurso de democratização da
informação, pois, esta é arma contra a exclusão e contra a manipulação. Além disso, a mídia
toma para si a função de denúncia de poder (MAINGUENEAU, 2010). No entanto, essa
mesma mídia tem publicado matérias sobre ensino de língua portuguesa que promovem
o preconceito linguístico (BAGNO, 2011). Este trabalho tem como objetivo apresentar
dados preliminares de pesquisa em andamento que tem como foco analisar, à luz dos
pressupostos da sociolinguística, a relação entre as faculdades de jornalismo e ensino
de língua portuguesa ofertado nestes cursos, verificando como se dá o ensino de língua
portuguesa nas faculdades de jornalismo em Belém/PA, como forma de compreender que
concepções de linguagem são legitimadas nesses espaços e se o preconceito linguístico é
(re)produzido ou reforçado na formação acadêmica do jornalista.
Palavras-chave: Jornalismo; Sociolinguística; Ensino de português.
A CHARGE EM SALA DE AULA
Igor Barbosa MARQUES1 (UFPA)
Graduando em Licenciatura Plena em Letras-Habilitação em
Língua Portuguesa. Universidade Federal do Pará- UFPA. E-mail:
[email protected]
Co-autora: Soraia dos Santos FERREIRA (UFPA)
Soraia dos Santos Ferreira. (Graduando em Licenciatura Plena em
Letras-Habilitação em Língua Portuguesa). Universidade Federal
do Pará- UFPA. E-mail: [email protected]
Orientadora e co-autora: Kelly Cristina Marques GAIGNOUX
RESUMO
Esta pesquisa tem finalidade de abordar a importância da charge para o ensino de
língua portuguesa como uma forma interativa de desenvolver o trabalho com a língua,
proporcionando uma relação mais dinâmica entre professor (interlocutor) e aluno
(receptor). Visando informações que circulam de inúmeras formas como um elo de
comunicação, consideramos que a charge é um gênero discursivo que possibilita a
integração entre prática e reflexão, cujas características permitem uma análise mais críticasocial por parte do leitor. Voltados para esta pesquisa, tomamos como referências alguns
autores que nos ajudaram a esclarecer a importância da charge, como Freud-Lacan que
analisa a linguagem não-verbal como uma forma de estimular o despertar para a crítica,
sensibilidade, e para a subjetividade do receptor, e Vilches reafirma essa ideia analisando a
questão da conotação da imagem através de outro projeto de semiótica que estabelece o
plano da expressão visual que defina as relações existentes na imagem. Além da linguagem
79
não-verbal, a charge tem uma característica bem peculiar que é o humor exacerbado
em suas tiras, onde Bakhtin retrata a forma que os enunciados são expostos (orais ou
escritos), onde cada enunciado reflete (conotativamente ou denotativamente) a (s)
finalidade (s) referida(s). A charge reflete conhecimentos de diversos assuntos abordados,
atuais ou não, que geralmente são polêmicos e complexos. Assim, o uso das charges em
sala de aula pode proporcionar um auxílio grandioso para a leitura e para diversificação de
conhecimentos do aluno, também contribuindo de uma forma surpreendente e dinâmica
para o ensino e aprendizagem da língua portuguesa fora ou dentro de sala de aula.
PALAVRAS-CHAVE: Lingüística; Ensino-aprendizagem; Semiótica.
O VOTO NO “BIG BROTHER BRASIL”: UM GÊNERO ENTRE O JOGO E A CASA
Arthur Ribeiro Costa e SILVA (PIBIC/CNPq - UEPA)
Graduando. Universidade do Estado do Pará – UEPA.
E-mail: [email protected].
Samuel Pereira CAMPOS (UEPA)
Doutor. Universidade do Estado do Pará – UEPA.
E-mail: [email protected].
RESUMO
Os gêneros do discurso surgem nas diversas esferas da atividade humana, refletindo e
refratando as condições de interação vigentes, entrando no universo do plurilinguismo
dialogizado constitutivo da sociedade. Visando a lançar um olhar dessa teoria sobre um
formato inovador do entretenimento televisivo, o reality show, focalizamos o Big Brother
Brasil, especificamente o gênero voto, perguntando-nos como ele se insere nas condições
dialógicas do programa e como reflete e refrata suas condições de produção. Observamos
como resultados: uma atuação do apresentador como força centrípeta, que padroniza
a votação; a enunciação dos votos com um endereçamento para o público que assiste
ao programa; a inserção do signo “casa” num tema ideológico da constituição do núcleo
familiar; e o tema, a composição e o estilo do gênero integrados na condição padronizante
imposta pelo apresentador. Concluímos que o voto é um gênero do discurso singular,
mediado pelas condições de interação do programa.
Palavras-chave: Big Brother Brasil. Voto. Dialogismo. Interação.
SALA B 304 . 09h00
Coordenação: Prof MsC Rafael BESSA (UEPA) Dia 20
A FICÇÃO CIENTÍFICA CYBERPUNK E A CIÊNCIA DE HOJE PARA A (POSSÍVEL) REALIDADE
DE AMANHÃ – TRASHUMANISMO E BIOPUNK
Tailson DE LIMA (UFPA)
Graduando do curso Letras – Habilitação em Língua Inglesa pela
Universidade Federal do Pará (UFPA).
E-mail: [email protected]
80
18º Fórum Paraense de Letras - 2012
Resumo
Da literatura, há um gênero em particular que trata da ciência e de suas consequências e/
ou implicações no que consideramos realidade por meio de “experiências” literárias: esse
gênero se chama Ficção Científica (FC). A FC busca abordar temas em que, tendo como
ponto de partida as realizações tecnocientíficas da humanidade, a tecnologia e certos
desenvolvimentos científicos possam configurar na literatura uma realidade diferente
ou futura a que vivemos. Nesse sentido, o Cyberpunk – era da FC iniciada nos anos 80
– aborda as ideias científicas e tecnologias de nossa realidade pós-moderna e de como
esses fatores poderão se configurar no futuro realmente. Por consequência, este trabalho
visa uma explanação sobreo ideário e as ideologias encontradas na literatura Cyberpunk
sobre o desenvolvimento da ciência atual nas áreas da cibernética, bioengenharia e
transhumanidade (a “evolução” do ser humano por meio da tecnologia).
Palavras-Chaves: FC; Cyberpunk; Transhumanidade; Cibernética; Bioengenharia.
Frankenstein, o Prometeu Moderno: O Horror precursor da Ficção
Científica.
Tailson DE LIMA (UFPA)
Graduando do curso Letras – Habilitação em Língua Inglesa pela
Universidade Federal do Pará (UFPA).
E-mail: [email protected]
Resumo
A presente comunicação tem por finalidade compreender como uma novela gótica
da época do Romantismo – que, segundo a autora, foi criada como resultado de uma
competição de estórias de Horror - O Frankenstein (1818) de Mary Shelley (1797-1851),
tornou-se precursor de um gênero de literatura que viria a ser conhecido como Ficção
Científica (FC). Para tal, é necessário um breve apanhado científico e literário da época, e
entender as premissas básicas da Ficção Científica e do Horror - desse modo, é possível
compreender como Frankenstein de Mary Shelley tornou-se não somente um marco da
literatura de Horror, mas também a obra que é o princípio de um então nascente gênero
literário – a Ficção Cientifica.
Palavras-Chave: Novela Gótica, Horror, Ficção Científica, Frankenstein.
A DRAMATICIDADE NO POEMA CASO DO VESTIDO DE CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE
Suellainy Vieira da CRUZ (UFPA)
Suellainy Vieira da Cruz, graduanda em Letras Hab. Língua
Portuguesa. Universidade Federal do Pará- [email protected]
Ingrid da Silva MARINHO (UFPA)
Graduanda em Letras Hab. Língua Portuguesa. Universidade
Federal do Pará- UFPA- [email protected]
81
RESUMO
A teoria hegeliana aborda a poesia como uma união entre a existência e a essência do
homem no mundo partindo do pressuposto da objetividade da poesia épica, subjetividade
da poesia lírica e a junção de ambos na poesia dramática.O presente trabalho propõe
uma reflexão sobre a poesia dramática, tendo como ponto de partida a apropriação do
poema Caso do Vestido de Carlos Drummond. O estudo caracteriza-se como uma pesquisa
a partir de teóricos como Boal, Hegel e Brecht. O poema analisado possui elementos da
poesia dramática, tais como: personagens livres, realidade concreta, leitor transportado
para o lugar onde ocorre a ação e o repouso no final da história, desenvolvendo-se em
um conflito de circunstâncias, paixões e caracteres que leva consigo ações e reações,
um desenlace final, a presença da subjetividade e da objetividade. Assim, por meio da
exposição oral, pretende-se estabelecer um diálogo entre o poema e a poesia dramática.
Palavras-chave: Teoria hegeliana; Poesia dramática; Caso do vestido.
LITERATURA: UM PREFÁCIO NA EVOLUÇÃO DA VIDA DE UM CIDADÃO
Edi Franco Pantoja ALMEIDA (UEPA)
Universidade do Estado do Pará Email: [email protected]
RESUMO
O presente trabalho busca compreender a importância da Literatura que tem se
proliferado de forma significativa nas últimas décadas, como recurso para o processo
evolutivo intelectual na formação do cidadão crítico, como ferramenta insubstituível,
que permite ao sujeito leitor acender a um conjunto de experiências e conhecimentos,
tanto no campo pessoal quanto social. Segundo Foucambert (1994), ”Ler significa ser
questionado pelo mundo e por si mesmo”. Não esquecendo, da importância que é
atribuída ao compreender os modelos de aquisição e como poderá ser utilizado na forma
de ensino e aprendizagem pelos professores e/ ou futuros professores a Literatura, as
componentes que a constituem, bem como as metodologias de ensino empregadas em
sala de aula, melhorando com isso, não somente a visão do alunado a respeito textos afim,
mas em relação sua experiência de atribuir novos significados ao que foi lido, segundo
Nunes (1994), “A leitura é uma atividade ao mesmo tempo individual e social. É individual
porque nela se manifestam particularidades do leitor é social porque está sujeita às
convenções linguísticas, ao contexto social, e político”. Que a Literatura é uma forma de
“poder” a todos que a procuram, isso é uma verdade, porém cabe ao professor estimular
a busca desse poder, possibilitando ao aluno novas perspectivas para quem procura esse
“prefácio” como forma de evolução e prazer, fazendo com isso, que se forme não apenas
alunos leitores, mas sim, cidadãos evoluídos em críticas construtivas, para desenvolverem
uma atuação mais consciente, informada perante a sociedade.
Palavras-chave: Literatura; Leitores; Aluno; Formação de cidadão.
82
18º Fórum Paraense de Letras - 2012
SALA B 305 . 09h00
Coordenação: Prof. Dr. Amarílis TUPIASSÚ ( UNAMA)
QUADRO DE RESISTÊNCIA INDÍGENA NA AMAZÔNIA, NAS CRÔNICAS DOS VIAJANTES
DO SÉCULO XVII
Isabele Suane Fonseca CARDOSO
Kátia Regina de Souza da SILVA
Virgínia Carla da Silva LEITE
Alunas do curso de Letras – Universidade da Amazônia- UNAMA.
Orientadora: Profª. Drª. Amarílis TUPIASSÚ (UNAMA)
RESUMO
O trabalho se reporta à Crônica do Padre João Filipe Bettendorff, que tem como objetivo
revelar detalhes sobre o cotidiano da vida indígena e da resistência na Amazônia do
século XVII. O método de pesquisa é bibliográfico e textual fonte fidedigna para analisar
as circunstâncias da vida naquela época. Pretende-se contribuir para uma reflexão
contemporânea sobre o índio amazônico, sobretudo quando novas políticas do MEC
aprovam o ensino da cultura indígena. Com a intenção de construir uma consciência
política de valorização às populações indígenas e apresentar novas metodologias de
ensino, capazes de evidenciar a importância cultural da história indígena nas escolas.
Palavras-chave: Amazônia; XVII; Resistência; Saber; Fazer indígena
RELAÇÕES ENTRE LITERATURA E HISTÓRIA: NOTAS SOBRE AS REPRESENTAÇÕES DO
AUTORITARISMO EM O VOLUNTÁRIO, DE INGLÊS DE SOUSA
Adriana LAMEIRA (UFPA)
Graduanda do curso de Letras. Universidade Federal do Pará –
UFPA – [email protected]
RESUMO
Este trabalho propõe uma leitura do conto O Voluntário do escritor paraense Inglês de
Sousa. Neste conto o autor retrata a vida amazônica dos caboclos da região, em que os
costumes e tradições são afetados a partir das disputas políticas, ideológicas e históricas
em favor do poder. Percebemos que o espaço construído no primeiro momento da
narrativa é de harmonia, mas no decorrer da história entra um clima de instabilidade
emocional provocada pelo recrutamento em favor da pátria. O objetivo do presente
trabalho é demonstrar a influência de tais disputas (políticas, ideológicas e históricas) no
cotidiano amazônico oitocentista provocado pela guerra do Paraguai.
PALAVRAS-CHAVE: Amazônia; Violência; Inglês de Sousa; Autoritarismo.
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PREFÁCIOS AUTÓGRAFOS E ALÓGRAFOS DE DOIS ROMANCES PORTUGUESES: CAROLINA
E A VIRGEM DA POLÔNIA
Joyce do Socorro da Paixão FERREIRA (UFPA)
Bolsista PIBIC/FAPESPA (Graduação em Letras - Habilitação em
Língua Portuguesa) UFPA. Email: [email protected]
RESUMO
A presente comunicação tem por objetivo analisar os prefácios de dois romances
portugueses publicados no século XIX, quais sejam: Carolina, de Henrique Cunha eA virgem
da Polônia, de José Joaquim Rodrigues de Bastos. Para tanto, utilizaremos como referencial
teórico a obra Paratextos editoriaisdo crítico francês Gérard Gennete (2009), que propõe
uma taxionomia dos prefáciosdesde o período anterior à invenção da imprensa até os
tempos atuais. Assim sendo, no que diz respeito aos prefácios dos dois romances acima
citados, trabalharemos com um prefácio autoral, ou seja, escrito pelo autor da narrativa
em questão e com um prefácio alógrafo, ou seja, escrito por uma terceira pessoa que não
o autor da obra, discutindo suas características principais.
PALAVRAS-CHAVE: Prosa de Ficção Portuguesa; Prefácios; Século XIX.
PREFÁCIOS ALOGRAFOS DOS ROMANCES O PECADO DE MAGDALENA E MEMORIAL DE
FAMÍLIA
Débora BORGES ( UFPA)
Graduação em Letras Habilitação Língua Portuguesa.
[email protected]
RESUMO
O objetivo desta comunicação é discutir dois prefácios de romances franceses publicados
no século XIX. Ambos os prefácios fazem parte do plano de trabalho “Prefácios de
romances franceses do acervo do Grêmio Literário Português do Pará”, orientado pela
prof. Dra. Valéria Augusti e financiado pela FAPESPA. O primeiro prefácio a ser analisado é
aquele que antecede a obra O pecado de Magdalena,traduzida por A. Rodrigues de Souza
e Silva e publicada na cidade de Porto pela Tipografia do Comercio. O segundo prefácio é o
que acompanha a obra Memorial de Família, traduzida por Alberto Pimentel, publicada no
Porto, pela Tipografia de Antonio da Silva, no ano de 1873. Os dois prefácios apresentados
têm em comum o fato de serem alógrafos, ou seja, terem sido escritos por uma terceira
pessoa que não é o autor. Segundo Gérard Genette, em sua obra Paratextos editoriais
(2009), prefácios alógrafos são textos escritos por outra pessoa que não o autor do texto,
incluindo-se nessa categoria os prefácios de tradutores, editores e críticos, como é o caso
daqueles que antecedem ambas as obras acima referidas.
PALAVRAS-CHAVE: prefácios; prosa de ficção francesa; século XIX.
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18º Fórum Paraense de Letras - 2012
SALA B 306 . 09h00
Coordenação: Prof Ms Jorge Haber RESQUE
A análise linguística contrastiva e a tradução
visão introdutória
Interlínguas: uma
Alberto Fortes PANTOJA
Caio Adriano Duarte Cansanção PEREIRA
Daniela Vaccari Lima FIORENTINI
Elton Carlos de Sousa FARIAS
Drielle Louise Almeida SEABRA
Francinete Silva RODRIGUES
Marta da Cunha NASSAR
Taiara Taissa Santos MIRANDA
( Alunos do curso de Letras. Universidade da Amazônia-UNAMA).
Orientador : Prof. Ms. Jorge Haber RESQUE (UNAMA)
RESUMO
Ao unir o campo da semiótica com o processo tradutório, Roman Jakobson amplia o
conceito contemporâneo de tradução interlínguas, antes restrito à simples interpretação
linguística. Esse novo conceito exige não só o conhecimento linguístico das línguas
envolvidas do processo, como também o da cultura e dos sistemas de signos nos quais
estas línguas estão inseridas. Desta forma, a interação com as outras ciências sociais se faz
indispensável ao processo tradutório. Como auxiliar nesse processo, a análise contrastiva
realiza estudos comparativos entre dois sistemas linguísticos (o da língua materna e
o da língua estrangeira), analisa diferentes níveis dessas duas estruturas e identifica as
diferenças e as semelhanças entre seus traços fonológicos, morfológicos e sintáticos, com
o objetivo de identificar pontos críticos, facilidades/dificuldades, e ajudar na solução de
problemas práticos.
Palavras-chave: Interpretação; Linguística; Semiótica; Tradução.
SALA A 402 . 09h00
Coordenação: Prof. Dr. Rosa ASSIS ( UNAMA)
ENSINO DE GRAMÁTICA: UM TRABALHO PLURAL
Robson Borges RUA (UFPA)
Graduando em Letras, Língua Portuguesa). Universidade Federal
do Pará [email protected]
RESUMO
O presente trabalho tem o intuito de refletir o ensino de gramática nas escolas e propor
metodologias de abordagem sobre esse tema, uma vez que muitos alunos que concluem
o Ensino Médio e adentram no Ensino Superior ainda apresentam muitas deficiências no
que se refere à empregabilidade da norma culta, inclusive os alunos do curso de Letras.
Logo, pode-se inferir que parte dessa deficiência é resultante de atividades de gramática
85
descontextualizada, em que o aluno apenas é levado a identificar termos de uma oração.
Por meio dos estudos de gramática reflexiva o profissional poderá conduzir as aulas de
língua materna a trabalhar o aspecto formal sob uma perspectiva discursiva, de modo que
o aluno saiba reconhecer a situação comunicativa em que ele esteja engajado, e em vista
disso realizar escolhas linguísticas pertinentes ao ambiente em que ele se encontra. Logo,
selecionou -se alguns textos publicitários para expressar a idéia em questão.
PALAVRAS-CHAVE: Norma culta; Gramática reflexiva; Língua materna; Aspecto formal.
ESTRANGEIRISMO – UMA AMEAÇA OU APENAS PRECONCEITO?
Adrianne PEIXOTO (UNAMA)
Graduada em Letras com Habilitação
Português/Inglês na UNAMA – Universidade da Amazônia
Orientadora Professora/Ms
Maria das Graças Alves SALIM (UNAMA)
RESUMO
O presente trabalho é uma análise do fenômeno do estrangeirismo na estrutura sintática
da língua portuguesa e a sua frequência de uso na língua falada no Brasil. Desmistificando
os projetos de leis abusivos dos Deputados Aldo Rebelo e Raul Carrion que proíbem o
uso do estrangeirismo por terem um pensamento equivocado de que há uma ameaça
da língua como patrimônio imaterial. Para alcançar este objetivo foi feita a captação de
corpus de conversas do site de relacionamento MSN-Mensager, considerado um tipo
de conversa falada, por ser informal e utilizar vocábulos da oralidade. Apresentando
um resultado surpreendente em relação ao uso deste fenômeno que é algo natural em
qualquer língua do mundo.
Palavras- Chave: Estrangeirismo; Projetos de leis; Língua portuguesa.
PALAVRAS PORTUGUESAS COM FORTE APARÊNCIA LATINA
Otavio Junior Trindade VALENTE (UNAMA)
Graduando do curso de letras. Universidade da Amazônia –
UNAMA – [email protected]
Orientador: Profa. Dr. Rosa Maria Coelho de ASSIS (UNAMA)
Docente do curso de Letras – Universidade da Amazônia
[email protected]
RESUMO
Nosso estudo pretende enfatizar a presença de lexias da língua portuguesa com forte
aparência latina. É a língua latina viva, em sua forma erudita que caminha em nossa
manifestação falada ou escrita, que muitas vezes nem nos damos conta de que estamos
nos valendo do ‘peso’ latino nas nossas palavras. A título de exemplificação lembramos
que ouvimos ou lemos muito palavras oriundas do latim como ‘persona’, (persona)
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18º Fórum Paraense de Letras - 2012
‘vicinal’, (vicinus), ‘pisciano’, (piscis) ‘lunático’, (lunaticus) ‘integro’, (integrum) ‘solitario’
(solitarium) e tantas outras. Também destacaremos a presença erudita da forma latina
nos superlativos de algumas lexias, como: ‘fidelíssimo’(fidelis), acutíssimo’(acutus),
‘generalíssimo’ (generalis) e tantas outras. O trabalho irá se debruçar no estudo diacrônico
de palavras portuguesas que apresentam forte aparência latina, sendo assim o foco
principal da pesquisa é fazer uma analisa da evolução da língua, relacionando os termos
que são sucessivos e que se substituem uns aos outros.
Palavras-chave: Latim; Diacrônico; Evolução.
SEMÂNTICA E TERMINOLOGIA NA SALA DE AULA
Fábio PEREIRA (UNAMA)
Graduando da Universidade da Amazônia-UNAMA. Email: [email protected]
RESUMO
Esta comunicação tem por objetivo propor uma abordagem para o ensino de Semântica,
bem como uma introdução ao estudo da Terminologia no ensino médio. Considerando
que os vocábulos variam conforme seu contexto ou que adquirem valores diferenciados
conforme o uso de determinada profissão, arte, ciência, etc., tentaremos demonstrar
que o ensino destes dois ramos da Linguística aos alunos do ensino escolar de nível
médio, através de exemplos do seu cotidiano e a identificação de palavras que remetem
diretamente aos seus estudos, facilitaria a sua compreensão e aprendizagem da disciplina
Português e viriam a auxiliá-los até nas tarefas de uma resolução de prova.
PALAVRAS-CHAVE: Semântica; Terminologia; Ensino Médio
POLISSEMIA- UM CAMPO DA SEMÂNTICA
Aline ARAÚJO (UNAMA)
Graduanda em Licenciatura em Letras. Universidade da Amazônia
[email protected]
Luciane MODESTO (UNAMA)
Graduanda em Licenciatura em Letras. Universidade da Amazônia – Unama - [email protected]
RESUMO
O presente trabalho explicará de forma sucinta e objetiva a polissemia, com exemplos
simples e comuns no nosso cotidiano. A polissemia é um ramo que a semântica estuda, é
o fato de uma determinada palavra ou expressão adquirir um novo sentido além de seu
sentido original, guardando uma relação de sentido entre elas.
PALAVRAS-CHAVE: Semântica; Polissemia; Sentido. 87
GLOSSÁRIO DO CÍRIO
Suely Regina Aguiar CRUZ (UNAMA)
Aluna da disciplina Prática e Pesquisa Interdisciplinar em Estudo
da Linguagem IV, do Curso de Letras. Universidade da Amazônia UNAMA. [email protected]
Orientadora: Rosa Maria Coelho de ASSIS (UNAMA)
Profa. Dra. da Universidade da Amazônia-UNAMA. Doutora em
Língua Portuguesa, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro
UFRJ. [email protected]
RESUMO
O Círio de Nazaré é a maior festa religiosa da Amazônia. O trabalho se propõe a elaborar um
glossário das palavras ou lexias usadas no Círio e um estudo histórico sobre a festa de Nazaré.
As peregrinações que antecedem a quadra nazarena, as procissões, o manto, a corda, as
promessas, a berlinda, o glória, a pequena imagem da santa, a Basílica Santuário e a Igreja
da Sé, fazem parte da fé pela Senhora de Nazaré, venerada pelos católicos deste imenso
Brasil; enquanto, os brinquedos de miriti, o parque de diversão, a culinária variada e rica
de sabores exóticos, especialmente preparada em cada lar, traduz a cultura particular do
povo paraense.
A quadra nazarena dura quinze dias de completo reencontro familiar e religioso, além de
esperança por mais um ano de bênçãos nos lares.
PALAVRAS-CHAVE: Círio; Corda; Berlinda; Glossário; Imagem.
SALA A 403 . 09h00
Coordenação: Prof. Dr. Paulo NUNES ( UNAMA)
TRAJETÓRIA DA LITERATURA ORAL E ESCRITA NA GUINÉ BISSAU
Nhima NANQUI (UNAMA)
Graduanda do 6º semestre do curso de Letras na Universidade da
Amazônia- UNAMA E-mail: [email protected]
RESUMO
Guiné-Bissau é um país onde mais tardiamente a literatura se desenvolveu devido ao atraso
do aparecimento de condições socioculturais propícias ao surgimento de vocações literárias.
Esse atraso deve-se, sobretudo ao fato da Guiné ser uma colônia de exploração e não de
povoamento, tendo estado por um longo período sob a tutela do governo geral da colónia
portuguesa. Em seu conjunto, a literatura Guineense visa a expressão oral dito popular
nos mitos, fábulas, contos, tradições, danças, canções e provérbios tradicionais e em sua
conexão com a alma coletiva e com a caraterização grupal, a literatura oral dos povos da
Guiné substitui o texto literário , a dinâmica cultural viva alimenta-se de narrativas orais.
PALAVRAS-CHAVE: Literatura; Escrita; Oral.
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18º Fórum Paraense de Letras - 2012
LITERATURA AFRICANA
Aline ARAÚJO (UNAMA)
Graduanda em Licenciatura em Letras. Universidade da Amazônia
– Unama – [email protected]
Luciane MODESTO (UNAMA)
Graduanda em Licenciatura em Letras. Universidade da Amazônia
– Unama - [email protected]
RESUMO
O presente trabalho promoverá uma breve apresentação sobre o país São Tomé e
Príncipe, visando mostrar suas peculiaridades, tais como: a cultura, a literatura (escritor
José Tenreiro), sua população, os pontos mais importantes. A literatura africana em língua
portuguesa estará em destaque, até porque foi através desta que houve o interesse de
“descobrir” o país que está em estudo. A poesia tomará sua posição neste trabalho, José
Tenreiro é um dos grandes conhecedores da Negritude, através de seus trabalhos que seus
patrícios tiveram uma visão mais lúcida da questão étnicorracial.
PALAVRAS-CHAVE: Literatura Africana, São Tomé, Poesia, Negritude, Cultura.
Áfricas: colchas de retalho, palavras e representações
Aline Nazaré da Gama ARAÚJO
Augusto Artur de Oliveira FERREIRA
Deisiane Soares de BRITO
Fábio Rogério Nunes PEREIRA
Gleice Fernanda C. AMARAL
Luciane Santos MODESTO
Nhima NHANQUI
( Alunos do curso de Letras.Universidade da Amazônia –UNAMA)
Orientador: Prof. Dr. Paulo NUNES (UNAMA)
RESUMO
Uma “viagem” cultural pelos países africanos que têm a língua portuguesa como um de
seus idiomas oficiais: Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau; esta mostra que
terá a literatura como ponto de referência tenta mostrar, na ótica teórica da Negritude e
da Alteridade o quanto a África (as Áfricas) tem (têm) a oferecer ao mundo. Música, artes
plásticas e outras linguagens se entrelaçam neste painel África com todas as letras.
Palavras-chave: África, Língua Portuguesa, Negritude, Alteridade, Literatura.
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NARRATIVA ORAL NA COMUNIDADE QUILOMBOLA DE JAMBUAÇU MOJU-PA
Gleice AMARAL - UNAMA
Gleice Amaral, graduanda em Letras, Universidade da Amazônia –
Unama. [email protected]
Orientador: Prof Dr . Paulo NUNES -UNAMA
Universidade da Amazônia –. [email protected]
RESUMO
Este é um trabalho sobre narrativas orais que objetiva transcrever e analisar, sob o ponto
de vista da memória, “poética do oral”, as narrativas orais na comunidade quilombola de
São Bernardino, no município de Moju, Baixo Tocantins paraense. O conhecimento destas
narrativas nos ajudará, de algum modo, a perpetuar as tradições dos descendentes de
negros africanos, que são passadas de geração a geração, através da voz, com o sopro
mágico, na ótica de Paul Zumthor e Walter Benjamin.
PALAVRAS-CHAVES: narrativa oral, narrardor,quilombola
IRACEMA: ANÁLISE DA OBRA DE JOSÉ DE ALENCAR
Adriana Di Marco NEVES (UNAMA)
Graduanda. Universidade da Amazônia (UNAMA)
[email protected]
Fernanda Monte OLIVEIRA (UNAMA)
Graduanda. Universidade da Amazônia (UNAMA) [email protected]
Lorena Oliveira de BELÉM (UNAMA) Graduanda. Universidade da
Amazônia(UNAMA)[email protected]
RESUMO
Este trabalho apresenta como objetivo realizar uma análise intrínseca e extrínseca do
romance “Iracema: A virgem dos lábios de mel”, de José Martiniano de Alencar. Será
construído um panorama dos elementos da obra, como por exemplo, o enredo, o narrador,
o espaço, o tempo, e entre outros elementos presentes no entorno da obra. Além disso,
será feito um relato sobre a biografia do autor, sobre o contexto histórico social e cultural
que o romance destaca. E por fim, será abordado sobre o processo de formação da
literatura nacional e da “visão sacralizante” através de trechos extraídos da própria obra.
PALAVRAS-CHAVE: José de Alencar; Iracema; Análise.
90
18º Fórum Paraense de Letras - 2012
SESSÃO DE PÔSTER
Dia 20 de setembro
91
ANÁLISE DO CARTAZ DO FILME SEGREDOS E MENTIRAS: UMA ANÁLISE DE TEXTO
VERBOVISUAL COMO PROPOSTA PEDAGÓGICA AO ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA
Karen dos Santos CORREIA (UNAMA)
Mestranda do Programa de Mestrado em Comunicação, Linguagens e Cultura da Universidade da Amazônia.
Douglas Junio Fernandes ASSUMPÇÃO (UNAMA)
Mestrando do Programa de Mestrado em Comunicação,
Linguagens e Cultura da Universidade da Amazônia.
RESUMO
Este trabalho que se pretende apresentar, em forma de pôster, no 18º Fórum de Letras da
Universidade da Amazônia foi resultado das pesquisas realizadas na disciplina “As interfaces
da linguagem” do Mestrado em Comunicação, Linguagens e Cultura da Universidade da
Amazônia (UNAMA). Esta pesquisa se pautou em realizar uma análise textual verbovisual
do cartaz do filme Segredos e Mentiras (1996). Porém, para realizar esta análise o trabalho
teve como base teórica as ideias de Lucia Teixeira (2009) que aborda em seus estudos uma
proposta de metodologia para desenvolver análise de textos verbovisuais que, por sua vez,
contribui significativamente para a construção do conhecimento em Língua Portuguesa ao
abordar não só critérios gramaticais, mas também a semiótica, traçando assim um ensino
interdisciplinar ao adotar a arte visual. Também, neste trabalho, há aspectos relevantes
de uma análise de textos verbovisuais, tais como: plano de expressão, plano de conteúdo,
recursos de expressão, estratégia enunciativa e manipulação.
Palavras-Chave: Proposta pedagógica; Filme Segredos e Mentiras; Análise; Texto
verbovisual.
A VISÃO CRÍTICA DA PROPAGANDA SOCIAL EM SALA DE AULA
Bruno Ricardo Santos MACHADO (UNAMA)
Licenciado em letras pela Universidade da Amazônia (UNAMA) especializado em Estudos Avançados em Textos pela Faculdade
Ipiranga, ([email protected])
José Raimundo Borges COSTA (UVA)
Licenciado em Letras pela Universidade Estadual Vale do Acaraú
(UVA) - especializado em Estudos Avançados em Textos pela Faculdade Ipiranga, ([email protected])
RESUMO
Este artigo apresenta a importância e/ ou necessidade de uma análise crítica da propaganda social na sala de aula com alunos do ensino médio. Inicialmente mostraram-se os
estudos baseados em pesquisa exploratória com o apoio de pesquisa bibliográfica dando
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18º Fórum Paraense de Letras - 2012
ênfase aos conceitos de comunicação, propaganda e publicidade, assim como, sobre o ato
de ler. Apresentou-se, uma proposta de análise de propaganda social, levando o aluno à
função de receptor e a uma leitura mais crítica, observando-se a “tentativa de manipulação” das propagandas em geral. Foi selecionada a propaganda social da campanha de carnaval da fundação “Hemopa” (Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará)
no ano de 2008, com objetivo de promover a doação de sangue no período da folia do
carnaval. Exposta a análise da propaganda social eminente, ficou evidente que ela poderá
ser uma excelente ferramenta de contribuição para uma melhor leitura crítica de gêneros
textuais diversos, bem como a do gênero do discurso em questão.
Palavras-Chave: Propaganda social; Leitura; Comunicação.
OS USOS LINGUÍSTICOS URBANOS: UM ESTUDO SOBRE A FALA DE BELÉM/PARÁ
Marcella Christina Costa Filgueira (UNAMA)
Graduação em Letras) Universidade da Amazônia
Orientadora: Profª. Dr.Maria do Perpetuo
Socorro Cardoso da SILVA (UNAMA)
RESUMO
Este projeto faz parte da disciplina Práticas e Pesquisas Interdisciplinares em Estudos da
Linguagem, componente obrigatório da grade curricular do curso de Letras da UNAMA.
Está articulado com o Programa de Pesquisa VALUNORTE (Variação Linguística Urbana da
Região Norte), da UNAMA. O objetivo deste projeto é contribuir para a construção de um
Banco de Dados equilibrado e representativo do Português do Brasil usado em Belém,
com a proposta de partição de gêneros de linguagem oral, com grupos mais abrangentes
e mais específicos, levando em conta, entre outros critérios, a formalidade da situação, a
intimidade e a hierarquia dos participantes e as particularidades da situação, com vistas
ao uso urbano da fala em seus aspectos fonético-fonológico, morfossintático e semântico.
O projeto faz adesão metodológica à Sociolinguística Variacionista, com base nas teorias
de William Labov. A Metodologia empregada, inicialmente é feita a partir da leitura de
textos e apresentações de trabalhos cujos temas versem sobre as questões das variações
linguísticas. Para serem seguidas, futuramente, de entrevistas, gravações das falas,
categorização dos usos e informatização dos dados.
Palavras-chave: VALUNORTE; Sociolinguística; Belém do Pará; Usos urbanos.
93
APÓCOPE: UMA ABORDAGEM SOC IOLINGUÍSTICA DIATÓPICA NO FALAR DOS
MORADORES DA ILHA DE MOSQUEIRO.
Antonia Aline Cabral de Freitas (UEPA)
Aluna de graduação em Letras da Universidade do Estado do Pará
– UEPA [email protected]
Keila Siqueira Marques (UEPA)
Aluna de graduação em Letras da Universidade do Estado do Pará
– UEPA - [email protected]
Graça do Socorro do Carmo Clemente (UEPA)
Aluna de graduação em Letras da Universidade do Estado do Pará
– UEPA - [email protected]
Rita de Cássia Ferreira Monteira (UEPA)
Aluna de graduação em Letras da Universidade do Estado do Pará
– UEPA – [email protected]
RESUMO
Este artigo trata de uma pesquisa sobre o metaplasmo “apócope” com o objetivo de
verificar sua realização diante do fator extralinguístico escolaridade. Tal estudo pauta-se
na Sociolinguística variacionista Laboviana. Para a construção do corpus de análise foram
realizadas gravações com duração de 30 minutos, com 04 informantes do sexo feminino, na
faixa etária de 18 a 25 anos, com grau de escolaridade: nula (SJ1), Ensino Fundamental (SJ2),
Ensino Médio (SJ3) e Ensino Superior (SJ4). Todas nascidas e residentes na Ilha de Mosqueiro
Distrito de Belém/ PA. Com a análise dos dados, observamos que o metaplasmo apócope
é um fenômeno fonético bastante comum no falar mosquerense. O estudo compreendeu
1.034 realizações do metaplasmo, sendo: 17% (SJ1), 31% (SJ2), 17% (SJ3) e 35% (SJ4).
Observamos que na fala do SJ4, a variação apócope foi mais recorrente, contrapondo a nossa
hipótese de que a produção maior deste fenômeno seria no dialeto do SJ1.
Palavras-Chave: Sociolinguística; Apócope; Falar mosqueirense. 94
18º Fórum Paraense de Letras - 2012
RESUMOS DOS MINICURSOS
E OFICINAS / SALAS
DIA 19 – quarta feira - 14h às 18h
95
DIA 20 – quinta feira - 14h às 18h
TARDE
14 às 18h
MINICURSOS e OFICINAS
Curso 8 SALA A 301 Os episódios que atravessam o “Os Lusíadas”, uma leitura do
lirismo camoniano em terra e em alto mar”
Prof Esp. João Carlos Pereira ( UNAMA /Academia Paraense de Letras )
RESUMO: Este minicurso propõe uma reflexão a respeito de episódios em “Os Lusíadas”,
com foco em “O Velho do Restelo”, “Inês de Castro” e “A Batalha e Ourique”.
Curso 9 SALA A 302 Que narrador conduz Alfredo na Belém de Os Habitantes, de
Dalcídio Jurandir? Análise da construção narrativa do romance.
Prof Dr Willi Bolle Universidade de São Paulo ( USP )
Resumo: Este minicurso propõe localizar o romance Os habitantes ( 1976) no contexto
do “Ciclo do Extremo Norte”; identificar as dificuldades que os leitores costumam ter na
leitura desse romance; analisar a construção narrativa: macro-estruturas da composição,
procedimentos do narrador, micro-estruturas estilísticas;estudar a relação de Alfredo
com os demais personagens, propondo, inclusive, uma interpretação do título e . explicar
a estratégia que usada na nossa adaptação cênica, que tem como principal objetivo
incentivar a leitura desse romance.
Curso 10 SALA A 303 A poética de Elizabeth Bishop como uma turista aprendiz na
Amazônia dos anos 60
Profa Ms Sílvia Bahia Moraes ( UNAMA)
Resumo: Esta oficina propõe comparar as “impressões” amazônicas de Elizabeth Bishop
e Mario de Andrade e comentar as traduções dos poemas “Santarém” e “Ribeirinho”. Curso 11 SALA A 304 Letramento acadêmico: fichamento e resenha
RESUMO: Este minicurso propõe noções teórico- práticas de fichamento e resumo,
contribuindo para possibilitar letramento em gêneros específicos da esfera acadêmica a
alunos de graduação com o intuito de favorecer a qualidade das produções escritas, em
especial nos trabalhos acadêmicos e de iniciação científica dos participantes.
Curso 12 SALA A 305 O texto literário-espaço para trocas interculturais no ensino do
Espanhol como língua estrangeira
Prof Esp. Maria Ermelinda Baez
Resumo: Este minicurso propõe reflexões sobre o texto literário e estudo dos processos
e estratégias discursivas presentes nos textos de ficção para a tomada de consciência intercultural e como forma de desenvolver as habilidades necessárias no ensino/aprendizagem de uma língua estrangeira.
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