Equipe Pedagógica do IBEM
Caderno de Atividades
Educacionais sobre a Paz
Volume 04
Caderno de Atividades Educacionais sobre a Paz
Volume 04
Editado pelo
Instituto Brasileiro de Educação Moral – IBEM
Parte integrante do
Programa Vivendo Sempre em Paz
1ª edição - maio de 2006
2ª edição – setembro de 2011
3ªedição – revista e ampliada – janeiro de 2014
IBEM
Tel.: (21) 3439-0665
E-mail: [email protected]
www.educacaomoral.org
Todos os direitos reservados.
Proibida a reprodução, por qualquer meio, sem a prévia autorização do IBEM.
Índice
Apresentação
Objetivos
Justificativa
Recomendações
Avisos
Dinâmicas Educativas
Recebendo a Paz
Expo-Paz
Redação da Paz
Questionário da Paz
A Paz e a Violência
Textos de Apoio
Não Deixe de Amar
A Paz que Trago em Meu Peito
Ação de Paz
Se a Paz Não Começar em Mim
Minha Contribuição para a Paz
Apresentação
Urge o tempo de repensarmos a Paz, se faz cada vez mais necessário ter uma vivência dia a
dia não só no verbalismo mas em sua maior expressão de vida que é o exemplo. Não basta ficarmos
falando, comentando, se em nossas atitudes, ou melhor, dentro de nós mesmos, não estão alicerçadas as bases da Paz que alimenta o espírito. O que é Paz? O que a move? Como realizar? Onde e
como encontrar? Quem a promove? Como fazer e aplicar? São inúmeras perguntas e indagações
que nos fazem agir de forma desordenada, sem pararmos para refletir sobre o que realmente é a Paz
em toda sua plenitude de ação e vida. Assim sendo, neste quarto volume do Caderno de Atividades Educacionais sobre a Paz estamos propondo que todos, direta e indiretamente, pensem e repensem sobre o que de fato é a realização da paz, do que, como fazer e em que ponto começamos a
vivenciar a Paz.
Cada escola tem sua realidade de acordo com a comunidade em que está situada, mesmo
porque no projeto político-pedagógico todas têm de estar dentro de sua própria realidade, mas a Paz
é realidade sem fronteiras. Amor é Amor e Paz é Paz, não tem como fazer assim ou de outra maneira. As razões são óbvias, pensem! A paz é de ordem universal, não importa qual lugar estejamos ou
vivamos, temos de realizá-la dentro de nós a partir de nossas atitudes e isso independe de raça, religião e lugar.
Neste volume 4 do Caderno de Atividades Educacionais sobre a Paz desejamos que cada
escola apresente suas próprias realizações durante o ano, ou seja, que façam acontecer a Paz, entre
educadores, educandos, direção e comunidade, vivenciando dentro de suas próprias limitações pessoais, porém vivenciando a paz dentro de si mesmo, desarmando os preconceitos que existem dentro de cada um. Desarmem-se e sentirão a Paz dentro de vocês. Olhe o outro como você deseja que
ele lhe veja. E saibamos fazer a paz, construindo e vivenciando dentro de nosso coração, extirpando
de nossa alma os preconceitos e desarmando-nos de atitudes negativas e egoístas. Sejamos assim seres humanos e não máquinas. Sejamos simplesmente gente, que ama, chora e deseja e busca a felicidade através do semelhante.
Conquiste a Paz que está dentro de si mesmo e deixe-a irradiar com suas atitudes, vivenciando-a no seu dia a dia.
Ronaldo Gomes
Diretor
Objetivos do Programa Vivendo Sempre em Paz
1. Promover na criança, no adolescente, no jovem e no adulto valores humanos como tolerância, respeito, fraternidade e solidariedade.
2. Conduzir as novas gerações para uma convivência harmoniosa e geradora de felicidade.
3. Estimular o processo contínuo de auto-educação.
4. Integrar, através de atividades didático-pedagógicas, os agentes da educação: a escola, a
família e a comunidade.
5. Despertar a consciência de educadores e educandos para a necessidade da paz mundial.
6. Trabalhar ações de paz dentro dos contextos da vida, destacando a importância da cooperação e do amor ao próximo.
7. Destacar a importância da convivência solidária na família para a construção da paz.
Justificativa
“O caminho da paz é o caminho da verdade. Ser honesto é ainda mais importante do que ser
pacífico. Na verdade, a mentira é a mãe da violência. Um homem sincero não pode permanecer violento por muito tempo. Ele vai perceber, no curso de sua busca, que não tem necessidade de ser violento. Vai também descobrir que enquanto houver nele o menor vestígio de violência não conseguirá encontrar a verdade que está procurando”.
Gandhi
“Se queremos alcançar a verdadeira paz neste mundo e se queremos desfechar uma guerra
verdadeira contra a guerra, teremos de começar pelas crianças; se crescerem com a sua inocência
natural, não teremos de lutar; não teremos de tomar resoluções ociosas e infrutíferas, mas seguiremos do amor para o amor, da paz para a paz, até que finalmente todos os cantos do mundo estarão
dominados pela paz e amor, pelo que o mundo inteiro está ansiando, consciente ou inconscientemente”.
Gandhi
“É no equilíbrio interior, através da conquista de si mesmo pela auto-educação, que o homem fará surgir a paz e viverá em estado pleno de felicidade, e essa auto-educação deve ser exercida primeiro na família, para que a paz possa ser estabelecida do lar para a comunidade”.
Marcus De Mario
Recomendação
Para melhor execução do Programa Vivendo Sempre em Paz recomendamos que durante
todo o ano letivo sejam trabalhadas em sala de aula as atividades educacionais propostas pela Pedagogia da Sensibilidade, quais sejam:
•
Atividades para Desenvolvimento dos Instintos
•
Atividades para Desenvolvimento do Cognitivo
•
Atividades para Desenvolvimento dos Sentimentos
•
Técnicas de Sensibilização
•
Exercícios de Vida
•
Práticas de Bondade
•
Vivências de Solidariedade
•
Jogos Cooperativos
•
Jogos para Estimulação das Relações Interpessoais
Aviso
As atividades propostas pelo Programa Vivendo Sempre em Paz devem ser
aplicadas de forma contínua, ao longo do ano letivo, e também durante as férias e em
projetos que envolvam a comunidade.
A aplicação deverá ser feita pelos professores e/ou monitores voluntários e
deve fazer parte do projeto pedagógico da Escola/Organização.
DINÂMICAS EDUCATIVAS
Recebendo a Paz
Objetivo
Sensibilizar alunos e professores para os pequenos gestos que promovem a paz e realizar integração
entre o corpo docente e o corpo discente da escola.
Descrição
Transformar a entrada inicial dos alunos na escola, ou seja, todos os professores e funcionários estarão colocados logo na entrada dando um bom dia, com espontaneidade e afetividade, e direcionando os alunos para as salas de aula.
Cada sala estará preparada com mensagens sobre a paz no quadro e com cartazes sobre o tema fixados no mural.
A confecção dos cartazes será feita pelos alunos, dias antes desta atividade, sem que eles saibam
quando e como eles serão utilizados. Os cartazes serão expostos em salas diferentes, ou seja, cada
sala terá cartazes confeccionados por outras turmas.
Material
Cartolinas, lápis de cor, lápis cera, caneta pilot, cola, papeis coloridos e todo material necessário
para a criação de cartazes.
Recursos
Além do material, o mural em cada sala, quadro (de acrílico ou giz), caneta ou giz de várias cores.
Tempo Previsto
Uma aula para confecção dos cartazes e um período, manhã e/ou tarde, para a atividade..
Preparação
Explique aos alunos os objetivos da atividade e peça que eles, como se estivessem numa exposição
cultural, vejam, leiam e meditem sobre os cartazes e a s mensagens.
Ação
Os alunos devem fazer destaques dos cartazes e das mensagens e debater esses destaques, sempre
ressaltando a ação pela paz através dos atos individuais no dia-a-dia.
Avaliação
Pergunte aos participantes sobre os conhecimentos adquiridos e debata sobre como colocar em prática esses conhecimentos.
Expo-Paz
Objetivo
Integrar a escola com a comunidade nas ações pela paz.
Descrição
Realizar exposição cultural sobre a paz com exposição de cartazes, teatro, música, debate, etc, tendo
por tema central “A Paz Começa Dentro de Nós”.
Material
Todo material necessário para uma exposição cultural.
Recursos
Todos os recursos necessários para uma exposição cultural.
Tempo Previsto
Trinta dias (preparação da exposição e nos últimos sete dias a exposição propriamente dita).
Preparação
Os professores envolverão os alunos nos objetivos da exposição cultural e na confecção da mesma.
Ação
A Expo-Paz será fundamentalmente realizada pelos alunos, com a coordenação dos professores. Serão montadas peças de teatro, compostas e apresentadas músicas, jograis, poesias e realizadas palestras e debates com expositores convidados para falarem sobre a paz. Também os cartazes confeccionados pelos alunos (veja atividade n° 01 “Recebendo a Paz”) farão parte da exposição.
Avaliação
A participação e interação com a exposição será a medida de avaliação sobre os alunos e professores.
Observação
A participação dos pais e responsáveis, e da comunidade, é de fundamental importância na visitação
e interação com a Expo-Paz.
Redação da Paz
Objetivo
Despertar as potencialidades dos alunos para a vivência da paz.
Descrição
Cada aluno terá uma aula para elaborar uma redação sobre a paz e como ela pode ser vivenciada
pelo homem no seu cotidiano.
Material
Papel e caneta.
Recursos
Biblioteca para pesquisa.
Tempo Previsto
Uma aula.
Preparação
Os alunos serão informados que todos deverão redigir um texto sobre a paz, e que os textos farão
parte de um concurso.
Ação
Os alunos farão a redação, que serão recolhidas pelos professores para posterior análise da comissão
julgadora do concurso. Entretanto, no dia do anúncio da redação vencedora, será comunicado que
todas as redações foram consideradas muito boas, e que o prêmio será dividido entre os alunos, com
a realização de uma passeio cultural (ou promoção de jogos e brincadeiras na escola). Todas as redações serão expostas em murais por toda a escola, convidando-se os pais e a comunidade para conhecer as mesmas.
Avaliação
Envolva os alunos em debates sobre o conteúdo das redações e a viabilidade das propostas apresentadas.
Questionário da Paz
Objetivo
Trabalhar o relacionamento interpessoal e o compromisso com a paz.
Descrição
Aplicação de questionário em sala de aula seguido de debate.
Material
Papel e caneta.
Recursos
Nenhum.
Tempo Previsto
O tempo de uma aula.
Preparação
Conversa em sala de aula sobre os objetivos da atividade e esclarecimentos sobre as questões do
questionário.
Ação
Aplicação do seguinte questionário:
Conhecendo o meu aluno.
Idade: _________
Sexo:__________
Série:___________
1 - Na escola eu gosto muito de......
2 - E não gosto de......
3 - Se eu pudesse, na escola eu mudaria......
4 - Eu tenho facilidade para aprender quando......
5 - Eu tenho dificuldade para aprender quando......
6 - Eu aprenderia melhor se......
7 - Em casa, costumo ajudar...... Mas não gosto muito de......
8 - Para me defender, eu procuro......
9 - A paz para mim é......
Avaliação
Debater as respostas, sentindo a profundidade do entendimento sobre si mesmo, suas ações no lar e
na escola, e o entendimento sobre a paz.
A Paz e a Violência
Converse com seus alunos sobre o tema violência, que está presente no dia-a-dia de todos.
Para uns, a violência pode ser física (agressões dentro do ambiente familiar, por exemplo). Para outros, ela se expressa de forma mais intensa na própria escola (equipamentos depredados, muros sujos, dificuldades de relacionamento com os próprios colegas e, por que não?, com professores e funcionários). Outros ainda podem enxergá-la nas difíceis condições de vida (pouco dinheiro em casa,
alimentação deficiente). Uma atividade interessante é perguntar aos estudantes o que, para eles, é
violência.
Tome nota dos pontos levantados e proponha que sejam sugeridas soluções para essas questões.
Se possível, convide líderes comunitários ou vereadores para um diálogo sobre esses problemas e a busca em conjunto de ações preventivas. É importante que os jovens se sintam protagonistas da própria história. A passividade é a maior aliada da violência.
Um exercício curioso é distribuir papel e lápis e pedir que cada aluno faça o contorno da
própria mão. Depois recolha as folhas e agrupe os desenhos segundo algum critério: mãos grandes
de um lado, pequenas de outro, por exemplo. Atribua castigos aos desenhos de mão grande e prêmios aos de mão pequena — ou o contrário —, o que certamente vai provocar indignação. É nesse
ponto que você deve mostrar aos alunos que, independentemente do tamanho da mão, os seus "proprietários" são dignos de respeito e não devem ser vítimas de preconceito ou discriminação — de
violência, enfim.
Monte uma pequena peça de teatro na qual as meninas interpretem homens e os meninos,
mulheres. Ao simular cenas do cotidiano de forma bem-humorada, com inversão de papéis, todos
poderão perceber como os preconceitos estão presentes no dia-a-dia.
Quando os alunos estiverem bem familiarizados com o tema, proponha um concurso de pôsteres (de preferência, em conjunto com os outros professores, de forma a envolver todas as turmas
da escola). O objetivo é fazer com que eles produzam cartazes com idéias para promover a cultura
da paz na escola.
No final, exponha os trabalhos e convide as famílias dos estudantes para ver o resultado do
projeto.
TEXTOS DE APOIO
Não Deixe de Amar
Um dia acordei triste por ver tanta maldade.
Chorei e percebi que nada fazia para melhorar.
Decidi arregaçar as mangas e lutar
Não contra alguém, mas contra meu egoísmo,
Vivenciando aprendendo a amar.
Aprendi que esta luta interior não é fácil
Porque nos faz ver quem somos por dentro.
Não adianta mudar por mudar, é preciso mais:
Ter paciência, calma, pois é um processo lento.
A verdadeira Paz se constrói com consciência
Na construção interior, no respeito mútuo,
Sem impor idéias, ditaduras e leis marciais,
Porém respeito na cultura universal do mundo.
A paz é realização do amor em nós,
No viver sem fronteiras, sem muros, barreiras.
É olhar no fundo dos olhos de uma criança,
Caminhar pela chuva, deixar o vento no rosto bater,
Não perder jamais a esperança.
Um dia acordei sorrindo, pássaros cantando.
Chorei de alegria, emoção, naquele momento
Percebi que é preciso fazer, doar, trabalhar,
Perfumar corações, iluminar consciências.
A verdadeira paz é jamais deixar de AMAR.
Ronaldo Gomes
(Diretor do IBEM)
A Paz Que Trago em Meu Peito
A paz que trago hoje em meu peito é diferente da paz que eu sonhei um dia...
Quando se é jovem ou imaturo, imagina-se que ter paz é poder fazer o que se quer, repousar,
ficar em silêncio e jamais enfrentar uma contradição ou uma decepção.
Todavia, o tempo vai nos mostrando que a paz é resultado do entendimento de algumas lições importantes que a vida nos oferece.
A paz está no dinamismo da vida, no trabalho, na esperança, na confiança, na fé...
Ter paz é ter a consciência tranquila, é ter certeza de que se fez o melhor ou, pelo menos,
tentou.
Ter paz é assumir responsabilidades e cumpri-las, é ter serenidade nos momentos mais difíceis da vida.
Ter paz é ter ouvidos que ouvem, olhos que vêem e boca que diz palavras que constroem.
Ter paz é ter um coração que ama.
Ter paz é brincar com as crianças, voar com os passarinhos, ouvir o riacho que desliza sobre
as pedras e embala os ramos verdes que em suas água se espreguiçam...
Ter paz é não querer que os outros se modifiquem para nos agradar, é respeitar as opiniões
contrárias, é esquecer as ofensas.
Ter paz é aprender com os próprios erros, é dizer não quando é não que se quer dizer...
Ter paz é ter coragem de chorar ou de sorrir quando se tem vontade...
É ter forças para voltar atrás, pedir perdão, refazer o caminho, agradecer...
Ter paz é admitir a própria imperfeição e reconhecer os medos, as fraquezas, as carências...
A paz que hoje trago em meu peito é a tranquilidade de aceitar os outros como são, e a disposição para mudar as próprias imperfeições.
É a humildade para reconhecer que não sei tudo e aprender até com os insetos...
É a vontade de dividir o pouco que tenho e não me aprisionar ao que não possuo.
É melhorar o que está ao meu alcance, aceitar o que não pode ser mudado e ter lucidez para
distinguir uma coisa da outra.
É admitir que nem sempre tenho razão e, mesmo que tenha, não brigar por ela.
A paz que hoje trago em meu peito é a confiança naquele que criou e governa o mundo...
A certeza da vida futura e a convicção de que receberei, das leis soberanas da vida, o que a
elas tiver oferecido.
Pense nisso!
Às vezes, para manter a paz que hoje mora em teu peito, é preciso usar um poderoso aliado
chamado silêncio.
Lembra-te de usar o silêncio quando ouvir palavras infelizes.
Quando alguém está irritado.
Quando a maledicência te procura.
Quando a ofensa te golpeia.
Quando alguém se encoleriza.
Quando a crítica te fere.
Quando escutas uma calúnia.
Quando a ignorância te acusa.
Quando o orgulho te humilha.
Quando a vaidade te provoca.
O silêncio é a gentileza do perdão que se cala e espera o tempo, por isso é uma poderosa ferramenta para construir e manter a paz.
Pense nisso!
Autor Desconhecido
Ação de Paz
A paz é um dos tesouros mais desejados nos dias atuais. Muito se tem investido para se con seguir um pouco desse bem tão precioso.
Mas será que nós, individualmente, temos feito investimentos efetivos visando tal
conquista?
O que geralmente ocorre é que temos investido nossos esforços na direção contrária, e de
maneira imprópria.
É muito comum desejar a paz e buscá-la por caminhos tortos, que acabam nos distanciando
dela ainda mais.
Alguém escreveu um texto muito bonito a esse respeito.
Eis o seu conteúdo:
“Aflição condensada é semelhante à bomba de estopim curto, pronta a explodir a qualquer
contato esfogueante.
Indispensável saber preservar a tranquilidade própria, de modo a sermos úteis na extinção
dessa ou daquela dificuldade.
Decerto que para cooperar no estabelecimento da paz, não nos seria lícito interpretar a calma
por inércia.
Paciência é a compreensão que age sem barulho, em apoio da segurança geral.
Refletindo com acerto, recebe a hora de crise sem qualquer ideia de violência, porque a violência sempre induz ao estrangulamento da oportunidade de auxiliar.
Diante de qualquer informação desastrosa, busca revestir-te com a serenidade possível para
que não te transformes num problema, pesando no problema que a vida te pede resolver.
Não afogues o pensamento nas nuvens do pessimismo, mentalizando ocorrências infelizes
que provavelmente jamais aparecerão.
Evita julgar pessoas e situações em sentido negativo para que o arrependimento não te corroa as forças do espírito.
Se te encontras diante de um caso de agressão, não respondas com outra agressão, a fim de
que a intemperança mental não te precipite na vala da delinquência.
Pacifica a própria sensibilidade, para que a razão te oriente os impulsos.
Os impactos emocionais, em qualquer parte, surgem na estrada de todos; guarda, por isso, a
fé em Deus e em ti mesmo, de maneira a que não te afastes da paz interior, a fim de que nas horas
sombrias da existência possa a tua paz converter-se em abençoada luz.”
As palavras lúcidas desse autor nos sugerem profundas reflexões em torno da nossa ação diária.
Importante que, na busca pela paz não venhamos a ser causadores de desordem e violência.
Criando um ambiente de paz na própria intimidade, poderemos colaborar numa ação efetiva
para que a paz reine em nosso lar, primeiramente, e, depois possa se estender mundo afora.
Se uma pessoa estiver permanentemente em ação de paz, o mundo à sua volta se beneficiará
com essa atitude.
E se a paz mundial ainda não é realidade em nosso planeta, façamos paz em nosso mundo
íntimo. Essa atitude só depende de uma única decisão: a sua.
A sua paz interior é capaz de neutralizar o ódio de muitas criaturas.
Se você mantiver acesa a chama da paz em sua intimidade, então podemos acreditar que a
paz mundial está bem próxima.
Porque, na verdade, a paz do mundo começa no íntimo de cada um de nós.
Autor Desconhecido
Se a Paz Não Começar em Mim
Se a paz não começar em mim, não começará.
Se eu levantar a bandeira da paz em desafio, não será paz.
É preciso erguer as bandeiras brancas com o coração de harmonia, respeito, compaixão.
Se nosso estado é de rancor, de vingança, de demonstrar nossa força, não terá a força de
transformar violência em paz ativa.
Vamos caminhar silenciosos e amorosos.
Vamos nos encontrar e nos cumprimentar na certeza de que todos compartilhamos da mesma casa comum.
É uma casa tão grande, de vidas tão diferentes. É como é. Este ser é inter ser e é transformação. Nada fixo. Podemos direcionar o caminho da mudança.
Vamos nos respeitar nas nossas diferenças. Sem exigir que nos tornemos iguais, que pensemos da mesma forma, que tenhamos a mesma religião e a mesma cultura.
Unidos estamos pelo ar, pelo céu, pela terra, pela vida e pela morte, pelo sonho, a utopia que
se realiza quando corações e mentes se unem no Caminho da Verdade.
Vamos nos respeitar nas diferenças de cor de pele, de culturas, de gêneros, de alegrias, de
tristezas, de curas e de doenças.
Caminhemos juntos, pois é inevitável.
Juntos estamos. Juntos somos no cosmos. Inter somos, numa rede fantástica de interconexões. Interdependência de instantes que jamais se repetem. Jamais.
Façamos deste o momento sagrado. Deste local o solo, o céu, o ar, as águas e a vida abençoada. Basta mudarmos só um pouquinho. Da ganância, da raiva e da ignorância criamos o compartilhar, o compreender, o saber superior iluminado da verdade.
Se tudo que começa termina, como terminará a época das guerras, das injustiças, das fomes,
das doenças, das tristezas, das discriminações, dos excluídos, afastados, nefasta destruição da natureza?
Terminará com uma mudança de consciência do ser humano, com o desenvolvimento das
capacidades de sentir o outro como o eu, o eu como o outro. Terminará quando retornarmos ao verdadeiro e resgatarmos a percepção de que somos um só corpo vivo e que da nossa cooperação amistosa, justa, todos poderão viver plena e dignamente.
Quantas mais pessoas descobrirem, e colocarem em prática, soluções de não violência ativa
para conflitos, mais nos acercaremos da justiça social, do compartilhar da vida, da cura da Terra, da
inclusão social, da preservação da natureza, do respeito à nossa casa comum, na celebração da vida.
Monja Coen
Missionária da Religião Budista Soto Zen do Japão para o Brasil
Minha Contribuição para a Paz
Posso, todos os dias, falar sobre a paz.
Posso, todos os dias, desejar paz aos meus vizinhos.
Posso, todos os dias, sonhar com a paz.
Posso, todos os dias, doar paz através da paciência.
Posso, todos os dias, viver em paz com meu semelhante.
Todos os dias, em todos os momentos, posso ser instrumento da paz. Isso depende apenas de
mim mesmo.
Não preciso ficar esperando que os outros tragam paz para minha vida. Nem preciso gritar
que quero paz na vida. Basta viver a paz.
Se eu me transformo, porque sem me transformar intimamente não tenho como vivenciar a
paz, essa minha transformação gerará paz em minha volta.
Pensando assim, é tão simples ter paz. Basta fazermos pequenas coisas.
Dizer “obrigado”.
Expressar contentamento.
Pedir desculpas.
Não levantar a voz, nem se alterar porque o outro pensa diferente.
Ajudar espontaneamente.
Colaborar sem outro interesse.
Tantas coisas simples, do dia-a-dia, que qualquer um de nós pode fazer.
Pensando assim, por que não paro de escrever e não começo logo a ter atitudes de paz?
E, pensando um pouco mais, por que você, que está lendo meu texto, quando chegar ao final, não sai de onde está e não começa a ter atitudes de paz?
Marcus De Mario
Diretor do IBEM
O Programa Vivendo Sempre em Paz é desenvolvido pelo
Distribuindo de forma gratuita, aos educadores, às escolas e organizações sociais,
o Caderno de Atividades Educacionais sobre a Paz.
Participe!
IBEM – Instituto Brasileiro de Educação Moral
Tel. (21) 3439-0665 / 3381-1429
[email protected]
www.educacaomoral.org
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