INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE FUNORTE / SOEBRÁS MORDIDA CRUZADA POSTERIOR BRUNO DE OLIVEIRA PEREIRA SALGUEIRO Monografia apresentada ao Programa de Especialização em Ortodontia do ICS – FUNORTE/SOEBRÁS NÚCLEO BRASÍLIA, como parte dos requisitos para obtenção do título de especialista. Brasília, 2010 INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE FUNORTE / SOEBRÁS MORDIDA CRUZADA POSTERIOR BRUNO DE OLIVEIRA PEREIRA SALGUEIRO Monografia apresentada ao Programa de Especialização em Ortodontia do ICS – FUNORTE/SOEBRÁS NÚCLEO BRASÍLIA, como parte dos requisitos para obtenção do título de especialista. Orientador: Prof. Ms. Amilton Vasconcelos Freitas Brasília, 2010 BRUNO DE OLIVEIRA PEREIRA SALGUEIRO MORDIDA CRUZADA POSTERIOR Monografia apresentada ao Programa de Especialização em Ortodontia do ICS – FUNORTE/SOEBRÁS NÚCLEO BRASÍLIA, como parte dos requisitos para obtenção do título de especialista. Orientador: Prof. Ms. Amilton Vasconcelos Freitas Aprovada em __________/__________/__________ COMISSÃO EXAMINADORA ____________________________________________________ Orientador: Prof. Ms. Amilton Vasconcelos Freitas _____________________________________________________ Prof. Cristiano Albuquerque Silva Soares _____________________________________________________ Prof. Claudio AGRADECIMENTOS Ao Deus da minha vida, Jesus Cristo, que tem me sustentado, alegrando o meu coração e direcionando a minha vida. Ao meu pai Paulo César, aos meus irmãos Rafael e Flávia e à minha futura esposa Laryssa que sempre estiveram ao meu lado em todas as minhas caminhadas. Ao meu orientador, Prof. Amilton Vasconcelos Freitas, pela paciência, dedicação e acompanhamento nestes anos de curso. DEDICATÓRIA À minha mãe Conceição de Oliveira Pereira, mulher de muita fibra e de valor imensurável, que tem me amado e que vem me acompanhando e me apoiando em todos os meus projetos e sonhos; fazendo o possível e impossível para que sejam realizados. Obrigado! SUMÁRIO RESUMO ......................................................................................................................... 08 ABSTRACT ..................................................................................................................... 09 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 10 2. PROPOSIÇAO ............................................................................................................ 14 3. REVISÃO LITERÁRIA ............................................................................................ 15 3.1 DEFINIÇÃO ......................................................................................................... 15 3.2 CLASSIFICAÇÃO ............................................................................................... 16 3.3 ESTUDOS E ESTATISTICAS ............................................................................ 19 3.4 FATORES ETIOLÓGICOS ................................................................................ 20 3.5 ORTODONTIA E ORTOPEDIA FACIAL ....................................................... 21 3.6 IDADE IDEAL PARA INTERVENÇÃO ........................................................... 23 3.7 DIAGNÓSTICO ................................................................................................... 24 3.8 PREVENÇÃO DAS MÁLOCLUSÕES .............................................................. 26 3.9 HÁBITOS BUCAIS DELETÉRIOS ................................................................. 31 3.10 INTERCEPTAÇÃO DAS MALOCLUSÕES .................................................. 32 3.11 MORDIDAS CRUZADAS POSTERIORES NÃO TRATADAS ................... 35 4. DISCUSSÃO ............................................................................................................... 36 5. CONCLUSÃO ............................................................................................................. 38 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 39 RESUMO A mordida cruzada posterior é um termo que indica a relação lábio-lingual anormal dos dentes antagonistas, não só na posição de intercuspidação, mas também durante os movimentos da dinâmica mandibular, apresentando etiologia multifatorial. A classificação da mordida cruzada se faz quanto ao número de dente, lado e região da anormalidade e o tipo de tecido envolvido, ou seja, podem ser classificadas em dentárias, musculares e esqueléticas ou genéticas. Ao ser diagnosticada a etiologia da mordida cruzada posterior deverá ser tratada, pois raramente se corrige de forma espontânea. Quando não tratadas precocemente, podem levar a assimetrias faciais e até mesmo comprometimento muscular e articular. Palavras-chave: mordida cruzada posterior, atresia, etiologia, diagnóstico ABSTRACT A posterior crossbite is a term that indicates the relationship lip and tongue abnormal tooth antagonists, not only in the intercuspal position, but also during the dynamic movements of the mandible, with a multifactorial etiology. The classification of crossbite is made on the number of teeth, hand and the region of abnormality and the type of tissue involved, or fall into decay, and skeletal muscle or genetic. Upon diagnosis of the etiology of posterior crossbite should be treated, because rarely corrects spontaneouslyWhen not treated early, can lead to facial asymmetry and even muscle and joint commitment. Keyword: posterior crossbite, atresia, etiology, diagnosis 1. INTRODUÇÃO A maloclusão é uma alteração do crescimento e desenvolvimento dos dentes, e é considerada um problema de saúde pública, prejudicando a interação social e o bem-estar psicológico dos indivíduos acometidos (MARQUES, 2004). Na América Latina foram apresentados alguns trabalhos epidemiológicos sobre a incidência de maloclusão, entretanto GALVÃO et al. (1994), relataram que as pesquisas são escassas, de natureza regional e não obedecem a uma metodologia uniforme. A realização de constantes estudos para abordar a prevalência de maloclusão é muito importante em saúde pública, visto que servem de modelo para estruturação dos serviços particulares, governamentais e programas de saúde bucal prestados à população. Os dados epidemiológicos são úteis para orientar o clínico na organização e sistematização do atendimento ortodôntico (FREITAS et al., 2002). o conceito de mordida cruzada posterior foi utilizado por MOYERS (1991), como sendo uma relação vestíbulo-lingual anormal dos dentes posteriores. A falha dos arcos dentários em ocluir normalmente, na relação transversal, pode se originar a partir de problemas dentários, do processo alveolar, do esqueleto crânio-facial, da musculatura têmporo-mandibular ou da combinação de quaisquer dessas causas. SCHWETNER et al. (2007), consideraram ainda que, além de fatores genéticos e hereditários, os fatores ambientais como o simples fato de chupar dedo, chupeta ou respirar pela boca, podem alterar o padrão de normalidade e ocasionar uma relação errônea da oclusão. A mordida cruzada posterior pode trazer conseqüências de migração de dentes vizinhos fechando o espaço do dente cruzado, devido à perda de contato proximal, além de desvios na fonação e deglutição. Quando não tratada na dentadura decídua ou mista, a mordida cruzada posterior pode desenvolver no adulto, sintomas de dor, ruído e travamento na articulação têmporo-mandibular (MACARI et al., 2005). A mordida cruzada pode ser bilateral ou unilateral esquerda ou direita. TOMITA et al. (1998), concordaram que a prevenção deve ser uma alternativa em potencial de tratamento, visto que as maloclusões mais comuns são condições adquiridas, atribuídas a dietas pastosas, problemas respiratórios e hábitos bucais deletérios. Para avaliar a oclusão do ponto de vista de saúde pública, devem ser seguidos dois objetivos: primeiro, avaliar a necessidade e prioridade de tratamento, segundo, obter informações para planejar adequadamente os recursos necessários para o fornecimento de tratamento ortodôntico para a população (MARQUES et al., 2005). Durante a evolução da oclusão até o estabelecimento da dentição permanente, uma seqüência de eventos ocorre de forma ordenada e oportuna, resultando em uma oclusão funcional, estética e estável. Entretanto, determinados fatores podem afetar de modo negativo a evolução da oclusão e o crescimento das estruturas ósseas adjacentes. Assim, quando tais problemas ocorrem, são necessárias condutas clínicas apropriadas para restabelecer e manter o processo normal de desenvolvimento da oclusão. De acordo com pesquisas contemporâneas na área da biologia craniofacial, o crescimento e o desenvolvimento da face humana dependem em 40% da carga genética do individuo, enquanto 60% são de responsabilidade das funções inerentes ao meio ambiente. Estas conclusões baseiam-se na “teoria das matrizes funcionais” de Moss, que afirma que a face, como região mais dinâmica do organismo, tem seu crescimento e desenvolvimento diretamente relacionado à ação correta das funções relacionadas a ela, como sucção, respiração, deglutição, mastigação, fonoarticulação e a atuação de toda a musculatura facial. Isto significa que, para que uma criança se torne um adulto com características faciais funcionais, harmoniosas, estéticas e saudáveis não é apenas necessário que seus pais tenham um crescimento dentro do padrão de normalidade, mas que ao longo de sua fase de crescimento/desenvolvimento ela reúna condições funcionais adequadas que possibilitem um caminho tranqüilo em direção à maturidade da região facial. As funções têm a capacidade de determinar ou não, em sua melhor forma, o potencial que a hereditariedade determinou, executando uma verdadeira ação ortopédica natural. Faz-se necessário conhecer para prevenir; olhar os planos de tratamento com mais atenção; tratar a musculatura oral; o mau posicionamento da língua e suas disfunções; o modo correto de respirar; remover possíveis fatores recidivantes potenciais; tratar os distúrbios da a.t.m. conforme elas se desenvolvam durante o tratamento ortopédico/ortodôntico; com todos esses cuidados a incidência de maloclusões pode ser efetivamente reduzida, pois todas as condições incipientes que influenciam no desenvolvimento anormal da oclusão dentária foram detectadas e tratadas a tempo, Desse modo, o grau de severidade das maloclusões pode ser atenuado ou até evitado, utilizando-se procedimentos simples de ortodontia preventiva e interceptiva. Do ponto de vista clínico, é necessário diagnosticar e intervir de forma adequada em benefício da correta evolução da oclusão dentária e do crescimento craniofacial do paciente jovem. PROPOSIÇÃO Este trabalho tem como objetivo apresentar uma revisão de literatura sobre mordida cruzada posterior abrangendo sua etiologia, diagnóstico e tratamento, por meio de diversos artigos científicos publicados em revistas e livros especializados na área de ortodontia. 3. REVISÃO LITERÁRIA 3.1 DEFINIÇÃO Algumas definições podem ser encontradas: Segundo ARAÚJO e PRIETSCH (1995), é a incapacidade dos arcos em ocluir normalmente na sua relação lateral, podendo ser resultante de problemas de posição dentária, crescimento alveolar ou desarmonia entre maxila e mandíbula. HANSON (1970) define mordida cruzada posterior sendo a relação anormal, vestibular ou lingual de um ou mais dentes da maxila, com um ou mais dentes da mandíbula, quando os arcos dentários estão em relação cêntrica, podendo ser uni ou bilateral. Segundo MOYERS (1991), é a presença de uma relação vestibulo-lingual anormal dos dentes, enquadrando nas variações transversais dos grupos de dentes ou dos arcos dentários. CLASSIFICAÇÃO MOYERS (1991) classificou as mordidas cruzadas, com base em sua etiologia, em: Dentária: quando resultante de um sistema imperfeito de erupção, onde um ou mais dentes posteriores irrompem numa relação de mordida cruzada, mas não afetando o tamanho ou a forma do osso basal; Muscular: quando ocorre uma adaptação funcional às interferências dentárias, sendo que os dentes não estão inclinados dentro do processo alveolar, porém, apresentando um deslocamento da mandíbula e um desvio da linha média; Óssea: que ocorre em conseqüência de uma discrepância na estrutura da mandíbula ou maxila, conduzindo a uma alteração na largura dos arcos. Esta maloclusão pode se apresentar uni ou bilateralmente, bastando, para o diagnóstico definitivo, posicionar a mandíbula de tal maneira que haja coincidência das linhas médias inferior e superior, uma vez que vários pacientes com mordida cruzada unilateral poderiam ser portadores de uma constrição bilateral do arco. MCDONALD e AVERY (1986) classificaram a mordida cruzada posterior em: Óssea: quando a mesma era resultante de discrepância na estrutura da mandíbula ou da maxila, podendo existir uma discrepância na largura dos arcos, e uma inclinação lingual dos dentes superiores; Dentária - quando a maloclusão era resultado de um sistema imperfeito de erupção dentária, apresentando um ou mais dentes em relacionamento de mordida cruzada, porém, não apresentando irregularidade alguma no osso basal; Funcional - quando a maloclusão era decorrente de um deslocamento da mandíbula para uma posição anormal, porém mais confortável para o paciente. É importante observar que na mordida cruzada funcional não ocorriam sinais de discrepância nas linhas médias superior e inferior quando a mandíbula encontravase em posição de repouso, porém apresentando desvio da mandíbula, no sentido da mordida cruzada, quando os dentes entravam em oclusão. VIGORITO (1986) classificou as mordidas cruzadas posteriores segundo suas origens, em: Funcionais: caracterizadas por uma tendência da mandíbula em sofrer desvios de lateralidade, como conseqüência da erupção dos caninos decíduos, que estariam numa relação de oclusão de topo (adaptação funcional); Dentárias: caracterizadas pela inversão da oclusão dos dentes e por não afetarem as dimensões dos arcos basais; Esqueléticas: apresentam deficiência de crescimento em largura dos ossos basais, podendo produzir atresias bilaterais da maxila, gerando como conseqüência mordida cruzada unilateral ou bilateral. Outros autores classificam as mordidas cruzadas posteriores em função de desvios ou não da mandíbula durante o curso de fechamento (ARAÚJO e PRIETSCH, 1995): Anatômica: quando durante o fechamento da boca ocorrem desvios mandibulares e em oclusão cêntrica não há desvio de linha média; Funcional ou de conveniência: quando observamos desvio mandibular nos milímetros finais do fechamento bucal. Em oclusão cêntrica as linhas médias não coincidem, porém em relação cêntrica são coincidentes. ESTUDOS E ESTATÍSTICAS Dentre as maloclusões mais frequentes encontradas na infância e que são passíveis de intervenção precoce estão as mordidas cruzadas posteriores, devido ao seu índice de prevalência, à facilidade no diagnóstico, às várias alternativas de tratamento. As mordidas cruzadas posteriores apresentam prevalências de 7% a 23,3% da população e atingem cerca de 35% dos casos que procuram tratamento ortodôntico. Essa variação nos índices pode ser atribuída à população estudada, a qual pode ter influência dos fatores etários, raça, nível sócio-econômico e a quantidade da amostra. De acordo com o estudo de SILVA FILHO et al. (1990), que estudaram a prevalência das maloclusões em 2416 escolares de 7 a 11 anos de idade na cidade de Bauru-SP, constataram que as mordidas cruzadas posteriores atingem em torno de 18,2% da população. Dentro dos problemas oclusais sagitais classificados, cerca de 82% das mordidas cruzadas posteriores ocorrem nas maloclusões de Classe I, e quanto ao gênero, embora discreta, uma maior prevalência tende para o gênero feminino (ARAÚJO e PRIETSCH, 1995). Na ausência de discrepância sagital entre as bases apicais, a atresia do arco dentário superior culmina com o quadro clínico reconhecido como mordida cruzada posterior e manifesta em cerca de 18% das crianças brasileiras portadoras de maloclusão, no estágio de dentadura mista (CAPELLOZZA FILHO e SILVA FILHO, 1997). FATORES ETIOLÓGICOS O meio bucal está sob regência de sistemas de forças exercidas pelos músculos dos lábios, músculo bucinador e pela língua. Os dentes são elementos passíveis de alterações quando os sistemas de forças estão em desequilíbrio. As mordidas cruzadas posteriores são consequências deste desequilíbrio, se manifestando em diferentes graus de gravidade. Quando os fatores ambientais se associam aos genéticos, os efeitos também se tornam somatórios (HAYASAKI et al., 1998) Assim, fatores como hábitos bucais deletérios, obstrução das vias aéreas superiores com consequente respiração bucal, perda precoce ou retenção prolongada de dentes decíduos, pressionamento lingual atípico entre outros foram descritos como fatores ambientais responsáveis por maloclusões de mordidas cruzadas posteriores (HAYASAKI et al., 1998) Também é admitida a possibilidade da base óssea maxilar apresentar uma deficiência transversal congênita em relação à mandíbula, como ocorre na mordida cruzada posterior bilateral. Quando esse déficit em largura é pequeno pode resultar em interferências nas cúspides geradoras de mordidas cruzadas posteriores funcionais, quando da erupção dos caninos. A deficiência transversal de base maxilar ou mandibular, bem como o excesso – síndrome de Brodie geralmente têm um cunho genético (CAPELLOZZA FILHO e SILVA FILHO, 1997) A perda de dentes decíduos é um fato constante em determinadas regiões brasileiras, cabendo aos odontopediatras a responsabilidade pelo diagnóstico inicial do problema, que é primordial para o tratamento das mordidas cruzadas posteriores. IDADE IDEAL PARA INTERVENÇÃO Durante muitas décadas a grande preocupação da ortodontia era intervir na dentição permanente de pacientes jovens, mas com o desenvolvimento das pesquisas clínicas, do aprofundamento dos estudos sobre o crescimento crânio-facial e do aprimoramento das técnicas ortopédico-ortodônticas, começou a existir a possibilidade de tratamento nas dentições decídua e mista. Muitos autores também questionam essa intervenção precoce, principalmente por prolongar o período total de tratamento, dividindo-o quase sempre, em duas etapas. Por outro lado, o profissional não pode permitir a continuidade de um hábito bucal deletério, nem uma função inadequada, ou uma má posição dentária que possa desenvolver uma maloclusão severa no futuro. Há várias considerações a serem analisadas quando se discute o momento ideal para intervenção ortodôntica precoce, como o tipo e a gravidade da maloclusão, o crescimento crâniofacial, a cooperação e a motivação do paciente a ser tratado. Na dentição decídua devem ser tratadas, obrigatoriamente, as mordidas cruzadas anterior ou posterior, os hábitos bucais deletérios e as perdas dentárias precoces. Na dentição mista, deve ser tratado qualquer problema que desvie o curso normal de desenvolvimento dentário e facial do paciente. 3.7 DIAGNÓSTICO Para um correto diagnóstico de qualquer maloclusão, são indispensáveis um exame clínico e radiográfico minucioso. Nos casos de mordidas cruzadas posteriores, o diagnóstico tem o objetivo de diferenciar as mordidas cruzadas de origem dentária das de origem esquelética. Isto pode ser realizado observando-se as inclinações dentárias e a morfologia dos arcos dentários (ARAÚJO e PRIETSCH, 1995). Quando a mordida ocorre unilateralmente, deve-se diferenciá-la entre unilateral funcional ou verdadeira. Para isso, pode manipular a mandíbula do paciente na relação cêntrica. Quando a oclusão está na máxima intercuspidação, a presença de interferências oclusais pode gerar instabilidade oclusal, fazendo com que a mandíbula seja forçada a deslocar até encontrar uma posição mais estável; muitas vezes, o sinal clínico que mostra isso é o desvio entre as linhas médias dos arcos: superior e inferior. Ao manipular a mandíbula em relação cêntrica, esta situação de cruzamento unilateral pode se transformar em uma atresia simétrica da maxila (ARAÚJO e PRIETSCH, 1995). Por outro lado, uma atresia unilateral verdadeira pode ser notável ao observar uma assimetria na morfologia dos hemi-arcos, seja uma consequência da atresia dentária, esquelética ou uma associação de ambas. Para o ortodontista diagnosticar potenciais deficiências crânio-faciais é fundamental que ele detenha um profundo conhecimento do processo de crescimento da face. Quando o entendimento do crescimento crânio-facial é pleno, padrões de crescimento favoráveis serão aproveitados por planos de tratamento corretos. Ao contrário, padrões de crescimento desfavoráveis são identificados e futuras dificuldades são previstas, é a partir deste princípio que se realizam a prevenção e a interceptação dos padrões anormais do complexo crânio-facial. 3.8 PREVENÇÃO DAS MALOCLUSÕES Prevenção significa manter os mecanismos naturais do desenvolvimento equilibrado, garantir a influência natural e normal dos fatores epigenéticos locais no desenvolvimento facial e dentário, isto é, cuidar deste equilíbrio até mesmo na vida intra-uterina, e cuidar ativamente a partir do nascimento. Segundo as autoras EUGÊNIA MATEU, CRISTINA BERTOLOTTI e HEBE SCHWIZER (2007), compreender os processos de crescimento e desenvolvimento, conhecer a influência dos fatores genéticos e ambientais nesses processos, nos permite prevenir e interceptar o crescimento dentofacial indevido, a fim de se obter uma oclusão correta e um sistema estomatognático harmônico. Em uma época de grandes avanços tecnológicos e de conhecimentos em biologia molecular muito caminhos, antes inimagináveis, têm sido abertos para se chegar à etiologia e ao tratamento das enfermidades. Não se pode esquecer que é melhor uma terapêutica que atua na etiologia que na sintomatologia, mas não se pode esquecer que a prevenção deve estar acima de todos os tratamentos, conscientizando-se que está sob a vigilância dos cirurgiões-dentistas a correta evolução da oclusão do paciente jovem. As autoras também reforçam que a prevenção das maloclusões também é alcançada quando se atua por meio de uma vigilância dinâmica e sistemática do paciente desde o seu nascimento, e até mesmo no período gestacional: A gestante deve seguir uma dieta correta e equilibrada, evitar expor-se a fatores exógenos, como raios x, radiações ionizantes, estresse emocional, medicamentos teratogênicos, a automedicação e prevenir-se contra enfermidades infecciosas. Informar-se sobre as vantagens da amamentação no peito materno e da importância da posição vertical durante a amamentação por favorecer os movimentos mandibulares para frente, para baixo e para trás que se constituem em estímulos de crescimento e desenvolvimento para a mandíbula e musculatura orofacial, e para manutenção das vias aéreas orofaciais livres. Incentivar a criança às práticas desportivas objetivando uma correta postura corporal, já que esta tem grande repercussão na estrutura maxilo-facial. A mãe deve manter-se informada sobre hábitos alimentares saudáveis, para que a criança, favorecendo os processos metabólicos que conduzem ao correto crescimento e desenvolvimento do organismo. Incentivar e orientar quanto aos cuidados com a saúde bucal e da necessidade da visita periódica ao cirurgião-dentista. Controlar possíveis: o Agenesias: A ausência de formação de um germe dentário permanente nos obriga a avaliar com critérios sólidos, se a solução seria protética, através de implantes ou por meio de uma terapêutica ortodôntica apropriada para esse caso. o Supranumerários: Diante da formação desses dentes, estejam eles erupcionados ou não, em quase todos os casos eles devem ser extraídos e as seqüelas tratadas ortodonticamente. o Geminação e fusão dentária: Estas anomalias dentárias podem aparecer tanto na dentição decídua como na permanente, e alterar o alinhamento dentário, o que deve ser corrigido assim que for detectado e sempre que for possível. o Decíduos Anquilosados: Ocorre pela fusão osso/cemento, cuja etiologia possivelmente responda a um problema congênito da membrana periodontal, com conseqüente invasão óssea. Também se citam os fatores etiológicos traumáticos e metabólicos, ocorre com mais freqüência nos molares decíduos, o elemento dentário perde mobilidade e fica alojado abaixo do plano oclusal, ocasionando perda de espaço por inclinação dos dentes adjacentes e extrusão do antagonista. Torna-se muito importante o diagnóstico precoce para restabelecer o plano oclusal. A terapêutica depende da severidade da anquilose. o Germes Dentários em má posição: Induzem à retenção ou a erupção ectópica do mesmo. Pode-se citar como exemplo o primeiro molar permanente superior, que se impacta sobre a raiz distal do segundo molar decíduo, por falta de crescimento da maxila ou por excessiva convexidade da coroa do temporário; e erupciona para mesial trazendo como conseqüência a perda de espaço longitudinal do arco dentário. A solução consiste em desgastar a convexidade da face distal do molar decíduo ou realizar a exodontia do mesmo, para facilitar a erupção do molar permanente superior. Outro dente que com freqüência se apresenta retido é o canino permanente superior, e o tratamento depende da gravidade da retenção. o Retardo na esfoliação dos temporários: Obriga os dentes permanentes a erupcionar por vestibular ou lingual, podendo originar mordidas cruzadas ou indicando a possibilidade de mau posicionamento de um germe permanente. o Freio labial baixo: Trata-se de uma lâmina fibrosa de tecido conjuntivo, que no recém-nascido tem a sua inserção na papila palatina e se estende até o lábio superior, quando essa inserção se mantém no paciente adulto, costuma produzir diastema interincisivo. A frenectomia deve ser realizada após a erupção dos incisivos laterais. As autoras são a favor que primeiro se feche o diastema para depois se realizar a intervenção cirúrgica, pois a cicatriz dificulta a movimentação dentária e ainda favorece a recidiva. o Freio lingual curto: Costuma ocasionar atresia maxilar pela localização baixa da língua, pode ainda exercer forte pressão sobre a gengiva inserida, causando retrações gengivais. O tratamento deve ser realizado o mais cedo possível, por volta dos cinco anos, e consiste em frenectomia, expansão maxilar e tratamento fonoaudiológico. o Avaliação longitudinal dos arcos dentários: É muito importante avaliar se haverá suficiente espaço para erupção dos dentes permanentes, para isso deve-se levar em consideração; a presença dos diastemas próprios da dentição decídua; a presença de cáries e a perda prematura de dentes temporários; a discrepância dentes e bases ósseas. o Atuar oportunamente em um caso de desarmonia dentomaxilofacial, para evitar que se desenvolva ou se agrave uma maloclusão já existente. Sendo o maciço facial um sistema neuromuscular, o tecido ósseo está em constantes transformações, e sob a influência das forças musculares que atuam sobre ele, por isso a importância de avaliar a relação da atividade funcional e a estrutura óssea. Deve-se estar atento também para que as funções da cavidade bucal (sucção, deglutição, mastigação, respiração, fonação) se realizem corretamente. Qualquer alteração da função significa uma alteração da forma e vice-versa. Essa integração é a chave responsável pela manutenção da harmonia e do equilíbrio do aparelho mastigatório como um todo. Segundo FALTIN Jr. et al. (2005), todos os procedimentos preventivos e os interceptivos a serem aplicados, devem ser suportados por princípios, que orientam nossas atitudes em relação ao problema diagnosticado no paciente jovem. Os princípios mais importantes são: O ser humano é gerado, tendo a sua histodiferenciação praticamente total e parte de seu crescimento ainda na vida intra-uterina. Nessa fase, a coordenação dos processos biológicos é quase totalmente genética dada através da codificação dos genes herdados, que sucede a fecundação do óvulo. Após o nascimento a coordenação genética passa a ser influenciada pelo meio ambiente. Esta influência aumenta com o passar do tempo, tornando-se da maior importância no estabelecimento final do ser humano, especialmente da sua face. Em relação ao aparelho estomatognático, a correlação crescimento ósseo e dentição é estabelecida através da função. A função é o fator integrador entre crescimento ósseo maxilo-mandibular e a oclusão. No crescimento facial, os mecanismos naturais de controle ou regulação do crescimento, chamados de fatores epigenéticos locais, são os mais importantes. Esses fatores são representados pelas atividades neuromusculares dos tecidos moles adjacentes às estruturas esqueléticas, e são responsáveis pela correta estimulação dos mecanismos naturais de crescimento das mesmas. As alterações nesses mecanismos levarão fatalmente ao desenvolvimento de anomalias estruturais das bases ósseas. Respiração, mastigação, deglutição e fonação fazem parte do sistema funcional neuromuscular do aparelho mastigatório, cujo desempenho é de vital importância para estimulação e manutenção de um equilíbrio durante todo o seu desenvolvimento. 3.9 HÁBITOS BUCAIS DELETÉRIOS O sistema estomatognático possui algumas funções básicas definidas, tais como, a sucção, a mastigação, a fonoarticulação e a respiração que, quando em equilíbrio, desempenham um importante papel no crescimento crânio-facial e na fisiologia oclusal, porém quando alguma dessas funções encontra-se em desarmonia pode-se transformar em um fator desencadeante de uma maloclusão. Segundo MOYERS (1991), todos os hábitos são padrões de contração muscular aprendidos, de natureza complexa, alguns deles servindo de estímulo para o crescimento normal dos ossos da face, o que ocorre, por exemplo, na ação normal do lábio e na correta mastigação. Já os hábitos anormais podem interferir no padrão regular do crescimento facial e devem ser diferenciados dos hábitos normais desejáveis que fazem parte da função buco-faríngea normal e consequentemente exercem um papel importante no crescimento crânio-facial e na fisiologia oclusal. 3.10 INTERCEPTAÇÃO DAS MALOCLUSÕES A missão da ortodontia e da ortopedia facial atual é prevenir a instalação de um desvio de normalidade. No tratamento interceptativo do paciente jovem é necessário um profundo e minucioso diagnóstico das alterações morfofuncionais a serem abordados, e a interação multidisciplinar do otorrinolaringologista na avaliação das vias aéreas; do fonoaudiólogo na reeducação da função muscular; e do psicólogo, são fundamentais para o sucesso terapêutico. O conceito de multidisciplinaridade no exercício da odontologia é considerado fundamental para o alcance da excelência nos tratamentos. Neste contexto, cada uma das especialidades precisou rever seu campo de ação, encontrando facilidades e dificuldades durante esse processo de evolução. Segundo HAYASAKI (1998), as mordidas cruzadas posteriores são maloclusões de difícil auto-correção. Assim, uma mordida cruzada posterior dentária na dentadura decídua pode se tornar uma mordida cruzada dentária e esquelética na fase de dentadura permanente. Quanto maior o número de dentes envolvidos, maio a probabilidade de um comprometimento esquelético. DRUMOND et al. (1991) acreditam que a correção precoce aproveita a maior bioelasticidade óssea, redirecionando os germes dos dentes permanentes em desenvolvimento, para promover um melhor relacionamento esquelético entre as bases ósseas, eliminando as posições desfavoráveis da Articulação Têmpora Mandibular proporcionando um padrão de fechamento mandibular normal, evitando, portanto, tratamentos posteriores mais complexos. No tratamento da mordida cruzada posterior diversos aparelhos fixos e removíveis são utilizados com o objetivo de incrementar as dimensões transversais da maxila seja pela movimentação dos segmentos maxilares, ou produzindo uma inclinação vestibular dos processos dento-alveolares (NASCIMENTO, 2005). Dentre os aparelhos fixos mais utilizados para a correção precoce da mordida cruzada posterior são: Quadrihélice: Aparelho fixo para correção de mordida cruzada posterior, proporciona expansão lenta e simétrica do arco dentário superior. Pelo fato de ter helicóides, este aparelho possui um limite maior de forças e suavidade, e possibilita uma individualização melhor nas regiões a serem ativadas. Ele produz um aumento transversal do arco em função da movimentação dentária (MATTA, 2002). Hass: aparelho de ancoragem mucodentossuportada com estrutura metálica e duas porções de resina acrílica bilaterais, unidas por um parafuso expansor na região da linha média sua ativação é feita utilizando 2/4 de volta por dia (CHIBINSKI, 2005). Hyrax: disjuntor confeccionado sem acrílico na região palatina, com parafuso expansor próprio e estrutura de aço inoxidável, o que possibilita uma melhor higienização. Sua ativação é feita utilizando 2/4 de volta por dia (NASCIMENTO, 2005). Expansão Rápida de Maxila: corrige a deficiência na largura do arco maxilar pela desarticulação da sutura mediana palatina, bem como pela sensação dos ossos maxilares e do sistema de suturas circumaxilares. Quando realizada em pacientes jovens essa separação ocorre com maior facilidade e em forma piramidal, com a base na região anterior e o vértice na região posterior com as alterações na dimensão transversal, a maxila desloca-se num grau variável no sentido ânteroinferior. O deslocamento inferior da maxila consequentemente promove a abertura da mordida e do aumento do ângulo do plano mandibular. Este efeito será desejável nos casos com sobremordida profunda, enquanto que em indivíduos com face longa e características de padrão vertical, este efeito é indesejável (CAPELLOZZA FILHO e SILVA FILHO, 1997) 3.11 MORDIDAS CRUZADAS POSTERIORES NÃO TRATADAS Uma mordida cruzada posterior não tratada pode ocasionar tensões e pressões anormais, aplicadas pelos músculos mastigatórios e faciais, sobre o complexo ósseo, que, após um longo período, pode alterar a simetria da face e o desenvolvimento da articulação temporo-mandibular (NGAN et al., 1990). Segundo SOUZA e WILHELM (1987), os problemas periodontais, especificamente as gengivites, podem aumentar de incidência devido a um distúrbio na oclusão, tais como as mordidas cruzadas (SILVA FILHO et al., 1990). O estabelecimento do correto contorno dos dentes pode permitir auto limpeza, com a diminuição do potencial acúmulo de placa e detritos alimentares; enquanto a correta forma e posição do dente protegem a gengiva de influências traumáticas na mastigação (WOOD, 1968). 4. DISCUSSÃO Dentre os autores pesquisados, LIMA & TELLES (1997), apresentaram uma conclusão diferente em alguns aspectos dos outros artigos citados neste trabalho, eles relatam que a atuação do ortodontista é bastante limitada, chegando a afirmar que é possível inibir o crescimento anterior da maxila, e que a projeção da mesma precisa ser mais bem analisada, afirmam ainda que o crescimento mandibular não pareça possível de controlar, nem por estímulo, nem por inibição. Concluem que o potencial de crescimento é inerente, genético. Todos os demais autores pesquisados foram unânimes em ressaltar a importância de se prevenir a instalação de uma oclusão, a partir da aplicação de princípios básicos fundamentais que vão desde uma orientação aos pais até o controle do crescimento e desenvolvimento dentomaxilo-facial do paciente jovem, e da aplicação de medidas interceptivas assim que o problema se apresente, a fim de assegurar um futuro fisiológico e harmônico do sistema estomatognático, e que princípios básicos fundamentais devem ser considerados para se alcançar uma oclusão correta: Atuar com uma vigilância dinâmica e sistemática para poder observar todos os elementos que possam desencadear a possibilidade de se produzir uma maloclusão; Intervir no momento oportuno para prevenir e interceptar uma anomalia precoce que possa se agravar com o tempo, minimizando a possibilidade de um tratamento mais complexo; Os procedimentos preventivos e interceptivos das maloclusões devem estar embasados em um profundo conhecimento do crescimento e desenvolvimento facial do paciente jovem, com uma consciência voltada para as novas descobertas científicas e tecnológicas; Valorizar o trabalho em equipe interdisciplinar para prevenir, diagnosticar e interceptar as alterações que surgirem guiando desta forma ao correto desenvolvimento da oclusão. 5. CONCLUSÃO O profissional da odontologia deve estar preparado para detectar, diagnosticar e referenciar o paciente para um atendimento especializado, com o objetivo de prevenir e interceptar as maloclusões que possam provocar alterações no complexo crânio-facial, durante a época de crescimento, proporcionando-lhe condições fisiológicas e funcionais normais para o desenvolvimento dos arcos dentários e da face. A importância da prevenção e da interceptação das maloclusões não pode ser questionada quando se refere à manutenção da saúde bucal e facial do paciente jovem: mordidas cruzadas posteriores apresentam pouca possibilidade de auto-correção e a sua persistência pode acarretar problemas na oclusão em si, na ATM e no tecido gengival, justificando assim o seu tratamento precoce. De acordo com o trabalho de pesquisa realizado pode-se concluir que são reais as vantagens da terapia ortodôntica preventiva e interceptiva, no que se refere a instituir um tratamento precoce, tanto na dentição decídua como na dentição mista, pois além do custo biológico e financeiro ser menor, o paciente muitas vezes é poupado do uso de aparelhos fixos complexos, que exigem cuidados especiais, cooperação no que se refere à higienização e controles periódicos no consultório. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARAÚJO, F. F.; PRIETSCH, J. R. Mordida cruzada Posterior: importância do diagnóstico e tratamento precoce. Ver. Fac. Odont. Porto Alegre, v.36, p.29-33, 1995 CAPELLOZZA FILHO, L.; SILVA FILHO, O. G. Expansão rápida da maxila: considerações gerais e aplicação clínica, parte I. Rev Dental Press de Ortod. e Ortop. Maxilar, v.2, n.3, p.8892, mai/jun 1997. CHIBINSKI, A. C. R.; CZLUSNIAK, G.; DENISE,M.; DAHER, M. Pistas diretas: terapia ortopédica para correção de mordida cruzada. 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