UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA
SUBPROJETO LETRAS/ LÍNGUA PORTUGUESA
Orientadoras: Jane Naujorks e Ingrid Sturm
Oficineiros: Débora Guedes, Fabiane Moreira e Marcelo Maciel
Subjetividade Literária
QUESTÕES NORTEADORAS:
- Signo;
- Profissão (curso);
- Desejo (sonho);
- Algo que tenha te marcado;
- Medos/receios.
1ª PESSOA
EU
Descrever-me
é
uma
tarefa
impossível. Sendo uma taurina com
ascendente em escorpião, tenho uma
personalidade forte. Embora, não
acredite no zodíaco, pois ele muito já
me deixou na mão, gosto de ler a parte
dedicada ao misticismo no jornal. Tá
aí, amo ler, talvez, seja por isso que fiz
biblioteconomia.
Um
curso
que
garantiu minha estabilidade financeira
e me deixa perto do meu melhor
amigo, o livro.
Contextualização sócio-histórica
- O gênero miniconto teve início em 1959, com o
guatemalteco, Augusto Monterroso, que escreveu o
miniconto “O Dinossauro”.
“Quando acordou, o dinossauro ainda estava lá”.
NÃO É A MAMÃE!!
ÉO
MONTERROSO!
NO BRASIL:
O Livro “Ah, é?”, de Dalton Trevisan, marca o formato
contemporâneo do miniconto.
Outro meios de publicação:
-Twitter;
- Blogs;
Fluidez e rapidez
- Celulares e etc.
( Esses meios exigem outras formas de leitura!)
- “é simples, são contos muito pequenos, limitados
pelo tamanho mínimo”;
- “O miniconto, como qualquer ficção curta, tem de
pegar o leitor de cara, com recursos expressivos
capazes de interessá-lo a seguir o desenvolvimento
da história até chegar a uma reviravolta que
provocará a surpresa e que, geralmente, é o
objetivo do escritor”;
- “O miniconto é uma estética própria da
contemporaneidade e herdeiro do minimalismo”.
“Marcelo Spalding aponta para a dificuldade de definir o
que seja um miniconto e discute o fato de esse gênero se
constituir no processo de interação com o leitor, que completa a
narrativa, ‘transformando o miniconto em uma narração
plenamente satisfatória em si mesma e não em mero
fragmento, anedota, apontamento ou alusão’ (Spalding,
2008:61)” (Rojo & Moura, 2012:81)
Mal-entendido
Escuta, eu sei que estou me arriscando vindo aqui,
Me disseram que você queria me matar, mas escuta. Foi um
Mal-entendido. Quando eu falei em cagalhão, eu não me
Referia a... Escuta! Deixa eu falar? Era no bom sentido, eu...
Espera! Ó cara. Nós não fomos coroinhas juntos? Então você acha
Que eu ia dizer uma coisa dessas de você, só por causa de um...
Escuta, pô. Eu seria a última pessoa do mundo a... Eu posso falar?
Era no bom sentindo, eu...
Espera! Ó cara. Nós não fomos coroinhas juntos? Então você acha
que eu ia dizer uma coisa dessas de você, só por causa de um...
Escuta, pô. Eu seria a última pessoa do mundo a... Eu posso falar?
Espera! Escuta! Não! Não!
Luis Fernando Veríssimo
Pedido de divórcio
Tu me paga
Marcelo Spalding
O indeciso
O homem entrou numa loja de antiguidades.
Gostou tanto do que viu que não conseguiu decidir o que levar.
Passou tanto tempo nisto que foi posto à venda.
Rui Costa
No túnel
Levei minha filha para conhecer o parquinho. Ela correu, feliz
comeu pipocas, andou de carrossel, chorou por querer Coca-cola,
puxou o rabo de um cachorro, ficou com as faces vermelhas de
excitação e felicidade. Depois, levei-a para andar na roda gigante.
A roda girou, girou, parou lá em cima. Temi pela sua queda. Ela se
embalava no banquinho. Depois ela desceu, muito feliz, correu
presa em minha mão, soltou-se, cresceu, foi morar só, subiu, subiu
e como um balão se foi.
Walter Gavani.
Crie um miniconto de, no máximo, 50 palavras.
Minicontos multimodais In.: ROJO, R. H. R. Multiletramentos
na escola. São Paulo: Parábola Editorial, 2012.
CHAFE, Laís (org.). Contos de Algibeira, Porto Alegre: Ed.
Casa Verde, 2007.
CHAFE, Laís (org.). Contos de bolsa, Porto Alegre: Ed. Casa
Verde, 2006.
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