o pantanal
O Pantanal é a maior planície alagável do mundo
e serve de ligação entre as duas maiores bacias
hidrográficas da América do Sul: a do Prata e a
Amazônica. Localizada no centro da América do
Sul, esta imensa planície de quase 219 mil Km2
tem 70% de sua área em território brasileiro, nos
estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul,
além de avançar para a Bolívia (20%) e
Paraguai (10%).
da África. Sua biodiversidade inclui mais de 650
espécies diferentes de aves, 262 espécies de
peixes, 1.100 espécies de borboletas, 80 espécies
de mamíferos e 50 de répteis. Além disso, o
Pantanal conta com 1.700 espécies de plantas.
A interdependência de quase todas as espécies de
plantas e animais do fluxo das águas é a principal
característica da região, tornando-a extremamente vulnerável.
A vegetação pantaneira sofre a influência de
diversos ecossistemas – Cerrado (Leste, Norte
e Sul); Chaco (Sudoeste), Amazônia (Norte),
Mata Atlântica (Sul) e o Bosque Seco Chiquitano
(Noroeste) – o que lhe confere uma paisagem de
rara beleza e vida abundante. Sua importância foi
reconhecida pela Constituição Brasileira, como
Patrimônio Natural, e pela Unesco, como Reserva
da Biosfera.
A rica miscigenação provocada pelo processo
de ocupação do Pantanal produziu também uma
cultura rica e peculiar, com características de
diversas etnias indígenas, populações ribeirinhas,
populações originárias de outros estados brasileiros e países vizinhos (principalmente Bolívia
e Paraguai). Essa “cultura pantaneira” pode
ser exemplificada na figura do pantaneiro, no
conhecimento das plantas medicinais e na Festa
de São Sebastião, que reúne crenças católicas e
candomblés, churrasco e baile, no ritmo da polcaparaguaia, rasqueado e chamamé.
A vida no Pantanal é regida pelos ciclos de chuvas
e cheias. Durante os meses de outubro a abril, as
chuvas em toda a Bacia do Alto Paraguai aumentam o volume dos rios que, devido à pouca declividade do terreno na planície (aproximadamente
1 a 2 centímetros por quilômetro quadrado),
extravasam seus leitos e inundam a planície.
Nessa época, muitos animais buscam refúgio nas
terras firmes, espalhando-se pelas áreas não inundadas. Peixes se reproduzem e plantas aquáticas
entram em floração.
Entre junho e setembro, as águas baixam
lentamente e voltam ao curso natural, deixando
os nutrientes que fertilizam o solo. As aves se
aglomeram em imensos ninhais, iniciando a
reprodução antes da maioria das espécies dos outros ecossistemas brasileiros. Mamíferos e répteis
migram internamente, acompanhando as águas.
No auge da seca, a fauna se concentra em torno
das lagoas e pequenos cursos d´água – os coxixos
- facilitando sua observação, tanto por turistas,
como por coletores e caçadores.
São esses ciclos de chuvas e cheias e temperaturas elevadas que fazem do Pantanal o local com
a maior concentração de fauna das Américas,
sendo comparável às áreas de maior densidade
Introduzida no final do século XIX, a criação
de gado bovino é a principal atividade econômica do Pantanal e conta com um rebanho de 3
milhões de cabeças. Tradicionalmente, a pecuária
extensiva também obedecia ao ritmo das águas,
tendo se desenvolvido, inclusive, raças pantaneiras de bovinos e eqüinos, adaptados ao pastejo
em águas rasas. A modernização dessa pecuária,
porém, trouxe a divisão de terras, variedades
exóticas de capim e a necessidade de interferir no
fluxo das águas com pequenas represas, estradas,
dragagens e drenagens, além de difundir o uso
de pesticidas.
Há ainda problemas relativos à mineração, ao aumento do lixo urbano e a projetos de navegação.
Algumas atividades, como a caça ilegal e
o crescimento desordenado do turismo, representam ameaça direta à vida selvagem. Em que pese
a enorme produtividade pesqueira do Pantanal,
a pesca predatória já começa a deixar sinais:
os peixes estão diminuindo de tamanho e
tornando-se mais raros, nítidos sinais de
superexploração.
apresentação
“Entende-se por educação ambiental os
processos por meio dos quais o indivíduo
e a coletividade constroem valores sociais,
conhecimentos, habilidades, atitudes e
competências voltadas para a conservação
do meio ambiente, bem de uso comum do
povo, essencial à sadia qualidade de vida e
sua sustentabilidade”. É o que diz o Artigo
1° da Lei n° 9795 de 1999 que institui a
Política Nacional de Educação Ambiental.
Analisando este parágrafo percebe-se
que meio ambiente é um assunto que não
está associado unicamente às ciências
biológicas. Quando se fala na construção
de valores pressupõe-se a apropriação
de uma consciência crítica
e algumas mudanças de
atitudes cotidianas. Sendo
assim a orientação é que a
Educação Ambiental não seja
implantada como disciplina
no currículo escolar e é por
isso que ela se apresenta sob
a forma de tema transversal,
ou seja, aquele que vai tecer a rede dentro
de uma estrutura multidisciplinar.
Uma boa estratégia para se trabalhar as
questões ambientais é através de projetos,
sejam eles de pequeno, médio ou longo
prazo.
Em Guardiões da Biosfera, os fios condutores para a apresentação do nosso Brasil
são os seus biomas. Entende-se por bioma
a classificação de um conjunto de ecossistemas localizado em determinado espaço
geográfico. Pode possuir mais de um tipo
de vegetação predominante além de dinâmicas muito particulares.
No episódio Pantanal, as atividades
mais uma vez são apresentadas através de edições de experiências que
permeiam diversas áreas de conhecimento e que têm o objetivo de se
somar às diferentes realidades das
educadoras e dos educadores que
se aventuraram na arte de facilitar a
construção do conhecimento.
O Pantanal é um local muito rico em espécies animais, principalmente em aves.
Podemos dizer que é um dos campeões
mundiais em variedade e quantidade de
avifauna!
Não podemos esquecer que quando falamos
em biodiversidade, devemos levar em
consideração que BIO (do grego bio)
significa VIDA, então todos os seres vivos
- plantas, bactérias, fungos, algas, insetos
e muito mais - estão inclusos na contagem
da diversidade.
Este foi só um lembrete, pois a atividade
aqui descrita está mais focada para a
questão da fauna, então vamos lá!
Este momento pode ser uma ótima oportunidade para introduzir conceitos de
redução e reaproveitamento de resíduos,
utilizando o verso de cartolinas usadas em
outras atividades e que não tenham mais
utilidade. O verso pode ser pintado para
dar um acabamento estético.
Depois que as figuras estiverem coladas na
cartolina, fazer dois furos com furador na
parte superior para que seja colocado o
pedaço de barbante, formando uma
espécie de crachá.
Todas as produções deverão ser entregues
ao educador.
O educador deve estimular os alunos a
realizarem uma pesquisa sobre os animais
existentes no Pantanal e buscar imagens.
Uma lista de alguns exemplos está apresentada no final do livreto.
Cada criança ficará responsável por um
animal diferente.
Esses animais poderão ser recortados de revistas, xerocopiados de livros ou impressos
a partir do computador e serão colados no
centro de pedaços de cartolina, deixando
uma margem de pelo menos dois dedos
de largura.
Materiais
papel
outro tipo de
Car tolina ou
resistente
Tesoura
ão
Cola em bast
metro
pedaços de 1
Barbante em
Furador
Agora vamos começar a brincadeira de
verdade!
Em um espaço amplo, que pode ser
a própria sala de aula, sentar com os
alunos em roda e fazer os combinados
da brincadeira: o professor irá colocar
um crachá em cada aluno com a figura
posicionada nas costas. Ninguém poderá
saber que animal possui.
Pedir para que todos circulem pelo espaço
em silêncio.
Ao sinal do educador, a meninada tentará
fazer os colegas adivinharem o seu bicho
através da mímica. Assim que descobrir, a
criança coloca o crachá para frente e continua na brincadeira ajudando os demais.
Não é necessário brincar em duplas: por
exemplo, duas ou três crianças podem
gesticular para um único colega.
Quando todos os crachás estiverem na
frente voltar para a roda e conversar sobre
as sensações da brincadeira, as dificuldades, o que foi engraçado, o que foi fácil,
será que conhecendo melhor os hábitos
destes animais ficaria mais fácil fazer a
mímica ou adivinhar?
Este material pode ficar exposto na sala de
aula e ser utilizado posteriormente como
material de pesquisa.
Todos os sistemas do planeta são compostos por
diversos elementos que interagem uns com os
outros formando uma intrincada teia de relacionamentos.
Essas teias ou redes podem ser sociais, biológicas, químicas, ecológicas, econômicas... basta
focar o tema, pensar nos atores possíveis para
o assunto escolhido e investigar seus comportamentos.
Este é um assunto complexo e a ciência ainda
tem descoberto novos padrões de redes desde
no interior da mais simples célula até nas relações humanas.
Como trabalhar com crianças? Num primeiro
momento, a partir da sua realidade, ludicamente, com elementos da sua vivência cotidiana.
Que tal começar com a rede da escola?
Uma pesquisa inicial será necessária e pode ter
como ponto de partida o próprio aluno.
Algumas perguntas são feitas e algumas respostas os adultos podem ter, mas é muito importante que a criança seja provocada.
Vejam alguns exemplos:
O que fazemos na escola?
Nas atividades escolares dependemos de outras
pessoas? Quem?
Existem outras pessoas que auxiliam o (a)
professor (a) dentro ou fora da aula?
Nas demais aulas, como artes e educação
física, quem é o responsável?
Será que todos esses professores conversam?
E quem facilita esse diálogo: coordenador (a),
diretor (a)?
a
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e
tvida
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A diretora, o que faz? Ela tem algumas
responsabilidades, quais são?
Quem atende ao telefone ou recebe uma
pessoa que chega na escola? Será que é o
professor que está em sala de aula? Já pensou
se ele tiver que sair cada vez que toca o
telefone ou chega alguém?
Na hora do lanche todo mundo está com
fome? O que acontece?
Ou então tudo fica a maior bagunça, quem
é responsável pela organização e limpeza
da escola? Será que a professora conseguiria
dar aula no dia seguinte se a escola estives
se toda imunda? Como os alunos se sentiriam
se o banheiro não fosse limpo? Se cada um
cuidasse e limpasse suas coisas sobraria mais
tempo para essa pessoa arrumar outros locais
da escola?
E quando acaba algum material de limpeza,
será que essa pessoa tem que pedir para
alguém? Quem?
E assim por diante, cada aluno faz uma listagem
de pessoas que compõe a escola. Se for necessário, as crianças podem entrevistar os funcionários
para entender suas funções e com quem precisam conversar para que seu trabalho funcione
corretamente. Essa é uma forma de aproximá-los,
promovendo um maior respeito pelo trabalho
desenvolvido pela instituição. Em geral, as pessoas
sentem-se valorizadas quando alguém se interessa
por suas atividades.
Uma roda de discussão pode ser promovida
para que haja troca de informações sobre cada
pesquisa, jamais esquecendo que o aluno também
é parte deste cenário, com direitos, deveres, responsabilidades e relações que devem ser exploradas, demonstrando a interdependência de todas
as pessoas, independente da profissão ou cargo
ocupado. Sem essa boa convivência a escola não
conseguiria atingir o seu principal objetivo: educar
os alunos!
Com a listagem em mãos vamos partir para uma
atividade artística que pode - e deve - ser apoiada
pela aula de matemática, já que algum conteúdo
da geometria irá surgir.
-
papel sulfite;
caneta ou lápis preto;
canetinha hidrográfica, lápis ou giz de cera;
régua;
tinta guache, acrílica, latex ou outra para pintar madeira;
pincéis;
pregos pequenos;
martelos;
lãs de diversas cores;
quadrados de madeira de pelo menos 20x20 cm;
tesoura;
lixa.
Comoer:
faz
Em um papel, pontuar todos os atores disponibilizando-os em formas geométricas. Não há
um padrão, cada um escolhe a forma que mais
lhe agrada. Dentro deste desenho, pontuar os
diferentes atores pesquisados.
Utilizando a régua traçar as linhas de relacionamentos, começando pelo aluno.
Importante: cada criança entende as relações de
jeitos diferentes, é bom deixa-las à vontade para
que no final possam ser apreciadas as diversidades de cada obra!
Tendo o esboço em mãos vamos partir para a
segunda etapa.
O pedaço de madeira será a base, que pode ser
sobra de marcenaria, por exemplo. Reutilizar
sempre é desejável, pois pode ser abordada a
questão dos resíduos e do consumo responsável.
Iniciaremos o planejamento através de um esboço,
mas antes é necessária uma conversa sobre as
diferentes formas geométricas conhecidas pelo
grupo: quadrado, retângulo, losango, pentágono,
círculo, etc...
O pedaço de madeira deverá ser pintado com
tinta da cor de preferência - muito cuidado com
a inalação, dependendo do tipo de tinta que será
utilizada. Um fundo preto dá um destaque muito
bonito. Se for necessário, lixar antes a madeira
para a superfície ficar lisa.
Esperar secar.
Com um lápis demarcar pontos, conforme o
esboço, onde serão fi xados os pregos.
As linhas serão construídas com lãs. Um pedacinho de lã será amarrado no primeiro prego, esticando até o próximo, sempre seguindo o esboço,
até completar a teia.
o tema das for mas
ejável aprofu ndar
Sugestão: Se for des
artistas recomendados
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stic
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deiras e fachadas.
geométricas em art
ban
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sua
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po
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dos é Alfredo Volpi,
E a obra de arte estará pronta, linda e deverá ser
exposta, para valorizar a construção individual.
Crianças e adultos adoram expor suas obras!
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É a continuidade da atividade anterior. Para
brincar será necessário um rolo de barbante
ou outro tipo de fio. Será como um teatro,
onde cada aluno terá o seu papel. Os personagens são as pessoas que compõe a escola
e podem ser sorteados entre os participantes.
Talvez o número de alunos seja maior ou
menor que a lista, porém não há problema
que alguns se repitam.
Todos em roda!
A brincadeira pode começar com o educador representando a si mesmo e, segurando
o rolo de barbante, pergunta por que vai à
escola e quem é o seu público alvo. Sem os
alunos não haveria motivo para estar lá!
Então, segurando firme a ponta do barbante,
o educador joga o rolo para uma das crianças
que representam os alunos. Este por sua vez
segura bem o fio, joga o rolo para o outro
aluno que possui o mesmo personagem, e
assim por adiante.
A próxima pergunta será sobre outro representante da escola, conforme a pesquisa
realizada na atividade anterior. O rolo de
barbante será jogado pela última criança que
o recebeu e assim será repetido até que todos
os personagens sejam contemplados.
Uma rede foi construída!
Observem como ficou bonita! Vejam os
desenhos geométricos que se formaram
a partir da roda inicial. Experimentem se
movimentar, girar! Como é importante cada
pessoa segurando a sua ponta, independente
do personagem que representou.
Tentem imaginar como ficaria a teia se alguns
representantes fossem retirados. Experimentem isso na prática: aleatoriamente retirem
um dos personagens. Olhem. Retirem outros
aos poucos, observando sempre o que vai
acontecendo com a rede.
Quantas reflexões podem sair dessa brincadeira!
Essa dinâmica também é ótima para integração de grupos com pessoas que não se
conhecem: cada um que recebe o rolo se
apresenta e joga para o próximo.
Material: 1 rolo de barbante ou lã.
A atividade anterior pode ser realizada com
elementos da natureza para que as crianças
aprendam que cada ser vivo interdepende de
outros assim como elas, como nós.
Pensando nessa premissa, vamos “sair” um
pouquinho da sala de aula e fazer uma pesquisa
sobre um dos maravilhosos biomas brasileiros
cujas dinâmicas dependem diretamente dos ciclos
da água: o Pantanal.
Alguns princípios são básicos para o início desta
pesquisa e é sempre bom lembrar que a melhor
maneira de fazer a cabeça funcionar é provocando. Então nenhuma terminologia científica neste
momento é tão importante, mas sim os conceitos
que vêm com ela. Vamos deixar para decorar
nomes quando realmente for necessário.
O princípio da vida...
Sem o sol não existiria a vida como nós conhecemos. É ele que aquece o nosso planeta e alimenta
os vegetais.
Mas luz é comida?
De uma certa forma, sim. As plantas (e as algas
também) realizam uma “química” com a luz solar
e outros elementos para obterem alimento.
Nós, humanos, não temos esse poder. Outros
seres vivos também não.
Por isso as plantas são consideradas a base da
teia da vida, os produtores primários.
Mas será que planta vive só de luz? O que mais
ela precisa para viver que nós também precisamos?
A água!
Agora já temos dois itens “não vivos” de uma
nova rede que está se formando. Luz solar e água
são elementos físicos e de primordial importância
para a manutenção da vida planetária.
Como essa água se apresenta no Pantanal e que
não ocorre em nenhum outro lugar do Brasil.
Será que qualquer vegetal ou animal conseguiria
viver desse jeito?
Existem plantas adaptadas aos ciclos hidrológicos
desse bioma, quais são?
E animais?
Quais são os que se alimentam das plantas? Os
herbívoros - os consumidores primários.
Quais são terrestres e quais aquáticos? Como são
os seus hábitos?
Existem animais caçadores? Quais são e o que
comem? Eles caçam alguns herbívoros e devem
caçar outros caçadores também. São os consumidores secundários.
Existem insetos? Quais? Será que inseto tem
alguma importância? Para que servem? Inseto é
animal? Claro!
E no final plantas e animais acabam o morrendo
e se transformando em “adubo”. Vão fazer parte
da terra ajudando a alimentar os vegetais. E tudo
recomeça...
O ciclo está se fechando! Obviamente que na
natureza as coisas são mais complexas, porém
esse é um bom jeito para começar a entender um
pouco dessa complexidade tão perfeita!
Já deu para notar que as informações são inúmeras e que o registro é muito importante.
Finalmente, para mostrar que as ações humanas
podem causar efeitos negativos é necessária uma
nova provocação / pesquisa sobre quais são as
principais interferências neste bioma e quais são
suas conseqüências.
Com todos esses elementos em mãos constrói-se
novamente a teia, começando pelos elementos
físicos. Na seqüência questiona-se quem é capaz
de absorver esses elementos transformando-os
em alimentos.
Entram os que se alimentam desses vegetais e
assim por diante, até finalizar a teia.
Então chegam as interferências!
Por exemplo:
Uma área foi desmatada para se transformar em
pastagem.
Que elementos vegetais do pantanal foram
retirados?
Quais animais foram prejudicados, seja por terem
ficado sem alimento ou por terem perdido o
abrigo?
Esses animais morreram ou se deslocaram?
Houve algum predador que também ficou sem
alimento?
Sabendo que as árvores são importantes para
que a água da chuva entre no solo para formar
nascentes e rios, o que poderia acontecer se os
lençóis d’água secassem?
Como está a teia agora?
E muitas conversas irão surgir...
Material
Papel e caneta
para fazer
anotações.
- a garça-branca, que possui a perna fina
e comprida para andar nas lagoas atrás de
pequenos peixes que são “pescados” com
seu bico fino e comprido;
e
- a ema, prima do avestruz, pernalta e corredora: possui asas porém não voa;
- o gavião-fumaça, com sua poderosa visão
e bicos afiadíssimos, para cortar a carne de
suas presas;
- o frango-d’água que, para nadar, tem sua
pata em formato de remo;
- o colhereiro usa o bico de colher para peneirar a água e apanhar pequenos crustáceos, moluscos e peixes.
Como já foi mencionado, o Pantanal é
riquíssimo em quantidade e diversidade de
aves. Mas será que as aves são todas iguais?
Nesta atividade a turma será dividida em
grupos e cada um deles escolherá uma ave
para pesquisar:
Na sala de aula algumas provocações poderão ser feitas...
- o que come;
Será que todas se alimentam das mesmas
coisas e vivem no mesmo lugar?
Será que todas fazem ninhos de palha em
galhos de árvores como vemos normalmente
nos desenhos animados?
As aves, desde o seu surgimento no planeta,
passaram por evoluções e adaptações até
chegarem aos dias de hoje.
Cada espécie possui uma adaptação de acordo com seu habitat, terrestre ou aquático, e
cada habitat sugere um comportamento.
Após esse bate papo, poderá ser
verificado que existem aves com
muitos jeitões diferentes. Vejam alguns
exemplos:
- o tucano, que come
sementes duras e por
isso possui aquele
bico enorme e
forte em formato
de tesoura;
- onde vive;
- hábitos;
- o que tem de diferente no seu corpo para
facilitar a sua vida (adaptações);
- perigos (se o ambiente em que vive for
destruído o que poderia acontecer);
Tudo isso será registrado em papel.
Com a pesquisa finalizada, o material será elaborado para se tornar
um livro da turma. Se
houver possibilidade,
os textos poderão
ser digitados. É
muito interessante
que uma cópia deste
trabalho possa ficar na
biblioteca da escola.
Em parceria com as aulas de educação artística, um trabalho com modelagem em argila
pode ser desenvolvido.
Os trabalhos com modelagem são muito
prazerosos e remontam à ancestralidade.
Muitas comunidades tradicionais utilizam o
barro para produzir artesanato e utensílios.
É uma matéria-prima que possui profunda
relação com a vida e com os temas ambientais.
A partir das pesquisas já realizadas, foram
verificadas as diferenças morfológicas das
aves e, a partir da argila, as crianças poderão modelar os diferentes bicos e pés que
foram estudados.
Esses objetos serão dispostos em pedaços de
papelão para secar e poderão ser pintados,
porém, a cor natural da argila também é
muito bonita e tem um efeito mais rústico.
Essas obras poderão ser expostas aos demais alunos da escola junto com a pesquisa
e os autores poderão explicar aos demais
detalhes sobre o seu objeto de estudo.
Se a escola já realiza feira de ciências ou
outro evento semelhante, pode ser mais
uma boa opção.
Materiais
papel e caneta para registro da pesquisa;
argila;
papelão usado ou caixa de leite longa
vida, para ser utilizado como base;
palitos, para dar acabamento nas
esculturas.
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a
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orig
Seres imaginários... povoam todo o planeta!
Após ler a história para as crianças, pedir
para que elas façam um desenho de como
imaginam que é a aparência minhocão.
Expor os desenhos em sala de aula e
proporcionar um momento para que
troquem impressões.
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Materia
lfite,
folha su
á fi c a,
hidrogr
caneta
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giz de c
cor.
lápis de
Muitas das lendas, como a do Minhocão,
podem representar as reações da
natureza às interferências humanas.
Quando a vegetação dos morros e
beira dos rios (mata ciliar) é retirada,
acontecem os desbarrancamentos,
casas são derrubadas com
enxurradas. Em certas épocas do
ano é possível ver muitas notícias
sobre esse assunto nos meios de
comunicação. É muito importante
fazer a associação dessas notícias
com suas possíveis causas.
Que tal coletar notícias do Brasil sobre
inundações e desmoronamentos e fazer
uma relação com a lenda do minhocão?
Borzeguim
Algumas atividades podem ter um fundo
musical temático. A música Borzeguim,
de Tom Jobim, pode ser uma boa opção.
Prestando atenção na letra pode-se notar a
presença de alguns temas interessantes: os
indígenas, destruição da vegetação nativa,
fauna, lendas.
e
Curiosidad
Pantanal
alagadas do ar nos
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Borzeguim
Antonio Carlos Jobim
Borzeguim, deixa as fraldas ao vento
E vem dançar
E vem dançar
Hoje é sexta-feira de manhã
Hoje é sexta-feira
Deixa o mato crescer em paz
Deixa o mato crescer
Deixa o mato
Não quero fogo, quero água
(deixa o mato crescer em paz)
Não quero fogo, quero água
(deixa o mato crescer)
Hoje é sexta-feira da paixão sexta-feira
santa
Todo dia é dia de perdão
Todo dia é dia santo
Todo santo dia
Ah, e vem João e vem Maria
Todo dia é dia de folia
Ah, e vem João e vem Maria
Todo dia é dia
O chão no chão
O pé na pedra
O pé no céu
Deixa o tatu-bola no lugar
Deixa a capivara atravessar
Deixa a anta cruzar o ribeirão
Deixa o índio vivo no sertão
Deixa o índio vivo nu
Deixa o índio vivo
Deixa o índio
Deixa, deixa
Escuta o mato crescendo em paz
Escuta o mato crescendo
Escuta o mato
Escuta
Escuta o vento cantando no arvoredo
Passarim passarão no passaredo
Deixa a índia criar seu curumim
Vá embora daqui coisa ruim
Some logo
Vá embora
Em nome de Deus é fruta do mato
Borzeguim deixa as fraldas ao vento
E vem dançar
E vem dançar
O jacu já tá velho na fruteira
O lagarto teiú tá na soleira
Uirassu foi rever a cordilheira
Gavião grande é bicho sem fronteira
Cutucurim
Gavião-zão
Gavião-ão
Caapora do mato é capitão
Ele é dono da mata e do sertão
Caapora do mato é guardião
É vigia da mata e do sertão
(Yauaretê, Jaguaretê)
Deixa a onça viva na floresta
Deixa o peixe n’água que é uma festa
Deixa o índio vivo
Deixa o índio
Deixa
Deixa
Dizem que o sertão vai virar mar
Diz que o mar vai virar sertão
Deixa o índio
Dizem que o mar vai virar sertão
Diz que o sertão vai virar mar
Deixa o índio
Deixa
Deixa.
Algumas espécies encontradas no Pantanal
aves
arara-azul
cabeça-seca
cafezinho
carão
carcará
cardeal
colhereiro
curicaca
ema
frango-d’água
garça-branca
garça-maguari
gavião-belo
gavião-caramujeiro
gavião-fumaça
jaburu
jaçanã
joão-pinto
papagaio
periquito de cabeça preta
pica-pau
quero-quero
siriema
socó-boi
talha-mar
tucanuçu
tucano
tuiuiú
mamíferos
anta
ariranha
bugio
cachorro-do-mato
capivara
cervo-do-pantanal
lobinho
lobo-guará
lontra
macaco-prego
onça-pintada
porco do mato
preguiça
quati
suçuarana
tamanduá-bandeira
tamanduá-mirim
tatu
veado-campeiro
veado-catingueiro
peixes
acari
cascudo
chicote
curimba
dourado
jaú
lambari
pacu
pacupeva
peixe-cachorro
piava
pintado ou surubim
piranha
piraputanga
saicanga
sauá
ximboré
répteis
Quelônios
cágado, jaboti.
Crocodilianos
jacaré-do-pantanal.
Cobras
boipevaçu, boca-de-sapo,
jararacas, sucuri.
Lagartos
teiú, víbora-do-pantanal, sinimbu.
invertebrados
1.100 espécies de Borboletas
pitus
caramujos
caranguejos
angico
aroeira
buriti
cacto cansanção
cacto mandacaru
cambará-lixeira
canjiqueira
figueiras
ipê-rosa
jenipapo
orquídeas
palmeira acuri
palmeira carandá
paratudo (tipo de ipê)
piúvas (ipê-roxo)
plantas aquáticas
tucum
flora
Lista de Algumas Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção
Arara azul (Anodorrynchus hyacinthinus)
Ariranha (Pteronura brasiliensis)
Capivara (Hydrochoerus hydrochoeris)
Cervo-do-pantanal (Blastocerus dichotornus)
Lobinho ou cachorro-do-mato (Cerdocyon thous)
Lobo-guará (Chrysocyon brachyurus)
Lontra (Lutra longicaudis)
Tamanduá-bandeira (Myrmecophaga trydactyla)
Tamanduá-mirim (Tamandua tetradactyla)
Tabela das atividades relacionadas com conceitos e disciplinas
Conteúdo
Éo
bicho
Teia
da vida
Rede
da vida
Bicos e pés
Lenda
do
Minhocão
Borzeguim
X
X
X
FOTOSSÍNTESE
X
X
FAUNA
X
X
X
X
BIODIVERSIDADE
X
X
X
X
X
X
FLORA
CADEIA ALIMENTAR
ARTES PLÁSTICAS
X
X
X
REDUZIR, REUTILIZAR
E RECICLAR
X
X
X
PROBLEMÁTICA DO LIXO
X
X
X
X
X
ARTES MUSICAIS
ARTES CÊNICAS
X
X
ECOSSISTEMAS
X
CICLO DA ÁGUA
X
RECURSOS HÍDRICOS
X
CICLO DO OXIGÊNIO E
GÁS CARBÔNICO
X
X
PROTEÇÃO AOS MANANCIAIS
COLETA SELETIVA
X
X
X
HISTÓRIA
X
X
MATEMÁTICA
X
SOCIEDADE
CIDADANIA
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
QUALIDADE DA ÁGUA
LÍNGUA PORTUGUESA
X
X
X
X
X
X
X
X
Referências bibliográficas
CAPRA, F. | A teia da vida – Editora Cultrix.
Tradução Newton Roberval Eichmberg,
São Paulo, 1996.
CASCUDO, L. C. | Dicionário do Folclore
Brasileiro | Luis da Câmara.
Edições de Ouro, Rio de Janeiro, 1972.
GABBAI, M.B.B. | Cerâmica – arte da terra.
São Paulo: Callis, 1987.
HUNGERFORD, H. PEYTON, R.B.
Como construir un programa de
educación ambiental. | Programa
Internacional de Educacion Ambiental.
UNESCO – PNUMA, 1992.
PHILLIPI JR, A.; PELICIONE, M. C. F.
Educação Ambiental – Desenvolvimento
de cursos e projetos.
São Paulo: Universidade de São Paulo.
Faculdade de Saúde Pública.
Núcleo de Informações em Saúde
Ambiental: Signus Editora, 2000.
SESC Pantanal | tradução de Eduardo Palo.
Rio de Janeiro: SESC,
Departamento Nacional, 2004.
sites para pesquisa
Ambiente Brasil
www.ambientebrasil.com.br
Animal Planet
www.animalplanetbrasil.com
Projeto Arara Azul
www.projetoararaazul.org.br
Projeto Brazil Nature
www.brazilnature.com.br
Conservação Internacional Brasil
www.conservation.org.br/onde/pantanal
USP São Carlos
www.educar.sc.usp.br/biologia
Instituto Brasileiro de Meio Ambiente
e dos Recursos Naturais Renováveis
www.ibama.gov.br
Ministério do Meio Ambiente
www.mma.gov.br
Ministério das Relações Exteriores
www.mre.gov.br
RENCTAS
Rede Nacional de Combate
ao Tráfico de Animais Silvestres
www.renctas.org.br
Saúde animal
www.saudeanimal.com.br
www.guardioesdabiosfera.com.br
PATROCÍNIO:
Estudando, brincando e crescendo com você
REALIZAÇÃO:
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