CENTRO UNIVERSITÁRIO DO SUL DE MINAS – UNIS-MG CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO ALAN VIEIRA MOLINA DANILO LOPES PORTO JÚNIOR PAULO HENRIQUE SILVA DOMÓTICA: Do Controle ao Desenvolvimento Prático do Projeto Varginha 2006 ALAN VIEIRA MOLINA DANILO LOPES PORTO JÚNIOR PAULO HENRIQUE SILVA DOMÓTICA: Do Controle ao Desenvolvimento Prático do Projeto Projeto de Conclusão do Curso de Ciência da Computação do Centro Universitário do Sul de Minas – UNIS-MG como pré-requisito para obtenção do grau de bacharel, sob orientação do Prof. José Eduardo Silva Gomes. Varginha 2006 FOLHA DE APROVAÇÃO ALAN VIEIRA MOLINA DANILO LOPES PORTO JÚNIOR PAULO HENRIQUE SILVA DOMÓTICA: Do Controle ao Desenvolvimento Prático do Projeto Monografia apresentada ao curso de Ciência da Computação do Centro Universitário do Sul de Minas – UNIS/MG, como pré-requisito para obtenção do grau de bacharel pela Banca Examinadora composta pelos membros: ( ) Aprovado ( ) Reprovado Data / / _________________________________________________________ Profº. Ms. Tomás Dias Sant’Ana _________________________________________________________ Profº. Agnus Azevedo Horta ______________________________________________________ Profº. Orientador José Eduardo Silva Gomes Dedicamos este trabalho a todos aqueles que contribuíram para sua realização e aos nossos familiares em especial. Agradecemos primeiramente a Deus, a nossas famílias pelo amor e empenho para conosco em todas as trajetórias de nossas vidas, pela compreensão que por muitos momentos não pudemos estar presentes como gostaríamos e por entender o significado do estudo e do trabalho em nossas vidas, sobretudo nos apoiando em todas as circunstâncias; um agradecimento especial ao Sebastião Ribeiro Molina que tanto contribuiu e incentivou o nosso projeto! "Quanto melhor é adquirir a sabedoria do que o ouro! e quanto mais excelente é escolher o entendimento do que a prata." (Provérbios 16:16) RESUMO MOLINA, Alan Vieira; PORTO JÚNIOR, Danilo Lopes; SILVA, Paulo Henrique. Domótica: Do Controle ao Desenvolvimento Prático do Projeto. 2006. 61 f. Monografia (Bacharelado em Ciência da Computação) Centro Universitário do Sul de Minas – UNIS-MG, Varginha, 2006. Este trabalho apresenta a implementação de um protótipo de software para controle de automação residencial além da especificação e construção do ambiente prático do projeto, “a casa automatizada”. Apresenta uma análise sobre as funções da Domótica. Nas implementações do protótipo foi desenvolvido um software de controle e configuração das funções automatizadas via porta paralela, e para a construção da maquete do projeto foram desenvolvidos um ambiente característico residencial, funções da Domótica, uma placa de Circuito Eletrônico e especificação dos seus componentes como análise de estudo em Robótica. Sobre o tema da Domótica, o presente trabalho abrange as subáreas de Programação, Robótica e Automação e sobre tudo Informática e Sociedade, na área da Computação. Palavras-chave: Automação Residencial, Componentes Eletrônicos, Domótica, Porta Paralela, Protótipo. LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 2.1 Porta Paralela (Representação da porta-paralela de um computador portátil) 23 Figura 2.2: Conector DB25 fêmea.. 25 Figura 2.3: Conector DB25 macho. 25 Figura 2.4: Esquema de Funcionamento do DB25 no modo Standard Parallel Port (SPP) 26 Figura 2.5: Representação das cores do resistor. 31 Figura 3.1: Representação do Circuito Eletrônico utilizado no projeto. 38 Figura 3.2: Transistores NPN e PNP. 39 Figura 3.3: Circuito aberto (corte) e Circuito fechado (saturado) 39 Figura 3.4: Circuito da abertura do portão eletrônico. 40 Figura 3.5: Circuito do fechamento do portão eletrônico. 41 Figura 3.6: Circuito de acionamento das lâmpadas externas. 41 Figura 3.7: Circuito de acionamento da lâmpada interna.. 42 Figura 3.8: Circuito de acionamento da bomba d’água da piscina.. 42 Figura 3.9: Circuito da câmera (movimento horário) 43 Figura 3.10: Circuito câmera (movimento anti-horário) 43 Figura 3.11: Circuito de acionamento do alarme. 44 Figura 3.12: Circuito do sensor de alarme. 44 Figura 3.13: Tela Principal do Protótipo. 45 Figura 3.14: Ilustração da área mapeada para acionar o comando de abertura do portão 47 Figura 3.15: Ilustração da área mapeada para acionar o comando de fechamento do portão 49 Figura 3.16 região mapeada para acionar o comando de acender as luzes externas da casa 50 Figura 3.17: região mapeada para acionar o comando de apagar as luzes externas da casa 51 Figura 3.18: Ícone de acionamento da luz da sala.. 52 Figura 3.19: Casa com a luz da sala acesa.. 52 Figura 3.20: Ícone de desligar a luz da sala.. 53 Figura 3.21: Casa com a luz da sala apagada.. 53 Figura 3.22: Ícone de acionamento do Chafariz (piscina / cascata) 54 Figura 3.23: Ícone de desligar o Chafariz (piscina / cascata) 55 Figura 3.24: Botão de acionamento da câmera.. 55 Figura 3.25: Botões de giro: Esquerda / Direita.. 55 SUMÁRIO 1. INTRODUCÃO.. 10 1.1 Objetivos. 12 1.1.1 Objetivo Geral 12 1.1.2 Objetivos Específicos. 12 1.2 Estrutura. 12 2 REFERENCIAL TEÓRICO.. 13 2.1 Domótica. 13 2.1.1 Funções Domóticas. 14 2.1.1.1 Função de Gestão. 15 2.1.1.1.1 Gestão de Iluminação. 15 2.1.1.1.2 Gestão da calefação, ventilação e ar condicionado. 15 2.1.1.1.3 Gestão da qualidade do ar 15 2.1.1.1.4 Gestão da funcionalidade dos espaços. 16 2.1.1.2 Função de Controle. 16 2.1.1.2.1 Controle Técnico. 16 2.1.1.2.2 Segurança e tele-transmissão. 17 2.1.1.2.3 Assistência – Saúde. 18 2.1.1.3 Função de Comunicação. 18 2.1.1.3.1 Comunicação – controle. 18 2.1.1.3.2 Comunicação – espaçamento. 18 2.1.1.3.3 Comunicação – serviços. 19 2.1.2 Redes Domóticas. 19 2.2 Delphi 20 2.2.1 Diferenciais do Delphi 20 2.2.2 Justificativa para o uso da linguagem.. 22 2.3 Porta Paralela. 23 2.3.1 Modelos de Porta Paralela. 23 2.3.1.1 Transmissão unidirecional 23 2.3.1.2 Transmissão bidirecional 23 2.3.2 Extensão do cabo paralelo. 24 2.3.3 Endereços da Porta Paralela. 24 2.3.4 Registradores. 25 2.3.5 Conector DB25. 25 2.4 Eletrônica. 27 2.4.1 Histórico da Eletrônica. 27 2.4.2 Circuito Eletrônico. 31 2.4.2.1 Resistores. 31 2.4.2.2 Capacitores. 32 2.4.2.3 Geradores Elétricos. 32 2.4.2.4 Diodo. 32 2.4.2.5 LED.. 33 2.4.2.6 Transistor 34 2.4.2.7 Transistor com Chave. 34 2.4.2.8 Circuito Integrado. 35 2.4.2.9 Motor 35 2.4.2.10 Relê. 36 2.4.2.11 Fotodiodo. 37 3 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS. 38 3.1 Montagem do Circuito Eletrônico.. 38 3.1.1 Funcionamento de cada componente dentro do circuito. 38 3.1.2 Funcionamento do Portão Eletrônico. 40 3.1.3 Acionamento das Luzes Externas da casa. 41 3.1.4 Acionamento da Luz Interna da casa. 42 3.1.5 Controle da Bomba D’água da Piscina / Cascata. 42 3.1.6 Controle da Câmera de Vigilância (Segurança) 43 3.1.7 Sensor do Alarme de Segurança. 44 3.2 Implementação do Software de controle (Protótipo) 45 3.2.1 Abertura do Portão Eletrônico. 46 3.2.2 Fechamento do Portão Eletrônico. 48 3.2.3 Controle das luzes externas. 50 3.2.4 Controle das luzes internas. 51 3.2.5 Controle da Bomba D’água da Piscina / Cascata. 54 3.2.6 Controle da Câmera de Vigilância (Segurança) 55 3.2.7 Sensor do Alarme de Segurança. 56 3.2.8 Botão Reset 58 4 RESULTADOS. 59 5 CONCLUSÕES. 60 6 BIBLIOGRAFIA.. 61 1. INTRODUCÃO De início surgiu a automação industrial, definindo automação como a tecnologia que se ocupa da utilização de sistemas mecânicos, eletrônicos e computacionais na operação e controle de produção. Posteriormente veio a automação de edifícios comerciais, direcionadas as áreas patrimonial e institucional. Recentemente, a automação ganha uma nova modalidade, a automação residencial, um novo mercado recentemente chegado ao Brasil, emergente, promovendo soluções interessantes voltadas à prestação de serviços ao usuário doméstico. A domótica, assim tratada a modalidade de automação residencial, é tida hoje pelo usuário como símbolo de luxo (status) e modernidade. Em um segundo momento, destaca-se o conforto e as facilidades convenientes a cada execução de um comando para executar uma função relacionada a alguma atividade, motivada pela necessidade do usuário. Por fim, torna-se um aparato de soluções para situações cotidianas, maximizando tempo, promovendo todos os benefícios anteriores, mas ligada diretamente à segurança física dos habitantes e do patrimônio (lar). O objetivo da automação residencial é integrar iluminação, entretenimento, segurança, telecomunicações, condicionamento de ar, controle de caixas d’água, sistemas de jardim e irrigação, “inteligentes”, programáveis e centralizado. Por meio da construção de um protótipo de software, capaz de controlar e configurar funções de domótica a partir de um computador, o presente trabalho trás uma exemplificação que podemos chamar de real, propõe a construção de uma maquete de uma casa, contendo as possíveis funções de automação. A abrangência do tema automação, robótica, eletrônica, computação, bem como tendências mercadológicas na esfera tecnológica, faz despertar o interesse pela pesquisa sobre o tema, como elo de aproximação das ciências envolvidas. Contudo, o desenvolvimento e implementação de rotinas e funções ligadas ao tema domótica, justificam-se como um laboratório de estudo na construção e manipulação de componentes eletrônicos, utilizados na Robótica e Automação que, integrados a Programação, sobretudo via porta paralela, utiliza uma linguagem de programação de essência acadêmica, propositalmente, promovendo interação entre tecnologia e as atividades ligadas ao nosso cotidiano. 1.1 Objetivos 1.1.1 Objetivo Geral O objetivo deste trabalho é desenvolver um software protótipo, para controle e monitoração das atividades residenciais, bem como construção de um ambiente real, automatizado para exemplificação destas rotinas (uma maquete). 1.1.2 Objetivos Específicos • Desenvolver um software simulador das funções para o ambiente residencial. • Controlar e monitorar objetos e funções de uma residência via computador, tais como: abertura de portas (garagem), iluminação interna e externa da casa, irrigação de jardins (piscinas) e dispositivos de segurança. • Construir um ambiente de exemplificação real para as funções de domótica, fazendo alusão às diversas aplicações possíveis da automação no contexto residencial. • Criar a placa, manipular os componentes eletrônicos, também utilizados na Robótica e Automação de uma forma geral, como apoio a pesquisa e estudo do tema. 1.2 Estrutura O presente trabalho está dividido em cinco capítulos, distribuído por: Referencial Teórico, contendo os assuntos e temas relacionados no desenvolvimento do projeto de conclusão do curso (PCC) e suas esferas do conhecimento; Atividades Desenvolvidas, descrevendo o desenvolvimento do projeto e seu andamento; Recursos Necessários; Resultados, apontando os resultados obtidos, os possíveis não atingidos e a sua exatidão dentro do planejado; e por fim; Conclusão. 2 2.1 REFERENCIAL TEÓRICO Domótica Domótica é a integração de tecnologias e serviços, aplicadas a lares, escritórios e pequenos prédios, com o objetivo de automatizar e obter maior conforto e comodidade, comunicação, economia de energia e aumento da segurança. A origem do termo domótica, vem da difusão da palavra latina domus (casa), com a palavra telemática (sobretudo robótica). Foi adotado na Europa para designar o campo de aplicação tecnológica que visa a integração do espaço arquitetônico, da informática e das telecomunicações; já nos Estados Unidos e Japão adotou-se a expressão “intelligent building”. Outro sinônimo para a expressão, é casa inteligente (smart house), no entanto para este trabalho utilizaremos o termo domótica. “O objetivo da automação residencial é integrar iluminação, entretenimento, segurança, telecomunicações, condicionamento de ar, e muito mais através de um sistema inteligente, programável e centralizado. Pode ser feito de três formas: Sistemas interligados pela própria rede elétrica existente, sendo bastante precário, devido a grande instabilidade da rede. Sistemas integrados por um controle remoto universal, possibilitando o controle de qualquer equipamento dotado de controle remoto por infravermelho. Sistemas integrados por central de automação, este é o sistema mais avançado e que tem a maior autonomia e depende de um projeto específico" (CORCUERA CAVALCANTI, 2006). Conforme Breternitz (2001), as primeiras aplicações domóticas utilizavam sensores e atuadores (dispositivos que alteravam os parâmetros em função de informações captadas pelos sensores), que numa arquitetura centralizada eram ligados a um controlador onde estava a inteligência necessária. Geralmente eram sistemas proprietários, pouco flexíveis, e principalmente caros. Segundo Angel (1993, p.43), a domótica é um novo domínio de aplicação tecnológica, tendo como objetivo básico melhorar a qualidade de vida, reduzindo o trabalho doméstico, aumentando o bem estar e a segurança de seus moradores e visando também a utilização racional e planejada dos diversos meios de consumo. A domótica procura uma melhor integração através da automatização nas áreas de segurança, comunicação, e de controle e gestão de fluídos. Esta proposta integradora busca dar resposta às necessidades do homem, que podem ser agrupadas em três grupos: a) b) As necessidades de segurança: estão relacionadas com: • A qualidade do ar; • A prevenção de acidentes físicos e materiais, • Assistência à saúde, • A segurança contra intrusos. As necessidades de conforto ambiental: implicam na criação de um meio ambiente agradável: c) • Conforto térmico, • Conforto acústico, • Conforto visual, • Conforto olfativo, • Conforto espacial. As necessidades de conforto de atividades: vêm facilitar os hábitos cotidianos: 2.1.1 • Para dormir, • Para alimentar-se, • Para cuidar-se, • Para manutenção (dos locais e dos materiais), • Para comunicar-se, • Para entreter-se (divertir-se), • Para trabalhar. Funções Domóticas Segundo Angel (1993), as funções de domótica nos permitem satisfazer a um número considerável das necessidades (citadas anteriormente). É definido, três classes expressivas de funções, segundo o tipo de “serviço” a que elas se dirigem, as quais se dividem em sub-funções, analisadas por: 2.1.1.1 Função de Gestão Essa função tem áreas comuns a função de controle. A função de gestão tem por objetivo automatizar em certo número de ações sistemáticas. As automatizações se realizam segundo uma programação, um controle dos consumos e uma manutenção. As ações sistemáticas dessa função se relacionam principalmente com o conforto. (ANGEL, 1993, p. 48). 2.1.1.1.1 Gestão de Iluminação Segundo Angel (1993), a gestão de iluminação fornece um dos primeiros elementos voltados ao conforto, adequado ao ambiente segundo a necessidade de cada usuário de acordo com a idade, capacidades físico-motoras, uso dos espaços ao longo do dia, repercussão sobre a ocupação dos espaços. A otimização do uso e economia de eletricidade é outro aspecto importante desta sub-função, sem deixar de lado o conforto dos usuários. Como serviços auxiliares podem-se citar a temporização, a variação de intensidade, o acendimento e apagamento automático programado, comandado à distância ou por comando de voz. 2.1.1.1.2 Gestão da calefação, ventilação e ar condicionado Permite ao usuário medir e controlar a calefação, as cargas elétricas e seu próprio conforto. Teve um grande impulso com a evolução dos sensores e com a necessidade de racionalização de energia. Entre os confortos gerados por esta gestão, pode-se citar a otimização em relação ao meio externo; a auto-adaptação em relação aos equipamentos; a gestão, ambiente por ambiente. Sob o aspecto dos requisitos possíveis, podemos citar o controle a distância, passagem automática do regime conforto para o regime redução no caso da ausência de indivíduos, dentre outras. (ANGEL, 1993, p. 5152). 2.1.1.1.3 Gestão da qualidade do ar Segundo Angel (1993), a domótica pode controlar o ar do ambiente, a temperatura e umidade e também verificar a existência de gases tóxicos como o gás de cozinha. 2.1.1.1.4 Gestão da funcionalidade dos espaços Tem como objetivo, flexibilizar o ambiente quando houver modificações nos grupos familiares, novos modos de vida e adaptação a novas necessidades. Visa permitir futuras atualizações nos sistemas atuais, instalação de novos sistemas, interconexões, permitindo a evolução das necessidades do usuário. (ANGEL, 1993, p.54). Nota-se que o projeto deve garantir as adaptações a novos equipamentos no futuro, levando em conta a estrutura do ambiente, é como se fosse pensar em cabeamento estruturado na disciplina de redes de computadores, porém, com tetos e pisos flexíveis, ou outras façanhas arquitetônicas, fomentada pela tecnologia. Os requisitos básicos que a gestão de funcionalidades de espaços deve atender são: • Aumentar a produtividade e a segurança, • Empregar todos os recursos de forma mais eficiente possível, • Ter flexibilidade para novas e eventuais necessidades de uso. 2.1.1.2 Função de Controle Conforme Angel (1993, p. 55), a função de controle dá ao usuário, por um lado, informações sobre o estado de funcionamento dos equipamentos e das instalações que os integram; e por outro lado, criam um registro dos diversos parâmetros e eventualmente, induzem os comandos corretivos. Para tanto ele conta com controles instantâneos e memorizados. Essa função tem por objetivo atuar sobre os dispositivos de regulagem das instalações, com a finalidade de que as tarefas programadas sejam respeitadas. As funções de controle associadas com um algoritmo ou com uma unidade de tratamento da informação conduzirão às funções de comando. 2.1.1.2.1 Controle Técnico Segundo Angel (1993, p. 56), o controle técnico visa auxiliar o usuário a fazer o uso dos equipamentos, dispositivos e instalações mais confiáveis e também prover autodiagnóstico dos mesmos , o que permite, entre outros temas, programar os gastos. Está sub-função é responsável por controlar os diferentes equipamentos e eletrodomésticos, as diferentes redes de alimentação, os diferentes fluídos utilizados na casa, a presença de intrusos e os parâmetros fundamentais para verificação do estado de saúde dos membros da família, etc. Os valores apresentados devem ser extremamente confiáveis, para que possam ser utilizados como assistências ao usuário, como também ser ergonômica para atender todas as idades dos usuários. Como exemplo de controles técnicos, temos: • Recepção de mensagens de mau funcionamento de equipamentos e instalações em um monitor de TV ou do outro indicador de controle; • Centralização do estado de sistemas em pequenos ou grandes painéis que indicam portas e persianas abertas, luzes acesas, etc.; • Desligamento seletivo de cargas para evitar sobrecargas nos sistemas; • Informações de consumo de água, gás e eletricidade e os custos dos mesmos; • Comandos únicos que atuam sobre diversos equipamentos. Por exemplo, uma saída de férias: cortar o fornecimento de água e gás, desligar as luzes, ativar o sistema de alarme, fechar as cortinas, etc.; 2.1.1.2.2 Segurança e tele-transmissão Segundo Angel (1993, p. 58), a domótica tem como preocupação prioritária a segurança, pois está associada aos bens materiais, incluindo a prevenção de intrusos, incêndios e acidentes domésticos. O sistema tem que set confiável, evitando com isso falsos alarmes e se der fácil manuseio para todos os membros da família. São responsabilidades desta sub-função: • Controle de acesso; • Detecção de incêndio; • Detecção de fuga de gás e água; • Detecção de intrusos; • Tele-vigilância; • Tele-assistência. 2.1.1.2.3 Assistência – Saúde Esta sub-função, permite ao usuário a conexão através de um computador pessoal com centros de assistências médicas, que asseguram o controle e acompanhamento da evolução de casos graves de doença ou por motivo de acidentes (ANGEL, 1993, p. 60). 2.1.1.3 Função de Comunicação Segundo Angel (1993), uma característica possibilitada pela comunicação é a interatividade. Através desta é permitido o telecomando e a programação para que os sistemas envolvidos obedeçam a uma certa padronização. A função de comunicação pode ser classificada por dois ângulos: a comunicação sem significados, por exemplo, sinais de áudio e vídeo, aonde se busca a maior fidelidade possível; e a comunicação onde visa-se intercâmbio de informações de controle do ambiente (ANGEL, 1993, p. 62). 2.1.1.3.1 Comunicação – controle Com a utilização de Rede Digital de Serviços Integrados (RDSI), que utiliza uma técnica comum para serviços de voz, texto, dados e imagens, a função de controle pode realizar sua função principal, interligar os vários dispositivos entre si e com o operador do sistema. Além dos serviços já citados, esta rede disponibiliza também a troca de comando entre vários equipamentos e o operador (ANGEL, 1993, p. 64). 2.1.1.3.2 Comunicação – espaçamento Segundo Angel (1993, p. 65-66), dentre os serviços oferecidos por esta subfunção, pode-se citar a possibilidade do relacionamento da família com o ambiente externo e os serviços coletivos dos imóveis. Para realização destes serviços coletivos tem-se a necessidade de interconectar os aparelhos de áudio e vídeo-comunicação da casa, fazendo-os comunicarem entre si, permitindo assim um melhor serviço de som e imagem, aumentando o conforto. 2.1.1.3.3 Comunicação – serviços Conforme Angel (1993, p. 67), esta sub-função visa a conexão da rede interna de áudio e vídeo com uma rede exterior, podendo esta ser pública ou privada. Nos objetivos deste serviço estão incluídos: o tele-trabalho, a tele-educação, telemantimento, a tele-vigilância-assistência. 2.1.2 Redes Domóticas A rede domótica é o elemento principal de todo o sistema domótico. A rede domótica, ou em outros termos, o cabeamento é o que permite realizar uma comunicação entre os diferentes aparatos conectados à rede e é indubitavelmente o instrumento essencial em que se baseia a domótica. As redes destinadas aos edifícios inteligentes se baseiam em aplicações, onde uma rede separada e independente é utilizada para cada função. É assim que existem redes destinadas à segurança, à detecção de incêndios, ao controle de acessos, à climatização, à informática, etc. As redes domóticas são, em termos gerais, redes polivalentes que permitem realizar diferentes funções a fim de simplificar a complexidade da instalação da rede. A mesma rede domótica assegura, por exemplo, as funções de segurança, conforto e gestão técnica. A rede pode estar constituída de um ou vários suportes de comunicação de acordo com as funções que esse sistema domótico realiza (ANGEL, 1993, p. 112). 2.2 Delphi Delphi é um “compilador e uma IDE¹ para o desenvolvimento de softwares. Ele é produzido pela Borland Software Corporation (por algum tempo chamada Inprise). A linguagem utilizada pelo Delphi, o Object Pascal (Pascal com extensões orientadas a objetos) a partir da versão 7 passou a se chamar Delphi Language. O Delphi originalmente direcionado para a plataforma Microsoft Windows, agora desenvolve aplicações nativas para Linux com o Kylix, e para o Microsoft .NET framework em suas versões mais recentes” (WIKIPEDIA, 2006). O Delphi “é uma ferramenta RAD (Rapid Application Development), baseada em Object Pascal, que pode ser utilizada tanto para o desenvolvimento de aplicações cliente/servidor quanto para aplicações de uso genérico, como editores de textos, planilhas eletrônicas, etc. Portanto, quem já conhece Pascal, uma linguagem muito difundida nos meios acadêmicos, aprende Delphi com maior facilidade. Quem ainda não a conhece terá que aprendê-la para programar em Delphi” (MARTINS, 1996). 2.2.1 Diferenciais do Delphi Algumas das características que a Borland divulga como diferenciais do seu produto em relação aos concorrentes são as seguintes: • Possui o compilador mais rápido e otimizado de todas as ferramentas; • Gera executáveis, sem a necessidade da utilização de bibliotecas RunTime para a distribuição de aplicações. A conseqüência disto é uma performance muito superior às outras ferramentas; • Possibilita a criação de componentes nativos, ou seja, permite que façamos extensões ao próprio Delphi; • É uma ferramenta two-way, isto é, cada componente visual é implementado através de um conjunto de linhas de código Object Pascal e esses dois elementos, componente visual e linhas de código, estão intimamente relacionados, de tal forma que uma alteração em qualquer um deles se reflete no outro; ¹ IDE: Integrated Development Environment (Ambiente de Desenvolvimento Integrado), “é um programa de computador que reúne características e ferramentas de apoio ao desenvolvimento de software com o objetivo de agilizar este processo” (WIKIPÉDIA, 2006). • A linguagem possui mecanismos especiais para exception handling (manipulação de exceção), o que permite a criação de aplicações mais robustas; • Excelente conectividade com bancos de dados, através do Borland Database Engine (BDE); • É totalmente orientada a objetos. Segundo Martins (1996), existem três versões disponíveis do Delphi: Desktop, Developer e Client/Server. A versão Desktop inclui os seguintes softwares: o compilador Delphi; o Delphi IDE, que é um ambiente integrado para desenvolvimento, teste e depuração de aplicações; o Borland Database Engine (BDE) que inclui DBase, Paradox e suporte a ODBC; a Visual Component Library (VCL) com mais de 90 componentes; o Database Desktop que permite criar, visualizar, classificar, modificar e consultar tabelas de dados de diversos formatos, incluindo Paradox, DBase e SQL; e o Database Explorer que é um browser hierárquico de banco de dados, com capacidade de visualizar esquemas de banco de dados, criar, visualizar e editar dados em tabelas, criar e manter alias, executar comandos SQL, criar e manter dicionário de dados. Neste contexto, um alias é um nome que identifica onde estão armazenados os objetos de um banco de dados. Esse nome pode apontar para um diretório (bancos de dados DBF e Paradox), ou para um servidor de banco de dados. A versão Developer contém tudo o que a Desktop contém, mais os seguintes produtos: o código fonte da VCL; o InstallShield Express, uma ferramenta para criar software de instalação; o Local Interbase Server que é o sistema gerenciador de banco de dados relacional da Borland; o ReportSmith, um poderoso gerador de relatórios, com conexão para bancos de dados PC (DBase e Paradox); interface para o software PVCS da Intersolv, o qual se destina ao gerenciamento de trabalho em equipe; OCX de exemplo para criar gráficos, verificação ortográfica, etc. A versão Client/Server inclui tudo o que foi listado anteriormente, mais os seguintes produtos: drivers SQL Link nativos para Oracle, Sybase, Interbase e SQL Server; SQL Database Explorer; ReportSmith com conexões para bancos de dados padrão SQL; Visual Query Builder, uma ferramenta visual que auxilia a construção de comandos SQL; Data Pump Expert, uma ferramenta usada para realizar migração de bases de dados; o servidor de banco de dados Interbase para Windows NT, com licença para 2 usuários; o software PVCS da Intersolv. Com relação à geração de relatórios, o Delphi possui duas alternativas de solução. A primeira é um conjunto de componentes da própria linguagem, que podem ser arrastados para um formulário drag-and-drop e formatados, conforme a necessidade do usuário. Esse conjunto de componentes chama-se QuickReports. A vantagem da sua utilização é que a geração do relatório também é transformada em código de máquina, o que garante excelente performance durante a sua execução. A desvantagem é que a segunda alternativa é mais amigável. Essa segunda alternativa é um produto completo, chamado ReportSmith. Originalmente, esse gerador de relatório não era da Borland. Ele foi comprado por ela e integrado ao IDE. A desvantagem do ReportSmith é que ele exige um RunTime. Outra característica que chama a atenção no Delphi é o fato de que a VCL (Visual Component Library) é aberta, ou seja, quando um determinado componente da linguagem não atende exatamente as nossas expectativas, podemos personalizá-lo, alterando diretamente seu código fonte. 2.2.2 Justificativa para o uso da linguagem A linguagem escolhida para desenvolver o protótipo de controle foi o Delphi. Por ser largamente utilizada para o desenvolvimento de aplicações Desktop e aplicações multi camadas (cliente/servidor), o Delphi é também, compatível com os bancos de dados mais conhecidos no mercado, contendo grande quantidade de componentes prontos em sua biblioteca, facilitando o uso e aprendizado. Possui grande velocidade de execução de código, é uma linguagem totalmente orientada a objetos e ainda tem por origem, a linguagem Pascal, conhecida também por ser uma linguagem acadêmica. 2.3 Porta Paralela A porta paralela “é uma interface² de comunicação entre um computador e um periférico. Quando a IBM® criou seu primeiro Computador Pessoal (PC), a idéia era conectar a essa porta uma impressora, mas atualmente, são vários periféricos que se podem utilizar desta conexão para enviar e receber dados para o computador (exemplos: scanners, câmeras de vídeos, unidade de disco removível entre outros)” (WIKIPÉDIA, 2006). “A partir do sistema operacional Windows 95, tornou-se possível efetuar comunicações entre dois computadores, através da porta paralela, usando um programa nativo chamado "comunicação direta via cabo". Esta rede pode ser implementada, utilizando um cabo DB25, conectado entre os dois computadores. É no entanto necessária uma configuração específica nos cabos para que a rede possa funcionar corretamente” (WIKIPÉDIA, 2006). Figura 2.1 Porta Paralela (Representação da porta-paralela de um computador portátil) 2.3.1 Modelos de Porta Paralela 2.3.1.1 Transmissão unidirecional A porta paralela Standard Parallel Port (SPP) pode chegar a uma taxa de transmissão de dados a 150KB/s. Comunica-se com a Unidade Central de Processamento (CPU) utilizando um barramento (BUS) de dados de 8 bits. Para periféricos de dados entre periféricos são usados 4 bits por vez. 2.3.1.2 Transmissão bidirecional A porta avançada Enhanced Parallel Port (EPP) chega a atingir uma taxa de transferência de 2 MB/s. Para atingir essa velocidade, será necessário um cabo especial. ² Interface: Em ciência da computação, interface é um “contrato” que determina a forma de comunicação entre componentes e software. Comunica-se com a CPU utilizando um BUS de dados de 32 bits. Para transmissão de dados entre periféricos são usados 8 bits por vez. A porta avançada Enhanced Capabilities Port (ECP), tem as mesmas características que a EPP, porém, utiliza acesso direto à memória (DMA), sem a necessidade do uso do processador, para a transferência de dados. Utiliza também um buffer³ first in first out (FIFO) de 16 bytes. 2.3.2 Extensão do cabo paralelo A extensão do cabo para interligar um computador a um periférico, é de no máximo 8m. Na prática, utiliza-se um cabo com extensão menor. Quanto maior a extensão do cabo, maior é a interferência na transmissão dos dados. 2.3.3 Endereços da Porta Paralela O computador nomeia as Portas Paralelas, chamando-as de LPT1, LPT2, LPT3 etc, mas, a Porta física padrão de seu computador é a LPT1, e seus endereços são: 378h (para enviar um byte de dados pela Porta), 378+1h (para receber um valor através da Porta) e, 378+2h (para enviar dados). Às vezes pode está disponível a LPT2, e seus endereços são: 278h, 278+1h e 278+2h, com as mesmas funções dos endereços da porta LPT1 respectivamente. (ROGERCOM, 2006). Para a Porta LPT1, temos o endereço de memória: 0000:0408, endereço da Porta: 378 (hexadecimal), 888 (decimal), descrição: Endereço base. Para a Porta LPT2, temos o endereço de memória: 0000:040ª, endereço da Porta: 278 (hexadecimal), 632 (decimal), descrição: Endereço base. Nome da Porta Endereço de Memória Endereço da Porta Descrição LPT1 0000:0408 378 hexadecimal 888 decimal Endereço base LPT2 0000:040A 278 hexadecimal 632 decimal Endereço base ³ Buffer: Uma região da memória temporária utilizada para escrita e leitura de dados. Os dados podem ser originados de dispositivos (ou processos) externos ou internos ao sistema. 2.3.4 Registradores Na utilização da porta paralela conectada a uma impressora, os endereços terão nomes sugestivos: Nome Endereços LTP1 Endereços LTP2 Descrição Registro de Dados 378h 278h Envia um byte para a impressora Registro de Status 379h 279h Ler o Status da Impressora Registro de Controle 37Ah 27Ah Envia dados de controle para a impressora 2.3.5 Conector DB25 O DB25 é um conector que fica na parte de trás do gabinete do computador, e é através deste, que o cabo paralelo se conecta ao computador para poder enviar e receber dados. No DB25, um pino está em nível lógico 0 quando a tensão elétrica no mesmo está entre 0 à 0,4v. Um pino se encontra em nível lógico 1 quando a tensão elétrica no mesmo está acima de 3.1 e até 5v. (ROGERCOM, 2006). Figura 2.2: Conector DB25 fêmea Figura 2.3: Conector DB25 macho A porta paralela é composta de cinco entradas, em modo padrão, para recebimento de sinais do mundo externo, dos eventos capturados, para dentro do protótipo controlador. Elas são usadas para sabermos se um sensor está ativo ou não, no disparo de alarmes, etc. As cinco entradas através do conector usado, o DB25, são: Ack no pino 10, Busy no pino 11, Peper end no pino 12, Slct out no pino 13 e Error no pino 15, podemos notar que a seqüência não é perfeita, pula-se o pino 14 que é uma saída, a Auto feed. Figura 2.4: Esquema de Funcionamento do DB25 no modo Standard Parallel Port (SPP) 2.4 Eletrônica Eletrônica é o campo da ciência e da engenharia que trata dos dispositivos eletrônicos e de sua utilização. É a parte da física que estuda e utiliza as variações de grandezas elétricas para captar, transmitir e processar informações. Trata dos circuitos elétricos e instrumentos constituídos por válvulas termiônicas, dispositivos semicondutores (tais como transistores, termitores e circuitos integrados), tubos de raios catódicos e outros componentes, entre os quais aqueles baseados no efeito fotoelétrico (células fotoelétricas, válvulas fotomultiplicadoras, etc..). 2.4.1 Histórico da Eletrônica A origem dos aparelhos eletrônicos remonta às pesquisas de Thomas Alva Edison, que em 1883 descobriu o que chamamos hoje de "Efeito Edison", ou efeito termiônico. Ele demonstrou a formação de uma corrente elétrica fraca no vácuo parcial entre um filamento aquecido e uma placa metálica. A corrente era unidirecional e cessava se a polaridade do potencial entre o filamento e a chapa fosse invertida. Ficou comprovado que os transmissores da eletricidade estavam eletrizados. Mais tarde, estes transmissores receberam o nome de elétrons. Em 1887, Heinrich Hertz, durante as suas experiências com arcos voltaicos, observou que a luz emitida durante a descarga de alta voltagem de um arco elétrico influía consideravelmente na descarga produzida por outro arco menor, colocado diante dele. No momento em que o menor deixava de receber a luz da descarga do maior, produzia-se uma faísca muito mais curta do que enquanto iluminado. Iniciou-se assim o estudo da Fotoeletricidade. Em 1888, William Hallwachs demonstra que um eletroscópio com esfera de zinco perde sua carga negativa se a esfera for exposta à luz ultravioleta. O fenômeno tornou-se conhecido como "Efeito Hallwachs" e determinou serem negativas (elétrons) as cargas emitidas pela esfera de zinco sob a ação do ultravioleta. Elster e Geitel, ambos físicos alemães, estudam o fenômeno e observam (1889) que os metais alcalinos sódio e potássio emitem elétrons também sob influência da luz comum. Trabalharam juntos pesquisando a ionização da atmosfera e o efeito fotelétrico. Descobriram em 1899 o fenômeno da descarga de um eletroscópio na proximidade de um radioelemento e enunciaram, em decorrência dessa observação, a Lei do Decrescimento Radioativo. Construíram a primeira célula fotoelétrica de utilização prática (1905) de elementos alcalinos; criaram o primeiro fotômetro fotoelétrico e um transformador Tesla. Em 1897, J.A. Fleming, físico inglês, faz a primeira aplicação prática do "Efeito Edison". É considerado um dos pioneiros da radiotelegrafia. Usa a propriedade unidirecional da corrente movida a elétrons para criar um detector de sinais telegráficos. A válvula de Fleming é a origem do tubo diodo (1904). Esse aparelho foi a origem de todas as válvulas utilizadas em telecomunicações. Criou também um ondímetro, um amperímetro térmico para correntes de alta freqüência e um manipulador de indução variável . Deve-se a ele a regra, hoje clássica, dos "três dedos", que dá o sentido das forças eletromagnéticas. Essa regra é usada para a determinação do campo magnético, a partir do produto vetorial da carga e do campo elétrico. Lee de Forest, inventor norte-americano, se lançou à promoção da radiocomunicação, organizando uma companhia telegráfica. Fracassou nessa primeira tentativa. Em 1906 inventa a lâmpada de três eletrólitos ou tríodo. Acrescenta um terceiro eletrólito (grade) à válvula de Fleming. A utilidade dessas válvulas como geradores, amplificadoras e detectoras, foi aos poucos impondo-se. Em 1910, transmitiu a voz do maior tenor de todos os tempos, Caruso. Mas só com a primeira Guerra Mundial sua invenção tornou-se amplamente utilizada e foi produzida em larga escala. Inventou também, o fonofilme, aparelho precursor na indústria do sistema falado. Jonathan Zenneck, físico alemão, contribuiu para o desenvolvimento na radiotelefonia e das técnicas de alta frequência na Alemanha. Inventou o medidor de ondas elétricas (1899) e um processo para multiplicação das frequências (1900). Em 1905 desenvolve o Tubo de Braun e cria o osciloscópio catódico, origem dos cinescópios dos atuais aparelhos de televisão. Data de 1907 sua teoria da difusão das ondas elétricas. Depois da Segunda Guerra Mundial, construiu a primeira estação ionosférica alemã. Edwin Howard Armstrong, engenheiro eletrônico norte-americano, tem como invenções no campo da radiotelefonia: o circuito regenerativo (1912), o circuito super-heteródino (1918) e o circuito super-regenerativo (1920). Desenvolveu um sistema radiofônico de frequência modulada, diminuindo as interferências nas transmissões e aumentando o nível de som. A partir das invenções de Vladimir Zworykin, engenheiro e inventor russo, que se desenvolveu todo o sistema eletrônico da televisão moderna. É o primeiro a conseguir transformar uma imagem em uma corrente elétrica. Teve como importante trabalho a aplicação da eletrônica à medicina. Inventor do iconoscópio, ponto de partida para o sistema de televisão, colaborou na elaboração de outros equipamentos eletrônicos, como o microscópio eletrônico. Sir Robert Alexander Watson-Watt, físico escocês, concebeu um sisema de detecção de um objeto e de medida da distância por intermédio de ondas eletromágnéticas (1925). Dessa forma nasceu o RADAR (RAdio Detection And Ranging), cujas primeiras estações foram instaladas na Inglaterra. Nos anos seguintes os aparelhos que produzem e detectam ondas eletromagnéticas sobretudo curtas e ultra curtas - são desenvolvidos e as teorias de modulação aprofundadas. Em 1927 Carson empreende estudos matemáticos relativos ao transporte de um sinal por uma corrente elétrica portadora (modulação). A modulação de freqüência é prevista por Armstrong em 1928. A modulação de uma mesma onda portadora por várias comunicações telefônicas simultâneas permite o surgimento da técnica das comunicações múltiplas com um mesmo suporte material, colocando o telefone à disposição do grande público. Blumldin e Schönberg desenvolvem em 1930 um sistema comercial para tratar a imagem elétrica produzida pelo tubo de Zworykin para permitir o transporte à distância e a reconstituição local. Manfred Barthélemy, físico francês, é considerado um dos criadores da televisão na França. Dedicou-se primeiro à criação de aparelhos de medição, e depois à radiofonia. Durante a Primeira Guerra Mundial, construiu instrumentos emissores e participou da instalação do centro de comunicação na Torre Eiffel. Interessou-se em seguida pela televisão, aperfeiçoando o dispositivo do escocês John Baird, e foi encarregado de uma emissão regular de TV em 1935. Por ocasião da Segunda Guerra Mundial, realizou pesquisas sobre radares. Mais tarde, criou o isoscópio, um tubo aperfeiçoado para a TV. Manfred e René elaboraram a transformação da imagem elétrica em imagem lumisosa. Câmaras, amplificadores, geradores de sinais de imagem, sinais de linha, sinais de sincronização, multiplicadores de frequência são desenvolvidos e produzidos. Apesar do desenvolvimento de computadores digitais estar enraizado no ábaco e em outros instrumentos de cálculo anteriores, foi creditado a Charles Babbage o design do primeiro computador moderno. O primeiro computador totalmente automático foi o Mark I, ou Automatic Sequence Controlled Calculator, iniciado em 1939 na Universidade de Harvard, por Howard Aiken, enquanto o primeiro computador digital eletrônico, Electronic Numeral Integrator and Calculator (ENIAC) - que usava centenas de válvulas eletrônicas, foi completado em 1946, na Universidade da Pensilvânia. O Universal Automatic Computer (UNIVAC) se tornou em 1951 o primeiro computador a lidar com dados numéricos e alfabéticos com igual facilidade. Também foi o primeiro computador disponível comercialmente, usado no censo americano da década de 50. Os computadores de primeira geração foram suplantados pelos transistorizados, entre o fim da década de 50 e início da década de 60. Esses computadores de segunda geração já eram capazes de fazer um milhão de operações por segundo. Por sua vez, foram suplantados pelos computadores de terceira geração, com circuitos integrados, de meados dos anos 60 até a década de 70. A década de 80 foi caracterizada pelo desenvolvimento do microprocessador e pela evolução dos minicomputadores, microcomputadores e computadores pessoais, cada vez menores e mais poderosos. Um circuito integrado consiste de muitos elementos, como transistores e resistores fabricados em uma mesma peça de silício ou outro material semicondutor. O pequeno microprocessador é o coração de um computador pessoal (PC). Ele contém muitos milhões de transistores, e pode executar até 100 Milhões de Instruções por Segundo. As filas de pinos (pernas) são usadas para conectar o microprocessador à placa de circuitos. Os aparelhos eletrônicos são capazes de medir, controlar, comandar e regular diversas operações. Destacamos o microscópio eletrônico, os contadores e detetores de partículas, os aceleradores, radiotelescópios, o eletroencefalógrafo, o eletrodiógrafo, os computadores, etc. Existem aparelhos eletrônicos para melhorar a audição e regular o batimento cardíaco (marcapassos). O rádio e o radar aumentaram a segurança dos transportes. Computadores eletrônicos, que realizam cálculos e operações das mais complexas e variadas com uma rapidez espantosa, são usados tanto por bancos, indústrias, repartições públicas, universidades ou em mesmo casa, no mundo inteiro. O estudo de harmônicos possibilitou o desenvolvimento de sistemas de comunicação mais modernos e eficientes BERTULANI (2005). 2.4.2 Circuito Eletrônico É associação de componentes elétricos com a finalidade de transmitir controladamente a potência elétrica que lhes é aplicada. Os constituintes elementares dos circuitos elétricos são chamados de componentes. São eles: 2.4.2.1 Resistores Resistores elétricos são componentes eletrônicos cuja finalidade é oferecer oposição à passagem de corrente elétrica através de seu material. A essa oposição é dado o nome de "Resitência Elétrica". Os Resistores podem ser Fixos ou Variáveis. Os Fixos são Resistores cuja resistência elétrica não pode ser alterada (apresentam dois terminais), já os Resistores Variáveis são aqueles cuja resistência elétrica pode ser alterada através de um eixo ou curso (Reostato, Potenciômetro). Os resistores são identificados através de um código de cores, onde cada cor e sua posição no corpo dos resistores representam um valor ou um fator multiplicativo. Figura 2.5: Representação das cores do resistor COR 1ºALGARISMO 2 ºALGARISMO FATOR MULTIPLICATIV O TOLERÂNCIA PRETO - 0 10exp0 - MARROM 1 1 10exp1 1% VERMELHO 2 2 10exp2 2% LARANJA 3 3 10 exp3 - AMARELO 4 4 10 exp4 - VERDE 5 5 10 exp5 - AZUL 6 6 10exp6 - VIOLETA 7 7 - - CINZA 8 8 - - BRANCO 9 9 - - OURO - - 10exp-1 5% PRATA - - 10exp-2 10% 2.4.2.2 Capacitores Capacitores são dispositivos que armazenam energia elétrica na forma de campo elétrico, gerado pelas cargas armazenadas em suas armaduras. Forma-se então uma diferença de potencial (ddp) entre as armaduras. Esta ddp muda, sempre que a quantidade de cargas armazenadas é alterada. Esse movimento de cargas, para dentro e para fora das armaduras do capacitor, pode constituir uma corrente elétrica. Existe uma interdependência entre a variação da tensão e a corrente que atravessa o capacitor. 2.4.2.3 Geradores Elétricos São dispositivos capazes de transmitir uma ddp, para isso é necessário que exista alguma transformação. Por exemplo, de mecânica para elétrica; de química para elétrica. 2.4.2.4 Diodo Diodo semicondutor é um dispositivo ou componente eletrônico composto de cristal semicondutor de silício ou germânio numa película cristalina cujas faces opostas são dopadas por diferentes gases durante sua formação. É o tipo mais simples de componente eletrônico semicondutor, usado como retificador de corrente elétrica, tanto pode ser em estado sólido quanto termiônico.A dopagem do díodo semicondutor Após dopadas, cada face terá uma determinada característica diferente da oposta, gerando regiões de condução do cristal, uma com excesso de elétrons (elétrons), outra com falta destes (lacunas), e entre ambas, haverá uma região de equilíbrio por recombinação de cargas positivas e negativas, chamada de barreira de potencial. A camada onde prevalecem as cargas negativas é chamada de região N (Catodo), pois existe um excesso de elétrons disponíveis para a condução ("N" quer dizer maioria negativa.). A camada onde não existem as cargas negativas é chamada de região P (Anodo), pois não existem elétrons em abundância, ao contrário, existe sua falta, portanto convencionou-se a falta de elétrons com o termo lacuna ("P" quer dizer maioria positiva, carga igual e oposta ao elétron). Da mesma forma que os elétrons se movimentam, as cargas positivas ou lacunas por convenção também o fazem. Entre as duas regiões, uma de maioria negativa, outra de maioria positiva, existe uma terceira, esta de maioria neutra, isto é, nem de carga negativa, nem de carga positiva, é a junção entre ambas, chamada de região neutra da junção P-N. Na região neutra não há excesso de elétrons nem lacunas porque alguns elétrons do material tipo N se difundem pela junção e entram em combinação com algumas lacunas do material tipo P, reciprocamente, algumas lacunas se difundem pela junção e entram em combinação com os elétrons, por isso também é chamada de região de junção. O fenômeno da condutividade em um só sentido é aproveitado como um chaveamento da corrente elétrica para a retificação de sinais senoidais, portanto, este é o efeito diodo semicondutor tão usado na eletrônica, pois permite que a corrente flua entre seus terminais apenas numa direção. Esta propriedade é utilizada em grande número de circuitos eletrônicos e nos retificadores4. Os retificadores são circuitos elétricos que convertem a tensão Corrente Alternada (CA), em tensão Corrente Contínua (CC). CA, significa que os elétrons circulam em dois sentidos, CC, significa que ela circula num só sentido. 2.4.2.5 LED O Diodo Emissor de Luz - Light emitter diode (LED), como o próprio nome já diz, é um diodo (junção P-N) que quando energizado emite luz visível. A luz é monocromática e é produzida pelas interações energéticas do elétron. O processo de emissão de luz pela aplicação de uma fonte elétrica de energia é chamado eletroluminescência. Em qualquer junção P-N polarizada diretamente, dentro da estrutura, próximo à junção, ocorrem recombinações de lacunas e elétrons. Essa recombinação exige que a energia possuída por esse elétron, que até então era livre, seja liberada, o que ocorre na forma de calor ou fótons de luz. 4 Retificadores: Circuitos elétricos que convertem a tensão Corrente Alternada (CA), em tensão Corrente Contínua (CC). CA, significa que os elétrons circulam em dois sentidos, CC, significa que ela circula num só sentido. 2.4.2.6 Transistor O transístor (ou transistor) é um componente eletrônico que começou a se popularizar na década de 1950 tendo sido o principal responsável pela revolução da eletrônica na década de 1960, e cujas funções principais são amplificar5 e chaveamento de sinais elétricos. O termo vem de transfer resistor (resistor de transferência), como era conhecido pelos seus inventores. O processo de transferência de resistência, no caso de um circuito analógico, significa que a impedância característica do componente varia para cima ou para baixo da polarização pré-estabelecida. Graças à esta função, a corrente elétrica que passa entre coletor e emissor do transístor varia dentro de determinados parâmetros préestabelecidos pelo projetista do circuito eletrônico; esta variação é feita através da variação de tensão num dos terminais chamado base, que conseqüentemente ocasiona o processo de amplificação de sinal. Um sinal elétrico de baixa intensidade, como os sinais gerados por um microfone, é injetado em um circuito eletrônico (transistorizado por exemplo), cuja função principal é transformar este sinal fraco gerado pelo microfone em sinais elétricos com as mesmas características mas com potência suficiente para excitar os altofalantes, a este processo todo se dá o nome de ganho de sinal. 2.4.2.7 Transistor como Chave Conforme a polarização um transistor pode atuar em três regiões: região de corte, região ativa e região de saturação. Na região ativa o transistor opera como amplificador e nas regiões de corte e saturação como chave, ou seja, serve para comutação, conduzindo ou não. O transistor trabalhará na região de corte caso a corrente de base seja menor ou igual a zero, dessa forma a corrente de coletor será nula. Por outro lado se trabalharmos com uma corrente de base entre zero e a corrente de saturação (IBSAT), iremos operar na região ativa. Para uma corrente de base acima de IBSAT, o transistor operará na região de saturação, ou seja, circular pelo coletor uma corrente limite (ICCSAT), imposta de acordo com a polarização. 5 Amplificar: procedimento de tornar um sinal elétrico mais fraco em mais forte. 2.4.2.8 Circuito Integrado Um circuito integrado é um dispositivo microeletrônico que consiste de muitos transístores e outros componentes interligados capazes de desempenhar muitas funções. Suas dimensões são extremamente reduzidas, os componentes são formados em pastilhas de material semicondutor. A importância da integração está no baixo custo e alto desempenho, além do tamanho reduzido dos circuitos aliado à alta confiabilidade e estabilidade de funcionamento. Uma vez que os componentes são formados ao invés de montados, a resistência mecânica destes permitiu montagens cada vez mais robustas a choques e impactos mecânicos, permitindo a concepção de portabilidade dos dispositivos eletrônicos. 2.4.2.9 Motor Todos os motores elétricos valem-se dos princípios do eletromagnetismo, mediante os quais condutores situados num campo magnético e atravessados por correntes elétricas sofrem a ação de uma força mecânica, ou eletroímãs exercem forças de atração ou repulsão sobre outros materiais magnéticos. Na verdade, um campo magnético pode exercer força sobre cargas elétricas em movimento. Como uma corrente elétrica é um fluxo de cargas elétricas em movimento num condutor, conclui-se que todo condutor percorrido por uma corrente elétrica, imerso num campo magnético, pode sofrer a ação de uma força. Num motor há dois eletroímãs em que um impulsiona o outro. O eletroímã tem algumas vantagens sobre um ímã permanente: • Podemos torná-lo mais forte; • Seu magnetismo pode ser criado ou suprimido; • Seus pólos podem ser invertidos. Um ímã permanente tem os pólos norte-sul definidos. Um eletroímã também os tem, mas a característica de cada pólo (norte ou sul) depende do sentido da corrente elétrica. Quando se altera o sentido da corrente, a posição dos pólos também se altera; do norte para o sul e de sul para norte. Um dos eletroímãs de um motor tem uma posição fixa; está ligado à armação externa do motor e é chamado campo magnético. O outro eletroímã está colocado no eixo de rotação e tem o nome de armadura. Quando se liga o motor, a corrente chega à bobina do campo, determinando os pólos norte e sul. Há, também, o fornecimento de corrente ao ímã da armadura, o que determina a situação norte ou sul dos seus pólos. Os pólos opostos dos dois eletroímãs se atraem como acontece nos ímãs permanentes. O ímã da armadura, tendo movimento livre, gira, a fim de que seu pólo norte se aproxime do pólo sul do ímã do campo e seu pólo sul do pólo norte do outro. Se nada mais acontecesse, o motor pararia completamente. Um pouco antes de se encontrarem os pólos opostos, no entanto, a corrente é invertida no eletroímã da armadura, (com o uso de um comutador), invertendo, assim, a posição de seus pólos; o norte passa a ser o que está próximo ao norte do campo e o sul passa a ser o que está próximo ao sul do campo. Eles então se repelem e o motor continua em movimento. Esse é o princípio de funcionamento do motor de corrente contínua. Os motores elétricos modernos, utilizados em eletrodomésticos e em máquinas industriais, possuem um conjunto de espiras, que são ligadas e desligadas, mantendo o motor sempre impulsionado. 2.4.2.10 Relê O relê é um comutador elétrico que pode ser operado magnética ou eletromagneticamente. Os relês eletromagnéticos são os mais comuns, especialmente nas aplicações que requerem o controle de um circuito elétrico. A corrente elétrica de um circuito externo flui através de uma bobina, estabelecendo um campo eletromagnético. Um induzido de ferro doce é atraído por esse campo o que provoca a abertura ou fechamento de um contato, conforme o tipo de relê. Os dispositivos magnéticos possuem, ao invés de uma bobina, um imã permanente. A disposição dos contatos também é importante e depende da seqüência de operações que deve ser realizada no circuito externo: fechamento, abertura, comutação; fechamento antes da abertura; fechamento depois da abertura. Os relês usados em centrais telefônicas, por exemplo, fazem combinações dessas seqüências; cada um deles pode operar até seis conjuntos de contatos. A força de atração do eletro imã determina o número de contatos que um relê pode operar, e conseqüentemente, sua velocidade de operação. Circuitos que exigem alta velocidade devem ter relês em que a massa das partes móveis (induzidos e contatos) tenha sido reduzida. É preciso também que a indutância da bobina seja a menor possível, o que se consegue reduzindo o número de espiras. Isso, porém diminui a força de atração da bobina, tornando necessário o uso de elevadas correntes de controle no relê. A situação inversa também ocorre: velocidades lentas de operação são obtidas com o aumento do número de espiras na bobina, ou com a adição de um indutor em série ou um capacitor em paralelo. 2.4.2.11 Fotodiodo O fotodiodo é um diodo de junção construído de forma especial, de modo a possibilitar a utilização da luz como fator determinante no controle da corrente elétrica. É um dispositivo de junção pn semicondutor cuja região de operação é limitada pela região de polarização reversa e caracteriza-se por ser sensível à luz. A aplicação de luz à junção resultará em uma transferência de energia das ondas luminosas incidentes (na forma de fótons) para a estrutura atômica, resultando em um aumento do número de portadores minoritários e um aumento do nível da corrente reversa. A corrente negra é a corrente que existirá sem nenhuma iluminação aplicada. A corrente retornará a zero somente se for aplicada uma polarização positiva igual a V0. Em resumo, podemos dizer então que um fotodiodo é um dispositivo que converte a luz recebida em uma determinada quantidade de corrente elétrica. A corrente reversa e o fluxo luminoso variam quase que linearmente, ou seja, um aumento na intensidade luminosa resultará em um aumento semelhante na corrente reversa. Podemos admitir que a corrente reversa, é essencialmente nula na ausência de luz incidente. Como os tempos de subida e de queda (parâmetros de mudança de estado) são da ordem de nanossegundos, o dispositivo pode ser usado na aplicação de contagem ou comutação de alta velocidade. O germânio é mais adequado para luz incidente na região infravermelha, já que abrange um espectro mais amplo de comprimentos de onda do que o silício, apesar de sua corrente negra ser maior. O nível de corrente gerada pela luz incidente sobre um fotodiodo não é suficiente para que ele possa ser usado em um controle direto, sendo necessário para isto que haja um estágio de amplificação. 3 3.1 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS Montagem do Circuito Eletrônico O Circuito Eletrônico é o responsável pelo acionamento dos equipamentos externos (lâmpadas, portões, bombas d’água, etc.). Figura 3.1: Representação do Circuito Eletrônico utilizado no projeto Todos os equipamentos externos, responsáveis por desempenhar as funções de domótica, como ascender lâmpadas, controle de abertura e fechamento de portões, dispositivos de segurança, sistemas de irrigação ou piscina, são controlados por meio do funcionamento do circuito eletrônico acima. 3.1.1 Funcionamento de cada componente dentro do circuito O circuito integrado (CI) utilizado na montagem é o chip 74SL541, com a função de prevenir que a Porta Paralela receba correntes elevadas. É o dispositivo que protege a Porta Paralela. Os resistores são empregados para promover a redução da corrente elétrica em determinados pontos do circuito eletrônico, a fim de assegurar o bom funcionamento do mesmo. O transistor bipolar é constituído por três materiais semicondutores dopados. Dois cristais tipo N e um tipo P, ou dois cristais tipo P e um tipo N, respectivamente chamados de NPN e PNP. Figura 3.2: Transistores NPN e PNP O transistor como chave, é a forma mais simples de operação de um transistor. O transistor operando na região de saturação e de corte, funciona como uma chave, ou seja, um componente que permite a função liga/desliga, capaz de conduzir corrente ou não. Quando saturado, comporta-se como uma chave eletrônica fechada e quando em corte, comporta-se como uma chave eletrônica aberta. Figura 3.3: Circuito aberto (corte) e Circuito fechado (saturado) No circuito eletrônico montado, o transistor como chave funciona propriamente como uma chave, ou seja, quando possuir (receber) em sua base uma tensão de 5 volts, ele fechará um contato de seu emissor com o seu coletor e, desta forma, acionará o relê. O relê é responsável pelo acionamento do circuito dos equipamentos, acionado com 12 volts (Figura 3.1). O LED é utilizado para nos auxiliar (sinalizar) quanto ao funcionamento do circuito de cada equipamento, ele indica se os equipamentos estão ligados ou não. A representação do LED que compõe o circuito, acesso, significa que o respectivo equipamento está funcionando (circuito correspondente ao equipamento), caso contrário, apagado, significa que o equipamento está desligado, ou apresentando algum problema se o mesmo tenha recebido do protótipo de controle o comando para acionamento. O relê possui uma bobina, esta produz campo magnético quando em funcionamento, o diodo tem como função não deixar que nenhum tipo de corrente respectiva deste campo magnético volte para o transistor, garantindo assim seu bom funcionamento. 3.1.2 Funcionamento do Portão Eletrônico A saída D0 que esta conectada ao pino 2, da porta paralela, será responsável pela abertura do portão e funcionará da seguinte maneira: Após dar um clique sobre a figura que representa o portão, através do protótipo de controle (software), a saída D0 recebe 5 volts, esta tensão chega ao CI, que protege a porta paralela, em seguida aciona o transistor BD137, sabendo-se que o seu funcionamento é como uma chave, este fecha (saturação) um contato de seu coletor para seu emissor, acendendo o LED e acionando assim o relê que por sua vez também fecha seu contato e liga o motor. O motor funciona por um período de tempo, período este que tem a opção de ser programado por meio do software de controle, após o término deste tempo programado, à saída D0 é reinicializada e desativa o circuito referente a abertura do portão eletrônico. Figura 3.4: Circuito da abertura do portão eletrônico Para acionamento do fechamento do portão eletrônico é utilizado uma saída específica da porta paralela (D1), referente ao pino 3 da porta paralela, e aciona outro circuito (Figura 3.5), referente a saída S2 do CI. Com a saída S2 do CI, é acionado outro relê que por sua vez aciona o mesmo motor referente a abertura do portão eletrônico, porém com a polarização do motor invertida, fazendo com que sua rotação seja contrária ao do comando de abertura, proporcionando o fechamento do portão eletrônico, no qual também tem o seu tempo de operação controlado pelo software protótipo. Figura 3.5: Circuito do fechamento do portão eletrônico 3.1.3 Acionamento das Luzes Externas da casa Para o acionamento das lâmpadas externas da casa, é utilizada a saída do pino 4 da porta paralela, entrada D2 do CI, seu circuito eletrônico está ligado à saída S3 do CI, que por funciona de forma semelhante ao circuito das outras saídas e terá seu relê responsável pelo acionamento das lâmpadas, das quais estão ligadas em paralelo. Figura 3.6: Circuito de acionamento das lâmpadas externas 3.1.4 Acionamento da Luz Interna da casa Após clicar na imagem de representação da lâmpada interna da casa, é acionada saída do pino 5, com 5 volts (porta paralela), entrada D3 do CI, seu circuito eletrônico está ligado à saída S4 do CI, que por funciona partindo do mesmo princípio, com um relê responsável pelo acionamento da lâmpada. Figura 3.7: Circuito de acionamento da lâmpada interna 3.1.5 Controle da Bomba D’água da Piscina / Cascata Após o comando de acionamento da bomba d’água da piscina, realizado pelo software protótipo, o pino 6 da porta paralela tem como função acionar o circuito específico por ligar o motor da piscina, o circuito de acionamento desta função está ligado por meio da saída S5 do CI, seu funcionamento é igual aos demais, acionado por seu respectivo relê. Como mostra a figura abaixo: Figura 3.8: Circuito de acionamento da bomba d’água da piscina 3.1.6 Controle da Câmera de Vigilância (Segurança) O pino 7 e pino 8 da porta paralela são responsáveis pela movimentação da câmera. Com o pino 7, em nível auto (setado), é acionada a saída S6 do CI fazendo com que o motor responsável por acionar a câmera gire no sentido horário, este tempo de funcionamento é controlado pelo software. O pino 8 em nível alto aciona outro circuito ligado à saída S7 do CI, que por sua vez, liga o circuito correspondente pelo acionamento de outro relê e este faz a câmera girar no sentido anti-horário. Figura 3.9: Circuito da câmera (movimento horário) Figura 3.10: Circuito câmera (movimento anti-horário) 3.1.7 Sensor do Alarme de Segurança No desenvolvimento da função de acionamento do sensor de alarme de segurança são utilizados alguns componentes importantes de relembrarmos suas funções. Os resistores são usados para diminuir a corrente nos pontos do circuito; o LED é utilizado para emitir luz para o diodo, fotodiodo, recebe luz e o BD137, é o transistor com chave. O funcionamento do circuito parte do seguinte principio; enquanto o fotodiodo estiver recebendo luz do LED, o BD137 fica aberto, assim que for interrompido feixe de luz e respectivamente o foto-transistor, é acionado o BD137 que fecha o coletor com o emissor e chega terra no pino 15 que é um pino de leitura da porta paralela. Figura 3.11: Circuito de acionamento do alarme O software faz a leitura da chegada do sinal pela porta paralela, e aciona o outro circuito, específico agora por acionar a sirene e promover a abertura do portão de acesso do cachorro na área externa da casa, e o software controle faz uma discagem via modem para o telefone do proprietário ou outro telefone cadastrado no sistema. (sistema de segurança elaborado para demonstrar a função de segurança da dobmótica), demonstrado abaixo: Figura 3.12: Circuito do sensor de alarme 3.2 Implementação do Software de controle (Protótipo) Domótica é a integração de tecnologias e serviços, aplicadas em lares, escritórios e pequenos prédios, com o objetivo de automatizar e obter maior conforto e comodidade, comunicação, economia de energia e aumento da segurança. O software de controle tem como função controlar e monitorar objetos e funções de uma residência via computador. Para carregar as funcionalidades de programação usando porta paralela, o interpretador (Compilador / Delphi) necessita de uma dinamically loaded library (DLL), é um tipo de biblioteca, carregada dinamicamente durante a execução do programa, em oposição a quando o programa é carregado para a memória principal ou começa da memória principal. O carregamento da biblioteca é então atrasado até que a mesma seja necessária, e caso não haja necessidade, a mesma não será carregada. A maioria dos sistemas operacionais que suportam bibliotecas dinâmicas também suportam carregamento dinâmico via Interface de Programação de Aplicativos (API) sob o qual rodam, que é um conjunto de rotinas e padrões estabelecidos por um software. Utilizamos a DLL inpout32. Figura 3.13: Tela Principal do Protótipo As implementações das funções atribuídas ao protótipo são: abertura e fechamento de portas (garagem), iluminação interna e externa da casa, irrigação de jardins (piscinas / cascata) e dispositivos de segurança (sensor / alarme). Para maior entendimento dos trechos de códigos descritos no trabalho, é necessário saber o que representam algumas variáveis mais utilizadas. A variável auxiliar armazena o byte a ser enviado para a porta paralela, cada saída da porta paralela é responsável por acionamento de uma função de domótica (como mostrado no desenvolvimento do item 3.1.), sendo um bit correspondente em cada saída. Declaramos para cada endereço uma variável (constante) responsável, facilitando o trabalho de codificação para os acionamentos. const base=$378; bit0=$00; bit1=$01; bit2=$02; bit3=$04; bit4=$08; bit5=$10; bit6=$20; bit7=$40; bit8=$80; Por exemplo, a constante bit0 que recebe $00, equivale a receber o valor de um byte formado por oito bits zero, ou seja, 00000000 (representação binária); a constante bit01 que recebe $01, equivale a receber o valor de um byte formado por 00000010; e assim sucessivamente. A primeira linha de código na declaração das constantes (base=$378) é a atribuição do valor responsável pelo endereço da saída de dados da porta paralela. 3.2.1 Abertura do Portão Eletrônico Para acionamento desta funcionalidade é implementado o seguinte código: procedure TForm1.Image9Click(Sender: TObject); var i:integer; begin i:=7000; auxiliar:=auxiliar+bit4; Escrever(base,auxiliar); delay (i); auxiliar:=auxiliar-bit4; Escrever(base,auxiliar); Image15.BringToFront; Image15.Visible := true; end; Ao clicarmos na imagem do portão eletrônico, no software de controle, é acionado o comando para abertura. Figura 3.14: Ilustração da área mapeada para acionar o comando de abertura do portão Após testes de acionamento do portão, concluímos que o melhor valor atribuído para o delay (tempo de acionamento do motor responsável pela abertura do motor) é 7000, considerando a maquete construída (ambiente real), decidimos então deixá-lo padrão, não havendo necessidade de torná-lo editável no programa executável, somente ficando disponível alteração diretamente no código fonte. No código fonte para abertura do portão eletrônico, atribuímos o valor do tempo de acionamento do motor na variável i. A variável auxiliar recebe o byte nela armazenado mais (+) o byte armazenado na constante bit4 (00001000), responsável por setar (1) a saída da porta paralela responsável por acionar o circuito de abertura do portão eletrônico. A operação de somar valores binários é necessária e responsável por manter o comando anterior ativo, ou seja, é possível passar o comando de acionamento de um dispositivo sem que o comando anterior seja sobrescrito, preservando assim as configurações das funcionalidades de domótica. Sempre que for necessário acender, ligar, setar algum comando específico, é utilizado a adição de valores binários, armazenados na variável auxiliar (tão utilizada em algoritmos de concatenação e incremento / decremento). Logo em seguida é chamado o procedimento Escrever (base, auxiliar), ele faz com que seja lançado o valor, na verdade, endereço da base (constante que recebe $378), e passa também o valor da variável auxiliar, responsável por ativar o dispositivo. 3.2.2 Fechamento do Portão Eletrônico O acionamento do portão eletrônico se dá por meio da mesma analogia da abertura do portão, no entanto, o valor do byte correspondente para acionamento da funcionalidade é o valor atribuído à variável bit5, ou seja, recebe 00010000 em notação binária, equivale a 8 em decimal. Veja o código: begin i:=6500; auxiliar:=auxiliar+bit5; Escrever(base,auxiliar); delay (i); auxiliar:=auxiliar-bit5; Escrever(base,auxiliar); Image9.BringToFront; Image15.Visible := false; É o mesmo algoritmo para abertura, parte do mesmo princípio, primeiramente é atribuído um valor para o tempo de acionamento do motor do portão eletrônico, no entanto, em uma outra saída e desta vez para promover o movimento da caixa de engrenagem no sentido inverso ao da abertura do portão, fazendo com que ele seja fechado. Desta vez, atribuímos o valor de 6500, ou seja, meio segundo a menos do que o tempo de acionamento do motor para abertura, para que o portão não corra o risco de fechar mais do que foi aberto e poder causar danos no decorrer de uso da maquete. Note que o valor do delay está fazendo referencia por padrão a milisegundos, ou seja, um segundo dividido por mil. Posteriormente é feito o decremento (subtração da variável atribuída a ela mesma) da variável auxiliar, por meio da linha de código: auxiliar:=auxiliar-bit5; em seguida: Escrever(base,auxiliar); para armazenar o valor decrementado; estas duas linhas são extremamente importantes no código, sem elas a operação inversa, ou seja, abrir / fechar, acender / apagar, não seria possível, uma vez que para acionar é necessário somar, se anteriormente a operação foi fechar o portão por exemplo, a variável receberia o valor de abrir e fechar simultâneos, provocando um erro. O acionamento da funcionalidade de fechar o portão eletrônico se dá pela ação de clicar na imagem do portão aberto, mostrada a seguir. Figura 3.15: Ilustração da área mapeada para acionar o comando de fechamento do portão 3.2.3 Controle das luzes externas Para acender das luzes externas, utilizamos o seguinte código: Image18.BringToFront; //Image14.BringToFront; Image18.Visible := True; auxiliar:=auxiliar+bit3; Escrever(base,auxiliar); Note que é a mesma idéia, a variável auxiliar recebe o valor dela mesma (já armazenado) mais o valor do byte de acionamento do endereço da saída da porta paralela do respectivo circuito do equipamento. A variável bit3 recebe o valor de $4, ou seja, o equivalente a 00001000 em notação binária. Como o comando refere ao acionamento das luzes externas, é realizado o incremento da variável auxiliar. O acionamento das luzes externas é realizado no software de controle por meio de um clique na imagem de uma das lâmpadas apagadas no exterior da casa. Veja: Figura 3.16 região mapeada para acionar o comando de acender as luzes externas da casa Para desligar as luzes externas da casa, é implementado o seguinte código fonte: begin Image3.BringToFront; Image5.BringToFront; Image18.Visible := False; auxiliar:=auxiliar-bit3; Escrever(base,auxiliar); end; Desta vez, a variável auxiliar foi subtraída pela variável bit3, ou seja, o valor responsável por setar a saída da porta paralela, no entanto, como já havia na saída correspondente por acender as luzes o valor do bit 1, ao subtrair por ele mesmo, obtemos o bit 0, o que reseta a saída da porta paralela, fazendo com que as luzes sejam apagadas. Para poder apagar as luzes externas da casa por meio do protótipo de controle, basta clicar na imagem das luzes externas, desta vez, as mesmas apareceram acesas. Figura 3.17: região mapeada para acionar o comando de apagar as luzes externas da casa 3.2.4 Controle das luzes internas Para acender a luz interna da sala ou como chamamos ou luz da sala utilizamos o seguinte código: begin Image16.BringToFront; Image13.BringToFront; auxiliar:=auxiliar+bit2; Escrever(base,auxiliar); end; Assim como nas luzes externas, acender a luz interna da casa, utiliza do mesmo mecanismo, a variável auxiliar é incrementada somada ao valor do byte de acionamento do endereço da saída da porta paralela do respectivo circuito do equipamento. A variável bit2 recebe o valor de $2, ou seja, o equivalente a 00000100 em notação binária. Para acionarmos o comando de acender a luz interna é necessário clicar sobre o ícone da lâmpada apagada, e identifica pela Label1 “Luz da Sala”. Veja a imagem referente ao acionamento do procedimento. Figura 3.18: Ícone de acionamento da luz da sala Ao acionar a luz da sala, a imagem da casa faz alusão ao comando, ficando com a luz da sala acesa, como pode ver na figura abaixo. Figura 3.19: Casa com a luz da sala acesa Para desligar a luz da sala é utilizado o seguinte código fonte: begin Image17.BringToFront; Image7.BringToFront; auxiliar:=auxiliar-bit2; Escrever(base,auxiliar); end; A variável auxiliar foi subtraída pela variável bit2 obtendo o bit 0, fazendo com que a luz seja apagada. Para poder apagar a luz da sala por meio do protótipo de controle, basta clicar no ícone da lâmpada, desta vez, com a lâmpada acesa. Figura 3.20: Ícone de desligar a luz da sala A casa volta então a ficar com a luz da sala apagada. Figura 3.21: Casa com a luz da sala apagada 3.2.5 Controle da Bomba D’água da Piscina / Cascata O trecho principal do código fonte responsável por ativar a bomba de água, reproduzindo uma cascata e fazendo encher a piscina é o descrito abaixo: begin if label3.Caption = 'Desligado' then begin label3.Left := 38; label3.Caption := 'Ligado'; auxiliar:= auxiliar+bit1; Escrever(base,auxiliar); end A condição verifica o status do procedimento de ativar e desativar o chafariz. Quando o valor do Caption for “desligado”, ele entra na condição e incrementa a variável auxiliar mais o bit1, responsável por ativar a saída da porta paralela associada ao circuito do dispositivo do chafariz, o valor do Caption passa a valer “Ligado”. O acionamento da bomba d’água é realizado ao clicar no ícone do Chafariz (desligado), Veja:. Figura 3.22: Ícone de acionamento do Chafariz (piscina / cascata) Para desativar o chafariz, basta dar um novo clique no ícone, agora apresentando o status de ligado. Veja: Figura 3.23: Ícone de desligar o Chafariz (piscina / cascata) A seqüência da condição descrita abaixo, é responsável por desativar o funcionamento da bomba d’água. else begin label3.Left := 29; label3.Caption := 'Desligado'; auxiliar:=auxiliar-bit1; Escrever(base,auxiliar); end; end; 3.2.6 Controle da Câmera de Vigilância (Segurança) O controle da câmera de segurança é acionado ao clicar no botão da respectiva função: Figura 3.24: Botão de acionamento da câmera Em seguida é chamado um segundo (form2), formulário que permite manipular a câmera para a esquerda e para a direita, fazendo movimentos de giros. Figura 3.25: Botões de giro: Esquerda / Direita A câmera acoplada na maquete, captura imagem e transmite o vídeo no software controle. O código de acionamento do giro da câmera de vigilância para o lado esquerdo é o descrito abaixo: begin i:=10; auxiliar:=auxiliar+bit6; Escrever(base,auxiliar); delay (i); auxiliar:=auxiliar-bit6; Escrever(base,auxiliar); end; Assim como o funcionamento do portão eletrônico, o mecanismo de rotação da câmera de vigilância é promovido por uma motor, e possui um tempo de acionamento. Para a rotação, o tempo de acionamento é quase nulo, para não ocorrer um toque brusco no movimento da câmera. A variável auxiliar recebe o seu valor armazenado acrescido do bit6, ou seja, recebe 00100000 em notação binária, equivale a 16 em decimal. O bit da casa seis aciona a saída da porta paralela e esta por sua vez aciona também o circuito responsável por promover a rotação da câmera para o lado esquerdo. Logo realizar o movimento, é decrementado, voltando a receber o valor anterior armazenado na variável auxiliar, evitando que ocorra um erro no acionamento do giro do lado direito logo em seguida. Da mesma maneira funciona o acionamento do giro para o lado direito da câmera, no entanto o incremento da variável é dado pelo bit7, equivalente a 01000000 em binário, ou 64 em decimal. 3.2.7 Sensor do Alarme de Segurança O acionamento do alarme é feito por um sensor mecânico, exemplificando a função domótica de segurança (detecção de intrusos), assim que acionado, o alarme promove algumas ações como, acionamento da sirene de alarme, abertura da porta da casa do cachorro e ainda faz com que ocorra a discagem do telefone da residência para um número de telefone desejado. Esta função utiliza uma das cinco portas de entradas de dados da porta paralela que posteriormente repasse um valor para o software que detecta e promove as ações especificadas. Para acionamento do alarme e realização das funções por parte do software é utilizado o seguinte código fonte. begin Acionando o alarme, abrindo a porta do “cão de guarda”: while (lblreceber.caption<>'119') do begin InValue := ler(889); lblreceber.Caption := IntToStr(InValue); if (lblreceber.caption='119')then begin auxiliar:=auxiliar+bit8; escrever(base,auxiliar); //lbla.caption:=('ALARME ACIONADO'); beep(); //Testa os valores necessários Realizando a discagem para o telefone desejado: if (combobox1.text <> '') and (edit1.text<>'') then begin //Abre a porta de comunicação s:=Combobox1.text; hCommFile :=CreateFile(PChar(s), GENERIC_WRITE, 0, // não compartilhado nil, // sem segurança OPEN_EXISTING,FILE_ATTRIBUTE_NORMAL,0); // Verifica a abertura da porta if hCommFile = INVALID_HANDLE_VALUE then begin CloseHandle(hCommFile); end else begin s:='ATDT'; s := s + edit1.text + #13#10; //Envia a String de Comando NumberWritten:=0; Status:= WriteFile( hCommFile,PChar(s)[0],Length(s), NumberWritten, nil); MessageDlg('Retire o telefone do gancho e clique OK para desligar o modem', mtInformation,[mbok],0); //Desconecta a ligação WriteFile(hCommFile,'ATH',5,NumberWritten,nil); //Fecha a porta de comunicação CloseHandle(hCommFile); end; end; end; end; end; 3.2.8 Botão Reset O botão reset tem a função de zerar os valores, ou seja, desligar os equipamentos e reiniciar os valores. O Código fonte utilizado é: begin Image3.BringToFront; Image5.BringToFront; Image9.BringToFront; Image17.BringToFront; Label3.Caption := 'Desligado'; label3.Left := 13; Image18.Visible := false; Escrever(base,bit0); auxiliar:=bit0; end; 4 RESULTADOS O principal ponto do trabalho a ser destacado foi o levantamento de requisito para implementação do protótipo por meio da porta paralela e estudo bibliográfico dos componentes eletrônicos. A pesquisa proporcionou a adequação ao tema automação residencial e programação, dando visão exata das funções a serem desenvolvidas e dos objetivos a serem atingidos. A dificuldade encontrada para execução do projeto foi conciliar as atividades, trabalhos finais das disciplinas, pasta de estágio e atividades extraclasse, com a disponibilidade de horários da equipe e localização; obstáculo superado a partir do momento em que estabelecido um planejamento das atividades, incluindo eventualmente sábados e domingos para reuniões. A medida permitiu maior entrosamento e participação de todos em cada etapa do processo de desenvolvimento, proporcionando maior eficácia no desenvolvimento das tarefas coletivas. O projeto apresentou os resultados esperados. O software protótipo foi desenvolvido com as funcionalidades previstas (abertura de portões / garagem, iluminação interna e externa da casa, irrigação de jardins / piscina e dispositivos de segurança). O ambiente de exemplificação real (maquete), fazendo alusão às diversas aplicações possíveis da automação residencial foi construído, destaque para os dispositivos de segurança, aprimorados, incluindo um sistema de vigilância (câmera de vídeo) e um detector de intruso implementado com funcionalidades adicionais (abertura do portão do cão de guarda, acionamento da sirene e discagem para um telefone programado). A placa do circuito eletrônico foi construída, os componentes eletrônicos foram descritos e detalhados, reforçando o referencial teórico no âmbito da robótica e proporcionando um material de pesquisa para desenvolvimento de futuras implementações. 5 CONCLUSÕES A definição do tema e objetivo do projeto possibilitou mesclar duas subáreas extremamente ricas da Tecnologia da Informação: Robótica/Automação e Programação. Essa integração de disciplinas nos proporcionou complementar o conhecimento adquirido em sala de aula, trazendo uma experiência enriquecedora no desenvolvimento do trabalho em equipe, amadurecimento profissional e crescimento pessoal. A escolha do Delphi como linguagem de programação utilizada no desenvolvimento do protótipo, flexibiliza o entendimento do projeto para base de futuras implementações e pesquisas, por ser uma linguagem de origem do Pascal, de finalidade acadêmica, e proporciona todas as ferramentas necessárias para implementação do protótipo. O desenvolvimento de todo circuito eletrônico permitiu adquirir conhecimentos extras na área de eletrônica. Além de ampliar as opções de escolha das funções de domótica a serem exemplificadas. Apesar de atingir todos os objetivos propostos, o presente projeto trás possibilidades de implementações futuras como, por exemplo: estender o controle das funções de domótica a distância, via internet, podendo estar utilizando a plataforma .NET; tratar de questões de segurança da informação; incrementar as funcionalidades do protótipo e potencialidades do protótipo como: gestão de consumo de energia. Contudo, o trabalho traz a raiz do tema, fornece base de pesquisa para o desenvolvimento desde o circuito eletrônico até a implementação do protótipo. 6 BIBLIOGRAFIA ANGEL, Patrícia Marta. Introducción a la domótica: tomo I. Embalse: EBAI, 1993. BERTULANI, Carlos. A História da Eletrônica, URL: < http://www.if.ufrj.br> Acessado em 01 nov. 2006. CORCUERA CAVALCANTI. Arquiteturas e Automação, URL: <http://www.corcueracavalcanti.com.br> Acessado em 11 nov. 2006. MARTINS, Vidal. Visão Geral sobre Delphi, URL: < http://www.pr.gov.br/batebyte/> Acessado em 01 nov. 2006. MIRANDA, Juliano Coelho. Slides Semicondutores. 2006. 99 f. Notas de aula da disciplina de Robótica e Automação – Centro Universitário do Sul de Minas, Varginha – MG. Disponível no TELEDUC. PIURKOSKY, Fabrício Pelloso. Notas de Aula, URL: <fabrício.unis.edu.br> Acessado em 18 nov. 2006. ROGERCOM. Porta Paralela, URL: <http://www.rogercom.com> Acessado em 01 nov. 2006. TELEDUC. URL: <http://www.teleduc.unis.edu.br> Acessado em 01 nov. 2006. VENTURI, Eli. Protótipo de um sistema para controle e monitoração residencial através de dispositivos móveis utilizando a plataforma .NET. 2005. 69 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Ciências da Computação ) – Centro de Ciências Exatas e Naturais, Universidade Regional de Blumenau, Blumenau – SC. WIKIPÉDIA. URL: <http://www.wikipedia.com> Acessado em 11 nov. 2006.