UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS
COMISSÃO PERMANENTE DE PROCESSO SELETIVO
VESTIBULAR
FILOSOFIA, LETRAS-INGLÊS
E LETRAS-PORTUGUÊS
MODALIDADE A DISTÂNCIA
- UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL CIDADES-POLO:
CAMBUÍ
CONFINS
GOVERNADOR VALADARES
ILICÍNEA
ITAMONTE
SETE LAGOAS
- QUESTÕES OBJETIVAS LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA BRASILEIRA
- REDAÇÃO INSTRUÇÕES:
Após a autorização do aplicador, abra o caderno e confira-o, conforme as instruções abaixo.
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Este caderno contém 20 questões de múltipla escolha de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira (1 a 20)
e um tema de redação.
Cada questão contém 4 (quatro) alternativas de resposta. Apenas 1 (uma) alternativa responde à questão.
O formulário-resposta deverá ser preenchido conforme as instruções contidas no próprio formulário,
devendo ser assinado apenas no espaço reservado para esse fim.
 A redação deverá ser redigida no formulário próprio, usando caneta esferográfica azul ou preta. Receberá nota
0 (zero) a redação feita a lápis ou que contiver qualquer forma de identificação (assinatura, rubrica, desenhos,
mensagens, números de inscrição ou de documentos, etc.). O formulário de redação deverá ser assinado
apenas no espaço reservado para esse fim.

Não será permitido emprestar ou pegar emprestado qualquer tipo de material (caneta) durante a realização
da prova.
ATENÇÃO!

O não cumprimento das instruções acarretará a anulação da(s) questão(ões).
 O tempo de duração da prova é de 3 (três) horas e INCLUI o preenchimento do formulário-resposta e do
formulário de redação.


A interpretação das questões faz parte da prova.
Este caderno será obrigatoriamente devolvido ao aplicador ao final da prova. O(a) candidato(a) deverá
apenas destacar a contracapa, na qual se encontra o rascunho do gabarito, que não poderá ter nenhuma
anotação extra.

A devolução dos formulários e do caderno de prova é de inteira responsabilidade do candidato.

Qualquer irregularidade deverá ser comunicada ao aplicador.
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LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA BRASILEIRA (QUESTÕES 1-20)
INSTRUÇÃO: Leia o texto I para responder às questões 1 a 4
TEXTO I
O LIVRO DE PAPEL JÁ MORREU?
[...] O fim do livro de papel é tido como uma questão de tempo. Isso significa que as livrarias vão desaparecer?
Para quem, como eu, tem prazer de andar por livrarias e sentir o papel, essa é uma pergunta incômoda.
Andando aqui no metrô, vemos quanta gente aderiu ao livro eletrônico. Algumas escolas resolveram aposentar os
livros didáticos de papel, usando, até o argumento de que, assim, deixam as mochilas mais leves e preservam a saúde dos
estudantes. Comemora-se até o fato de que, com os novos aparelhos, cresce a venda entre os mais jovens.
Com o aumento do consumo dos e-books, surgiu um mercado paralelo legal e clandestino de distribuição de
arquivos. [...]
Podemos não gostar quando uma mudança tecnológica nos afeta, mas adoramos poder falar pelo Skype, sem
pagar a ligação telefônica.
Não é tão diferente assim dos desafios do jornal que se estruturam para cobrar os conteúdos digitais.
É um desafio que atinge as escolas. Os conteúdos das matérias já podem ser encontrados na internet, algumas
vezes com recursos mais interessantes e provocativos do que os dados em sala de aula. O Media Lab, do MIT, desenvolveu
uma plataforma (Scratch) em que as próprias crianças fazem seus jogos e trocam suas criações pelo mundo, aliás, o MIT
desenvolveu conteúdos gratuitos só para o ensino médio.
Como a transmissão do conhecimento não para de crescer, os modelos de negócio, depois do baque, vão se
reinventando, gerando perdedores e ganhadores. Alguém poderia imaginar que jornais pagariam parte dos salários dos
jornalistas com base no número de clicks em suas páginas ou matérias na internet? [...]
Os desafios da sustentabilidade são enormes, mas as oportunidades são maiores ainda.
Um caso está correndo aqui em Harvard, onde ganha força um ambicioso projeto para criar a maior biblioteca digital do
mundo, que é acessível a todos. A pretensão é nada menos do que selecionar todo o conhecimento já produzido pela humanidade.
Uma das inspirações é a Europeana, na qual se encontra (sic) 15 milhões de versões digitais de livros e obras de arte.
Além de Harvard, estão aderindo ao projeto as maiores universidades americanas com seus monumentais
acervos de livros, além da biblioteca do Congresso americano. Representantes da Apple, Microsoft e Google estão
participando dos encontros.
Os livros de papel, os CDs e até as escolas tradicionais podem morrer. Mas o conhecimento está cada vez mais acessível.
DIMENSTEIN, Gilberto. O livro de papel já morreu? Jornal Folha de São Paulo. Caderno Cotidiano.
10 de abril de 2011. p. 5. (Fragmento)
QUESTÃO 1
O autor afirma que “O fim do livro de papel é tido como uma questão de tempo” (linha 1). No texto, a causa para
essa afirmação é o fato de que
(A) as escolas resolveram aposentar os livros didáticos impressos.
(B) a internet possibilita assistir às aulas de forma mais atraente.
(C) qualquer biblioteca disponibiliza milhões de versões digitais de livros e obras de arte.
(D) as mudanças tecnológicas possibilitaram o surgimento de livros e bibliotecas digitais.
QUESTÃO 2
(A)
(B)
(C)
(D)
conforme
apesar de que
uma vez que
mas
1
No trecho “Como a transmissão do conhecimento não para de crescer, os modelos de negócio, depois do baque, vão se
reinventando, gerando perdedores e ganhadores.” (linhas 15 e 16), a expressão grifada pode ser substituída, sem
alteração de sentido básico desse fragmento, por
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QUESTÃO 3
O trecho, “... onde ganha força um ambicioso projeto para criar a maior biblioteca digital do mundo...” (linhas 19 e 20)
indica que o projeto é ambicioso por
(A) integrar representantes de várias empresas concorrentes no setor tecnológico.
(B) reunir todo o conhecimento produzido em uma biblioteca digital, acessível a todos.
(C) possibilitar o fim do livro de papel e, consequentemente, dos livros didáticos.
(D) disponibilizar milhões de versões digitais de livros e obras de arte.
QUESTÃO 4
No trecho “Os livros de papel, os CDs e até as escolas tradicionais podem morrer.” (linha 25), o termo grifado pode ser
substituído, sem alteração do sentido básico desse fragmento, por
(A) inclusive
(B) pelo menos
(C) além das
(D) entretanto
INSTRUÇÃO: Leia o texto II para responder às questões 5 a 10
TEXTO II
ADMIRÁVEL LIVRO NOVO
Ainda é cedo para medir o impacto na criação narrativa da literatura sem papel. O livro eletrônico poderia
desenvolver novas formas expressivas – assim como o livro impresso possibilitou o boom do romance, e a câmera filmadora
a explosão do cinema? Boa parte das obras produzidas no novo formato ainda é experimental. De fato, há dúvidas sobre
como classificar as obras produzidas a partir das estratégias narrativas abertas pelas novas tecnologias. Seriam livros ou
alguma forma nova, que já é chamada de transmídia, que conviverá em separado com o mercado editorial tradicional,
como a televisão adquiriu uma linguagem diferente do cinema?
Apesar de toda essa excitação, não faltam leitores que não pretendem abandonar o papel por nada. Seus
argumentos são pertinentes. Ler num computador não é tão confortável como ler uma obra impressa (por outro lado, uma
biblioteca inteira cabe num levíssimo e-reader). É difícil ler na tela porque os olhos se cansam da luminosidade
(aparentemente não os das novas gerações, habituadas às telas do computador). As baterias acabam, enquanto livros duram
quase uma eternidade (em compensação os livros impressos não podem ser baixados para o seu e-book quando se está há
horas esperando na antessala do médico). Para praticamente todo argumento contra um tipo de livro há um a favor.
Resta o insubstituível “cheirinho do livro”. Para quem não abre mão dele, uma história divertida é a relatada pelo
historiador americano Robert Darnton em A Questão dos Livros: Passado, Presente e Futuro, que sai no Brasil em maio. Conta
que uma pesquisa com estudantes constatou que 43% deles consideravam o cheiro uma das maiores qualidades dos livros. É a
única que aparentemente não poderia ser suplantada pelos livros eletrônicos. Mas uma editora online, a CaféScribe, já
apareceu com uma solução: oferecer um adesivo para ser colado em seus computadores com um aroma similar.
Especialista na história do livro, Darnton mostra que o livro impresso é também uma tecnologia de leitura, que já
desbancou outras, no passado: os rolos de pergaminho e as obras manuscritas, mesmo que sob severos protestos de seus
defensores. Nesta área, as mudanças têm sido cada vez mais rápidas. “Da descoberta da escrita até o codex (o formato
atual do livro), passaram-se 4.000 anos; do codex à tipografia, 1.150 anos; da tipografia para a internet, 524 anos; da
internet para os mecanismos de busca, 17 anos; deles para o Google, 7 anos; e quem sabe o que estará ali na esquina ou
vindo na próxima onda?”, pergunta. [...].
COSTA, Cristiane. Admirável livro novo. Revista Bravo, abril de 2010. p. 75-77. (Fragmento)
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O CHEIRINHO DO LIVRO
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QUESTÃO 5
O assunto do texto é
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(B)
(C)
(D)
a atuação do mercado editorial tradicional.
a história da leitura no mundo.
uma nova forma de livro.
uma pesquisa sobre qualidades do livro.
QUESTÃO 6
O trecho, “... não faltam leitores que não pretendem abandonar o papel por nada.” (linha 7) indica que há leitores
(A)
(B)
(C)
(D)
cansados de ler no papel.
econômicos no uso do papel.
fiéis às publicações em papel.
satisfeitos com o abandono do papel.
QUESTÃO 7
O fragmento do texto que apresenta um argumento a favor da leitura no computador é:
(A)
(B)
(C)
(D)
É difícil ler na tela porque os olhos se cansam da luminosidade... (linha 9)
... uma biblioteca inteira cabe em um levíssimo e-reader. (linhas 8 e 9)
Ler num computador não é tão confortável como ler uma obra impressa... (linha 8)
As baterias acabam, enquanto livros duram quase uma eternidade... (linhas 10 e 11)
QUESTÃO 8
Releia este fragmento do texto:
“Conta que uma pesquisa com estudantes constatou que 43% deles consideravam o cheiro uma das maiores qualidades dos
livros. É a única que aparentemente não poderia ser suplantada pelos livros eletrônicos.” (linhas 14 a 16)
Considerando esse fragmento e a frase que o segue no texto (linhas 16 e 17), é CORRETO afirmar que o termo, aparentemente,
(A)
(B)
(C)
(D)
enfatiza a pouca percepção olfativa dos leitores.
possibilita notar um reforço de argumento.
despreza as demais características do livro impresso.
prepara o leitor para um contra-argumento.
QUESTÃO 9
Há ideia de comparação no seguinte fragmento do texto:
(A)
(B)
(C)
(D)
É difícil ler na tela porque os olhos se cansam da luminosidade... (linha 9)
Ler num computador não é tão confortável como ler uma obra impressa... (linha 8)
Da descoberta da escrita até o codex (o formato atual do livro), passaram-se 4.000 anos... (linhas 20 e 21)
Mas uma editora online, a CaféScribe, já apareceu com uma solução... (linhas 16 e 17)
QUESTÃO 10
o pergaminho.
a transmídia.
a tipografia.
o e-book.
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Segundo o texto, o livro impresso superou
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INSTRUÇÃO: Considere o texto III e também o texto I para responder às questões 11 a 14.
TEXTO III
ENTREVISTA: FUTURO DO LIVRO AINDA ESTÁ POR SER ESCRITO, DIZ JOHN B. THOMPSON
Professor da Universidade de Cambridge estudioso do assunto diz que é impossível prever se e-books vão
destronar formato de papel
Rafael Sbarai
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Como o senhor define a revolução digital?
Sou adepto do termo “revolução digital” para aludir à conversão das informações em códigos digitais, o que permite
armazenar, manipular e transmitir essas informações através de tecnologias de vários tipos. Muitos setores da indústria foram
transformados pela revolução digital. O segmento criativo, por exemplo, foi afetado profundamente pelo fato de produzir
conteúdos que podem ser codificados em formato digital. Em essência, o que acontece quando você procede a digitalização é
a separação entre conteúdo e forma. Com o uso crescente das novas tecnologias, a informação ganha diversos formatos em
várias plataformas (móveis, por exemplo): ela ganha versões múltiplas que antes não existiam. Então, no tocante ao e-book, é
importante lembrar que uma revolução está ocorrendo na indústria editorial, mas é uma revolução no processo e não uma
revolução no produto. Isto é o que eu chamo de “revolução escondida”. Será que você realmente quer comprar uma
enciclopédia de vários volumes quando pode obter informações precisas em ambientes virtuais?
Em que ritmo se dará a transição do livro impresso para o eletrônico?
Pergunta complexa. Não acredito que vamos passar por uma simples transição do impresso ao digital. Há diversas
publicações em papel que continuam sendo úteis a muitas pessoas. E isso corrobora minhas dúvidas sobre o futuro
editorial. Cito um exemplo local: hoje já é possível obter uma licença paga para acessar a versão on-line do Dicionário de
Inglês Oxford, mas as vendas físicas não caíram. A obra continua a ter um papel importante e um mercado fiel. As vendas
de leitores digitais, como o Kindle, crescem desde 2007 e a tendência é que ele se torne popular em vários cantos do mundo
– o que não é visto hoje. Trata-se ainda de uma pequena fração de consumidores. A tendência é que esses dispositivos
tenham um preço mais acessível à população em geral, mas ainda é muito cedo para dizer como o padrão de leitura irá
mudar nos próximos dois a três anos. Muito menos nos próximos cinco anos. E detalhe: não sabemos como as pessoas irão
se acostumar com este novo formato. Teremos muitos indivíduos que vão preferir a leitura tradicional impressa.
Então, não é possível prever a morte do livro impresso?
No momento, não é possível conhecer o que nos aguarda. Existem dois grupos neste terreno que discutem o futuro
do livro: os entusiastas e os céticos digitais. Trata-se de visões perfeitamente legítimas e com bons argumentos. Mas
ressalto: nenhuma me convence sobre o que nos espera nos próximos anos. Os entusiastas acreditam que os dias do
tradicional livro estão contados. Usam como argumento o crescimento vertiginoso de e-books. Para este nicho, as obras
físicas serão alvo de colecionadores, como os antigos LPs de vinil. Por outro lado, os céticos acreditam que o impresso tem
certas qualidades, que são valorizadas por seus leitores, atributo que um e-book não poderá capturar ou reproduzir.
Segundo esse grupo, as obras físicas são esteticamente agradáveis de segurar e de leitura extremamente amigável – sem a
necessidade da existência de uma tela, sem baterias e com a garantia que você não precisará reiniciar o dispositivo, caso dê
algum problema. E, ah, o livro em papel não quebra. Além disso, um livro é mais do que uma peça de tecnologia para a
leitura: é um objeto social, que pode ser compartilhado com os outros, emprestado e devolvido, exibido em uma prateleira.
Nada disso, dizem os céticos, é possível com o e-book. Ele é puro conteúdo e nunca pode capturar ou reproduzir a
materialidade do livro físico. Estamos no meio de uma mudança turbulenta na indústria editorial e ninguém sabe como isso
vai se desenvolver nos próximos anos. Quem diz que sabe está enganado. Ainda faltam argumentos plausíveis.
Revista Veja – Vida digital, 15/8/2010. Disponível em http://veja.abril.com.br/noticia/vida-digital/futuro-do-livro-ainda-esta-por-serescrito-diz-john-b-thompson Acesso em 10/4/2011. (Fragmento)
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[...] A curto, médio ou longo prazo os e-books vão destronar o livro em sua clássica apresentação? Não
exatamente, segundo John B. Thompson, professor de sociologia da Universidade de Cambridge, autor de obras como
Books in the Digital Age (Livros na era digital, ainda inédito no Brasil) e estudioso há três décadas das transformações
impostas pela tecnologia ao mercado editorial e aos costumes dos leitores. [...] Na entrevista a seguir, ele fala sobre a
revolução digital que atinge o livro e desafia qualquer um a prever a morte do formato em papel.
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QUESTÃO 11
Na entrevista (Texto III), John Thompson afirma que “... no tocante ao e-book, é importante lembrar que uma
revolução está ocorrendo na indústria editorial, mas é uma revolução no processo e não uma revolução no produto.” (linhas
12 a 14).
No artigo (Texto I), Gilberto Dimenstein termina seu texto afirmando que: “Os livros de papel, os CDs e até as
escolas tradicionais podem morrer. Mas o conhecimento está cada vez mais acessível.” (linha 25).
Comparando os dois trechos citados acima, é CORRETO afirmar que eles
(A)
(B)
(C)
(D)
convergem na argumentação e afirmam que os conhecimentos serão perdidos.
convergem na argumentação e afirmam que os conhecimentos serão mantidos.
divergem na argumentação e afirmam ideias diferentes sobre os produtos.
divergem na argumentação e afirmam ideias semelhantes sobre os produtos.
QUESTÃO 12
Na linha 24 (Texto III), em que o professor entrevistado utiliza a expressão “E detalhe:”, em relação às
informações seguintes no texto, ele
(A)
(B)
(C)
(D)
destaca argumento importante.
acrescenta argumento secundário.
descarta hipótese inconsistente.
elimina opinião consensual.
QUESTÃO 13
Ao mencionar diferentes visões sobre o futuro do livro impresso, John Thompson utiliza a expressão: “Trata-se
de visões perfeitamente legítimas e com bons argumentos. Mas ressalta: nenhuma me convence sobre o que nos
espera nos próximos anos.” (linhas 28 e 29) (Texto III).
A posição do entrevistado caracteriza-se por
(A)
(B)
(C)
(D)
apontar que tais visões são previsíveis.
ponderar que tais visões são levianas.
afirmar que tais visões são perfeitas.
enfatizar que tais visões não são convincentes.
QUESTÃO 14
Releia o trecho do Texto III: “E, ah, o livro em papel não quebra. Além disso, um livro é mais do que uma peça de
tecnologia para a leitura...” (linhas 35 e 36). Em relação ao livro impresso, a expressão grifada
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introduz argumentos decisivos.
contradiz todos os argumentos anteriores.
acrescenta argumentos secundários.
elimina todas as informações gerais.
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QUESTÃO 15
O livro de poemas Lira dos vinte anos revela-nos uma particularidade de Álvares de Azevedo em relação a
outros poetas brasileiros do mesmo período literário. Segue um fragmento do prefácio da obra citada:
“Cuidado, leitor, ao voltar esta página! Aqui dissipa-se o mundo visionário e platônico. Vamos entrar em um
mundo novo [...] a pátria dos sonhos de Cervantes e Shakespeare. Quase que depois de Ariel esbarramos em
Calibã. A razão é simples. É que a unidade deste livro funda-se numa binomia: – duas almas que moram nas
cavernas de um cérebro pouco mais ou menos de poeta escreveram este livro, verdadeira medalha de duas
faces. [...]”
Sobre o poeta Álvares de Azevedo, é CORRETO afirmar que ele
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(B)
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(D)
distancia-se da escola literária romântica pelo fato de adotar, na obra, o sarcasmo e a ironia.
é estudado como um autor realista pelo fato de perceber a complexidade da alma humana.
tem como marca de sua produção poética a interlocução com o leitor.
tematiza tanto o amor idealizado, quanto a dessacralização do amor.
QUESTÃO 16
Leia o fragmento de poema, a seguir, que é da autoria de Álvares de Azevedo.
Namoro a cavalo
Eu moro em Catumbi. Mas a desgraça
Que rege minha vida malfadada,
Pôs lá no fim da rua do Catete
A minha Dulcinéia namorada.
Alugo (três mil-réis) por uma tarde
Um cavalo de trote (que esparrela!)
Só para erguer meus olhos suspirando
À minha namorada na janela...
Todo o meu ordenado vai-se em flores
E em lindas folhas de papel bordado,
Onde eu escrevo trêmulo, amoroso,
Algum verso bonito... mas furtado...
Morro pela menina, junto dela
Nem ouso suspirar de acanhamento...
Se ela quisesse eu acabava a história
Como toda a comédia – em casamento...
[...]
Considerando o fragmento de poema lido, é CORRETO afirmar que
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a namorada recebe versos originais do poeta apaixonado.
o amor frustrado é origem de dor e sofrimento no poema.
o poeta explora uma atitude irônica em relação ao amor idealizado.
a instituição burguesa do casamento não é alvo de crítica social.
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QUESTÃO 17
No conto de Machado de Assis, “Teoria do Medalhão”, o narrador orienta seu filho sobre as melhores condutas
de comportamento em sociedade, tendo em vista a conquista de um bom posto profissional, que pode ser o de
“medalhão”. Sobre esse conto, é CORRETO afirmar que
(A) o irônico narrador machadiano é cético em relação à nossa sociedade, caracterizada por ele como
superficial e fútil.
(B) ser “medalhão” significa conhecer a fundo determinado ofício e saber manejá-lo com habilidade.
(C) um “medalhão” pode dar grande contribuição à sociedade, na medida em que ele é um estudioso dedicado a
conhecer sobre ela.
(D) a graça e o humor decorrentes da leitura não funcionam como instrumento de crítica.
QUESTÃO 18
A respeito do conto “Teoria do Medalhão”, é CORRETO declarar que
(A) pertence à escola romântica, à medida que faz uma crítica à sociedade de seu tempo por meio dos
protagonistas.
(B) possui características românticas e realistas, seguindo a tendência de transição da obra machadiana.
(C) explora a análise psicológica dos personagens, como é característico da prosa literária realista.
(D) reflete superficialmente sobre a necessidade de ajuste do indivíduo às normas sociais, evidenciando uma
prosa realista.
QUESTÃO 19
“Noite de Almirante” é considerado pela crítica como um dos grandes contos de Machado de Assis. Sobre esse
conto, é CORRETO afirmar que
(A) a quebra da jura de amor de Genoveva por Deolindo indica o caráter volúvel da personagem.
(B) Genoveva não age como uma protagonista romântica, pois substitui um amor por outro.
(C) Deolindo representa o típico herói consagrado pelo romantismo, visto que mantém sua jura de amor.
(D) ele explora a decadência das relações amorosas na sociedade daquele tempo.
QUESTÃO 20
Mário de Andrade foi um dos idealizadores do movimento modernista no Brasil. Sua preocupação com a
renovação formal ao lado de sua forte inclinação para a crítica social estão presentes no conto “Vestida de
Preto”. Sobre esse conto, é CORRETO afirmar que
(A) existe, no conto, uma exploração irrelevante do universo psicológico dos protagonistas Juca e Maria.
(B) o autor, embora seja reconhecido por sua crítica social, não ataca a instituição familiar burguesa no conto.
(C) a inovação textual praticada por Mário de Andrade por meio dos “brasileirismos” não é um elemento
valorizado na narrativa.
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(D) há uma intenção do narrador em exercitar novas técnicas narrativas, como a introdução de elementos do
inconsciente no texto.
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REDAÇÃO
INSTRUÇÕES
 A redação deverá ser feita OBRIGATORIAMENTE a caneta azul ou preta e ser desenvolvida no
formulário próprio. O espaço neste caderno poderá ser usado SOMENTE como rascunho.
 Receberá nota 0 (zero) a redação feita a lápis ou que contiver qualquer forma de identificação
(assinatura, rubrica, desenhos, mensagens, números de inscrição ou de documentos, etc.).
O formulário de redação deverá ser assinado APENAS no espaço reservado para esse fim.
 Atenção para o TEMA e o GÊNERO TEXTUAL solicitado na modalidade escrita.
Para fazer a redação, considere os textos da Prova de Língua Portuguesa, mais especificamente o fragmento do
Texto I (linha 25) e a tirinha abaixo:
“Os livros de papel, os CDs e até as escolas tradicionais podem morrer. Mas o conhecimento está cada vez mais acessível.”
TEXTO I, linha 25 (Fragmento)
Fonte: http://blogdogalhardo.zip.net/images/batente128.png
Tanto o fragmento quanto a tirinha tratam de questões ligadas às possibilidades de acesso ao conhecimento.
Produza um artigo de opinião, discutindo em que medida essas possibilidades de acesso dependem do leitor.
OBS: Dê um título ao seu texto.
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