LISTA DE EXERCÍCIOS
Disciplina: História
Professor: Glédio
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Série: 1ª Ensino Médio
Aulas 31 a 36
Renascimento Comercial e Urbano /
Monarquias Nacionais / Cultura Medieval
181. (UNESP/SP) A respeito da formação das Monarquias Nacionais europeias na passagem da Idade Média para a
Época Moderna, é correto afirmar que:
a) O poder político dos monarcas firmou-se graças ao apoio da nobreza, ameaçada pela força crescente da burguesia.
b) A expansão muçulmana e o domínio do mar Mediterrâneo pelos árabes favoreceram a centralização.
c) Uma das limitações mais sérias dos soberanos era a proibição de organizarem exércitos profissionais.
d) O poder real firmou-se contra a influência do Papa e o ideal de unidade cristã, dominante no período medieval.
e) A ação efetiva dos monarcas dependia da concordância dos principais suseranos do reino.
182. (FUVEST/SP) Do ponto de vista cultural, na passagem da Antiguidade para a Idade Média, é correto afirmar que o
patrimônio greco-romano:
a) Só não sofreu perda maior devido à ação esclarecida de muitos chefes bárbaros.
b) Perdeu-se quase completamente porque, dado o seu caráter pagão, foi rejeitado pela Igreja.
c) Não desapareceu com a Antiguidade porque a Igreja serviu de conduto para sua sobrevivência.
d) Foi rejeitado pelos bárbaros em razão do caráter cristão com o que foi revestido pela Igreja.
e) Escapou do desaparecimento graças à preservação fortuita de textos antigos.
183. (UNIFESP/SP) Durante a Baixa Idade Média (séculos XI a XIV), o Ocidente importou, com regularidade e
intensidade crescentes, especiarias de áreas e civilizações não cristãs. Essas mercadorias eram:
a) Adquiridas por meio de escambo (trocadas por quinquilharias) ou por roubo dos povos produtores, como na costa
ocidental da África.
b) Compradas com moedas nos portos do Mediterrâneo oriental, ou trocadas por tecidos de lã, provenientes de Flandres
e das cidades do norte da Itália.
c) Obtidas com exclusividade pelos bizantinos, os quais as revendiam, igualmente com exclusividade, aos mercados
venezianos.
d) Vendidas nos portos europeus pelos comerciantes árabes, depois de trazidas do Oriente por caravanas de camelos.
e) Transportadas por navios de cabotagem, principalmente ibéricos, que as vendiam nos mercados da Europa do norte.
184. (FATEC/SP) Considere as seguintes afirmações sobre a cultura feudal.
I – Todo ensino, transmitido em latim, estava sob o controle da Igreja e era voltado para o ingresso na vida religiosa.
II – “Monastérios” era o nome dado aos indivíduos que interpretavam os ensinamentos cristãos de maneira diferente
daquela que a Igreja pregava.
III – A arte medieval era dominada pelos preceitos religiosos. Os temas representados eram Deus, os anjos, os santos e
de modo geral as cenas que instruíssem os fiéis sobre os conhecimentos morais e espirituais da doutrina cristã.
Dessas afirmações deve-se dizer que:
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a) Todas são corretas.
b) Nenhuma é correta.
c) Somente I e II são corretas.
d) Somente I e III são corretas.
e) Somente II e III são corretas.
185. (UFPE/PE) A Guerra dos Cem Anos teve efeitos dos mais diversos na Europa medieval. Além da figura polêmica de
Joana D’Arc, a guerra trouxe influências nas relações de poder, consolidou a monarquia francesa, contribuindo para o
enfraquecimento do feudalismo. As origens da guerra estão relacionadas com:
a) Conflitos entre nobres feudais da França e da Inglaterra motivados pela disputa de terras.
b) O poder da religião católica e interferência do Papa na ordem internacional da época.
c) O misticismo religioso propagado por Joana D’Arc.
d) O crescimento do feudalismo na França e a busca da Inglaterra de terras para sua expansão.
e) A falta de habilidade diplomática dos monarcas franceses com invasões sucessivas ao território inglês.
186. (ENEM) Se a mania de fechar, verdadeiro habitus da mentalidade medieval nascido talvez de um profundo
sentimento de insegurança, estava difundida no mundo rural, estava do mesmo modo no meio urbano, pois que uma das
características da cidade era de ser limitada por portas e por uma muralha.
DUBY, G. “Séculos XIV-XV” in: ARIÈS, P. & DUBY, G. História da vida privada: da Europa feudal à renascença. São Paulo: Cia. das Letras, 1990 (adaptado).
As práticas e os usos das muralhas sofreram importantes mudanças no final da Idade Média, quando elas assumiram a
função de pontos de passagem ou pórticos. Este processo está diretamente relacionado com:
a) O crescimento das atividades comerciais e urbanas.
b) A migração de camponeses e artesãos.
c) A expansão dos parques industriais e fabris.
d) O aumento do número de castelos e feudos.
e) A contenção das epidemias e doenças.
187. (UNESP/SP) No século XIII, os barões ingleses, contando com o apoio de alguns mercadores e religiosos,
sublevaram-se contra as pesadas taxas e outros abusos. O rei João Sem Terra acabou aceitando as exigências dos
vassalos sublevados e assinou a Magna Carta. Pode-se afirmar que o documento apresenta importante legado do
mundo medieval porque:
a) Reafirmava o princípio do poder limitado dos monarcas para fixar novos tributos.
b) Freou as lutas entre os cavaleiros e instituiu o Parlamento subdividido em duas Câmaras.
c) Assegurava antigas garantias a uma minoria privilegiada, mas veiculava princípios de liberdade política.
d) Limitou as ambições políticas dos papas, mesmo tratando-se de um contrato feudal.
e) Proclamava os direitos e as liberdades do homem do povo, através de 63 artigos.
188. (PUC/SP) Leia as afirmações a seguir.
I – A arte medieval deixou registros de um profundo desejo coletivo de enaltecimento da obra divina, procurando sempre
representar o equilíbrio da natureza e a perfeição do físico humano.
II – A arte vitral, as esculturas e os murais pintados nos templos cristãos, durante a Idade Média, propiciaram tanto a
criação de uma atmosfera sublime nesses interiores, quanto à iniciação dos frequentadores, através dos ícones expostos
na história bíblica.
III – A música praticada nos cultos cristãos medievais tinham, essencialmente, um caráter litúrgico. Seus praticantes, os
menestréis, buscavam inspirações nos sons cotidianos, que resultavam em composições cuja riqueza polifônica exercia
fascinação nos religiosos.
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É (São) correta(s):
a) A afirmação I apenas.
b) As afirmações I e II apenas.
c) As afirmações I, II e III.
d) A afirmação II apenas.
e) As afirmações II e III apenas.
189. (FUVEST/SP) As feiras na Idade Média constituíram-se:
a) Instrumentos do comércio local das cidades para o abastecimento cotidiano de seus habitantes.
b) Áreas exclusivas de câmbio das diversas moedas europeias.
c) Locais de comércio de amplitude continental que dinamizaram a economia da época.
d) Locais fixos de comercialização da produção dos feudos.
e) Instituições carolíngias para renascimento do comércio abalado com as invasões no Mediterrâneo.
190. (UNESP/SP) [Na Idade Média] Homens e mulheres gostavam muito de festas. Isso vinha, geralmente, tanto das
velhas tradições pagãs (...), quanto da liturgia cristã.
LE GOFF, J. A idade média explicada aos meus filhos – 2007.
Sobre essas festas medievais, podemos dizer que:
a) Muitos relatos do cotidiano medieval indicam que havia um confronto entre as festas de origem pagã e as criadas pelo
cristianismo.
b) Os torneios eram as principais festas e rompiam as distinções sociais entre senhores e servos que, montados em
cavalos, se divertiam juntos.
c) A Igreja Católica apoiava todo tipo de comemoração popular, mesmo quando se tratava de culto pagão.
d) As festas rurais representavam sempre as relações sociais presentes no campo, com a encenação do ritual de
sagração de cavaleiros.
e) Religiosos e nobres preferiam as festas privadas e pagãs, recusando-se a participar dos grandes eventos públicos
cristãos.
191. (MACKENZIE/SP) Sobre a Carta Magna inglesa de 1215, é correto afirmar que:
a) Foi assinada pelo rei João Sem Terra, consolidando a separação entre Inglaterra e Papa, tornando-o chefe da Igreja.
b) Determinou que os bens da Igreja passariam às mãos da nobreza inglesa que apoiava o rei João Sem Terra,
instituindo a monarquia constitucional.
c) Proclamou o rei João Sem Terra Lorde Protetor da Inglaterra, Escócia e Irlanda, desencadeando uma onda de
nacionalismo extremado.
d) Foi imposta pela nobreza inglesa ao rei João Sem Terra, limitando o poder real e obrigando-o a respeitar os direitos
tradicionais de seus vassalos.
e) Criou o Parlamento inglês bicameral constituído pelas Câmaras dos Lordes e dos Comuns, impondo ao rei João Sem
Terra a Declaração dos Direitos (Bill of Rights).
192. (FGV/SP) Estudos sobre a história do clima apontam para a existência de um “pequeno ótimo medieval”. Em torno
do ano mil, o clima europeu suavizou-se, facilitando a navegação nas áreas setentrionais da Europa. Ondas de calor
estenderam-se também sobre regiões centrais e meridionais até o século XII. Na primeira metade desse século, houve
um resfriamento seguido de um novo período de elevação térmica que se estendeu até o início do século XIII.
No Ocidente Medieval, esse período (séculos XI-XIII) caracterizou-se:
a) Pela retração das atividades agrícolas e por uma acentuada queda demográfica.
b) Pela expansão das atividades mercantis e pelo florescimento urbano.
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c) Pela ampliação da produção agrícola e pela regressão das atividades mercantis.
d) Pelo início das invasões germânicas e do processo de ruralização da Europa feudal.
e) Pela estagnação econômica e pela proliferação de doenças epidêmicas.
193. (UFMG/MG) A Questão das Investiduras, solucionada, em parte, pela concordata de Worms (1122), consistiu,
basicamente, num conflito entre o poder temporal e a Igreja sobre:
a) A interferência dos cruzados na vida econômica do Santo Império.
b) A posse do chamado Patrimônio de São Pedro, na Itália.
c) O direito de nomeação de bispos que, muitas vezes, eram senhores feudais.
d) A subordinação do poder espiritual ao poder temporal, de acordo com o direito natural.
e) A crise decorrente da participação da Igreja a favor do feudalismo.
194. (FGV/SP) Analise o quadro abaixo.
Italiano
Inglês
Domenica
Sunday
(dia do Senhor)
(dia do Sol)
Lunedi
Monday
(dia da Lua)
(dia da Lua)
Martedi
Tuesday
(dia de Marte, deus da guerra na mitologia romana)
(dia de Tiwaz, deus das assembleias na mitologia germânica)
Mercoledi
Wednesday
(dia de Mercúrio, deus do comércio na mitologia romana)
(dia de Woden, chefe germânico)
Gioverdi
Thursday
(dia de Júpiter, deus do céu na mitologia romana)
(dia de Thor, deus dos raios na mitologia germânica)
Venerdi
Friday
(dia de Vênus, deusa do amor na mitologia romana)
(dia de Freya, deusa do amor na mitologia germânica)
Sabato
Saturday
(dia do repouso, derivado do hebraico “shabat”)
(dia de Saturno, pai de Júpiter na mitologia romana)
FRANCO JÚNIOR, H. A Idade Média, nascimento do Ocidente.
A respeito da denominação dos dias da semana é correto afirmar que:
a) Ilustra a originalidade da cultura ocidental, baseada exclusivamente no cristianismo e na mitologia romana.
b) Ilustra preponderância da cultura céltica na articulação de elementos de diversas culturas que se enraizaram na
Europa durante o período medieval.
c) Ilustra o processo de síntese cultural constitutivo do período medieval com características variáveis, de acordo com as
regiões da Europa Ocidental.
d) Ilustra a impermeabilidade da cultura medieval às influências romanas.
e) Ilustra a preponderância da cultura judaica na constituição da Europa medieval.
195. (UFPR/PR) No período medieval, algumas situações contribuíram para a progressiva centralização do poder e
futura instalação dos Estados Nacionais modernos. Sobre isso é correto afirmar que:
I – Através da “Reconquista”, os cristãos empreenderam a tomada da península Ibérica aos muçulmanos, favorecendo a
formação dos reinos ibéricos.
II – Insegurança, diversidade de leis e de moedas, acúmulo de pedágios eram situações feudais que levaram a crescente
burguesia a apoiar a realeza contra os senhores feudais.
III – Na França medieval, o processo centralizador teve contribuição decisiva de Filipe Augusto, que enfrentou os
ingleses plantagenetas, impôs sua autoridade sobre os senhores feudais, promoveu progressos na burocracia real,
exemplificada pela criação dos bailios, funcionários do rei encarregados da aplicação de leis e editos reais.
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IV – É do período medieval a consolidação e apogeu das práticas mercantilistas, que dominavam a vida econômica e
social.
V – Na Inglaterra medieval, a monarquia instalada era forte até o século XIII, quando sofre limitações com a imposição da
Magna Carta e a instituição do Parlamento.
Assinale:
a) Se apenas IV for incorreta.
b) Se apenas I, II e V forem corretas.
c) Se apenas II e III forem incorretas.
d) Se todas forem corretas.
e) Se apenas V for correta.
196. (FUVEST/SP) As cidades medievais:
a) Não diferiam das cidades greco-romanas, uma vez que ambas eram, em primeiro lugar, centros políticoadministrativos e local de residência das classes proprietárias rurais e, secundariamente, centros de comércio e
manufatura.
b) Não diferiam das cidades da época moderna, uma vez que ambas, além de serem cercadas por grossas muralhas,
eram, ao mesmo tempo, centros de comércio e manufatura e de poder, isto é, politicamente autônomas.
c) Diferiam das cidades de todas as épocas e lugares, pois o que as definia era, precisamente, o fato de serem espaços
fortificados, construídos para abrigarem a população rural durante as guerras feudais.
d) Diferentemente de suas antecessoras greco-romanas, eram principalmente centros de comércio e manufatura e,
diferentemente de suas sucessoras modernas, eram independentes politicamente, dominando um entorno rural que lhes
garantia o abastecimento.
e) Eram separadas da economia feudal, pois sendo esta incapaz de gerar qualquer excedente de produção, obrigava-as
a importar alimentos e a exportar manufaturas fora do mundo feudal, daí a importância estratégica do comércio medieval.
197. (UFBA/BA) A autoridade monárquica e a formação dos Estados Nacionais, no início da Idade Moderna, foram
favorecidas:
a) Pelo apoio da Igreja e pelo poder temporal dos Papas.
b) Pelo crescente poder dos nobres e dos cavaleiros feudais.
c) Pela presença de muçulmanos e de sarracenos na Europa Ocidental.
d) Pela militarização do rei e por sua aliança com mercadores e comerciantes.
e) Pela invasão de bárbaros germanos e eslavos na Europa.
198. (PUC/SP) Eu, Preste João, sou o Senhor dos Senhores e me avantajo a todos os reis da Terra inteira em todas as
abundâncias que existem debaixo do Céu, em força e em poder. A Nossa Magnificência domina as três Índias; o nosso
território começa na Índia posterior, na qual repousa o corpo do apóstolo São Tomé, estende-se pelo deserto em direção
ao berço do Sol, e desce até a deserta Babilônia, contígua à Torre de Babel. (...) Na nossa terra nascem e crescem
elefantes, dromedários, camelos, hipopótamos, crocodilos, metagalináceos, grifos (..) homens com cornos, faunos,
sátiros e mulheres da mesma raça, pigmeus cinocéfalos, gigantes cuja altura é de quarenta côvados, monóculos,
ciclopes (...) e quase todo o gênero de animais que existem debaixo do Céu.
Disponível em http://www.ricadocosta.com/pub/publica.htm. Acesso em 05/07/2006.
O texto acima é um fragmento da “Carta do Preste João” (apócrifa) – do século XII – endereçada ao imperador de
Bizâncio. Preste João, um rei padre que se dizia cristão, declarava-se senhor das três Índias e dono de riquezas
fabulosas. Com base no texto e nos conhecimentos sobre a Idade Média, é correto afirmar:
a) Quando Cristóvão Colombo concebeu suas viagens de navegação, os conhecimentos geográficos disponíveis,
principalmente os mapas de Toscanelli e a Geografia de Ptolomeu, haviam eliminado quaisquer resquícios da
mentalidade do medievo.
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b) No período retratado, devido à influência exercida pela Igreja Católica na Europa, textos como a Carta de Preste João
careciam de crédito, posto que a literatura clássica de origem greco-romana estava enraizada na cultura dos
camponeses no medievo.
c) O texto de Preste João revela uma profunda sintonia com o imaginário medieval europeu, que situava todas as
maravilhas terrestres no ponto mais extremo do Oriente, localizadas por alguns estudiosos do século XII na América.
d) Os escritos resultantes das viagens ao mundo “além-Mediterrâneo”, por abordarem uma humanidade fantástica, eram
desconsiderados na Idade Média, em razão da existência de rígidas barreiras entre a literatura científica e a de fantasia.
e) Na época representada no texto, predominavam geografias imprecisas e imaginárias, onde o maravilhoso e o estranho
preenchiam o lugar do desconhecido, que só as grandes viagens de navegação dos séculos XV e XVI permitiam
questionar.
199. (ENEM) A Peste Negra dizimou boa parte da população europeia, com efeitos sobre o crescimento das cidades. O
conhecimento médico da época não foi suficiente para conter a epidemia. Na cidade de Siena, Agnolo di Tura escreveu:
“As pessoas morriam às centenas, de dia e de noite, e todas eram jogadas em fossas cobertas com terra e, assim que
essas fossas ficavam cheias, cavavam-se mais. E eu enterrei meus cinco filhos com minhas próprias mãos (...). E
morreram tantos que todos achavam que era o fim do mundo”.
TURA, A. “The plague in Siena: a italian chronicle” in: BROWSKT, W. The Black Death: a turning point in history? Nova York: HEW, 1971.
O testemunho de Agnolo di Tura, um sobrevivente da Peste Negra, que assolou a Europa durante parte do século XIV,
sugere que:
a) O flagelo da Peste Negra foi associado ao fim dos tempos.
b) A Igreja buscou conter o medo da morte, disseminando o saber médico.
c) A impressão causada pelo número de mortos não foi tão forte, porque as vítimas eram poucas e identificáveis.
d) Houve substancial queda demográfica na Europa no período anterior à Peste.
e) O drama vivido pelos sobreviventes era causado pelo fato de os cadáveres não serem enterrados.
200. (UNESP/SP) A fim de satisfazer as necessidades do castelo, os comerciantes começaram a afluir à frente da sua
porta, perto da ponte: mercadores, comerciantes de artigos caros e, depois, donos de cabaré e hoteleiros que
alimentavam e hospedavam todos aqueles que negociavam com o príncipe (...). Foram construídas assim casas e
instalaram-se albergues onde eram alojados os que não eram hóspedes do castelo (...). As habitações multiplicaram-se
de tal sorte que foi logo criada uma grande cidade.
Jean Long, cronista do século XIV.
De acordo com o texto, o nascimento de algumas cidades da Europa resultou da:
a) Transformação do negociante sedentário em comerciante ambulante.
b) Oposição de senhores feudais à instituição do mercado no seu castelo.
c) Atração exercida pelos pregadores religiosos sobre a população camponesa.
d) Fixação crescente de uma população ligada às atividades mercantis.
e) Insegurança provocada pelas lutas entre nobres feudais sobre a atividade mercantil.
201. (FUVEST/SP) Sobre a Guerra dos Cem Anos (1337-1453) indique:
a) As principais monarquias envolvidas e o palco do conflito.
b) Suas causas principais e sua importância para a França.
202. (UNESP/SP) Um peso colossal de estupidez esmagou o espírito humano. A pavorosa aventura da Idade Média,
essa interrupção de mil anos na História da humanidade.
RENAN, E. Reminiscências da infância e da mocidade – 1883.
Forneça dois exemplos, de natureza cultural, que contradizem o juízo do autor sobre o período medieval.
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203. (FUVEST/SP) Na Europa Ocidental dos nossos dias, em consequência do processo de integração, verifica-se um
problema parecido com o que existiu durante a Baixa Idade Média. Trata-se do problema de articulação das três esferas
do poder político: o poder local, o poder do Estado-nação e o poder supranacional. Hoje, a integração é feita, ao contrário
do que ocorreu no final da Idade Média, em prejuízo do poder do Estado-nação.
SOT, M. “O cristianismo amalgamou o ocidente” in: IBAÑES, M. (ed.). História viva. São Paulo: Duetto, 2005, ano II, nº 22, p. 36.
A partir do texto acima e de seus conhecimentos, responda:
a) Quem exercia cada uma das três esferas do poder durante a Baixa Idade Média?
b) Qual delas, no fim desse período histórico, se sobrepôs às demais? Por quê?
204. (UNICAMP/SP) Godrici de Finchale foi um mercador que viveu no século XI, na Baixa Idade Média, no leste da atual
Inglaterra.
Quando o rapaz, depois de ter passado os anos da infância sossegadamente em casa, chegou à idade
varonil, principiou a aprender com cuidado e persistência o que ensina a experiência do mundo. Para isso decidiu não
seguir a vida de lavrador, mas estudar, aprender e exercer os rudimentos de concepções mais sutis. Por esta razão,
aspirando à profissão de mercador, começou a seguir o modo de vida do vendedor ambulante, aprendendo primeiro
como ganhar em pequenos negócios e coisas de preços insignificantes; e, então, sendo ainda um jovem, o seu espírito
ousou pouco a pouco comprar, vender e ganhar com coisas de maior preço.
DURNHAM, R. “Libellus de vita et miraculis S. Gondri” in: ESPINOSA, F. Antologia de textos históricos medievais. Lisboa: Sá da Costa Editora, 1981, p. 198.
a) Segundo o texto, o ofício de mercador exigia uma preparação diferente daquela do lavrador. Quais eram as diferenças
entre esses dois ofícios?
b) Cite duas características do renascimento comercial e urbano ocorrido no final do período medieval.
205. (UNESP/SP) Neste tempo revoltaram-se os camponeses em Beauvoisin. Entre eles estava um homem muito
sabedor e bem falante, de bela figura e forma chamado Guilherme Carlos. Os camponeses fizeram-no seu chefe e a
estes lhe dizia que se mantivessem unidos. E quando os camponeses se viram em grande número, perseguiram e
mataram os homens nobres. Inclusive muitas mulheres e crianças nobres, pelo que Guilherme Carlos lhes disse muitas
vezes que se excediam demasiadamente; mas nem por isso deixaram de o fazer.
Adaptado de “Crônica dos quatro primeiros Valois – 1327-1392” in: Antologia de textos históricos medievais.
O documento oferece subsídios sobre a “jacquerie”, revolta camponesa ocorrida em 1358 na França, abalada pela
Guerra dos Cem Anos, entremeada de crises e epidemias que se propagavam. Com base no texto:
a) Justifique o caráter antifeudal da “jacquerie”.
b) Cite três grandes calamidades do século XIV.
206. Leia o texto:
A “civilização” a que estamos acostumados a considerar como uma posse que aparentemente nos chega
pronta e acabada, sem que perguntemos como viemos a possuí-la, é um processo ou parte de um processo em que nós
mesmos estamos envolvidos. A Idade Média deixou-nos grande volume de informações sobre o que era considerado
comportamento socialmente aceitável. Nesse particular, preceitos sobre a conduta às refeições também tinham
importância muito especial. Comer e beber nessa época ocupavam uma posição muito mais central na vida do que hoje,
quando propiciavam – com frequência, embora nem sempre – o meio e a introdução às conversas e ao convívio.
(...) Nas casas dos mais ricos, os pratos são em geral tirados de um aparador, embora, frequentemente, sem
nenhuma ordem especial. Todos tiram – ou mandam tirar – o que lhes agrada no momento. As pessoas se servem em
travessas comuns. Os sólidos (principalmente a carne) são pegos com a mão e os líquidos com conchas ou colheres.
Mas sopas e molhos ainda são frequentemente bebidos levando-se à boca os pratos ou travessas. Durante muito tempo,
além disso, não houve utensílios especiais para diferentes alimentos. Eram usadas as mesmas facas e colheres. E
também os mesmos copos.
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Ao final da Idade Média, o garfo surgiu como utensílio para retirar alimentos da travessa comum. Nada menos
que uma dúzia de garfos são encontrados entre os objetos de valor da Carlos V. Já o inventário de Carlos de Savoia,
muito rico em utensílios opulentos de mesa, menciona um único garfo. No século XI, um doge de Veneza casou-se com
uma princesa grega. No círculo bizantino da princesa, o garfo era evidentemente usado. De qualquer modo, sabemos
que ela levava o alimento à boca “usando um pequeno garfo de ouro de dois dentes”. Este fato, porém, provocou um
horrível escândalo em Veneza. A novidade foi considerada um sinal tão exagerado de refinamento que a dogaresa
recebeu severas repreensões dos eclesiásticos, que invocaram para ela a ira divina. Pouco depois, ela foi acometida de
uma doença repulsiva e São Boaventura não hesitou em declarar que isto foi um castigo de Deus.
Não obstante, a atitude que acabamos de descrever no tocante à “inovação” do garfo demonstra algo com
especial clareza. As pessoas que comiam juntas na maneira costumeira na Idade Média, pegando a carne com os dedos
na mesma travessa, bebendo vinho no mesmo cálice, tomando a sopa na mesma sopeira ou prato fundo, (...) tinham
entre si relações diferentes das que hoje vivemos. E isto envolve não só o nível de consciência, clara, racional, pois sua
vida emocional revestia-se também de uma diferente estrutura e caráter. Suas emoções eram condicionadas a formas de
relações e condutas que, em comparação com os atuais padrões de condicionamento, parecem-nos embaraçosas ou
pelo menos sem atrativos. O que faltava nesse mundo cortês (...) era a parede invisível de emoções que parece hoje se
erguer entre um corpo humano e outro, repelindo e separando, a parede que é frequentemente perceptível à mera
aproximação de alguma coisa que esteve em contato com a boca ou as mãos de outra pessoa, e que se manifesta como
embaraço à mera vista de muitas funções corporais de outrem, e não raro à sua mera menção, ou como um sentimento
de vergonha quando nossas próprias funções são expostas à vista de outros, e em absoluto apenas nessas ocasiões.
ELIAS, N. O processo civilizador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1995, v.1, p. 73-82 (adaptado).
O padrão de comportamento medieval era um pouco diverso daquilo que costumamos considerar “educado” atualmente.
Além dos costumes à mesa, quais outros elementos da vida cotidiana seriam também diferentes dos nossos?
207. Em 1154, com a morte do último herdeiro de Guilherme I, subiu ao trono Henrique, conde Anjou, um nobre francês
de origem normanda. Coroado como Henrique II (1154-1189) inaugurou a dinastia dos Plantagenetas ou Angevina.
VICENTINO, C. História geral. São Paulo: Scipione, 1997, p.124.
a) O reinado de Henrique II caracterizou-se pela ampliação dos poderes reais através da adoção de certas medidas,
dentre elas a Common Law. Explique o seu significado.
b) Irmão de Ricardo Coração de Leão, João Sem Terra (1199-1216) foi submetido a uma redução de seu poder político
através da Magna Carta. Qual(is) o(s) objetivo(s) de tal documento?
208. As letras de câmbio, talvez aparentadas com as cartas de crédito dos árabes, são um tipo de título negociável no
mercado. Consistem numa ordem de pagamento em que uma pessoa (sacador ou emitente) ordena que uma segunda
pessoa (sacado) pague determinada quantia a uma terceira (tomador ou beneficiário), Deve trazer de forma explícita o
valor do pagamento, a data e o local para efetuá-lo. Acredita-se que a letra de câmbio teve origem na Itália, ainda na
Idade Média, como forma de evitar o transporte de grandes somas de dinheiro e, ao mesmo tempo, reduzir os problemas
ocasionados pelas diferentes moedas cunhadas em cada cidade.
SANDRONI, P. (org.). Dicionário de economia. São Paulo: Nova Cultural, 1989, p. 173.
A partir do século XIII, a Europa ocidental iniciou um período de redescoberta das atividades mercantis, graças aos
resultados obtidos pela Quarta Cruzada e a progressiva retomada do mar Mediterrâneo das mãos dos árabes. Cite e
explique quais as regiões do continente que melhor sintetizam esse renascimento comercial e o porquê de suas
vantagens sobre as demais localidades.
209. (UNICAMP/SP) Num lugar da Mancha, vivia um fidalgo. Nosso fidalgo já beirava os cinquenta (...) e em seus
momentos de ócio (ou seja, a maior parte do ano), entregava-se a devorar livros de cavalaria, com tanta paixão e gosto,
que deu por esquecer por completo do exercício da caça e até mesmo da administração da fazenda.
CERVANTES, M. O engenhoso fidalgo D. Quixote de la Mancha. Belo Horizonte/Itatiaia; Brasília/INL, 1984, vol. 1, p. 27-28.
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a) Cite um evento da história da Espanha medieval no qual os cavaleiros fidalgos tiveram importante atuação.
b) Destaque, do texto, duas atitudes que sugerem a decadência dos cavaleiros medievais na Europa.
c) Mencione duas mudanças nas sociedades medievais europeias que contribuíram para o surgimento dos Estados
Nacionais.
210. (UNIFESP/SP)
Catedral de Saint Denis, França.
Essa oposição entre o alto e o baixo expressa na construção dos castelos fortificados e das catedrais é muito importante
na Idade Média. Corresponde, evidentemente, à oposição entre o céu e a terra, entre “lá em cima” e “aqui em baixo”. É
daí que vem a importância dada a elementos como a muralha e a torre. As igrejas medievais possuem, geralmente,
torres extraordinárias. As casas dos habitantes ricos das aldeias também tinham torres.
LE GOFF, J. A idade média explicada aos meus filhos. Rio de Janeiro: Agir, 2007.
A partir da imagem e do texto, indique um estilo arquitetônico medieval que corresponda à descrição.
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Lista 7 | História | Aulas 31 a 36: Renascimento Comercial e Urbano / Monarquias Nacionais / Cultura Medieval
Gabarito
Múltipla escolha
181
D
191
D
182
C
192
E
183
B
193
C
184
D
194
C
185
A
195
A
186
C
196
A
187
A
197
D
188
D
198
E
189
E
199
A
190
A
200
B
Gabarito
Dissertativas
201.
a) Monarquias francesa e inglesa, confrontando-se em ambos os territórios (com destaque para o condado de Flandres).
b) Disputa pelo trono francês e monopolização das atividades mercantis ligadas aos produtos têxteis. Para a França, o
confronto possibilitou a plena consolidação da vitória da nobreza contra os interesses expansionistas dos mercadores
flamengos e ingleses.
202.
Essa visão preconceituosa tem sido combatida por medievalistas que mostram a ocorrência de diversos exemplos de
efervescência cultural na Idade Média, tais como uma produção cultural baseada na filosofia de Santo Agostinho (que
retomava elementos da filosofia platônica), a produção intelectual (ainda que dispersa nos mosteiros medievais), o
Renascimento Carolíngio (marcado pelo estudo do latim, do direito romano e da construção de igrejas), o estilo
arquitetônico gótico e a forte presença da cultura muçulmana na península Ibérica, que repercutiu em toda a Europa.
203.
a) O poder local era exercido pelo senhor feudal, que controlava seus domínios. O poder do Estado-nação era pretendido
pelos reis, em dinastias que rivalizavam entre si. E o poder supranacional era exercido pela Igreja católica.
b) No final da Idade Média, as dificuldades dos nobres em manterem sua arrecadação e produção, dadas a fuga de mão
de obra e a atuação da burguesia, levaram a centralização do poder, formando-se grandes unidades militares,
econômicas e culturais que estruturaram o Estado-nação.
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204.
a) O texto cita um mercador do século XI para tratar das mudanças das concepções de trabalho advindas do
renascimento comercial que então se iniciava. O ofício de mercador exigia estudo e preparação, uma vez que era preciso
adquirir conhecimentos específicos, necessários em transações com diferentes moedas, sistemas de pesos e medidas,
demandas dos consumidores, etc. Já o ofício do lavrador demandava conhecimentos mais ligados a variações da
natureza – tempo das chuvas, melhor época par ao cultivo e para a colheita, sistema de repouso de terras, entre outros.
b) O renascimento comercial caracterizou-se pelo aumento das trocas de produtos agrícolas e artesanais, pelo
surgimento de novas rotas comerciais (marítimas e terrestres), o desenvolvimento de feiras, as associações burguesas
(como as Corporações de Ofício e as Hansas) e ainda o aumento do mercado de consumo – reflexo do trabalho
assalariado. Além disso, implicou transformações do espaço urbano, com o alargamento das estradas de acesso,
grandes construções em estilo gótico (catedrais), aumento do número de casas e oficinas artesanais.
205.
a) As revoltas camponesas eram, acima de tudo, um reflexo da ruptura da dependência do servo em relação ao senhor;
além disso, os saques e ataques aos castelos da nobreza demonstram a revolta do campesinato francês contra um
sistema que permitia que fossem tão explorados.
b) Podemos citar a epidemia de peste bubônica, a fome e as guerras entre os senhores feudais.
206.
Cabe mencionarmos o relacionamento quase inquestionável com o sagrado, na medida em que a mentalidade dos
indivíduos se condicionava a estratagemas impostos pelo pensamento teocêntrico da Igreja; a divisão estamental do
esquema socioeconômico, delegando funções específicas a cada grupo (o trabalho, a caça e a oração); as procissões
sacras, manifestação do apego religioso típico do homem medieval; as inúmeras festas que pontuavam tanto o
calendário litúrgico como o temporal; e o crescimento das tavernas e prostíbulos juntamente com a retomada do estilo de
vida urbano.
207.
a) Um mesmo conjunto de leis válido para todo o território britânico.
b) O documento determinava que, a partir da data de sua publicação (1215), os reis ingleses só poderiam aumentar
impostos ou alterar as leis com a aprovação do “Grande Conselho”, composto por representantes da sociedade.
208.
Região Sul = cidades italianas. Além da proximidade com o mar Mediterrâneo e o fortalecimento das relações com o
Oriente após a 4ª Cruzada, podemos citar também as experiências anteriores no comércio e a primazia na distribuição
das mercadorias pela Europa / Região Norte = mares Báltico e do Norte. Novas rotas marítimas e terrestres foram sendo
montadas para dar conta de suprir as necessidades do comércio e do escoamento da produção de lã de Flandres.
209.
a) Guerra de Reconquista.
b) “momentos de ócio” / “esquecer por completo do exercício da caça”.
c) A submissão da nobreza ao poder político real e o surgimento e a ascensão econômica da burguesia.
210.
O estilo arquitetônico medieval com “torres extraordinárias” é o gótico. Marcado por linhas pontiagudas, arcos ogivais e
presença intensa de vitrais, o estilo gótico ganhou espaço em meio à urbanização na Baixa Idade Média.
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LISTA DE EXERCÍCIOS 7