O nascimento de uma arte nova e a
Semana de 22
• Os intelectuais e artistas brasileiros dos anos
de 1920 queriam por fim a influência vinda dos
padrões rígidos da Academia Francesa. Esses
padrões não valorizavam a criatividade, mas
sim a imitação fiel de modelos acadêmicos. A
ideia para o grupo de artistas era renovar o
conceito de arte.
• Os modernistas rejeitavam o passado
acadêmico, desejando uma linguagem de
acordo com o seu tempo, e junto a isso
desenvolver uma arte brasileira autêntica, que
refletisse as características do povo, do país.
• O desejo de divulgar nossa cultura e
valores, em oposição a tudo que
lembrasse as formas tradicionais trazidas
ao Brasil pela Missão Artística Francesa
no inicio do século XIX.
O que foi a Missão artística Francesa?
• Em 1816, a MAF chega ao Rio de Janeiro,
à residência real. Vem substituir a arte
religiosa introduzindo o neoclassicismo,
estilo predominante na Europa. Assim
sendo, a Academia Imperial de BelasArtes do RJ abre suas portas e a arte
oficial do império é ensinada aos artistas
coloniais. Esta influência dura um século.
Três acontecimentos importantes
antecedem a Semana de 22:
1. Exposição de Lasar Segall – 1913
2. Exposição de Anita Malfatti – 1917
( artigo de Monteiro Lobato “Paranóia
ou mistificação)
3. A escultura de Brecheret – 1919
Movimento Pau-Brasil
Criado por Oswald de Andrade,
este movimento alerta para a
valorização das raízes nacionais,
que devem ser o ponto de partida
para os artistas brasileiros.
• Semana de Arte Moderna
• Dias 13, 15 e 17 de fevereiro de 1922
• Teatro Municipal de São Paulo
Capa do catálogo da Semana de Arte Moderna de 1922, desenhada
por Di Cavalcanti
Alguns Pintores que participaram da
Semana de 22
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Di Cavalcanti
Zina Aita
Martins Ribeiro
Oswald Goeldi
Regina Graz
Vicente do Rego Monteiro
Anita Malfatti
Almeida Prado
TARSILA DO AMARAL - 1886 - 1973
TARSILA DO AMARAL (1886-1973)
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Tarsila não expôs na Semana de 22, mas
colaborou decisivamente para o
desenvolvimento da arte moderna brasileira,
pois sua obra indicava novos rumos, a ligação
com as nossas raízes culturais.
Inicio de sua carreira – 1916
Em 1920 viaja à Europa
Em 1922 volta ao Brasil
Em 1923 voltou à Europa
• Em 1924 retorna ao Brasil e inicia a “Fase
Pau-Brasil”, onde as características desta
fase são “as cores caipiras, rosas e azuis,
as flores, a estilização geométrica das
frutas e plantas tropicais, dos caboclos e
negros, da melancolia das cidadezinhas...”
“ A Negra” 1923
“Autorretrato ou Le manteau rouge” (1923)
“Morro da Favela” (1924)
“A Feira”
“ A Cuca” (1924)
“O Pescador”
“A Gare” (1925)
“Rio de Janeiro” (1923)
FASE ANTROPOFÁGICA - 1928
A teoria antropofágica propunha que os
artistas brasileiros conhecessem os
movimentos estéticos modernos
europeus, mas criassem uma arte com
feição brasileira. Partindo desta teoria o
artista para ser moderno não bastava
seguir as tendências européias, era
preciso criar algo enraizado na cultura do
país.
“Abapuru” 1928 -nome de origem indígena que significa “antropófago”.
“O Lago” (1928)
“A Lua” (1928)
“Sol Poente” (1929)
“Cartão Postal”
“Manaca”
“Floresta”
FASE SOCIAL - 1930
Depois de uma viagem realizada aos
países socialistas (1930), Tarsila passou
por uma fase de temática social.
Tarsila representou questões sociais
retratando pessoas tristes e oprimidas, a
miséria, a dor e a desigualdade das raças.
“Operários” (1933)
“2ª Classe” (1933)
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