FIM DE SEMANA >
VILA DE MESSEJANA HOMENAGEIA MANUEL DE BRITO RUAS
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2012.08.10 • semanário regional
FUNDADO EM 2006. DIRECTOR: ANTÓNIO JOSÉ BRITO // ANO: 7 // N: 322
€0,70
IVA Incluído
FUTEBOL >p05
FUTEBOL >p17
DIOGO GONÇALVES
MIÚDO DE ALMODÔVAR
BRILHA NO BENFICA
FC CASTRENSE PREPARA
REGRESSO À 3ª DIVISÃO
COM EQUIPA REFORÇADA
Parque Alqueva
morreu na praia
TURISMO > Promotores do complexo turístico, liderados por José Roquette, apresentaram insolvência em Tribunal
>OURIQUE
ACPA vai
construir
nova sede
 A Associação de Criadores de Porco Alentejano (ACPA), sediada em Ourique, vai ter
uma nova sede durante o ano de 2013. As
obras de requalificação do futuro espaço,
que fica localizado nas imediações do actual
“quartel-general” da ACPA, já arrancaram e
custarão cerca de 173 mil euros. >p11
PRESIDENTE DA CÂMARA
OURIQUE REDUZ
UM MILHÃO POR
ANO NA DÍVIDA
> FERREIRA DO ALENTEJO
Canhestros
exige médico
de regresso
 A Câmara de Ferreira do Alentejo exigiu a
pub.
reabertura do Posto Médico de Canhestros. A
Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo
garante que as consultas estão garantidas em
Ferreira até terminarem as obras na extensão
de saúde. >p03
2
2012.08.10
regiÃO
>Zambujeira do Mar
GNR DETEVE 23 SUSPEITOS DE TRÁFICO DE DROGAS NO FESTIVAL SUDOESTE
 A GNR deteve 23 suspeitos de tráfico de estupefacientes nas imediações do Festival Sudoeste TMN,
que terminou domingo, 5, na Zambujeira do Mar,
tendo apreendido haxixe, cannabis, cocaína, heroína
e ecstasy. Os 23 suspeitos, todos do sexo masculino,
têm idades “entre os 19 e os 30 anos”.
BAiXOALENTEJO
> FeSTiVAL
A XXXXXXXXXX
MUSiCAL TeM “eFeiTOS SeCUNDÁriOS”
Sudoeste
complica
negócios
> ZAMBUJEIRA DO MAR. As opiniões não são unânimes, mas há muitas queixas.
Comerciantes da Zambujeira do Mar entendem que o Festival Sudoeste TMN deveria
realizar-se noutra data para não prejudicar a melhor quinzena de turismo de todo o
ano. Outros queixam-se do excesso de trabalho. E há quem considere que... melhor não
pode haver!
“Movimento” na Zambujeira aumenta
exponencialmente nos dias do
Sudoeste TMN. Em muitos casos,
isso prejudica o negócio.  DR
 Empresários e comerciantes da
Zambujeira do Mar, na costa alentejana, queixam-se de que o Festival
Sudoeste TMN veio estragar-lhes a
melhor quinzena de negócio que
tinham, e gostavam que fosse realizado noutra altura do verão. A
16ª edição do evento decorreu na
Herdade da Casa Branca entre 1 e
5 de Agosto e teve mais de 100 mil
visitantes.
Acúrcio Leal, proprietário do
Camping Zambujeira, à entrada
da localidade balnear do concelho
de Odemira, não hesita em afirmar
que, todos os anos, perde “para cima
de 35.000 a 40.000 euros” durante a
semana em que acontece o certame.
O empresário explicou à Agência
Lusa que, “antes de o festival existir, as famílias esperavam que os
gaiatos terminassem a escola” para
irem de férias, começando o parque
a “trabalhar forte a partir de 20 de
Julho”, e ficando “completamente
cheio” por volta de 5 de Agosto, até
praticamente ao final desse mês.
Depois de se começar a realizar o
evento, no final de Julho, “o parque
fica sem ninguém, porque as pessoas vão-se embora, com medo da
confusão”, assegurou Acúrcio Leal.
“Quando, às vezes, me telefonam a perguntar se ainda temos um
lugarzinho, a gente farta-se de rir,
porque temos muitos lugarzões”,
lamentou, acrescentando que fica
“escandalizado” com as notícias
que dizem que “a Zambujeira está a
abarrotar”.
Na localidade, na frequentada
rua Mira Mar, os comerciantes com
quem a Lusa falou mostraram-se
mais moderados nas críticas, mas
foram unânimes em afirmar que a
altura escolhida para a realização
do evento não foi a melhor.
“Era a melhor quinzena que tínhamos, com os melhores clientes
e o festival veio baralhar as nossas
coisas”, confessou Vítor Duarte, sócio da marisqueira e cervejaria “I”.
Apesar disso, diz que fez negócio,
embora à custa de “mais trabalho,
muito stresse e muita confusão”.
Leonel Figueirinhas, proprietário da residencial e da marisqueira “Miramar”, assim como do
supermercado da marca Frescos &
Companhia, confirmou que, nesta
altura, “trabalha-se mais um pouco”.
Se no restaurante e no supermercado, até faz “mais algum dinheiro”, no alojamento, o festival
“não trouxe grandes vantagens”,
pois “havia gente que vinha para ficar 15 dias e agora já não, por causa
da confusão”.
João Duarte, sócio-gerente do
restaurante “O Manel”, realçou que,
este ano, “dada a crise que estamos
ACúRCIO LEAL
Proprietário do Camping Zambujeira
Quando, às vezes, me
telefonam a perguntar se
ainda temos um lugarzinho [no parque de campismo], a gente farta-se
de rir, porque temos
muitos lugarzões!
2012.08.10
BAIXO ALENTEJO
3
REGIÃO
> ULSBA EXPLICA QUE O POSTO MÉDICO NÃO ESTÁ EM CONFORMIDADE
Câmara de Ferreira quer
consultas em Canhestros
 Os habitantes de Canhestros,
em Ferreira do Alentejo, “têm consultas garantidas” no Centro de
Saúde da sede de concelho até terminarem as obras na extensão de
Saúde local, assegurou a Unidade
Local de Saúde do Baixo Alentejo.
Num esclarecimento solicitado
pela Agência Lusa, a Unidade Local
de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA) explicou que, após as obras
efectuadas pela Câmara Municipal
na Extensão de Saúde de Canhestros, a sua equipa da Comissão de
Controlo da Infecção e de Risco
“verificou existirem não conformidades”.
“Foi dado conhecimento à Câmara de Ferreira do Alentejo, que
se disponibilizou para corrigir as
não conformidades”, tendo sido
designado “um interlocutor, junto
da autarquia, para acompanhamento das correções”, pode ler-se
no documento.
Até à conclusão das obras naquela infra-estrutura, segundo a
ULSBA, “os utentes da Extensão de
Canhestros têm médico de família
e consultas garantidas na sede do
Centro de Saúde”.
A Câmara de Ferreira do Alentejo exigiu, na segunda-feira, 6,
a reabertura do Posto Médico de
Canhestros, realçando que a valência está sem clínico há quase ano e
meio e acusando a ULSBA de falta
de “diálogo”.
Em declarações à Lusa, o presidente do Município, o socialista
Aníbal Reis Costa, explicou que,
em Abril, a ULSBA garantiu que,
Freguesia de Canhestros continua
sem ter o posto médico a funcionar
regularmente  DR
após as obras de requalificação, “o
posto voltaria a ter médico”, abrindo “no final de Maio ou no início de
Junho”.
“Mas, não só nada se passou,
como houve um completo desligamento e silêncio relativamente aos
contactos que a Câmara tem vindo
a fazer durante estes quase dois
meses”, realçou.
No esclarecimento enviado à
Lusa, a ULSBA indicou que “a equipa médica já foi reforçada” e garantiu que, “à data presente, todos os
utentes do concelho de Ferreira do
Alentejo têm médico de família”.
A entidade, que gere os hospitais de Beja e Serpa e os centros de
saúde do distrito de Beja, à exceção do de Odemira, refutou ainda
as críticas de falta de diálogo feitas
pelo autarca de Ferreira do Alentejo.
“Nem sempre é possível reunir,
repetidamente, com a mesma autarquia antes de terminar o ciclo
de reuniões de trabalho que o seu
conselho de administração, em
funções desde 26 de Janeiro, iniciou com todas as autarquias da
sua área de influência”, referiu a
entidade.
forças de segurança ou a constituição
de mega-agrupamentos escolares.
“Não contestamos a necessidade de
reorganizações e mudanças que aliem
eficácia social e rentabilização de
recursos. Mas o que está em curso é
avulso, descoordenado, apenas tendo
em conta a densidade populacional
e desertificador de vastos territórios e suas gentes, numa senda
persecutória que destruirá qualquer
possibilidade de coesão social
e territorial”, sublinha o
comunicado do PS de
Aljustrel, que considera
estas medidas como
“um ataque feroz” à
região.
Nesse sentido, os
socialistas aljustrelenses
prometem “um combate responsável
e firme que una as pessoas” e as
comunidades locais “em torno de
processos que nos garantam um
desenvolvimento sustentável com
qualidade de vida e futuro para os
nossos jovens e gerações vindouras”.
“Não desistimos da nossa região!
Queremos que as nossas ‘gentes’
mantenham e adquiram o que lhes
é de direito! Acreditamos que juntos
podemos batalhar e vencer!
Estaremos, pois, disponíveis e mobilizados para
incorporar e activar os
necessários movimentos
sociais que derrotem
estes ‘crimes de lesa
pátria’”, conclui o comunicado do PS.
> E AINDA...
POLÍTICA
a viver, o Sudoeste veio dar muito
jeito”.
Segundo o empresário, o negócio tem de se adaptar aos diferentes tipos de clientes: “Nesta altura,
é muito à base de comida rápida,
hambúrgueres e tostas. No resto do
ano, é mais peixe e marisco”. Contudo, considera que, “a longo prazo, o
festival estragou o turismo na Zambujeira do Mar”.
Já para Francisco de Mello-Breyner, administrador do Zmar, parque
de campismo localizado a poucos
quilómetros da vila alentejana, o
Sudoeste TMN “é óptimo”. Realçando o “convénio” celebrado com a
organização, pelo terceiro ano con-
secutivo, que possibilita a compra
de um passe para o evento que inclui bilhete de entrada e alojamento
no Zmar, o gestor considera o festival “um activo”.
Joana Godinho, da Música no
Coração, que organiza o certame,
mostrou compreender as críticas
quanto à altura do ano em que é
realizado o festival, mas explicou-a
com a necessidade de “ter praia e
sol”.
A responsável fez também questão de frisar que o “festival traz
milhares e milhares de pessoas à
Zambujeira do Mar, sendo, obviamente, bom também para as localidades”.
PS DE ALJUSTREL
CONTESTA FECHO DE
SERVIÇOS PÚBLICOS
 O PS de Aljustrel promete “um
combate responsável e firme” contra
o encerramento de serviços públicos
nos territórios do interior de baixa
densidade, como é o caso dos concelhos do Baixo Alentejo.
A posição dos socialistas do concelho
mineiro surge num comunicado onde
criticam algumas das medidas anunciadas pelo Governo PSD/ CDS-PP,
nomeadamente o processo de extinção de freguesias, o encerramento
de tribunais, repartições de finanças,
conservatórias e delegações de
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Correio Alentejo n.º 322 de 10/08/2012 Única Publicação
MUNICÍPIO DE ALMODÔVAR
CÂMARA MUNICIPAL
AVISO
CONTRATAÇÃO DE DOCENTES PARA DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES DE ENRIQUECIMENTO
CURRICULAR NAS ÁREAS DE ENSINO DE INGLÊS E
ENSINO DA MÚSICA
1. Para efeitos no disposto no artigo 6º do Decreto-Lei n.º
212/2009, de 3 de setembro, faz-se público que, por meu
despacho datado de 07 de agosto de 2012, encontra-se
aberto, nos 3 dias seguintes à data da divulgação da presente oferta no sítio da Internet deste Município em www.
cm-almodovar.pt, procedimento concursal para recrutamento de 3 técnicos habilitados para a realização das atividades de enriquecimento curricular (AEC), para o ano
letivo 2012/2013, no âmbito do Programa das, aprovado
pelo Despacho n.º 14460/2008, de 26 de maio, alterado e
republicado pelo Despacho n.º 8683/2011, de 28 de junho,
na modalidade de contrato de trabalho em funções públicas a termo resolutivo certo, a tempo parcial.
2. O contrato de trabalho rege-se pelo disposto na Lei n.º
12-A/2008, de 27 de fevereiro e no RCTFP, aprovado pela
Lei n.º 59/2008, de 11 de setembro, com as especificidades previstas no Decreto-Lei n.º 212/2009, de 3 de setembro.
3. Número de horários disponíveis:
Área
Disciplinar
Inglês
Música
N.º de
Processo
N.º de Horas
Semanais
Localidades
A – 16 Horas
A - Almodôvar, Aldeia
dos Fernandes (2 x por
semana), Telhada (3 x por
semana) e Rosário (3 x
por semana) perfazendo,
em média 198 Km por
semana.
B – 18 Horas
B – Almodôvar, Rosário
(2 x por semana), Santa
Clara-a-Nova (3 x por
semana), perfazendo,
em média, 148 Km por
semana.
2
1
11 Horas
Almodôvar
4. Pressuposto da contratação: O presente processo
de seleção destina-se à execução de tarefa ocasional ou
a serviço determinado precisamente definido e não duradouro, ao abrigo do disposto na alínea f), do n.º 1, do artigo 93º do Regime, aprovado pela Lei n.º 59/2008, de 11
de setembro.
5. Local de trabalho: as funções inerentes aos lugares a
ocupar serão exercidas nos Estabelecimentos de Educação e Ensino do 1º Ciclo do Ensino Básico do Concelho
de Almodôvar.
6. Duração dos contratos: o período de duração do contrato é o compreendido entre 14 de setembro de 2012 e
30 de junho de 2013.
7. Caracterização dos postos de trabalho: Os candidatos deverão lecionar Inglês e Música aos quatro anos de
escolaridade do 1º Ciclo do Ensino Básico, nos termos do
Programa das Atividades de Enriquecimento Curricular,
aprovado pelo Despacho n.º 14460/2008, de 26 de maio,
alterado e republicado pelo Despacho n.º 8683/2011, de
28 de junho.
8. Requisitos gerais de admissão:
a. Ter nacionalidade portuguesa, quando não dispensada pela Constituição, convenção internacional ou
lei especial;
b. Ter 18 anos de idade completos;
c. Não estar inibido do exercício de funções públicas
ou interdito para o exercício daquelas que se propõe
desempenhar;
d. Possuir a robustez física e o perfil psíquico indispensáveis ao exercício das funções;
e. Ter cumprido as leis de vacinação obrigatória.
9. Nível habilitacional exigido e área de formação académica ou profissional: As adequadas aos distintos
postos de trabalho, constantes no anexo ao Despacho n.º
14460/2008, de 26 de maio, alterado e republicado pelo
Despacho n.º 8683/2011, de 28 de junho, designadamente: Professor de Inglês – art.º 9 e Professor de Ensino da
Música – artigo 16º.
10. Critérios de seleção: A seleção e ordenação dos candidatos serão efetuadas pela aplicação sucessiva dos seguintes critérios:
a. Candidato desempregado;
b. Tempo de experiência na docência de AEC no 1.º
Ciclo do Ensino Básico, convertido em dias até 30
de junho de 2012, devendo ser indicado separadamente o tempo de serviço prestado neste Município
e fora do Município;
c. Tempo de serviço na docência como professor na
área de atividade a que se candidata, convertido em
dias até 30 de junho de 2012;
d. Ações de formação e aperfeiçoamento profissional
diretamente relacionadas com a área a que se candidata (horas de formação);
e. Classificação Profissional/Final de curso.
11. Formalização das candidaturas: As candidaturas deverão ser formalizadas nos termos do artigo 7º do DecretoLei n.º 201/2009, de 3 de setembro, mediante o preenchimento obrigatório do formulário eletrónico, disponível no
site www.dgrhe.min-edu.pt nos 3 dias seguintes à data da
divulgação da presente oferta no sítio da Internet deste
Município em www.cm-almodovar.pt.
inadequados, falsos ou inválidos que não comprovem as
declarações prestadas no âmbito do processo de seleção,
ou as condições necessárias para a constituição da relação jurídica de emprego público, determina a exclusão,
ou dada sem efeito a aceitação da colocação pelo trabalhador, consoante o caso, comunicando-se, neste último
caso, ao candidato que se encontre imediatamente posicionado na lista de ordenação, a sua colocação.
15. Critérios em caso de igualdade de graduação:
1. Candidato com mais tempo de serviço prestado nas
AEC no Município de Almodôvar;
2. Maior proximidade local da área geográfica de ensino da AEC;
3. Nível habilitacional mais elevado, nos termos do disposto no art.º 9º do Despacho n.º 14460/2008 de 26
de Maio, alterado e republicado pelo Despacho n.º
8683/2011, de 28 de Junho;
4. Média final de Curso;
5. Candidato com maior número de horas de formação
relacionadas com a área objeto de concurso;
6. Data de Nascimento, tendo prioridade os candidatos mais velhos.
16. Composição do júri (Ensino do Inglês)
Presidente – Telma Sofia Guerreiro Mestre Domingos,
Técnica Superior.
Vogais efetivos – Paula Cristina Soares Parruca Espírito
Santo e Helena Camacho Gonçalves Guerreiro, Técnicas
Superiores.
Vogais suplentes – Clara Isabel Missa Gonçalves e Cristina Isabel Balbina Bota Libânio, Técnicas Superiores.
O primeiro vogal efetivo substituirá o presidente do Júri
nas suas faltas e impedimentos.
11.1. Simultaneamente, os candidatos deverão entregar
a documentação comprovativa, abaixo discriminada, no
Serviço de Recursos Humanos da Câmara, em suporte de
papel, pessoalmente ou através de correio, para o endereço postal (Câmara Municipal de Almodôvar, Rua Serpa
Pinto, 10 – 7700-081 Almodôvar), até à data limite:
- Curriculum Vitae detalhado, datado e assinado;
- Fotocópias do Cartão de Cidadão ou do Bilhete de Identidade, número de contribuinte fiscal (NIF) e NISS;
- Certificado de habilitações literárias na área a que se
candidatam ou comprovativo das habilitações constantes
do Despacho n.º 14460/2008, de 26 de maio, alterado e
republicado pelo Despacho n.º 8683/2011, de 28 de junho;
- Comprovativo do tempo de serviço na lecionação das
atividades de enriquecimento curricular;
- Comprovativos das ações de formação profissional relacionadas com a área a que se candidata, com indicação
das respetivas horas de formação;
- Comprovativo da sua situação de desemprego.
17. Composição do júri (Ensino da Música)
Presidente – Rui Jorge Ramos e Barros Santana, Chefe
do Gabinete de Apoio Pessoal do Presidente da Câmara.
Vogais efetivos – Manuel da Silva Campos e Helena Camacho Gonçalves Guerreiro, Técnicos Superiores.
Vogais suplentes – Clara Isabel Missa Gonçalves e Cristina Isabel Balbina Bota Libânio, Técnicas Superiores.
12. Listas de Ordenação e aceitação da colocação:
será elaborada uma lista de ordenação contendo os candidatos que cumpram os requisitos e perfil exigidos, sendo
notificados os candidatos selecionados, os quais deverão
aceitar a colocação, por via, eletrónica, nos 2 dias úteis seguintes ao da comunicação da colocação. Na ausência da
aceitação da colocação pelo candidato dentro do referido
prazo, procede-se de imediato, à comunicação da colocação ao candidato que se encontre posicionado imediatamente a seguir, que deverá aceitar a colocação, por via
eletrónica, também no decurso de 2 dias úteis seguintes
ao da comunicação.
20. Em cumprimento da alínea H) do artigo 9º da Constituição, a Administração Pública, enquanto entidade empregadora, promove ativamente uma política de igualdade
de oportunidades entre homens e mulheres no acesso ao
emprego e na progressão profissional, providenciando escrupulosamente no sentido de evitar toda e qualquer forma de discriminação.
18. Publicidade: no sítio da Internet do Município, em
jornal de expansão Nacional e Regional, nos termos do
n.º 5 do artigo 6º do Decreto-Lei n.º 212/2009, de 3 de
setembro.
19. Quota de emprego para candidatos com deficiência – para cumprimento do disposto no nº 3 do artigo 3º do
Decreto-Lei n.º 29/2001, de 03 de fevereiro, os candidatos
com grau de incapacidade ou deficiência igual ou superior
a 60% têm preferência em igualdade de classificação, a
qual prevalece sobre qualquer outra preferência legal.
21. Prazo de validade: O presente procedimento concursal é válido para os postos de trabalho em referência e
para os efeitos do disposto no n.º 3 do art.º 7º do DecretoLei n.º 212/2009, de 3 de setembro – reserva de recrutamento até ao final do respetivo ano escolar.
13. Após a colocação dos trabalhadores ser-lhes-ão concedidos 10 dias úteis para apresentação dos documentos
previstos no artigo 9º do Decreto-Lei n.º 212/2009, de 3
de setembro.
Município de Almodôvar, 07 de agosto de 2012
O Presidente da Câmara,
14. A não apresentação dos documentos a que se referem
os números anteriores, ou a apresentação de documentos
(assinatura ilegível)
- António José Messias do Rosário Sebastião –
2012.08.10
BAIXO ALENTEJO
5
REGIÃO
> JOvEm nAtuRAl dE AlmOdôvAR é umA dAs mAIOREs EspERAnçAs dO futEBOl pORtuGuês
Menino goleador!
> Diogo goNÇalVes. Nasceu em Almodôvar há 15 anos
e é hoje uma das maiores esperanças do futebol nacional.
Campeão nacional de iniciados em 2011-2012 pelo Benfica,
Diogo sonha em chegar ao nível do ídolo Cristiano Ronaldo.
principal plantel do Benfica, que a
maioria só vê na TV. “É verdade, tenho essa sorte… Já pedi autógrafos
e até já me deram várias chuteiras e
camisolas”, admite.
Diogo, o goleaDor
carlos pinTo  TExTO
 Ao longo da última época, a
Benfica TV foi seguramente um
dos canais mais vistos em Almodôvar e Castro Verde aos sábados
de tarde ou nos domingos de manhã. Nesses dias, eram muitos os
almodovarenses e castrenses que
se “colavam” ao canal da águia para
ver em directo os jogos da equipa
de iniciados. Tudo por “culpa” do
número 7 dos encarnados: Diogo
Gonçalves, menino da terra e um
verdadeiro “terror” para as balizas
adversárias!
Aos 15 anos, Diogo está a caminho do “Olimpo” da bola. Para já,
foi uma das figuras da equipa do
Benfica que em 2011-2012 se sagrou campeã nacional de iniciados
e já chegou à Selecção Nacional da
categoria. Mas Diogo quer mais,
muito mais!
“O meu principal objectivo é
ser futebolista profissional. Sei que
não é fácil, mas vou fazer de tudo
para lá chegar”, confessa o jovem
avançado encarnado ao “CA”, num
discurso que em nada surpreende
todos aqueles que o viram crescer
com a bola colada aos pés, sempre
atrás do pai e revelando ainda quase a gatinhar um talento nato que
tem tudo para se afirmar no difícil
universo do futebol ao mais alto
nível.
“Chegar ao Benfica era um
objectivo que tinha desde muito
novo, um sonho que partilhava
com o meu pai. O Benfica é o meu
clube de coração e foi com muita
alegria que vesti pela primeira vez
a camisola. Senti que ‘pesava’ mais
que as outras, que havia outra responsabilidade e outros objectivos”,
afiança Diogo.
Estar longe de casa não é “pêradoce” para ninguém, muito menos
para uma criança de 12 anos, que
pouco a pouco teve de se habituar
à rotina do Centro de Estágios do
Benfica, no Seixal. “A minha adaptação não foi muito difícil, pois já
sabia para o que estava guardado.
A minha família deu-me imensos
conselhos e avisos. E por outro
lado, ia com dois colegas do Algarve, o que facilitou a adaptação”, recorda o jovem almodovarense, não
escondendo que, apesar de tudo,
são sempre muitas as saudades da
família. “Mas os meus pais fazem
um esforço para me ver todos os
fins-de-semana”, nota.
Hoje, a rotina de Diogo no Seixal
é quase sempre a mesma: “levantar
e despachar-me, ir para a escola,
regressar a meio da tarde para os
treinos – quer no ginásio quer no
campo – e depois jantar, estudar
um pouco e, o mais importante,
descansar”. Pelo meio, o petiz avançado tem também oportunidade de
confraternizar com os craques do
Em 2011-2012 Diogo foi campeão
nacional pelo Benfica e melhor
marcador da equipa.  DR
Diogo, o soNhaDor
Diogo, o futebolista
O futebol surgiu de forma natural
na vida de Diogo António Cupido Gonçalves, quase como se o
“bichinho da bola” já lhe viesse
entranhado nos genes. Filho do
antigo futebolista Vítor Jacob, Diogo nasceu em 1997 e em 2003, com
apenas seis anos, já alinhava com a
camisola do Almodôvar.
“O meu pai na altura também
jogava futebol e mais tarde passou
a treinador. E eu vivia aquilo de
uma forma diferente, pois acompanhava muito de perto o mundo
do futebol”, lembra o jovem, que
pouco depois despertou a atenção
do Benfica, onde chegou após dois
anos de “tirocínio” no Ferreiras, filial algarvia dos encarnados. A partir daí, nunca mais a sua vida foi a
mesma!
No Seixal, são muitos os que já tratam Diogo pela alcunha de “Diji”.
Mas na hora de entrar em campo,
todos o conhecem por Diogo Gonçalves, o temível avançado que só
no último ano marcou 37 golos no
campeonato nacional de iniciados
A, alguns dos quais ao eterno rival
de Alvalade.
“O mais especial desses golos
foi aquele que marquei quando
ganhamos 1-0 em Alcochete [na
Academia do Sporting], ainda na
primeira fase do campeonato”,
confessa Diogo, satisfeito com a
temporada realizada de águia ao
peito. “Foi uma época que é impossível esquecer, pois obtive os meus
objectivos pessoais e colectivos.
Conquistei o título nacional e fui o
melhor marcador da equipa. E as
duas internacionalizações que obtive foi o coroar de um ano de muito esforço e trabalho”, sublinha.
pai, amigo... e conselheiro
 Antes de Diogo Gonçalves nascer, já o seu pai era um dos mais
respeitados avançados do futebol distrital. Ao longo de quase
duas décadas, Vítor Jacob representou, entre outros, emblemas como o FC Castrense, Almodôvar e Entradense, clubes
onde acumulou a experiência que hoje tenta verter em palavras sábias ao filho. “O meu pai fala-me de tudo o que tem
a ver com o futebol. Quando jogo bem é o primeiro a dizê-lo,
mas quando jogo mal também o diz! E não tenho que ficar
chateado, pois ele só faz isso para o meu bem”, conta Diogo,
sem dúvidas em apontar o melhor conselho dado pelo progenitor: “Acima de tudo, que tenho de ter muita humildade e
respeito para com os outros”. O pai corrobora! “Sou a pessoa
que mais lhe dá na cabeça e todos os dias lhe digo que se hoje
trabalhou bem, amanhã vai ter de trabalhar mais. Mas estou
bastante orgulhoso com tudo o que ele tem feito e com o trajecto até agora conseguido”, reconhece Vítor Jacob.
Aos 15 anos, Diogo está na idade
de todos os sonhos. E os do jovem
avançado natural de Almodôvar
são bem simples: “O meu principal
objectivo é chegar à equipa principal do Benfica e à Selecção Nacional. O que vier depois será por
acréscimo”, confidencia, garantindo nunca ter imaginado uma alternativa de vida ao futebol, apesar de
até ser bom aluno.
Amante da bola, Diogo tem
como grande referência Cristiano
Ronaldo. Talvez por isso sonhe em
chegar ao nível do craque do Real
Madrid e, quem sabe, partilhar
com ele a experiência de jogar por
Portugal. “Se continuar a trabalhar
com muita humildade, acho que
tenho possibilidades de um dia lá
chegar”, assevera de sorriso aberto
e sonhos no olhar.
PATROCINADOR
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OURIQUE
SUPLEMENTO INTEGRANTE DA EDIÇÃO NÚMERO 322 DO CORREIO ALENTEJO | SEXTA-FEIRA | 2012.08.10
pub.
Concelho consolida
estratégia de futuro
OURIQUE_2012
2012.08.10
> FREgUEsIa dO cOncElhO dE OURIQUE cOm FUtURO IndEFInIdO
Conceição luta
contra a extinção
da freguesia
> CONCEIÇÃO. Presidente
Ângelo Nobre considera que o seu
segundo mandato tem sido “muito positivo”, apesar de algumas
restrições financeiras.
 A pequena freguesia da Conceição, no
concelho de Ourique, vai lutar com todas
as suas forças para evitar a extinção proposta pelo Governo. A garantia é dada pelo
jovem presidente da Junta de Freguesia
local, para quem a reforma do mapa administrativo autárquico não vai beneficiar
as populações ou sequer poupar euros ao
erário público.
“Quem mais vai sofrer é a população! E
não se vai poupar dinheiro nenhum, muito pelo contrário, pois a Junta de Freguesia
onde a nossa for agregada ainda ficará com
uma responsabilidade maior”, argumenta
Ângelo Nobre, de 30 anos, lembrando que
em Conceição é a Junta de Freguesia quem
“dá resposta à maior parte das necessidades das pessoas”.
“É lá que se recebem reformas ou se fazem pagamentos de água e telefone, é lá
que se envia correio ou até que se faz um
desabafo… E somos nós [Junta de Freguesia] que fazemos o transporte das crianças
para a escola da freguesia mais próxima,
que é Panóias, ou que levamos os utentes às consultas a Beja, a Grândola ou até
a Lisboa. As pessoas vão, efectivamente,
sentir falta deste apoio”, afiança o jovem
autarca, prometendo não baixar os braços. “Ainda não sabemos a freguesia em
que vamos ser agregados e estamos um
bocadinho com a ‘luz’ apagada, mas a
„
âNgElO NObrE
Presidente da JF da Conceição
[Com a extinção] Quem mais vai
sofrer é a população! E não se vai
poupar dinheiro nenhum, muito pelo
contrário, pois a Junta de Freguesia
onde nossa for agregada ainda
ficará com uma responsabilidade maior.
nossa luta continua”, vinca.
Eleito pelo PS desde 2005 e a um ano de
cumprir o seu segundo mandato na presidência da Junta de Freguesia da Conceição,
Ângelo Nobre considera que o balanço do
trabalho desenvolvido até ao momento é
“claramente positivo”, apesar das “restrições” impostas pelo actual momento financeiro do país.
Condicionalismos que levaram o seu
executivo a dar primazia na sua actuação
“às políticas de apoio social”, sobretudo
“aos mais carenciados, aos jovens e aos idosos”. “E também tentamos dar resposta a
todas as pessoas que estão desempregadas
e pretendem, de alguma forma, contribuir
trabalhando para a Junta, que tem 10 pessoas a trabalhar para si e é já a maior entidade
empregadora” da freguesia, afiança.
Neste seu segundo mandato, Ângelo
Nobre destaca ainda a melhoria e manutenção de alguns dos espaços públicos
da freguesia, assim como a construção da
casa mortuária em Conceição, o arranjo
da capela (incluindo a construção de casas
de banho) em Alcarias e o lançamento do
programa de voluntariado para caiar esta
aldeia. Até 2013 o jovem autarca espera
ainda avançar com mais melhoramentos
nas ruas da Conceição.
2012.08.10
OURIQUE_2012
a xxxxxxxxxx
> FREGUESIa
aPRESENTa OBRa FEITa
9
> PROGRaMa CUMPRIDO EM CERCa DE 80%
Ourique assume
apoio permanente
às populações
> OURIQUE. Presidente da Junta
de Freguesia manifesta forte sensibilidade e preocupação com a
área social, sobretudo os idosos
e os mais desfavorecidos.
Garvão declara
acções sociais
como prioridade
> GARVÃO. Presidente José António Nunes assegura que não vão
faltar apoios sociais para acudir
às pessoas que estejam a passar
por dificuldades.
 Com “uma situação financeira muito limitada”, a Junta de Freguesia de Garvão
tem procurado desenvolver “um trabalho
de proximidade em diversas áreas, de apoio
constante às actividades locais e de desenvolvimento”.
Neste enquadramento, o presidente
da autarquia, José António Nunes, destaca o empenho posto na requalificação da
igreja de Funcheira, nos arruamentos, na
instalação e funcionamento da Unidade
de Cuidados Continuados de Garvão, na
requalificação e dinamização da praça de
touros, nas limpezas da ribeira, na requalificação do espaço da feira de Garvão e num
apoio muito significativo nas áreas da educação e da solidariedade. Além disso, salienta a acção “em parceria com a Câmara
na defesa dos interesses das pessoas prejudicadas pela instalação da TDT em condições deficientes”.
Até ao final do mandato, José António
Nunes, que foi eleito pelo PS, pretende
“reforçar os apoios sociais, a que acorrem
cada vez mais pessoas” e, por outro lado,
“continuar os projectos de requalificação e
melhoramento” de ruas, largos e jardins da
vila.
“A Junta tem uma situação financeira
muito limitada. Todos os recursos são aplicados nos projectos e nos apoios sociais. E
cada vez o dinheiro é menos. Mas a nossa
obrigação é gerir com rigor e servir as pes-
soas e os interesses da freguesia com o que
temos à nossa disposição”, assinala o autarca.
No plano social, José António Nunes revela que tem sido possível prestar “apoios
constantes” porque, assinala, essa é “uma
prioridade” na governação da freguesia.
“Fazemo-lo no limite das nossas capacidades, por iniciativa própria ou em parceria
com a Câmara Municipal. Preocupa-nos o
facto de estarem a aumentar o número de
pessoas com dificuldades, ou por desemprego ou por diminuição dos seus rendimentos. Estamos atentos e disponíveis para
apoiar o melhor possível”, revela.
„
JOSÉ ANTÓNIO NUNES
Presidente da JF de Garvão
Preocupa-nos o facto de estarem
a aumentar o número de pessoas
com dificuldades, ou por desemprego ou por diminuição dos seus
rendimentos. Estamos atentos e
disponíveis para apoiar o melhor
possível.
 Confiante que tem sido possível desenvolver “políticas sociais e de proximidade, trabalhando sempre com as pessoas e para as
pessoas”, o presidente da Junta de Freguesia
de Ourique, António Barros, garante que o
programa apresentado no início do mandato
tem sido cumprido “escrupulosamente”.
“Temos 80% dos projectos concluídos”,
assegura, referindo-se a medidas como a
aquisição de viatura para transportes sociais,
caiações nas habitações de idosos e pessoas
desfavorecidas, apoios a todas as associações e clubes, a construção do Parque Infantil da Aldeia de Palheiros ou a criação de
três pólos da Junta em Grandaços, Favela e
Aldeia de Palheiros. A par disto, a autarquia
adquiriu um autocarro de 27 lugares e uma
carrinha de nove lugares em parceria com a
Câmara Municipal.
Mesmo com obra feita, o quadro financeiro da Junta é “saudável” e António Barros
orgulha-se de liderar uma freguesia que vive
“sem dívidas e paga na hora”. “Para isso é
necessário fazer uma gestão rigorosa, transparente e verdadeira, nunca gastando mais
do que recebemos e aproveitando todos os
fundos comunitários”, explica.
Até ao final do mandato, o autarca do PS
assume que “falta cumprir uma parte” do
programa, nomeadamente a construção
de parques infantis em Grandaços e Favela,
uma casa mortuária na Favela e um campo de futebol de cinco em Grandaços.
BANDEIRA SOCIAL
Notoriamente satisfeito com
o balanço do trabalho feito, António Barros assinala
que as políticas sociais são a
principal bandeira da Junta
de Freguesia de Ourique. E
justifica-o com a criação
de medidas que, considera, “vão ao encontro das
necessidades dos mais
idosos e desfavorecidos”.
Entre elas está a mobilização de desempregados
junto do IEFP.
“Vivemos numa freguesia onde o desem-prego é grande, o que nos
preocupa. Dentro do limite
das nossas possibilidades,
recrutamos junto do IEFP pessoas que se
encontram com algumas dificuldades. Temos actualmente 25 colaboradores nessa
situação”, revela.
A par desta política de emprego, a Junta de Freguesia de Ourique presta também
apoios no transporte às consultas, em pequenos arranjos domésticos, pinturas ou
limpeza nas casas dos mais idosos.
ANTÓNIO BARROS
Presidente da JF de Ourique
Dentro do limite das nossas possibilidades, recrutamos junto do IEFP
pessoas que se encontram com
algumas dificuldades. Temos actualmente 25 colaboradores nessa
situação.
10
OURIQUE_2012
a xxxxxxxxxx
> PREsIdEntE
da JUnta dE FREgUEsIa cOm gRandE “dOR dE cabEça”
2012.08.10
> PaUlO ascEnsãO Faz balançO POsItIvO dO tRabalhO REalIzadO
Caminhos rurais
prioritários em
Santana da Serra
> SANtANA DA SErrA. Presidente da Junta de Freguesia
garante que não trabalha a pensar nas eleições autárquicas do
próximo ano.
Desemprego é
preocupante na
vila de Panóias
> PANÓIAS. Presidente Luís
Martins lamenta dificuldades
económicas, que o têm impedido
fazer mais obra no seu mandato
de “despedida”.
 Em tempo de crise os números nacionais
do desemprego dispararam e Panóias não é
excepção. Na pequena vila do concelho de
Ourique são cada vez mais as famílias com
um ou mais elementos sem trabalho certo,
o que causa uma enorme “dor de cabeça” ao
presidente da Junta de Freguesia local.
“Isto está muito difícil, há muito desemprego e as pessoas têm algumas dificuldades. E isso é uma grande preocupação para
mim”, afirma ao “CA” Luís Martins, de 50
anos, afiançando que o esforço da edilidade
em garantir, juntamente com o Centro de
Emprego de Ourique, alguns estágios para
os mais novos não tem conseguido atenuar
o problema.
“O Alentejo tem sido sempre abandonado por todos os governos e cada vez mais
nós alentejanos sofremos isso na pele”,
acrescenta o autarca eleito pelo PSD.
Outra preocupação que aflige Luís Martins é o possível encerramento da escola
básica do primeiro ciclo de Panóias, actualmente frequentada por cerca de duas dezenas de alunos. O estabelecimento foi
colocada pelo Ministério da Educação na
lista de escolas que não abrirão portas em
2012-2013, mas o presidente da Junta de
Freguesia promete “lutar conjuntamente
com o povo de Panóias, nomeadamente os
pais dos alunos, para que evitar esse desfecho”. “Não deixaremos que fechem a escola
primária”, assegura.
Todos estes problemas são agudizados
pela cada vez menor capacidade financeira
da Junta de Freguesia de Panóias. Uma realidade que Luís Martins lamenta e com a
qual justifica a pouca obra feita neste último mandato, iniciado em 2009.
“Temos feitos algumas coisas, mas tudo
coisitas pequenas. Arranjámos alguns lancis
e fizemos alguns passeios. Temos também
tentado manter todos os equipamentos da
Junta de Freguesia, de modo a que estes não
se degradem. E ainda fizemos a restauração
da igreja, que custou entre oito a dez mil euros”, revela.
A pouco mais de um ano de dizer “adeus”
à presidência da Junta de Freguesia de Panóias, Luís Martins não esconde que este
tem sido um mandato “muito complicado”,
porventura o mais exigente desde que foi
eleito pela primeira vez. Ainda assim, garante que vai sair de consciência tranquila e
com a sensação de “dever cumprido”.
„
LuíS mArtINS
Presidente da JF de Panóias
Há muito desemprego e as pessoas
têm algumas dificuldades. E isso é
uma grande preocupação para mim.
 Desde que chegou à presidência da Junta de Santana da Serra, em 2009, Paulo Ascenção não tem tido mãos a medir. Médico
de profissão, o autarca estava familiarizado
com a realidade da freguesia e os problemas da sua população, mas a “empreitada”
tem sido bem mais exigente do que esperava.
“Servir a população através da Junta de
Freguesia foi para mim um desafio grande que abracei com muito gosto. E aquilo
com que me deparei foi, penso, o mesmo
com que todos os presidentes de junta se
deparam: algumas limitações de meios e
sentir que aquilo que às vezes idealizamos
fazer é-nos impossibilitado pela realidade.
Mas vamos tentando, com os meios de que
dispomos, fazer o melhor em prol das populações”, revela ao “CA” o autarca eleito
pelo PS.
Desde que ganhou as eleições de 2009,
Ascenção e a sua equipa têm dado “prioridade” ao arranjo de caminhos rurais. “Apesar de não ser uma obra que se mostre e
inaugure, continuo a achar que os arranjos
dos caminhos rurais são a grande batalha
de todos os dias. Porque quem anda todos
os dias por aqueles caminhos vê realmente
as dificuldades por que as pessoas passam
para poderem chegar às suas casas”, justifica o presidente da Junta de Freguesia.
Paralelamente, outra preocupação recorrente do autarca de Santana é a electrificação de alguns montes e habitações
disseminados pela serra que divide o Baixo
Alentejo e Algarve, intervenção que tem
sido realizada pela Junta de Freguesia em
parceria com a Câmara Municipal de Ourique.
Outra obra que Paulo Ascenção destaca
é a requalificação da ribeira de Santana da
Serra, avaliada em pouco mais de 216 mil
euros e que conta com comparticipação
comunitária. A empreitada arrancou
durante o passado mês de Julho e
deve estar concluída no final do
Verão.
“Trata-se de uma obra dentro do perímetro da aldeia
que já estava projectada há
mais de 20 anos, com percalços e dívidas a quem fez o
projecto, além de erros no
projecto que foi preciso
emendar. Mas agora está em curso e é uma
obra que vai embelezar bastante aquela
zona, criando um espaço de convívio e lazer que pode juntar as pessoas em volta da
sua terra”, adianta.
O trabalho tem sido mais que muito na
Junta de Freguesia de Santana da Serra e
talvez por isso Paulo Ascensão ainda não
tenha decidido se vai (ou não) recandidatar-se ao cargo, apesar de faltar pouco
mais de um ano para as próximas eleições
autárquicas.
“Como já alguém disse, para guardaredes do Benfica de certeza que não vou,
mas mais que isso não sei. As circunstâncias o dirão, mas aquilo que me move e à
equipa que tenho comigo aquilo não são
seguramente as próximas eleições. O que
nos move é dar resposta àquilo que as populações precisam, dentro das nossas possibilidades”, conclui o autarca socialista.
PAuLo ASCENção
Presidente da JF de Santana da Serra
Aquilo que me move e à equipa
que tenho comigo aquilo não são
seguramente as próximas eleições.
O que nos move é dar resposta
àquilo que as populações precisam,
dentro das nossas possibilidades.
2012.08.10
ourIQue_2012
> InvestImento de 173.761 euros já arrancou
ACPA inaugura
nova sede em 2013
> PROJECTO. Presidente da
ACPA, José Cândido Nobre, garante que novo espaço irá permitir à associação melhorar o apoio
prestado aos criadores.
 A Associação de Criadores de Porco Alentejano (ACPA), sediada em Ourique, vai ter
uma nova sede durante o ano de 2013. As
obras de requalificação do futuro espaço,
que fica localizado nas imediações do actual “quartel-general” da ACPA, mesmo no
centro da vila, já arrancaram e significam
uma nova etapa na vida da instituição.
“A ACPA estava com toda a necessidade
de fazer crescer as suas instalações devido
ao facto da actual sede não ter sido concebida para o número de técnicos com que
estamos a trabalhar e para o movimento
que temos actualmente. Portanto, havia necessidade de termos um espaço físico maior
e também uma orgânica interna diferente”,
adianta ao “CA” o presidente da associação,
José Cândido Nobre.
Situada num edifício cedido pela Câmara de Ourique, a futura sede da ACPA representa um investimento total de 173.761,85
euros, sendo que cerca de 74 mil euros são
co-financiados pela União Europeia através
do Programa de Desenvolvimento Rural
(Proder). O restante montante (perto de 100
mil euros) é assumido pela própria associação, que com a nova sede ambiciona reforçar a qualidade dos serviços prestados aos
seus associados e, paralelamente, contribuir para o desenvolvimento de políticas de
preservação e promoção do mundo rural.
“A ACPA é uma associação envolvida em
inúmeros processos no Baixo Alentejo, desde o livro genealógico do porco alentejano
às denominações de origem. Esta é uma atitude que vamos continuar a desenvolver e a
intensificar, pois julgo que é muito importante entender que este tipo de associações
fazem a ponte – hoje cada vez mais necessária – entre a agricultura, a burocracia e a
modernidade que a situação agrícola exige”,
esclarece José Cândido Nobre.
Com a nova sede, cujas obras devem estar concluídas até ao próximo Verão, a Associação de Criadores de Porco Alentejano
poderá igualmente alargar a sua estrutura
técnica, que actualmente conta com sete
elementos a tempo inteiro. “A ACPA tem
conseguido crescer ao longo dos anos e
acredito que vamos continuar a crescer”,
admite o presidente, apesar de lembrar o
presente “momento de crise” e “de retracção da economia”.
“Mas é precisamente contra isso que
estamos a lutar. E é para evitar isso e remar contra essa tendência que associações
como a ACPA existem e têm de ter força e
vontade. Tudo para conseguir coisas que
não são fáceis, mas também que não são de
JOsé CândidO nObRE
Presidente da ACPA
Havia necessidade de termos um
espaço físico maior e também uma
orgânica interna diferente.
todo impossíveis”, esclarece José Cândido
Nobre.
MEnOs PROduTOREs
O investimento na nova sede surge no momento em que o número de produtores de
porco alentejano associados na ACPA é cada
vez menor. Depois do aumento verificado
nos últimos anos, que levou a associação a
registar perto de 360 criadores, hoje não são
mais de 170 os agricultores que se dedicam
à criação desta raça autóctone.
“Este sector não ficou inócuo à crise nem
passar por ela sem ter alguns rombos. Há
de facto um decréscimo de animais, também um decréscimo de animais em livro e
alguns problemas… Isso manifesta-se na
nossa actividade, mas não nos devemos resignar e não podemos aceitar isto! Porque
eu vim do tempo em que esta actividade era
praticamente residual”, afiança José Cândido Nobre, que ainda assim não espera melhorias significativas nos tempos próximos.
“As minhas expectativas no curto-prazo
é de que ainda possa haver alguma contracção” no número de produtores, afirma
o presidente da ACPA, considerando que
tudo isto “são vicissitudes das épocas e dos
sectores”. “Esta foi uma área que cresceu
exponencialmente” e agora “a crise obriga a
estes ajustes”, conclui.
OURIQUE_2012
12
2012.08.10
RECANDIDATURA A UM TERCEIRO E ÚLTIMO MANDATO AVANÇA
 Pedro do Carmo considera que a sua recandidatura em 2013 a um terceiro e último
mandato é absolutamente natural. Eleito
pela primeira vez em 2005, o jovem autarca
do PS já havia anunciado a recandidatura
há cerca de três meses.
PEDRO MIGUEL RAPOSO PRAZERES DO CARMO
PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE OURIQUE
IDADE: 41 ANOS
NATuRAlIDADE: OuRIQuE
> ENTREVISTA PeDRo Do CARMo
Cortes no financiamento da autarquia estão a criar mais dificuldades mas a Câmara de Ourique está a manter a linha de
rumo dos últimos sete anos: corte na dívida atinge cerca de um milhão de euros por ano!
“Redução da divida
atinge um milhão
de euros por ano”
ANTÓNIO JOSÉ BRITO  texto
 Que reflexos sociais têm provocado a
actual conjuntura de crise na população
do concelho de Ourique? A actual conjun-
tura tem agravado a situação de famílias e
empresas e, no concelho de Ourique, esse
agravamento tem um peso ainda maior em
toda a sua dimensão. É uma situação que
nos preocupa e que nos mobiliza na criação de respostas para as necessidades das
pessoas. Mas como se sabe, a capacidade de
intervenção da autarquia está limitada por
imposições governamentais, competindo
ao Governo entender e agir com maior sensibilidade para o impacto das suas decisões
junto das pessoas.
 As “ferramentas” criadas pela Câmara têm minorado o problema? Que
números são possível conhecer neste
âmbito? Nos últimos sete anos temos vin-
do a implementar várias medidas de apoio
social que abrangem todas as situações de
necessidade. A maturidade desses projectos
tem permitido corresponder às dificuldades
apresentadas pelos cidadãos. Mas é verdade que para executar estas medidas – e no
caso trata-se de as alargar a mais pessoas
necessitadas – é preciso dinheiro. Infelizmente impõem-nos cada vez maiores responsabilidades e retiram-nos cada vez mais
receitas, o que dificulta a nossa acção. Ainda assim, a determinação e o compromisso
de governar para as pessoas mantém-se e
têm apresentado resultados positivos, ou
se quiser, não tão negativos na actual conjuntura de crise. Repare, há pessoas sem
dinheiro para medicamentos e transportes
a consultas médicas. Mas a Câmara de Ourique comparticipa os medicamentos e o
transporte. Há pessoas sem dinheiro para
alimentar as suas famílias e a autarquia providencia mensalmente cabazes alimentares. Há famílias com dificuldades em man-
ter os seus filhos a estudar e o Município
promove alimentação gratuita, transportes
escolares e bolsas de estudo a alunos do ensino superior. Há pessoas com necessidade
de emprego e a autarquia está impedida de
contratar. Fazemos o que nos compete e
muito do que compete a outras entidades!
 Ainda neste domínio, na área da
educação, estão a preparar medidas
para atenuar eventuais problemas de
crianças e jovens estudantes? Esta-
mos a promover apoios importantes no
que respeita à alimentação dos alunos, às necessidades de transporte e
vamos implementar um projecto de
apoio aos livros escolares. Como se
sabe, estamos a fazer um grande
investimento na área da educação desde 2005. Construímos
um novo jardim-de-infância,
estamos a construir um novo
centro escolar e requalificámos nos últimos anos
as escolas básicas com
novos equipamentos e
meios tecnológicos,
bem como com a
promoção de actividades extracurriculares.
Sabemos
que
o progresso da
nossa terra não
está dissociado
da oferta e da qualidade na educação
e na formação. É
uma aposta que queremos deixar como legado
para o futuro.
 Em que medida o actual contexto económico do país afectou a gestão municipal? Afecta em muito, todos os dias e em
todas as decisões que temos que tomar. Se
é conhecida por todos a situação financeira do Município em 2005, que ainda
estamos a pagar, maiores são as dificuldades actuais com mais cortes nas receitas, com maiores obrigações e cada
vez mais solicitação por
parte dos
2012.08.10
OURIQUE_2012
cidadãos carenciados. E as novas imposições legais, como a Lei dos Compromissos,
vêm agravar ainda mais a nossa acção e alguma margem que tínhamos para ir dando
respostas às exigências e às ambições do
Município.
 Foram retardadas obras, por exemplo? Sim, claro. Muitas das obras e planos
que tínhamos foram suspensos por indefinições nos fundos comunitários e por impossibilidade financeira. Por exemplo, a construção das piscinas descobertas e de dois
campos de ténis e zonas de apoio vão ter
de aguardar por melhores oportunidades.
A nossa prioridade de projectos e de obras
está limitada às oportunidades dos fundos
comunitários. De outra forma é impossível
a Câmara de Ourique promover projectos e
obras por sua conta. Perdemos mais de um
milhão de euros em ano e meio… É muito
dinheiro para uma autarquia como a nossa,
são mais de dois mil euros por dia!
 Foi necessário estabelecer prioridades para conseguir acudir ao pagamento das facturas? A nossa gestão é ri-
gorosa. Estamos a cumprir os objectivos de
redução da divida em cerca de um milhão
de euros por ano e a cumprir os acordos
de pagamento com fornecedores. Para que
tudo resulte, na limitação da nossa tesouraria, priorizamos pagamentos e procuramos
cumprir com todos os fornecedores.
A nossa gestão é rigorosa. Estamos
a cumprir os objectivos de redução
da divida em cerca de um milhão
de euros por ano e a cumprir os
acordos de pagamento com fornecedores. Para que tudo resulte, na
limitação da nossa tesouraria, priorizamos pagamentos e procuramos
cumprir com todos os fornecedores.
Há pessoas sem dinheiro para alimentar as suas famílias e a autarquia
providencia mensalmente cabazes
alimentares. Há famílias com dificuldades em manter os seus filhos
a estudar e o Município promove
alimentação gratuita, transportes escolares e bolsas de estudo a alunos
do ensino superior.
13
“Faz sentido que seja
de novo candidato”
 Estamos a pouco mais de um ano
das eleições. Que metas concretas
pretende atingir nesta recta final do
mandato? A ambição é sempre a de cum-
prir todos os objectivos. Há coisas que se
alteraram por força das circunstâncias, mas
o essencial está cumprido ou em vias de ser
cumprido. O meu grande desígnio é que os
nossos alicerces para o futuro se consolidem. Dou comigo a pensar muitas vezes
que o trabalho que estamos a desenvolver,
nas circunstâncias de endividamento
herdadas, é quase como começar de novo,
partir do menos zero. Orgulha-me saber
que já há resultados positivos da nossa acção em todos os domínios da sociedade e
que num futuro próximo o impacto dessas
medidas será ainda mais profícuo.
 Já anunciou a recandidatura. Por
que é que decidiu fazê-lo? Porque a política para mim é um acto nobre e honrado.
Quando decidi candidatar-me a presidente
da Federação do PS no Baixo Alentejo entendi que deveria justificar a minha disponibilidade de sempre para servir a minha
terra e os meus concidadãos. Comigo não
há tabus nem meias palavras, as coisas são
como têm de ser: sempre com frontalidade
e transparência. Faz sentido que seja de
novo candidato. Com a responsabilidade
ética e política de assumir as minhas obrigações junto de quem me elegeu e em mim
confiou para liderar o futuro do concelho
de Ourique.
 Acumular a presidência da Câmara
com a liderança distrital do PS não o
obriga a dispersar energias? Ambos os
cargos são compatíveis e não interferem
na acção e na energia com que me entrego
aos projectos. De outra forma não existiria
a minha disponibilidade. Tenho a trabalhar
comigo equipas de grande valor humano e
técnico, quer na Câmara quer na Federação. Nada é resultado de um homem só.
Faço questão de delegar competências e de
promover a descentralização, envolvendo
as pessoas e motivando as suas ideias e
capacidades.
“Conjuntura financeira não permite festas diferentes”
 Há quem defenda a necessidade de
“refundar” as Festas de Santa Maria.
Concorda com isso? É evidente que é pos-
sível fazer mais e melhor. Em 2005 demos
uma nova dinâmica às Festas de Santa Maria, mas a actual conjuntura financeira não
permite despender muito dinheiro. Respeitamos e escutamos todas as opiniões e con-
cordamos com todas as intenções de fazer
mais e melhor, mas é preciso avaliar vários
factores que se sobrepõem à nossa vontade
e ao nosso desejo.
 Tem alguma leitura particular para o
declínio destes festejos? Há com certeza
várias razões. As dificuldades financeiras
de quem organiza e dos espectadores, a
multiplicidade de festas a decorrerem em
períodos iguais e a alteração significativa e
evidente dos hábitos e das disponibilidades
das pessoas. Ourique não é excepção, passa-se o mesmo em praticamente todas as
localidades. É uma questão sociológica que
merece reflexão.
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15
2012.08.10
TEMPO LIVRE
CULTURA
ESPECTÁCULOS
CINEMA e TV
AGENDA E SERVIÇOS
PESSOAS
> iniciativa
FEIRA EM SABÓIA MOSTRA O MELHOR DO INTERIOR DO CONCELHO DE ODEMIRA
 Arranca este sábado, 11, a FACES – Feira das Actividades Culturais e Económicas de Sabóia. O certame
prolonga-se até quarta-feira, 15, e assume-se como
“representante” das diferentes “faces” do interior do
concelho de Odemira, dando provas do dinamismo da
freguesia de Sabóia e limítrofes.
FIMSEMANA
Messejana lembra
Manuel de Brito Ruas
DE
> VILA DO CONCELHO DE ALJUSTREL VAI ESTAR EM FESTA ATé qUARTA-FEIRA, 15 DE AgOSTO
> HOMENAGEM. Antigo provedor da Misericórdia e presidente
da Junta de Freguesia de Messejana faleceu em Agosto de 2011.
 A vila de Messejana vai prestar na próxima quarta-feira, dia 15 de Agosto, uma
sentida homenagem ao antigo provedor da
Misericórdia e presidente da Junta de Freguesia local, Manuel de Brito Ruas.
A cerimónia decorrerá no âmbito das
festas de Santa Maria que, a partir desta sexta-feira, 10, terão um programa repleto de
memórias e espectáculos. Com organização
da Câmara Municipal e da Junta de Freguesia, a iniciativa “Messejana Real” é o grande
momento das festas e, já nesta sexta-feira,
haverá animação com uma “Noite Jovem”
depois de inauguradas as exposições “Arte
Sacra, Trajes e Aventais”.
No sábado, 11, será feita a recriação histórica da chegada de D. Sebastião a Messe-
por VÍTOR BESUgO
PRAÇAS
CAVALEIROS
fORCADOS
AGENDA
> CORREIO
TAURINO
BEJA EspErA
grAndE nOITE
A empresa Gestoiro leva por
diante esta sexta-feira, 10, à
noite, a partir das 22 horas, a
tradicional corrida de toiros
em honra de São Lourenço. Depois de alguns anos a mudar de dia, este ano a corrida
volta a ser realizada na sua data tradicional,
o que esperamos que volte a acontecer nos
jana (18h00) e, durante a noite, o rei jantará
com os nobres da vila, haverá folguedo e a
apresentação de planos inéditos do filme
“Al Fachada”.
No domingo, 12, D. Sebastião assistirá à missa na Igreja Matriz de Messejana,
estando agendada para o fim da tarde um
demostração de falcoaria e armas. O serão
está reservado para um julgamento público
no pelourinho e uma comunicação de D.
Sebastião ao povo messejanense.
Na segunda-feira, 13, está programado
um concerto com a banda Sound Makers e,
na terça-feira, a imagem de Nossa Senhora da Assunção é “levada para o campo”.
Ao fim da tarde há um cortejo automóvel a
animar o regresso da padroeira e, durante a
noite, um baile com o popular artista Ruben
Baião.
No último dia das festas (15 de Agosto),
decorrerá a procissão e, cerca das 19h00, a
cerimónia de homenagem a Manuel de Brito Ruas, destacado cidadão daquela vila que
faleceu em 24 de Agosto de 2011, na altura
próximos anos.
Frente a um imponente curro de toiros
da ganadaria Ernesto de Castro [na foto]
vão estar em praça os cavaleiros Rui Salvador, Sónia Matias, Tito Semedo, António
Maria Brito Paes, João Moura Caetano e
João Maria Branco.
Os grupos de forcados que vão enfrentar
este curro são os Amadores de São Manços,
de Moura e de Cascais.
Os bilhetes podem ser adquiridos nos
locais habituais, com preços a partir de apenas 15 euros.
Homenagem a Manuel de
Brito Ruas será realizada na
quarta-feira, 15, às 19h00.  dr
com 70 anos de idade.
Manuel de Brito Ruas foi líder da Santa
Casa da Misericórdia de Messejana durante
20 anos, depois de ter sido o principal responsável pela sua restauração, em 1989. Ao
mesmo tempo, foi vários anos presidente
da Junta de Freguesia de Messejana. Na cerimónia de homenagem que decorrerá na
sua terra natal será descerrada uma placa
que perpetuará o seu nome na fachada do
edifício da Santa Casa.
Refira-se que, na noite de 15 de Agosto,
decorrerá a tradicional corrida de toiros de
Messejana, onde Manuel de Brito Ruas também será recordado. Ele que foi, como se
sabe, um dos mais destacados aficionados
da região e figura muito popular nos meios
tauromáquicos.
A corrida começa às 22h30 e contará
com os cavaleiros Luís Rouxinol, Filipe
Gonçalves e João Telles Jr. para lidarem toiros da ganadaria Lampreia. As pegas estarão a cargo dos forcados de Alcochete e de
Cascais.
sAnTAnA cOm
cOrrIdA dIA 17
BArrAncOs Já
fEchOu cArTEl
 Santana da Serra, no concelho de Ourique, recebe no próximo dia 17 de Agosto
uma corrida de toiros, onde actuam os
cavaleiros Joaquim Bastinhas, Tito Semedo
(a “jogar” em casa), Marcos Bastinhas e o
praticante Mateus Prieto. As pegas estarão a cargo dos Amadores de Moura e da
Tertúlia do Montijo, perante um imponente
curro da Herdade de Pégoras.
mAnO-A-mAnO
AnImA mOITA
 O matador Pedrito de Portugal vai participar num “mano-a-mano” com o espanhol
Enrique Ponce a 16 de Setembro, durante a
tradicional Feira da Moita.
 Já são conhecidos os cartéis das tradicionais corridas de touros de morte que anualmente se realizam no final do mês de Agosto
em Barrancos. A 29 de Agosto (quarta-feira)
os touros de Couto de Fornilhos serão lidados
por Tiago Santos e Fernando Rey, enquanto
que no dia seguinte serão José Maria Lázaro
e Manuel Ponce a enfrentar mais um lote da
mesma ganadaria. A 31 de Agosto (sexta-feira), haverá mais touros de Couto de Fornilhos
para Raul Palancar.
16
2012.08.10
futebol e modalidades
>futebol
>futebol
aBelha tReina messejanense em 2012-13
RicaRdo catchana continua no chipRe
 Abelha, que nos últimos dois anos trabalhou na
 O avançado Ricardo Catchana, natural de Almo-
formação do Portimonense, vai ser o treinador do
Messejanense em 2012-2013.
dôvar, vai continuar a jogar no Chipre, depois de
assinal pelo Ayia Napa, da 1ª divisão daquele país.
desPoRto
> técnico bejense inicia teRceiRa éPoca no PRinciPal camPeonato do futebol PoRtuguês
caixinha com
muita ambição
> futeBol. A pouco mais de uma semana do arranque, o
técnico bejense Pedro Caixinha não esconde o objectivo de
devolver os madeirenses do Nacional às competições europeias. Sempre com Beja no pensamento...
 Acabaram-se as férias (pelo menos para alguns)! Depois de quase
três meses de “repouso”, o principal
campeonato do futebol português
regressa no próximo fim-de-semana, dias 18 e 19, e tem um bejense
em destaque: o técnico Pedro Caixinha, que assume de peito aberto
a vontade de devolver os madeirenses do Nacional às competições
europeias.
“Há vários aspectos que se
combinam para traçar essa meta.
Primeiro, nos últimos oito anos o
Nacional sempre se tem assumido
como candidato à Liga Europa. Depois, existe a ambição da estrutura
do clube, que já criou bases sólidas
para que isso aconteça. E há ainda
as nossas ideias de trabalho – e foi
para isso que nos contrataram! – e
a qualidade do plantel”, justifica ao
“CA” o técnico nascido em Beja há
41 anos.
Pedro Caixinha fala com determinação e muita confiança. E sobrepõe os objectivos colectivos às
ambições individuais, nem querendo ouvir falar da futebolisticamente
tradicional “época de afirmação”.
“Não gosto de falar nesses pontos.
Acredito muito em mim, na minha
competência e naqueles que trabalham comigo. E achamos que juntos, também com a competência do
grupo de jogadores e da estrutura
do Nacional, somos capazes de expressar mais este potencial que temos”, riposta.
onde anda a ousadia?
Em pouco mais de oito anos Pedro
Caixinha passou dos campos do
campeonato distrital para a principal liga nacional, com passagens
como adjunto pelo Sporting, Panathinaikos (Grécia) e selecções da
Arábia Saudita. Um percurso sempre ascendente que, admite, o faz
ser actualmente o principal “modelo de referência” para grande parte
dos treinadores da região.
“Posso sê-lo, tal como na minha
altura de estudante o eram o José
Romão – que só conheci pessoalmente quando estive a estudar em
Vila Real – ou o ‘Chico Papa’ [Francisco Agatão, antigo adjunto de Carlos Manuel e actualmente treinador
dos açorianos do Operário]”, vinca.
A falta de tempo impede Caixinha de acompanhar mais de perto
as incidências do futebol distrital.
Daí a surpresa ao saber que emblemas como o Despertar ou o Ferreirense acabaram de suspender o
futebol sénior, situação que o técnico “justifica” com as características
típicas de uma região onde arriscar
não é a regra.
“Vê-se que houve um crescimento e desenvolvimento em termos de instalações desportivas, que
por si já levariam ao aumento daquilo que é a qualidade do jogo que
se pratica nessas infra-estruturas.
Mas parece-me que a qualidade dos
jogadores não seguiu este aumento
de qualidade do jogo. Temos instalações, mas se calhar não temos
pessoas para poder potenciar essas
instalações. Fruto daquilo que somos como alentejanos, com muita
resistência à mudança, pensando
por vezes que sabemos tudo e tendo medo de arriscar”, conclui.
Aos 41 anos, bejense Pedro
Caixinha confia numa
grande época ao serviço
do Nacional.  DR
> 3ª divisão nacional
alentejanos
já conhecem
calendário
de 2012-2013
 Moura AC-Sesimbra, Monte
Trigo-Mineiro Aljustrelense e o
“dérbi” FC Castrense-Vasco da
Gama são os jogos que marcam
a primeira jornada da Série F
da 3ª divisão nacional em 20122013, que arranca no próximo
dia 2 de Setembro.
O sorteio dos calendários realizou-se na última quinta-feira,
2 de Agosto, na sede da Federação Portuguesa de Futebol, com
a “sorte” a ditar desde logo um
confronto entre dois emblemas
baixo-alentejanos na jornada
inaugural da competição.
Depois, à passagem da quarta jornada (a 7 de Outubro) o
Moura AC recebe o FC Castrense e à sétima ronda (no dia 4 de
Dezembro) será a vez do Vasco
da Gama da Vidigueira visitar o
Mineiro Aljustrelense.
A 9 de Dezembro, na 10ª jornada, o Moura AC recebe o Mineiro
Aljustrelense e na última jornada da primeira volta, agendada
para 16 de Dezembro, terão lugar mais dois “dérbis” do distrito
de Beja: Vasco da Gama-Moura
AC e Mineiro Aljustrelense-FC
Castrense.
Quanto à Taça de Portugal, o
sorteio da primeira eliminatória,
que se realiza já no próximo dia
26 de Agosto, ditou os jogos Mineiro Aljustrelense-At. Reguengos, Barreiro (Açores)-Moura
AC, Vasco da Gama-Caçadores
das Taipas e FC Castrense-Eléctrico de Ponte de Sôr.
> 3ª divisão >Série F
pedRo caixinha
Treinador de futebol
No distrito de Beja temos
instalações, mas se calhar
não temos pessoas para
poder potenciar essas
instalações.
joRnada 1 | 2 de setembRo
Juventude – At. Reguengos
Lagoa – Esperança de Lagos
Monte Trigo – Mineiro Aljustrelense
FC Castrense – Vasco da Gama da Vidigueira
Moura AC – Sesimbra
U. Montemor – Lusitano VRSA
joRnada 2 | 23 de setembRo
At. Reguengos – U. Montemor
Esp. Lagos – Juventude
Mineiro Aljustrelense – Lagoa
Vasco da Gama da Vidigueira – Monte Trigo
Sesimbra – FC Castrense
Lusitano VRSA – Moura AC
2012.08.10
DESPORTO
17
> Panóias desiste do “Distritalão” 2012-2013
FUTEBOL E MODALIDADES
Está confirmado: o Panóias não vai participar no próximo campeonato
distrital da 1ª divisão. “É contra a minha vontade, mas não há nada a fazer”,
sublinha o presidente Luís Martins. Entretanto, segundo apurou o “CA”, o
FC São Marcos já inscreveu a equipa sénior e uma de benjamins.
> EqUIPA DE CASTRO VERDE AInDA TEM DUAS VAgAS nO PLAnTEL PARA 2012-2013
FC Castrense realista
 A contabilidade é simples de fazer: em 2012-2013 a Série F da 3ª
divisão nacional vai promover duas
equipas e as restantes 10 vão ter de
regressar aos distritais! É com estas
contas na cabeça que o FC Castrense
já prepara a nova temporada, onde o
realismo e a cautela se sobrepõem
a qualquer tipo de objectivos mais
ambiciosos.
“Queremos fazer boa figura e
mostrar que temos qualidade, valor
e ambição. O nosso campeonato vai
ser jogo a jogo e em cada jogo quereremos somar o maior número de
pontos possível. Por isso digo: cada
jogo vai ser uma final”, sublinha ao
“CA” o técnico Francisco Fernandes,
que ainda tem duas vagas em aberto
na equipa [ver caixa].
“Não conseguimos fechar o plantel com jogadores da região e agora
andamos à procura de encontrar um
defesa central e um jogador que faça
o corredor esquerdo”, adianta.
A equipa de Castro Verde vai iniciar o campeonato em casa, diante
do Vasco da Gama. Antes, o FC Castrense realiza jogos de preparação
com Quarteirense (sábado, 11, no
Algarve) e Farense (18 de Agosto, em
partida que servirá de apresentação
da equipa aos associados).
cinco reforços
 São cinco os reforços do FC Cas-
FC Castrense enfrenta nova
época com realismo... e
muita ambição!  DR
trense em 2012-2013: o guarda-redes Eduardo, o defesa Igor, o médio
Hugo Páscoa e o avançado Ricardo
Amaro (todos ex-Despertar), além
do ponta-de-lança José Manuel (exVasco da Gama). À experiência na
equipa estão o central Ludovic (exAliados do Lordelo) e o esquerdino
Valter Ferreira (ex-Caniçal), sendo
que da última época transitam João
Candeias (guarda-redes), Vítor Rolim, Tiago Torres e Velhinho (defesas), José Luís Araque, Nelson Horta
e Pedro Lança (médios), Telmo Facaia, Rui Pepe, Jorginho, Damázio e
Pázinho (avançados).
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> Futebol. Técnico
Francisco Fernandes promete equipa empenhada em
honrar o clube.
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PÓVOA DE S. MIGUEL / MOURA
Agradecimento
ÉLIO JOSÉ REIS MENDES
12.05.1977 | 07.07.2012
Pais, esposa e filha participam a todas as pessoas das suas relações e amizade o falecimento
do seu ente querido ocorrido no dia 7 de Julho de
2012. Agradecem ainda reconhecidamente aos
seus colegas de trabalho e amigos, pelo modo
fraterno e muito amigo como apoiaram toda a
nossa família neste momento de profunda dor.
Agradecem também a todos os que se dignaram acompanhá-lo à sua última morada ou que
de qualquer outra forma lhe manifestaram o seu
pesar.
Rua da Cadeia Velha, 16-22 – 7800-143 BEJA
Telefone: 284311300 * Telefax: 284311309
www.funerariapax-julia.pt
E-mail: [email protected]
Funerais – Cremações – Trasladações
Exumações – Artigos Religiosos
BEJA
BERINGEL
BEJA
BEJA / TRINDADE
†. Faleceu a Exma.
Senhora D. LUZIA
MARIA VIDINHA, de
94 Anos, natural de Vila
de Frades – Vidigueira,
viúva. O funeral a cargo
desta Agência, realizouse no passado dia 04,
de Igreja Paroquial do
Carmo, para o cemitério
de Beja.
†. Faleceu a Exma. Senhora D. MARIA JOSÉ
ROSA, de 90 Anos,
natural de Beringel –
Beja, viúva. O funeral
a cargo desta Agência,
realizou-se no passado
dia 04, de Casa Mortuária de Beringel, para o
cemitério local.
†. Faleceu a Exma.
Senhora D. AMÉLIA
DO SACRAMENTO, de
91 Anos, natural de São
Matias – Beja, viúva. O
funeral a cargo desta
Agência, realizou-se
no passado dia 05, das
Casas Mortuárias de
Beja, para o cemitério
desta cidade.
†. Faleceu a Exma. Senhora D. MARIA JOSÉ
DA SILVA MESTRE,
de 77 Anos, natural de
Alcaria Ruiva – Mértola,
casada com Exmo. Sr.
Manuel Luís. O funeral
a cargo desta Agência,
realizou-se no passado
dia 05, das Casas Mortuárias de Beja, para o
cemitério da Trindade.
BEJA
BEJA
Às famílias
Correio Alentejo n.º 322 de 10/08/2012 Segunda Publicação
enlutadas
apresentamos
EDITAL
as nossas
†. Faleceu o Exmo.
Senhor MANUEL
GUERREIRO AMARO,
de 87 Anos, natural de
Entradas – Castro Verde, casado com Exma.
Sra. D. Vitória Francisca Leonardo. O funeral
a cargo desta Agência,
realizou-se no passado
dia 05, da Igreja Paroquial do Carmo, para o
cemitério de Beja.
†. Faleceu a Exma.
Senhora D. ILDA DA
PIEDADE AGATÃO,
de 92 Anos, natural de
Santa Maria da Feira –
Beja, viúva. O funeral
a cargo desta Agência,
realizou-se no passado
dia 08, das Casas Mortuárias de Beja, para o
cemitério desta cidade.
BEJA
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DE VEÍCULOS
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OFERTA nº 587835284 - IEFP
OFERTA nº 587832644 - IEFP
OFERTA nº 587822609 - IEFP
A Autoridade Florestal Nacional faz público que, nos termos do art.º
6.º do Regulamento da Lei n.º 2097, de 6 de Junho de 1959, aprovado pelo Decreto n.º 44623, de 10 de Outubro de 1962, O CLUBE DE
CAÇA E PESCA DE SANTA CLARA DO LOUREDO requereu, pelo
prazo de 10 anos, uma concessão de pesca na albufeira da Misericórdia, Herdade da Misericórdia, freguesia de Santa Clara de Louredo,
concelho de Beja.
Todas as pessoas singulares ou colectivas que se julguem prejudicadas nos seus direitos devem apresentar a sua reclamação por escrito
devidamente justificada, na Unidade de Gestão Florestal do Baixo
Alentejo – Antiga Estrada de Évora – Rua de S. Sebastião – Apartado
6121, 7801-908 Beja no prazo de 30 dias a contar da data de divulgação deste Edital.
Para consulta dos interessados encontra-se nos referidos serviços o
projecto de Regulamento, proposto pela entidade requerente para vigorar na área a concessionar.
Évora, 27 de Março de 2012
Fonte: Carta MIlitar 531 IgeoE
mais sinceras
condolências
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o candidato esteja inscrito,
como desempregado
no Centro de Emprego,
há mais de seis meses
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trabalho topográfico,
saber orçamentar
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2012.08.10
opinião
21
>análise
> opinião
O BOSÃO DE HIGGS
ONOFRE VARELA
Cartunista/Jornalista
N
ão saber do que se fala não impede que se
opine. E a opinião de cada um tem o valor
que tem, mais o que os outros lhe queiram dar,
e por aí se fica. Mas os responsáveis de instituições, e os jornais de grandes tiragens e de distribuição nacional, estão obrigados a saberem
do que falam. Nesta linha está o folclore que se
fez à volta do bosão de Higgs, com os jornais
a darem voz a padres católicos para opinarem
sobre o que não diz respeito à Igreja.
Em linhas gerais e poucas palavras, podemos dizer que o cientista britânico Peter Higgs, trabalhando sobre umas ideias de Philip
Anderson, interrogou-se, num documento
publicado em 1964, sobre a possível existência de um bosão (partícula com determinadas características) que explicaria a razão de
a matéria possuir massa.
Mas só agora — meio século depois — foi
possível conseguir as condições técnicas para
o desenvolvimento de experiências a propósito, com a construção, em 2008, do Grande
Colisor de Hádrons (LHC), um laboratório
localizado num túnel com 27 Km de circunferência, construído a 175 metros abaixo do
nível do solo, na fronteira franco-suiça, próximo de Genebra. Um dos objectivos do LHC
é explicar a origem da massa das partículas
elementares e encontrar outras dimensões do
espaço.
A 4 de Julho de 2012, cientistas do Centro
Europeu de Pesquisa Nuclear (CERN), anunciaram que na sequência dos seus trabalhos
no LHC, descobriram uma partícula nova que
pode ser o tal bosão de que Higgs previu a
existência.
Entretanto, no início dos anos de 1990, o
físico Leon Lederman, que ganhou o Prémio
Nobel em 1988, escreveu um livro com a intenção de explicar ao público não especializado
em ciência a teoria sobre o bosão de Higgs. O
autor escolheu o título The Goddam Particle
(A Partícula Maldita) para falar sobre o tal
elemento difícil de descobrir e que ocupava
todo o tempo a Higgs. Mas como o editor estava mais interessado em vender do que, simplesmente, publicar, num golpe de marketing,
trocou o termo “Goddam” por “God”, e o livro
The God Particle (A Partícula de Deus) foi um
êxito de vendas! O nome pegou e não tardou
que a imprensa apelidasse o bosão que Higgs
procurava como sendo a “partícula de Deus”!
O termo Deus é conhecido de todos, e bosão…
ninguém sabe o que seja…
O meu espanto foi ver e ouvir, em Julho de
2012, as televisões e os jornais a entrevistarem
religiosos sobre a partícula de Deus (como
que se a Igreja tivesse algo a ver com as descobertas científicas!), talvez convictos de que a
ciência acabara de encontrar a prova da existência real e concreta de Deus!…
A RTP procurou o padre e jornalista José
Tolentino de Mendonça, na qualidade de director do Secretariado Nacional da Pastoral
Já que falo em raíz, é curioso notar que os países
de raíz católica são os que, estatísticamente, têm
uma pior opinião da ciência. Porque será?!…
da Cultura da Igreja Católica, para que falasse sobre o bosão e ele disse que “tudo o que
é a procura da verdade interessa muito aos
crentes e à Igreja” (!?), que mais poderia ele
dizer?!…
O jornal do Vaticano, “L’Osservatore Romano”, atingiu o paradigma de (…não sei que
palavra usar!…) com a manchete “Comoção
e entusiasmo” para se referir ao anúncio da
descoberta do bosão de Higgs (!?). Deve estar
tudo doido!…
O cientista Carlos Fiolhais teve a frase mais
correcta e honesta: “Se existe Deus, todas as
partículas são de Deus, ou, se não existe Deus,
nenhuma partícula será de Deus”. Tão simples!
“Partícula de Deus” é apenas um nome.
Um título para um livro, que foi encontrado
com o interesse de vender, e o nome do livro
não vale mais do que isso. Imagine que você,
em 1990, encontrava um livro com o título
Bosão de Higgs. Comprava-o?… E se fosse
Partícula de Deus?…
Há termos que atingem a sensibilidade
das pessoas e que, por isso, podem, mais facilmente, ser aceites ou repudiados. É o caso
das “células-mãe”. Em inglês recebem outro
nome. Não são referidas por “mother-cells”,
mas por “stem [tronco, raíz] cells”.
A palavra “mãe” desperta paixões! Mãe há
só uma. E tu não tocas na minha mãe, porque
para mim ela é sagrada! Daí ser mal vista a manipulação das células-mãe! Já manipular as
células-raíz… é outra coisa, mais permissível,
o milho transgénico é isso mesmo. E aqueles
que se preocupam com o termo “mãe” estãose nas tintas para as manipulações do milho!
Já que falo em raíz, é curioso notar que os
países de raíz católica são os que, estatísticamente, têm uma pior opinião da ciência. Porque será?!…
22
“
opinião
2012.08.10
>palavras
CAMILO LOURENÇO
CARLOS CARREIRAS
> “Jornal de Negócios” 08.08.2012
PAULO BALDAIA
> “I” 08.08.2012
> “DN” 07.08.2012
“nem espanha nem ItálIa
têm o consenso polítIco e
socIal que portugal conseguIu em torno do programa
de ajustamento.”
“os líderes polítIcos, de pé na areIa,
recuperam forças e ganham fôlego
para o que aí vem. e o que aí vem não é
pouca coIsa: muIto provavelmente a
maIs dura ‘rentrée’ de que há memórIa nas socIedades europeIas.”
“cá vamos nós cantando e rIndo, num país em
que uma parte sIgnIfIcatIva dos cIdadãos mergulhou na mIsérIa, num país em que os polítIcos
passam a vIda a falar de reformas estruturaIs
mas em que nunca muda nada na justIça.”
> opinião
JOSÉ NICOLAU
> Editorial
dirigente do PS
A TRISTEZA DO
“DISTRITALINHO”
a
expressão foi feliz e inventada nos anos Oitenta, quando o futebol ainda
não reflectia a dura crise demográfica que se acercou do Baixo Alentejo.
Nessa época, havia uma dinâmica grande nos clubes e, apesar das debilidades económicas, o espírito era outro. As equipas eram povoadas por jogadores da terra, os “ordenados” eram fracos, os clubes tinham gente dinâmica,
que trabalhava noite e dia para assegurar receitas.
Com a fortuna enganadora dos anos Noventa, os emblemas da nossa região aburguesaram-se. Em muitos concelhos, as câmaras começaram a pagar
tudo e mais alguma coisa. Isso, pois claro, enfraqueceu o associativismo e o
voluntariado! O resto veio por acréscimo, com
este perigoso individualismo que está matar as
sociedades.
O “Distritalão” de outros
Chegamos agora a um ponto de profundo
tempos, como se adidrama e acentuada tristeza. Por erros, incapacidades, falta de apoios e pobreza aprofundada, há
vinhava há muito, vai
emblemas que estão a desistir do futebol sénior e
redundar num caricato
outros a reequacionar seriamente todo o mode“Distritalinho”...
lo em que o fizeram assentar. O “Distritalão” de
outros tempos, como se adivinhava há muito, vai
redundar num caricato “Distritalinho”...
Naturalmente que há muitas responsabilidades repartidas. Mas, neste tempo de recomeçar
quase tudo, parece ser muito oportuno fazer uma revisão séria do que somos
e do que queremos ser nesta modalidade que ainda apaixona muita gente. A
Associação de Futebol de Beja tem a responsabilidade de agendar uma discussão séria sobre o assunto. E os clubes, particularmente aqueles que são
mais relevantes e influentes, estão obrigados a participar com responsabilidade nesse desafio onde assenta muito do futuro do futebol distrital no Baixo
Alentejo. Caso contrário, não vamos ficar por aqui!
Jornal regional semanário editado em Beja
Redacção, administração e publicidade
Rua Dr. Diogo Castro e Brito, 6 – 7800-498 Beja
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Director: António José Brito
Editor: Carlos Pinto. Redacção: Manuela Pina, José
Tomé Máximo (fotografia). Paginação: Pedro Moreira.
Infografia: I+G - www.imaisg.com . Secretariado:
Ruben Figueira Ramos
Colaboradores Permanentes: Napoleão Mira e
Vítor Besugo. Colunistas: Alberto Matos, Ana Ademar,
António Sebastião, Jorge Pulido Valente, José Filipe
Murteira, Luís Dargent, Margarida Janeiro, Mário Simões,
Miguel Madeira, Paulo Arsénio, Teresa Chaves e Vítor
Encarnação.
Projecto Gráfico: Sérgio Braga – Atelier I+G
Departamento Comercial:
[email protected]
Impressão: Empresa Gráfica Funchalense.
Distribuição: Jota CBS
ISSN 1647-1334
RESGATE
QUE FAZ REFÉNS
o
inaceitável – porque trata todas as câmaras por
igual, sem distinguir as que herdaram dívidas
incomportáveis e que ainda assim estão a fazer
um enorme esforço na redução dessa dívida – a
imposição do Governo, sem quaisquer hipóteses de negociação, exige a subida inaceitável dos
impostos e taxas municipais para os escalões
máximos, a pagar pelos cidadãos, pelas famílias
e pelas empresas.
Em suma, este é um plano de resgate que faz
reféns, que agrava as condições em vez de as solucionar. E reféns são também todas as câmaras
que sejam obrigadas a recorrer ao PAEL, como
única possibilidade de pagamento de salários
dos seus funcionários, de prestação de serviços
às populações, de obras de conservação e de
apoios sociais.
Para o Governo PSD/CDS impõe-se a filosofia
de que os municípios estão endividados porque
se habituaram a viver acima das suas possibilidades e que quem deve pagar são os seus muníci-
Governo PSD/CDS, animado pela convicção liberal de exigir mais aos portugueses que a própria “troika”, continua a sua saga
preocupado em exclusivo com a consolidação
orçamental, sem atender à necessidade do crescimento da economia e, sobretudo, do emprego
das pessoas.
Não satisfeito com o ataque sem precedentes às empresas, às famílias
e aos trabalhadores, decidiu inviabilizar o funcionamento normal de
praticamente todas as câmaras com a aprovação da
Lei dos Compromissos e
dos Pagamentos em Atraso
(Lei n.º 8/2012, de 21 Fev.).
Com a sua visão economicista e redutora, o Governo PSD/CDS, para além
de aniquilar as instâncias
do Poder Local, responsáveis pelo apoio de proximidade às populações,
com a extinção de centenas de freguesias (Lei n.º
22/2012), em total desrespeito pelos autarcas que as
representam, decide agora
com a aplicação da Lei dos
Compromissos impossibi- Para o Governo PSD/CDS impõe-se a filosofia de que
litar o funcionamento da
os municípios estão endividados porque se habituesmagadora maioria das
câmaras municipais em aram a viver acima das suas possibilidades e que
Portugal.
quem deve pagar são os seus munícipes. Custe o que
Da intransigência do
custar, a quem custar.
Governo, que tudo sacrifica
à sua convicção financeira
e orçamental, resulta um
plano designado de apoio
à economia local (PAEL) que supostamente
pes. Custe o que custar, a quem custar.
disponibilizará dinheiro às câmaras municipais
Mas o presente, que é de grande exigênque se encontrem endividadas.
cia e tenacidade, demonstrará que o futuro
Este plano é, nem mais nem menos, a única
se construirá com soluções alternativas, cenalternativa que oferecem entre a paralisação das
tradas nas pessoas e nas suas expectativas e a
câmaras e o empobrecimento dos seus munícifavor de um modelo de desenvolvimento de
pes, em face das condições draconianas exigiresponsabilidade, equilibrado e mobilizador
das para o acesso ao mesmo.
da sociedade para vencer as dificuldades e
Para além de injusto, desproporcionado e
honrar os compromissos.
2012.08.10
opinião
23
>análise
> linhas direitas
> sUl sUaVe
PAULo ARSÉNIo
eleito na Assembleia
Municipal de Beja
A OpOsiçãO
E
m setembro de 2013 estará no terreno a campanha eleitoral para as eleições autárquicas. Significa isso que está
decorrido praticamente 75% do tempo de legislatura autárquica. Entra-se na reta final para um “sprint” que se prevê
apertado em muitos concelhos do nosso distrito.
O PSD poderá pagar, sobretudo nos concelhos de média e
de grande dimensão, os custos de uma política que tem vindo
a empobrecer significativamente os portugueses. Partido de
grande tradição autárquica, julgo que o PSD a nível nacional
poderá conhecer dissabores vários.
No nosso distrito, contudo, o PSD tem um peso residual,
só fortalecido em Almodôvar, em Ourique – onde tem vindo a
perder muito no plano autárquico –, e em Alvito e Beja, onde,
por vezes, se afirma como fiel da balança nas
respetivas vereações.
Quer isto dizer que no distrito de Beja
a questão nacional deverá ter um impacto
reduzido, uma vez que as grandes decisões
serão travados sobretudo entre o Partido Socialista e os comunistas aliados aos verdes.
Importa também salientar que ainda está
por decidir se as eleições de 2013 se disputarão já com uma nova lei eleitoral autárquica,
pela qual me bato há muitos anos e que prevê fundamentalmente que o presidente da
Câmara seja o elemento mais votado da lista
para a Assembleia Municipal, ou pelas regras
que têm vindo a vigorar há quase quarenta
anos e que não fazem qualquer sentido.
Contudo, e quaisquer que sejam as regras,
as “batalhas políticas” maiores confrontarão
as duas maiores forças de esquerda – mas de
esquerdas bem diferentes, da nossa região.
ciantes aquelas que se aproximam. Creio que disputadas de
forma renhida e apertada em que ninguém tem a certeza
de ganhar. O concelho de Beja, fruto de um conjunto de freguesias rurais com forte carga histórica, é sociologicamente
comunista sem margem para dúvida. Porém, o PS tem vindo
a ter sucessivamente excelentes resultados no concelho, sobretudo na malha urbana e numa ou noutra freguesia rural,
nas eleições europeias e, acima de tudo, nas legislativas, culminando essa sequência com a vitória de Jorge Pulido Valente
em outubro de 2009.
Nestes quase três anos de mandato decorridos podemos
fazer vários balanços intermédios, quer à atividade da Câmara, quer à ação das oposições. E um das análises que temos de
fazer reside em conhecer as propostas alternativas apresentadas pelas oposições à esquerda do PS ao longo destes quase
três anos ao atual executivo.
Lembra-se de alguma caro leitor? Recorda-se de um só motivo – só lhe peço um – pelo qual em dezembro último Bloco
de Esquerda e a coligação liderada pelos comunistas votaram
contra o orçamento municipal de Beja? Pense numa proposta
forte, alternativa, que tenha vindo a conhecimento público e
que fosse exequível no atual quadro orçamental. Está difícil,
não está? É normal. Não se assuste. O problema não é seu. É
que olhar para as propostas alternativas da oposição ao executivo da Câmara de Beja é como abrir uma arca frigorifica
vazia e ficar desolado a olhar lá para dentro. Não deixa de ser
enigmático que quem esteve na Câmara durante mais de três
Politicamente pode ser muito complicada a vida da CDU em
Beja se sofrer segunda derrota consecutiva. Pode dar-se o
mesmo que se deu em tantos concelhos onde sucedeu, que,
perdendo uma primeira vez e não recuperando logo de seguida, se cristalize o PS no poder durante um período de tempo
maior.
Olhemos resumidamente para a capital de
distrito, Beja.
Quem governou o Município durante 35
largos anos sabe que a melhor possibilidade
que tem é recuperar a capital de distrito logo
na eleição seguinte. Politicamente pode ser
muito complicada a vida da CDU em Beja se
sofrer segunda derrota consecutiva. Pode dar-se o mesmo
que se deu em tantos concelhos onde sucedeu, que, perdendo uma primeira vez e não recuperando logo de seguida, se
cristalize o PS no poder durante um período de tempo maior.
Foi assim em Évora, em Grândola, em Ferreira do Alentejo e
em Odemira, por exemplo. Locais tradicionais de domínio
vermelho durante muitos anos, mas em que, pese a persistência típica dos comunistas, não se afigura fácil sair da sombra e reconquistar as autarquias.
Já noutros concelhos, como Vidigueira ou Barrancos, na
nossa zona, ou noutros na margem sul do Tejo, como Barreiro ou Alcochete, por exemplo, a CDU conseguiu recuperar o
poder ao PS logo na eleição seguinte e cimentar-se nas legislaturas autárquicas seguintes.
Ora esse é o desafio que se coloca em Beja. É quase uma
questão de tudo ou nada. Quem vencer as próximas eleições
no concelho de Beja poderá eventualmente fazer um ciclo
maior no futuro. São por isso eleições verdadeiramente ali-
décadas, e que ambiciona legitimamente reconquistar a mesma, não tenha dito nada sobre assunto nenhum.
Três anos de vazio absoluto.
Uma palavra extra nesta crónica para destacar a ação notável e heróica das corporações de bombeiros do nosso país, ao
longo das últimas semanas, acorrendo a um sem número de
incêndios e evitando males muitas vezes maiores. Uma palavra de profunda e de sentida solidariedade para aquelas corporações que perderam homens e mulheres no combate às
chamas ou em acidentes de viação quando se dirigiam para
as ocorrências, bem como para os nossos concidadãos que
tudo perderam fruto do fogo, vendo por vezes vidas inteiras
de trabalho serem consumidas em escassos minutos. Para esses admito que uma palavra de ânimo não baste.
Por vontade do autor, o exto está escrito segundo o novo acordo ortográfico
LUÍS DARGENT
dirigente do CDS
Citius, Altius,
FOrtius
S
ó pelo título já se pode augurar o pior – pretensiosismo
de citações em latim ficam sempre bem em qualquer
artigo –, o que não se podia prever era o reaccionarismo
que segue num tema aparentemente inócuo como os Jogos
Olímpicos. Fica feito o aviso às almas mais impressionáveis.
O título do artigo é o lema da atrás citada manifestação
desportiva: “Mais Longe, Mais Alto, Mais Forte”. E poderá
haver mensagem mais reaccionária que esta? “Incomodar as pessoas para quê? Com que fins obscuros é que se
pode exigir a um comum mortal esta trabalheira? E onde
é que se quer chegar? Qual é o limite? E a remuneração? É
igual para todos, espero”. São estas as preocupações que,
imagino eu, passarão pela cabeça de um inefável personagem de esquerda tipo Arménio Carlos ou Francisco Louçã,
para não falar no anafado Vasco Lourenço comentando
em nome da sua não menos anafada associação. Tirando
aquele período da Guerra Fria, em que se tinham que esfregar as medalhas nas fronhas dos malvados capitalistas
para provar a supremacia dos povos socialistas ou da raça
branca, como quis fazer o outro do socialismo esquisito
(como se houvesse socialismos que não o tenham sido),
não vale a pena o esforço.
A mim o que me impressiona neste espectáculo, muito
para além da tradicional e admirável cerimónia de abertura ou de encerramento, é a capacidade de superação dos
atletas, ou pelo menos a sua tentativa. Os dois momentos
que mais me emocionaram desde que me lembro (e desde Munique que sigo com maior ou menor intensidade os
JO) estiveram sempre mais perto do estrondoso fracasso
do que de vitórias imortais. Sim, mais do que a vitória do
Carlos Lopes e da Rosa Mota na maratona e todas as outras medalhas a que assisti com indisfarçável orgulho e
emoção, os dois momentos que mais me marcaram envolveram uma atleta suíça e um nadador da Guiné Equatorial. Respectivamente Gabrielle Andersen-Shiess e Eric
Moussanbani, que me deram verdadeiras imagens do que
é o verdadeiro espírito olímpico e, sobretudo, dois actos
de heroísmo, na minha sempre pouco modesta opinião.
Ela acabou os últimos 400 metros da maratona de uma
forma alucinante, cambaleando e ultrapassando todos os
limites, correndo sério risco de vida, demorando na maior
exaustão cinco minutos e 44 segundos a fazer o que em
circunstâncias normais demoraria bastante menos de um
metro, no maior sofrimento e agonia, com treinadores, directores de prova e médicos a gritar para que desistisse e
um estádio inteiro a aplaudi-la de pé creio que até hoje.
Já o nadador tinha aprendido a nadar seis meses antes na
piscina dum hotel, porque no seu país não havia piscinas
olímpicas, e nadou os 100 metros livres sozinho (os outros
dois concorrentes foram eliminados por falsas partidas). O
desgraçado demorou quase dois minutos a concluir a prova, num estilo nada livre, tendo o vencedor feito bastante
menos de um minuto. Também neste caso o que começou por ser uma paródia para o público terminou numa
tremenda ovação, tendo o nadador ganho o respeito de
todos, comovendo milhões em todo o mundo.
E tudo isto porquê? Porque sim… Sic gloria transit
mundi.
pub.
24
www.correioalentejo.com
ÚLTIMAS
sexta. 2012.08.10
TEMPO > previsão para sexta
 Céu limpo. Pequena subida das temperaturas. Vento em geral fraco,
soprando temporariamente moderado. Neblina ou nevoeiro matinal.
Parque Alqueva
não vai avançar
 Os promotores do maior complexo turístico para o Alqueva, liderados por José
Roquette, garantiram esta semana que o
processo de insolvência apresentado em
tribunal implica o fim do projecto e a perda
de 500 postos de trabalho.
“A paragem do projecto implica a perda
de cerca de 200 empregos directos e 300
indirectos, que seriam criados só nesta primeira fase [das obras], e o fim do projetoâncora do destino turístico Alqueva”, frisou
a Sociedade Alentejana de Investimentos e
Participações (SAIP).
Em informação enviada à Agência Lusa,
a SAIP revelou que as suas empresas ligadas
ao projeto turístico Roncão d’El Rei – antigo
Parque Alqueva –, no concelho de Reguengos de Monsaraz, “apresentaram-se, na
terça-feira, 7, a Processo Especial de Insolvência”.
“A empresa viu-se forçada a apresentar o
pedido de insolvência em resultado da falta
de acordo quanto ao modelo de financiamento do projecto, que foi comunicada, de
forma definitiva, pelo grupo Caixa Geral de
Depósitos (CGD), no final do mês de Julho”,
adiantou a SAIP.
O Roncão d’El Rei, num investimento de
quase mil milhões de euros, a concretizar
em várias décadas, é o único do sector turístico classificado pelo actual Governo como
Projecto de Interesse Estratégico Nacional.
Até ao momento, era o único empreendimento, do lote de projectos turísticos previstos para a zona do Alqueva, que já tinha
avançado para obras, com a construção do
campo de golfe. Em Maio, em declarações
à Lusa, José Roquette tinha alertado que
o projecto poderia “cair” devido à falta de
financiamento bancário, alegando já ter
investido “mais de 50 milhões de euros”,
sendo “insustentável continuar a suportar
os enormes custos” provocados pelo “impasse” com a banca.
Nos esclarecimentos prestados à Lusa, a
SAIP frisou não compreender, “do ponto de
vista estratégico, como pode um país sair do
círculo vicioso da recessão sem investir em
novos projectos”.
“Sobretudo” num investimento “como
este, considerado de ‘Interesse Estratégico
Nacional’ e que, recebendo o apoio do Estado, através do Ministério da Economia, da
AICEP e da Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz, acaba por não seguir em
frente por não ser financiável para a CGD”,
disse.
Aldeamentos turísticos, hotéis, campos de golfe e de férias, unidades de saúde,
agricultura biológica e centros equestre, de
conferências e de desportos náuticos eram
algumas das valências contempladas no
Roncão d’El Rei, que previa gerar, ao longo
de várias décadas, mais de 2.100 postos de
trabalho directos e cerca de 3.000 indirectos.
> E AINDA...
CANTE ALENTEJANO
ASSOCIAÇÃO “MODA”
ELEGE NOVOS DIRIGENTES
 Reforçar o trabalho com os grupos corais, criar
um Conselho Consultivo, colaborar activamente
na candidatura do cante alentejano a Património
Imaterial da Unesco e reabrir o sítio da associação na Internet são alguns dos objectivos dos
novos órgãos sociais da MODA – Associação do
Cante Alentejano, eleita no último domingo, 5, em
assembleia geral extraordinária realizada em Cuba.
Francisco Teixeira é agora o novo presidente da
MODA, tendo como vice-presidente José Roque,
do Grupo Coral “Os Ceifeiros de Cuba”. José Freire
Colaço, do Grupo Coral “Estrelas do GuadianaTires-Cascais” é o novo secretário e José Jesus,
do Grupo Coral “COOP de Grândola”, o tesoureiro.
Para presidente da mesa da Assembleia Geral foi
eleito José Francisco Colaço Guerreiro, ligado à
Cortiçol – Cooperativa de Castro Verde.
“CA” cumpre
a tradição!
 Tal como aconteceu nos últimos seis
anos, o “Correio Alentejo” não será editado nas últimas três semanas de Agosto. Como os nossos leitores bem sabem,
neste jornal trabalha uma pequena equipa que, como toda a gente, tem direito a
gozar as suas férias. Essa é a razão principal que nos leva a suspender a edição
do “CA” durante este período. Por isso,
nos dias 17, 24 e 31 de Agosto o jornal não
estará nas bancas nem chegará a casa dos
nossos assinantes. Agradecemos a boa
compreensão, particularmente dos nossos assinantes que fazem questão de pagar o serviço que lhe prestamos a tempo
e horas e, também, dos anunciantes que
continuam a acreditar no “CA”. A todos
desejamos boas férias!
pub.
> INVESTIMENTO TURÍSTICO DE JOSÉ ROQUETTE
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ourique reduz um milhão por ano na dívida