UNOCHAPECÓ NÚCLEO 14 EPIDEMIOLOGIA APLICADA AOS SERVIÇOS DE SAÚDE Profa Letícia de Lima Trindade 1 1. OBJETIVOS DA AULA Propiciar estudo, debate e reflexão acerca da epidemiologia aplicada aos serviços de saúde. Resgatar o tema com foco no contexto da Assistência em Saúde e sua importância para a atividade do enfermeiro. 2 INTRODUÇÃO A oferta dos serviços de saúde... Demanda por assistência Trabalho vivo em ato X Impacto na saúde Oferta de serviços Percepções das necessidade de saúde Decisões políticas e disponibilidade de recursos Planejamento e organização dos serviços CAMPOS, 2006. 3 INTRODUÇÃO Os serviços de saúde... - História dos movimentos sociais, da sociedade, da política... - Aspirações e desejos da população sobre como viver saudável... - Aspectos políticos e econômicos... - Modelos assistenciais vigentes.... - Epidemiologia... 4 INTRODUÇÃO Etimologia Epi = sobre Demos = população Logos = Estudo Estudo sobre o que afeta a população, ou o processo saúde-doença das coletividades • Disciplina ... • Método.... Fornece subsídios teóricos e metodológicos para compreender o universo de saúde 5 A EPIDEMIOLOGIA NOS SERVIÇOS DE SAÚDE DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DE SAÚDE; - Uso dos indicadores de saúde (mortalidade, morbidade, expectativa de vida...); - Conhecimento do perfil da população; 6 A OPAS e a OMS têm enfatizado e incentivado a prática epidemiológica como norteadora dos serviços de saúde, e que essa prática vá além do controle das doenças transmissíveis e da vigilância epidemiológica (BRASIL, 2007). 7 A EPIDEMIOLOGIA NOS SERVIÇOS DE SAÚDE INVESTIGAÇÃO ETIOLÓGICA E CLASSIFICAÇÃO DE DOENÇAS; Influenciada pela história da busca das doenças.... § Fase da Magia; § Fase dos Miasmas; § Fase Microbiológica, dos germes; § Fase da causalidade (unicausal, multicausal). • Compreensão e identificação do adoecimento.... • Promoção X Diagnóstico precoce... 8 A EPIDEMIOLOGIA NOS SERVIÇOS DE SAÚDE DETERMINAÇÃO DE RISCO; • Etiologia X riscos; • Quantificação da exposição a um determinado fator... • Escassez de estudos que apontem a associação entre os fatores de riscos.... 9 A EPIDEMIOLOGIA NOS SERVIÇOS DE SAÚDE DESCRIÇÃO DO QUADRO CLÍNICO E DETERMINAÇÃO DE PROGNÓSTICOS; Principais manifestações Observação Fatores associados PRÁTICA CLÍNICA PROFISSIONAL/ENFERMEIRO 10 O profissional enfermeiro realiza práticas que contemplam a articulação das demandas de usuários com a estrutura do serviço e com os demais profissionais, além de atuarem como referência para os outros membros da equipe no encaminhamento de problemas e solicitações (NAUDERER, LIMA, 2008). 11 A PRÁTICA CLÍNICA DO ENFERMEIRO NA AB Ø Ameniza os desconfortos dos usuários, reduz riscos potenciais de adoecimento/sofrimento, permite estratégias que modificam o estilo de vida dos indivíduos/família/comunidade com intuito de promoção e prevenção da saúde (CEZAR-VAZ et al, 2010); ... contribui para o monitoramento das necessidades e problemas de saúde dos diferentes grupos sociais (SCHIMITH; et al, 2011); Reduz a demanda médica, aumenta a resolutividade da assistência e potencializa o acesso aos serviços de saúde. Contudo, frequentemente a prática clínica do enfermeiro está estruturada no modelo clínico de atenção à saúde (ERMELLI; FRACOLLI; 2006). 12 A EPIDEMIOLOGIA NOS SERVIÇOS DE SAÚDE ACOMPANHAMENTO DOS PROCEDIMENTOS DIAGNÓSTICOS; Pode auxiliar na regulamentação da oferta e uso dos serviços de saúde, fomento do uso de tecnologias, e caminho para efetivação da resolutividade do SUS (PAIM, TEXEIRA, 2003). TECNOLOGIAS E INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS MATERIAS 13 A EPIDEMIOLOGIA NOS SERVIÇOS DE SAÚDE PLANEJAMENTO E ORGANIZAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE; ...a epidemiologia vem auxiliando na construção e desenvolvimento dos modelos assistenciais em saúde, entendidos como tecnologias não-materiais de organização e gestão do trabalho em saúde ESF NASF (PAIM, 2003, 2012, PIRES, 2008). 14 ANÁLISE CRITICA DE TRABALHOS CIENTÍFICOS - Construção de objetos de investigação; - Método epidemiológico; - Questionar o retorno político, social, econômico das pesquisas; - Impacto das produções; 15 Epidemiologia na pesquisa e clínica... Clínica e Pesquisa Enfoque Etiológico Enfoque Diagnóstico Enfoque Prognóstico Enfoque de Tratamento Enfoque de Rastreamento 16 A EPIDEMIOLOGIA NOS SERVIÇOS DE SAÚDE AVALIAÇÃO DE TECNOLOGIAS, PROGRAMAS OU SERVIÇOS DE SAÚDE; - Mensurar a resolutividade dos serviços e programas; - Impacto x recursos financeiros e humanos; - Acompanhar condições de trabalho; - Definir futuro dos programas e serviços; 17 AVALIAÇÃO DE TECNOLOGIAS, PROGRAMAS OU SERVIÇOS DE SAÚDE; - Construção dos indicadores de saúde (Sistema de Informação); - Pactuação Integrada coerente com as necessidade dos municípios brasileiros; - Definição da quantia, da distribuição e da modalidade de assistência a ser disponibilizada aos usuários; - Melhor compreensão dos níveis assistenciais (Atenção Primária, Secundária e Terciária...). 18 AVALIAÇÃO DE TECNOLOGIAS, PROGRAMAS OU SERVIÇOS DE SAÚDE; - Acompanhar desempenho das equipe; - Definir responsabilidades; - Trabalhar segundo metas e objetivos – ALCANCE; - Definir futuro dos programas e serviços; - Fomento da qualificação profissional; - Fortalecimento da Atenção Básica e dos princípios do SUS.... PAIM, 2003. 19 ...Instrumentos que possam conduzir uma reforma na gestão do SUS, nas diferentes esferas, sendo essa um dos maiores entraves para os avanços e fonte de boa parte dos problemas presentes nas práticas em saúde (MENDES-GONÇALVES, 1994). EIXOS NORTEADORES DO SUS 20 NA PRÁXIS DO ENFERMEIRO... Necessidade Objeto antevisão Intencionalidade Ação/transformação # $ ! EPIDEMIOLOGIA @& Produto :" Flávia Ramos GRUPO PRÁXIS/UFSC 21 Organização dos serviços Diagnóstico Situacional Avaliação dos serviços e programas Construção de Políticas Públicas A epidemiologia deve orientar o processo de trabalho em saúde, sendo o saber epidemiológico, nessa perspectiva, fio condutor do processo decisório, ou, como tecnologia, ferramenta de trabalho dos profissionais de saúde. Vigilância Epidemiológica § Condições de vida (moradia, lazer, transporte, alimentação, higiene, saneamento básico, educação)... § Índice de Desenvolvimento Humano e Índice da Educação Básica; § Medidas de saneamento; § Oferta de serviços: imunização, proteção contra acidentes, exames periódicos, educação em saúde... 22 NA PRÁXIS DO ENFERMEIRO... • Identificar os indivíduos e grupos em situação de maior vulnerabilidade.... 23 DESAFIOS.... ...timidamente utilizada para conduzir as ações dos serviços de saúde.... esses tem sido conduzidos, com maior freqüências pela lógica de mercado, articulações políticas, clientelistas, em detrimento das reais necessidades de saúde da população (PAIM, 2003, CAMPOS, 2006). 24 DESAFIOS.... C o m o i d e n t i f i c a r e re g i s t r a r a s desigualdades em saúde, como valorizar as minorias, como valorizar o meio ambiente, a qualidade de vida durante a concepção das práticas em saúde (PAIM,TEXEIRA, 2012). Foco excessivo na doenças... Falta de Tecnologias de Informação; 25 DESAFIOS.... • Requer mudança no modelo assistencial; • Formulação de indicadores de PROMOÇÃO DA SAÚDE; • Falta de clareza de como a epidemiologia pode contribuir para equidade na assistência, promover o acesso e a qualidade e humanização na atenção em saúde. 26 AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO a) Quais são os desafios no uso da epidemiologia nos serviços de saúde? b) A partir da sua percepção da realidade dos serviços de saúde, como você pode utilizar a epidemiologia na prática? Descreva... c) Selecione três indicadores de saúde e discorra sobre a importância deles para a gestão dos serviços e ações em saúde 27 REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Departamento de Gestão da Educação na Saúde 2007. Política de educação e desenvolvimento para o SUS: caminhos para a educação permanente em saúde. Brasília: MS; 2007. CAMPO, GWS. Reflexões temáticas sobre eqüidade e saúde: o caso do SUS. Saude soc., Ago 2006, vol.15, no.2, p. 23-33. ______. El filo de la navaja de la función filtro: reflexiones sobre la función clínica en el Sistema Único de Salud en Brasil. Rev. bras. epidemiol., Dic 2005, vol.8, no.4, p.477-483. CEZAR-VAZ, MR, et al. A mediação entre conhecimento e práticas sociais: a racionalidade da tecnologia leve, da práxis e da arte. Ciênc. saúde coletiva, Jul 2011, vol.16, no.7, p.3033-40. ERMELLI RC, FRACOLLI LA. O trabalho das enfermeiras no Programa de Saúde da Família em Marília/SP. Rev. Esc. Enfermagem USP 2006; 40(4): 533-9. FRACOLLI, LA. et al. Vigilância à Saúde: deve se constituir como política pública? . Saude soc., Jun 2008, vol.17, no.2, p.184-192. PAIM, JS. Epidemiologia e planejamento: a recomposição das práticas epidemiológicas na gestão do SUS. Ciência & Saúde Coletiva,8(2):557-567, 2003. NAUDERER TM, LIMA MADS. Práticas de enfermeiros em unidades básicas de saúde em um município do sul do Brasil. Rev Latino-am Enfermagem 2008; 16(5):889-94. PAIM, JS; TEIXEIRA, CF. Configuração institucional e gestão do Sistema Único de Saúde: problemas e desafios. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro, 2012 . PIRES, D. Reestruturação produtiva e trabalho em saúde no Brasil. 2 ed. São Paulo: AnnaBlume/CNTSS, 2008. (Cap. III: p.59-77). SCHIMITH, MD, et al. Relações entre profissionais de saúde e usuários durante as práticas em saúde. Trab. educ. saúde (Online), Nov 2011, vol.9, no.3, p.479-503. 28