689
V Mostra de
Pesquisa da PósGraduação
CORRELAÇÃO
ENTRE
COMORBIDADES
E
COMPROMETIMENTO COGNITIVO EM PACIENTES
CLÍNICOS COM IDADE DE 50 ANOS OU MAIS DA CIDADE
DE SANTANA DO LIVRAMENTO, RS.
João Augusto de Vasconcelos da Silva1, Geraldo Attilio De carli,2 Irênio Gomes Da Silva Filho.3
Instituto de Geriatria e Gerontologia PUCRS, Mestrado em Gerontologia Biomédica.
Introdução: A relação entre comorbidades e perda cognitiva é de grande interesse em
geriatria, sendo geralmente aceito que a presença de múltiplas comorbidades aumenta o risco
de perda cognitiva.
Objetivos: Determinar a prevalência de comprometimento cognitivo em pacientes, com 50
anos ou mais, em dois serviços ambulatoriais do município de Santana do Livramento-RS, um
público e outro privado.
Metodologia: É um estudo transversal de pacientes maiores ou igual a 50 anos atendidos em
ambulatório primário. As múltiplas comorbidades foram definidas com a ocorrência de duas
ou mais doenças crônicas em um mesmo idoso. A presença de perda cognitiva vai ser baseada
na presença de vários testes cognitivos, como: MEEM, MOCA, rastreamento de depressão
pelo método de triagem para depressão com 15 itens, o Índice de Katz e as atividades
instrumentais de vida diária para perda funcional, além do teste neuropsicológico de REY.
Justificativa: Os resultados desse estudo permitirão um melhor entendimento da população
ambulatorial com 50 anos ou mais através do conhecimento da prevalência de déficit
cognitivo, seja com diagnóstico de demência ou, principalmente, sem este diagnóstico, nos
casos leves. A identificação de potenciais fatores de risco e a associação do déficit cognitivo
com comorbidades poderá auxiliar também o pensamento em relação às estratégias de
prevenção de déficit cognitivo. Finalmente, é possível que a análise dos diferentes
instrumentos de avaliação cognitiva nessa população possa contribuir para a definição dos
critérios diagnósticos de CCL e na predição de pacientes com potencial para evolução para
V Mostra de Pesquisa da Pós-Graduação – PUCRS, 2010
690
demência.
Todos
esses
resultados
servirão
para
um
melhor
conhecimento
do
comprometimento cognitivo em nossa população, as formas mais adequadas de avaliação e os
potenciais fatores de risco, contribuindo para o desenvolvimento de políticas públicas e
diretrizes médicas na atenção à população que está envelhecendo, em relação à capacidade
cognitiva, que afeta diretamente a funcionalidade dos idosos.
Referências
1. IBGE. Estudos £ Pesquisas – informações demográficas e socioeconômicas. O
fenômeno mundial. Perfil dos idosos responsáveis pelos domicílios no Brasil 2000.
Disponível
em:
www.ibge.br/home/estastistica/população/perfilidosos2000.pdf.
Acesso em 12 de julho de 2007.
2. Parkulim LMG, Vianna LAC. Perfil sociodemográfico e condições de saúde autoreferidas
de idosos de Porto Alegre. Rev Saúde Pública 2007; 41 (5): 757-68.
3. Oreste V. Forlenza. Psiquiatria Geriátrica do Diagnóstico Precoce à Reabilitação, 1 ed
São Paulo: Atheneu; 2007. Módulo III capitulo 1, Comprometimento Cognitivo no
Idoso; p. 149-154.
4. Freitas EV, Brandão AA, Pozzan R, Magalhão ME, Fonseca F, Pizzio O, Campana E,
Brandão AP. Importância da HDL-c para a ocorrência de Doença Cardiovascular no
idoso. Arq Bras Cardiol; 2009 ; 93 (3):231-238.
5. Moriguti JC, Soares AM. Atualizações Diagnósticas e Terapêuticas em Geriatria. 1 ed
São Paulo: Atheneu; 2007. Capitulo 40, Comprometimento Cognitivo Leve; p. 385390.
6. Vitor RS, Menezes HS, Riamengh SI, Kerkhoff CE. Prevalência de fatores de risco
cardiovasculares em idosos. Revista da AMRIGS, 2009, 53 (3): 236-240.
7. Marra TA, Pereira LSM, Faria CDCM, Pereira DS, Martins MAA e Tirado MGA.
Avaliação das atividades de vida diárias de idosos com diferentes níveis de demência.
Rev Bras Fisioterapia, 2007, 11(4): 267-273.
8. Liberman A, Freitas EV, Neto FS, Taddei CFG. Diagnóstico e Tratamento em
Cardiologia Geriátrica, DECAGE. 1ª edição Barueri; 2005. Capitulo 27, Diabete
Melito; p. 429- 439.
V Mostra de Pesquisa da Pós-Graduação – PUCRS, 2010
691
9. Freitas EV, Py Ligia, Cançado FAX, Doll J, Gorzoni ML.Tratado de Geriatria e
Gerontologia. 2ª edição Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2006. Capitulo 44,
Tabagismo e o idoso; p. 441-446
10. Lopes RF, Mantovani CR, Mendes JDS, Câmara VD. Impacto do perfil lipídico no
mini-exame do estado mental de idosos. Arquivos Caterinenses de Medicina. 2009;
38(3): 32-38
11. Cavalcanti CBS, Carvalho SCBE, Barros MVG. Indicadores antropométricos de
obesidade abdominal: revisão dos artigos indexados na biblioteca Scielo. Rev Bras
Cineantropom Desempenho Hum; 2009; 11(2):217-225.
12. Cabreira MAS, Filho WJ. Obesidade em idosos: prevalência, distribuição e associação
com hábitos e co-morbidades. Arq. Brasileiros de Endocrinologia e Metabolismo.
2001; 45(5):494-501.
13. Rigo JL, Lacorte RR, Vieira JL, Reichert CL. Prevalência de Síndrome Metabólica em
idosos de uma comunidade: Comparação entre Três Métodos Diagnósticos. Arq Bras
Cardiol. 2009; 93(2) : 85-91.
14. Moriguti JC, Soares AM. Atualizações Diagnósticas e Terapêuticas em Geriatria. 1ª
edição São Paulo: Atheneu; 2007. Capitulo 79, Atividade física como fator de
proteção; p. 727-734.
15. Hamdan AC, Memória episódica e funções executivas em idosos com sintomas
depressivos; Psico. Porto Alegre. PUCRS, 2009. 40 (1):73-80.
16. Moriguti JC, Soares AM. Atualizações Diagnósticas e Terapêutica em Geriatria. 1ª Ed.
São Paulo; Atheneu; 2007. Capítulo 19, Hipotireoidismo; p. 183-185
17. Bertolucci, P.H. et al. O mini-exame do estado mental emu ma população geral: o
impacto da escolaridade. Arq. Neuropsiquiatr., São Paulo, 1994; 52 (1): 1-7.
18. Nasreddine ZS, Phillips NA, Bédiriam V, Charbonneau S, Whitehead V, et al. The
Montreal Cognitive assessment, MOCA: a brief screening tool for mild cognitive
impairment. 2005; Journal of the American Geriatric Society. 2005; 53(4): 695-699.
V Mostra de Pesquisa da Pós-Graduação – PUCRS, 2010
692
19. Malloy-Diniz LF, Lasmar VAP, Gazinelli LSR, Fuentes D, Salgado JV. The Rey
Auditory-Verbal Learning Test: applicability for the Brasilian elderly population. Rev
Bras Psiquiatr. 2007; 29(4):324-9.
20. Malloy-Diniz LF, da cruz MF, Torres V, Cosenza R. O teste de aprendizagem
auditivo-Verbal de Rey: normas para uma publicação brasileira. Rev Bras Neurol.
2000; 36(3):79-83.
21. Castelo MS, Filho JMC, Neto JIS, Noleto JCS, Jima JWO. Escala de depressão
geriátrica com quatro itens: um instrumento válido para rastrear depressão em idosos
em nível primário de saúde. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia da SBGG,
2007; 1(1): 26-31.
22. Filho AIL; Uchoa E; Firmo JOA; Costa MFL. Influência da renda na associação entre
disfunção cognitiva e polifarmácia: Projeto Bambuí. Revista de Saúde Pública. 2008;
42(1).
V Mostra de Pesquisa da Pós-Graduação – PUCRS, 2010
Download

correlação entre comorbidades e comprometimento