1
APRESENTAÇÃO
A CARTILHA DOS INCENTIVOS FISCAIS tem o objetivo de
orientar o entendimento sobre o tratamento tributário concedido àqueles
que
desejam
fazer
uso
dos
incentivos
fiscais
à
produção
e
comercialização na ZONA FRANCA DE MANAUS-ZFM, NA AMAZÔNIA
OCIDENTAL E NAS ÁREAS DE LIVRE COMÉRCIO - ALC’S.
Procurou-se uma forma didática e prática para demonstrar
o rol de incentivos que estão sob a área de abrangência da SUFRAMA.
Vale ressaltar que, como todo tratamento tributário no Brasil, o que aqui
está posto deve ser visto como norteador e que a fonte jurídico-tributária
(norma jurídica) deve ser sempre objeto de consulta posterior,
principalmente pela própria dinâmica de publicações e vigência de
medidas provisórias, leis, decretos e demais normas advindas das
demandas socioeconômicas regionais e nacionais que impactam na área
de atuação tributária da SUFRAMA.
THOMAZ AFONSO QUEIROZ NOGUEIRA
Superintendente da SUFRAMA
2
PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Dilma Vana Rousseff
MINISTRO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR
Mauro Borges Lemos
SUFRAMA – SUPERINTENDÊNCIA DA
ZONA FRANCA DE MANAUS
Superintendente
Thomaz Afonso Queiroz Nogueira
Superintendente Adjunto de Projetos
Gustavo Adolfo Igrejas Filgueiras
Superintendente Adjunto de Planejamento
José Nagib da Silva Lima
Superintendente Adjunto de Administração
Emília Amaral Silva Rolim, em exercício
Superintendente Adjunto de Operações
José Adilson Vieira de Jesus
UNIDADE RESPONSÁVEL
Coordenação Geral de Estudos Econômicos e Empresariais – COGEC
Revisão
Data
Descrição
Vr. 02
24/06/2011
Introdução das alterações
da Lei nº 12.350/2010 que
executou
as
pessoas
jurídicas atacadistas e
varejistas
sujeitas
ao
regime de apuração nãocumulativa.
Vr. 03
30/06/2014
Atualização do Decreto nº
4.544/2002 pelo Decreto
nº 7.212/2010
Aprovado
Renato Mendes
Ana Maria Souza
3
Sumário
INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 6
1 – CONHECENDO A POLÍTICA FISCAL DA ZFM, ALCs E AMAZÔNIA OCIDENTAL.
..................................................................................................................................... 7
1.1 - MAPA DA VISUALIZAÇÃO ESQUEMATIZADA DOS INCENTIVOS ................... 8
1.2 - ÁREAS DE ABRANGÊNCIA DA SUFRAMA: AMAZÔNIA OCIDENTAL – ZONA
FRANCA DE MANAUS E ÁREAS DE LIVRE COMÉRCIO .......................................... 9
2 – VISÃO GERAL DOS INCENTIVOS ...................................................................... 10
1ª SITUAÇÃO: IMPORTAÇÃO DE BENS PARA A ZFM, AMAZÔNIA OCIDENTAL E
ALCS....................................................................................................................... 10
1 – IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO .............................................................................. 10
1.1 - ZONA FRANCA DE MANAUS E AMAZÔNIA OCIDENTAL ........................... 10
1.2 – ÁREAS DE LIVRE COMÉRCIO – ALCs ........................................................ 11
2 – IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS VINCULADO À
IMPORTAÇÃO ........................................................................................................... 11
2.1 – ZONA FRANCA DE MANAUS E AMAZÔNIA OCIDENTAL ........................... 12
2.2 - ÁREAS DE LIVRE COMÉRCIO – ALC ........................................................... 12
3 – PIS/PASEP e COFINS VINCULADO À IMPORTAÇÃO ....................................... 13
3.1 – ZONA FRANCA DE MANAUS ....................................................................... 13
2ª SITUAÇÃO: COMPRAS DE PRODUTOS NACIONAIS OU NACIONALIZADOS
(*) PELA ZFM, AMAZÔNIA OCIDENTAL E ALCs................................................... 14
1 - IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS – Operações Internas .... 14
1.1 - ZONA FRANCA DE MANAUS E AMAZÔNIA OCIDENTAL ........................... 14
1.2 - ÁREAS DE LIVRE COMÉRCIO ...................................................................... 17
2 – PIS/PASEP e COFINS ......................................................................................... 17
2.1 - ZONA FRANCA DE MANAUS, AMAZÔNIA OCIDENTAL E ÁREAS DE LIVRE
COMÉRCIO ............................................................................................................ 17
3ª. SITUAÇÃO: EXPORTAÇÃO DE BENS PELA ZFM, AMAZÔNIA OCIDENTAL E
ÁREAS DE LIVRE COMÉRCIO (ALCs). ................................................................. 18
1- IMPOSTO DE EXPORTAÇÃO: .............................................................................. 19
4
1.1 - ZONA FRANCA DE MANAUS E AMAZÔNIA OCIDENTAL E ÁREAS DE
LIVRE COMÉRCIO (ALCs) ..................................................................................... 19
2- PIS/PASEP: ........................................................................................................... 19
2.1 - ZONA FRANCA DE MANAUS E AMAZÔNIA OCIDENTAL E ÁREA DE LIVRE
COMÉRCIO ............................................................................................................ 19
3 - COFINS:................................................................................................................ 19
3.1 - ZONA FRANCA DE MANAUS E AMAZÔNIA OCIDENTAL E ÁREA DE LIVRE
COMÉRCIO ............................................................................................................ 19
4ª. SITUAÇÃO: VENDAS DE PRODUTOS DA ZONA FRANCA DE MANAUS,
AMAZÔNIA OCIDENTAL E ÁREAS DE LIVRE COMÉRCIO. ................................ 20
1 - IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS – Operações Internas .... 20
1.1 – ZONA FRANCA DE MANAUS E AMAZÔNIA OCIDENTAL ........................... 20
1.2 – ÁREAS DE LIVRE COMÉRCIO ..................................................................... 22
2 – PIS/PASEP e COFINS ......................................................................................... 23
2.1 – ZONA FRANCA DE MANAUS E ÁREAS DE LIVRE COMÉRCIO ................. 23
2.2 – ALÍQUOTAS DO PIS/PASEP e COFINS – VINCULADOS ÀS VENDAS
NACIONAIS E ALÍQUOTAS DIFERENCIADAS ZFM E ALCs ................................ 27
3 – IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO .............................................................................. 30
3.1 ZONA FRANCA DE MANAUS .......................................................................... 30
3 – DÚVIDAS FREQUENTES SOBRE O TRATAMENTO TRIBUTÁRIO............ 34
CONCEDIDO ÀS EMPRESAS. .................................................................................. 34
4 – TRATAMENTO TRIBUTÁRIO CONCEDIDO ÀS COMPRAS DE
MERCADORIAS
NACIONAIS
– UTILIZANDO O WSSINAL (SISTEMA) PARA OBTENÇÃO DOS INCENTIVOS
37
5
INTRODUÇÃO
Os incentivos que aqui trataremos estão relacionados às áreas de
exceção fiscal localizadas na Amazônia Ocidental e nos municípios de Macapá e
Santana no Estado do Amapá. A Zona Franca de Manaus (ZFM), a Amazônia
Ocidental – AMOC e as Áreas de Livre Comércio (ALCs) têm seus incentivos fiscais
administrados pela Superintendência da Zona Franca de Manaus – SUFRAMA.
A SUFRAMA é uma autarquia federal vinculada ao Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior – MDIC, conforme estabelecido no
artigo 10 do Decreto-Lei nº 288, de 28 de fevereiro de 1967:
Art 10. A administração das instalações e serviços da
Zona Franca será exercida pela Superintendência da
Zona Franca de
Manaus
– SUFRAMA,
entidade
autárquica, com personalidade jurídica e patrimônio
próprio, autonomia administrativa e financeira, com sede
e foro na cidade de Manaus, capital do Estado do
Amazonas.
E tem como missão:
“Promover
o
desenvolvimento
mediante
geração,
atração
econômico
e
regional,
consolidação
de
investimentos, apoiado em educação, ciência, tecnologia
e inovação, visando à integração nacional e inserção
internacional competitiva.” (Plano Estratégico)
6
1 – CONHECENDO A POLÍTICA FISCAL DA ZFM, ALCs E AMAZÔNIA
OCIDENTAL.
A Zona Franca de Manaus é uma área de livre comércio de importação e de
exportação e de incentivos fiscais especiais, estabelecida com a finalidade de
promover o desenvolvimento regional, através da criação de um centro industrial,
comercial e agropecuário dotado de condições econômicas que permitam seu
desenvolvimento, em face dos fatores locais e da grande distância, a que se
encontram os centros consumidores de seus produtos, conforme estabelecido no art.
1º, do Decreto-Lei nº 288, de 28 de fevereiro de 1967, art. 1º do Decreto-Lei nº 356,
de 15 de agosto de 1968, e art. 504 do Decreto nº 6.759, de 05 de fevereiro de 2009.
Assim, o desenvolvimento da região passou a ser orientado para os três setores da
economia: primário, secundário e terciário.
Dentro de uma visão focal, o regime especial prevê (didaticamente) quatro situações
que implicam na expectativa do recebimento dos benefícios tributários, são eles:
1ª SITUAÇÃO: IMPORTAÇÃO DE BENS PARA A ZFM, AMAZÔNIA OCIDENTAL E
ALCs.
2ª SITUAÇÃO: COMPRAS DE PRODUTOS NACIONAIS (NACIONALIZADOS)
PELA ZFM, AMAZÔNIA OCIDENTAL E ALCs.
3ª SITUAÇÃO: EXPORTAÇÃO
OCIDENTAL E ALCs.
DE
PRODUTOS
PELA
ZFM,
AMAZÔNIA
4ª SITUAÇÃO: REMESSA (VENDA) DE PRODUTOS DA ZFM, AMAZÔNIA
OCIDENTAL E ALCs.
7
1.1 - MAPA DA VISUALIZAÇÃO ESQUEMATIZADA DOS INCENTIVOS
MAPA DA AMAZÔNIA OCIDENTAL
8
1.2 - ÁREAS DE ABRANGÊNCIA DA SUFRAMA: AMAZÔNIA OCIDENTAL –
ZONA FRANCA DE MANAUS E ÁREAS DE LIVRE COMÉRCIO
9
2 – VISÃO GERAL DOS INCENTIVOS
1ª SITUAÇÃO: IMPORTAÇÃO DE BENS PARA A ZFM, AMAZÔNIA OCIDENTAL E
ALCS.
1 – IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO
1.1 - ZONA FRANCA DE MANAUS E AMAZÔNIA OCIDENTAL
a) – Isenção do Imposto de Importação na entrada de mercadoria estrangeira na
ZFM, destinadas ao seu consumo interno, industrialização em qualquer grau,
inclusive beneficiamento, agropecuária, pesca, instalação e operação de indústria e
serviços de qualquer natureza e a estocagem para reexportação, com exceção de
armas e munições, fumo, bebidas alcoólicas, automóveis de passageiros e produtos
de perfumaria ou de toucador, preparados e preparações cosméticas, salvo quanto a
estes (posições 3303 a 3307 da Tarifa Aduaneira do Brasil - TAB)1, se destinados,
exclusivamente, a consumo interno na Zona Franca de Manaus ou quando
produzidos com utilização de matérias-primas da fauna e da flora regionais, em
conformidade com processo produtivo básico.
DL n.º 288/67, art. 3º, §1º; DL n.º 356/68, art. 1;
Lei n.º 8.032/90, art. 4º Lei n.º 8.387/91, art. 1º
b) – Redução do Imposto de Importação na saída de produtos
industrializados na Zona Franca de Manaus, para qualquer ponto do território
nacional.
1
3303 - Perfume e Água de Colônia; 3304 - Produtos de beleza ou de maquiagem
preparados e preparações para conservação ou cuidados da pele (exceto medicamentos),
incluindo as preparações anti-solares e os bronzeadores; preparações para manicuros e
pedicuros; 3305 - Preparações capilares; 3306 - Preparações para higiene bucal ou dentária,
incluindo os pós e cremes para facilitar a aderência de dentaduras; fios utilizados para limpar
os espaços interdentais (fios dentais), em embalagens individuais para venda a retalho. e
3307 - Preparações para barbear (antes, durante ou após), desodorantes (desodorizantes)
corporais, preparações para banhos, depilatórios, outros produtos de perfumaria ou de
toucador preparados e outras preparações cosméticas, não especificados nem
compreendidos noutras posições; desodorantes (desodorizantes) de ambiente, preparados,
mesmo não perfumados, com ou sem propriedades desinfetantes.
10
b.1) – Bens de Informática – coeficiente de redução resultante da relação entre os
valores de matérias-primas e outros insumos nacionais e da mão-de-obra empregada
no processo produtivo, e os valores de matérias-primas e demais insumos nacionais
e estrangeiros e da mão-de-obra empregada. (§1º, art. 2º da Lei 8387/1991)
b.2) – Automóveis, tratores e outros veículos terrestres – coeficiente de redução
acrescido de cinco pontos percentuais.(§9º, art. 7º do DL 288/1967)
b.3) – Demais produtos – redução de 88% (oitenta e oito por cento).
(§4º, art. 7º do DL 288/1967)
DL n.º 288/67, art 7º II;
Lei n.º 8.387/91, art. 1º;
1.2 – ÁREAS DE LIVRE COMÉRCIO – ALCs
Isenção do imposto de importação na entrada de mercadorias estrangeiras,
quando destinadas ao consumo e à venda interna, beneficiamento de pescado,
recursos minerais e matérias-primas agrícolas ou florestais, agricultura2,
agropecuária e piscicultura, ao turismo, à estocagem para exportação, para
construção e reparos navais e para internação com bagagem acompanhada,
com exceção de armas e munições, fumo, bebidas alcoólicas, automóveis de
passageiros, perfumes e bens finais de informática.
Lei n.º 7.965/89, ALC Tabatinga art. 3º;
Lei n.º 8.210/91 ALC Guajará Mirim, art. 4º;
Lei n.º 8.256/91, ALC Boa Vista e Bonfim, art. 4º;
Lei n.º 8.387/91, ALC Macapá e Santana art. 11 §2º;
Lei n.º 8.857/94, ALC Brasiléia e Cruzeiro do Sul art. 4º.
2 – IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS
VINCULADO À
IMPORTAÇÃO
2
A atividade agricultura é exclusiva para a ALC de Guajará-Mirim
11
2.1 – ZONA FRANCA DE MANAUS E AMAZÔNIA OCIDENTAL
Isenção do imposto sobre Produtos Industrializados vinculado à importação na
entrada
de
mercadorias
na
ZFM,
destinadas
a
seu
consumo
interno,
industrialização em qualquer grau, inclusive beneficiamento, agropecuária, pesca,
instalação e à estocagem para reexportação, com exceção de armas e munições,
fumo, bebidas alcoólicas, automóveis de passageiros e produtos de perfumaria ou de
toucador e preparados e preparações cosméticas.
Decreto n.º 7.212/2010, art. 95, Novo Regulamento do IPI;
D.L. n.º 288/67, art. 3º e seu § 1º;
D.L. n.º 356/68, art. 1º; Lei n.º 8.032/90, art. 4º; Lei n.º 8.387/91.
2.2 - ÁREAS DE LIVRE COMÉRCIO – ALC
Isenção do imposto sobre produtos industrializados na entrada de mercadorias
estrangeiras, quando destinadas ao consumo e à venda internos, industrialização de
produtos em seus territórios3, beneficiamento de pecuária4, pescado, recursos
minerais e matérias-primas agrícolas ou florestais, agricultura5, agropecuária e
piscicultura, turismo e estocagem para exportação6, para construção e reparos
navais7 e para internação com bagagem acompanhada, com exceção de armas e
munições, fumo, bebidas alcoólicas, automóveis de passageiros, perfume e bens
finais de informatica8.
Decreto n.º 7.212/2010, art. 106, Novo Regulamento do IPI;
Lei nº 7.965/89, ALC Tabatinga art. 3º e art. 13;
Lei n.º 8.210/91, ALC Guajará Mirim art. 4º e art. 13;
Lei nº 8.256/91, ALC Boa Vista e Bonfim, art. 4º e 14;
Lei n.º 8.387/91, ALC Macapá e Santana, art. 11 e seu §2º.
Lei n.º 8.857/94, ALC Brasiléia e Cruzeiro do Sul, art. 4º;
Decreto 6.759/2009 – Regulamento Aduaneiro, art. 525 e 526.
3
Industrialização de produtos restrita às áreas de Tabatinga, Brasileia e Cruzeiro do Sul
Restrita às áreas de Boa Vista, Bonfim, Macapá, Santana, Brasileia e Cruzeiro do Sul.
5
Atividade restrita à ALC de Guajará-Mirim
6
Atividade restrita à ALC de Tabatinga
7
Atividades de construção e reparos navais, restritas às áreas de Guajará-Mirim e Tabatinga
8
A lista de exceção para bens finais de informática é aplicada para as ALCs de Tabatinga e GuajaráMirim.
4
12
3 – PIS/PASEP e COFINS VINCULADO À IMPORTAÇÃO
3.1 – ZONA FRANCA DE MANAUS
A entrada de bens estrangeiros no território nacional terá como base de cálculo o
valor aduaneiro9 conforme nova redação dada pelo artigo 26 da Lei n.º 12.865 de
2013 para fins de cálculo do PIS/PASEP e COFINS, ambos vinculados à importação.
a)
Como regra geral, a alíquota do PIS/PASEP é 1,65%, com variações para os
seguintes produtos:
I – Farmacêuticos
2,10%
II – Perfumaria
2,20%
III - Máquinas e veículos
2,00%
IV – Autopeças
2,30%
V - Papel imune
0,80%
Art. 7º, inciso primeiro da Lei n.º 10.865 de 30.04.2004;
Art. 8º, parágrafos 1º a 10º, Lei n.º 10.865/2004;
Art. 26 da Lei 12.865 de 09.10.2013.
Instrução Normativa da Receita Federal do Brasil n.° 1.401/13.
b)
A COFINS - Vinculada às Importações – nas entradas, a alíquota aplicada
como regra geral é de 7,60%, com variações para os seguintes produtos:
I - Farmacêuticos
II – Perfumaria
III – Máquinas e veículos
9,90%
10,30%
9,60%
IV – Autopeças
10,80%
V – Papel imune
3,20%
9
Art. 4º - Na determinação do valor aduaneiro, independentemente do método de valoração
aduaneira utilizado, serão incluídos os seguintes elementos:
I - o custo de transporte das mercadorias importadas até o porto ou aeroporto alfandegado de
descarga ou o ponto de fronteira alfandegado onde devam ser cumpridas as formalidades de
entrada no território aduaneiro;
II - os gastos relativos a carga, descarga e manuseio, associados ao transporte das
mercadorias importadas, até a chegada aos locais referidos no inciso anterior; e
III - o custo do seguro das mercadorias durante as operações referidas nos incisos I e II.
Fonte: Instrução Normativa SRF N. 327, 9 de maio de 2003.
13
Art. 8º, parágrafos 1º a 10º, Lei n.º 10.865/2004.
Art. 7º, inciso primeiro da Lei n.º 10.865 de 30.04.2004.
Instrução Normativa da Receita Federal do Brasil n.°1.401/13.
c)
Suspensão do PIS/PASEP – Importação e da COFINS – Importação incidente
sobre bens novos destinados à incorporação ao ativo imobilizado de pessoa jurídica
importadora estabelecida na Zona Franca de Manaus. A suspensão converte-se em
alíquota 0 (zero) após decorridos 18 (dezoito) meses da incorporação do bem ao
ativo imobilizado da pessoa jurídica importadora.
Lei n.º 10.865, de 2004, art. 14 § 1º;
Lei n.º 11.196, de 2005, art. 50;
Decreto n.º 5.691, de 2006, art. 1°.
d) Suspensão do PIS/PASEP e COFINS nas importações efetuadas por empresas
localizadas na Zona Franca de Manaus de matérias-primas, produtos intermediários e
materiais de embalagem, para emprego em processo de industrialização por
estabelecimentos industriais localizados na ZFM com projetos aprovados pela
Suframa. Lei n.º 10.865/2004, art. 14-A;
Lei n.º 10.925, 2004, art. 5º.
2ª SITUAÇÃO: COMPRAS DE PRODUTOS NACIONAIS OU NACIONALIZADOS (*)
PELA ZFM, AMAZÔNIA OCIDENTAL E ALCs.
1 - IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS – Operações Internas
1.1 - ZONA FRANCA DE MANAUS E AMAZÔNIA OCIDENTAL
a) Isenção do imposto sobre produtos industrializados para todas as mercadorias
produzidas na ZFM quer se destinem ao seu consumo interno, quer à
comercialização em qualquer ponto do território nacional, com exceção de armas e
munições, fumo, bebidas alcoólicas, automóveis de passageiros.
Decreto-Lei n.o 288/67, art. 9º, § 1;
Lei n.º 8.387/91, art. 1º;
Emenda Constitucional n.o 42.
14
Lei n° 9.065/95, art. 19.
b) Equivalência a uma exportação brasileira para o estrangeiro na remessa de
mercadorias de origem nacional para consumo, ou industrialização na ZFM, ou
reexportação para o estrangeiro, ou ainda para serem remetidas à Amazônia
Ocidental.
D.L. n.º 288/67, art. 4º; D.L.
n.º 356/68, art. 1º.
c) Isenção do Imposto para produtos elaborados com matérias-primas agrícolas e
extrativas vegetais de produção regional, exclusive a de origem pecuária, por
estabelecimento localizado na Amazônia Ocidental.
D.L. n.º 1.435/75, art. 6º.
(*) Conforme SOLUÇÃO DE CONSULTA/SRF n.º 448,
de 16 de novembro de 2006, a isenção do IPI, relativa à
ZFM, prevista no art. 69, inciso III, do RIPI/02, c/c, a
suspensão do IPI prevista no art.71 do mesmo
regulamento contempla, em regra, produtos nacionais,
assim entendidos aqueles que resultem de quaisquer das
operações de industrialização mencionados no art. 4º do
RIPI/02, realizadas no Brasil. O benefício, no entanto,
estende-se aos produtos estrangeiros, nacionalizados e
revendidos para destinatários situados naquela região,
quando importados de países em relação aos quais,
através de acordo ou convenção internacional firmados
pelo Brasil, tenha-se garantido igualdade de tratamento
para o produto importado, originário do país em questão e
o nacional. Tal ocorre, por exemplo, nas importações
provenientes de países integrantes do Mercosul (por força
do art. 7º do Tratado do Mercosul, promulgado pelo
Decreto nº 350/1991) e de países signatários do GATT ou
que a ele tenham aderido (por força das disposições do
§2º do art. III, Parte II, deste Tratado, promulgado pela Lei
nº 313/1948).
Art. 98 da Lei nº 5.172, de 1966 – CTN
Art. 69, inciso III e art. 71 do Decreto n.º 4.544/2002 –
RIPI/02
Conforme SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 11 DE 22 DE
JANEIRO DE 2007, a isenção do IPI prevista nos artigos
69, inciso III, e 82, inciso I do RIPI/2002 restringe-se a
produtos nacionais, assim entendidos aqueles que
resultem de qualquer das operações de industrialização
mencionadas no art. 4º do mesmo regulamento, realizadas
no Brasil. O benefício, no entanto, é também aplicável aos
produtos estrangeiros nacionalizados, quando oriundos de
países em relação aos quais, mediante tratado, acordo ou
15
convenção internacional firmados pelo Brasil, tenha-se
garantido igualdade de tratamento entre o produto
nacional e o importado de um Estado parte.
ISENÇÃO: ÁREAS DE LIVRE COMÉRCIO (ALCs) –
PRODUTOS NACIONALIZADOS.
A isenção do IPI sobre produtos que entram nas Áreas de
Livre Comércio (ALCs), constantes dos art. 93, 96, 99, 102
e 105, de RIPI/2002, aplica-se a produtos nacionais e
nacionalizados, independentemente, quanto a esses
últimos, do país do qual tenham sido importados. Para
fazerem jus a essas isenções, contudo, tais produtos
deverão,obrigatoriamente, ser enviados a empresas
autorizadas a operar na respectiva Área de Livre
Comércio, bem como serem destinados às finalidades
estabelecidas nos artigos 92, 96, 98, 101 e 104, do
RIPI/2002, para cada ALC específica.
DISPOSITIVOS LEGAIS: Decreto n.º 4.544, de 2002
(RIPI/2002), art.69, inciso III ,
82, 92, 93, 95, 96, 98, 99, 102, 104 e 105; Parecer
Normativo CST n.º 40/75.
SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 51, DE 15 DE
JUNHO DE 2011 ASSUNTO: Imposto sobre
Produtos Industrializados - IPI
EMENTA: ISENÇÃO E SUSPENSÃO. ZONA FRANCA DE
MANAUS – ZFM E AMAZÔNIA OCIDENTAL. GATT.
PRODUTOS NACIONALIZADOS. Em regra, as isenções e
as suspensões da exigibilidade do IPI, relativas à Zona
Franca de Manaus – ZFM ou à Amazônia Ocidental, de
que tratam os arts. 81, III, 84, 95, I, e 96 do Regulamento
do IPI, contemplam produtos nacionais, assim entendidos
aqueles que resultam de quaisquer das operações de
industrialização mencionadas no art. 4º do regulamento
citado, realizadas no Brasil. No entanto, o benefício se
estende aos produtos estrangeiros, nacionalizados e
revendidos pelo importador para destinatários situados
naquelas regiões, quando importados de países em
relação aos quais, mediante acordo ou convenção
internacional firmados pelo Brasil, tenha-se garantido
igualdade de tratamento entre o produto importado,
originário do país em questão, e o nacional (tal ocorre, por
exemplo, nas importações provenientes de países
signatários do GATT, ou que a ele tenham aderido).
DISPOSITIVOS LEGAIS: CF/1988, art. 5º, § 2º; CTN, arts.
98 e 111; Lei n.º 313/1948, art. III, § 2º; RIPI, arts. 81, III,
84, 95, I, e 96; e PN CST Nº 40/1975.
16
1.2 - ÁREAS DE LIVRE COMÉRCIO
a)
Isenção
mercadorias
do
imposto
nacionais
ou
sobre
produtos
nacionalizadas,
industrializados
quando
na
destinada
entrada
a
de
consumo,
beneficiamento, estocagem ou industrialização, com exceção de armas e munições,
veículos de passageiros, bebidas alcoólicas,
Lei n.º 7.965/89, ALC Tabatinga art. 4º,
Lei n.º 8.210/91, ALC Guajará Mirim art. 6º e
Lei n.º 8.256/91, ALC Boa Vista e Bonfim art. 7º; Lei n.º
8.387, ALC Macapá e Santana art. 11, § 2º;
Lei n.º 8.857/94, ALC Brasiléia e Cruzeiro do Sul art. 7º;
Lei n.º 8.981/95, art 108, art. 109 e art. 110
Lei n.º 9.065/95, art.19
2 – PIS/PASEP e COFINS
2.1 - ZONA FRANCA DE MANAUS, AMAZÔNIA OCIDENTAL E ÁREAS DE LIVRE
COMÉRCIO
a) Como regra geral, a aplicação da alíquota do PIS/PASEP é de 1,65% sobre o valor
total da nota fiscal de compra de outras unidades da Federação, tanto para a indústria
quanto para o comércio, e a respectiva redução (zero).
Art. 17 da Lei n.º 11.033, de 21 de dezembro de 2004;
Art. 2º, § 3º da Lei n.º 10.996 de 15 de dezembro de 2004;
Art. 65, parágrafo 8º Lei n.º 11.196/2005.
A COFINS - Vinculada às Compras Nacionais – como regra geral, o incentivo com a
aplicação da alíquota de 7,60%, sobre o valor total da Nota Fiscal de compra de
outras Unidades da Federação, tanto para a indústria quanto para o comércio, e a
respectiva redução (zero).
Art. 17 da Lei nº 11.033, de 21 de dezembro de 2004;
Art. 2º da Lei n.º 10.996/2004 e art. 65, parágrafo 8º Lei n.º 11.196/2005.
17
QUADRO RESUMO – COMPRA DE MERCADORIA NACIONAL
COMPRA DE MERCADORIA NACIONAL PELA:
PIS/PASEP
COFINS
1,65%
7,6%
Redução a
Zero
Redução a
Zero
ZFM, AMAZ. OCIDENTAL E ALCs
INCENTIVO NA COMPRA NACIONAL (Utilizando
Sistema Sinal/SUFRAMA)
b) Redução a 0 (zero) das alíquotas de PIS/PASEP e COFINS incidentes sobre as
receitas de vendas de mercadorias destinadas ao consumo ou à industrialização na
Zona Franca de Manaus e Áreas de Livre Comércio, por pessoa jurídica estabelecida
fora da ZFM.
Lei n.º 10.996, de 2004, art. 2º;
Lei n.º 11.196 de 21 de novembro de 2005, art. 65, § 8º
Decreto n.º 5.310/04;
Lei n.º 11.945/2009, art. 24.
c) Ficam reduzidas a 0 (zero) as alíquotas da contribuição para o PIS/PASEP e da
COFINS incidentes sobre as receitas decorrentes da comercialização de matériasprimas, produtos intermediários e materiais de embalagem, produzidos na Zona
Franca
de
Manaus
para
emprego
em
processo
de
industrialização
por
estabelecimentos industriais instalados na própria ZFM com projetos aprovados pelo
Conselho de Administração da Superintendência da Zona Franca de Manaus – CAS.
Lei n.º 10.637/2002, art. 5º A;
Lei n.º 10.865/2004, art. 37;
Decreto n.º 5.310/2004.
3ª. SITUAÇÃO: EXPORTAÇÃO DE BENS PELA ZFM, AMAZÔNIA OCIDENTAL E
ÁREAS DE LIVRE COMÉRCIO (ALCs).
A Zona Franca de Manaus é uma área de livre comércio que também concede
incentivos à exportação, conforme descrito no Artigo 1º do Decreto-Lei nº
288/1967:
“Art 1º A Zona Franca de Manaus é uma área
de livre comércio de importação e exportação e
de incentivos fiscais especiais, estabelecida
com a finalidade de criar no interior da
18
Amazônia um centro industrial, comercial e
agropecuário dotado de condições econômicas
que permitam seu desenvolvimento, em face
dos fatores locais e da grande distância, a que
se encontram os centros consumidores de seus
produtos.”
1- IMPOSTO DE EXPORTAÇÃO:
1.1 - ZONA FRANCA DE MANAUS E AMAZÔNIA OCIDENTAL E ÁREAS DE
LIVRE COMÉRCIO (ALCs)
Isenção (Artigo 5º parágrafo 3º do DL nº 288/1967):
“Art 5º A exportação de mercadorias da Zona
Franca para o estrangeiro, qualquer que seja
sua origem, está isenta do imposto de
exportação.”
2- PIS/PASEP:
2.1 - ZONA FRANCA DE MANAUS E AMAZÔNIA OCIDENTAL E ÁREA DE LIVRE
COMÉRCIO
Não incidência (Lei nº 10.637/2002 Art. 5º Incisos I e III):
“Art. 5º A contribuição para o PIS/Pasep não
incidirá sobre as receitas decorrentes das
operações de:
I - exportação de mercadorias para o exterior;
(...)
III - vendas a empresa comercial exportadora
com o fim específico de exportação”
3 - COFINS:
3.1 - ZONA FRANCA DE MANAUS E AMAZÔNIA OCIDENTAL E ÁREA DE LIVRE
COMÉRCIO
Não incidência (Lei nº 10.833/2003 Art. 6º Incisos I e III):
19
“Art. 6º A COFINS não incidirá sobre as receitas
decorrentes das operações de:
I - exportação de mercadorias para o exterior;
(...)
III - vendas a empresa comercial exportadora com o
fim específico de exportação.”
4ª. SITUAÇÃO: VENDAS DE PRODUTOS DA ZONA FRANCA DE MANAUS,
AMAZÔNIA OCIDENTAL E ÁREAS DE LIVRE COMÉRCIO.
A Zona Franca de Manaus concede incentivos fiscais nas Operações de venda para o
comércio e para a indústria nas hipóteses a seguir:
1 - IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS – Operações Internas
1.1 – ZONA FRANCA DE MANAUS E AMAZÔNIA OCIDENTAL
Isenção do imposto às mercadorias na ZFM, destinadas a seu consumo interno ou
industrialização em qualquer grau, inclusive beneficiamento, agropecuária, pesca,
instalação e operação de indústrias e serviços de qualquer natureza e a estocagem
para reexportação.10 (Decreto-Lei nº 288/1967 Artigo 3º):
“Art 3º A entrada de mercadorias estrangeiras
na Zona Franca, destinadas a seu consumo
interno, industrialização em qualquer grau,
inclusive beneficiamento, agropecuária, pesca,
instalação e operação de indústrias e serviços de
qualquer natureza e a estocagem para
reexportação, será isenta dos impostos de
importação e sobre produtos industrializados.”
Produtos industrializados na ZFM e comercializados internamente ou com saída
interestadual (Decreto-Lei nº 288/1967 Artigo 9º e Decreto nº 7.212/2010, Artigo 81º
Incisos I e II):
10
Com exceção de armas e munições, fumo, bebidas alcoólicas; automóveis de passageiros; e
produtos de perfumaria ou de toucador, e preparados e preparações cosméticas, salvo os classificados
nas posições 3303 e 3307 da Nomenclatura Comum do MERCOSUL, se destinados, exclusivamente,
a consumo interno na Zona Franca de Manaus ou quando produzidos com utilização de matériasprimas da fauna e da flora regionais, em conformidade com processo produtivo básico.
20
DECRETO-LEI Nº 288/1967 ARTIGO 9º
“Art. 9° Estão isentas do Imposto sobre Produtos
Industrializados (IPI) todas as mercadorias produzidas na
Zona Franca de Manaus, quer se destinem ao seu consumo
interno, quer à comercialização em qualquer ponto do
Território Nacional. (Redação dada pela Lei nº 8.387, de
30.12.91)
§1° A isenção de que trata este artigo, no que respeita aos
produtos industrializados na Zona Franca de Manaus que
devam ser internados em outras regiões do País, ficará
condicionada à observância dos requisitos estabelecidos no
art. 7° deste decreto-lei. (Incluído pela Lei nº 8.387, de
30.12.91).
§2° A isenção de que trata este artigo não se aplica às
mercadorias referidas no § 1° do art. 3° deste decreto-lei.
(Incluído pela Lei nº 8.387, de 30.12.91 )”
DECRETO Nº 7.212/2010, ARTIGO 81º INCISOS I E II
“Art. 81. São isentos do imposto (Decreto-Lei nº 288, de 28
de fevereiro de 1967, art.9º, e Lei no 8.387, de 1991,art. 1º):
I - os produtos industrializados na Zona Franca de Manaus,
destinados, ao seu consumo interno, excluídos as armas e
munições, fumo, bebidas alcoólicas e automóveis de
passageiros;”
II - os produtos industrializados na Zona Franca de Manaus,
por estabelecimentos com projetos aprovados pelo
Conselho de Administração da Superintendência da Zona
Franca de Manaus – SUFRAMA, que não sejam
industrializados pelas modalidades de acondicionamento ou
reacondicionamento, destinados à comercialização em
qualquer outro ponto do território nacional, excluídos as
armas e munições, fumo, bebidas alcoólicas e automóveis
de passageiros e produtos de perfumaria ou de toucador,
preparados ou preparações cosméticas, salvo quanto a
estes (Posições 33.03 a 33.07 da TIPI) se produzidos com
utilização de matérias-primas da fauna e flora regionais, em
conformidade com processo produtivo básico.”
Produtos elaborados com matérias-primas agrícolas e extrativas vegetais de
produção regional, exclusive de origem pecuária, por estabelecimentos localizados na
Amazônia Ocidental. (Decreto-Lei nº 1.435/75 Artigo 6º)
“Art 6º Ficam isentos do Imposto sobre Produtos
Industrializados os produtos elaborados com matérias-
21
primas agrícolas e extrativas vegetais de produção regional,
exclusive as de origem pecuária, por estabelecimentos
localizados na área definida pelo § 4º do art. 1º do Decretolei nº 291, de 28 de fevereiro de 1967.
§1º Os produtos a que se refere o "caput" deste artigo
gerarão crédito do Imposto sobre Produtos Industrializados,
calculado como se devido fosse, sempre que empregados
como matérias-primas, produtos intermediários ou materiais
de embalagem, na industrialização, em qualquer ponto do
território nacional, de produtos efetivamente sujeitos ao
pagamento do referido imposto.
§2º Os incentivos fiscais previstos neste artigo aplicam-se,
exclusivamente,
aos
produtos
elaborados
por
estabelecimentos industriais cujos projetos tenham sido
aprovados pela SUFRAMA.”
1.2 – ÁREAS DE LIVRE COMÉRCIO
Ficam isentos11 do IPI, os produtos industrializados nas ALCs, em cuja composição
final haja preponderância de matéria-prima de origem regional, proveniente dos
segmentos animal, vegetal, mineral12, conforme descrito na Lei nº 11.898, de 8 de
janeiro de 2009 a seguir:
“Art. 26. Os produtos industrializados na área de livre
comércio de importação e exportação de que tratam as Leis
nº 7.965, de 22 de dezembro de 1989, nº 8.210, de 19 de
julho de 1991, nº 8.387, de 30 de dezembro de 1991, e nº
8.857, de 8 de março de 1994, ficam isentos do Imposto
sobre Produtos Industrializados, quer se destinem ao seu
consumo interno, quer à comercialização em qualquer outro
ponto do território nacional.
§ 1º A isenção prevista no caput deste artigo somente se
aplica a produtos em cuja composição final haja
preponderância de matérias-primas de origem regional,
provenientes dos segmentos animal, vegetal, mineral,
exceto os minérios do Capítulo 26 da Nomenclatura Comum
do Mercosul – NCM, ou agrossilvopastoril, observada a
legislação ambiental pertinente e conforme definido em
regulamento.
11
A isenção prevista no art. 26 desta Lei aplica-se exclusivamente aos produtos elaborados por estabelecimentos
industriais cujos projetos tenham sido aprovados pela Superintendência da Zona Franca de Manaus.
12
Exceto os minérios do Capítulo 26 da Nomenclatura Comum do Mercosul – NCM ou agrossilvopastoril.
22
§2º Excetuam-se da isenção prevista no caput deste artigo
as armas e munições, o fumo, as bebidas alcoólicas, os
automóveis de passageiros e os produtos de perfumaria ou
de toucador, preparados e preparações cosméticas, salvos
os classificados nas posições 3303 a 3307 da NCM, se
destinados, exclusivamente, a consumo interno nas áreas
de livre comércio referidas no caput deste artigo ou quando
produzidos com utilização de matérias-primas da fauna e da
flora regionais, em conformidade com processo produtivo
básico e observada a preponderância de que trata o §1º
deste artigo.”
2 – PIS/PASEP e COFINS
2.1 – ZONA FRANCA DE MANAUS E ÁREAS DE LIVRE COMÉRCIO
PIS: Redução de alíquota – ZFM e ALCs: (Lei nº 10.637 de 30 de dezembro de
2002, Artigo 2º parágrafos 4º e 5º e Lei nº 10.996/2004 Artigo 2º, parágrafos 4º, 5º
e 6º).
O incentivo consiste em redução das alíquotas incidentes sobre as operações de
vendas de produzidos na Zona Franca de Manaus e vendidos por empresa industrial
estabelecida na ZFM, com projeto aprovado pela SUFRAMA, aplicando-se alíquotas
diferenciadas13.
Este incentivo também se aplica à receita bruta auferida por pessoa jurídica industrial
ou comercial estabelecida nas Áreas de Livre Comércio.
LEI Nº 10.637/2002, ART 2º §§ 4º E 5º
“Art.2º Para determinação do valor da contribuição para o
PIS/PASEP aplicar-se-á, sobre a base de cálculo apurada
conforme o disposto no art. 1º, a alíquota de 1,65% (um
inteiro e sessenta e cinco centésimos por cento).
(...)
§4º Excetua-se do disposto no caput deste artigo a receita
bruta auferida por pessoa jurídica industrial estabelecida na
Zona Franca de Manaus, decorrente da venda de produção
própria, consoante projeto aprovado pelo Conselho de
Administração da Superintendência da Zona Franca de
Manaus – SUFRAMA, que fica sujeita ressalvado o disposto
nos §§ 1º a 3º deste artigo, às alíquotas de: (Incluído pela
Lei nº 10.996, de 2004)
I - 0,65% (sessenta e cinco centésimos por cento), no caso
13
Vide Quadro I
23
de venda efetuada a pessoa jurídica estabelecida: (Incluído
pela Lei nº 10.996, de 2004).
a)na Zona Franca de Manaus; e (Incluído pela Lei nº
10.996, de 2004).
b) fora da Zona Franca de Manaus, que apure a
Contribuição para o PIS/PASEP no regime de nãocumulatividade; (Incluído pela Lei nº 10.996, de 2004).
II - 1,3% (um inteiro e três décimos por cento), no caso de
venda efetuada a: (Incluído pela Lei nº 10.996, de 2004).
a) pessoa jurídica estabelecida fora da Zona Franca de
Manaus, que apure o imposto de renda com base no lucro
presumido; (Incluído pela Lei nº 10.996, de 2004).
b) pessoa jurídica estabelecida fora da Zona Franca de
Manaus, que apure o imposto de renda com base no lucro
real e que tenha sua receita, total ou parcialmente, excluída
do regime de incidência não-cumulativa da Contribuição
para o PIS/PASEP; (Incluído pela Lei nº 10.996, de 2004)
c) pessoa jurídica estabelecida fora da Zona Franca de
Manaus e que seja optante pelo Sistema Integrado de
Pagamento de Impostos e Contribuições – SIMPLES; e
(Incluído pela Lei nº 10.996, de 2004)
d) órgãos da administração federal, estadual, distrital e
municipal. (Incluído pela Lei nº 10.996, de 2004).”
§5º O disposto no § 4º também se aplica à receita bruta
auferida por pessoa jurídica industrial ou comercial
estabelecida nas Áreas de Livre Comércio de que tratam as
Leis nºs 7.965, de 22 de dezembro de 1989, 8.210, de 19 de
julho de 1991, e 8.256, de 25 de novembro de 1991, o art.
11 da Lei n o 8.387, de 30 de dezembro de 1991, e a Lei n o
8.857, de 8 de março de 1994. (Redação dada pela Lei nº
11.945, de 4 de junho de 2009 )
COFINS: Redução de alíquota - ZFM e ALCs (Lei nº 10.833 de 29 de dezembro de
2003, Artigo 2º parágrafos 4º e 5º e Lei nº 10.996/2004 Artigo 2º, parágrafos 4º, 5º
e 6º):
O incentivo consiste em redução das alíquotas incidentes sobre as operações de
vendas de produzidos na Zona Franca de Manaus e vendidos por empresa industrial
estabelecida na ZFM, com projeto aprovado pela SUFRAMA, aplicando-se alíquotas
diferenciadas14.
Este incentivo também se aplica à receita bruta auferida por pessoa jurídica industrial
ou comercial estabelecida nas Áreas de Livre Comércio.
14
Vide Quadro I
24
LEI Nº 10.833/2003, ART. 2º §§5º E 6º
“Art. 2º Para determinação do valor da COFINS aplicar-se-á,
sobre a base de cálculo apurada conforme o disposto no art.
1º, a alíquota de 7,6% (sete inteiros e seis décimos por
cento).
(...)
§ 5º Excetua-se do disposto no caput deste artigo a receita
bruta auferida por pessoa jurídica industrial estabelecida na
Zona Franca de Manaus, decorrente da venda de produção
própria, consoante projeto aprovado pelo Conselho de
Administração da Superintendência da Zona Franca de
Manaus – SUFRAMA, que fica sujeita, ressalvado o
disposto nos §§ 1º a 4º deste artigo, às alíquotas de: (
Incluído pela Lei nº 10.996, de 2004 )
I - 3% (três por cento), no caso de venda efetuada a pessoa
jurídica estabelecida: (Incluído pela Lei nº 10.996, de 2004).
a) na Zona Franca de Manaus; e (Incluído pela Lei nº
10.996, de 2004).
b) fora da Zona Franca de Manaus, que apure a COFINS no
regime de não-cumulatividade; (Incluído pela Lei nº 10.996,
de 2004).
II - 6% (seis por cento), no caso de venda efetuada a:
(Incluído pela Lei nº 10.996, de 2004).
a) pessoa jurídica estabelecida fora da Zona Franca de
Manaus, que apure o imposto de renda com base no lucro
presumido; (Incluído pela Lei nº 10.996, de 2004).
b) pessoa jurídica estabelecida fora da Zona Franca de
Manaus, que apure o imposto de renda com base no lucro
real e que tenha sua receita, total ou parcialmente, excluída
do regime de incidência não-cumulativa da COFINS;
( Incluído pela Lei nº 10.996, de 2004 )
c) pessoa jurídica estabelecida fora da Zona Franca de
Manaus e que seja optante pelo Sistema Integrado de
Pagamento de Impostos e Contribuições - SIMPLES; e
(Incluído pela Lei nº 10.996, de 2004 )
d) órgãos da administração federal, estadual, distrital e
municipal. (Incluído pela Lei nº 10.996, de 2004)
§ 6º O disposto no § 5º também se aplica à receita bruta
auferida por pessoa jurídica industrial ou comercial
estabelecida nas Áreas de Livre Comércio de que tratam as
Leis nºs 7.965, de 22 de dezembro de 1989, 8.210, de 19 de
julho de 1991, e 8.256, de 25 de novembro de 1991, o art.
11 da Lei nº 8.387, de 30 de dezembro de 1991, e a Lei nº
8.857, de 8 de março de 1994. (Redação dada pela Lei nº
11.945, de 4 de junho de 2009 )
§ 7º A exigência prevista no §5º deste artigo relativa ao
projeto aprovado não se aplica às pessoas jurídicas
comerciais referidas no §6º deste artigo. (Incluído pela Lei nº
11.945, de 4 de junho de 2009)”
25
LEI Nº 10.996/2004 ART. 2º, §§ 4º, 5º E 6º - PIS/COFINS
“Art. 2º Ficam reduzidas a 0 (zero) as alíquotas da
Contribuição para o PIS/PASEP e da Contribuição para o
Financiamento da Seguridade Social – COFINS incidentes
sobre as receitas de vendas de mercadorias destinadas ao
consumo ou à industrialização na Zona Franca de Manaus –
ZFM, por pessoa jurídica estabelecida fora da ZFM.
§1º Para os efeitos deste artigo, entendem-se como vendas
de mercadorias de consumo na Zona Franca de Manaus –
ZFM as que tenham como destinatárias pessoas jurídicas
que as venham utilizar diretamente ou para comercialização
por atacado ou a varejo.
§2º Aplicam-se às operações de que trata o caput deste
artigo as disposições do inciso II do § 2º do art. 3º da Lei nº
10.637, de 30 de dezembro de 2002, e do inciso II do §2º do
art. 3º da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003.
§3º As disposições deste artigo aplicam-se às vendas de
mercadorias destinadas ao consumo ou à industrialização
nas Áreas de Livre Comércio de que tratam as Leis nºs
7.965, de 22 de dezembro de 1989, 8.210, de 19 de julho de
1991, e 8.256, de 25 de novembro de 1991, o art. 11 da Lei
nº 8.387, de 30 de dezembro de 1991, e a Lei nº 8.857, de 8
de março de 1994, por pessoa jurídica estabelecida fora
dessas áreas. (Redação dada pela Lei nº 11.945, de 4 de
junho de 2009 )
§4º Não se aplica o disposto neste artigo às vendas de
mercadorias que tenham como destinatárias pessoas
jurídicas atacadistas e varejistas, sujeitas ao regime de
apuração não cumulativa da Contribuição para o PIS/Pasep
e da Cofins, estabelecidas nas Áreas de Livre Comércio
referidas no §3º. (Incluído pela Lei nº 12.350, de 20 de
dezembro de 2010).
§ 5º Nas notas fiscais relativas à venda de que trata o caput
deste artigo, deverá constar a expressão “Venda de
mercadoria efetuada com alíquota zero da Contribuição para
o PIS/Pasep e da Cofins”, com a especificação do
dispositivo legal correspondente. (Incluído pela Lei nº
12.350, de 20 de dezembro de 2010).”
26
2.2 – ALÍQUOTAS DO PIS/PASEP e COFINS – VINCULADOS ÀS VENDAS
NACIONAIS E ALÍQUOTAS DIFERENCIADAS ZFM E ALCs
ALÍQUOTAS DIFERENCIADAS NAS VENDAS DA ZFM E
ALCS
i) Venda efetuada a pessoa jurídica estabelecida na ZFM e
ALCs
ii) Venda efetuada a pessoa jurídica estabelecida FORA da
Zona Franca de Manaus e das Áreas de Livre Comércio, que
apure PIS/COFINS no regime de não-cumulatividade;
iii) Venda efetuada a Pessoa jurídica estabelecida FORA da
Zona Franca de Manaus e das Áreas de Livre Comércio, que
apure o imposto de renda com base no lucro presumido.
iv) Venda efetuada a Pessoa jurídica estabelecida FORA da
Zona Franca de Manaus e das Áreas de Livre Comércio, que
apure o imposto de renda com base no lucro real e que
tenha sua receita, total ou parcialmente, excluída do regime
de incidência não-cumulativa do PIS/COFINS
v) Venda efetuada a Pessoa jurídica estabelecida fora da
Zona Franca de Manaus e das Áreas de Livre Comércio e
que seja optante pelo SIMPLES;
vi) Venda efetuada a Órgão da administração federal,
estadual, distrital e municipal.
PIS/PASEP
COFINS
0,65%
3%
0,65%
3%
1,3%
6%
1,3%
6%
1,3%
6%
1,3%
6%
PIS/PASEP e COFINS - Bens intermediários
Redução a 0 (zero) das alíquotas da contribuição para o PIS/PASEP e COFINS
incidentes sobre as receitas decorrentes da comercialização de matérias-primas,
produtos intermediários e materiais de embalagem, produzidos na ZFM, para
emprego em processo de industrialização por estabelecimentos industriais instalados
na ZFM com projeto aprovado na SUFRAMA.
LEI N.º 10.637/2002, ART. 5º-A;
“Art. 5 º - Ficam reduzidas a 0 (zero) as alíquotas da
contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS
incidentes sobre as receitas decorrentes da
comercialização
de
matérias-primas,
produtos
intermediários e materiais de embalagem, produzidos
na Zona Franca de Manaus para emprego em
processo de industrialização por estabelecimentos
industriais ali instalados e consoante projetos
27
aprovados pelo Conselho de Administração da
Superintendência da Zona Franca de Manaus –
SUFRAMA.(Redação dada pela Lei nº 10.865, de 2004
(Vide Lei nº 10.925, de 2004 )”
PIS/PASEP – Obtenção de Créditos
Créditos na aquisição de mercadoria produzida por pessoa jurídica industrial
estabelecida na Zona Franca de Manaus e Áreas de Livre Comércio, consoante
projeto aprovado pela SUFRAMA, determinado mediante a aplicação da alíquota de
PIS/PASEP de 1%, na condição de que trata o § 12 do Art. 3º da Lei nº 10.637/2002.
Na hipótese de pessoa jurídica comercial estabelecida nas ALCs, o Crédito deve ser
calculado com aplicação de alíquota de 0,65% para revenda de mercadoria conforme
teor dos parágrafos § § 15 e 16 do Art 3º da Lei nº 10.637/2002 introduzidos pela Lei
nº 11.945 de 04 de junho de 2009.
LEI Nº 10.637/2002 ART. 3º, §§ 12, 15 E 16.
“Art. 3º - Do valor apurado na forma do art. 2º a pessoa
jurídica poderá descontar créditos calculados em relação a:
(...)
§ 12. Ressalvado o disposto no § 2º deste artigo e nos §§
1º a 3º do art. 2º desta Lei, na aquisição de mercadoria
produzida por pessoa jurídica estabelecida na Zona Franca
de Manaus, consoante projeto aprovado pelo Conselho de
Administração da Superintendência da Zona Franca de
Manaus – SUFRAMA, o crédito será determinado mediante
a aplicação da alíquota de 1% (um por cento) e, na situação
de que trata a alínea b do inciso II do § 4º do art. 2º desta
Lei, mediante a aplicação da alíquota de 1,65% (um inteiro e
sessenta e cinco centésimos por cento). (Redação dada
pela Lei n. º 11.307, de 19/05/2006)
(...)
§ 15. O disposto no § 12 deste artigo também se aplica na
hipótese de aquisição de mercadoria produzida por pessoa
jurídica estabelecida nas Áreas de Livre Comércio de que
tratam as Leis n.º 7.965, de 22 de dezembro de 1989, 8.210,
de 19 de julho de 1991, e n.º 8.256, de 25 de novembro de
1991, o art. 11 da Lei n.º 8.387, de 30 de dezembro de
1991, e a Lei n.º 8.857, de 8 de março de 1994. (Redação
dada pela lei nº 11.945, de 4 de junho de 2009)
§ 16. Ressalvado o disposto no § 2º deste artigo e nos §§
1º a 3º do art. 2º desta Lei, na hipótese de aquisição de
mercadoria revendida por pessoa jurídica comercial
28
estabelecida nas Áreas de Livre Comércio referidas no § 15,
o crédito será determinado mediante a aplicação da alíquota
de 0,65% (sessenta e cinco centésimos por cento).
(Redação dada pela lei nº 11.945, de 4 de junho de 2009)”
COFINS – Crédito na aquisição de mercadoria produzida por pessoa jurídica
industrial estabelecida na Zona Franca de Manaus e Áreas de Livre Comércio,
consoante projeto aprovado pela SUFRAMA, determinado mediante a aplicação da
alíquota de 4,60%, na condição de que trata o § 17º do Art. 3º da Lei 10.833/2003. Na
hipótese de pessoa jurídica comercial estabelecida nas ALCs, o Crédito deve ser
calculado com aplicação de alíquota de 3% para a revenda de mercadoria conforme
teor dos parágrafos 23 e 24 do art. 3º da Lei 10.833 de 29 de dezembro de 2003,
(exceto as pessoas jurídicas atacadistas e varejistas sujeitas ao regime de apuração
não cumulativa).
LEI Nº 10.833/2003 ART. 3º, §§ 17, 23 E 24
“Art. 3º Do valor apurado na forma do art. 2º a pessoa
jurídica poderá descontar créditos calculados em relação a:
(...)
§ 17. Ressalvado o disposto no § 2º deste artigo e nos §§ 1º
a 3º do art. 2º desta Lei, na aquisição de mercadoria
produzida por pessoa jurídica estabelecida na Zona Franca
de Manaus, consoante projeto aprovado pelo Conselho de
Administração da Superintendência da Zona Franca de
Manaus (Suframa), o crédito será determinado mediante a
aplicação da alíquota: (Redação dada pela Lei 12.507, de
11 de outubro de 2011)
I - de 5,60% (cinco inteiros e sessenta centésimos por
cento), nas operações com os bens referidos no inciso VI do
art. 28 da Lei nº 11.196, de 21 de novembro de 2005;
(Incluído pela Lei 12.507, de 11 de outubro de 2011)
II - de 7,60% (sete inteiros e sessenta centésimos por
cento), na situação de que trata a alínea "b" do inciso II do §
5º do art. 2º desta Lei; e (Incluído pela Lei 12.507, de 11 de
outubro de 2011)
III - de 4,60% (quatro inteiros e sessenta centésimos por
cento), nos demais casos. (Incluído pela Lei 12.507, de 11
de outubro de 2011)
(...)
§ 23. O disposto no §17 deste artigo também se aplica na
hipótese de aquisição de mercadoria produzida por pessoa
jurídica estabelecida nas Áreas de Livre Comércio de que
tratam as Leis nºs 7.965, de 22 de dezembro de 1989,
29
8.210, de 19 de julho de 1991, e 8.256, de 25 de novembro
de 1991, o art. 11 da Lei nº 8.387, de 30 de dezembro de
1991, e a Lei nº 8.857, de 8 de março de 1994. (Redação
dada pela Lei nº 11.945, de 4 de junho de 2009 )
§ 24. Ressalvado o disposto no § 2º deste artigo e nos §§1º
a 3º do art. 2º desta Lei, na hipótese de aquisição de
mercadoria revendida por pessoa jurídica comercial
estabelecida nas Áreas de Livre Comércio referidas no §23
deste artigo, o crédito será determinado mediante a
aplicação da alíquota de 3% (três por cento). (Redação
dada pela Lei nº 11.945, de 4 de junho de 2009)”
CRÉDITO
FATO GERADOR
Aquisição de mercadoria produzida por PESSOA JURÍDICA
INDUSTRIAL estabelecida na Zona Franca de Manaus e Áreas de
Livre Comércio.
Aquisição de mercadoria produzida por PESSOA JURÍDICA
COMERCIAL, exceto as pessoas jurídicas atacadistas e varejistas
sujeitas ao regime de apuração não cumulativa, estabelecida nas
Áreas de Livre Comércio.
PIS/PASEP COFINS
1%
4%
0,65%
3%
3 – IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO
3.1 ZONA FRANCA DE MANAUS
Isenção do imposto às mercadorias na ZFM, destinadas a seu consumo interno ou
industrialização em qualquer grau, inclusive beneficiamento, agropecuária, pesca,
instalação e operação de indústrias e serviços de qualquer natureza, a estocagem
para reexportação.15 (Decreto-Lei nº 288/1967 Artigo 3º):
“Art 3º A entrada de mercadorias estrangeiras na Zona
Franca, destinadas a seu consumo interno, industrialização
15
Com exceção de armas e munições, fumo, bebidas alcoólicas; automóveis de passageiros; e
produtos de perfumaria ou de toucador, e preparados e preparações cosméticas, salvo os classificados
nas posições 3303 e 3307 da Nomenclatura Comum do MERCOSUL, se destinados, exclusivamente,
a consumo interno na Zona Franca de Manaus ou quando produzidos com utilização de matériasprimas da fauna e da flora regionais, em conformidade com processo produtivo básico.
30
em qualquer grau, inclusive beneficiamento, agropecuária,
pesca, instalação e operação de indústrias e serviços de
qualquer natureza e a estocagem para reexportação, será
isenta dos impostos de importação e sobre produtos
industrializados.”
Redução do imposto na saída de produtos industrializados na Zona Franca de
Manaus, para qualquer ponto do território nacional (Decreto-Lei nº 288/1967 Artigo
7º), compreendendo:
“Art. 7° Os produtos industrializados na Zona Franca de
Manaus, salvo os bens de informática e os veículos
automóveis, tratores e outros veículos terrestres, suas
partes e peças, excluídos os das posições 8711 a 8714 da
Tarifa Aduaneira do Brasil (TAB), e respectivas partes e
peças, quando dela saírem para qualquer ponto do Território
Nacional, estarão sujeitos à exigibilidade do Imposto
sobre Importação relativo a matérias-primas, produtos
intermediários, materiais secundários e de embalagem,
componentes e outros insumos de origem estrangeira neles
empregados, calculado o tributo mediante coeficiente de
redução de sua alíquota ad valorem, na conformidade do
§1° deste artigo, desde que atendam nível de
industrialização local compatível com processo produtivo
básico para produtos compreendidos na mesma posição e
subposição da Tarifa Aduaneira do Brasil (TAB). (Redação
dada pela Lei nº 8.387, de 30.12.91)”
Redução Variável do II através do CRA – Coeficiente de Redução de Alíquota
(Decreto-Lei nº 288/1967 Artigo 7º parágrafo 1º)16:
“§ 1° O coeficiente de redução do imposto será obtido
mediante a aplicação da fórmula que tenha: (Parágrafo
incluído pela Lei nº 8.387, de 30.12.91).
16
Os veículos automóveis, tratores e outros veículos terrestres, suas partes e peças, excluídos os das posições e
subposições 8711 a 8714 da Tabela Aduaneira do Brasil (TAB) e respectivas partes e peças, industrializados na
Zona Franca de Manaus, quando dela saírem para qualquer ponto do Território Nacional, estarão sujeitos à
exigibilidade do Imposto sobre Importação relativo a matérias-primas, produtos intermediários, materiais
secundários e de embalagem, componentes e outros insumos, de origem estrangeira e neles empregados,
conforme coeficiente de redução estabelecido neste artigo, ao qual serão acrescidos cinco pontos percentuais.
(Parágrafo incluído pela Lei nº 8.387, de 30.12.91).
31
I - no dividendo, a soma dos valores de matérias-primas,
produtos intermediários, materiais secundários e de
embalagem, componentes e outros insumos de produção
nacional e da mão de obra empregada no processo
produtivo; (Inciso incluído pela Lei nº 8.387, de 30.12.91 )
II - no divisor, a soma dos valores de matérias-primas,
produtos intermediários, materiais secundários e de
embalagem, componentes e outros insumos de produção
nacional e de origem estrangeira, e da mão de obra
empregada no processo produtivo. (Inciso incluído pela Lei
nº 8.387, de 30.12.91)”
Redução fixa de 88% do II17 (Decreto-Lei nº 288/1967 Artigo 7º parágrafo 4º):
“§ 4° Para os produtos industrializados na Zona Franca de
Manaus, salvo os bens de informática e os veículos
automóveis, tratores e outros veículos terrestres, suas
partes e peças, excluídos os das posições 8711 a 8714 da
Tarifa Aduaneira do Brasil (TAB), cujos projetos tenham sido
aprovados pelo Conselho de Administração da Suframa até
31 de março de 1991 ou para seus congêneres ou similares,
compreendidos na mesma posição e subposição da Tarifa
Aduaneira do Brasil (TAB), constantes de projetos que
venham a ser aprovados, no prazo de que trata o art. 40 do
Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, a redução
de que trata o caput deste artigo será de oitenta e oito por
cento. (Parágrafo incluído pela Lei nº 8.387, de 30.12.91)”.
17
Para matérias-primas, materiais secundários e materiais de embalagem na industrialização de
produtos destinados à comercialização em qualquer ponto do território nacional, exceto para bens de
informática e veículos automóveis, tratores e outros veículos terrestres, excluídos da posição 8711 a
8714
32
Pela primeira vez na
história dos povos, vamos ter
uma profunda transformação
social, de forma silenciosa,
sem revoluções, guerras ou
lutas de classes, simplesmente
com o magnífico poder invisível
da informação.
Yoneji Masuda
A Sociedade da Informação, 1980
Eu sou da Cidade Morena,
reza a benção na canção,
batizada pelas águas da
Virgem da Conceição.
Anibal Beça
A realidade é como ela é, não
como desejamos que ela fosse.
Nicolo Machiavelli
O Príncipe, 1513
33
3 – DÚVIDAS FREQUENTES SOBRE O TRATAMENTO TRIBUTÁRIO
CONCEDIDO ÀS EMPRESAS.
 QUE TIPOS DE INCENTIVOS FEDERAIS A EMPRESA PODE
USUFRUIR AO SE INSTALAR NA ZFM ADMINISTRADOS PELA
SUFRAMA?
i)
Isenção do Imposto de Importação na aquisição da mercadoria
estrangeira destinada a consumo ou industrialização;
ii)
Isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados na venda para o
mercado nacional;
iii)
Alíquota diferenciada de PIS e COFINS na venda de mercadoria ao
mercado nacional
INDÚSTRIA – Pode usufruir dos incentivos fiscais administrados pela
SUFRAMA a empresa que estiver regular perante o fisco nacional e tiver
projeto aprovado pelo Conselho de Administração da SUFRAMA.
 QUAIS OS INCENTIVOS ADMINISTRADOS PELA SUFRAMA?
I – isenção do Imposto de Importação (II), relativo a matérias-primas, produtos
intermediários, materiais secundários e de embalagem, componentes e outros
insumos de origem estrangeira utilizados na industrialização de produtos
destinados a consumo interno na ZFM;
II - redução do II, relativo a matérias-primas, produtos intermediários, materiais
secundários e de embalagem, componentes e outros insumos de origem
estrangeira utilizados na industrialização de produtos destinados a consumo
em outros pontos do território nacional;
III – isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), relativo a
produtos produzidos na ZFM destinados à comercialização em qualquer ponto
do território nacional;
IV - isenção do IPI para os produtos elaborados com matérias-primas agrícolas
e extrativas vegetais de produção regional, exclusive as de origem pecuária;
V – crédito do IPI, calculado como se devido fosse, para o adquirente de
produtos de que trata o inciso anterior, sempre que empregados como
34
matérias-primas, produtos intermediários ou materiais de embalagem na
industrialização, em qualquer ponto do território nacional, de produtos
efetivamente sujeitos ao pagamento do referido imposto; VI – isenção do II e
do IPI relativos a bens de capital destinados à implantação de projetos
industriais.
Base de Consulta: Resolução n.º 203 de 10 de dezembro de 2012
 QUAIS OS PROCEDIMENTOS PARA OBTENÇÃO DOS INCENTIVOS
FEDERAIS ADMINISTRADOS PELA SUFRAMA?
1º Passo: SABER O TIPO DE INVESTIMENTO A REALIZAR, pois para cada
tipo de investimento haverá uma Classificação de projeto a ser apresentado.
Os projetos são Classificados da seguinte forma:
I – Implantação: quando objetivar à instalação de um novo empreendimento
industrial na área de atuação da SUFRAMA;
II – Atualização: quando objetivar a adequações de projetos aprovados,
motivadas por fatores técnicos, econômicos, mercadológicos ou ambientais;
III – Diversificação: quando objetivar à introdução de novo produto, diferente
daqueles aprovados anteriormente; e
IV – Ampliação: quando objetivar ao aumento da capacidade nominal
instalada de unidade produtiva existente, sem diversificação da linha de
produtos anteriormente aprovada.
E ainda quanto ao porte podem em enquadrados nas Categorias de:
2.3.1 - Projeto Simplificado, para micro e pequenas empresas:
a) quando a necessidade anual de importação de insumos vai até o limite
máximo de US$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil dólares norteamericanos); ou
b)
estar enquadrada como microempresa ou empresa de pequeno porte,
nos termos do Art. 3º, da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de
2006 ou legislação que a suceder. (Nova redação dada pela alínea b do art.
3º da Resolução Nº 203, de 10 de dezembro de 2012).
35
2.3.2 – Projeto Pleno: para empreendimentos não enquadrados na categoria
anterior
2º Passo: APRESENTAR O PROJETO TÉCNICO-ECONÔMICO que vise à
obtenção dos incentivos fiscais administrados pela SUFRAMA, de acordo com
a estrutura de dados definida pela Autarquia ou com a utilização de software
específico disponibilizado pela SUFRAMA. ( www.suframa.gov.br)
O projeto técnico-econômico deve ser elaborado por um economista,
devidamente cadastrado no Conselho Regional de Economia – CORECON
(www.corecon- am.gov.br)
3º Passo: ANÁLISE DO PROJETO - o projeto irá para Análise, conforme
roteiro obrigatório estabelecido pela Resolução nº 203, de 12 de dezembro de
2012;
4º Passo: APROVAÇÃO - a provação do projeto é orientada pelo Art.10 da
Resolução nº 203, de 10/12/2012, o qual discorre que compete ao CAS
deliberar acerca da aprovação dos projetos que visem ao gozo dos incentivos
de que trata o art. 1º da mesma Resolução, apresentados por empresa que se
encontre em situação fiscal regular, mediante apresentação da Certidão de
Regularidade Cadastral – CRC junto à SUFRAMA ou das certidões negativas
de débitos ou documento equivalente expedidos pelos órgãos competentes,
nos termos da alínea “d” do art. 38 desta Resolução e cujos produtos possuam
PPB previamente aprovado, nos termos do art. 4º, do Decreto nº 2.891/98.
5º Passo: IMPLANTAÇÃO – uma vez aprovado o projeto, a empresa pode
iniciar sua implantação, que será acompanhada e avaliada pela SUFRAMA
através de Laudos, ou seja, depois de concluída a implantação, total ou parcial,
de suas instalações industriais a empresa titular do projeto deverá requerer à
SUFRAMA a emissão do Laudo de Operação (LO), que é o documento
comprobatório da adequação das instalações industriais, máquinas e
equipamentos necessários à operacionalização do projeto técnico-econômico
aprovado, observado o dimensionamento nele constante.
36
4 – TRATAMENTO TRIBUTÁRIO
MERCADORIAS
CONCEDIDO
ÀS
COMPRAS
DE
NACIONAIS – UTILIZANDO O WSSINAL (SISTEMA)
PARA OBTENÇÃO DOS INCENTIVOS
As empresas que compram mercadorias nacionais (portanto, remetidas a
ZFM ou ALCs) podem usufruir dos seguintes incentivos fiscais:
I – Isenção do IPI: para produtos nacionais entrados da ZFM, destinados ao
consumo interno, utilização ou industrialização; para as ALCs deverá ser
observada a legislação especifica.
II – Redução da alíquota do PIS e COFINS: reduzidas a 0 (zero) as alíquotas
das Contribuições incidentes sobre receitas de vendas de mercadorias
destinadas ao consumo ou à industrialização na ZFM, por pessoa jurídica
estabelecida fora da ZFM;
III – Isenção do ICMS: para as remessas de produtos industrializados de
origem nacional destinados à comercialização ou industrialização.
ELABORAÇÃO
Coordenação Geral de Estudos Econômicos e Empresariais – COGEC e-mail:
[email protected]
Fone (92) 3321 7077 – 3321 7051
37
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Cartilha de Incentivos Fiscais