CDC
em foco
Edição V | Ano II | Dezembro de 2012
No caminho
do futuro
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editorial
Chegamos à última edição do ano do
Boletim do CDC Apiaí. Sem dúvidas, 2012
foi um período de grandes avanços para os
projetos desenvolvidos no município, como
você pode conferir nestas páginas.
Dentre as atividades em desenvolvimento,
está a capacitação de conselheiros tutelares,
dos direitos e de assistência de Apiaí e
Itaóca, que tiveram seu primeiro encontro
em outubro e já têm mais 11 previstos (p. 3).
Os dois municípios também contam com um
Ambulatório Maternal Infantil, que oferece
acompanhamento para gestantes de risco (p. 4
e 5).
Na região do Alto Vale do Ribeira, estão
ocorrendo oficinas para melhoria na gestão das
associações de artesãos, que têm na atividade
uma importante fonte de renda (p.6). Já no
projeto Memória Local na Escola, professores
e alunos realizam pesquisas sobre a história de
Apiaí (p. 7).
Desejamos uma boa leitura, um Feliz Natal e
um próspero ano novo!
primeiras letras
Reproduções do jornal Jornal Pesquenos Escritores, dos
alunos da Escola Municipal Maria Rosa de Oliveira. A escola
participa do projeto Jornal Escolar Primeiras Letras, coordenado
pela ONG Comunicação e Cultura e integrante do programa
Escola Ideal
expediente
Este boletim faz parte do projeto CDC Comunica,
realizado pelo Instituto Camargo Corrêa em parceria
com a Oficina de Imagens.
Instituto Camargo Corrêa
Diretor Executivo: Francisco de Assis Azevedo
Coordenadora de Comunicação: Clarissa Kowalski
Contato: [email protected]
Comitê de Desenvolvimento Comunitário de Apiaí.
Associação dos Artesãos de Apiaí, Câmara Municipal
de Apiaí, Conselho Tutelar, InterCement, Pastoral da
Saúde, Rotary Club, Prefeitura de Apiaí, Prefeitura
de Itaóca, Secretaria de Cultura e Turismo de Apiaí,
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Secretaria de Educação de Apiaí, Secretaria de Educação
de Itaoca, Secretaria de Promoção Social de Apiaí,
Secretaria de Saúde de Apiaí.
Contato: [email protected]
Oficina de Imagens
Diretor Institucional: Adriano Guerra.
Edição: Filipe Motta, Gabriella Hauber e Felipe Borges.
Site: www.oficinadeimagens.org.br
Projeto Gráfico: Ronei Sampaio
Diagramação: Felipe Borges.
Fotos da capa: Arquivo CDC
Impressão: Gráfica Formato | Tiragem: 1.200 exemplares
infância ideal
Encontros visam o fortalecimento dos conselhos Tutelar,
dos Direitos e de Assistência de Apiaí e Itaoca
Projeto de capacitação pretende melhorar atuação de profissionais da área; primeira
reunião foi em outubro
Foto: Arquivo Oficina de Imagens
Por Mariza de Fátima Gonçalves, Conselheira dos direitos
Membros do CDC e da sociedade civil estiveram presentes no evento
No dia 16 de outubro, ocorreu o primeiro
encontro do projeto de capacitação voltado
aos conselheiros tutelares, dos direitos e de
assistência de Apiaí e Itaóca. A ideia é fortalecer
esses conselhos, a fim de que seus membros
se tornem mais aptos para executar suas
demandas. Estão previstos mais onze encontros
do projeto, que é promovido pelo Instituto
Camargo Corrêa.
Durante o evento, estiveram presentes
membros do CDC e da sociedade civil. Ao longo
do dia, os formadores do programa Novas
Alianças apresentaram o projeto, solicitaram
sugestões e interviram nas discussões
suscitadas.
O Conselho Municipal dos Direitos da
Criança e do Adolescente (CMDCA) de Apiaí
foi instituído no ano de 1991, em obediência
à Constituição de 1988, que determina, regula
e normaliza as ações do poder público e da
sociedade e seus atores e garante e assegura os
direitos constitucionais brasileiros da criança e
do adolescente. Com a instituição do CMDCA
de Apiaí, criou-se um órgão em que diferentes
atores, dos vários segmentos sociais, unem suas
forças para garantir a seguridade e o pleno
desenvolvimento daqueles que são abarcados
por esses direitos.
Decorridos 21 anos, a missão e a luta
são contínuas, uma vez que as demandas
existentes requerem, antes de qualquer coisa,
compromisso de seus membros para alcançar
os propósitos a que se destina.
Atualmente o Conselho dos Direitos da
Criança e do Adolescente é formado pelos
membros: Mariza de Fátima Gonçalves, Carlos
de Oliveira Looze, Silvana Sarti de Moraes
Barbosa, Robson Dias da Paz, Josimar da Rosa
Camargo, Neli das Graças Justus, Eleandra
Machado e Fábio Roberto de Oliveira.
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infância ideal
Gestantes de alto-risco precisam de acompanhamento
mais rigoroso para uma gravidez saudável
Diversos fatores podem causar problemas para a mãe e a criança, e a rapidez do
diagnóstico é fundamental para uma gestação segura
Foto:SXC
Por Ana Maria de Oliveira e Luiz Kleber Marconi Luz ???
O pré-natal é fundamental para uma gravidez sem riscos
Geralmente, a gravidez ocorre de maneira natural e sem grandes problemas, se acompanhada
de perto. No entanto, como é explicado no Manual Técnico da Gestação de Alto Risco, publicado
em 2000 pelo Ministério da Saúde, há um reduzido número de gestantes que pode ser portador de
alguma doença, sofrer algum agravo ou desenvolver problemas, apresentando maiores chances de
evolução desfavorável - o grupo chamado “gestantes de alto risco”. Uma gravidez de risco é aquela
na qual alguma doença ou condição sócio-biológica prejudica o seu desenvolvimento ideal.
Por isso, é fundamental que as gestantes façam o pré-natal e contem com um acompanhamento
adequado. No programa Infância Ideal, por meio do projeto Fortalecimento da Rede Ciranda, os
municípios de Apiaí e Itaoca dispõem do Ambulatório Materno Infantil, que tem como meta o
atendimento de 100% das gestantes de risco, garantindo um atendimento humanizado, que leve em
conta às necessidades físicas e emocionais das grávidas.
Por isso, é relevante o trabalho das Equipes de Saúde da Família, (ESF) ou das equipes das
Unidades Básicas de Saúde tradicionais, com o mapeamento da população da sua área de
abrangência, respectiva classificação de risco das gestantes e a identificação dos equipamentos de
saúde responsabilizados para atendimento de cada caso especifico.
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infância ideal
quanto às atitudes que deve tomar para
melhorar sua saúde. A família, companheiro(a)
e outras pessoas próximas, também devem ser
preparados para prover um suporte adequado à
gestante.
A melhor maneira de evitar uma gravidez de
risco é seguindo corretamente as orientações
dadas pelos profissionais de saúde durante o
pré-natal. O atendimento deve ser organizado
para atender às necessidades de toda a
população de gestantes de sua área de atuação,
por meio da utilização de conhecimentos
técnico - científicos e dos meios e recursos
adequados e disponíveis. Além disso, devese proporcionar facilidade de acesso e
continuidade do acompanhamento.
Foto:SXC
Fatores de risco
Durante a gestação, podem ocorrer
complicações que transformam uma gravidez
normal numa gestação complicada. Por isso,
desde o início do pré-natal, deve-se proceder a
uma “avaliação de risco” das gestantes.
Fatores psicológicos, sociais e de saúde
podem indicar se há uma gravidez de risco ou
não. Quanto mais alto o grau do risco, mais
cuidados a grávida deve receber na gestação
e no pós-parto. Há alguns fatores de risco,
como o fato de a mulher ser mãe com menos
de 15 ou mais de 35 anos, altura menor do que
1.45m, estresse, má aceitação da gestação,
situação conjugal insegura, baixa escolaridade,
baixa renda, peso menor que 45 kg ou maior
que 75 kg, dependência de drogas lícitas ou
ilícitas, abortos anteriores, partos prematuros e
intervalo entre as gestações menor do que dois
ou maior do que cinco anos. Deve-se considerar
também o crescimento uterino maior ou menor
do que o esperado, gestação múltipla, nãorealização do pré-natal, hipertensão associada
à gestação, diabetes, ruptura prematura de
membranas, ganho de peso excessivo, cirurgia
uterina anterior, volume do líquido amniótico,
gravidez prolongada, pré-eclampsia e eclampsia,
hemorragias da gestação, óbito fetal, doenças
infecciosas, cardíacas ou renais.
Acompanhamento adequado
O acompanhamento é sempre a melhor
opção e, quanto antes a gravidez de risco for
diagnosticada, mais cedo atitudes seguras
poderão ser tomadas. A equipe de saúde deve
estar preparada para enfrentar quaisquer
fatores que possam afetar adversamente a
gravidez, sejam eles clínicos, obstétricos ou de
cunho socioeconômico ou emocional. Para
tanto, a gestante deve ser sempre informada
do andamento de sua gestação e instruída
O acompanhamento adequado garante a sáude da mãe e do bebê
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infância ideal
Projeto Polo de Cerâmica oferece oficinas para
associações de artesãos
Região do Alto Vale do Ribeira possui uma rica história de produção de cerâmica,
com origens indígenas e africanas
Foto:Manoel Nascimento
Por Ana Maria Tadeu da Silva, XXX *
Ceramistas de Apiaí e região têm no artesanato uma fonte de renda
O projeto Polo de Cerâmica, que é realizado pelo Instituto Camargo Corrêa em parceira com
a Prefeitura de Apiaí, e executado pelo Instituto Meio, está oferecendo oficinas para melhoria na
gestão das associações de artesãos de Apiaí e região. Dentre elas, estão a Associação dos Artesãos
do Alto Vale do Ribeira e a Associação dos Artesãos do Bairro Encapoeirado.
A história da produção da cerâmica utilitária, na região do Alto Vale do Ribeira, tem sua origem
ligada, principalmente, às etnias indígena e africana. As técnicas de confecção e de queima foram
herdadas da etnia tupi-guarani, da qual se originam os nomes de cidades, rios, e plantas da região.
Outras características observadas na cerâmica decorativa de Apiaí, e que podem ser de origem
africana, são as “bonecas” e os “bichos”, ou seja, a cerâmica antropomorfa e a zoomorfa, cuja
expressão facial lembra as figurações primitivas em cerâmica do continente africano.
Devido às dificuldades de acesso, o Alto Vale do Ribeira permaneceu durante séculos isolado
das regiões mais desenvolvidas do estado de São Paulo. A dificuldade em adquirir objetos
industrializados levou os artesãos a produzirem utensílios de barro, madeira, palha, taboa, cipó e
de outras matérias-primas naturais, para uso próprio e venda.
Apesar de passar por grandes dificuldades de embalagem e de transporte da mercadoria, os
ceramistas de Apiaí não desistiram e continuam procurando, nessa fonte alternativa de renda,
suprir as dificuldades e perdas na agricultura. Suas peças são comercializadas na Casa do Artesão e
em diversas feiras culturais da região.
* Colaboração: Lia de Camargo Ferreira e Guacira Waldeck. Adaptação: Milena de Alencar Martins
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Escola ideal
Terceira edição do projeto Memória Local na Escola
ocorre em Apiaí
Professores e alunos buscam resgatar histórias sobre a cidade, por meio da coleta de
textos, fotografias e documentos antigos
Por Jaqueline ???
Foto:Arquivo Memória Local
Participantes do Memória Local realizam pesquisas sobre o município, e material é apresentado em exposições
Em 2012, o projeto
Memória Local na Escola
aconteceu pela terceira vez em
Apiaí. Seu principal objetivo é
valorizar a memória por meio
das histórias de vida coletadas
pelos estudantes da cidade,
por meio de pesquisas com
suas famílias, comunidades e
entorno.
Durante todo o ano, os
educadores realizam, com seus
alunos, atividades que envolvem
oralidade, leitura, produção
escrita, desenho, pesquisa e uso
de computador.
O projeto começou na
cidade em 2010. Participam
professores, coordenadores
e diretores das escolas
municipais, além de técnicos
da Secretaria Municipal de
Educação.
O Memória Local na Escola
pretende contribuir para a
formação de professores
do ensino fundamental no
desenvolvimento de projetos
de memória e fortalecer o
processo de formação e de
acompanhamento da prática
pedagógica de educadores.
A metodologia adotada
pelo projeto consiste na
construção de histórias a
partir de entrevistas com
depoentes locais e coleta de
dados, objetos, fotografias e
documentos, realizadas pelos
alunos do 4º ano do Ensino
Fundamental da rede municipal
de ensino.
Na etapa seguinte, as
histórias são socializadas por
meio de exposição com textos e
desenhos. É exposto também o
Livro do depoente, registro feito
pelas crianças com desenhos,
fotos, textos e portifólios dos
educadores sobre o processo.
A finalização do trabalho
fica por conta da inserção do
material no portal Museu da
Pessoa, que dá visibilidade ao
projeto. Assim, o resultado
permanece imortalizado na
rede virtual.
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Fique ligado
Alfabetização
No início de novembro, a presidente Dilma
Rousseff, ministros, secretários estaduais e
municipais e representantes de movimentos
e entidades educacionais participaram
do lançamento do Pacto Nacional pela
Alfabetização. O pacto é um compromisso
formal assumido pelos governos federal, do
Distrito Federal, dos estados e municípios
de assegurar que todas as crianças estejam
alfabetizadas até os oito anos de idade, ao final
do 3º ano do ensino fundamental.
Todos os estados e os 5.270 municípios
já aderiram ao Pacto, que tem quatro
eixos principais: formação dos professores
alfabetizadores, com bolsas para os docentes;
fornecimento de materiais pedagógicos;
avaliação contínua, que começa em
2013; gestão e mobilização e, por fim,
reconhecimento e premiação das escolas
com melhores resultados. Segundo o governo
federal, serão R$ 500 milhões distribuídos em
prêmios.
realização:
parceria:
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Saiba mais
Vale do Ribeira
Entre os dias 16 e 20 de outubro, os
artesãos dos municípios Apiaí, Itaóca e Barra
do Chapéu, do Vale do Ribeira (SP), que fazem
parte do projeto O Futuro em Nossas Mãos,
do programa Futuro Ideal, aprenderam como
construir e utilizar fornos de cerâmica e a gás
com a orientação do consultor Nicodemos
Farias.
Juntos, os núcleos ceramistas Arte nas
Mãos, Mestras do Encapoeirado, Barra do
Chapéu e Itaóca construíram três fornos de
cerâmica e quatro a gás. Em janeiro, será
erguido o quarto de cerâmica, um menor para
o Arte nas Mãos, que já tem um, construído há
três anos no âmbito do projeto Moldando um
Futuro Melhor, já finalizado.
O projeto O Futuro em Nossas Mãos é
realizado pelo Instituto Camargo Corrêa,
InterCement, BNDES e Instituto Meio.
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No caminho - Instituto Camargo Corrêa