I Workshop sobre Modelagem Ecológica e Espacial
em Bacias Hidrográficas de Grande Escala
Valoração de recursos naturais, pagamento por
serviços ambientais e modelagem ecológica na
bacia do rio Purus
Ademar Ribeiro Romeiro (UNICAMP)
Paulo Antônio de Almeida Sinisgalli (USP)
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Apresentação
Tópicos:
- Pagamento por serviços ambientais
- Valoração da floresta
- Modelagem ecológica econômica na bacia do
rio Purus
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Pagamento por serviços
ambientais (PSE)
• Serviços
Ecossistêmicos são
fatores limitantes
para a manutenção
do bem estar
humano.
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Pagamento por serviços
ambientais (PSE)
• A Floresta Tropical provê:
– Controle de erosão
– Regulação climática (local e
global)
– Resiliência
– Regulação de ciclo hidrológico
– Diversos outros serviços
ambientais
• Valor estimado em :
US$2006/ha/ano
(Costanza et al., 1997)
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Pagamento por serviços
ambientais (PSE)
• O objetivo é a manutenção das funções
ambientais de suporte à vida e outros
serviços ecológicos
• Focar um serviço pode levar a perda de
outros
• Os mercados devem se adaptar às
condições ecológicas e não ao contrário.
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Pagamento por serviços
ambientais (PSE)
• Pagamentos devem ser maiores que o
custo de oportunidade (next best alternative)
• Pagamentos são condicionados às praticas
associadas à manejo para garantir de
manutenção do serviço
• Pagamentos são normalmente para um
serviço específico, decorrente de uma
prática de manejo específica
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Valoração da Floresta
Objetivo:
Estimar o valor da floresta em pé.
Metodologia
A metodologia utilizada baseou-se
principalmente em dados bibliográficos,
aliada ao levantamento das características da
bacia Amazônica, em especial a região do rio
Purus, enfocando os recursos e serviços
ecossistêmicos oferecidos pela mesma.
O valor econômico da floresta foi calculado
tendo por base as estimativas dos valores dos
recursos de uso direto, de uso indireto, de
opção e de existência, estabelecendo-se um
valor/ha de floresta.
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Valoração da Floresta
Metodologia
Os fatores de uso direto e indiretos dos
recursos foram: carvão vegetal; recursos
madeireiros; recursos não-madeireiros,
turismo e pesca esportiva, o seqüestro de
carbono e ciclo hidrológico.
Ademais dos fatores de uso direto e indireto,
foram contabilizados também o valor de
opção, que compreende neste trabalho o valor
da bioprospecção de fármacos e a
biodiversidade, e o valor de existência da
floresta.
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Valoração da Floresta
1. USO
DIRETO
Recursos
Valor US$ /ha/ ano
Carvão vegetal
1.496,84
(Não contabilizado)
Extração Madeireira
112,32
Recursos nãomadeireiros
0,19
Eco-turismo
0,37
Pesca Esportiva
0,10
Total
112,98
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Valoração da Floresta
2. USO
INDIRETO
3. VALOR DE
OPÇÃO
4. VALOR DE
EXISTÊNCIA
Recursos
Valor US$/ha ano
Ciclo Hidrológico
38,87
Seqüestro de
Carbono
69,68
Total
108,85
Recursos
Valor US$/ha ano
Bioprospecção
(Fármacos)
21,00
Biodiversidade
17,03
Total
38,03
Recursos
Valor US$/ha ano
Valor de Existência
31,20
Total
31,20
Valor US$/ha ano
VALOR
TOTAL
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291,06
Valoração da Floresta
Considerações Finais:
O valor encontrado para a área da
bacia do Rio Purus (30.701.219 ha), é
de: US$ 8,935,896,802.14.
Os resultados aqui mostrados podem
apresentar-se vulneráveis, pois não
compreendem a totalidade de
recursos e serviços ambientais
passíveis de valoração monetária,
tendo como resultado um valor
significativamente subestimado.
Mesmo com as devidas limitações, a valoração ambiental pode ser considerada
uma ferramenta bastante útil, não como ponte entre a economia e a ecologia,
mas como fonte de discussão sobre pagamentos por serviços ambientais.
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Modelagem ecológica econômica
do Desmatamento associado ao Mercúrio
induz alterações no funcionamento dos
ecossistemas, que por sua vez geram
impactos sobre a estrutura e a fertilidade
dos solos, alem de afetar o ciclo hidrológico
(HOUGHTON et al, 2000).
DESMATAMENTO
Foco na seguinte relação:
Desmatamento na
Amazônia
Diversos estudos apontam para a
presença natural de mercúrio no solo
amazônico e seu carreamento para os
corpos aquáticos em decorrência desse
desmatamento.
Dano ambiental
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Modelagem ecológica econômica
do Desmatamento associado ao Mercúrio
O Serviço Ecossistêmico Valorado
Aprisionamento de mercúrio no solo através da proteção fornecida pela cobertura
vegetal contra os processos erosivos.
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Modelagem ecológica econômica
do Desmatamento associado ao Mercúrio
Processo em Cadeia
Retirada da
cobertura
vegetal
Perda de solo
Processos erosivos
Danos à saúde:
Contaminação por
metilmercúrio
Consumo de
peixes por
humanos
Bioacumulação
(peixes)
Biomagnificação
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Carreamento de
mercúrio para corpos
aquáticos
Processo de
metilação
Modelagem ecológica econômica
do Desmatamento associado ao Mercúrio
Mercúrio no Tapajós
Metilation rate
Hg rate in soil
Hg metilado
flow10
Preciptation
flow2
hg mobilization
non biological Hg in SYSTEM
Deforestation
flow6
Erosion
fish groups
Cont rate
submodel9
benefits
fish group pref
human pop
uptake by fish group
fish consumption rate
cost
flow7
HG IN fish
CONTAMINATION LEVEL
hg conc
gain or loss
HG IN PEOPLE
Treatment costs
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FISF POP
Modelagem ecológica econômica
do Desmatamento associado ao Mercúrio
Formulação proposta
Custo do Dano (CD)={[[(S*D*C*M)/P]/H]*G]}
Onde:
CD = custo dos danos à saúde por ano (R$)
S = quantidade de solo erodido (ton/ha/ano)
D = quantidade de hectares de floresta desmatada (ha/ano)
C = concentração de Hg no solo da região (ppb)
M = taxa de metilação do Hg na água (%)
P = concentração de metilmercúrio em peixes (µg/g)
H = consumo de peixes por humanos na região (g/ano)
G = custo despendido no tratamento dos danos à saúde (R$)
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Modelagem ecológica econômica
do Desmatamento associado ao Mercúrio
Formulação e Resultado
Custo do Dano (CD)={[[(S*D*C*M)/P]/H]*G]}
Resultado do valor do dano: R$ 2.910.847,40 por ano.
Para a bacia do rio Purus que teve uma taxa de desmatamento
relativamente baixa (aproximadamente 77.000 ha/ano) entre o ano de
1997 e 2006, o que gera consequentemente menos erosão, levando
atualmente a um dano proporcionalmente baixo, porém é importante
salientar também estas consequências danosas do desmatamento.
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OBRIGADO !
Ademar Ribeiro Romeiro (UNICAMP):
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Paulo Antônio de Almeida Sinisgalli (USP)
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