Adequação da Postura
Sentada para Clientes com
Deficiência na Mobilidade
Planejamento da Intervenção
A intervenção consiste em
duas unidades: o sistema
assentado e a base de
suporte.
Fatores Principais:
Ângulo entre o assento e o
encosto.
A inclinação (orientação
dos sistema)
O Tipo da superfície na
qual a pessoa se sentará:
planas, escavadas e
moldadas.
A pélvis e MMII
A pélvis na postura neutra,
ou o mais próxima da posição
neutra possível.
Acomodar/corrigir
Assimetrias.
Base firme.
Encosto
O encosto oferece todo o
suporte necessário?
Qual o melhor tipo de
encosto para oferecer o
melhor suporte, qual o que
garante a maior área de
contato?
O encosto é rígido e não
acomoda a lordose fisiológica
ou ângulo ideal do cliente
entre encosto e assento?
A altura do encosto é
adequada?
Superfície do assento:
O assento oferece o
suporte adequado?
A profundidade do
assento é adequada?
O ângulo entre assento e
encosto é adequado?
Lembrar-se sempre de
conferir a angulação com os
pés apoiados.
Cintos ou barras pélvicas:
Um cinto de
posicionamento é usado para
evitar que a pélvis escorregue
Anterior ou posteriormente, é
para estabiliza-la.
Retroversão
O posicionador pélvico
deverá estar localizado a 45º
em relação à superfície do
assento e sobre a crista ilíaca
( podem haver exceções).
O posicionador pélvico
está no local adequado?
Quais outros acessórios
deverão ser utilizados para
garantir a efetiva ação do
posicionador pélvico?
O posicionador pélvico é
do tamanho
adequado?Atenção à largura:
cintos muito estreitos podem
causar compressão vascular,
cintos muito largos podem
causar uma retroversão;
fivelas muito grandes podem
causar pontos de pressão em
proeminências ósseas ou
apertar o estômago causando
dor.
Sistema de abotoamento
do posicionador pélvico.
Tiras peroneais:
A tira deve ir através da
coxa em direção à cabeça do
fêmur num ângulo de 45º. As
tira devem ser alcochoadas.
Muito cuidado para não
causar compressão da artéria
femural.
Bloqueadores anterior de
joelhos:
consultar ortopedista para
verificar se a força exercida
pelo cliente no bloqueador de
joelho não vai causar lesões
na articulação do quadril.
Anteroversão:
Qual é a causa desta
postura?
Focar a atenção em:
- superfície do encosto,
- superfície do assento,
- cinto de posicionamento:
na maioria dos casos são
indicados dois cintos ou em
formato de Y
Tilt ( orientação do sistema)
A maioria das pessoas
pode se beneficiar de um leve
tilt posterior (3 a5º).
Alívio passivo de pressão
nas tuberosidades isquiáticas.
Atenção à postura de
cabeça e de pescoço.
Observar se esforço contra
a gravidade estará
prejudicando a movimentação
ativa de cabeça e MMSS.
Clientes com problemas
mais severos pode ter maior
relaxamento com tilt posterior
entre 10 a 15º. Alguns podem
responder a esta intervenção
aumentando o tônus tentando
endireitar a si próprios.
Em quais atividades o
uso do tilt irá proporcionar
benefícios?
Acessórios para manter a
simetria da pélvis:
Para promover o maior
nível de função com o mínimo
de risco de deformidades
deve-se buscar a postura o
mais simétrica possível.
A orientação da pélvis
deve ser considerada em
relação aos MMII, tronco,
cintura escapular e cabeça.
As tuberosidades
isquiáticas devem estar no
centro da superfície do
assento. Se há assimetria e
possibilidade de mobilidade
deve-se atentar aos seguintes
acessórios:
Cinto ou barra de
posicionamento pélvico;
Guias laterais para o
quadril;
Assento moldado;
Abdutor;
Adutores;
Tiras de posicionamento
das coxas:
Bloqueadores anterior
das pernas ( previnem
extensão de quadril ) .
Posicionadores de pés.
Tronco:
Um dos principais
objetivos da adequação
postural sentada é possibilitar
a postura na linha média da
cabeça e da cintura escapular
visando a melhora do
desempenho funcional.
Portanto, buscar um
alinhamento neutro do tronco
é muito importante.
Postura instável do tronco
compromete todo o tipo de
controle distal.
Flexão lateral do tronco,
Observe algumas
possibilidades:
Flete para o mesmo lado
da inclinação pélvica.
Flete para ambos os
lados alternadamente.
Encurtamento lateral de
tronco com depressão do
mesmo lado da cintura
escapular e elevação do
mesmo lado da pélvis.
Flexão anterior do
tronco resulta normalmente da
perda de:
- hipotonia de tronco
- flexão anterior ativa como
uma compensação de uma
retroversão
- tentativa de compensar o
efeito de uma unidade de
sentar inclinada
inapropriadamente.
É sempre acompanhada
de rotação interna de
MMII,flexão de pescoço ou
retração de ombros, protusão
de cabeça e extensão de
pescoço.
Tônus extensor do
tronco.
Pode ser acompanhada
por protação e rotação interna
de ombros com extensão de
cotovelos, ou retração e
rotação externa de ombros e
flexão de cotovelos.
Rotação de tronco
Pode ser causada por
assimetria tônica, diferença de
tamanho de MMII não
acomodada no sistema de
assento.
No posicionamento do
tronco considerar as
seguintes abordagens:
A pélvis deve estar
alinhada e estabilizada da
melhor forma possível antes
de qualquer intervenção no
tronco.
Utilizar apoios posteriores
e encosto rígido.
Encostos rígidos
curvos:provê leve suporte
lateral, provê alinhamento
simétrico, enquanto estabiliza
o cliente no centro do sistema;
casos leves que não
necessitarão de mais suportes
laterais do que este tipo de
encosto pode oferecer.
Alguns clientes podem
requerer um encosto curvo e
suportes laterais mais
agressivos.
encosto rígido com recortes
para escápula: garantir
suporte para a coluna
vertebral, liberar movimentos
escapulares.
Blocos protatores:
Utilizar em casos de
hiperextensão da coluna
associada a retração
escapular.
Colocando suportes
posteriores nas escápulas,
previne-se o encurtamento
dos rombóides ( esses
músculos que fazem a adução
da escápula).
Atenção às medidas
individuais de cada cliente
para a colocação dos blocos
protatores.
Suportes laterais de
tronco.
Utilizados em flexões
laterais e rotações de tronco
persistentes.
Atuam como forças
alongando o tronco como um
todo.
Utilizar dois pontos de
apoio no tronco, e um
posicionador na lateral do
quadril estabilizando a pélvis.
Suportes laterais podem
ser posicionados
bilateralmente equidistantes
ou obliquamente.
Teoricamente se o cliente
tomba para um lado, utiliza-se
obliquamente.
Observar padrão
escoliótico do cliente para
posicionamento dos suportes.
Utilizar estes suportes
somente após de ter as metas
bem definidas a curto, médio
e longo prazo. Discuta com
toda esta equipe.
Manipulação do ângulo
entre encosto e assento
segundo a necessidade
específica do cliente.
Utilizar o tilt para
melhorar a postura do tronco:
Redução da ação da
gravidade na requesição de
controle motor para manuten
ção da postura aprumada do
tronco.
Se os suportes laterais
de tronco não deram o
resultado esperado, a ação da
gravidade poderá ajudar.
5 a 7º de tilt posterior
sempre ajuda a estabilizar o
tronco através do aumento da
descarga de peso no encosto.
Em casos de hipotonia
pode-se usar até 40º de tilt
posterior para alcançar um
ótimo alinhamento postural e
prevenir efetivamente o
aparecimento de
deformidades.
Em alguns casos o tônus
extensor aumenta em
resposta ao esforço do cliente
para sentar-se aprumado.
Nestes casos, o tilt pode
reduzir este tônus via a
diminuição da demsnda nos
músculos do tronco e ativando
os abdominais.
Se o tronco está ligeira-
mente rodado, um pouco de
tilt pode fazer com que a
gravidade leves os dois
ombros para trás e endireite a
coluna.
Se a utilização do tilt
pode resolver o problema, não
se esqueça:
O ângulo de flexão do
quadril deve ser mantido o
mesmo ( aquele identificado
na avaliação em supino do
cliente).
A cabeça deve ficar em
posição que garanta o contato
visual adequado. Pode ser
necessário utilizar apoio de
cabeça.
O ângulo do tilt pode ser
fixo ou variável segundo a
atividade a ser desenvolvida.
Atenção na interface do
sistema do cliente com
computadores, carteira na
escola, mesa de refeições,
etc.
Em casos de distrofias o
cliente pode não ter força nos
MMSS para vencer a
gravidade, prejudicando assim
sua função.
Suporte anterior: peito ou
ombros.
Atenção aos locais de
posicionamento em cada
cliente.
Normalmente utilizado
com suportes laterais de
tronco.
Segurança ou suporte
corporal?
Sempre está relacionado
com a melhora de função dos
MMSS.
Tipos:
Tiras:
Vestes de
posicionamento ou cintos em
borboleta, ou em X: maior
suporte na região do externo.
Cintas ou correias
dinâmicas: previnem a flexão
anterior ou lateral de tronco
do cliente, enquanto permite
movimentação ativa. Pode ser
bastante efetiva para clientes
que precisam ter algum grau
de flexão de tronco em suas
atividades de vocacionais.
Correias de
posicionamento: elas
“ puxam” segmento corporal
do cliente para determinada
posição, aliviando descargas
de peso.
Suporte anterior rígido:
alguns clientes podem
precisar de um suporte
anterior de tronco bem forte.
Este tipo de apoio
permite o cliente ficar em
flexão anterior de tronco para
a realização de tarefas
funcionais em uma posição
relaxada. Cuidado com a
respiração e digestão.
Tiras para os ombros tipo
mochila.
Bem almofadas e
cuidado com o plexo braquial.
Estabilizadores rígidos
para os ombros.
Usar com bastante
precaução pois restringem
bastante os movimentos de
MMSS, pode provocar pontos
de pressão devido ao encosto
rígido.
MMSS:
Cintura escapular deve
estar posicionada para
promover a melhor função de
MMSS possível.
Decidir em equipe e com
o cliente, quais movimento
deverão ser priorizados.
Metas principais:
Ombros em posição
neutra ( considerar
elevação/depressão e
Protação/retração).
Ligeira flexão e abdução
de ombro com úmero em
rotação neutra.
Cotovelos semi- fletidos.
Antebraço em posição
neutra( prono/supino).
Punho em posição
neutra, prevenir desvios.
Mãos semi-abertas, com
polegar em oponência.
Princípios básicos:
Comece a intervir
proximalmente.
Lembrar-se sempre que
o principal objetivo de
posicionar MMSS é reduzir a
incapacidade maximizando
a função.
Principais Problemas:
Elevação de ombro
Retração de ombros
Protração de ombros
Adução
Pronação de antebraço
Anomalias no
posicionamento da mão.
Principais Soluções:
Tilt
Blocos escapulares
Bloqueios umerais
Correias e almofadas
Estabilizadores de
antebraço.
Haste para segurar na
bandeja.
Correias dinâmicas de
retenção.
Apoios de braço.
Superfície para apoio de
MMSS
Prover suporte para o
peso dos MMSS, prevenindo
lesões no ombro.
Pode, ocasionalmente,
ser superfície de apoio para o
cliente firmar para melhorar a
função de um dos MMSS.
Superfícies de trabalho
elevadas.
Gavetas
Bandeja sanduíche
Superfícies inclinadas
Medidas:
Largura
Profundidade
Altura
Espaço para o tronco
Cantos
Superfície
Material
Cabeça e Pescoço:
Sofre influência das
aquisições das correções
posturais dos outros
seguimentos posturais.
Problemas mais comuns:
Hipotonia de pescoço.
Anomalias no formato
da cabeça.
Tônus extensor de
pescoço aumentado.
Protusão de cabeça.
Flexão lateral.
Rotação de pescoço.
Principais soluções:
Suporte posterior (
mesmo nos casos onde o
cliente não necessita de
apoio, é necessário garantí-lo
para transporte).
Suporte posterior com
bandana elástica.
Anéis e rolos cervicais.
Suportes laterais.
Suporte anterior.
Bandanas:
Bonés.
Suporte para queixo.
Download

Adequação da Postura Sentada para Pacientes com Deficiência na